Apostila AutoCAD

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PROGRAMA DE ENSINO E TUTORIAL - ENGENHARIA ELÉTRICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

AutoCAD:
DO BÁSICO À PROJETOS TÉCNICOS
Prefácio

Autores
• Álvaro Rodrigues Araújo
• Arthur Miranda do Vale Ribeiro
• Gustavo Alves Dourado
• Isabela Braga da Silva
• Italo José Dias

Programa de Educação Tutorial da Engenharia Elétrica - Univerisdade Federal de Minas Gerais


http://www.petee.cpdee.ufmg.br/
Grupo PETEE

O que é PET?
Os grupos PETs são organizados a partir de formações em nível de graduação nas Instituições de
Ensino Superior do país, orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão e da educação tutorial.

Por esses três pilares, entende-se por:


• Ensino: As atividades extra-curriculares que compõem o Programa têm como objetivo
garantir a formação global do aluno, procurando atender plenamente as necessidades do
próprio curso de graduação e/ou ampliar e aprofundar os objetivos e os conteúdos pragmáticos
que integram sua grade curricular.
• Pesquisa: As atividades de pesquisa desenvolvidas pelos petianos têm como objetivo garantir
a formação não só teórica, mas também prática, do aluno, de modo a oferecer a oportunidade
de aprender novos conteúdos e já se familiarizar com o ambiente de pesquisa científica.
• Extensão: Vivenciar o processo ensino-aprendizagem além dos limites da sala de aula, com
a possibilidade de articular a universidade às diversas organizações da sociedade, em uma
enriquecedora troca de conhecimentos e experiências.

PETEE UFMG
O Programa de Educação Tutorial da Engenharia Elétrica (PETEE) da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) é um grupo composto por graduandos do curso de Engenharia Elétrica da
UFMG e por um docente tutor.

Atualmente, o PETEE realiza atividades como oficinas de robôs seguidores de linha, minicur-
sos de MATLAB, minicursos de LaTeX, Competição de Robôs Autônomos (CoRA), escrita de
artigos científicos, iniciações científicas, etc.
4

Assim como outras atividades, o grupo acredita que os minicursos representam a união dos três
pilares: o pilar de ensino, porque amplia e desenvolve os conhecimentos dos petianos no processo
de transmissão de conhecimento; o pilar de pesquisa, pois os petianos precisam pesquisar para
aprenderem os conteúdos a serem ensinados; o pilar de extensão, porque o produto final do mini-
curso é destinado à comunidade interna e externa à UFMG.

O Grupo
Álvaro Rodrigues Araújo
Ana Luiza da Silva Santos
Arthur Miranda do Vale Ribeiro
Caio Teraoka de Menezes Câmara
Christian Felippe Vasconcelos de oliveira
Clara Maria Candido Martins
Davi Faula dos Santos
Diego Vieira dos Santos
Fabrinni Dias Bastos
Fernanda Camilo dos Santos Xavier
Gustavo Alves Dourado
Isabela Alves Soares
Isabela Braga da Silva
Italo José Dias
Letícia Duque Giovannini
Lucas José de Souza Oliveira
Lucas Santos Durães
Luciana Pedrosa Salles
Marcos Gabriel Araujo Lima
Pedro Otávio Fonseca Pires
Vinícius Batista Fetter
Willian Braga da Silva
Yuan Dias Fernandes Pena Pereira

Agradecimentos
Agradecemos ao Ministério da Educação (MEC), através do Programa de Educação Tutorial (PET),
à Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e à Escola de
Engenharia da UFMG pelo apoio financeiro e fomento desse projeto desenvolvido pelo grupo PET
Engenharia Elétrica da UFMG (PETEE - UFMG).

Contato
Site:
http://www.petee.cpdee.ufmg.br/
Facebook:
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Instagram:
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E-mail:
[email protected]

Localização:
Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Engenharia, Bloco 3, Sala 1050.
Sumário

I Introdução

1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 Objetivos do Curso 13
1.2 O Software 13
1.3 História 13
1.4 Instalação 15
1.5 Aplicações 26

2 Ambiente de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.1 Ambiente Inicial 27
2.2 Aba Model 28
2.3 Barras superiores 29

II Conceitos Básicos
3 Ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.1 Draw 33
3.1.1 Line (Linha) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.1.2 Arc (Arco) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.1.3 Polyline (Polilinha) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1.4 Rectangle (Retângulo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1.5 Polygon (Polígono) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.1.6 Circle (Círculo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.1.7 Ellipse (Elipse) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.2 Modify (Modificar) 38
3.2.1 Move (Mover) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.2 Rotate (Rodar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.3 Scale (Escala) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.4 Offset (Deslocamento) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2.5 Copy (Copiar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2.6 Erase (Apagar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.2.7 Trim (Aparar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.2.8 Extend (Estender) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.2.9 Fillet (Concord) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.2.10 Chamfer (Chanfro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.2.11 Array (Matriz) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.2.12 Mirror (Espelhar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.13 Align (Alinhar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.14 Break (Quebrar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.15 Join (Unir) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.3 Layers (Camadas) 44
3.4 Texto 46
3.5 Blocos 47
3.5.1 Inserir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.5.2 Criar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.5.3 Editar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.6 Cotas 49
3.7 Hachuras 51
3.8 Plotagem 52

III Desenho Prático


4 Planta baixa e Diagrama Unifilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.1 Definição 59
4.2 Simbologias 61
4.3 Modelagem e Pranchas 63
4.4 Escala 65
4.5 Viewports 68
4.6 Plotagem 70

5 Laminações de um motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
5.1 Características 73
5.2 Desenho 74

6 Desenho em perspectiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
6.1 Sistema de ângulos 83
6.2 Círculos em Perspectiva 85
IV Índice
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
I
Introdução

1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 Objetivos do Curso
1.2 O Software
1.3 História
1.4 Instalação
1.5 Aplicações

2 Ambiente de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.1 Ambiente Inicial
2.2 Aba Model
2.3 Barras superiores
1. Apresentação

1.1 Objetivos do Curso


Esta apostila tem como objetivo capacitar, de forma didática e pontual, qualquer pessoa que se
interesse em aprender as ferramentas básicas do AutoCAD, mesmo que nunca tenha utilizado o
software. O curso não requisita que o aluno tenha experiências prévias com o AutoCAD, assim, irá
percorrer desde suas funções mais fundamentais de desenho, até a elaboração de projetos técnicos
mais sofisticados, como diagramas unifilares, laminação de motores e desenhos em perspectiva.

1.2 O Software
AutoCAD é um software do tipo CAD, isto é, software de desenho auxiliado por computador.

O AutoCAD é criado e comercializado pela Autodesk, Inc. e é uma das principais ferramen-
tas de desenho utilizadas na atualidade. Sua aplicação é vasta, compreendendo desde o uso em
áreas de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia Civil, até construções de componentes e peças
utilizados na Engenharia Mecânica. Pela versatilidade do software, é possível criar desenhos em
duas dimensões (2D) ou três dimensões (3D).

1.3 História
Em 1861, o químico francês Alphonse Louis Poitevin (1819-1882) descobriu um processo que
envolvia luz solar e um elemento químico encontrado em gomas de mascar, tal processo permite
reproduzir desenhos originais de arquitetos. Esse processo era chamado de blueprint, nele as linhas
pretas eram transformadas em brancas e os espaços entre as linhas eram transformados em espaços
azuis, possibilitando criar cópias dos projetos arquitetônicos idênticos aos originais.
14 Capítulo 1. Apresentação

Em 1936, Alan Turing criou a máquina de Turing, a qual é a base dos computadores que são
utilizados até a atualidade. Entre 1940 e 1950 foi criado um mainframe que consistia em um
computador dedicado ao processamento de informações. Já em 1955, houve um importante avanço
na engenharia, em relação aos transistores, que passaram a ser usados para substituir os tubos de
vácuo, aumentando a velocidade com que as informações e os dados eram processados na época.

Os primeiros softwares CADs, desenho assistido por computador, foram projetados por volta
de 1950, com o objetivo de auxiliar engenheiros e arquitetos. Na década de 1960, o cientista da
computação Douglas Taylor Ross (1929-2007) fez parte dos projetos que foram responsáveis pelo
desenvolvimento do CAD, sendo a sigla CAD criada em sua homenagem, devido a importância de
seu trabalho.

Durante os anos iniciais do CAD, muitos profissionais de construção e de programação foram


enviados para aprender mais sobre a nova tecnologia. Em meados das décadas de 1960 e 1970,
o uso de computadores pessoais era algo distante da maioria da população, considerando que o
primeiro computador desse tipo, o Apple I, é datado de 1976. Assim sendo, as grandes empresas
do setor automobilístico e aeronáutico possuíam capital financeiro necessário para investir em
computadores capazes de desenvolver softwares. A exemplo dessas empresas estão a General
Motors, a Renault e a Boeing. Dentre os primeiros CADs criados estão o Sketchpad e o CATIA,
onde uma caneta era utilizada para desenhar no monitor, semelhante às mesas digitalizadoras atuais.

Ademais, o cientista da computação Dr. Patrick J. Hanratty, em 1961, ajudou a programar o


DAC - Design Automated by Computer. Em 1971, o Patrick apresentou o ADAM - Automated
Drafting and Machinery, software que compõe cerca de 90% dos CADs presentes no mercado
atualmente.

Na década de 1980, surgiu o software COMDEX, primeiro nome do AutoCad, na empresa Autodesk
de John Walker. O COMDEX foi apresentado para a IBM com o objetivo de atingir um maior
investimento e popularização do mesmo.

Inicialmente, o desempenho do AutoCAD era ruim, sendo difícil projetar utilizando o software.
Com o passar do tempo, ele foi aperfeiçoado com o desenvolvimento do MS-DOS e depois do
Windows, passando a performar melhor.

Em 1986, uma atualização foi feita no software para a versão 2.1, na qual era possível proje-
tar e desenhar em 3D. Em 1987, surgiu o pull-down, tornando-o mais interativo. Na release 10.0 as
opções e comandos 3D melhoraram e o sistema de coordenadas User Coordinates System (UCS)
foi inserido.

Em 1992, foi lançado o AutoCAD Release 12 para o MS-DOS, firmando o software como um dos
principais dentre os softwares CAD. Nessa versão foi acrescentado as caixas de diálogos, facilitando
as ações dentro da plataforma, que antes eram feitas via prompt de comando. Em 1993, a Release
12 foi lançada para Windows, adicionando funções à barra de ferramentas, em paralelo uma versão
light do mesmo foi lançada, tornando o software da Autodesk, Inc. viável em computadores mais
simples.

Em 1997, foi lançada a versão do AutoCAD considerada como uma das melhores. Essa era
constituída por uma mistura das versões R12 e R13, sendo estável e contendo todas as melhorias
existentes até então. Nesse mesmo período, a Autodesk, Inc. decide manter o software apenas para
1.4 Instalação 15

o Windows, descontinuando versões em Unix e MS-DOS. As versões que se seguem continuaram


trazendo melhorias e inovações, firmando o AutoCAD como um dos principais softwares de CAD
do mundo.

1.4 Instalação
Esse tutorial demonstra como fazer a instalação da versão estudantil. O PETEE UFMG é contra
qualquer forma de pirataria.

Inicialmente, acesse o site da Autodesk, Inc. e clique no ícone entrar.

Figura 1.4.1: Página inicial.

Na sequência, na página que se abrir, clique em CRIE UMA CONTA.

Figura 1.4.2: Página de abertura de conta.


16 Capítulo 1. Apresentação

Preencha os dados, informando país, função educacional e instituição de ensino. Finalize clicando
em avançar.

Figura 1.4.3: Dados iniciais relacionados ao tipo de conta.

Para criar a conta, preencha com os dados pessoais e marque a opção para concordar com os termos
da Autodesk. Finalize clicando em CRIAR CONTA.

Figura 1.4.4: Dados necessários para criar a conta.


1.4 Instalação 17

Uma mensagem, semelhante a da figura 1.4.5, será enviada ao e-mail cadastrado. Clique na caixa
CONFIRMAR E-MAIL.

Figura 1.4.5: Página do e-mail para confirmação.

Ao clicar para confirmar o e-mail, será direcionado para a página semelhante a mostrada na figura
1.4.6. Clique em CONCLUÍDO.

Figura 1.4.6: Confirmação da verificação de e-mail.


18 Capítulo 1. Apresentação

Agora, preencha com os dados da instituição de ensino que possui licença da Autodesk, informando
o nome da instituição, o período de entrada e a data de previsão de formatura. Caso ela não apareça,
entre em contato com os responsáveis da instituição para adquirir a licença.

Figura 1.4.7: Dados institucionais.

Na figura 1.4.8, clique em continuar.

Figura 1.4.8: Confirmação da definição de conta.


1.4 Instalação 19

Caso todos os passos anteriores tenham sido executados corretamente, uma página semelhante à
figura 1.4.9 deve ser exibida.

Figura 1.4.9: Topo da página para obtenção de softwares da Autodesk.

Role a página até encontrar o software AutoCAD e clique em Introdução.

Figura 1.4.10: Página para obter os softwares da Autodesk bloqueada.


20 Capítulo 1. Apresentação

Na página que será aberta, os dados deverão ser confirmados. Caso todos os dados estejam corretos,
clique em CONFIRMAR, caso não, corrija e clique em CONFIRMAR.

Figura 1.4.11: Confirmação dos dados.

A página da figura 1.4.12 confirma a licença estudantil junto da instituição de ensino. Clicando na
caixa azul será direcionado para a página da instituição, a fim de validar os dados apresentados.

Figura 1.4.12: Confirmação da licença.

Caso tudo esteja correto, a página da figura 1.4.13 será exibida. Clique em OBTER SOFTWARE
AUTODESK.
1.4 Instalação 21

Figura 1.4.13: Confirmação da validade da licença.

Após clicar para obter o software, será novamente redirecionado para a página que contém todos os
softwares da Autodesk, role a página até encontrar o AutoCAD. Perceba que o termo Introdução
foi trocado para obter produto. Clique em Obter Produto.

Figura 1.4.14: Página para obter softwares da Autodesk desbloqueada.


22 Capítulo 1. Apresentação

Selecione o sistema operacional, a versão e o idioma e clique em DOWNLOAD.

Figura 1.4.15: Selecionando versão de software.

Terminado o download, execute o instalador e clique em Executar na janela que será aberta.

Figura 1.4.16: Executando o arquivo de download.


1.4 Instalação 23

A Autodesk irá criar uma pasta para salvar todos os arquivos relacionados aos seus softwares, clique
em OK na caixa da figura 1.4.17.

Figura 1.4.17: Criação de pasta de arquivos da Autodesk.

O processo de instalação será iniciado conforme mostra a figura 1.4.18.

Figura 1.4.18: Processo de inicialização da instalação.

Caso tudo esteja correto, o ambiente de instalação será semelhante ao mostrado na figura 1.4.19.

Figura 1.4.19: Inicializando a instalação.


24 Capítulo 1. Apresentação

Finalizada a inicialização, clique em Instalar.

Figura 1.4.20: Início do ambiente de instalação.

Aceite os termos e clique em Avançar.

Figura 1.4.21: Termos de compromisso.


1.4 Instalação 25

Selecione os softwares desejados e clique em Instalar.

Figura 1.4.22: Seleção de softwares.

A instalação será iniciada conforme mostra a figura 1.4.23.

Figura 1.4.23: Ambiente de instalação.


26 Capítulo 1. Apresentação

Por fim, clique em concluir e reinicie o computador, finalizando a instalação do software.

Figura 1.4.24: Ambiente final da instalação.

1.5 Aplicações
O AutoCAD apresenta diversas funções, assim seu uso se estende a várias áreas. Dentre seus
recursos, existe a possibilidade de plantas baixas, diagramas de distribuição elétrica, esboços 3D
detalhados com disposição de movimentação em várias posições, etc.

O software possibilita mudanças em projetos sem que haja necessidade de redesenhá-lo por
completo, em outras palavras, é capaz de incorporar modificações sem perder o trabalho realizado.

Nas áreas de Engenharia Civil e Arquitetura, o AutoCAD possibilita que seja feito todo o projeto
de construção com detalhamento técnico. O desenho pode ser, ainda, complementado para inserir a
parte elétrica e hidráulica.

Nas áreas de Engenharia Mecânica, Naval e Automobilística, o software permite que sejam feitos
desenhos de peças e componentes. Nas áreas de design e decoração, permite utilizar o AutoCAD
para modelar a planta baixa dos elementos que serão inseridos nos ambientes.

Dentre as funcionalidades do AutoCAD, as principais vantagens de utilização do software são:

• Possibilidade de desenhar rapidamente com poucos comandos;


• Baixo custo de investimentos;
• Redução do tempo gasto em projeto;
• Mudanças em partes do projeto sem necessidade de refazer o trabalho;
• Garantia de que as escalas fiquem do tamanho correto.

AutoCAD é uma ferramenta amplamente utilizada no mercado de trabalho, conhecê-la capacita e


aproxima o estudante de oportunidades.
2. Ambiente de Trabalho

2.1 Ambiente Inicial


Ao abrir o AutoCAD aparecerá a aba início, como mostrado na figura 2.1.1, ela está dividida em
duas áreas, "Criar"e "Saiba Mais". Em Criar é possível começar um novo desenho do zero, abrir
um arquivo do seu computador ou um desenho recentemente usado, através da lista Documentos
Recentes.

Figura 2.1.1: Ambiente inicial do AutoCAD.


28 Capítulo 2. Ambiente de Trabalho

Na aba Saiba Mais tem-se diversos vídeos sobre novos recursos disponíveis no programa, além de
atualizações recentes e até alguns tutoriais de introdução para novos usuários.

Figura 2.1.2: Aba Saiba Mais.

2.2 Aba Model


Clicando em Iniciar Desenhos, abrirá uma nova aba com o espaço de trabalho oficial em que serão
realizados todos os desenhos a partir de agora. Na aba Model é feito o desenho em si e nas abas
Layout 1 e Layout 2 são modeladas as escalas, preparadas as impressões, entre outras funções que
serão detalhadas na seção de Desenho Prático.

Em Model pode-se configurar as preferências de desenho nas ferramentas do canto inferior direito,
como exibição de grade de desenho, restringir cursor, exibir linhas de preferência, escala de anota-
ção, entre outras.

Na Barra de Comandos, serão digitados todos os comandos para o desenho, facilitando seu acesso,
os quais serão mais detalhados na seção Conceitos Básicos.

As ferramentas de navegação são bastante úteis, principalmente a "Pan", pois com elas é pos-
sível percorrer o desenho, mover sua vista plana à tela, aplicar zoom, etc.

Figura 2.2.1: Ambiente de trabalho na aba Model.


2.3 Barras superiores 29

No AutoCAD, caso você deixe o cursor do mouse em repouso sobre a ferramenta, aparecerá o
nome e a função específica que essa realiza. Isto pode facilitar bastante, caso não saiba e queira
descobrir o nome e o que essa utilidade faz.

Figura 2.2.2: Repousando o cursor na ferramenta aparecerá seu nome e função.

2.3 Barras superiores


No canto superior esquerdo tem-se a barra de ferramentas Acesso Rápido, nela é possível acessar
as funções que são mais utilizadas, como abrir um projeto, salvar, criar um novo arquivo, desfazer,
plotar, entre outras. Também é possível personalizar esta barra clicando no último ícone da direita.

Figura 2.3.1: Barra de ferramentas Acesso Rápido.


30 Capítulo 2. Ambiente de Trabalho

Já no canto superior direito tem-se uma barra de ajuda, caso o usuário precise de mais detalhes ou
maior assistência para algum comando. Basta digitar uma frase ou palavra-chave que se abrirá uma
nova janela com o site da Autodesk, lá é possível encontrar textos que poderão amparar o usuário.

Figura 2.3.2: Barra de ajuda do AutoCAD.


II
Conceitos Básicos

3 Ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.1 Draw
3.2 Modify (Modificar)
3.3 Layers (Camadas)
3.4 Texto
3.5 Blocos
3.6 Cotas
3.7 Hachuras
3.8 Plotagem
3. Ferramentas

O uso das ferramentas no AutoCAD é essencial para o uso do software. A barra de ferramentas fica
localizada no canto superior da tela, essas também podem ser acessadas por comandos através do
teclado.

São vários mecanismos para auxiliar o projetista, dessa forma, esses serão elencados por grupo no
qual eles se encaixam.

3.1 Draw
As ferramentas de desenho, localizadas na barra de ferramentas, permitem a criação de objetos.

Figura 3.1.1: Ferramentas de desenho.

3.1.1 Line (Linha)


Encontrado na seção Draw da barra de ferramentas, esse comando também pode ser acessado
digitando "L"e pressionando a tecla ENTER. O comando realiza um desenho de uma linha cuja
origem é definida com apenas um click na área de trabalho. O usuário deve definir o tamanho da
linha primeiramente e depois sua orientação. Para mudar entre o tamanho da linha e sua orientação,
em graus, basta clicar na tecla TAB. Caso seja definido apenas o tamanho da linha seguido de um
click em ENTER, a linha será criada com a orientação do mouse.

O comando ORTHO, acessado na barra localizada no canto inferior direito, como mostra a Fig.3.1.3,
possibilita a execução de desenhos com ortogonalidade, ou seja, as curvas fazem sempre um ângulo
de 90o entre si. Dessa forma, quando se deseja traçar linhas retas na horizontal ou vertical, é
34 Capítulo 3. Ferramentas

Figura 3.1.2: Comando Line.

interessante o uso do comando ORTHO para facilitar a vida do usuário. Este comando é facilmente
acessado através da tecla F8 ou digitando ORTHO na área de trabalho.

Figura 3.1.3: Localização do comando ORTHO.

3.1.2 Arc (Arco)


O comando ARC cria um arco de círculo a partir de três pontos especificados. Este comando é
acessado na seção Draw e também pode ser chamado digitando "ARC"na área de trabalho.

Figura 3.1.4: Comando Arc.

Para fazer uso dessa função, basta acessá-la e clicar em sequência, nos três pontos que definirão o
arco do círculo.

Existem várias formas de criar um arco de círculo, por default, na Fig. 3.1.4, define-se três
pontos pertencentes a curva. Mas, caso esta configuração não seja a ideal no seu esboço, basta
clicar na seta inserida no retângulo Draw e logo após na seta do comando Arc e visualizar outras
opções de criação. Na Fig. 3.1.5, pode-se ver as configurações possíveis.
3.1 Draw 35

Figura 3.1.5: Variações do comando Arc.

3.1.3 Polyline (Polilinha)


Semelhante ao comando LINE, porém as linhas criadas com esse comando ajudam a compor
um objeto único. Por exemplo, ao criarmos um retângulo com o comando LINE, cada aresta do
retângulo é vista como um objeto para o programa e não é possível selecionar todo o retângulo
selecionando apenas uma aresta. Já no caso de um retângulo construído usando o comando
POLYLINE, ao se clicar em uma aresta, o usuário está selecionando todo o retângulo, já que todas
arestas compõem um mesmo objeto para o programa.

Figura 3.1.6: Comando Polyline.

3.1.4 Rectangle (Retângulo)


Essa ferramenta possibilita a criação de um retângulo cujas medidas são especificadas pelo usuário.
Ao clicar na ferramenta ou acessá-la pelo teclado, basta inserir primeiro o comprimento do objeto e
depois a largura, mesclando entre os dois com o uso da tecla TAB. A disposição do objeto na área
de trabalho é definida pela orientação do mouse no momento da sua criação.
36 Capítulo 3. Ferramentas

Figura 3.1.7: Comando Rectangle.

3.1.5 Polygon (Polígono)


O uso dessa ferramenta permite a criação de um polígono cujo o número de lados pode ser definido
pelo usuário. Assim, ao acessar a ferramenta, é necessário inserir o número de lados do polígono
seguido de ENTER. Também é necessário definir entre uma figura inscrita ou circunscrita em um
círculo.

Figura 3.1.8: Comando Polygon.

OBS: Inscrito no círculo especifica o raio de um círculo no qual estão todos os vértices do
polígono. Circunscrito no círculo especifica a distância a partir do centro do polígono
até o meio das arestas do polígono, como visto na Fig. 3.1.9.

Figura 3.1.9: Diferença entre inscrito e circunscrito.

Assim, antes de definir o raio do círculo, deve-se atentar ao modo que a figura está associada a ele.
Além do mais, essa ferramenta constrói polígonos regulares, ou seja, todos os lados são iguais.
3.1 Draw 37

3.1.6 Circle (Círculo)


A construção de círculos é possível através do comando CIRCLE. Ao acionar o comando, define-se
o centro do círculo, com um clique simples no workspace e o raio do mesmo, digitando seu
valor. Após pressionar ENTER, um novo círculo será criado com o raio definido. Assim como no

Figura 3.1.10: Comando Circle.

caso do Arc, o comando Circle tem outras formas de definição. Assim, quando o usuário julgar
necessário outra forma de criação de círculos, basta acessar a seta inserida no retângulo de Draw e
posteriormente a seta em Circle. Essas outras configurações são vistas na Fig. 3.1.11.

Figura 3.1.11: Variações do comando Circle.

3.1.7 Ellipse (Elipse)


Para inserir uma elipse, através da função ELLIPSE, devemos informar primeiro um raio e pres-
sionar ENTER, após isso pode-se inserir o tamanho do outro raio e formar a elipse desejada.
Diferentemente do círculo, onde todas as direções possuem o mesmo raio, na elipse a orientação do

Figura 3.1.12: Comando Ellipse.

cursor durante a definição do primeiro raio definirá a orientação da elipse.


38 Capítulo 3. Ferramentas

3.2 Modify (Modificar)


As ferramentas de modificação permitem alterar os desenhos ou objetos selecionados. Os seus
comandos podem ser acessados na barra superior, ao lado das ferramentas de desenho.

Figura 3.2.1: Ferramentas de modificação.

3.2.1 Move (Mover)


O comando Move permite a movimentação das peças na área de trabalho. Para utilizá-lo, basta
que, após a seleção do mesmo, selecione os objetos desejados e pressione a tecla ENTER. Primeiro
define-se o ponto de referência no objeto e, depois, com a ajuda do cursor escolhe-se a nova posição
do mesmo.

Figura 3.2.2: Comando Move.

3.2.2 Rotate (Rodar)


Com o comando Rotate é possível rotacionar os objetos. Após acessar a ferramenta, basta selecionar
os objetos que deseja mudar a orientação e definir a nova orientação.

Figura 3.2.3: Comando Rotate.

3.2.3 Scale (Escala)


Este comando permite que o objeto seja redimensionado. Ao acionar a ferramenta, deve-se
selecionar o objeto e clicar em ENTER. Em seguida é solicitado o ponto base do desenho, após
especificá-lo basta inserir o valor com que se deseja escalonar o desenho. Números abaixo de 1
reduzirão o objeto e valores acima de 1 amplificarão o objeto.
3.2 Modify (Modificar) 39

Figura 3.2.4: Comando Scale.

OBS: Também existe a opção de escalonar toda área de trabalho, usando a configuração
posicionada no canto inferior direito, como visto na Fig. 4.4.3. Dessa forma, todos
objetos inseridos serão ampliados ou reduzidos do desenho original pelo fator definido.

Figura 3.2.5: Configuração de escala da planta.

3.2.4 Offset (Deslocamento)


Com o comando Offset podemos fazer curvas ou linhas paralelas e círculos concêntricos. Ou seja,
ele permite criar um objeto deslocado do selecionado com uma distância especificada.

Ao selecionar a ferramenta, basta inserir o deslocamento desejado e selecionar a figura. A orienta-


ção do mouse irá definir a posição do objeto deslocado. A ferramenta permite que você crie vários
objetos deslocados com a mesma distância previamente selecionada. A tecla ESC sai do comando
Offset.

Figura 3.2.6: Comando Offset.

3.2.5 Copy (Copiar)


Assim como outros comandos, o comando que faz a cópia de uma figura possui diversas derivações.
O COPY, copia objetos selecionados e já permite a colagem na área de trabalho, sem necessidade
de outra ferramenta.

Figura 3.2.7: Comando Copy.

Já quando usamos o atalho Ctrl + C, fazemos o chamado COPYCLIP e assim, para colarmos a
figura, devemos pressionar Ctrl + V para que ela apareça na área de trabalho.
40 Capítulo 3. Ferramentas

3.2.6 Erase (Apagar)


Bastante intuitivo, a função do comando Erase é deletar objetos. Ao seletar a ferramenta, basta
clicar nas curvas e depois em ENTER. Assim, todos os objetos selecionados serão apagados.

Figura 3.2.8: Comando Erase.

3.2.7 Trim (Aparar)


O Trim é utilizado para "podar"objetos para que a fronteira coincida com a fronteira de outros
objetos. Assim, para utilizá-lo é necessário que as curvas estejam se cruzando.

Ao fazer uso da ferramenta, deve-se selecionar todos os objetos que se cruzam e clicar em ENTER.
Em seguida, basta escolher qual parte da curva se deseja retirar. Vamos exemplificar o uso do Trim

Figura 3.2.9: Comando Trim.

com a Fig.3.2.10. Nela temos um cruzamento de linhas e desejamos podar a linha horizontal para
que ela tenha fim no cruzamento com a linha vertical. Dessa forma, selecionamos o comando Trim,
selecionamos as duas linhas seguido de um ENTER e cortamos o excesso de linha horizontal à di-
reita quando clicamos nela. Vocês poderão notar que, quando clicamos em ENTER e posicionamos

Figura 3.2.10: Exemplo de uso do comando Trim.

o mouse sobre uma curva, aparece um pequeno símbolo em formato de "x"e a curva toma uma
entonação mais clara, simbolizando qual parte será deletada. Isso ajuda o usuário a utilizar melhor
a ferramenta, prevendo como o objeto ficará.
3.2 Modify (Modificar) 41

3.2.8 Extend (Estender)


Este comando estende um objeto até outro, ou seja, se tivermos duas linhas e selecionarmos as duas
com o comando Extend, iremos completar a linha selecionada até o cruzamento com a outra. Ao

Figura 3.2.11: Comando Extend.

clicar na ferramenta, basta selecionar as curvas desejadas seguido de ENTER e após isso, escolhe-se
o objeto que deseja-se estender com um clique. Quando o mouse é posicionado sobre uma curva é
possível ver uma prévia do resultado antes de clicar efetivamente.

Como exemplo podemos ver o antes e depois na Fig.3.2.12.

Figura 3.2.12: Exemplo de uso do comando Extend.

3.2.9 Fillet (Concord)


Permite unir duas arestas com um arredondamento. Ao selecionar o comando, deve-se escolher
uma opção na barra de comando. As disponíveis são listadas abaixo.

• Undo: Desfaz a ação anterior no comando;


• Polyline: Insere uma concordância em cada vértice de um objeto polyline;
• Radius: Define o raio da concordância;
• Trim: Aparar ou estender os objetos para que se encontrem em uma concordância;
• Multiple: Permite o arrendondamento de mais de um conjunto de objetos.

Quando se define um raio para o arrendondamento, esse valor será utilizado sempre que fizer uso
da função. A alteração desse valor não altera as curvas definidas anteriormente.

Quando a opção Trim é escolhida, o usuário deve selecionar entre "Trim"e "No trim". Na primeira,
os objetos são apagados ou estendidos para formar a concordância, já na segunda os objetos não
são modificados antes que a concordância seja adicionada.
42 Capítulo 3. Ferramentas

Figura 3.2.13: Comando Fillet.

3.2.10 Chamfer (Chanfro)


Semelhante ao comando Fillet, o Chamfer permite a inserção de chanfros no encontro de duas
arestas. Ao acionar a função, a barra de comando também apresenta algumas opções.

• Undo: Desfaz a ação anterior no comando;


• Polyline: Insere uma concordância em cada vértice de um objeto polyline;
• Distance: Define as distâncias do chanfro a partir de pontos de interseção entre o primeiro e
o segundo objeto;
• Angle: Define a distância do chanfro a partir do ponto de interseção das curvas selecionadas
e o ângulo XY a partir do primeiro objeto ou um segmento de linha;
• Trim: Aparar ou estender os objetos para que se encontrem em um chanfro;
• Method: Define se o chanfro é calculado pela distância ou pelo ângulo;
• Multiple: Permite usar o comando em mais de um conjunto de objetos.

Figura 3.2.14: Comando Chamfer.

3.2.11 Array (Matriz)


Este comando permite criar e organizar cópias de um objetos ou grupo de objetos seguindo um
padrão. Isso pode ser feito tanto em matriz retangular, quanto polar ou seguindo um caminho. Ao

Figura 3.2.15: Comando Array.

utilizar o comando, deve-se selecionar o objeto ou conjuntos de objetos e clicar em ENTER. Após
isso, deve-se escolher o modo de operação. Quando seleciona-se a opção retangular, é possível
criar cópias em qualquer combinação de colunas, linhas e níveis. Isso pode ser editado na barra de
comando, no inferior da tela, ou na seção que é mostrada na Fig. 3.2.16. Para finalizar o uso da
ferramenta basta clicar em ENTER, ou exit na barra de comando ou Close Array no recorte visto
abaixo. Já a opção polar distribui as cópias dos objetos selecionados em um padrão circular, em
volta de um ponto central. Assim como no caso retangular, essa opção permite que você edite o
arranjo antes de finalizá-lo, alterando, por exemplo, ângulo, número de itens, entre outros.
3.2 Modify (Modificar) 43

Figura 3.2.16: Seção Array.

Por último, a opção path ou caminho distribui os objetos uniformemente ao longo de um ca-
minho selecionado. Também é possível editar o arranjo antes da sua conclusão.
OBS: Também existe a possibilidade de editar o array após sua finalização. Basta selecionar
ARRAYEDIT, o arranjo e fazer as modificações.

3.2.12 Mirror (Espelhar)


Cria uma cópia espelhada de um objeto. Ao selecionar a ferramenta e o objeto, basta especificar
dois pontos de referência para fazer o espelhamento. Ao fim, pode-se escolher entre manter ou não
o objeto original.

Figura 3.2.17: Comando Mirror.

3.2.13 Align (Alinhar)


Permite alinhar objetos através de um deslocamento, uma rotação ou inclinação. Ao selecionar o
comando, basta clicar no objeto ou objetos a serem alinhados seguido de um ENTER. Após isso, é
permitido definir até três pares de pontos de origem e destino.

Figura 3.2.18: Comando Align.

3.2.14 Break (Quebrar)


Cria um intervalo entre dois pontos especificados em um objeto, como uma quebra.

Figura 3.2.19: Comando Break.


44 Capítulo 3. Ferramentas

3.2.15 Join (Unir)

Une dois pontos para formar um objeto. É o inverso do comando Break.

Figura 3.2.20: Comando Join.

3.3 Layers (Camadas)

Layers ou camadas auxiliam o usuário na visualização e no controle das propriedades dos obje-
tos. São muito utilizadas em plantas baixas para facilitar a distinção entre objetos de áreas diferentes.

Pode-se, por exemplo, criar uma camada para a planta baixa do piso, outra para os móveis,
outra para portas e outra para equipamentos elétricos. Assim, o leitor do projeto pode facilmente
identificar a qual setor os objetos pertencem, e o usuário pode setar propriedades diferentes para
cada uma delas.

Ao clicar na área destacada pela Fig. 3.3.1, uma nova tela será mostrada. Através dela é possível
criar, editar ou excluir uma camada. Ao criar uma nova Layer, o usuário pode editar as caracte-

Figura 3.3.1: Layer Properties.

rísticas da camada, como cor, tipo e espessura da linha. Como exemplo, pode-se ver a Fig. 3.3.2,
onde tem-se uma layer denominada Exemplo, formatada de forma pontilhada, com a cor verde e
espessura de 0.25mm.
3.3 Layers (Camadas) 45

Figura 3.3.2: Criação de uma nova camada.

Pode-se facilmente alternar entre as camadas usando o campo destacado na Fig. 3.3.3.

Figura 3.3.3: Alternar entre camadas.


46 Capítulo 3. Ferramentas

3.4 Texto
A ferramenta de texto é encontrada na seção "Anotação" da barra de ferramentas. Ela serve para
adicionar uma caixa de texto ao desenho.

Figura 3.4.1: Ferramenta Texto.

Existem duas maneiras de adicionar linhas de texto ao desenho. Ao clicar em linha única ou digitar
"TEXTO"e pressionar ENTER pode-se adicionar uma caixa de texto simples e mais limitada para
edição.

Figura 3.4.2: Texto de linha única.

Ao clicar em Texto Multilinha ou digitar "TEXTOM"pode-se adicionar uma linha de texto com
acesso a um editor de texto que nos oferece um leque de ferramentas muito similar a programas de
edição de texto, como o Microsoft Word.

Figura 3.4.3: Texto multilinha.

Ao clicar duas vezes em um texto, podemos editar seu conteúdo. Vale ressaltar que, para transformar
um texto de linha única em um texto de multilinha, precisamos selecionar o texto desejado e digitar o
comando "TXT2MTXT". Assim, somos capazes de editar as linhas de texto com mais propriedades.
3.5 Blocos 47

3.5 Blocos
Blocos são conjuntos de linhas agrupadas em um único "aglomerado". Essa ferramenta é uma
forma de facilitar o manuseio de objetos que podem ser repetidos.

Figura 3.5.1: Seção Blocos.

3.5.1 Inserir
No comando inserir estão listados todos os blocos contidos no desenho, além de bibliotecas de
blocos adicionais que podem ser baixadas separadamente. Ao clicar no bloco desejado, ele será
adicionado ao desenho no local desejado.

Figura 3.5.2: Função Inserir.

3.5.2 Criar
Para criar um bloco, os objetos desejados devem estar selecionados e deve-se acessar o comando
Criar, que é encontrado na seção ’Bloco’ da barra de ferramentas e que também pode ser acessado
digitando "bloco"e pressionando ENTER. Ao acessar o comando, será aberta uma nova aba, na
qual será especificado o nome e os outros atributos do bloco. Assim, o bloco contendo os objetos
selecionados será criado.

Figura 3.5.3: Função Criar.


48 Capítulo 3. Ferramentas

Figura 3.5.4: Opções da função criar.

3.5.3 Editar
Ao clicar no comando Editar ou escrever "Editarbloco"e digitar ENTER, será aberta uma nova aba
com os blocos que podem ser editados.

Figura 3.5.5: Editar definição de bloco.

Ao selecionar o bloco e pressionar "OK", será aberta outra janela com o bloco "explodido". Ou seja,
as linhas estarão separadas e é possível editar todo o conteúdo do bloco separadamente. Depois de
editado, ao clicar em Fechar Editor de Bloco ou apertar ENTER, as edições poderão ser salvas.
3.6 Cotas 49

Figura 3.5.6: Ferramentas de edição de bloco.

3.6 Cotas
Cotas são marcadores que indicam o tamanho de uma seção linear especificada. Pode ser acessada
ao clicar em "Cota", localizado na seção "Anotação"da barra de ferramenta ou digitar "COTA"e
pressionar em ENTER. Para adicionar uma cota, escolhemos a origem e o término da nossa
marcação.

Figura 3.6.1: Função Cota.

Existem modelos padrões de cotas no AutoCAD, entretanto, podemos criar novos estilos ou
modificar uma cota já existente, para isso, deve-se clicar no espaço indicado pela figura 3.6.2 ou
digitar "ESTILOCAMADA"e pressionar ENTER.
50 Capítulo 3. Ferramentas

Figura 3.6.2

Ao criar um novo estilo, tem-se uma nova aba, onde é possível escolher o tamanho do texto, a cor,
o tamanho das linhas e setas e até a exclusão das mesmas.

Figura 3.6.3: Opções Cota.


3.7 Hachuras 51

Na figura 3.6.4, podem ser observados diferentes estilos de cotas.

Figura 3.6.4

Em um projeto mais técnico, as cotas geralmente indicam apenas o tamanho do espaço indicado,
sem setas e linhas. Também é comum o uso de fontes mais finas, com o intuito de não poluir o
projeto.

3.7 Hachuras

Para adicionar uma hachura sobre uma área fechada, clica-se no comando hachura, localizado na
seção desenhar da barra de ferramentas ou digita-se hachura e pressiona-se ENTER.

Figura 3.7.1: Função Hachura.

Assim, ao direcionar e clicar o mouse sobre uma área fechada, ela será hachurada. Pode-se também
definir o padrão de hachura que será adicionado, como mostra a figura 3.7.2.
52 Capítulo 3. Ferramentas

Figura 3.7.2: Estilos de Hachura.

3.8 Plotagem
Essa função serve para plotar um desenho para uma plotadora ou impressora, com o intuito de gerar
um PDF e/ou imprimir o desenho. Para usar a função plotagem, precisa-se entender os ambientes
do nosso desenho.
• Modelo: é o ambiente com o fundo mais escuro, no qual são produzidos os desenhos por
padrão.
• Layout: é o local onde devem ser formatadas as pranchas de impressão, incluindo as escalas.
Possui o fundo branco.

Figura 3.8.1: Ambientes do desenho.

Para definir a prancha de impressão deve-se ajustar a viewport. A viewport é a janela para o mundo
das escalas, através da viewport são "chamados"os trecho do desenho que serão impressos. Para
ajustar, deve-se selecionar e apagar a viewport preestabelecida pelo AutoCAD.

Logo após, deve-se desenhar a folha no layout, usando as linhas do comando desenhar. Para
esse exemplo, usaremos a folha a2, que contém 59.4 cm de comprimento e 42 cm de altura.
3.8 Plotagem 53

Figura 3.8.2: Desenhando folha a2: 59,4 x 42 cm.

O próximo passo é ajustar as configurações da folha, que podem ser acessadas clicando com o
botão direito do mouse no layout e selecionando "Gerenciador de configuração de página".

Figura 3.8.3: Gerenciador de configuração de página.

Depois, seleciona-se olayout que está sendo configurado e clicamos em "Modificar".


54 Capítulo 3. Ferramentas

No gerenciador de configurações da folha é necessário inicialmente configurar os itens:

• Impressora/Plotadora: trata-se do local onde será impresso o desenho. Em "Nome"é


estabelecido a impressão em PDF e, assim, o trabalho pode ser salvo na extensão .pdf;
• Tamanho do papel: é o tamanho da folha: A1, A2, A3, etc;
• Área de plotagem: nesse caso, escolhe-se a opção janela, onde é possível selecionar a área
de impressão. Note que iremos escolher a área exata da folha desenhada no layout, como
mostra a figura 3.8.5;
• Deslocamento da plotagem: refere-se à origem do desenho, onde será dado início à impres-
são. Você poderá ter uma prévia do trabalho clicando em "Visualizar...";
• Escala da plotagem: trata-se da escala usada na impressão;
• Orientação do desenho: A posição da folha, orientada no formato retrato ou paisagem.

Usaremos as configurações mostradas na figura 3.8.4 para plotar o desenho.

Figura 3.8.4: Configuração da página.


3.8 Plotagem 55

Figura 3.8.5: Seleção da área de plotagem.

Note que ao definir a área de plotagem, a parte branca se restringe ao papel que foi desenhado.
Assim é possível aplicar a viewport, usando o comando "MV"e selecionando a área desejada para a
viewport como mostra a figura 3.8.6. Com a viewport ou a "janela"para o desenho, seleciona-se a
parte do desenho que deseja-se plotar e a escala desejada.

Figura 3.8.6: Seleção da área da viewport.


56 Capítulo 3. Ferramentas

Figura 3.8.7: Exemplo de viewport.

Por fim, para plotar o desenho, usa-se o comando "CTRL + P"ou clica-se com o botão direito
do mouse em layout e seleciona-se "Plotar...". Após checar as configurações e clicar em "OK"o
desenho será plotado no formato PDF.

Vale destacar que existem templates de layouts de pranchas de impressão para download, ou
seja, de acordo com o padrão do projeto e da folha, podem ser usados layouts com configurações
preestabelecidas com o intuito facilitar o processo.
III
Desenho Prático

4 Planta baixa e Diagrama Unifilar . . . . . . 59


4.1 Definição
4.2 Simbologias
4.3 Modelagem e Pranchas
4.4 Escala
4.5 Viewports
4.6 Plotagem

5 Laminações de um motor . . . . . . . . . . . . 73
5.1 Características
5.2 Desenho

6 Desenho em perspectiva . . . . . . . . . . . . . 83
6.1 Sistema de ângulos
6.2 Círculos em Perspectiva
4. Planta baixa e Diagrama Unifilar

4.1 Definição
A principal utilização do AutoCAD é a modelagem de diagramas que demonstrem, de forma
organizada e padronizada, qualquer que seja o equipamento, construção ou levantamento de
componentes que será realizado pelo engenheiro ou arquiteto antes de sua realização. Uma das
principais aplicações do software pelos profissionais, principalmente na área da construção civil,
são as plantas baixas, ou seja, desenhos técnicos de uma construção em um corte imaginário à
altura de 1,50 m do piso. Mais simplesmente, como se fosse removido o telhado de uma casa e
visualizado todos os seus cômodos. Uma planta baixa, portanto, contém paredes (comprimento e
espessura), portas, janelas, nível da construção, cotagem, móveis e detalhamento de componentes
hidráulicos e elétricos. Um exemplo da planta baixa pode ser visualizado na Figura 4.1.1.

Figura 4.1.1: Exemplificação de uma planta baixa de uma residência


60 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar

Por conseguinte, há outro tipo de desenho esquemático empregado juntamente a planta baixa no
momento de representação de uma construção, o Diagrama Unifilar. Este esquemático representa
graficamente as instalações elétricas, pontos de conexão dos dispositivos e o trajeto dos condutores,
além de outros fatores, servindo para auxiliar o engenheiro ou eletricista.
Este esquemático, é um dos quatro tipos de diagramas elétricos existentes, porém é o mais utilizado
por profissionais devido à sua simplicidade.
Unifilar significa um fio, isso quer dizer que todos os fios e cabos são representados por símbolos
sobre um só traço, normalmente este traço representa o eletroduto ou o caminho que os cabos estão
submetidos.

Figura 4.1.2: Exemplificação de um diagrama unifilar


4.2 Simbologias 61

4.2 Simbologias

O melhor método para aprender interpretar qualquer diagrama é conhecendo seus símbolos. Em
esquemáticos elétricos, a simbologia dita praticamente toda a sua interpretação, uma vez que se
conhece os símbolos e seguir os desenhos, facilmente entenderá a instalação.
Existem muitos símbolos para este tipo de diagrama, além de cada um possuir um significado
diferente. A norma NBR 5444 elaborada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),
é a norma dos Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais.
Lista-se a seguir o símbolos dos principais componentes elétricos de um diagrama unifilar.

Figura 4.2.1: Simbologia de luminárias e lâmpadas

Figura 4.2.2: Simbologia de tomadas elétricas


62 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar

Figura 4.2.3: Simbologia de dutos e distribuição

Figura 4.2.4: Simbologia de quadros de distribuição

Figura 4.2.5: Simbologia de interruptores


4.3 Modelagem e Pranchas 63

4.3 Modelagem e Pranchas

Agora que sabe-se a respeito de todas as ferramentas e a simbologia empregada, é possível o


desenho de qualquer diagrama elétrico que seja desejado. Um exemplo de diagrama unifilar em
uma residência desenhado no AutoCAD é demonstrado a seguir:

Figura 4.3.1: Diagrama Unifilar desenhado no AutoCAD

Entretanto, não basta o engenheiro ou técnico que está projetando o esquemático desenhá-lo de
qualquer maneira. Por isso, são estabelecidas diversas normas técnicas que correspondem aos
métodos, tamanhos, escalas e formatos, afim de padronizar todos os diagramas e deixá-los mais
adequados.
As normas técnicas utilizadas para a impressão do desenho do exemplo demonstrado são:

• NBR 10068: Folha de desenho - Leiaute e dimensões;


• NBR 13142: Desenho técnico - Dobramento de cópia.

Dessa maneira, obtém-se as dimensões utilizadas em cada tamanho de folha, dimensões para
margens, dobramentos de cópias, entre outras informações para a folha desejada a ser impressa.
64 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar

Figura 4.3.2: Dimensões das folhas da série "A"

Figura 4.3.3: Larguras das linhas e das margens


4.4 Escala 65

Figura 4.3.4: Dobramentos de cópias para formatos A2 e A3

4.4 Escala
As escalas são um funções muito importantes em um desenho no AutoCAD e seu domínio traz
diversas facilidades para o projetista para alterar medidas, verificar proporções e comparar com a
estrutura a ser construída na vida real. São elas que ditam a proporção entre a medida da folha de
papel e a área real que foi representada.
A escala numérica é a mais empregada em projetos de plantas baixas e diagramas unifilares, onde o
número a esquerda representa a área do mapa e a direita a área real.

Figura 4.4.1: Exemplo de escala numérica

No exemplo acima, a escala quer dizer que a cada 1 centímetro do papel é equivalente a 50000
centímetros na área real. Quando ela não possui a medida indicada em sua notação, significa,
por convenção, que ela está em centímetros. Caso contrário, essa unidade de medida precisa ser
apontada.
66 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar

Ao iniciar um desenho, é necessário estar atento a qual unidade de medida está utilizando, seja em
metros, centímetros, milímetros, de forma que não perca a orientação no AutoCAD. É o próprio
projetista quem define a medida, normalmente se baseando no que melhor se adéqua ao diagrama.
Logo, se está desenhando uma casa, é recomendado utilizar a unidade metros, ou se projeta uma
mesa, em centímetros, uma folha de papel, em milímetros, assim por diante.
No exemplo a seguir, há uma demonstração clara disto, pode-se ver que o terreno da casa foi
desenhado em metros e a folha de papel A1 em milímetros, ou seja, escalas diferentes.

Figura 4.4.2: Desenhos em escalas diferentes

Logo, para mudarmos a escala de um objeto ou do próprio projeto utilizamos o comando Scale
(Escala) localizado na aba Modify ou apenas digitando no atalho "ES"e teclar ENTER.

Figura 4.4.3: Comando Scale

Após isto, deve-se selecionar toda a área do objeto a ser redimensionado. Em seguida, aperta-se
ENTER e o programa pedirá especificar um ponto base, o qual age como o centro da operação de
dimensionamento e permanece estacionário, como uma referência.
4.4 Escala 67

Figura 4.4.4: Seleção do ponto de referência da função Escala

Adiante, deve especificar o fator de escala, o qual é um número que empregará o redimensionamento
do que foi selecionado. Um fator de escala maior que 1 amplia o objeto, já um entre 0 e 1 reduz o
objeto.
No exemplo da folha de papel demonstrado, se deseja transformar a folha que estava em milímetros
para escala de metros. Como 1000 mm corresponde a 1 m, digita-se 0.001 no fator de escala, ou
seja, está dividindo a folha por mil.

Figura 4.4.5: Folha de papel A1 redimensionada

Logo, obtém-se a folha de papel A1 em escala de metros, em uma escala que se assemelha à
realidade desta quando comparamos ao tamanho da casa.
68 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar

4.5 Viewports
Agora que se tem o desenho pronto e dimensionado na escala correta, o próximo passo a ser tomado
é ajusta-lo e preparar para a impressão ou apenas gerar um pdf para salvá-lo como arquivo.
Para isto, o AutoCAD tem uma área destinada a configuração de impressão denominada Layout.
Esta parte fica no canto inferior esquerdo da tela, clicando nessa aba alteramos o espaço de trabalho
destinado a configuração de impressão.

Figura 4.5.1: Aba Layout

Ao clicar no Layout muda-se para outro espaço de trabalho, com tela cinza com uma folha branca e
um retângulo mostrando todo o desenho feito na aba Model (inicial).
Esse retângulo é o chamado VIEWPORT, uma janela de visualização em que se determina uma
área do desenho que será exibida em na folha de impressão e em que escala será exibida.
Para criar uma viewport, basta digitar "VIE"+ ENTER na barra de comandos, clicar em OK em
Novas Viewports e, por fim, especificar os cantos desejados em inserir a nova janela.
Além disto, pode-se inserir o projeto mais de uma vez no viewport, com diferentes escalas ou maior
detalhamento de uma área específica.

Figura 4.5.2: Viewport de um diagrama unifilar


4.5 Viewports 69

Para manipular as viewports basta clicar duas vezes dentro de sua área. Observe que o botão PAPER
muda para MODEL. Inclusive é acrescentado algumas ferramentas. A borda da viewport também
fica destacada para utilização.
Para sair da edição dentro da viewport basta clicar duas vezes fora ou clicar em PAPER.
Ao selecionar uma viewport, serão exibidos os grips de manipulação (bordas e quadrados azuis),
com eles pode-se ajustar a largura e a altura da viewport de acordo com o papel. Assim, é possível
reposicionar o que vai ser exibido pela viewport.
Algumas vantagens da utilização da viewport e da aba Layout do AutoCAD são suas praticidades,
como por exemplo, quando fazemos alguma alteração no desenho na aba Model, este é atualizado
automaticamente na viewport. Além disto, é possível ajustar a escala no Layout e até personalizar
uma escala personalizada para seu próprio projeto pelo AutoCAD.

Figura 4.5.3: Seleção para personalizar escala


70 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar

Figura 4.5.4: Adicionar uma escala personalizada

4.6 Plotagem

Contudo, como já tem-se a Planta Baixa na folha padronizada e sua escala, o último passo na
realização do desenho técnico é em sua plotagem, ou seja, sua impressão física para que seja de
acesso a todos que estão trabalhando no projeto e deixar sua visualização além do computador, ou
apenas gerar um arquivo PDF para envio do projeto e salvá-lo nos arquivos.
Há três formas de se ativar o comando Plot (Plotar). Clicando na impressora que aparece no
canto superior esquerdo do menu principal, como mostra a Figura 4.6.1. Também é possível uma
configuração de plotagem mais aprofundada na aba Output (Saída), como mostrado na Figura 4.6.2.
Por fim, apenas digitando o comando CTRL + P na barra de comandos também abre o comando de
Plot.

Figura 4.6.1: A impressora se localiza no canto superior esquerdo do AutoCAD


4.6 Plotagem 71

Figura 4.6.2: A aba Output possui ferramentas mais sofisticadas de impressão

Em todos os comandos, abrirá a janela de configurações de plotagem do AutoCAD, como mostra a


Figura 4.6.3. No campo Page Setup (Configurar Página) é possível selecionar configurações de
impressões anteriores ou até importar configurações e outros projetos já prontos.
Na área de seleção de Printer/Plotter (Impressora/Plotadora) é feita a seleção da máquina que irá
imprimir o projeto ou selecionar um tipo de arquivo para salvar o projeto. Para salvar como PDF,
seleciona-se "DWG To PDF.pc3". O DWG é o nome do arquivo para todos os desenhos no formato
do AutoCAD.
No Paper Size (Tamanho do Papel), deve-se selecionar o tamanho que será plotado ou, de prefe-
rência, o tamanho que foi utilizado como base do desenho realizado. É recomendado utilizar o
formato padrão "ISO expand", pois é o mais comum utilizado em normas técnicas no Brasil.
Em Plot Area (Área de Plotagem) possui várias configurações de impressão. Quando a escala do
projeto for importante, deve-se utilizar a aba Layout que irá manter a escala do desenho. Entretanto,
quando a escala de proporção não for necessária para o plot, a mais recomendada é a aba Window
(Janela) em que o programa pede ao usuário para selecionar os pontos base para seleção do que irá
ser impresso, assim, há maior controle e compactação da área desejada.
No campo Plot Scale (Escala da Plotagem) há opções para escolher a escala do desenho desejada.
Mas também possui a seleção do Fit to Paper (Ajustar ao Papel) em que o AutoCAD irá distribuir
o desenho ao longo de toda área do papel, o deixando mais simétrico e ajustado para a plotagem,
porém, irá alongar o desenho, o tirando da escala correta. Observa-se que a opção Fit to Paper não
é possível no Plot Area estilo Layout.
Por fim, no campo Plot Style Table (Tabela de Estilos de Plotagem) é possível definir estilos de
plotagem para o projeto. Como por exemplo, no "monochrome.ctb"o desenho sairá inteiramente
em preto e branco, já no "acad.ctb"plotagem se dá com as cores definidas pelas layers do diagrama.

Figura 4.6.3: Janela de Configurações de Plotagem do AutoCAD


72 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar

Clicando no botão Preview (Visualizar), no canto inferior esquerdo, é possível conferir como o
desenho sairá na impressão, a fim de perceber algum erro ou modificação que queira identificar do
desenho previamente.

Figura 4.6.4: Botão Preview permite visualizar como o desenho sairá na impressão

Desta forma, clicando em OK, se há uma impressora conectada, o diagrama imprime automatica-
mente. Porém, se a plotagem for em um PDF, por exemplo, basta salvar o projeto com o nome e
local do computador desejados.
5. Laminações de um motor

5.1 Características
O conteúdo deste capítulo pretende abordar os conceitos do desenho de motores elétricos, mais
especificamente, das laminações das duas partes principais de um motor de indução: o rotor e o
estator.
O rotor corresponde à parte rotativa da máquina, ou seja, é a parte do motor que efetivamente
vai realizar o movimento de giro. Enquanto que o estator é a parte fixa da máquina, onde estão
presentes os enrolamentos das bobinas responsáveis por criar o campo magnético no entreferro do
motor que vai induzir o rotor a girar.
A Figura 5.1.1 mostra o rotor e o estator de um motor real.

Figura 5.1.1: Partes de um motor de indução real.

Conhecendo as características desse tipo de equipamento, e as funcionalidades do AutoCAD que


facilitam seu desenho, se torna uma tarefa simples iniciar o projeto de um motor de indução
pelo seu desenho mecânico. Como veremos mais adiante, com o desenho do motor em mãos, é
74 Capítulo 5. Laminações de um motor

possível utilizar de outros softwares para simular como seria sua operação em certas condições,
sendo possível analisar a distribuição das linhas de campo magnético em seu interior, o torque
desenvolvido, dentre outras coisas.

5.2 Desenho

Na Figura 5.2.1 são apresentados os detalhes da laminação de estator e rotor de um determinado


motor elétrico. Nosso objetivo será transcrever esta laminação para o ambiente do AutoCAD.

Figura 5.2.1: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Vamos começar o desenho a partir do estator, desenhá-lo separadamente, em seguida desenhar o


rotor, e então unir os dois desenhos.

Primeiro vamos desenhar o círculo que modela a parte mais exterior da laminação do estator. Para
isso basta fazer um círculo de raio 91. Logo depois, vamos traçar uma linha, iniciando do centro
do círculo, de comprimento 57.5, de forma a estar tocando o raio mais interno do estator. Agora
trace uma linha de comprimento 2.4 para a direita, a partir da ponta superior da linha traçada
anteriormente, em seguida, trace uma linha de comprimento 2.4 para a esquerda. Seu desenho deve
estar parecido com a Figura 5.2.2.
5.2 Desenho 75

Figura 5.2.2: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Tomando como referências as cotas passadas para o detalhe interno do estator, vamos traçar uma
linha para cima, a partir da ponta de cada uma das linhas traçadas anteriormente, com comprimento
de 1.148. Depois vamos estender as linhas de 2.4 em 1.322 (=[5.444 - 2.8]/2) e traçar mais duas
linhas para cima com comprimento de 0.6, e então ligar as duas linhas traçadas para cima de cada
um dos lados. Seu desenho deve estar agora como a Figura 5.2.3.

Figura 5.2.3: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Agora trace uma linha desde o centro do círculo, até tocar sua parte superior, e a rotacione em 5°.
Repita o procedimento, desta vez rotacionando a linha em -5°. Descendo um pouco, um valor de
18.885(=[91 - 57.5] - [18.5 - 3.885]), através destas linhas que foram rotacionadas, trace um círculo
de raio 3.885. Apagando as linhas que não precisamos no desenho final, o desenho deve estar agora
parecido com a Figura 5.2.4.
76 Capítulo 5. Laminações de um motor

Figura 5.2.4: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Agora trace linhas ligando as partes do desenho como mostrado na figura 5.2.5. Utilizando
comandos de aparar, deixe o desenho como mostrado na Figura 5.2.6.

Figura 5.2.5: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Figura 5.2.6: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


5.2 Desenho 77

Agora vamos nos aproveitar da simetria circular do desenho. Basta utilizar uma matriz polar de
elementos para completar o interior do estator. Selecione o detalhe interno já desenhado, em
seguida selecione na barra de ferramentas a opção de matriz polar e defina uma matriz polar de
36 elementos. Agora seu ambiente de desenho do AutoCAD deve estar como na Figura 5.2.7, e
portanto, temos o desenho do estator pronto.

Figura 5.2.7: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Para desenhar o rotor, vamos começar traçando dois círculos concêntricos, um com raio 56.5 e
outro com raio 21, como na Figura 5.2.8.

Figura 5.2.8: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


78 Capítulo 5. Laminações de um motor

Para fazer os detalhes no círculo de dentro, vamos traçar uma linha do centro para a parte de cima
com comprimento igual a 26. Em seguida, desde o ponto de interseção da reta com o círculo mais
interior, trace duas linhas de comprimento 5, uma em cada direção. Seu desenho deve estar parecido
com a Figura 5.2.9.

Figura 5.2.9: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Agora use as linhas para fazer dois quadrados de lado 5 equilibrados sobre o círculo, como na
Figura 5.2.10.

Figura 5.2.10: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


5.2 Desenho 79

Partindo dos vértices superiores, trace linhas de comprimento 1 para servir como referência para o
posicionamento dos círculos para fazer os cantos arredondados, parecido com a Figura 5.2.11.

Figura 5.2.11: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Usando os círculos, e estendendo as linhas verticais dos cantos, é possível com algumas apara-
ções deixar o desenho como na Figura 5.2.12. Para o outro lado do rotor, basta utilizar de um
espelhamento e um comando de aparar (ou até mesmo uma matriz polar).

Figura 5.2.12: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


80 Capítulo 5. Laminações de um motor

Para desenhar os dentes do rotor vamos tomar o centro dos círculos e traçar uma linha até que esta
toque a borda do círculo exterior. Em seguida, desça pela mesma linha traçada um comprimento de
21 e neste ponto faça um círculo de raio 1. Seu desenho deve estar agora como a Figura 5.2.13.

Figura 5.2.13: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Do ponto central do círculo feito, suba pela linha maior um valor de 18.4 e trace duas linhas de
comprimento 3.05, uma para cada lado. Agora ligue as pontas destas linhas às bordas do círculo de
forma que fique como na Figura 5.2.14.

Figura 5.2.14: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


5.2 Desenho 81

Ligando as pontas das linhas de comprimento 3.05 as ponto em que a linha maior toca a borda do
círculo, e aparando algumas curvas, seu desenho deve ficar como a Figura 5.2.15.

Figura 5.2.15: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Por fim, basta agora utilizar uma matriz polar de elementos para completar o interior do rotor.
Selecione o detalhe interno já desenhado, em seguida selecione na barra de ferramentas a opção
de matriz polar e defina uma matriz polar de 36 elementos. Agora seu ambiente de desenho do
AutoCAD deve estar como na Figura 5.2.16, e portanto, temos o desenho do rotor pronto.

Figura 5.2.16: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


82 Capítulo 5. Laminações de um motor

Ao unir os dois desenhos você terá um desenho como o da Figura 5.2.17.

Figura 5.2.17: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


6. Desenho em perspectiva

6.1 Sistema de ângulos

Para desenhar em perspectiva no AutoCAD precisamos mudar o sistema de ângulos de referência.


Normalmente trabalhamos com ângulos ortogonais, que tem 90° de diferença entre si, no entanto,
para desenhar em perspectiva isométrica vamos precisar trabalhar com ângulos de 30° de offset
entre si.
Para mudar essa referência de ângulos no AutoCAD 2021, basta clicar Desenho isométrico no
canto inferior direito, como mostrado na Figura 6.1.1.

Figura 6.1.1: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Em versões mais antigas do antiga ativar essa funcionalidade requeria um pouco mais de configura-
ções. Caso sua versão não seja a mais nova, no canto inferior direito clique com o botão direito
em Show snapping reference lines e depois em object snap tracking settings como mostrado na
Figura 6.1.2. Na janela que foi aberta, vá para a guia polar tracking e mude o valor de increment
angle de 90 para 30, em seguida, marque a opção track using all polar angle settings. Agora
vá para a guia snap and grid e marque a opção isometric snap. Suas configurações devem ficar
como as mostradas na Figura 6.1.3.
Tendo feito as configurações corretas para desenhar em perspectiva isométrica, agora clicando na
tecla F5 do seu teclado é possível alterar o plano isométrico em que você vai estar trabalhando,
o que muda os eixos ortogonais de referência usados pelo AutoCAD para traçar as linhas do seu
desenho. Como primeiro exercício para que se acostume com as perspectivas isométricas, vamos
desenhar um cubo com lados de 50mm, como o mostrado na Figura 6.1.4.
84 Capítulo 6. Desenho em perspectiva

Figura 6.1.2: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Figura 6.1.3: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Figura 6.1.4: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Primeiro vamos fazer o Y central do cubo, apertando a tecla F5 para mudar nosso plano isométrico
quando necessário. Em seguida, continue utilizando desta mudança de referências para traçar as
demais linhas, este primeiro exercício é de fato bastante simples. O resultado final dos dois passos
são mostrados na Figura 6.1.5.
6.2 Círculos em Perspectiva 85

Figura 6.1.5: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

6.2 Círculos em Perspectiva


Agora para que seja possível compreender como traçar círculos em perspectiva isométrica, vamos
desenhar o mancal mostrado na Figura 6.2.1. Primeiro trace uma linha de comprimento 264, que
é o comprimento maior da base do mancal, e a partir do seu centro, trace uma linha subindo de
comprimento 62. A seguir, escolha a opção para desenhar uma elipse, é possível notar agora que
apareceram algumas opções na barra de funcionalidades na parte inferior, uma delas é a Isocircle,
que é a que queremos, basta clicar na opção ou digitar i e pressionar Enter. Clique no ponto onde
será o centro da elipse, o topo da linha que traçamos subindo, e selecione corretamente a vista
correta apertando F5, para que seu desenho fique como na Figura 6.2.2.

Figura 6.2.1: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


86 Capítulo 6. Desenho em perspectiva

Figura 6.2.2: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Fazendo uma elipse menor de raio 20, e outra maior de raio 42, vamos copiar a linha que traçamos
subindo do centro da base para os lados, criando uma cópia afastada em 42 para a esquerda, e outra
para a direita. A seguir use estas linhas para realizar uma aparação e deixar o desenho como na
Figura 6.2.3.

Figura 6.2.3: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Para continuar, trace linhas para baixo, de tamanho 25, a partir das extremidades da base, e em
seguida feche com mais uma linha de comprimento 264. Faça a largura de 100 do mancal e agora
seu desenho deve estar como o da Figura 6.2.4.
6.2 Círculos em Perspectiva 87

Figura 6.2.4: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Copie a linha de comprimento 100 para que seu desenho fique como o da Figura 6.2.5, se atentando
para a seleção do ponto do quadrante destacada.

Figura 6.2.5: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


88 Capítulo 6. Desenho em perspectiva

Copie o semicírculo da parte superior do mancal à frente, para a parte de trás, e feche as linhas.
Assim um rascunho do mancal, sem detalhes e sem reforços, já estará como a Figura 6.2.6.

Figura 6.2.6: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Para continuar, a partir do centro da linha mais abaixo no desenho, trace uma reta subindo de 8,
faça uma linha de comprimento 140 centrada sobre a recém traçada de 8, e desça de cada uma das
extremidades desta linha para fechar o desenho. Faça algumas aparações e seu desenho vai estar
como o da figura 6.2.7.

Figura 6.2.7: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


6.2 Círculos em Perspectiva 89

Para desenhar os reforços, comece traçando uma linha de comprimento 6,5 a partir da quina do
mancal e desça 36 com outra linha, em seguida trace outra subindo até a parte circular e ligue a
ponta das duas linhas formando um triângulo como o da Figura 6.2.8.

Figura 6.2.8: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Faça uma linha de 15 a partir da ponta de baixo do triângulo e copie a diagonal para a ponta desta
linha e completar o reforço. Copie o primeiro reforço para a devida posição do segundo, faça
algumas aparações e seu desenho vai estar como o da figura 6.2.9. Desenhe o reforço visível do
outro lado e siga para a próxima parte.

Figura 6.2.9: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


90 Capítulo 6. Desenho em perspectiva

Vamos fazer agora os arredondamentos nos cantos, para isso precisamos de uma referência para o
centro das elipses. Copie as linhas dos cantos, trazendo cada uma delas 12 unidades para dentro, de
forma que seu desenho fique como na Figura 6.2.10.

Figura 6.2.10: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Faça as elipses como na Figura 6.2.11.

Figura 6.2.11: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


6.2 Círculos em Perspectiva 91

Copie-as para a parte de baixo, apague as linhas extras e depois de algumas aparações seu desenho
deve estar como a Figura 6.2.12. Basta a gora replicar o mesmo método para o outro lado.

Figura 6.2.12: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.

Agora trace elipse como as da Figura 6.2.13 para fazer as curvas do chanfro na parte de baixo do
mancal.

Figura 6.2.13: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


92 Capítulo 6. Desenho em perspectiva

Por fim, não deve ter muitos segredos desenhar os buracos das laterais e deixar seu desenho
finalizado como o da Figura 6.2.14.

Figura 6.2.14: Detalhes da laminação de um motor de indução genérico.


IV
Índice

Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Bibliografia

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 10068: Folha de desenho -


Leiaute e dimensões, Rio de Janeiro, 1987
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 13142: Desenho técnico -
Dobramento de cópia, Rio de Janeiro, 1999
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 5444: Símbolos gráficos
para instalações elétricas prediais, Rio de Janeiro, 1989
• AutoCAD Suporte e aprendizado, https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/
autocad?sort=score
• Engenharia e Tecnologia, "AutoCAD 2021 - Curso Básico"https://www.youtube.com/
watch?v=kxofreJw7W4&list=PLH480ZWAlrAE1S-2SOyioHfQqrXX_GLO2
• Mundo da Elétrica, "Diagrama Unifilar, interpretação e simbologias", https://www.mundodaeletrica.
com.br/diagrama-unifilar-interpretacao-simbologias/
• Qualificad, "Configurar escala de impressão [Layout e Viewport]"https://qualificad.
com.br/configurar-escala-de-impressao-layout-e-viewport/
• Viva DecoraPRO, "Planta baixa: Veja o passo a passo"https://www.vivadecora.com.
br/pro/estudante/planta-baixa/
• Júnior Soares, "AutoCAD Isométrico - Como Desenhar em Perspectiva Isométrica no Auto-
CAD"https://www.youtube.com/watch?v=b5hWUXfZb2M&ab_channel=J%C3%BAniorSoares

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