Apostila AutoCAD
Apostila AutoCAD
Apostila AutoCAD
AutoCAD:
DO BÁSICO À PROJETOS TÉCNICOS
Prefácio
Autores
• Álvaro Rodrigues Araújo
• Arthur Miranda do Vale Ribeiro
• Gustavo Alves Dourado
• Isabela Braga da Silva
• Italo José Dias
O que é PET?
Os grupos PETs são organizados a partir de formações em nível de graduação nas Instituições de
Ensino Superior do país, orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão e da educação tutorial.
PETEE UFMG
O Programa de Educação Tutorial da Engenharia Elétrica (PETEE) da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) é um grupo composto por graduandos do curso de Engenharia Elétrica da
UFMG e por um docente tutor.
Atualmente, o PETEE realiza atividades como oficinas de robôs seguidores de linha, minicur-
sos de MATLAB, minicursos de LaTeX, Competição de Robôs Autônomos (CoRA), escrita de
artigos científicos, iniciações científicas, etc.
4
Assim como outras atividades, o grupo acredita que os minicursos representam a união dos três
pilares: o pilar de ensino, porque amplia e desenvolve os conhecimentos dos petianos no processo
de transmissão de conhecimento; o pilar de pesquisa, pois os petianos precisam pesquisar para
aprenderem os conteúdos a serem ensinados; o pilar de extensão, porque o produto final do mini-
curso é destinado à comunidade interna e externa à UFMG.
O Grupo
Álvaro Rodrigues Araújo
Ana Luiza da Silva Santos
Arthur Miranda do Vale Ribeiro
Caio Teraoka de Menezes Câmara
Christian Felippe Vasconcelos de oliveira
Clara Maria Candido Martins
Davi Faula dos Santos
Diego Vieira dos Santos
Fabrinni Dias Bastos
Fernanda Camilo dos Santos Xavier
Gustavo Alves Dourado
Isabela Alves Soares
Isabela Braga da Silva
Italo José Dias
Letícia Duque Giovannini
Lucas José de Souza Oliveira
Lucas Santos Durães
Luciana Pedrosa Salles
Marcos Gabriel Araujo Lima
Pedro Otávio Fonseca Pires
Vinícius Batista Fetter
Willian Braga da Silva
Yuan Dias Fernandes Pena Pereira
Agradecimentos
Agradecemos ao Ministério da Educação (MEC), através do Programa de Educação Tutorial (PET),
à Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e à Escola de
Engenharia da UFMG pelo apoio financeiro e fomento desse projeto desenvolvido pelo grupo PET
Engenharia Elétrica da UFMG (PETEE - UFMG).
Contato
Site:
http://www.petee.cpdee.ufmg.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/peteeUFMG/
Instagram:
https://www.instagram.com/petee.ufmg/
E-mail:
[email protected]
Localização:
Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Engenharia, Bloco 3, Sala 1050.
Sumário
I Introdução
1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 Objetivos do Curso 13
1.2 O Software 13
1.3 História 13
1.4 Instalação 15
1.5 Aplicações 26
2 Ambiente de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.1 Ambiente Inicial 27
2.2 Aba Model 28
2.3 Barras superiores 29
II Conceitos Básicos
3 Ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.1 Draw 33
3.1.1 Line (Linha) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.1.2 Arc (Arco) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.1.3 Polyline (Polilinha) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1.4 Rectangle (Retângulo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1.5 Polygon (Polígono) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.1.6 Circle (Círculo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.1.7 Ellipse (Elipse) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.2 Modify (Modificar) 38
3.2.1 Move (Mover) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.2 Rotate (Rodar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.3 Scale (Escala) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.4 Offset (Deslocamento) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2.5 Copy (Copiar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2.6 Erase (Apagar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.2.7 Trim (Aparar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.2.8 Extend (Estender) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.2.9 Fillet (Concord) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.2.10 Chamfer (Chanfro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.2.11 Array (Matriz) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.2.12 Mirror (Espelhar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.13 Align (Alinhar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.14 Break (Quebrar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.15 Join (Unir) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.3 Layers (Camadas) 44
3.4 Texto 46
3.5 Blocos 47
3.5.1 Inserir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.5.2 Criar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.5.3 Editar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.6 Cotas 49
3.7 Hachuras 51
3.8 Plotagem 52
5 Laminações de um motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
5.1 Características 73
5.2 Desenho 74
6 Desenho em perspectiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
6.1 Sistema de ângulos 83
6.2 Círculos em Perspectiva 85
IV Índice
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
I
Introdução
1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 Objetivos do Curso
1.2 O Software
1.3 História
1.4 Instalação
1.5 Aplicações
2 Ambiente de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.1 Ambiente Inicial
2.2 Aba Model
2.3 Barras superiores
1. Apresentação
1.2 O Software
AutoCAD é um software do tipo CAD, isto é, software de desenho auxiliado por computador.
O AutoCAD é criado e comercializado pela Autodesk, Inc. e é uma das principais ferramen-
tas de desenho utilizadas na atualidade. Sua aplicação é vasta, compreendendo desde o uso em
áreas de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia Civil, até construções de componentes e peças
utilizados na Engenharia Mecânica. Pela versatilidade do software, é possível criar desenhos em
duas dimensões (2D) ou três dimensões (3D).
1.3 História
Em 1861, o químico francês Alphonse Louis Poitevin (1819-1882) descobriu um processo que
envolvia luz solar e um elemento químico encontrado em gomas de mascar, tal processo permite
reproduzir desenhos originais de arquitetos. Esse processo era chamado de blueprint, nele as linhas
pretas eram transformadas em brancas e os espaços entre as linhas eram transformados em espaços
azuis, possibilitando criar cópias dos projetos arquitetônicos idênticos aos originais.
14 Capítulo 1. Apresentação
Em 1936, Alan Turing criou a máquina de Turing, a qual é a base dos computadores que são
utilizados até a atualidade. Entre 1940 e 1950 foi criado um mainframe que consistia em um
computador dedicado ao processamento de informações. Já em 1955, houve um importante avanço
na engenharia, em relação aos transistores, que passaram a ser usados para substituir os tubos de
vácuo, aumentando a velocidade com que as informações e os dados eram processados na época.
Os primeiros softwares CADs, desenho assistido por computador, foram projetados por volta
de 1950, com o objetivo de auxiliar engenheiros e arquitetos. Na década de 1960, o cientista da
computação Douglas Taylor Ross (1929-2007) fez parte dos projetos que foram responsáveis pelo
desenvolvimento do CAD, sendo a sigla CAD criada em sua homenagem, devido a importância de
seu trabalho.
Na década de 1980, surgiu o software COMDEX, primeiro nome do AutoCad, na empresa Autodesk
de John Walker. O COMDEX foi apresentado para a IBM com o objetivo de atingir um maior
investimento e popularização do mesmo.
Inicialmente, o desempenho do AutoCAD era ruim, sendo difícil projetar utilizando o software.
Com o passar do tempo, ele foi aperfeiçoado com o desenvolvimento do MS-DOS e depois do
Windows, passando a performar melhor.
Em 1986, uma atualização foi feita no software para a versão 2.1, na qual era possível proje-
tar e desenhar em 3D. Em 1987, surgiu o pull-down, tornando-o mais interativo. Na release 10.0 as
opções e comandos 3D melhoraram e o sistema de coordenadas User Coordinates System (UCS)
foi inserido.
Em 1992, foi lançado o AutoCAD Release 12 para o MS-DOS, firmando o software como um dos
principais dentre os softwares CAD. Nessa versão foi acrescentado as caixas de diálogos, facilitando
as ações dentro da plataforma, que antes eram feitas via prompt de comando. Em 1993, a Release
12 foi lançada para Windows, adicionando funções à barra de ferramentas, em paralelo uma versão
light do mesmo foi lançada, tornando o software da Autodesk, Inc. viável em computadores mais
simples.
Em 1997, foi lançada a versão do AutoCAD considerada como uma das melhores. Essa era
constituída por uma mistura das versões R12 e R13, sendo estável e contendo todas as melhorias
existentes até então. Nesse mesmo período, a Autodesk, Inc. decide manter o software apenas para
1.4 Instalação 15
1.4 Instalação
Esse tutorial demonstra como fazer a instalação da versão estudantil. O PETEE UFMG é contra
qualquer forma de pirataria.
Preencha os dados, informando país, função educacional e instituição de ensino. Finalize clicando
em avançar.
Para criar a conta, preencha com os dados pessoais e marque a opção para concordar com os termos
da Autodesk. Finalize clicando em CRIAR CONTA.
Uma mensagem, semelhante a da figura 1.4.5, será enviada ao e-mail cadastrado. Clique na caixa
CONFIRMAR E-MAIL.
Ao clicar para confirmar o e-mail, será direcionado para a página semelhante a mostrada na figura
1.4.6. Clique em CONCLUÍDO.
Agora, preencha com os dados da instituição de ensino que possui licença da Autodesk, informando
o nome da instituição, o período de entrada e a data de previsão de formatura. Caso ela não apareça,
entre em contato com os responsáveis da instituição para adquirir a licença.
Caso todos os passos anteriores tenham sido executados corretamente, uma página semelhante à
figura 1.4.9 deve ser exibida.
Na página que será aberta, os dados deverão ser confirmados. Caso todos os dados estejam corretos,
clique em CONFIRMAR, caso não, corrija e clique em CONFIRMAR.
A página da figura 1.4.12 confirma a licença estudantil junto da instituição de ensino. Clicando na
caixa azul será direcionado para a página da instituição, a fim de validar os dados apresentados.
Caso tudo esteja correto, a página da figura 1.4.13 será exibida. Clique em OBTER SOFTWARE
AUTODESK.
1.4 Instalação 21
Após clicar para obter o software, será novamente redirecionado para a página que contém todos os
softwares da Autodesk, role a página até encontrar o AutoCAD. Perceba que o termo Introdução
foi trocado para obter produto. Clique em Obter Produto.
Terminado o download, execute o instalador e clique em Executar na janela que será aberta.
A Autodesk irá criar uma pasta para salvar todos os arquivos relacionados aos seus softwares, clique
em OK na caixa da figura 1.4.17.
Caso tudo esteja correto, o ambiente de instalação será semelhante ao mostrado na figura 1.4.19.
1.5 Aplicações
O AutoCAD apresenta diversas funções, assim seu uso se estende a várias áreas. Dentre seus
recursos, existe a possibilidade de plantas baixas, diagramas de distribuição elétrica, esboços 3D
detalhados com disposição de movimentação em várias posições, etc.
O software possibilita mudanças em projetos sem que haja necessidade de redesenhá-lo por
completo, em outras palavras, é capaz de incorporar modificações sem perder o trabalho realizado.
Nas áreas de Engenharia Civil e Arquitetura, o AutoCAD possibilita que seja feito todo o projeto
de construção com detalhamento técnico. O desenho pode ser, ainda, complementado para inserir a
parte elétrica e hidráulica.
Nas áreas de Engenharia Mecânica, Naval e Automobilística, o software permite que sejam feitos
desenhos de peças e componentes. Nas áreas de design e decoração, permite utilizar o AutoCAD
para modelar a planta baixa dos elementos que serão inseridos nos ambientes.
Na aba Saiba Mais tem-se diversos vídeos sobre novos recursos disponíveis no programa, além de
atualizações recentes e até alguns tutoriais de introdução para novos usuários.
Em Model pode-se configurar as preferências de desenho nas ferramentas do canto inferior direito,
como exibição de grade de desenho, restringir cursor, exibir linhas de preferência, escala de anota-
ção, entre outras.
Na Barra de Comandos, serão digitados todos os comandos para o desenho, facilitando seu acesso,
os quais serão mais detalhados na seção Conceitos Básicos.
As ferramentas de navegação são bastante úteis, principalmente a "Pan", pois com elas é pos-
sível percorrer o desenho, mover sua vista plana à tela, aplicar zoom, etc.
No AutoCAD, caso você deixe o cursor do mouse em repouso sobre a ferramenta, aparecerá o
nome e a função específica que essa realiza. Isto pode facilitar bastante, caso não saiba e queira
descobrir o nome e o que essa utilidade faz.
Já no canto superior direito tem-se uma barra de ajuda, caso o usuário precise de mais detalhes ou
maior assistência para algum comando. Basta digitar uma frase ou palavra-chave que se abrirá uma
nova janela com o site da Autodesk, lá é possível encontrar textos que poderão amparar o usuário.
3 Ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.1 Draw
3.2 Modify (Modificar)
3.3 Layers (Camadas)
3.4 Texto
3.5 Blocos
3.6 Cotas
3.7 Hachuras
3.8 Plotagem
3. Ferramentas
O uso das ferramentas no AutoCAD é essencial para o uso do software. A barra de ferramentas fica
localizada no canto superior da tela, essas também podem ser acessadas por comandos através do
teclado.
São vários mecanismos para auxiliar o projetista, dessa forma, esses serão elencados por grupo no
qual eles se encaixam.
3.1 Draw
As ferramentas de desenho, localizadas na barra de ferramentas, permitem a criação de objetos.
O comando ORTHO, acessado na barra localizada no canto inferior direito, como mostra a Fig.3.1.3,
possibilita a execução de desenhos com ortogonalidade, ou seja, as curvas fazem sempre um ângulo
de 90o entre si. Dessa forma, quando se deseja traçar linhas retas na horizontal ou vertical, é
34 Capítulo 3. Ferramentas
interessante o uso do comando ORTHO para facilitar a vida do usuário. Este comando é facilmente
acessado através da tecla F8 ou digitando ORTHO na área de trabalho.
Para fazer uso dessa função, basta acessá-la e clicar em sequência, nos três pontos que definirão o
arco do círculo.
Existem várias formas de criar um arco de círculo, por default, na Fig. 3.1.4, define-se três
pontos pertencentes a curva. Mas, caso esta configuração não seja a ideal no seu esboço, basta
clicar na seta inserida no retângulo Draw e logo após na seta do comando Arc e visualizar outras
opções de criação. Na Fig. 3.1.5, pode-se ver as configurações possíveis.
3.1 Draw 35
OBS: Inscrito no círculo especifica o raio de um círculo no qual estão todos os vértices do
polígono. Circunscrito no círculo especifica a distância a partir do centro do polígono
até o meio das arestas do polígono, como visto na Fig. 3.1.9.
Assim, antes de definir o raio do círculo, deve-se atentar ao modo que a figura está associada a ele.
Além do mais, essa ferramenta constrói polígonos regulares, ou seja, todos os lados são iguais.
3.1 Draw 37
caso do Arc, o comando Circle tem outras formas de definição. Assim, quando o usuário julgar
necessário outra forma de criação de círculos, basta acessar a seta inserida no retângulo de Draw e
posteriormente a seta em Circle. Essas outras configurações são vistas na Fig. 3.1.11.
OBS: Também existe a opção de escalonar toda área de trabalho, usando a configuração
posicionada no canto inferior direito, como visto na Fig. 4.4.3. Dessa forma, todos
objetos inseridos serão ampliados ou reduzidos do desenho original pelo fator definido.
Já quando usamos o atalho Ctrl + C, fazemos o chamado COPYCLIP e assim, para colarmos a
figura, devemos pressionar Ctrl + V para que ela apareça na área de trabalho.
40 Capítulo 3. Ferramentas
Ao fazer uso da ferramenta, deve-se selecionar todos os objetos que se cruzam e clicar em ENTER.
Em seguida, basta escolher qual parte da curva se deseja retirar. Vamos exemplificar o uso do Trim
com a Fig.3.2.10. Nela temos um cruzamento de linhas e desejamos podar a linha horizontal para
que ela tenha fim no cruzamento com a linha vertical. Dessa forma, selecionamos o comando Trim,
selecionamos as duas linhas seguido de um ENTER e cortamos o excesso de linha horizontal à di-
reita quando clicamos nela. Vocês poderão notar que, quando clicamos em ENTER e posicionamos
o mouse sobre uma curva, aparece um pequeno símbolo em formato de "x"e a curva toma uma
entonação mais clara, simbolizando qual parte será deletada. Isso ajuda o usuário a utilizar melhor
a ferramenta, prevendo como o objeto ficará.
3.2 Modify (Modificar) 41
clicar na ferramenta, basta selecionar as curvas desejadas seguido de ENTER e após isso, escolhe-se
o objeto que deseja-se estender com um clique. Quando o mouse é posicionado sobre uma curva é
possível ver uma prévia do resultado antes de clicar efetivamente.
Quando se define um raio para o arrendondamento, esse valor será utilizado sempre que fizer uso
da função. A alteração desse valor não altera as curvas definidas anteriormente.
Quando a opção Trim é escolhida, o usuário deve selecionar entre "Trim"e "No trim". Na primeira,
os objetos são apagados ou estendidos para formar a concordância, já na segunda os objetos não
são modificados antes que a concordância seja adicionada.
42 Capítulo 3. Ferramentas
utilizar o comando, deve-se selecionar o objeto ou conjuntos de objetos e clicar em ENTER. Após
isso, deve-se escolher o modo de operação. Quando seleciona-se a opção retangular, é possível
criar cópias em qualquer combinação de colunas, linhas e níveis. Isso pode ser editado na barra de
comando, no inferior da tela, ou na seção que é mostrada na Fig. 3.2.16. Para finalizar o uso da
ferramenta basta clicar em ENTER, ou exit na barra de comando ou Close Array no recorte visto
abaixo. Já a opção polar distribui as cópias dos objetos selecionados em um padrão circular, em
volta de um ponto central. Assim como no caso retangular, essa opção permite que você edite o
arranjo antes de finalizá-lo, alterando, por exemplo, ângulo, número de itens, entre outros.
3.2 Modify (Modificar) 43
Por último, a opção path ou caminho distribui os objetos uniformemente ao longo de um ca-
minho selecionado. Também é possível editar o arranjo antes da sua conclusão.
OBS: Também existe a possibilidade de editar o array após sua finalização. Basta selecionar
ARRAYEDIT, o arranjo e fazer as modificações.
Layers ou camadas auxiliam o usuário na visualização e no controle das propriedades dos obje-
tos. São muito utilizadas em plantas baixas para facilitar a distinção entre objetos de áreas diferentes.
Pode-se, por exemplo, criar uma camada para a planta baixa do piso, outra para os móveis,
outra para portas e outra para equipamentos elétricos. Assim, o leitor do projeto pode facilmente
identificar a qual setor os objetos pertencem, e o usuário pode setar propriedades diferentes para
cada uma delas.
Ao clicar na área destacada pela Fig. 3.3.1, uma nova tela será mostrada. Através dela é possível
criar, editar ou excluir uma camada. Ao criar uma nova Layer, o usuário pode editar as caracte-
rísticas da camada, como cor, tipo e espessura da linha. Como exemplo, pode-se ver a Fig. 3.3.2,
onde tem-se uma layer denominada Exemplo, formatada de forma pontilhada, com a cor verde e
espessura de 0.25mm.
3.3 Layers (Camadas) 45
Pode-se facilmente alternar entre as camadas usando o campo destacado na Fig. 3.3.3.
3.4 Texto
A ferramenta de texto é encontrada na seção "Anotação" da barra de ferramentas. Ela serve para
adicionar uma caixa de texto ao desenho.
Existem duas maneiras de adicionar linhas de texto ao desenho. Ao clicar em linha única ou digitar
"TEXTO"e pressionar ENTER pode-se adicionar uma caixa de texto simples e mais limitada para
edição.
Ao clicar em Texto Multilinha ou digitar "TEXTOM"pode-se adicionar uma linha de texto com
acesso a um editor de texto que nos oferece um leque de ferramentas muito similar a programas de
edição de texto, como o Microsoft Word.
Ao clicar duas vezes em um texto, podemos editar seu conteúdo. Vale ressaltar que, para transformar
um texto de linha única em um texto de multilinha, precisamos selecionar o texto desejado e digitar o
comando "TXT2MTXT". Assim, somos capazes de editar as linhas de texto com mais propriedades.
3.5 Blocos 47
3.5 Blocos
Blocos são conjuntos de linhas agrupadas em um único "aglomerado". Essa ferramenta é uma
forma de facilitar o manuseio de objetos que podem ser repetidos.
3.5.1 Inserir
No comando inserir estão listados todos os blocos contidos no desenho, além de bibliotecas de
blocos adicionais que podem ser baixadas separadamente. Ao clicar no bloco desejado, ele será
adicionado ao desenho no local desejado.
3.5.2 Criar
Para criar um bloco, os objetos desejados devem estar selecionados e deve-se acessar o comando
Criar, que é encontrado na seção ’Bloco’ da barra de ferramentas e que também pode ser acessado
digitando "bloco"e pressionando ENTER. Ao acessar o comando, será aberta uma nova aba, na
qual será especificado o nome e os outros atributos do bloco. Assim, o bloco contendo os objetos
selecionados será criado.
3.5.3 Editar
Ao clicar no comando Editar ou escrever "Editarbloco"e digitar ENTER, será aberta uma nova aba
com os blocos que podem ser editados.
Ao selecionar o bloco e pressionar "OK", será aberta outra janela com o bloco "explodido". Ou seja,
as linhas estarão separadas e é possível editar todo o conteúdo do bloco separadamente. Depois de
editado, ao clicar em Fechar Editor de Bloco ou apertar ENTER, as edições poderão ser salvas.
3.6 Cotas 49
3.6 Cotas
Cotas são marcadores que indicam o tamanho de uma seção linear especificada. Pode ser acessada
ao clicar em "Cota", localizado na seção "Anotação"da barra de ferramenta ou digitar "COTA"e
pressionar em ENTER. Para adicionar uma cota, escolhemos a origem e o término da nossa
marcação.
Existem modelos padrões de cotas no AutoCAD, entretanto, podemos criar novos estilos ou
modificar uma cota já existente, para isso, deve-se clicar no espaço indicado pela figura 3.6.2 ou
digitar "ESTILOCAMADA"e pressionar ENTER.
50 Capítulo 3. Ferramentas
Figura 3.6.2
Ao criar um novo estilo, tem-se uma nova aba, onde é possível escolher o tamanho do texto, a cor,
o tamanho das linhas e setas e até a exclusão das mesmas.
Figura 3.6.4
Em um projeto mais técnico, as cotas geralmente indicam apenas o tamanho do espaço indicado,
sem setas e linhas. Também é comum o uso de fontes mais finas, com o intuito de não poluir o
projeto.
3.7 Hachuras
Para adicionar uma hachura sobre uma área fechada, clica-se no comando hachura, localizado na
seção desenhar da barra de ferramentas ou digita-se hachura e pressiona-se ENTER.
Assim, ao direcionar e clicar o mouse sobre uma área fechada, ela será hachurada. Pode-se também
definir o padrão de hachura que será adicionado, como mostra a figura 3.7.2.
52 Capítulo 3. Ferramentas
3.8 Plotagem
Essa função serve para plotar um desenho para uma plotadora ou impressora, com o intuito de gerar
um PDF e/ou imprimir o desenho. Para usar a função plotagem, precisa-se entender os ambientes
do nosso desenho.
• Modelo: é o ambiente com o fundo mais escuro, no qual são produzidos os desenhos por
padrão.
• Layout: é o local onde devem ser formatadas as pranchas de impressão, incluindo as escalas.
Possui o fundo branco.
Para definir a prancha de impressão deve-se ajustar a viewport. A viewport é a janela para o mundo
das escalas, através da viewport são "chamados"os trecho do desenho que serão impressos. Para
ajustar, deve-se selecionar e apagar a viewport preestabelecida pelo AutoCAD.
Logo após, deve-se desenhar a folha no layout, usando as linhas do comando desenhar. Para
esse exemplo, usaremos a folha a2, que contém 59.4 cm de comprimento e 42 cm de altura.
3.8 Plotagem 53
O próximo passo é ajustar as configurações da folha, que podem ser acessadas clicando com o
botão direito do mouse no layout e selecionando "Gerenciador de configuração de página".
Note que ao definir a área de plotagem, a parte branca se restringe ao papel que foi desenhado.
Assim é possível aplicar a viewport, usando o comando "MV"e selecionando a área desejada para a
viewport como mostra a figura 3.8.6. Com a viewport ou a "janela"para o desenho, seleciona-se a
parte do desenho que deseja-se plotar e a escala desejada.
Por fim, para plotar o desenho, usa-se o comando "CTRL + P"ou clica-se com o botão direito
do mouse em layout e seleciona-se "Plotar...". Após checar as configurações e clicar em "OK"o
desenho será plotado no formato PDF.
Vale destacar que existem templates de layouts de pranchas de impressão para download, ou
seja, de acordo com o padrão do projeto e da folha, podem ser usados layouts com configurações
preestabelecidas com o intuito facilitar o processo.
III
Desenho Prático
5 Laminações de um motor . . . . . . . . . . . . 73
5.1 Características
5.2 Desenho
6 Desenho em perspectiva . . . . . . . . . . . . . 83
6.1 Sistema de ângulos
6.2 Círculos em Perspectiva
4. Planta baixa e Diagrama Unifilar
4.1 Definição
A principal utilização do AutoCAD é a modelagem de diagramas que demonstrem, de forma
organizada e padronizada, qualquer que seja o equipamento, construção ou levantamento de
componentes que será realizado pelo engenheiro ou arquiteto antes de sua realização. Uma das
principais aplicações do software pelos profissionais, principalmente na área da construção civil,
são as plantas baixas, ou seja, desenhos técnicos de uma construção em um corte imaginário à
altura de 1,50 m do piso. Mais simplesmente, como se fosse removido o telhado de uma casa e
visualizado todos os seus cômodos. Uma planta baixa, portanto, contém paredes (comprimento e
espessura), portas, janelas, nível da construção, cotagem, móveis e detalhamento de componentes
hidráulicos e elétricos. Um exemplo da planta baixa pode ser visualizado na Figura 4.1.1.
Por conseguinte, há outro tipo de desenho esquemático empregado juntamente a planta baixa no
momento de representação de uma construção, o Diagrama Unifilar. Este esquemático representa
graficamente as instalações elétricas, pontos de conexão dos dispositivos e o trajeto dos condutores,
além de outros fatores, servindo para auxiliar o engenheiro ou eletricista.
Este esquemático, é um dos quatro tipos de diagramas elétricos existentes, porém é o mais utilizado
por profissionais devido à sua simplicidade.
Unifilar significa um fio, isso quer dizer que todos os fios e cabos são representados por símbolos
sobre um só traço, normalmente este traço representa o eletroduto ou o caminho que os cabos estão
submetidos.
4.2 Simbologias
O melhor método para aprender interpretar qualquer diagrama é conhecendo seus símbolos. Em
esquemáticos elétricos, a simbologia dita praticamente toda a sua interpretação, uma vez que se
conhece os símbolos e seguir os desenhos, facilmente entenderá a instalação.
Existem muitos símbolos para este tipo de diagrama, além de cada um possuir um significado
diferente. A norma NBR 5444 elaborada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),
é a norma dos Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais.
Lista-se a seguir o símbolos dos principais componentes elétricos de um diagrama unifilar.
Entretanto, não basta o engenheiro ou técnico que está projetando o esquemático desenhá-lo de
qualquer maneira. Por isso, são estabelecidas diversas normas técnicas que correspondem aos
métodos, tamanhos, escalas e formatos, afim de padronizar todos os diagramas e deixá-los mais
adequados.
As normas técnicas utilizadas para a impressão do desenho do exemplo demonstrado são:
Dessa maneira, obtém-se as dimensões utilizadas em cada tamanho de folha, dimensões para
margens, dobramentos de cópias, entre outras informações para a folha desejada a ser impressa.
64 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar
4.4 Escala
As escalas são um funções muito importantes em um desenho no AutoCAD e seu domínio traz
diversas facilidades para o projetista para alterar medidas, verificar proporções e comparar com a
estrutura a ser construída na vida real. São elas que ditam a proporção entre a medida da folha de
papel e a área real que foi representada.
A escala numérica é a mais empregada em projetos de plantas baixas e diagramas unifilares, onde o
número a esquerda representa a área do mapa e a direita a área real.
No exemplo acima, a escala quer dizer que a cada 1 centímetro do papel é equivalente a 50000
centímetros na área real. Quando ela não possui a medida indicada em sua notação, significa,
por convenção, que ela está em centímetros. Caso contrário, essa unidade de medida precisa ser
apontada.
66 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar
Ao iniciar um desenho, é necessário estar atento a qual unidade de medida está utilizando, seja em
metros, centímetros, milímetros, de forma que não perca a orientação no AutoCAD. É o próprio
projetista quem define a medida, normalmente se baseando no que melhor se adéqua ao diagrama.
Logo, se está desenhando uma casa, é recomendado utilizar a unidade metros, ou se projeta uma
mesa, em centímetros, uma folha de papel, em milímetros, assim por diante.
No exemplo a seguir, há uma demonstração clara disto, pode-se ver que o terreno da casa foi
desenhado em metros e a folha de papel A1 em milímetros, ou seja, escalas diferentes.
Logo, para mudarmos a escala de um objeto ou do próprio projeto utilizamos o comando Scale
(Escala) localizado na aba Modify ou apenas digitando no atalho "ES"e teclar ENTER.
Após isto, deve-se selecionar toda a área do objeto a ser redimensionado. Em seguida, aperta-se
ENTER e o programa pedirá especificar um ponto base, o qual age como o centro da operação de
dimensionamento e permanece estacionário, como uma referência.
4.4 Escala 67
Adiante, deve especificar o fator de escala, o qual é um número que empregará o redimensionamento
do que foi selecionado. Um fator de escala maior que 1 amplia o objeto, já um entre 0 e 1 reduz o
objeto.
No exemplo da folha de papel demonstrado, se deseja transformar a folha que estava em milímetros
para escala de metros. Como 1000 mm corresponde a 1 m, digita-se 0.001 no fator de escala, ou
seja, está dividindo a folha por mil.
Logo, obtém-se a folha de papel A1 em escala de metros, em uma escala que se assemelha à
realidade desta quando comparamos ao tamanho da casa.
68 Capítulo 4. Planta baixa e Diagrama Unifilar
4.5 Viewports
Agora que se tem o desenho pronto e dimensionado na escala correta, o próximo passo a ser tomado
é ajusta-lo e preparar para a impressão ou apenas gerar um pdf para salvá-lo como arquivo.
Para isto, o AutoCAD tem uma área destinada a configuração de impressão denominada Layout.
Esta parte fica no canto inferior esquerdo da tela, clicando nessa aba alteramos o espaço de trabalho
destinado a configuração de impressão.
Ao clicar no Layout muda-se para outro espaço de trabalho, com tela cinza com uma folha branca e
um retângulo mostrando todo o desenho feito na aba Model (inicial).
Esse retângulo é o chamado VIEWPORT, uma janela de visualização em que se determina uma
área do desenho que será exibida em na folha de impressão e em que escala será exibida.
Para criar uma viewport, basta digitar "VIE"+ ENTER na barra de comandos, clicar em OK em
Novas Viewports e, por fim, especificar os cantos desejados em inserir a nova janela.
Além disto, pode-se inserir o projeto mais de uma vez no viewport, com diferentes escalas ou maior
detalhamento de uma área específica.
Para manipular as viewports basta clicar duas vezes dentro de sua área. Observe que o botão PAPER
muda para MODEL. Inclusive é acrescentado algumas ferramentas. A borda da viewport também
fica destacada para utilização.
Para sair da edição dentro da viewport basta clicar duas vezes fora ou clicar em PAPER.
Ao selecionar uma viewport, serão exibidos os grips de manipulação (bordas e quadrados azuis),
com eles pode-se ajustar a largura e a altura da viewport de acordo com o papel. Assim, é possível
reposicionar o que vai ser exibido pela viewport.
Algumas vantagens da utilização da viewport e da aba Layout do AutoCAD são suas praticidades,
como por exemplo, quando fazemos alguma alteração no desenho na aba Model, este é atualizado
automaticamente na viewport. Além disto, é possível ajustar a escala no Layout e até personalizar
uma escala personalizada para seu próprio projeto pelo AutoCAD.
4.6 Plotagem
Contudo, como já tem-se a Planta Baixa na folha padronizada e sua escala, o último passo na
realização do desenho técnico é em sua plotagem, ou seja, sua impressão física para que seja de
acesso a todos que estão trabalhando no projeto e deixar sua visualização além do computador, ou
apenas gerar um arquivo PDF para envio do projeto e salvá-lo nos arquivos.
Há três formas de se ativar o comando Plot (Plotar). Clicando na impressora que aparece no
canto superior esquerdo do menu principal, como mostra a Figura 4.6.1. Também é possível uma
configuração de plotagem mais aprofundada na aba Output (Saída), como mostrado na Figura 4.6.2.
Por fim, apenas digitando o comando CTRL + P na barra de comandos também abre o comando de
Plot.
Clicando no botão Preview (Visualizar), no canto inferior esquerdo, é possível conferir como o
desenho sairá na impressão, a fim de perceber algum erro ou modificação que queira identificar do
desenho previamente.
Figura 4.6.4: Botão Preview permite visualizar como o desenho sairá na impressão
Desta forma, clicando em OK, se há uma impressora conectada, o diagrama imprime automatica-
mente. Porém, se a plotagem for em um PDF, por exemplo, basta salvar o projeto com o nome e
local do computador desejados.
5. Laminações de um motor
5.1 Características
O conteúdo deste capítulo pretende abordar os conceitos do desenho de motores elétricos, mais
especificamente, das laminações das duas partes principais de um motor de indução: o rotor e o
estator.
O rotor corresponde à parte rotativa da máquina, ou seja, é a parte do motor que efetivamente
vai realizar o movimento de giro. Enquanto que o estator é a parte fixa da máquina, onde estão
presentes os enrolamentos das bobinas responsáveis por criar o campo magnético no entreferro do
motor que vai induzir o rotor a girar.
A Figura 5.1.1 mostra o rotor e o estator de um motor real.
possível utilizar de outros softwares para simular como seria sua operação em certas condições,
sendo possível analisar a distribuição das linhas de campo magnético em seu interior, o torque
desenvolvido, dentre outras coisas.
5.2 Desenho
Primeiro vamos desenhar o círculo que modela a parte mais exterior da laminação do estator. Para
isso basta fazer um círculo de raio 91. Logo depois, vamos traçar uma linha, iniciando do centro
do círculo, de comprimento 57.5, de forma a estar tocando o raio mais interno do estator. Agora
trace uma linha de comprimento 2.4 para a direita, a partir da ponta superior da linha traçada
anteriormente, em seguida, trace uma linha de comprimento 2.4 para a esquerda. Seu desenho deve
estar parecido com a Figura 5.2.2.
5.2 Desenho 75
Tomando como referências as cotas passadas para o detalhe interno do estator, vamos traçar uma
linha para cima, a partir da ponta de cada uma das linhas traçadas anteriormente, com comprimento
de 1.148. Depois vamos estender as linhas de 2.4 em 1.322 (=[5.444 - 2.8]/2) e traçar mais duas
linhas para cima com comprimento de 0.6, e então ligar as duas linhas traçadas para cima de cada
um dos lados. Seu desenho deve estar agora como a Figura 5.2.3.
Agora trace uma linha desde o centro do círculo, até tocar sua parte superior, e a rotacione em 5°.
Repita o procedimento, desta vez rotacionando a linha em -5°. Descendo um pouco, um valor de
18.885(=[91 - 57.5] - [18.5 - 3.885]), através destas linhas que foram rotacionadas, trace um círculo
de raio 3.885. Apagando as linhas que não precisamos no desenho final, o desenho deve estar agora
parecido com a Figura 5.2.4.
76 Capítulo 5. Laminações de um motor
Agora trace linhas ligando as partes do desenho como mostrado na figura 5.2.5. Utilizando
comandos de aparar, deixe o desenho como mostrado na Figura 5.2.6.
Agora vamos nos aproveitar da simetria circular do desenho. Basta utilizar uma matriz polar de
elementos para completar o interior do estator. Selecione o detalhe interno já desenhado, em
seguida selecione na barra de ferramentas a opção de matriz polar e defina uma matriz polar de
36 elementos. Agora seu ambiente de desenho do AutoCAD deve estar como na Figura 5.2.7, e
portanto, temos o desenho do estator pronto.
Para desenhar o rotor, vamos começar traçando dois círculos concêntricos, um com raio 56.5 e
outro com raio 21, como na Figura 5.2.8.
Para fazer os detalhes no círculo de dentro, vamos traçar uma linha do centro para a parte de cima
com comprimento igual a 26. Em seguida, desde o ponto de interseção da reta com o círculo mais
interior, trace duas linhas de comprimento 5, uma em cada direção. Seu desenho deve estar parecido
com a Figura 5.2.9.
Agora use as linhas para fazer dois quadrados de lado 5 equilibrados sobre o círculo, como na
Figura 5.2.10.
Partindo dos vértices superiores, trace linhas de comprimento 1 para servir como referência para o
posicionamento dos círculos para fazer os cantos arredondados, parecido com a Figura 5.2.11.
Usando os círculos, e estendendo as linhas verticais dos cantos, é possível com algumas apara-
ções deixar o desenho como na Figura 5.2.12. Para o outro lado do rotor, basta utilizar de um
espelhamento e um comando de aparar (ou até mesmo uma matriz polar).
Para desenhar os dentes do rotor vamos tomar o centro dos círculos e traçar uma linha até que esta
toque a borda do círculo exterior. Em seguida, desça pela mesma linha traçada um comprimento de
21 e neste ponto faça um círculo de raio 1. Seu desenho deve estar agora como a Figura 5.2.13.
Do ponto central do círculo feito, suba pela linha maior um valor de 18.4 e trace duas linhas de
comprimento 3.05, uma para cada lado. Agora ligue as pontas destas linhas às bordas do círculo de
forma que fique como na Figura 5.2.14.
Ligando as pontas das linhas de comprimento 3.05 as ponto em que a linha maior toca a borda do
círculo, e aparando algumas curvas, seu desenho deve ficar como a Figura 5.2.15.
Por fim, basta agora utilizar uma matriz polar de elementos para completar o interior do rotor.
Selecione o detalhe interno já desenhado, em seguida selecione na barra de ferramentas a opção
de matriz polar e defina uma matriz polar de 36 elementos. Agora seu ambiente de desenho do
AutoCAD deve estar como na Figura 5.2.16, e portanto, temos o desenho do rotor pronto.
Em versões mais antigas do antiga ativar essa funcionalidade requeria um pouco mais de configura-
ções. Caso sua versão não seja a mais nova, no canto inferior direito clique com o botão direito
em Show snapping reference lines e depois em object snap tracking settings como mostrado na
Figura 6.1.2. Na janela que foi aberta, vá para a guia polar tracking e mude o valor de increment
angle de 90 para 30, em seguida, marque a opção track using all polar angle settings. Agora
vá para a guia snap and grid e marque a opção isometric snap. Suas configurações devem ficar
como as mostradas na Figura 6.1.3.
Tendo feito as configurações corretas para desenhar em perspectiva isométrica, agora clicando na
tecla F5 do seu teclado é possível alterar o plano isométrico em que você vai estar trabalhando,
o que muda os eixos ortogonais de referência usados pelo AutoCAD para traçar as linhas do seu
desenho. Como primeiro exercício para que se acostume com as perspectivas isométricas, vamos
desenhar um cubo com lados de 50mm, como o mostrado na Figura 6.1.4.
84 Capítulo 6. Desenho em perspectiva
Primeiro vamos fazer o Y central do cubo, apertando a tecla F5 para mudar nosso plano isométrico
quando necessário. Em seguida, continue utilizando desta mudança de referências para traçar as
demais linhas, este primeiro exercício é de fato bastante simples. O resultado final dos dois passos
são mostrados na Figura 6.1.5.
6.2 Círculos em Perspectiva 85
Fazendo uma elipse menor de raio 20, e outra maior de raio 42, vamos copiar a linha que traçamos
subindo do centro da base para os lados, criando uma cópia afastada em 42 para a esquerda, e outra
para a direita. A seguir use estas linhas para realizar uma aparação e deixar o desenho como na
Figura 6.2.3.
Para continuar, trace linhas para baixo, de tamanho 25, a partir das extremidades da base, e em
seguida feche com mais uma linha de comprimento 264. Faça a largura de 100 do mancal e agora
seu desenho deve estar como o da Figura 6.2.4.
6.2 Círculos em Perspectiva 87
Copie a linha de comprimento 100 para que seu desenho fique como o da Figura 6.2.5, se atentando
para a seleção do ponto do quadrante destacada.
Copie o semicírculo da parte superior do mancal à frente, para a parte de trás, e feche as linhas.
Assim um rascunho do mancal, sem detalhes e sem reforços, já estará como a Figura 6.2.6.
Para continuar, a partir do centro da linha mais abaixo no desenho, trace uma reta subindo de 8,
faça uma linha de comprimento 140 centrada sobre a recém traçada de 8, e desça de cada uma das
extremidades desta linha para fechar o desenho. Faça algumas aparações e seu desenho vai estar
como o da figura 6.2.7.
Para desenhar os reforços, comece traçando uma linha de comprimento 6,5 a partir da quina do
mancal e desça 36 com outra linha, em seguida trace outra subindo até a parte circular e ligue a
ponta das duas linhas formando um triângulo como o da Figura 6.2.8.
Faça uma linha de 15 a partir da ponta de baixo do triângulo e copie a diagonal para a ponta desta
linha e completar o reforço. Copie o primeiro reforço para a devida posição do segundo, faça
algumas aparações e seu desenho vai estar como o da figura 6.2.9. Desenhe o reforço visível do
outro lado e siga para a próxima parte.
Vamos fazer agora os arredondamentos nos cantos, para isso precisamos de uma referência para o
centro das elipses. Copie as linhas dos cantos, trazendo cada uma delas 12 unidades para dentro, de
forma que seu desenho fique como na Figura 6.2.10.
Copie-as para a parte de baixo, apague as linhas extras e depois de algumas aparações seu desenho
deve estar como a Figura 6.2.12. Basta a gora replicar o mesmo método para o outro lado.
Agora trace elipse como as da Figura 6.2.13 para fazer as curvas do chanfro na parte de baixo do
mancal.
Por fim, não deve ter muitos segredos desenhar os buracos das laterais e deixar seu desenho
finalizado como o da Figura 6.2.14.
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Bibliografia