A Igreja Cristã - Análise Do Surgimento
A Igreja Cristã - Análise Do Surgimento
A Igreja Cristã - Análise Do Surgimento
O homem foi pastoreado no jardim do Éden pelo próprio Deus, o Ser supremo
de toda a criação. Deus passeava pelo jardim e falava com o homem, ensinava e
exortava à cerca do que era lícito fazer e do que não era. O homem quebra a aliança de
fidelidade para com Deus através da desobediência e é expulso da primeira igreja, que
estava localizada no jardim do Éden. A primeira igreja tinha Deus como Pastor, e mesmo
assim todos os membros falharam.
Então o Senhor procura por um homem em quem possa confiar. Uma pessoa
integra, que estará disposto a manifestar sua fé e fidelidade, alguém que Deus possa
chama-lo de amigo, surge então a figura de Abraão em Genesis 22:16-18 “e disse o
Senhor: Jurei, por mim mesmo, diz o Senhor, porquanto fizeste isso e não me negaste
o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua
descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua
descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações
da terra, porquanto obedeceste à mina voz” (ARA).
Phillip Yancey certa vez contou a história de “um homem que criava vários
peixinhos em um aquário, e toda vez que ele ia alimentar os peixinhos eles se
escondiam. E o homem insistia constantemente em tentar conquistar a confiança dos
peixinhos, porém, cada vez que ele se aproximava do aquário os peixinhos fugiam de
sua presença. Ele indignado e sem entender o motivo reclamou para o seu amigo
dizendo: Esses peixes são estúpidos, todos os dias aproximo deles oferecendo alimento
e mostrando ser uma pessoa do bem, e mesmo assim eles têm medo de mim.
E então seu amigo lhe disse: é porque você é muito grande para se apresentar
perante eles, por isso eles tem medo de sua presença. Para que isso não ocorresse
mais, você deveria se tornar um peixe e entrar no meio deles. Assim você conseguiria
confiança e eles te enxergaria como um deles”. Moral da história, foi o que Deus fez
quando permitiu que seu filho fizesse presente no meio dos homens. O pastor Billy
Graham certa vez disse: “o maior acontecimento da história não foi o homem subir e
pisar na lua, e sim Deus descer e pisar na terra”. Referência em João 1:14.
Daí então temos o líder perfeito, o pastor ideal, o sacerdote supremo. Aquele
que veio com a missão de reaproximar o homem à Deus e perdoar todo pecado
cometido pela humanidade.
O intermediador sem mácula que andou entre os homens, vivenciou o dilema do
ser humano, partilhou dos problemas sociais e espirituais que envolvia toda uma
geração.
Não sendo o bastante a natureza humana ser corrompida pelo pecado, também
rejeita o filho de Deus e os seus ensinamentos. O homem manifesta sua essência
rebelde, acariciada por vaidades e desejos vãs. O homem distorce o conceito de servir
a Deus e ao invés de oferecer o culto racional e verdadeiro se perde em meio a
religiosidade. Passa ser juiz de valores e preceitos humanos, e mais uma vez não
enxerga o principal objetivo sobre as admoestações que foram apresentados a ele
através de Jesus Cristo o Salvador, segundo é apresentado por João 1:17,18 “Porque
a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus
Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do pai, é quem
o revelou” (ARA).
Temos que levar em consideração que o povo judeu sempre foi muito
tradicionalista durante toda sua história, e por esse motivo, talvez se achava necessário
levar parte dessa bagagem cultural para indexar o novo processo de evangelização. Os
então conhecidos como Cristão Ebionitas firmavam suas doutrinas baseadas ainda no
modelo da aliança apresentada por Moisés. E práticas como, guardar o sábado, não se
sentar à mesa com estrangeiros, e etc, ainda perduravam. Portanto, servia de barreiras
a propagação do evangelho (foco missionário, algo que sempre foi um dos principais
fundamentos da mensagem de Cristo), uma vez que encontrava resistência a povos e
nações que tinham hábitos diferentes dos judeus.
Mas para isso, Deus se manifesta novamente e usa uma nova ferramenta,
aquele que serviria para promulgar as boas novas para os estrangeiros (conhecido
como povos gentios).
Um homem nascido ao norte de Jerusalém, descendente da tribo de Benjamim
(linhagem do rei Saul), chamado Saulo. Homem íntegro e reto perante a lei, denominado
Fariseu por excelência. Educado aos pés de Gamaliel, um grande doutor da lei na
época. Saulo, renomado fariseu, homem este, que recebe uma revelação divina, é
chamado à sua missão de evangelismo, e se torna porta voz de Deus para as nações.
É interessante frisar que Saulo veio de uma tribo (Benjamim) que teve o primeiro
rei em Israel (Saul). Foi o rei que perseguiu e no final perdeu seu trono para casa de
Davi (Judá). Ao passo que a tribo de Judá tinha se tornado referência no reinado através
de Davi. E longos séculos depois vemos um descendente da tribo que perseguia, sendo
um grande influenciador na missão evangelizadora, promovendo o Rei dos Reis da tribo
que havia sido perseguida pelos seus antepassados.
Ao contrário do que vimos na época das igrejas Ebionitas (primeiros cristãos que
tentavam trazer os costumes judaico de volta para as igrejas. Culturas, tradições,
doutrinas, liturgias judaizantes), nos tempos atuais a pseudo igreja Cristã se aproxima
dos moldes mundanos. Tenta ajustar a igreja ao plano terreno e distância do modelo
celestial. É preciso lembrar que nosso foco é o céu.
Temos que vigiar constantemente, pois nossa luta para manter a igreja de Jesus
Cristo viva, é se opor as ideologias do maligno, e não se aliar a elas. Mateus 5:13-16.