Imersão Pregai - João
Imersão Pregai - João
Imersão Pregai - João
Sobre o autor do evangelho: João (não o Batista). Um dos 12. Escritor também dos livros bíblicos de 1, 2 e 3 João e
Apocalipse. Irmão de Tiago, filho de Zebedeu. Era um “filho do trovão” (Marcos 3:17). O últimos dos apóstolos.
Quando foi escrito: provavelmente entre 80 d. C. e 90 d. C. Muitos aceitam João como o último evangelho a ser
escrito, porém foi escrito antes das cartas e de Apocalipse.
Local onde o evangelho foi escrito: provavelmente de Éfeso, antes de ser levado preso para Patmos.
Sobre o contexto do evangelho: O evangelho de João é diferente de todos os outros três. Não sem motivo, ele é
chamado de “não-sinótico”, ou seja, aquele que apresenta um ponto de vista diferente. Para João não havia dúvida:
Jesus Cristo era o filho de Deus, ou o “logos” de Deus (como o próprio João escreveu).
A mensagem de João é universal. Ele não tem um público específico, pois todo o universo está sob o senhorio de
Cristo. João ressalta a divindade de Cristo (em contraste com Lucas, que ressalta sua humanidade).
Sobre o objetivo do evangelho: O objetivo do evangelho de João está claro no próprio evangelho. Em João 20:31
lemos:
Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida
em seu nome.
João deixa claro que sua intenção era identificar Jesus como o Filho de Deus, e esperava que todos os que
lessem seu texto cressem nEle. Ele faz isso mencionando oito “sinais” que seriam suficientes para identificar Jesus
como o Cristo. Estes sinais são:
- Cap 3 e Cap 4 – O cap 2 termina dizendo que “muitos creram no nome de Jesus, mas o próprio Jesus não se
confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do
homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana”. Os capítulos 3 e 4 registram aquilo que João de
fato entendia como “conversão”, diferente das “muitas pessoas que creram em Jesus” no cap 02. Para isso, João usa
dois personagens totalmente diferentes um do outro: Nicodemus (cap 3) e a mulher samaritana (cap 4). A
mensagem aqui é clara: ninguém e tão justo que não precise ser salvo, e ninguém é tão pecador que não possa ser
salvo.
- Cap 5 ao 10 – Agora João entra, de fato, no ministério público de Cristo. E este ministério é marcado por uma
crescente oposição dos religiosos contra Jesus, à medida que Ele dava declarações cada vez mais contundentes.
Examine:
E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (João 5:17) >> Jesus se identifica
como o próprio Filho de Deus.
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá
sede. (João 6:35) >> Jesus declara ser o pão da vida.
E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim,
e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. (João 7:37,38) >>
Jesus se identifica como a fonte de água viva.
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, EU SOU. (João 8:58) >>
Jesus se identifica como Iavé.
Jesus ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? Ele respondeu, e disse:
Quem é ele, Senhor, para que nele creia? E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. Ele
disse: Creio, Senhor. E o adorou. (João 9:35-38) >> Jesus se identifica como o “Filho do Homem” e recebe
adoração.
Eu e o Pai somos um. (João 10:30) >> Jesus afirma ser Deus.
Depois do episódio de João 10, Jesus decide se retirar para além do Jordão e estabelecer bases no deserto.
Depois disso, um acontecimento muda a programação inteira, e serve como ponte entre o ministério público e
privado de Cristo: A morte de Lázaro.
João 11 e 12 são uma transição para o ministério privado de Jesus, que vai do cap 13 ao 18. A partir do cap 18,
temos o episódio do Getsêmani, julgamento, morte e ressurreição de Cristo.
Decidi focar no caminho até João 17, mas encorajo todos os alunos ao estudo aprofundado de João 18 em
diante!
Alguns insinuaram que João seria um mestre gnóstico, devido à sua doutrina do Logos de Deus e também de
seu foco na natureza divina de Cristo. Para rebater esse pensamento, João escreve sua primeira carta,
começando da seguinte maneira:
O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos
tocaram da Palavra da vida; 1 João 1:1