Projeto Mamona Pibic 2014 - 2015 Definitivo-1

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E AGRÁRIAS


DEPARTAMENTO DE AGRÁRIAS E EXATAS
SÍTIO CAJUEIRO CAMPUS IV – CATOLÉ DO ROCHA
Email: [email protected] / [email protected]

PROPOSTA SUBMETIDA À UEPB – EDITAL 01/2014 - PRPGP/UEPB - PARA


SOLICITAÇÃO DE BOLSA DE GRADUAÇÃO DESTINADA AO CURSO EM
LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS/CCHA/UEPB, CATOLÉ DO ROCHA -
PARAÍBA.

TÍTULO DO PROJETO

ASPECTOS DE CRESCIMENTO, FENOLOGIA E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA


COM APLICAÇÃO DE TORTA DE MAMONA E ESTERCO DE CAPRINO NO SERTÃO
PARAIBANO

ORIENTADORA DO PROJETO: Profa Dra Fabiana Xavier Costa


NOME DO ALUNO BOLSISTA: Joilma Maria de Souza
MODALIDADE: PIBIC
INSTITUIÇÃO EXECUTORA: Universidade Estadual da Paraíba

Catolé do Rocha - PB

Maio / 2014
RESUMO

Objetiva-se com este projeto estudar o crescimento, fenologia e o potencial produtivo de mamona
BRS Nordestina, utilizando doses crescentes de torta de mamona e esterco caprino, associados com
doses fixas de amônia e superfosfato simples, com adição de água de forma manual, no sertão
paraibano. O experimento será conduzido na área experimental da Universidade Estadual da
Paraíba, no Campus IV, em Catolé do Rocha - PB, no ano agrícola de 2014. O delineamento
experimental será o de blocos ao acaso em arranjo fatorial 2 x 4, sendo dois (2) representando os
adubos orgânicos: torta de mamona e esterco caprino, e quatro (4) referente as dosagens desses
adubos (0, 2, 4, e 6 t/ha), equivalente a 0, 200, 400, e 600 g / vaso respectivamente, com 4
repetições cada, totalizando 32 unidades experimentais. Em todos os tratamentos será utilizada uma
adubação fixa de amônia na quantidade de 60 kg/ha e de superfosfato simples na quantidade de 30
k/ha. Serão cultivadas mudas as quais serão transplantadas para vasos plásticos de 60 L, com 57,0
cm de altura, 40,0 cm de diâmetro superior e 26,5 cm de diâmetro inferior. As dosagens dos
fertilizantes serão calculadas considerando a superfície e a profundidade de cada vaso, bem como as
informações das análises de fertilidade do solo. Serão analisadas as seguintes variáveis - a) de
crescimento da planta: altura de planta, diâmetro caulinar, n° de folhas, área foliar média por folha,
área foliar por planta, nº de nós, nº de ramificações; b) de produção da planta: n° de cachos por
planta, tamanho dos cachos, número de frutos por cacho, n° de sementes por cacho, peso matéria
seca das sementes, peso matéria seca dos cachos, peso matéria seca de 100 sementes, peso matéria
seca de fitomassa total, peso matéria seca das folhas, peso matéria seca dos caules e peso matéria
seca das raízes; c) análises dos caracteres agronômicos de laboratório: qualidade de sementes
(pureza, germinação, umidade, e vigor); análise química - teor de óleo, cinzas, nitrogênio, fósforo e
potássio; análise foliar (macronutrientes) d) análise de solo: serão avaliados as características físicas
e de fertilidade do solo no início e final do experimento.

Palavras – chave: semiárido, nitrogênio, fósforo, planta


1) INTRODUÇÃO

A busca mundial pela sustentabilidade ambiental, com base na substituição progressiva dos
combustíveis minerais derivados do petróleo por combustíveis renováveis de origem vegetal, dentre
eles o biodiesel do óleo da mamona, criou-se uma perspectiva real para a expansão do cultivo da
mamona em escala comercial (LIRA e BARRETO, 2009, citado por SILVA et al, 2011).
A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta de origem africana, rústica, heliófila,
resistente à seca, pertencente à família das Euforbiáceas, disseminada por diversas regiões do globo
terrestre. É encontrada espontaneamente em várias regiões do Brasil, desde o Amazonas até o Rio
Grande do Sul (COSTA et al., 2006, citado por SILVA, 2012).
A mamoneira para crescer, desenvolver e produzir satisfatoriamente necessita de um manejo
nutricional adequado e de suprimento hídrico diferenciado nas suas fases fenológicas, o que requer
manejo compatível com sua capacidade de retirada de água do solo; desta forma, o manejo e a
qualidade da água podem implicar em redução ou aumento da produtividade (FREITAS et al.,
2010).
Embora seja considerada uma planta de elevada resistência à seca, para produzir bem, a
mamona necessita de pelo menos 16 nutrientes e aproximadamente 500 mm de chuva bem
distribuída ao longo de seu ciclo (COSTA et al., 2009).
Para Costa et al. (2010), o principal produto da mamona é o óleo de rícino, que é uma
importante matéria-prima para a indústria química, com larga utilização na composição de inúmeros
produtos como: tintas, vernizes, cosméticos, fluidos hidráulicos e plásticos. Entretanto, o óleo de
rícino, extraído da semente, começou a ser enxergado como meio produtivo para obtenção do
biodiesel, combustível renovável.
É fato conhecido que todos os sistemas produtivos, tanto agrícolas, quanto pecuários, dão
origem a vários tipos de resíduos orgânicos, os quais corretamente manejados e utilizados revertem-
se em fornecedores de nutrientes para a produção de alimentos e melhoradores das condições
físicas, químicas e biológicas do solo. Com o aumento dos custos da adubação mineral, o agricultor
passou a ter uma nova visão sobre a adubação orgânica, dando importância à utilização de estercos
que na maioria das vezes era desprezado na propriedade, passando a fazer uso desse material como
agente modificador das condições físicas e químicas do solo, de modo a elevar o nível de fertilidade
do solo (SOUTO et al., 2009).
Conforme Maia et al. (2008), “o adubo mineral tem resposta rápida às plantas, já o adubo
orgânico, liberação gradual dos nutrientes”. A adição do adubo orgânico ao solo favorece a
disponibilidade dos nutrientes fornecidos pela adubação química. (OLIVEIRA et al., 2009).
Turco e Blume (1998) consideram a matéria orgânica do solo como um dos mais importantes
indicadores da qualidade do solo, tendo em vista que é essencial nos processos produtivos e na
diversidade biológica. É indiscutível a importância e a necessidade dos adubos orgânicos tanto para
a produtividade das culturas como para a qualidade dos produtos obtidos, especialmente em solos
com baixo teor de matéria orgânica. Os adubos orgânicos são considerados agentes
condicionadores do solo, por melhorar as condições de cultivo, através da retenção de água e pelo
aumento da disponibilidade de nutrientes em forma assimilável pelas raízes (FILGUEIRA, 1982;
INGUE, 1984).
No Nordeste Brasileiro, em especial no semiárido, a utilização de esterco caprino como fonte
de nutriente para muitas culturas não é comum, muito embora, se tenha na caprinocultura uma das
principais fontes de renda da região. Isso é atribuído ao fato do agricultor e sua família, diante das
suas necessidades e falta de conhecimento sobre a importância desse insumo para as plantas e
também, por tradição, incrementarem a renda da família, com a venda do esterco produzido pelos
animais. Práticas de manejo que visam a adição de adubos orgânicos podem contribuir para
conscientização da importância da matéria orgânica na produção agrícola (MELO et al., 2009).
O esterco caprino é valioso na adubação dos terrenos argilosos, duros e frios, nos areias do
litoral, para lavouras de cana-de-açúcar e hortaliças, sendo também recomendado como excelente
para as plantas oleaginosas, fumo e, especialmente o linho. É desaconselhável apenas para as
plantas cerealíferas como o milho, porque faz desenvolver demasiadamente a parte foliácea da
planta (ALVES e PINHEIRO, 1984).
Segundo os mesmos autores os efeitos indiretos da ação do esterco se dão em vista do seu alto
teor em matéria orgânica. O esterco leva húmus para o terreno e reintegra ao solo esse constituinte
que, dado os processos oxidativos, vão se consumindo.
De acordo com Savy Filho e Banzatto (1983), citado por Costa et al (2009) o mais tradicional
e importante subproduto da mamona é a torta. Seu alto teor de proteína a torna atraente como
alternativa para alimentação animal, porém a presença de substâncias tóxicas de difícil eliminação
tem inviabilizado essa alternativa. Devido à inexistência de um método seguro para sua
destoxicação, a torta tem sido utilizada predominantemente como adubo orgânico que tem valor
financeiro inferior ao alimento animal.
A torta de mamona é importante na recuperação dos solos, pois é um excelente fertilizante
orgânico, rico em nitrogênio (5% a 6%), fósforo, potássio e micronutrientes. A mesma pode ser
usada em qualquer cultura, mesmo sem ter sido destoxicada. Depois de destoxicada via vapor (130°
C, por 30 minutos), para neutralizar a ricina (uma proteína altamente tóxica presente no endosperma
da semente da mamona), pode ser usada com sucesso na alimentação animal de ruminantes e alguns
monogástricos, entrando na composição de rações balanceadas, em quantidades segundo a espécie,
raça e idade dos animais (porco, galinha, boi, carneiro, caprinos, etc.) (BELTRÃO, 2002, citado por
COSTA et al, 2012).
O nitrogênio é o nutriente mais limitante para muitas culturas no mundo, e o seu uso eficiente
é de extrema importância econômica para os sistemas de produção (RODRIGUES et al., 2010).
Existe a carência de informações sobre a resposta no cultivo de oleaginosas à adubação
(LIMA et al., 2011). É importantíssimo um manejo cultural adequado, para obtenção de aumentos
na produtividade, pois mesmo tendo grande importância socioeconômica no Nordeste a cultura da
mamona apresenta produtividade baixa e a cadeia produtiva ainda necessita de ajustes e
aprimoramentos.

2) OBJETIVO

Neste contexto, objetiva-se com este projeto estudar o crescimento, fenologia e o potencial
produtivo de mamona BRS Nordestina, utilizando como matéria orgânica quantidades crescentes de
torta de mamona e esterco caprino, associados a doses fixas de amônia e superfosfato simples, com
adição de água de forma manual, com o intuito de avaliar a influencia desses elementos no plantio
da BRS Nordestina no sertão paraibano.

2.1) OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Avaliar o solo, após adubação com torta de mamona e esterco de caprino, doses crescentes
de nitrogênio e fixas de fósforo.

b) Estudar o crescimento de mamona com relação a altura, diâmetro e área foliar.

c) Analisar o teor de óleo das sementes de mamona e sua viabilidade para produção de
biodiesel.

d) Avaliar a produção de mamona com o plantio em vasos plásticos, utilizando fertilizantes


orgânicos e químicos.

3) METAS

1) Com o incremento na produção de óleo por unidade de área, na mamona, incrementar a oferta
deste produto para a produção de biodiesel no Nordeste, no município que será trabalhado em
Catolé do Rocha na Paraíba.
2) No final de um ano ter um sistema de plantio de mamona, definido e pronto para ser utilizado
pelos agricultores familiares do município de Catolé do Rocha, visando o incremento de
matéria-prima para a produção de energia, via biodiesel.

3) Incentivar os agricultores de Catolé do Rocha, bem como das cidades circunvizinhas ao plantio
de mamona, com utilização de adubo orgânico, através de minicursos, seminários e palestras,
exposição de sementes de mamona com distribuição de folders explicativos sobre esta cultura.

4) Plantar mamona no campo em regime de sequeiro, evitando-se despesas com sistemas de


irrigação e fazer o uso racional da água, tornando economicamente viável para o pequeno
agricultor.

4. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

- Treinar dois alunos do curso em Licenciatura plena em Ciências Agrárias mediante realização de
trabalhos de Iniciação Científica.

5. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS

- Relatório parcial e final apresentado a UEPB/CNPq e ao Departamento de Agrárias e Exatas.

- Apresentação de seis trabalhos científicos em eventos nacionais;

- Publicação de três trabalhos em revistas indexadas de circulação nacional e/ou internacional

6. MATERIAIS E MÉTODOS

 Local

O presente trabalho será realizado na área experimental do Campus IV da Universidade


Estadual da Paraíba, no município de Catolé do Rocha, situado a 272 m de altitude, 6°20’38”S
Latitude e 37°44’48”O Longitude, em regime de sequeiro.
 Cultura utilizada

A cultura utilizada será a mamona, BRS Nordestina, desenvolvida pela EMBRAPA Algodão
e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), tendo um ciclo de 235 dias.
 Características físicas e químicas do solo, torta de mamona e esterco de caprino

No Laboratório de Análises Químicas do Solo, do Departamento de Solos da UFCG de


Campina Grande-PB, foram realizadas as análises químicas e físicas do substrato de solo (Tabelas 1
e 2). Os teores de macronutrientes foram determinados a partir das amostras de solo retiradas na
profundidade de 0-20 cm do campo experimental da UEPB, Campus IV, Catolé do Rocha – PB.

Tabela 1– Características químicas (fertilidade) do solo que será usado no experimento. UEPB.

Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.

pH

H2O Complexo Sortivo (mmolc/dm3 de solo) % % g/kg mg/dm3

(1:2,5) Ca Mg Na K S H+Al T CO N MO P

8,0 5,66 2,09 7,6 6,2 70,6 0,00 70,6 0,61 0,06 8,7 105,1

Análises realizadas no Laboratório de Solo da Universidade Federal de Campina Grande. Campina Grande, PB. 2014.
MO = matéria orgânica. S = soma de bases trocáveis do solo, mais a acidez hidrolítica (H+ Al), que no caso foi zero. T
= S+ H + Al. CO = carbono orgânico.

Tabela 2 – Características físicas do solo que será usado no experimento. UEPB.

Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.

Densidade – kg/dm3 Granulometria - %

Global Real Porosidade Areia Areia Silte Argila Classificação Textural


Total (%) Grossa Fina

1,02 2,67 61,90 54,60 43,90 23,00 22,40 Franco Argilo


Arenoso
Análises realizadas no Laboratório de Solo da Universidade Federal de Campina Grande. Campina Grande – PB, 2014.

As análises da torta de mamona foram feitas no Laboratório de Química da Embrapa


Algodão (Tabela 3).

Tabela 3– Características químicas da torta de mamona que será usada no experimento. UEPB.
Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.
Umid PB CZ N P P2O5 K K2O Ca CaO Mg MgO S MO
----------------------------------------------------------%--------------------------------------------------------------
9,97 6,08 10,40 8,11 0,75 0,04 1,48 0,20 0,83 0,63 0,49 0,57 0,46 4,1
Análises realizadas no Laboratório de Química da Embrapa Algodão. Campina Grande – Pb, 2014.
PB = proteína bruta
MO = matéria orgânica

As análises do esterco de caprino foram feitas no Laboratório de Química da Embrapa


Algodão (Tabela 4).

Tabela 4– Características químicas do esterco de caprino que será usado no experimento. UEPB.
Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.
Umid PB CZ N P P2O5 K K2O Ca CaO Mg MgO S MO
----------------------------------------------------------%--------------------------------------------------------------
3,09 13,69 12,03 2,19 0,50 1,16 0,31 0,37 3,82 3,94 0,40 0,70 0,24 35,06
Análises realizadas no Laboratório de Química da Embrapa Algodão. Campina Grande – Pb, 2012.
PB = proteína bruta
MO = matéria orgânica

• Condições do experimento e dosagens da adubação orgânica e mineral

O plantio da mamona será em uma área experimental aberta do Campus IV da UEPB. A


água utilizada será a de abastecimento do município de Catolé do Rocha - PB. A água será levada a
planta de forma manual, usando-se um regador com a quantidade de acordo com a necessidade
hídrica da planta.
Serão cultivadas mudas com sementes de mamona em sacos plásticos de 1 L, onde serão
plantados três sementes por saco, deixando apenas uma planta, após a realização do desbaste, que se
dará aos 15 dias, após a emergência das plântulas. Antes do transplante das mudas, cada unidade
experimental será colocada em capacidade de campo.
O delineamento experimental adotado será o de blocos ao acaso, com fatorial 2 x 4, sendo
duas fontes de adubação orgânica, com quatro dosagens crescentes dessas, a saber: torta de mamona
e esterco caprino e 0, 2, 4 e 6 t/h respectivamente, com quatro repetições cada, totalizando 32
unidades experimentais.
Para as unidades experimentais serão utilizados vasos plásticos de 60 L, tendo como
medidas 57 cm de altura, 40 cm de diâmetro superior e 26,5 cm de diâmetro inferior, cujo solo será
peneirado e misturado com a torta de mamona ou esterco caprino, sendo colocados em 16 unidades
experimentais cada, em quantidades crescentes, sendo 0, 2, 4 e 6 t/h respectivamente.
Será ainda adicionado 60 kg/ha de amônia como fonte de nitrogênio, e 30 kg/ha de
superfosfato simples como fonte de fósforo. A aplicação de amônia será feita em duas etapas, a
primeira em fundação no momento do transplante das mudas para os vasos, utilizando-se 1/3 da
dosagem, e a segunda no inicio da floração, utilizando-se 2/3 da dosagem, completando assim os 60
kg/ha de amônia.

 Tratamentos a serem utilizados no experimento

1) T1 – 0 t/ha de torta de mamona + 60 0 kg/ha de amônia + 30 kg/ha de P2O5


2) T2 – 2 t/ha de torta de mamona + 60 kg/ha de amônia + 30 kg/ha de P2O5
3) T3 – 4 t/ha de torta de mamona + 60 kg/ha de amônia + 30 kg/ha de P2O5
4) T4 – 6 t/ha de torta de mamona + 60 kg/ha de amônia + 30 kg/ha de P2O5
5) T5 – 0 t/ha de esterco caprino + 60 kg/ha de amônia + 30 kg/ha de P2O5
6) T6 – 2 t/ha de esterco caprino + 60 kg/ha de amônia + 30 kg/ha de P2O5
7) T7 – 4 t/ha de esterco caprino + 60 kg/ha de amônia + 30 kg/ha de P2O5
8) T8 – 6 t/ha de esterco caprino + 60 kg/ha de amônia + 30 kg/ha de P2O5
Tabela 5 – Distribuição dos blocos e tratamentos do experimento na área experimental do Campus
IV, Catolé do Rocha – PB, 2014/2015

BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3 BLOCO 4

T4 T1 T8 T6

T6 T4 T1 T5
T8 T7 T5 T4

T1 T5 T2 T1

T5 T3 T7 T8

T2 T6 T4 T3

T3 T2 T6 T7
T7 T8 T3 T2

Durante o desenvolvimento das plantas e na produção serão avaliados as seguintes variáveis:

 Variáveis a serem analisadas

Análise de crescimento (a cada 15 dias, após a emergência das plântulas)


- Altura de planta
- Diâmetro Caulinar
- Área foliar (por folha e por planta), que será calculada segundo metodologia proposta por
Severino et al. (2005), sendo ela: S= 0,2622 x P (2,4248)

- Número de nós
- Número de ramificações
- Número folhas
- Comprimento da raiz

Variáveis fenológicas

- Da semeadura à emergência das plântulas;

- Da emergência das plântulas a floração do primeiro racemo (contar número de flores masculinas e
femininas);

- Da floração a maturação do racemo;

- Da maturação a colheita final (completa maturação).

Variáveis de produção

- Número de cachos por tratamentos


- Número de sementes por tratamentos
- Número de sementes por cacho
- Peso matéria seca do cacho com semente
- Peso matéria seca do cacho sem semente
- Peso matéria seca das sementes
- Peso matéria seca de 100 sementes
- Peso matéria seca das folhas
- Peso matéria seca dos caules
- Peso matéria seca das raízes
- Fitomassa Total

Análises dos caracteres agronômicos e de laboratório


- Qualidade de sementes (pureza, germinação, umidade e vigor)
Análise Química

- Teor de Óleo, Cinzas, análise foliar (macronutrientes e micronutrientes).

Variáveis analisadas no solo

- Ánalise física e química no início e final do experimento.

 Delineamento experimental e programa estatístico

O delineamento experimental adotado será o de blocos ao acaso, com fatorial 2 x 4, sendo


duas fontes de adubação orgânica, com quatro dosagens crescentes dessas, a saber: torta de mamona
e esterco caprino e 0, 2, 4 e 6 t/h respectivamente, com 4 repetições cada, totalizando 32 unidades
experimentais.
Os dados das variáveis serão submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias
comparadas entre si pelo teste de Tukey. Os dados em porcentagem serão transformados em arc
seno /100. A análise estatística será realizada no software Sisvar, desenvolvido pela Universidade
Federal de Lavras.

7) RESULTADOS ESPERADOS

No final do experimento espera-se atingir uma boa produtividade da mamona, adubada com
quantidades crescentes de torta de mamona e esterco de caprino, doses fixas de nitrogênio na forma
de amônia e de fósforo, onde é uma forma de valorizar os adubos orgânicos, incentivando, assim, o
pequeno agricultor a utilizar adubos de baixo custo, reaproveitar estercos de animais, os
subprodutos de mamona, em especial a torta de mamona que também é objeto dessa pesquisa e
fortalecer a agricultura familiar com essa cultura que segundo pesquisas realizadas é uma das
melhores oleaginosas na produção do biodiesel, bem como incentivar o plantio de mamona no
semiárido nordestino paraibano. Espera-se ainda que o teor de óleo seja satisfatório e de boa
qualidade, agregando-se dessa forma valor a cadeia produtiva do biodiesel.

8) EQUIPE

DSc. Fabiana Xavier Costa – Orientadoral (UEPB/Catolé do Rocha)

DSc. José Geraldo Rodrigues dos Santos (UEPB/Catolé do Rocha)


DSc. Edivan da Silva Nunes Júnior – (UEPB/Catolé do Rocha)

DSc. Raimundo Andrade (UEPB/Catolé do Rocha)

MSc. Francisco Ademilton Vieira Damaceno – (UEPB/Catolé do Rocha)

9) ORÇAMENTO DOS ANOS 2014/2015

Especificação Quant. V. unit. Valor (R$)

Sementes de mamona 1 kg 6,00 6,00

Material de experimento:

Vasos plásticos 15 17,00 255,00

Insumos:

Sacos de papel 250 uni 0,20 50,00

Defensivos químicos:

Fungicida 1L 37,00 37,00

Inseticida 1L 45,00 45,00

Formicida 1 kg 7,00 7,00

TOTAL 400,00
10) CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES 2014 2015


mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Revisão bibliográfica X X X X X X X X X X X X X X X
Elaboração do projeto X X
Escolha do local X
Análise química e física inicial do solo X X
Análise química dos adubos orgânicos X
Aquisição das sementes X
Preparo da área experimental X
Plantio da mamona X
Tratos culturais X X X X X
Colheita X
Análise química e física final do solo X X
Análises químicas da planta X X
Análise Estatística X
Publicação dos resultados X
Elaboração do relatório parcial X
Divulgação dos resultados em eventos
X X X X X
científicos
Preparo de artigos científicos X X
Elaboração do relatório final X
11) REFERÊNCIAS

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M. A. Efeito residual da adubação com casca de mamona e fertilizante químico no
cultivo da mamoneira. Revista Engenharia Ambiental: pesquisa e tecnologia, v. 9, n.
3, p. 138-149, jul /set . 2012.

SILVA, M. A; SILVA, F. E. A; NUNES JÚNIOR, E. S; COSTA. F. X; MELO FILHO, J. S.


Cultivo de sequeiro da mamona adubada com casca de mamona e fertilizante
nitrogenado. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola Ambiental, v.16, n.4, p.375–
379, 2012.

Souto, J.S.; Júnior, S.O.; Santos, R.V. dos.; Souto, P.C.; Júnior, S.G.S.M. Adubação
com Diferentes Estercos no Cultivo de Moringa (Moringa oleifera lam.). Revista
Verde. Mossoró, v.4, n.1, p.125 – 134, janeiro/março de 2009.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE AGRÁRIAS E EXATAS
SÍTIO CAJUEIRO CAMPUS IV – CATOLÉ DO ROCHA

SUBPROJETO 1

ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO E FENOLOGIA DA

MAMONA SOB O EFEITO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL NO

SERTÃO PARAIBANO

MODALIDADE: PIBIC

NOME DO ALUNO BOLSISTA: Joilma Maria de Souza

NOME DO PROFESSOR (A): Fabiana Xavier Costa

CATOLÉ DO ROCHA - PB

Maio / 2014
1. JUSTIFICATIVA

A mamonaeira é encontrada em nosso país, vegetando desde o Rio Grande do


Sul, até a Amazônia; no entanto, necessita de chuvas regulares durante a fase vegetativa
e de períodos secos na maturação dos frutos, pluviosidade entre 600 e 700 mm, altitude
na faixa de 300 a 1.500 m acima do nível médio do mar.
Entretanto o plantio de mamona no município de Catolé do Rocha – PB,
situado a 272 m de altitude, torna-se um desafio diante de sua altitude que é abaixo do
recomendado para o plantio dessa oleaginosa e de grande período de estiagem, apesar
dessa cultura ser resistente a seca, mas necessita de chuva para crescer, desenvolver e
produzir bem.
No entanto será implantado esse projeto no intuito de avaliar o crescimento e
desenvolvimento de mamona em solo adubado com seu subproduto, que é a torta de
mamona, bem como também o esterco caprino, adicionado de doses fixas de
fertilizantes, utilizando para, isso o uso racional de água, visto que, as plantas serão
regadas manualmente e a quantidade será de acordo com sua necessidade hídrica.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Analisar o crescimento e a fenologia da mamona, após adubação com


quantidades crescentes de torta de mamona e esterco caprino e doses fixas de amônia e
de fósforo nas condições edafoclimáticas de Catolé do Rocha – PB.

2.2 Objetivo Especifico


Quantificar o crescimento e fenologia de mamona, quando adubado com
quantidades crescentes de adubação orgânica.

3. METAS

1) Incentivar os agricultores de Catolé do Rocha, bem como das cidades


circunvizinhas ao plantio de mamona, com utilização de adubo orgânico, através de
minicursos, seminários e palestras, exposição de sementes de mamona com distribuição
de folders explicativos sobre esta cultura.
2) Plantar mamona no campo em regime de sequeiro, evitando-se despesas com
sistemas de irrigação e fazer o uso racional da água, tornando economicamente viável
para o pequeno agricultor.

4) MATERIAIS E MÉTODOS

 Local

O presente projeto será realizado na área experimental do Campus IV da


Universidade Estadual da Paraíba, no município de Catolé do Rocha situado a 272 m de
altitude, 6°20’38”S Latitude e 37°44’48”O Longitude.

 Cultura utilizada

A cultura utilizada será a mamona, BRS Nordestina, desenvolvida pela


EMBRAPA Algodão e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), tendo
um ciclo de 235 dias.

 Características físicas e químicas do solo e química da torta de mamona e


esterco caprino

No Laboratório de Análises Químicas do Solo, do Departamento de Solos da


UFCG de Campina Grande-PB, foram realizadas as análises químicas e físicas do
substrato de solo (Tabelas 1 e 2). Os teores de macronutrientes foram determinados a
partir das amostras de solo retiradas na profundidade de 0-20 cm do campo
Experimental da UEPB, Campus IV, Catolé do Rocha – PB.
Tabela 1– Características químicas (fertilidade) do solo que será usado no experimento. UEPB.

Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.

pH

H2O Complexo Sortivo (mmolc/dm3 de solo) % % g/kg mg/dm3

(1:2,5) Ca Mg Na K S H+Al T CO N MO P

8,0 5,66 2,09 7,6 6,2 70,6 0,00 70,6 0,61 0,06 8,7 105,1

Análises realizadas no Laboratório de Solo da Universidade Federal de Campina Grande. Campina


Grande, PB. 2014. MO = matéria orgânica. S = soma de bases trocáveis do solo, mais a acidez hidrolítica
(H+ Al), que no caso foi zero. T = S+ H + Al. CO = carbono orgânico.

Tabela 2 – Características físicas do solo que será usado no experimento. UEPB.

Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.

Densidade – kg/dm3 Granulometria - %

Global Real Porosidade Areia Areia Silte Argila Classificação Textural


Total (%) Grossa Fina

1,02 2,67 61,90 54,60 43,90 23,00 22,40 Franco Argilo


Arenoso
Análises realizadas no Laboratório de Solo da Universidade Federal de Campina Grande.
Campina Grande – PB, 2014.

As análises da torta de mamona foram feitas no Laboratório de Química da Embrapa


Algodão (Tabela 3).

Tabela 3– Características químicas da torta de mamona que será usada no experimento. UEPB.
Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.
Umid PB CZ N P P2O5 K K2O Ca CaO Mg MgO S MO
----------------------------------------------------------%--------------------------------------------------------------
9,97 6,08 10,40 8,11 0,75 0,04 1,48 0,20 0,83 0,63 0,49 0,57 0,46 4,1
Análises realizadas no Laboratório de Química da Embrapa Algodão. Campina Grande – Pb, 2014.
PB = proteína bruta
MO = matéria orgânica

As análises do esterco de caprino foram feitas no Laboratório de Química da


Embrapa Algodão (Tabela 4).
Tabela 4– Características químicas do esterco de caprino que será usado no experimento. UEPB.
Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.
Umid PB CZ N P P2O5 K K2O Ca CaO Mg MgO S MO
----------------------------------------------------------%--------------------------------------------------------------
3,09 13,69 12,03 2,19 0,50 1,16 0,31 0,37 3,82 3,94 0,40 0,70 0,24 35,06
Análises realizadas no Laboratório de Química da Embrapa Algodão. Campina Grande – Pb, 2014.
PB = proteína bruta
MO = matéria orgânica

 Tratamentos

1) T1 – 0 t/ha de Torta de mamona + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5


2) T2 – 2 t/ha de Torta de mamona + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
3) T3 – 4 t/ha de Torta de mamona + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
4) T4 – 6 t/ha de Torta de mamona + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
5) T5 – 0 t/ha de Esterco caprino + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
6) T6 – 2 t/ha de Esterco caprino + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
7) T7 – 4 t/ha de Esterco caprino + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
8) T8 – 6 t/ha de Esterco caprino + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5

 Variáveis a serem analisadas

Análise de crescimento (a cada 15 dias, após a emergência das plântulas)

- Altura de planta
- Diâmetro Caulinar
- Área foliar (por folha e por planta)
- Numero de nós
- Número folhas
- Número de ramificações
- Comprimento da raiz

Variáveis fenológicas

- Da semeadura à emergência das plântulas;

- Da emergência das plântulas a floração do primeiro racemo (contar número de flores


masculinas e femininas);

- Da floração a maturação do racemo;


- Da maturação a colheita final (completa maturação).

 Delineamento experimental e programa estatístico

O delineamento experimental adotado será o de blocos ao acaso, com fatorial


2x4, sendo 2 fontes de adubação orgânica, com 4 dosagens crescentes dessas, a saber:
torta de mamona e esterco caprino e 0, 2, 4 e 6 t/h respectivamente, com 4 repetições
cada, totalizando 32 unidades experimentais.
Os dados das variáveis serão submetidos à análise de variância pelo teste F e as
médias comparadas entre si pelo teste de Tukey. Os dados em porcentagem serão
transformados em arc seno /100. A análise estatística será realizada no software Sisvar,
desenvolvido pela Universidade Federal de Lavras.
5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ATIVIDADES 2014 2015


mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Revisão bibliográfica X X X X X X X X X X X X X X X
Elaboração do projeto X X
Escolha do local X
Análise química e física inicial do solo X X
Análise química dos adubos orgânicos X
Aquisição das sementes X
Preparo da área experimental X
Plantio da mamona X
Tratos culturais X X X X X
Colheita X
Análise química e física final do solo X X
Análises químicas da planta X X
Análise Estatística X
Publicação dos resultados X
Elaboração do relatório parcial X
Divulgação dos resultados em eventos
X X X X X X X X
científicos
Preparo de artigos científicos X X
Elaboração do relatório final X
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE AGRÁRIAS E EXATAS
SÍTIO CAJUEIRO CAMPUS IV – CATOLÉ DO ROCHA

SUBPROJETO 2

POTENCIAL PRODUTIVO, TEOR DE ÓLEO DE MAMONEIRA EM SOLO

ADUBADO COM TORTA DE MAMONA, ESTERCO CAPRINO E

FERTILIZANTE MINERAL EM CATOLÉ DO ROCHA - PB

MODALIDADE: PIBIC

NOME DO ALUNO (A): Lucas da Silva Galdino

NOME DO PROFESSOR (A): Fabiana Xavier Costa

CATOLÉ DO ROCHA-PB

Maio / 2014
1. JUSTIFICATIVA

A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma oleaginosa de relevante importância


econômica e social para a região Nordeste, cuja industrialização se obtém óleo, que
possui inúmeras aplicações na área industrial e grande perspectiva de utilização como
fonte energética na produção de biocombustível.
Com o advento do biodiesel e em face de sua adapatação as condições
edafoclimáticas da região Nordeste, a cultura da mamona esta recebendo grande
incentivo dos governos estaduais e principalmente do governo federal por ser uma
cultura vinculada a agricultura de base familiar e além de produzir o biodiesel,
combustível renovável, biodegradável e ambientalmente correto, que pode tornar-se de
forma gradativa e satisfatória um substituto do óleo diésel mineral.
Entretanto será implantado esse projeto no intuito de avaliar a produtividade e o
teor de óleo da mamoneira em solo adubado com fertilizantes orgânicos e quimícos,
tendo em vista, que essa oleaginosa para crescer, desenvolver e produzir bem,
especialmentes sementes com grande teor de óleo, precisa ser bem adubada, então o
solo receberá dois tipos de fertilizantes orgânicos, sendo eles a torta de mamona e
esterco caprino e doses fixas de amônia e fósforo, utilizando água de forma racional,
onde, as plantas serão regadas manualmente no sertão paraibano em Catolé do Rocha.

2. OBJETIVO GERAL

Avaliar o potencial produtivo, teor de óleo de mamona cultivado em solo com


adubo orgânico e mineral nas condições edafoclimáticas do municipio de Catolé do
Rocha – PB.

2.1 OBJETIVO ESPECIFICO

Analisar o teor de óleo das sementes de mamona cultivado em solo com torta de
mamona, esterco de caprino e adubo mineral e, assim, agregar valor a cadeia produtiva
do biodiesel.
3. METAS

1) Com o incremento na produção de óleo por unidade de área, na mamona,


incrementar a oferta deste produto para a produção de biodiesel no Nordeste, no
município que será trabalhado em Catolé do Rocha na Paraíba.

2) No final de um ano ter um sistema de plantio de mamona, definido e pronto para ser
utilizado pelos agricultores familiares do município de Catolé do Rocha - PB, visando o
incremento de matéria-prima para a produção de energia, via biodiesel.

4. MATERIAL E MÉTODOS

 Local

O presente trabalho será realizado na área experimental do Campus IV da


Universidade Estadual da Paraíba, no município de Catolé do Rocha – PB, situado a
272 m de altitude, 6°20’38”S Latitude e 37°44’48”O Longitude.

 Cultura utilizada
A cultura utilizada será a mamona, BRS Nordestina, desenvolvida pela
EMBRAPA Algodão e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), tendo
um ciclo de 235 dias.

 Características físicas e químicas do solo e química da torta de mamona e


esterco caprino
No Laboratório de Análises Químicas do Solo, do Departamento de Solos da
UFCG de Campina Grande-PB, foram realizadas as análises químicas e físicas do
substrato de solo (Tabelas 1 e 2). Os teores de macronutrientes foram determinados a
partir das amostras de solo retiradas na profundidade de 0-20 cm do campo
Experimental da UEPB, Campus IV, Catolé do Rocha – PB.
Tabela 1– Características químicas (fertilidade) do solo que será usado no experimento. UEPB.

Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.

pH

H2O Complexo Sortivo (mmolc/dm3 de solo) % % g/kg mg/dm3

(1:2,5) Ca Mg Na K S H+Al T CO N MO P

8,0 5,66 2,09 7,6 6,2 70,6 0,00 70,6 0,61 0,06 8,7 105,1

Análises realizadas no Laboratório de Solo da Universidade Federal de Campina Grande. Campina


Grande, PB. 2014. MO = matéria orgânica. S = soma de bases trocáveis do solo, mais a acidez hidrolítica
(H+ Al), que no caso foi zero. T = S+ H + Al. CO = carbono orgânico.

Tabela 2 – Características físicas do solo que será usado no experimento. UEPB.

Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.

Densidade – kg/dm3 Granulometria - %

Global Real Porosidade Areia Areia Fina Silte Argila Classificação Textural
Total (%) Grossa

1,02 2,67 61,90 54,60 43,90 23,00 22,40 Franco Argilo Arenoso
Análises realizadas no Laboratório de Solo da Universidade Federal de Campina Grande.
Campina Grande – PB, 2012.

As análises da torta de mamona foram feitas no Laboratório de Química da


Embrapa Algodão (Tabela 3).

Tabela 3– Características químicas da torta de mamona que será usada no experimento. UEPB.
Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.
Umid PB CZ N P P2O5 K K2O Ca CaO Mg MgO S MO
----------------------------------------------------------%--------------------------------------------------------------
9,97 6,08 10,40 8,11 0,75 0,04 1,48 0,20 0,83 0,63 0,49 0,57 0,46 4,1
Análises realizadas no Laboratório de Química da Embrapa Algodão. Campina Grande – Pb, 2014.
PB = proteína bruta
MO = matéria orgânica

As análises do esterco de caprino foram feitas no Laboratório de Química da


Embrapa Algodão (Tabela 4).
Tabela 4– Características químicas do esterco de caprino que será usado no experimento. UEPB.
Catolé do Rocha – PB, 2014/2015.
Umid PB CZ N P P2O5 K K2O Ca CaO Mg MgO S MO
----------------------------------------------------------%--------------------------------------------------------------
3,09 13,69 12,03 2,19 0,50 1,16 0,31 0,37 3,82 3,94 0,40 0,70 0,24 35,06
Análises realizadas no Laboratório de Química da Embrapa Algodão. Campina Grande – Pb, 2012.
PB = proteína bruta
MO = matéria orgânica

 Tratamentos
1) T1 – 0 t/ha de Torta de mamona + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
2) T2 – 2 t/ha de Torta de mamona + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
3) T3 – 4 t/ha de Torta de mamona + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
4) T4 – 6 t/ha de Torta de mamona + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
5) T5 – 0 t/ha de Esterco caprino + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
6) T6 – 2 t/ha de Esterco caprino + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
7) T7 – 4 t/ha de Esterco caprino + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5
8) T8 – 6 t/ha de Esterco caprino + 60 kg/ha de Amônia + 30 kg/ha de P2O5

 Variáveis a serem analisadas

Variáveis de produção

- Número de cachos por tratamentos


- Número de sementes por tratamentos
- Número de sementes por cacho
- Peso matéria seca do cacho com semente
- Peso matéria seca do cacho sem semente
- Peso matéria seca das sementes
- Peso matéria seca de 100 sementes
- Peso matéria seca das folhas
- Peso matéria seca dos caules
- Peso matéria seca das raízes
- Fitomassa Total
Análise Química
- Teor de Óleo, Cinzas, análise foliar (macronutrientes e micronutrientes).

Variáveis analisadas no solo

- Ánalise física e química no início e final do experimento.

 Delineamento experimental e programa estatístico

O delineamento experimental adotado será o de blocos ao acaso, com fatorial 2 x


4, sendo 2 fontes de adubação orgânica, com 4 dosagens crescentes dessas, a saber: torta
de mamona e esterco caprino e 0, 2, 4 e 6 t/h respectivamente, com 4 repetições cada,
totalizando 32 unidades experimentais.
Os dados das variáveis serão submetidos à análise de variância pelo teste F e as
médias comparadas entre si pelo teste de Tukey. Os dados em porcentagem serão
transformados em arc seno /100. A análise estatística será realizada no software Sisvar,
desenvolvido pela Universidade Federal de Lavras.
5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ATIVIDADES 2014 2015


mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Revisão bibliográfica X X X X X X X X X X X X X X X
Elaboração do projeto X X
Escolha do local X
Análise química e física inicial do solo X X
Análise química dos adubos orgânicos X
Aquisição das sementes X
Preparo da área experimental X
Plantio de mamona X
Tratos culturais X X X X X
Colheita X
Análise química e física final do solo X
Análises químicas da planta X X
Análises Estatísticas X
Publicação dos resultados X
Elaboração do relatório parcial X
Divulgação dos resultados em eventos
X X X X X
científicos
Preparo de artigos científicos X X
Elaboração do relatório final X

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