Biologia - 10º Ano
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Biologia - 10º Ano
Exame 2020
Biologia e Geologia Biologia 1Oº Ano
Organização biológica
O estudo da vida estende-se desde a escala
global do planeta à escala microscópica das
células e das moléculas.
• População – conjunto de organismos da mesma espécie, que vivem na mesma área e num
determinado período de tempo.
Cadeias tróficas/alimentares
Sequência de organismos que se alimentam
sucessivamente uns dos outros. Num dado ponto da cadeia,
um ser vivo pode servir de alimento ao organismo seguinte
ou alimentar-se do anterior.
Relações bióticas 4
Interações que se podem estabelecer entre os seres vivos que ocupam um mesmo ecossistema.
• As relações bióticas podem ser favoráveis quando não comportam prejuízos para os organismos, ou
desfavoráveis quando pelo menos um dos indivíduos intervenientes é prejudicado.
Relação entre dois seres vivos em que existe benefício para ambos os
Mutualismo + +
organismos.
Relação entre dois seres vivos em que existe benefício para um dos
Comensalismo + 0
organismos e o outro não é afetado.
Relação entre dois seres vivos em que o parasita é beneficiado e o
hospedeiro é prejudicado. O parasita pode ser endoparasita (alojado no
Parasitismo + –
interior do organismo do hospedeiro) ou ectoparasita (alojado no exterior
do organismo do hospedeiro).
Relação entre dois seres vivos em que o predador é beneficiado e a presa
Predação é prejudicada. Esta relação acontece, geralmente, pela necessidade de + –
alimento.
Relação entre dois seres vivos em que um depende do outro para
Simbiose + +
sobreviver, sendo assim uma relação biótica obrigatória.
Competição Relação em que seres vivos de espécies diferentes disputam algum – –
interespecífica recurso, como alimento ou espaço. + –
Competição Relação entre seres vivos da mesma espécie disputam recursos como – –
intraespecífica alimento, chefia de território ou parceiro de acasalamento. + –
Biologia e Geologia Biologia 1Oº Ano
Fatores abióticos
Influências que que os seres vivos podem receber num ecossistema, derivadas de aspetos físicos,
químicos ou físico-químicos relativos ao meio ambiente:
• Disponibilidade de água;
• Disponibilidade de substâncias inorgânicas – ciclo da matéria;
• Compostos orgânicos (ligam o biótico ao abiótico);
• Condições climáticas (calor, frio, vento, chuva, etc.);
• Luminosidade;
• Temperatura;
• pH do meio; 5
• Presença/ausência de oxigénio e outros gases;
• Humidade;
• Fatores geológicos (vulcanismo, sismologia…);
• Natureza e composição do solo, etc.
Extinção de espécies
O desaparecimento de uma espécie, que se insere numa cadeia trófica, a partir da qual interage com
outras espécies, pode interferir na dinâmica do ecossistema e colocar em perigo outras espécies.
• Espécie em perigo – (de acordo com o Centro Mundial de Controlo da Conservação) aquela cuja
sobrevivência é considerada duvidosa se continuarem a atuar os fatores que a ameaçam.
Derrames petrolíferos
Aquecimento global
Biologia e Geologia Biologia 1Oº Ano
Conservação de espécies
A investigação nas áreas da conservação das espécies analisa o impacto humano na biodiversidade e
desenvolve estratégias para a preservar, analisando-a minuciosa e sistematicamente, analisando a sua
evolução e planificando métodos para a gerir da melhor forma.
• Não é suficiente o esforço desenvolvido localmente para salvar uma espécie, é necessária uma
coordenação a nível internacional, mantendo uma constante troca de informações da espécie entre
cientistas de vários locais.
• A criação de áreas protegidas para uma determinada espécie e, em seguida, a sua reinserção no seu
habitat natural é um método eficaz no salvamento de espécies em vias de extinção; no entanto, 6
quando o seu habitat é perturbado, ou até mesmo deixa de existir, a reintrodução da espécie torna-
se impossível.
• A sensibilização de uma população no seu todo, é fundamental neste processo e existem regiões com
legislação própria que salvaguardam a proteção de determinadas espécies ameaçadas.
• Existem seres vivos constituídos por uma só célula – seres unicelulares, e seres constituídos por
várias células (podendo apresentar milhares de milhão de células) – seres pluricelulares.
Teoria celular
A teoria celular, na atualidade, assenta em três princípios fundamentais:
Organização celular
As células, de acordo com a sua organização básica, podem ser classificadas em procarióticas ou
eucarióticas (animais ou vegetais):
• Células procarióticas – possuem uma parede celular complexa que tem função de proteção da célula
e que ajuda a manter a sua forma; em alguns procariontes também existe uma cápsula a envolver
toda a célula, também com função protetora; alguns procariontes apresentam ainda, na sua
superfície, prolongamentos chamados pili (quando são em grande número e de pequenas
dimensões) e flagelos (quando são em pequeno número e de grandes dimensões).
organelos membranares: muitas das atividades químicas das células, que compõem o metabolismo
celular, ocorrem ao nível ao nível destes organelos, onde são mantidas condições específicas
adaptadas à função de cada organelo.
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Compostos orgânicos
• As macromoléculas, moléculas grandes e complexas, são sintetizadas na sua maioria pelos seres
vivos e são polímeros, isto é, cadeias com um grande número de unidades básicas – monómeros,
unidas por ligações químicas.
• Os grupos de átomos das moléculas orgânicas que participam nas reações chamam-se grupos
funcionais. O número e arranjo dos grupos funcionais influencia a estrutura e as propriedades
químicas de uma molécula.
Nota: tanto as
pentoses como as Hexoses –
hexoses podem ser monossacarídeos Frutose – função
representadas por formados por uma energética.
uma fórmula cadeia de seis átomos
estrutural em cadeia de carbono.
aberta, mas
geralmente em Galactose – função
solução as moléculas energética (constitui a
têm forma estrutural lactose do leite)
cíclica, constituindo
anéis fechados com 5
ou 6 carbonos. Heptoses – monossacarídeos com 7 átomos de carbono.
Sacarose – resulta da
ligação de uma molécula
de glicose a uma
Oligossacarídeos – molécula de frutose.
Dissacarídeos –
carboidratos
cadeias constituídas Maltose – resulta da
resultantes da união
por duas unidades de ligação de uma molécula
de 2 a 10 moléculas
monossacarídeos de glicose a outra
de monossacarídeos
unidos por uma molécula de glicose.
ligadas entre si por
ligação glicosídica.
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• *Ligação glicosídica – ligação que se forma entre duas moléculas de glícidos por uma reação de
condensação.
Lípidos
Compostos orgânicos estruturalmente muito heterogéneos, de fraca solubilidade em água e solúveis em
solventes orgânicos, como o éter e o benzeno.
o Ácidos gordos saturados – só têm ligações covalentes simples entre os átomos de carbono.
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o Ácidos gordos insaturados – têm uma ou mais ligações duplas entre os átomos de carbono.
o Quanto maior for o número de ligações covalentes duplas existentes entre os átomos de carbono
na molécula do ácido gordo, maior é a fluidez do respetivo lípido. Isto permite o movimento mais
fácil através da membrana celular e assim facilita o transporte de substâncias. Desta forma, os
ácidos gordos insaturados são mais saudáveis, pois têm ligações duplas entre os átomos de
carbono.
Lípidos complexos –
compostos que além de
terem presentes os
tipos de átomos
presentes nos lípidos
simples, podem ter na
sua composição
• Na constituição de um fosfolípido entra um grupo fosfato. Os
nitrogénio, fósforo e
fosfolípidos mais comuns são os fosfolípidos que resultam da ligação
enxofre.
de duas moléculas de ácidos gordos, uma molécula de glicerol, um
grupo fosfato e um composto R, geralmente um composto azotado.
Prótidos
Compostos quaternários de C, O, H e N, podendo conter outros elementos. As moléculas unitárias neste
conjunto de moléculas orgânicas são os aminoácidos, que podem ligar-se e formar cadeias de tamanho e
complexidade variáveis, os péptidos e as proteínas.
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Aminoácidos – moléculas
unitárias dos prótidos, com
um grupo amina e um
grupo carboxilo na sua
composição.
Nota: conhecem-se muitos
aminoácidos, mas apenas • Os aminoácidos possuem, ligados ao mesmo carbono, um grupo
20 entram na constituição amina (NH2), um grupo carboxilo (COOH), um átomo de
dos péptidos e das hidrogénio (H) e um grupo simbolizado por R, que constitui a
proteínas. parte variável de cada aminoácido.
Oligopéptidos – constituídos por 2
a 20 moléculas de aminoácidos
Péptidos – biomoléculas ligadas entre si.
formadas pela ligação de
dois ou mais aminoácidos, Polipéptidos – constituídos por
através de ligações mais de 20 moléculas de
peptídicas*. aminoácidos ligadas entre si.
Também se chamam cadeias
polipeptídicas.
Proteínas –
macromoléculas de
elevada massa molecular
constituídas por uma ou Estrutura secundária – determinada pelas
mais cadeias pontes de hidrogénio que se estabelecem entre
polipeptídicas, com Estrutura primária –
átomos que compõem as ligações peptídicas;
estrutura tridimensional sequência de
com ligações peptídicas e ligações de
definida. aminoácidos da
hidrogénio: pode ser em α hélice (enrolamento
cadeia polipeptídica;
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• *Ligação peptídica – ligação que se forma entre duas moléculas de aminoácidos, que se estabelece
entre o grupo carboxilo de um aminoácido e o grupo amina do outro, por uma reação de
desidratação.
• Variabilidade proteica – apesar de serem apenas o20 os aminoácidos a entrar na constituição dos
polipéptidos e, portanto, das proteínas, estas macromoléculas apresentam uma variabilidade muito
grande, para a qual contribuem vários fatores, tais como:
o Podem conter apenas alguns ou todos os 20 tipos de aminoácidos;
o O número de cada um dos aminoácidos é variável de acordo com o polipéptido;
o A sequência específica de aminoácidos da cadeia pode ser extremamente variada.
queratina).
o Função enzimática – atuam como enzimas em quase todas as reações químicas que ocorrem em
seres vivos (ex.: pepsina).
o Função de transporte – muitos iões e moléculas pequenas são transportados por proteínas (ex.:
hemoglobina).
o Função hormonal – muitas hormonas têm constituição proteica (ex.: adrenalina, insulina).
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o Função imunológica – certas proteínas altamente específicas reconhecem e combinam-se com
substâncias estranhas ao organismo, permitindo a sua neutralização (ex.: fator de coagulação).
o Função motora – são os componentes maioritários dos músculos (ex.: miosina).
o Função de reserva alimentar – algumas proteínas funcionam como reserva alimentar,
fornecendo aminoácidos ao organismo durante o seu desenvolvimento (ex.: albumina).
Ácidos nucleicos
Biomoléculas mais importantes do controlo celular por conterem a informação genética; formados por
monómeros denominados nucleótidos.
• Nucleótidos – cada nucleótido é constituído por um grupo fosfato, uma pentose e uma base azotada:
o Grupo fosfato – confere aos ácidos nucleicos as suas
características ácidas;
o Pentose – açúcar simples com 5 carbonos; ocorrem dois
tipos: a ribose (C5H10O5) no RNA e a desoxirribose
(C5H10O4) no DNA.
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Membrana plasmática
A membrana celular mantém a integridade da célula e constitui uma fronteira entre dois meios distintos,
assegurando a troca de substâncias, de energia e de informação entre esses meios.
• A membrana possui duas camadas formadas por fosfolipídios, que são moléculas anfipáticas, ou
seja, possuem uma parte hidrofílica (absorve água e outros líquidos), denominada de “cabeça”,
ligada a duas “caudas”, que são hidrofóbicas (não retêm água). Assim, as “cabeças” das moléculas
lipídicas ficam em contato com a água presente no exterior e interior da célula, e as “caudas” ficam
em contato umas com as outras. Algumas proteínas também podem deslocar-se lateralmente.
• Na parte externa da membrana existem glícidos associados a lípidos (glicolípidos) e glícidos ligados a proteínas
(glicoproteínas). Estas moléculas estão envolvidas em mecanismos de reconhecimento de substâncias do meio
envolvente.
• Proteínas extrínsecas/periféricas – localizadas à superfície da bicamada com ligações fracas aos fosfolípidos.
• Proteínas intrínsecas/integradas – penetram na bicamada fosfolipídica, podendo mesmo atravessar toda a
membrana.
Colesterol
O colesterol, que é um lípido complexo, encontra-se associado aos fosfolípidos na bicamada
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fosfolipídica da membrana. Estas moléculas têm um papel estabilizador, evitando que as células se
agreguem, conferindo maior rigidez à membrana, o que é benéfico até um certo ponto. No entanto,
se o colesterol estiver presente em quantidades excessivas, confere demasiada rigidez À
membrana, diminuindo a fluidez e a permeabilidade da célula, nomeadamente às moléculas
hidrossolúveis.
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• Transporte mediado – intervêm proteínas específicas da membrana e pode ou não ocorrer gasto energético.
• Transporte não mediado – Não intervêm moléculas transportadoras, ocorre difusão* através da bicamada
fosfolipídica e ocorre sem gasto energético.
Difusão simples
É um transporte passivo*. Deslocação de substâncias a favor do gradiente de concentração, sem
intervenção de transportadores, a fim de atingir a isotonia – igualar as concentrações dos dois meios.
Exemplos:
– Moléculas lipossolúveis;
– Gases respiratórios – o oxigénio difunde-se para as células e, como é permanentemente
consumido dentro destas, a difusão é contínua, desde que a diferença de concentração de
oxigénio entre o meio extracelular e o meio intracelular favoreça o movimento nesse sentido.
O dióxido de carbono resultante da respiração celular difunde-se em sentido contrário pelo
mesmo processo.
Osmose
É um transporte passivo*. Movimento da água través da membrana plasmática que se efetua de
um meio de menor concentração em soluto para um meio de maior concentração, ou seja, de um
meio hipotónico para um meio hipertónico.
às células uma pressão osmótica específica. A água tende a mover-se de uma região com
menor pressão osmótica (solução hipotónica) para uma região com maior pressão osmótica
(solução hipertónica).
• No caso do meio extracelular ser isotónico em relação ao meio intracelular, as células
recebem água ao mesmo ritmo que a perdem.
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• Sempre que ocorre uma diferença significativa de concentração entre o meio intracelular e
o meio extracelular, são as moléculas de água que mais rapidamente se deslocam.
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• Célula túrgida: quando uma célula está colocada num meio hipotónico em relação ao meio
intracelular, a água entra para o vacúolo e este aumenta de volume, comprimindo o
citoplasma e o núcleo contra a parede celular (pressão de turgescência), no caso das células
vegetais e contra a membrana plasmática, nas células animais.
– No caso das células animais, por não existir parede celular, ocorre a lise celular –
devido ao aumento excessivo do volume celular, a membrana rompe, extravasando
o conteúdo celular e conduzindo à destruição da célula.
– Nas células animais, que têm parede celular (estrutura rígida), esta exerce uma
pressão, pressão de parede, em sentido contrário para contrabalançar a pressão de
turgescência (exercida pelo conteúdo celular na parede celular), condicionando a
quantidade de água que penetra na célula e impedindo o seu rebentamento.
• Célula plasmolizada – quando uma célula é colocada num meio hipertónico em relação ao
meio intracelular, ocorre um movimento da água do vacúolo para o exterior da célula, esta
diminui o seu volume e o citoplasma retrai-se, desprendendo-se parcialmente da parede
celular, no caso das células vegetais. Nas células animais ocorre uma diminuição do volume
celular e a superfície da célula fica enrugada.
Transporte mediado
Difusão facilitada
É um transporte passivo*. Transporte de substâncias a favor do gradiente de concentração em
que intervêm proteínas transportadoras, como as permeases – proteínas transportadoras.
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Transporte ativo
Transporte de substâncias contra o gradiente de concentração, isto é, do meio hipertónico para
o meio hipotónico, no qual intervêm proteínas transportadoras e que envolve a transferência de
energia pela célula.
membrana.
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Transporte em quantidade
Além de moléculas e iões simples, as células podem transferir para o seu interior ou libertar para o
exterior macromoléculas, como proteínas ou conjuntos de partículas de dimensões variadas.
Endocitose
Fagocitose Pinocitose
Exocitose
Vesículas contendo macromoléculas movem-
se até à membrana. Efetua-se a fusão da
membrana celular e o conteúdo da vesícula
liberta-se no meio extracelular.
• Por exocitose, através de vesículas
exocíticas, são lançados produtos no meio
extracelular, como hormonas e enzimas
digestivas, sintetizados por células
glandulares. É também por exocitose que
são eliminados resíduos da digestão
intracelular de partículas alimentares.
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• A digestão pode ocorrem no interior das células – digestão intracelular, ou fora destas – digestão
extracelular. As substâncias mais simples resultantes da digestão podem então experimentar uma
absorção, isto é, um movimento dos nutrientes através de membranas celulares.
Digestão intracelular
Ocorre maioritariamente em seres unicelulares, mas também em certas células de multicelulares.
Retículo endoplasmático
– Constituído por uma extensa rede de sáculos e canais
distribuídos no citoplasma;
– RERugoso – possui ribossomas ligados à face externa das suas
membranas, sendo, por isso, a maior região de síntese de
proteínas;
– RELiso – não possui ribossomas e está envolvido na síntese de
fosfolípidos e na elaboração de novas membranas.
Complexo de Golgi
– Conjunto de uma ou mais estruturas, cada uma composta por
sáculos achatados e empilhados, associados a vesículas esféricas;
– Intervém na transformação de moléculas provenientes do
retículo e que são transferidas até ele por vesículas que se
separam do retículo;
– Cada dictiossoma tem uma face convexa (de formação), virada
para o RE, e uma de face côncava (de maturação), onde se
formam vesículas, virada para a membrana.
Lisossomas
– Vesículas esféricas que se destacam do ‘ e onde se acumulam
enzimas digestivas;
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• As células englobam, muitas vezes, por endocitose, partículas alimentares constituídas por moléculas
complexas que não transpõem a membrana das vesículas endocíticas.
• Nas células eucarióticas existe um conjunto de organelos delimitados por membranas de constituição
idêntica à da membrana celular, alguns dos quais elaboram moléculas com intervenção importante
na digestão celular.
6) O material residual é expulso da célula através da membrana, que se funde com o vacúolo digestivo,
por exocitose.
Digestão extracelular
Realiza-se na maioria dos seres heterotróficos multicelulares, podendo ocorrer mesmo fora do corpo -
digestão extracorporal, como em muitos fungos (lançam enzimas que digerem o alimento no exterior e
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depois absorvem-no).
• Digestão intracorporal – a maior parte das vezes, a digestão efetua-se em cavidades ou órgãos
especializados que, apesar de se localizarem no interior do organismo, correspondem a
prolongamentos do meio exterior no interior do corpo.
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• Os sistemas digestivos foram evoluindo, podendo apresentar uma simples cavidade ou diferentes
órgãos especializados.
• A digestão em cavidades corporais digestivas representa uma vantagem
para os animais, visto que permite a ingestão de quantidades significativas
de alimento num curto período de tempo, ficando estes armazenados para
serem digeridos posteriormente.
• Todos os vertebrados possuem no sistema digestivo dois órgãos anexos, o fígado e o pâncreas, cujas
secreções são lançadas no intestino, onde se misturam com os alimentos. Alguns possuem também
glândulas salivares.
Fotossíntese – autotrofia
A fotossíntese é o processo físico-químico, a nível celular, realizado pelos seres vivos clorofilados, que
utilizam dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), para obter glicose e oxigénio, O2, através da energia solar.
Esses seres clorofilados também podem ser chamados fotossintéticos ou fotoautotróficos. A fotossíntese
inicia a maior parte das cadeias alimentares da Terra.
• A formação de compostos orgânicos, como o amido, só se verifica nas folhas expostas à luz e nas
zonas que possuem cor verde graças à presença de pigmentos fotossintéticos contidos em organelos
celulares, os cloroplastos.
• São as clorofilas que dão cor verde característica à maioria das folhas, mascarando a cor dos outros
pigmentos, presentes em menor quantidade.
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Captação da energia luminosa
Mecanismos da fotossíntese
Dentro dos tilacoides, a água é desdobrada, sendo os eletrões transferidos para moléculas (T/NADP)
existentes no estroma, as quais ficam reduzidas (NADPH). O oxigénio é libertado.
Associada às reações de oxirredução, ocorre mobilização de energia que permite a fosforilação de
ADP, formando-se ATP, que fica disponível nos cloroplastos, ao nível do estroma. Para essa fosforilação
contribuem os protões provenientes da água.
carbonos (RuBP);
– O composto de seis carbonos resultante desta combinação divide-se,
dando origem a duas moléculas de um composto tri-carbónico, o 3-
ácido fosfoglicérico (3-PGA);
– Esta reação é catalisada pelo rubisco.
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• Regeneração da RuDP – por cada molécula de glicose produzida, são produzidos 12 G3P, dos quais 28
2 são direcionados para a produção de glicose e os restantes são reciclados para regenerar 5
moléculas de RuDP. A regeneração requer ATP e envolve uma rede complexa de reações.
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Sistema nervoso
O sistema nervoso é a parte do organismo que transmite sinais entre as suas diferentes partes e coordena
as suas ações voluntárias e involuntárias. Responde de forma rápida às alterações do meio e interatua com
o sistema hormonal, de modo a manter o equilíbrio interno do organismo, isto é, a homeostasia.
• Os corpos celulares de outros neurónios do SNP (como os sensoriais) estão localizados fora do SNC e
são encontrados em aglomerados, formando os gânglios.
• Os axónios dos neurónios periféricos que percorrem uma rota comum agrupam-se para formar
nervos: são formados por feixes de fibras nervosas e estas são constituídas, em regra, por axónios
envolvidos por membranas.
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• Os órgãos do sistema nervoso ficam ligados aos diferentes sistemas de órgãos, como os músculos,
órgãos dos sentidos, do sistema respiratório, circulatório e excretor e a passagem da informação
nervosa segue uma rede de comunicação contínua e complexa.
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• Os elementos centrais da rede de comunicação entre os constituintes do SNC e do SNP são os
neurónios (células nervosas), que são células especializadas que variam de tamanho e de forma
consoante a sua função, mas mantêm um padrão comum:
o Corpo celular – zona com o núcleo e o citoplasma,
que integra e trata as informações, emitindo
mensagens;
o Dendrites – prolongamentos celulares muito
ramificados que recebem informação nervosa do
ambiente ou de outro neurónio;
o Axónio – prolongamento celular com diâmetro
mais ou menos constante que termina numa 30
arborização terminal e que transmite às
mensagens, em regra, a outro neurónio ou a um órgão efetor (órgão-alvo) - este é assim
designado porque efetua a resposta ao respetivo estímulo;
o Bainha de mielina – nos vertebrados e também alguns invertebrados complexos, o axónio é
envolvido por uma bainha de mielina isolante.
Os neurónios de associação,
Os neurónios sensitivos, como localizados no encéfalo ou na
Os neurónios motores
os neurónios dos nervos, medula espinhal, integram a
transmitem ordens dos centros
transmitem informações dos informação que chega dos
nervosos para os órgãos
recetores sensoriais para os neurónios sensitivos e
efetores.
centros nervosos. preparam a mensagem que sai
pelos neurónios motores.
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Condução da mensagem nervosa
• A permeabilidade seletiva das membranas contribui para uma distribuição assimétrica de iões no
meio intra e extracelular, o que gera um determinado potencial elétrico. Este potencial elétrico,
quantidade de energia gerada pela diferença de cargas entre o interior e o exterior da membrana,
chama-se potencial de membrana.
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• Porque existe o potencial de membrana:
Devido à diferente concentração de Na+ e K+ nos meios intra e extracelular: em repouso, a
membrana é praticamente impermeável ao Na+, impedindo que este se mova a favor do seu
gradiente de concentração (de fora para dentro). No entanto, é muito permeável ao K+, que se move
a favor do seu gradiente de concentração e sai para o meio extracelular. Isto gera uma diferença na
carga elétrica do interior em relação ao exterior.
Como a saída de cargas positivas sob a forma de Na+ não é compensada pela entrada destas sob a
forma de K+, o interior da membrana torna-se menos positivo em relação ao exterior.
• Quando o neurónio está em repouso, isto é, não ocorre nenhum estímulo nervoso, este retém no
interior da sua membrana uma diferença de potencial característico ao qual de chama potencial de 32
repouso, que mede em torno de -50mV a -70mV. Este potencial de repouso deve-se à atuação de um
mecanismo característico da membrana – bomba de sódio potássio:
1) No início, a bomba está aberta para o
interior da célula e, visto ter uma grande
afinidade com os iões de sódio – Na+,
liga-se prontamente a 3 destes iões;
2) Quando os iões sódio estão “encaixados”
na bomba, promovem a hidrólise
(quebra) do ATP por esta, sendo um
grupo fosfato anexado à bomba que fica
fosforilada e o ADP libertado como
subproduto;
3) A fosforilação faz a bomba mudar a sua
forma, reorientando-se para efetuar a abertura para o meio extracelular. Os iões Na+ deixam de
estar ligados à bomba (esta perde a afinidade com eles) e por isso os três iões Sódio são libertados
no exterior;
4) Na sua forma voltada para fora, a bomba revela grande afinidade para os iões potássio – K+, e
por isso liga-se a dois iões K+, levando à remoção do grupo fosfato inicialmente “emprestado”
pelo ATP. A bomba retoma então a sua conformação inicial, ficando voltada novamente para o
interior da célula;
5) Na sua posição inicial, a bomba perde a afinidade aos iões potássio, libertando os dois iões no
meio intracelular e voltando à sua conformação inicial; pode então recomeçar o ciclo.
• Quando ocorre um estímulo, a membrana torna-se mais permeável ao sódio - Na+. Isto faz com que
os iões de sódio comecem a entrar em grande quantidade dentro da célula e isto reflete-se no
aumento do valor da diferença de potencial, que passa a rondar os -30mV. Isto ocorre por dois
motivos:
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o a concentração de sódio no exterior é muito superior à concentração deste ião no interior e por
isso este move-se a favor do seu gradiente de concentração quando tem oportunidade;
o o meio intracelular é menos positivo do que o extracelular, logo as cargas positivas vão tender
a mover-se para o meio intracelular.
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• Estes iões positivos em grande quantidade vão tender a repelir-se e por isso vão ser impulsionados
para percorrer o neurónio. A propagação deste estímulo chama-se potencial eletrotónico, é uma
propagação lenta e se não for impulsionado, dissipa-se rapidamente.
• Num axónio com bainha de mielina, o potencial de ação despolariza a membrana unicamente na
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região dos nódulos de Ranvier, pois o efeito isolante da bainha impede que a despolarização.
• Assim, o impulso nervoso salta de um nódulo para o
seguinte, permitindo uma velocidade de
propagação muito elevada.
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Sistemas de transporte
As plantas vasculares têm um duplo sistema de condução de água e solutos constituído por tecidos
especializados que estão organizados em feixes condutores que chegam a todos os órgãos da planta: o
xilema e o floema.
• Floema – também conhecido por líber ou tecido crivoso, é nele que circula a seiva elaborada. Os
elementos condutores são os tubos crivosos, constituídos por células vivas cujas paredes
transversais, providas de orifícios, constituem as placas crivosas. No floema existem ainda outro tipo
de células, como, por exemplo, as células de companhia, células vivas com atividade importante no
funcionamento dos tubos crivosos – ajudam no transporte da seiva elaborada.
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Xilema Floema
– A raiz, o caule e as folhas são estruturas que evidenciam a adaptação das plantas ao meio terrestre
e como tal têm uma composição e organização adequadas à sua função:
Absorção de solutos
A maior parte da água e dos solutos necessários para as
atividades da planta são absorvidos pelo sistema radicular, ao
nível dos pelos radiculares.
• Em regra, dentro das células da raiz há maior concentração de soluto do que no solo, havendo, pois,
maior potencial de água no exterior. A água tende a entrar na planta por osmose, movendo-se do
exterior para o interior, até atingir os vasos xilémicos.
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• Os iões minerais que estão presentes na solução do solo em concentração elevada podem entrar nas
células da raiz por difusão simples, através da membrana das células. No entanto, a solução do solo
é usualmente muito diluída e verifica-se que as raízes podem acumular iões minerais em quantidades
centenas de vezes superiores às do solo. Nestas condições, o movimento destes iões efetua-se por
transporte ativo e requer energia.
Biologia e Geologia Biologia 1Oº Ano
• O transporte ativo de iões faz aumentar a concentração de soluto, o que faz com que a água continue
a passar por osmose até ao xilema, que transporta esta mistura de iões e água que compõe a seiva
xilémica (ou seiva bruta).
Transporte no xilema
Por transpiração, as plantas perderem grandes quantidades de água, sob a forma de vapor, pelas folhas
e outros órgãos aéreos, que tem de ser reposta por outra, que é transportada num sistema contínuo de
xilema, desde a raiz, passando pelo caule e chegando novamente até às folhas. As substâncias dissolvidas
na água são transportadas passivelmente ao nível do xilema.
Para tentar explicar as forças que fazem deslocar a seiva xilémica contra a força da gravidade, utilizam-se
duas hipóteses: a hipótese da pressão radicular e a hipótese da tensão-adesão-coesão. 37
Hipótese da pressão radicular – diversas observações levam a pensar que, na raiz, devido à osmose,
se desenvolve uma pressão – pressão de raiz, que pode explicar a ascensão da água no xilema em
algumas situações.
– Este fenómeno é causado pela contínua e ativa acumulação de iões nas células da raiz, que
aumenta a concentração do soluto, tendo como consequência o movimento de água, por
osmose, do solo para o interior da planta (para os vasos xilémicos).
– A acumulação de água nos tecidos provoca uma
pressão radicular, que força a ascensão da água pelo
xilema.
– Em certas circunstâncias, quando a pressão radicular
é muito elevada, pode fazer com que a água ascenda
até às folhas, onde é libertada nas margens sob a
forma de gotas – fenómeno designado por gutação.
6) A ascensão de água cria um défice de água no xilema da raiz, fazendo com que a água passe do
solo para o xilema, o que determina a absorção ao nível da raiz e, consequentemente, o fluxo de
água do solo para a planta;
7) Há, assim, um fluxo passivo de água de áreas de potencial hídrico mais elevado para áreas de
potencial hídrico mais baixo.
Biologia e Geologia Biologia 1Oº Ano
Controlo da transpiração – os estomas podem controlar a quantidade de água perdida por
transpiração, devido à caopacidade que têm de abrir e fechar.
Nota: nas células-guarda, as paredes celulares que rodeiam o ostíolo são mais espessas do que as que
contactam com as outras células da epiderme, sendo assim mais elásticas.
Transporte no floema
As substâncias orgânicas produzidas nos órgãos fotossintéticos são mobilizadas e distribuídas através dos
elementos condutores de tecido floémico. Para compreender este fenómeno de translocação da seiva
floémica, formulou-se a hipótese do fluxo de massa.
Hipótese do fluxo de massa – os produtos orgânicos resultantes da fotossíntese são mobilizados nos
vasos floémicos (compõem a seiva elaborada) desde os órgãos fotossintéticos ou de reserva de
substâncias até aos órgãos não fotossintéticos.
1) A glicose elaborada nos órgãos fotossintéticos é convertida
em sacarose;
2) A sacarose passa, por transporte ativo, para o floema;
3) À medida que aumenta a concentração de soluto nos tubos
crivosos, a pressão osmótica aumenta, ficando superior à das
células envolventes – células de companhia (incluindo as
células do xilema);
4) A água movimenta-se das células envolventes para os tubos
crivosos, aumentando nestes a pressão de turgescência;
5) A pressão de turgescência faz com que o conteúdo dos tubos
crivosos atravesse as placas crivosas, passando para os
elementos seguintes dos tubos. Há assim um movimento do
conteúdo das regiões de alta pressão osmótica para as
regiões de baixa pressão osmótica;
6) A sacarose é retirada do floema para os locais de consumo ou
de reserva, possivelmente por transporte ativo;
7) À medida que o açúcar sai dos tubos crivosos, a pressão osmótica diminui e a água sai deles por
osmose para as células envolventes;
8) Nos órgãos de consumo ou de reserva, a sacarose é geralmente convertida em glicose, que pode
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• Animais mais simples, como as esponjas, as hidras e os corais, não apresentam um sistema de
transporte diferenciado; todas as células estão relativamente próximas da superfície corporal,
efetuando-se uma difusão direta de substâncias entre as células e o meio.
Sistemas de transporte
Os sistemas de transporte relacionam-se com o grau de complexidade que os animais apresentam e 39
tipicamente inclui: um fluído circulante (como o sangue), um órgão propulsor (como o coração) e um
sistema de vasos ou espaços (lacunas) por onde circula o fluido.
• O sangue e o fluido intersticial, que banha diretamente as células, constituem o meio interno dos
animais.
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Transporte nos vertebrados
Ocorre ao longo se um sistema circulatório fechado (ou sistema cardiovascular) que, nos diferentes
grupos (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), apresenta diferentes características de estrutura e
função.
• Em todos os vertebrados, o sangue, circulando em veias, chega à(s) aurícula (s) e passa para o(s)
ventrículo(s), de onde sai para as diferentes partes do corpo, circulando em artérias.
• Distinguem-se dois tipos de circulação: simples e dupla. Com exceção dos peixes, todos os outros
vertebrados apresentam circulação dupla.
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Circulação simples – circulação de trajeto único característica dos peixes, em que o sangue passa
uma só vez no coração.
– O sangue passa uma só vez no coração, de onde é bombeado com alta pressão
até às brânquias;
– Nas brânquias, o sangue é oxigenado ao nível dos capilares branquiais;
– Das brânquias, o sangue arterial vai, através da aorta, para os diferentes órgãos;
– Ocorrem as trocas com as células dos diferentes órgãos ao nível dos capilares
sistémicos e o sangue, já venoso, é enviado novamente ao coração por uma veia.
– O coração recebe o sangue venoso e o processo repete-se continuadamente.
Circulação dupla – o sangue que sai do coração realiza simultaneamente dois trajetos diferentes.
Entre os vertebrados que apresentam circulação dupla, ainda podemos distinguir os que apresentam
circulação completa dos que apresentam circulação incompleta.
• A circulação dupla é mais eficiente do que a simples, pois assegura um fluxo vigoroso de sangue
para os diferentes órgãos, uma vez que o sangue é oxigenado nos pulmões e volta ao coração, sendo
impulsionado sob pressão para os órgãos.
• O número de cavidades no coração é um aspeto também importante na eficácia do sistema de
transporte, uma vez que condiciona a mistura de sangues venoso e arterial.
o As veias, que apresentam paredes mais finas e têm maiores diâmetros do que as artérias
correspondentes. Funcionam como reservatórios de volume de sangue (50% a 70% do volume
total);
o Os capilares sanguíneos, que diferem estruturalmente das artérias e das veias, pois as suas
paredes são muito finas, constituídas por uma única camada de células – endotélio.
Biologia e Geologia Biologia 1Oº Ano
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o As artérias, pelas quais o sangue sai do coração, ramificam-se em arteríolas, que originam redes
de capilares ao longo dos tecidos; os capilares reúnem-se formando vénulas, que convergem e
formam veias, pelas quais o sangue regressa ao coração.
o A maior velocidade do fluxo sanguíneo ocorre nas artérias, a velocidade diminui nos capilares
e quando chega às veias é praticamente 0 (zero). Para que o sangue regresse ao coração (pelas
veias) é necessário atuarem alguns mecanismos que aumentem a pressão do sangue,
impulsionando-o:
– Os músculos esqueléticos que rodeiam as veias fazem comprimir as veias,
originando pressão;
– As válvulas venosas impedem o retrocesso do sangue, abrindo para o
deixar avançar, e fechando para que este não retroceda;
– Os movimentos respiratórios impulsionam o sangue a voltar ao coração,
devido à diminuição e aumento sucessivos da pressão na caixa torácica;
– A diminuição da pressão nas aurículas (durante a diástole), faz com que o
sangue tenda a alcançar estas cavidades do coração.
Linfa:
• A linfa intersticial é um fluido incolor constituído por
plasma e glóbulos brancos (ou leucócitos), que banha
as células, fornecendo-lhes nutrientes e oxigénio: o
fluido intersticial forma-se a partir da passagem dos
leucócitos de dentro para fora dos capilares
sanguíneos, deslizando entre as células das paredes
dos vasos.
• As células lançam produtos do metabolismo celular
para a linfa intersticial, mudando assim a composição
do meio que as rodeia. O excesso de linfa intersticial
entra para capilares linfáticos que existem nos
diferentes órgãos entre os vasos sanguíneos e que
fazem parte do sistema linfático.
• Uma vez dentro dos capilares linfáticos, ao fluido passa a
denominar-se linfa circulante, ou apenas linfa, sendo
igualmente constituída por plasma e leucócitos.
• Os capilares linfáticos reúnem-se formando veias
linfáticas que, tal como as veias sanguíneas, também
possuem válvulas e que vão conduzir o fluido até
veias sanguíneas que abrem na veia cava superior.
– Transporte de hormonas;
– Defesa do organismo, através dos leucócitos.
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• Animais mais complexos – existe um conjunto de estruturas que constituem o sistema respiratório,
do qual fazem parte estruturas especializadas na troca de gases entre o meio externo e o meio
interno, chamadas superfícies respiratórias. Ocorre uma difusão indireta dos gases.
o Ocorre uma estreita relação entre o sistema respiratório e o sistema circulatório,
apresentando-se as superfícies respiratórias intensamente vascularizadas;
o O intercâmbio de gases designa-se hematose, verificando-se que o sangue perde O2 e adquire
CO2 resultante da respiração celular, passando de sangue arterial para sangue venoso; a
hematose dá-se sempre em meio líquido;
o Na maioria dos animais, existem órgãos especializados no intercâmbio dos gases respiratórios
entre o meio interno e o externo, verificando-se uma maior eficácia ao nível da respiração.
• O ar entra rico em O2 nas tranqueias e sai rico em CO2, sem que haja interação com o sistema
circulatório;
• As trocas gasosas com as células efetuam-se por difusão direta, sem a intervenção do sistema
circulatório;
• Para os pequenos insetos, a difusão dos gases respiratórios através das traqueias é suficiente,
não havendo ventilação ativa;
• Nos insetos voadores, existem sacos de ar junto dos músculos como reserva, facilitando a
ventilação, devido ao aumento considerável do gasto de oxigénio durante o voo.
Vertebrados
Pulmões – principal órgão que compõe o sistema respiratório humano.
terrestres
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Ocorre hematose pulmonar:
• Em regra, o tamanho e complexidade dos
pulmões estão relacionados com a taxa
metabólica dos animais e, consequentemente,
com a quantidade de oxigénio necessária às
células;
• Mecanismos de inspiração e expiração,
desencadeados pela contração e relaxamento
dos músculos da cavidade torácica, permitem a
renovação de ar nos pulmões, condicionando as
trocas gasosas alveolares;
• Na difusão de gases respiratórios, quer ao nível
alveolar, quer ao nível celular, o fator que
condiciona essa difusão depende da pressão
parcial de cada um dos gases;
• Os pulmões, localizados na caixa torácica, apresentam uma grande eficiência nas trocas
gasosas entre o meio externo, os alvéolos, o sangue e as células:
o Grande área de superfície alveolar;
o Espessura das paredes alveolares muito fina;
o Vasta rede de capilares a envolver os alvéolos.
Metabolismo celular
Nas células de todos os seres vivos ocorrem numerosas reações químicas a partir dos materiais que a elas
chegam. O conjunto de todas as reações celulares, que são acompanhadas por uma transferência de energia,
constituem o metabolismo celular.
• Na anaerobiose, a degradação da
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Fermentação
Ocorre pela ação de leveduras. Estas são seres anaeróbicos facultativos, pelo facto de poderem mobilizar
energia de compostos orgânicos em condições de anaerobiose e de aerobiose.
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Existem outros seres em que a mobilização de energia a partir da degradação de compostos orgânicos se
realiza exclusivamente por fermentação em meios desprovidos de oxigénio, sendo, portanto, seres
anaeróbicos obrigatórios.
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Aplicações da fermentação
Os mecanismos de fermentação nos microrganismos, além de permitirem mobilizar energia contida em
moléculas orgânicas, como a glicose, conduzem também à síntese final de substâncias orgânicas que têm
sido utilizadas para proveito humano.
Respiração aeróbica
Um grande número de seres vivos é capaz de aproveitar com maior eficácia a energia de compostos
orgânicos realizando respiração aeróbica.
• Mitocôndrias* - uma mitocôndria é delimitada por uma membrana dupla, cada uma de composição
básica idêntica à da membrana plasmática. A membrana interna apresenta uma série de pregas, as
cristas mitocondriais, orientadas para o interior de um material indiferenciado, a matriz mitocondrial.
São os organelos das células eucarióticas onde o ácido pirúvico, resultante da oxidação parcial da
glicose, durante o processo de glicólise no citosol, é degradado.
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• Na matriz mitocondrial, ocorre o Ciclo de Krebs, onde têm lugar descarboxilações e oxidações de
diversos compostos. O CO2 é libertado e os hidrogénios vão reduzir moléculas transportadoras (T),
formando (TH2). Efetua-se também a formação de ATP, por fosforilação de ADP:
o Os compostos TH2 transferem os eletrões para as cadeias transportadoras de eletrões, as
cadeias respiratórias, situadas na membrana interna das mitocôndrias. Desse modo, esses
compostos podem, de novo, ser reduzidos.
o Ao longo das cadeias respiratórias, ocorrem reações de oxirredução. Do último transportador,
os eletrões fluem para o oxigénio, o qual capta protões da matriz, formando água. A água e o
CO2 constituem os produtos finais de oxidação da glicose na respiração aeróbica. A energia
transferida ao longo das cadeias respiratórias vai permitir a síntese de uma importante
quantidade de ATP.
Saldo 2 (4 - 2) Matriz 2 -
Membrana
32 -
interna
Nota: para 1 molécula de glicose
Saldo 36 (2 + 2 + 32)
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