10.4 - Exemplo - Calculo Da Distancia Epicentral

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Escola Secundária/3 S.

Pedro
Biologia e Geologia - 10º Ano Ficha de Trabalho

Determinação da Distância Epicentral e


do Epicentro de um Sismo

Os sismogramas permitem registar a chegada das ondas sísmicas a um


centro de geofísica. As primeiras ondas a ser registadas são as de maior
velocidade, isto é, as ondas P; seguem-se as ondas S, e, por último, as
ondas superficiais ou L. O intervalo de chegada das ondas sísmicas varia
em função da distância a que o sismógrafo está do epicentro (figura1).

FIGURA 1

O intervalo de tempo que separa a chegada


das ondas P e S permite calcular, para cada
estação sismográfica, a sua distância ao
epicentro – Distância Epicentral- recorrendo
a gráficos tempo distância. Também é possível
determinar a magnitude de um sismo através
da amplitude das ondas registadas no
sismograma.

Para se determinar o epicentro de um sismo, é


necessário recorrer aos dados obtidos por três
sismógrafos colocados, respetivamente, em
cada uma de três estações sismológicas
diferentes e distando entre si pelo menos 100
Km.
A localização do Epicentro pode ser
determinada baseando-nos na diferença de
tempo de chegada das primeiras ondas “P” e
“S” às diferentes estações. Quanto mais
distante do epicentro se encontrar a estação,
maior é o intervalo de tempo entre a chegada
dessas ondas. A partir do intervalo observado
é possível calcular a distância epicentral, existindo mesmo tabelas para esse fim.

Existe, também, uma regra empírica, válida apenas para distâncias epicentrais superiores a 100 Km, que pode ser
utilizada para determinar a distância epicentral de um modo aproximado. À diferença de tempo de chegada entre
as ondas “P” e “S” subtrai-se uma unidade e obtém-se a Distância Epicentral (D.E.) em milhares de
quilómetros.
D. E. (em quilómetros) = [(S-P)-1] x 1000

Por exemplo, se a diferença de tempo (S-P) for 7 minutos, então a distância epicentral será 6000 quilómetros:
D.E. = (7-1) x 1000 = 6x1000 = 6000 Km

A- Determinação do epicentro de um sismo


Após se saber as distâncias epicentrais relativamente a três estações sismológicas, para se determinar o epicentro
do sismo traça-se, sobre uma carta, recorrendo a um compasso e a uma régua graduada, uma circunferência com
centro na estação respetiva e raio igual (abertura do compasso) à distância epicentral, convertida na escala da
carta, para cada uma das referidas estações. O ponto de correspondente à intersecção das três circunferências
corresponderá ao epicentro.

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EXEMPLO
Determina o epicentro do sismo cujas distâncias epicentrais são:

• D.E. para a Estação A (New York) – 4200 Km


• D.E. para a Estação B (Estugarda – Alemanha) – 3480 Km
• D.E. para a Estação C (Rio de Janeiro – Brasil) – 7080 Km
• 1cm na carta corresponde a 1400 Km
CÁLCULOS para a estação A:

1 cm--------------------1400 Km
X cm--------------------4200 Km logo X = 4200/1400 = 3 cm

Abre-se o compasso com uma distância de 3cm, coloca-se a ponta afiada centrada no ponto A do mapa e
traça-se uma circunferência com 3 cm de raio à volta desse ponto (ver o mapa da figura).

1- Efetua os cálculos para as estações B e C.

1 cm
1400Km

2- CONCLUI sobre a localização do epicentro deste sismo.

B- Determinação da Magnitude de um Sismo

A magnitude de um sismo determina-se medindo a amplitude das ondas sísmicas registadas por um sismógrafo.
Uma das fórmulas para determinar a magnitude é:

M= log (A/T) + D
A= Amplitude
T= Período
D = constante que depende da distância entre a estação sismológica e o epicentro do sismo.

O valor obtido para a magnitude representa a energia produzida no foco sísmico, independentemente dos prejuízos
que cause.
A partir de um sismograma pode graficamente determinar-se a magnitude de um sismo, conforme se mostra na figura
seguinte (adaptada de Richter, Charles F., An instrumental earthquake scale).

PROCEDIMENTO:
Na determinação gráfica (sismograma) da magnitude, devem ter-se em conta as seguintes operações:
1- marcar na escala das amplitudes (X) o valor máximo de amplitude lido no sismograma (em milímetros) ;
2- determinar a distância do epicentro à estação sismológica.
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Através do sismograma pode determinar-se esta distância fazendo a diferença dos
tempos de chegada das ondas P e S, (D.E. = S-P).
Pode fazer-se essa determinação utilizando uma régua graduada e medindo o espaço correspondente à
diferença do momento de chegada das ondas “S” relativamente às ondas ”P”. Neste tipo de escala deve ter--
se em atenção que um milímetro no eixo dos (XX’) corresponde a um segundo. Seguidamente marcar o valor
obtido na escala (Y);
3- fazer a união entre os dois pontos marcados, os quais intersectam a escala (Z) num ponto que
corresponde ao valor da MAGNITUDE determinada por este processo.

3- Resolve o Documento 12, da página 154 do manual.

4- A figura seguinte representa três sismogramas hipotéticos registados nas estações do Lisboa, Vigo (Espanha) e
Toulon (França), relativos a um sismo fictício.
Estão apenas representadas as vibrações correspondentes às primeiras ondas P e S.

4.1 – Registe, a partir dos três sismogramas, os momentos de chegada das ondas P e das ondas S. Calcule o
atraso, expresso em segundos, a diferença entre os tempos de chegada das ondas P e S.
4.2 – Determine as distâncias epicentrais, substituindo o valor do atraso na fórmula: DE (Km)= ((S-P) – 1) X 1000
4.3 – Localize a posição geográfica do epicentro do sismo no mapa, procedendo do seguinte modo:
4.3.1 – Reduz à escala
as distâncias epicentrais
que determinaste. Tem em
atenção que a 2,3cm no
mapa correspondem
1000km no terreno.
4.3.2 – Desenhe sobre o
mapa três circunferências
com raios iguais às
distâncias epicentrais que
calculou e com o centro
nas estações sismológicas
de Lisboa, Vigo e Toulon.

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