Anteprojeto Geométrico de Um Trecho de Estrada - Memória de Cálculo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

ANTEPROJETO GEOMÉTRICO DE UM TRECHO


DE ESTRADA

Disciplina: TE 08087 – Rodovias e Ferrovias


Professor: Fernando Luiz Rodrigues Nogueira
Turma: Manhã
Grupo de Trabalho:
João Henrique Vieira dos Santos – 201806740021
Keven Bryan Rodrigues do Nascimento - 201806740034

Belém/PA

2022
Sumário
1. Introdução ................................................................................................................................. 3
2. Memória Descritiva ................................................................................................................... 3
2.1. Dados Iniciais ...................................................................................................................... 3
2.2. Classe da Rodovia e Velocidade de Projeto – Planimetria e Altimetria ............................. 4
2.3. Veículo de Projeto - Planimetria e Altimetria .................................................................... 4
2.4. Raio da Curvatura Horizontal - Planimetria ....................................................................... 5
2.5. Largura da Pista, Plataforma e Faixa de Domínio – Planimetria e Altimetria .................... 5
2.6. Definição do Greide Reto - Altimetria ................................................................................ 6
3. Memória de Cálculo .................................................................................................................. 6
3.1. Planimetria ......................................................................................................................... 6
3.1.1. Caderneta de Alinhamento ......................................................................................... 6
3.1.2. Tangente Externa (T) ................................................................................................... 7
3.1.3. Afastamento (E)........................................................................................................... 7
3.1.4. Grau da Curva (G) ........................................................................................................ 7
3.1.5. Desenvolvimento do Trecho Circular (D) .................................................................... 8
3.1.6. Deflexão total (d’) e deflexão por metro (dm) ............................................................ 8
3.1.7. Estaca do PC e PT ........................................................................................................ 9
3.1.8. Superelevação ............................................................................................................. 9
3.1.9. Velocidade operacional ............................................................................................. 10
3.1.10. Superlagura da Via .................................................................................................. 10
3.1.11. Tabela de Locação das Concordâncias - Curva 1 ..................................................... 11
3.1.12. Tabela de Locação das Concordâncias - Curva 2 ..................................................... 11
3.2. Altimetria.......................................................................................................................... 12
3.2.1. Inclinação das Rampas ............................................................................................ 12
3.2.2. Variação de Declividade do Greide (∆)...................................................................... 13
3.2.3. Distância de Visibilidade de Parada (Dp)................................................................... 13
3.2.4. Comprimento Mínimo das Curva Vertical ................................................................. 13
3.2.5. Estacas e Cotas do PCV e PTV.................................................................................... 13
3.2.6. Coordenadas do Vértice (V) ...................................................................................... 14
3.2.7. Estaca e Cota do Vértice............................................................................................ 14
3.2.8. Ordenadas (f) da Parábola ........................................................................................ 15
3.2.9. Necessidade de 3° Faixa de Tráfego .......................................................................... 15
3.2.10. Caderneta de Notas de Serviço ............................................................................... 16
4. Conclusão ................................................................................................................................ 16
1. Introdução
Este trabalho trata da elaboração do anteprojeto geométrico planialtimétrico de
um trecho de estrada, pista simples, cujo traçado atravessa uma região de relevo
plano. Contendo suas definições e lançamento em plantas, bem como as
cadernetas e seções. O trabalho foi dividido em duas partes, cujo a primeira parte
corresponde ao projeto planimétrico e sua segunda parte corresponde ao projeto
altimétrico, como também desenvolver o memorial descritivo e memorial de
cálculo. Por sua vez, o trabalho tem o objetivo de expor as etapas de um projeto
geométrico de estradas, seguindo as normas do DNIT.

2. Memória Descritiva
2.1. Dados Iniciais
Antes de iniciar-se a memória de cálculo, é necessário determinar alguns
parâmetros com base nas características do projeto. Os dados iniciais foram
fornecidos pelo professor e constam as seguintes características:

a) Região plana, VMD = 950 veículos, Pista simples com duas faixas de tráfego;

b) Azimute da 1a tangente = 73°18’;

c) Estaca do PI1 = 12 + 10 m; Ângulo de deflexão = 32°20’ D;

d) Estaca do PI2 = 31 + 5 m; Ângulo de deflexão = 14°30’ E;

e) Direção Norte-Sul na vertical.


Ainda foram fornecidas a quantidade de estacas e os pontos de inflexão com
suas respectivas cotas, como pode ser observado na Tabela 1.

Tabela 1 - Estacas e pontos de inflexão com suas respectivas cotas


2.2. Classe da Rodovia e Velocidade de Projeto – Planimetria e
Altimetria
Com base nas características descritas no subitem 2.1, utilizou-se a Tabela 2 para
determinar a Classe da Rodovia e a Velocidade de Projeto.

Tabela 2 - Máxima velocidade que um veículo pode manter num trecho de estrada, em condições
normais, com segurança (AASHTO)*

Logo, de acordo com a Tabela 2, tem-se:

Classe da Rodovia → Classe II

Velocidade de Projeto = 100 km/h

2.3. Veículo de Projeto - Planimetria e Altimetria


Selecionou-se como veículo de projeto, para efeito de cálculo, veículo CO que
inclui: veículos comerciais rígidos, caminhões e ônibus convencionais,
normalmente de 2 eixos e 6 rodas. As características do veículo CO estão
descritas na Figura 1, abaixo.

Figura 1 - Dimensões e raios de giro do Veículo de Projeto CO


2.4. Raio da Curvatura Horizontal - Planimetria
Para a obtenção do raio da curvatura horizontal (R), utilizou-se a Tabela 2.

Tabela 3 - Raios mínimos de curvatura horizontal, em m, dos eixos das estradas (DNER)

Logo, tem-se:

R = 200 m

2.5. Largura da Pista, Plataforma e Faixa de Domínio –


Planimetria e Altimetria
Para a definição da Largura da Pista deve-se levar em conta a largura da faixa
de tráfego e de acostamento. Determinou-se a da Largura da Pista de acordo
com o DNIT utilizando-se as Tabela 4 e 5, abaixo.

Tabela 4 - Largura da faixa de tráfego – DNIT

Tabela 5 - Largura de acostamento (DNIT)


Observa-se que a largura de uma faixa de tráfego e do acostamento direito são,
respectivamente, 3,60 m e 3 m. Porém, deve-se lembrar que a pista é composta
por duas faixas, então a Largura da Pista será de 10,20 m.

Já a Plataforma corresponde a soma da largura da pista mais as sarjetas de


ambos os lados. Como será considerado sarjeta medindo 1 m, então a
Plataforma terá comprimento de 12,20 m.

Por fim, determinou-se a Faixa de Domínio, que corresponde a uma faixa


destinada á construção, operação e às futuras ampliações da estrada. Para tal,
utilizou-se a Tabela 6 a seguir.

Tabela 6 - Largura da Faixa de Domínio (DNIT)

Logo, o valor da Faixa de Domínio será de 30 m.

2.6. Definição do Greide Reto - Altimetria


Inicialmente, para o traçado do greide reto, definiu-se onde seria o Ponto de
Inflexão da Reta. Escolheu-se o ponto onde houvesse uma boa proporção de
corte e aterro. Logo, selecionou-se à Estaca 20 (Cota: 136 m).

3. Memória de Cálculo
3.1. Planimetria
3.1.1. Caderneta de Alinhamento

Tabela 7 - Caderneta de alinhamento


3.1.2. Tangente Externa (T)
3.1.2.1. Primeira Curva


T = R x tg( )
2

R → Raio da Curvatura Horizontal = 200 m

∆ → Ângulo de Deflexão = 32°20’ D

32°20′
T = 200 x tg( ) → T = 57,98 m
2

3.1.2.2. Segunda Curva


T = R x tg( )
2

∆ = 14°30’ D

14°30′
T = 200 x tg( ) → T = 25,44 m
2

3.1.3. Afastamento (E)


3.1.3.1. Primeira Curva


E = R x [sec (2) − 1]

32°20′
E = 200 x [𝑠𝑒𝑐 ( 2 ) − 1] → E = 8,23 m

3.1.3.2. Segunda Curva


E = R x [𝑠𝑒𝑐 (2) − 1]

14°30′
E = 200 x [𝑠𝑒𝑐 ( 2 ) − 1] → E = 1,61 m

3.1.4. Grau da Curva (G)


3.1.4.1. Primeira Curva

1146
G20 =
R
1146
G20 = → G20 = 5,73°
200

3.1.4.2. Segunda Curva

1146
G20 =
R

1146
G20 = → G20 = 5,73°
200

3.1.5. Desenvolvimento do Trecho Circular (D)


3.1.5.1. Primeira Curva

πxRx∆
D=
180°

π x 200 x 32°20′
D= → D = 112,86 m
180°

3.1.5.1 – Segunda Curva

πxRx∆
D=
180°

π x 200 x 14°30′
D= → D = 50,61 m
180°

3.1.6. Deflexão total (d’) e deflexão por metro (dm)


3.1.6.1. Primeira Curva

G
d’ =
2

G = ∆ = 32°20’ D

32°20′
d’ = → d’ = 16°10’
2

G20
dm = → dm = 2°52’
40

3.1.6.2. Segunda Curva

G
d’ =
2
G = ∆ = 14°30’ E

14°30′
d’ = → d’ = 7°15’
2

G20
dm = → dm = 2°52’
40

3.1.7. Estaca do PC e PT
3.1.7.1. Primeira Curva

Est (PC) = Est (PI) – T

Est (PC) = 250 – 57,98 → Est (PC) = 9+12,02 m

Est (PT) = Est (PC) + D

Est (PT) = 192,02 + 112,86 → Est (PT) = 15+4,88 m

3.1.7.2. Segunda curva

Est (PC) = Est (PI) – T

Est (PC) = 625 – 25,44 → Est (PC) = 29+19,56 m

Est (PT) = Est (PC) + D

Est (PT) = 599,56 + 50,61 → Est (PT) = 32+10,17 m

3.1.8. Superelevação

e=( ) - fr
127𝑥𝑅

100²
e=( ) - 0,13 → e = 0,26 = 26%
127𝑥200

De acordo com a tabela 8, valor máximo aceito pelo DNIT é igual a 8%:
Tabela 8 - Grau de elevação máximo (DNIT)

Logo, se utilizara 8% para o cálculo da velocidade de operação da curva.

3.1.9. Velocidade operacional


V0 = √(e + ft) x 127 x R

V0 = √(0,08 + 0,13) x 127 x 200 → V0 = 𝟕𝟑, 𝟎𝟑 𝐤𝐦/𝐡

Sinalização vertical:

3.1.10. Superlagura da Via


V
Δ = n x (R − √R2 − L2 ) +
10√R

100
Δ = 2 x (200 − √2002 − 6,102 ) + → Δ = 0,38
10√100

Segundo valor estabelecido pelo DNIT, temos:

Logo, nossa via não necessita de superlargura.


3.1.11. Tabela de Locação das Concordâncias - Curva 1

Tabela 9 - Locação das concordâncias - curva 1

3.1.12. Tabela de Locação das Concordâncias - Curva 2

Tabela 10 - Locação das concordâncias - curva 2


3.2. Altimetria
3.2.1. Inclinação das Rampas
A inclinação das rampas deve obedecer aos limites máximos de acordo com a
tabela 11.

Tabela 11 - Inclinação máxima das rampas (DNIT)

Logo, i1 < 4% e i2 < 4 %.

3.2.1.1. Rampa 1 – Aclive

∆h1
i1 =
∆l1

∆h1 → Altura do triângulo

∆l1 → Base do triângulo

∆h1 = Cota da estaca 20 – Cota da estaca 0

∆h1 = 136 – 130 → ∆h1 = 6 m

∆l1 = 20 x 20 → ∆l1 = 400 m

6
i1 = → i1 = 0,015 = 1,5% < 4% OK!
400

3.2.1.2. Rampa 2 – Declive

∆h2
i2 = -
∆l2

∆h2 = Cota da estaca 20 – Cota da estaca 45

∆h2 = 136 – 121 → ∆h2 = 15 m

∆l2 = 20 x 20 → ∆l2 = 500 m


15
i2 = → i2 = - 0,030 = - 3,0% < 4% OK!
500

3.2.2. Variação de Declividade do Greide (∆)


∆ = i 1 – i2

∆ = 0,015 – (- 0,030) → ∆ = 0,045

3.2.3. Distância de Visibilidade de Parada (Dp)


0,0039 x V²
Dp = 0,7 x V + ( )
fL ± i

fL → Atrito Lateral = 0,30

0,0039 x 100²
Dp = 0,7 x 100 + (
0,30− 0,03
) → Dp = 214,44 m ≅ 215 m

3.2.4. Comprimento Mínimo das Curva Vertical


Dp²
Lmin1 = x ∆ → Para curvas verticais convexas
4,12

215²
Lmin1 = x 0,045 → Lmin1 = 504,88 m ≅ 520 m
4,12

Observação: Utiliza-se múltiplos de 20 para o valor de L, para facilitar cálculos


posteriores.

4,12
Lmin2 = 2 x Dp -

4,12
Lmin2 = 2 x 215 - → Lmin2 = 338 m ≅ 340 m
0,045

Lmin3 = 0,6 x V

Lmin3 = 0,6 x 100 → Lmin3 = 60 m

Logo, L = 520 m.

3.2.5. Estacas e Cotas do PCV e PTV


L
Estaca (PCV) = Est (PIV) -
2 x 20
520
Estaca (PCV) = 20 - → Estaca (PCV) = 7
2 x 20

L
Estaca (PTV) = Est (PIV) +
2 x 20

520
Estaca (PTV) = 20 + → Estaca (PTV) = 33
2 x 20

i1 x L
Cota (PCV) = Cota (PIV) -
2

0,015 x 520
Cota (PCV) = 136 - → Cota (PCV) = 132,1 m
2

i2 x L
Cota (PTV) = Cota (PIV) +
2

− 0,03 x 520
Cota (PTV) = 136 + → Cota (PTV) = 128,2 m
2

3.2.6. Coordenadas do Vértice (V)


i1 x L
L0 =

0,015 x 520
L0 = → L0 = 8 estacas + 13,33 m
0,045

i1² x L
y0 =
2x∆

0,015² x 520
y0 = → y0 = 1,3 m
2 x 0,045

3.2.7. Estaca e Cota do Vértice


Estaca (V) = Est (PCV) + L0

Estaca (V) = (7 + 0,0) + (8 + 13,33) → Estaca (V) = 15 + 13,33 m

Cota (V) = Cota (PCV) + y0

Cota (V) = 132,1 + 1,3 → Cota (V) = 133,4 m


3.2.8. Ordenadas (f) da Parábola

f= x X²
2xL

0,045
f= x X²→ f = 4,33 x 𝟏𝟎−𝟓 x X²
2 x 520

3.2.9. Necessidade de 3° Faixa de Tráfego


Para a analise do comprimento critico considerou-se uma perda de velocidade
de 25 km (caminhão tipo de 20 t). Com o auxílio do ábaco na Figura 2, obteve-se
a o comprimento critico da rampa para as inclinações i1 e i2

Figura 2 - Ábaco rampa (%) x Comprimento crítico de rampa (m)

É possível observar que ∆l1 = 400 m < Comprimento crítico e ∆l2 = 500 m <
Comprimento crítico. Logo, não há necessidade de uma 3° faixa de tráfego.
3.2.10. Caderneta de Notas de Serviço

Tabela 12 - Caderneta de notas de serviço

4. Conclusão
Com a conclusão do presente projeto, pode-se observar a importância dos
cálculos planialtimétricos em um projeto geométrico de estradas, pois devido aos
parâmetros e fórmulas estipulados pelo DNIT pode-se calcular as suavizações
de curva, a fim de garantir a maior segurança bem como a sinalização adequada
para este tipo de via. Além disso, através destes, é possível a execução com o
maior custo-benefício em virtude dos seus indicadores, que sem esse estudo
podem encarecer a obra. Tendo em vista o exposto, pode-se concluir que todos
os cálculos, cadernetas e projetos apresentados são de suma importância para
o desenvolvimento de um projeto geométrico.

Você também pode gostar