Documentação Pedagógica em Educação Infantil
Documentação Pedagógica em Educação Infantil
Documentação Pedagógica em Educação Infantil
Resumo
Palavras-chave
1- Agradecimento à Fundação de Amparo à Pesquisa em Santa Catarina (FAPESC) pelo financiamento da pesquisa.
2- Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão, Santa Catarina, Brasil. Contato: [email protected]
3- Universidade do Sul de Santa Catarina; Rede Municipal de Educação de Florianópolis. Florianópolis, Santa Catarina. Brasil. Contato:
[email protected]
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248246869por
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Abstract
This article discusses the pedagogical documentation and the aesthetic principles
established in the guidelines of early childhood education. It aims to review to what extent
the documenting path contributes to expanding sensitivity, the production of meanings and
the possibilities of living together in early childhood education. The research, conducted in
a qualitative perspective, stems from the following question: Does the documenting gesture
make teachers aware of meeting and be together in early childhood education? The study
carried out within the scope of a master’s degree in education had as sample a group of
ten teachers who worked in early childhood education and who participated in a formative
experience carried out in an extension course woven along the course of documenting.
The survey instruments included participants’ observation, written, photographic and
audiovisual records, documentation and, above all, being together with the teachers.
From the dialogue between the normative guidelines and different authors, the aesthetic
principle in the gesture of documenting is highlighted, because the encounter with the
sensitive allows the expansion of borders, the possibility of affectation and the search for
meanings and senses in the relationships woven between children and adults in everyday
education. The training experience with teachers, built through the path of documenting,
makes it possible to question assumptions naturalized in pedagogical practice, making
important shifts in the ways of being and staying together in early childhood education.
Keywords
4- Enfatiza-se que tal abordagem não se refere a todo o contexto educativo italiano. Utilizar-se-á essa expressão para referir-se principalmente
às abordagens localizadas na região da Toscana e Emilia-Romanha.
5- O curso de extensão foi proposto a partir do Grupo de Pesquisa Educação, Infância e Gênero (GEDIG), por meio do projeto “A documentação
pedagógica no contexto de educação infantil: perspectiva para docência e formação de professores”. Tal projeto é coordenado pela profa. Dra.
Luciane Pandini-Simiano e financiado pela FAPESC.
[...] que é realizada não com os ouvidos, mas por meio de todos os sentidos; em um tempo que
não é linear mas cheio de silêncios e pausas; uma escuta aberta às diferenças; que reconheça o
valor de outros pontos de vista; que não produza respostas, mas que formule questões, convoque
a interpretações; que não é fácil de ser realizada, mas é a premissa para qualquer relação de
aprendizagem. (RINALDI, 2017, p. 52).
Podemos fazer anotações rápidas que posteriormente reescrevemos de maneira extensa, gravar
em fitas cassetes as vozes e palavras das crianças ao interagirem entre si ou conosco. Também
podemos tirar fotografias ou slides, ou até mesmo gravar fitas de vídeo que mostrem as crianças
e os professores em atividades. (GANDINI; GOLDHABER, 2002, p. 150).
muito além de uma simples coletânea de registros. Fundamental enfatizar essa diferença,
considerando que se a documentação pedagógica não pode ser resumida a registros, é
necessário incorporar que a ideia sistemática dos registros é um dos pilares centrais desse
processo (MALAGUZZI, 2016; RINALDI, 2017).
Após registrar é essencial interpretar, selecionar o que faz sentido. É preciso ler
novamente os registros escritos, sejam eles pequenas anotações ou textos, ver as imagens
capturadas por fotografias, selecionar, organizar, transcrever áudios, eleger cenas dos
vídeos. Os registros são revisitados e interpretados em companhia de outros colegas
professores. O olhar, a escuta, a observação e os registros são carregados da subjetividade
de quem os realiza. No compartilhamento e no diálogo há uma exposição às subjetividades
dos outros, o que acarreta a revisão, a reafirmação ou não, novas possibilidades, outras
perspectivas frente ao que se havia identificado anteriormente. Em companhia o olhar
se expande, “o gesto de compartilhar estabelece conexões, cria hipóteses, amplia as
significações, auxiliando o professor nesse sutil e delicado processo” (PANDINI-SIMIANO,
2015, p. 62). Essa interpretação em companhia permite encontrar o outro e, juntos, refletir
sobre o processo vivido.
Após os registros serem refletidos e interpretados, é preciso narrar. Com rigor
teórico e delicadeza poética, Malaguzzi (2016) elege a narrativa como forma privilegiada
de contar como as crianças aprendem e se relacionam com o mundo. A documentação
é uma narrativa aberta que ajuda adultos e crianças a encontrarem significados naquilo
que fazem, não apenas um único sentido, mas várias possibilidades dele. Para Malaguzzi
(2016, p. 71) “significados nunca são estáticos, unívocos ou finais; eles sempre geram
outros significados”.
Pensar a narrativa em contextos de educação infantil permite vislumbrar o laço a unir
crianças e adultos em uma rede de significantes comuns. Pandini-Simiano (2015), em diálogo
com a pedagogia italiana e Walter Benjamin, propõe a documentação pedagógica como uma
peculiar narrativa tecida no encontro entre adultos e crianças. Nas palavras da autora:
Houve uma situação que foi muito marcante pra mim: duas crianças brincando embaixo de
uma árvore e lá tinham várias sementinhas e um me chamou: - ‘Professora, o amigo não tá
conseguindo abrir a sementinha!’ - ‘Mas precisa abrir?’ perguntei. - ‘Precisa!’ - ‘Mas por quê?’
- ‘Porque tem uma surpresa muito legal dentro da semente!’ Então eu fui lá e abri. Gente! Mas
não é que a semente tem um desenho dentro. Mas isso me encantou tanto! E aí eu parei e passei
a observar. A gente, enquanto adulta, não para pra olhar a semente, a beleza dessa semente.
[sic]. (Professora Mariane, narrativa em 20/09/2018).
6- Foram utilizados nomes fictícios para garantir a confidencialidade dos nomes reais, de acordo com o termo de consentimento, obedecendo
aos procedimentos éticos estabelecidos para a pesquisa científica, assim como o mesmo princípio se aplica para a divulgação de imagens de
pessoas e/ou de instituições.
7- Para a realização da pesquisa e autorização do uso de imagem das crianças, obedecendo aos procedimentos éticos estabelecidos para a
pesquisa científica, encaminhou-se o Termo de Consentimento à direção da instituição educativa e aos familiares das crianças. Além da autorização
formal dos adultos responsáveis pelas crianças, buscou-se garantir, junto às professoras, que as imagens produzidas por elas ao longo do processo
de documentar passassem pelo assentimento das crianças.
Quando você tira uma fotografia ou faz um documento, na realidade, você não documenta a
criança, mas seu conhecimento, seu conceito, sua ideia. Assim, eles se tornam cada vez mais
visíveis - os seus limites e a sua visão da criança. Você não mostra a criança, mas o relacionamento
e a qualidade do seu relacionamento, e a qualidade do seu olhar sobre ela. (RINALDI, 2017, p. 345).
8- “A curiosidade aqui compreendida como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou
não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta, faz parte integrante do fenômeno vital” (FREIRE, 2011b, p. 33).
Maior sensibilidade; menor anestesia perante a profusão de maravilhas que este mundo nos
permite usufruir e saborear. Uma vida mais plena, prazerosa e sabedora de suas capacidades e
deveres face a consciência de nossa interligação com os outros e as demais espécies do planeta.
(DUARTE JÚNIOR, 2000, p. 186).
Então, tudo ficou assim, bem claro pra mim, assim: bem claro, não. Claro que eu tenho muita
coisa pra aprender ainda, né?! Mas, assim, a nossa missão que vocês propuseram foi de uma forma
simples, assim. [emocionada] Eu amei cada momento, pra preparar a Documentação Pedagógica!
Assim, foi bem prazeroso, sabe? Me senti bem realizada! Porque ali eu estava mostrando o meu
trabalho, a interação das crianças. Assim, eu pude olhar as crianças com mais atenção, com
mais... como que eu vou dizer: outro olhar. Mais olhar. É que me foge as palavras. Um olhar
sensível, mais de perto, mais detalhado. Foi muito gratificante [sic]. (Professora Lara, narrativa
em 29/11/2018).
Eu só queria ressaltar, além de tudo o que já foi dito, a Documentação pra mim ficou muito assim,
nosso olhar para aquilo. Porque, talvez, algo que acontece na sala da Mariane, eu ia olhar com
outro olhar, não ia dar tanta importância, né?! Então, é o nosso olhar para aquilo que acontece,
mas também e como o olhar do outro enriquece! Porque a gente compartilhando e aí, quando
eu já estava montando o vídeo, a Lu falava alguma coisa: ‘Ah, mas isso aqui?’ E aí te faz pensar,
te faz olhar para aquilo de novo. Então, isso foi algo bem bacana que eu achei [sic]. (Professora
Fabiana, narrativa em 29/11/2018).
Ver e ouvir demanda implicação, entrega ao outro. Estar aberto para vê-lo e/ou ouvi-lo como é,
no que diz, partindo de suas hipóteses, do seu pensar. É buscar a sintonia com o ritmo do outro,
do grupo, adequando em harmonia ao nosso. Para tanto também necessitamos estar concentrados
com nosso ritmo interno. A ação de olhar e escutar é um sair de si para ver o outro e a realidade
segundo seus próprios pontos de vista, segundo sua história. (WEFFORT, 1996, p. 1).
A temática foi um processo construído a cada encontro, de como ‘olhar’, esse olhar diferente para
o que nos acontece diariamente. [...] para que eu possa olhar para as crianças com outro olhar...
(Professora Sandra, narrativa em 29/11/2018).
Quando tirado esse ‘véu’, é possível ver minuciosamente cada gesto, cada olhar que faz toda
diferença naquela cena. (Professora Mariane, narrativa em 29/11/2018).
9- “O trabalho coletivo não se decreta, ele é construído. E para ser construído depende do desejo e das atitudes de seus componentes”
(OSTETTO, 2006, p. 25).
Ora, restabelecer a nossa capacidade de nos maravilharmos com o mundo, de nos sentirmos vivos
num cotidiano que não seja feito de agendas lotadas e níveis de produtividade, de perceber nossa
integração sensível com a realidade ao derredor, de entender que o conhecimento não é dado
apenas por fórmulas matemáticas e reflexões lógico-conceituais, [...]. Educar os nossos sentidos
para que eles nos permitam mais e mais saborear as sutilezas do mundo creio ser o primeiro passo
para uma vida mais feliz e autocentrada. A competição desenfreada (rumo ao nada) nos impede
de ter prazer com o fato de estarmos vivos, e esse prazer é, em sua essência, estético. (DUARTE
JÚNIOR, 2012, p. 365).
Paulo Freire (2011) aponta para a importância da ética ao lado da estética, em que
decência e boniteza devem sempre andar de mãos dadas. A estética, o encontro com o
sensível, amplia relações com o outro, está de mãos dadas com a ética.
Foram encontros muito valiosos, que contribuíram para desenvolver experiências significativas,
simples para mim, mas grandiosas para os pequenos. (Professora Lara, narrativa em 29/11/2018).
O percurso formativo foi a oportunidade para parar alguns instantes e observar o que nos cerca
e enxergar uma infinidade de vivências. (Professora Mariáh, narrativa em 29/11/2018).
Nossos encontros nesse curso de extensão foram momentos únicos, tornou tudo mais
significativo, onde uma simples cena torna-se um espetáculo! [...]. Quando tirado o véu é possível
ver minuciosamente cada gesto, cada olhar, que fazem toda a diferença. (Professora Mariane,
narrativa em 29/11/2018).
Durante todo o processo ficou claro o prazer que as professoras tiveram em poder
mostrar para o outro o próprio trabalho e o seu valor. Um desejo muitas vezes despercebido,
mas que, quando vem à tona, possibilita uma satisfação em reconhecer que há algo que
vai admirar, maravilhar, que vai ressoar no outro. Concorda-se com Duarte Júnior (1984,
p. 72), quando diz que “as opiniões emitidas por aqueles que me são significantes têm
maior força para edificar e manter a minha identidade e a das coisas (e é claro, têm
também maior força para alterar essas identidades)”.
Como foi gratificante ver meu trabalho e/ou minha ‘ação pedagógica’ sendo observada por
outros olhares, e que olhares! (Professora Mary, narrativa em 29/11/2018).
Ficou a emoção dos relatos, o encantamento pelos diferentes trabalhos das turmas. [...]. Tive a
certeza que não estava só. (Professora Júlia, narrativa em 29/11/2018).
Foi gostoso ouvir minhas colegas e me reconhecer, muitas vezes em seu ‘olhar’. (Professora
Mariáh, narrativa em 29/11/2018).
Alguém olhou pro meu trabalho! [sic]. (Professora Mary, narrativa em 29/11/2018).
[...] corpo enquanto uma complexa organização que integra, em si, tudo aquilo que nossa
linguagem separou ao longo dos tempos, como matéria e espírito, corpo e mente, sensação
e pensamento, razão e sentimento, etc. Somos, na verdade, um emaranhado de processos
altamente organizados e interdependentes que manifestam maneiras próprias de sabedoria e
de conhecimento em todos os níveis, desde a ordem das substâncias bioquímicas que carregam
informações genéticas, nos cromossomas, até os mais específicos raciocínios de uma dada
modalidade científica ou filosófica. Cada porção ou estrato de nosso organismo exibe sua forma
peculiar de conhecimento, articulada a esse todo corporal que nos define enquanto existência.
(DUARTE JÚNIOR, 2000, p. 139).
Outro ponto a se considerar é a rotina no dia a dia dos espaços educativos que
contribui para a exigência deste corpo, e que muitas vezes não é respeitado em seu ritmo
próprio em virtude da grande quantidade de normas e funções que a professora tem
que “dar conta”, como retrata o seguinte registro: “Os encontros me ajudaram a ter um
olhar diferente diante dos dias (tardes) corridos. Dando muito mais valor a cada gesto e
movimento da criança.” (Professora Júlia, narrativa 29/11/2018).
No início do percurso, algumas professoras verbalizaram preocupações com este “dar
conta” que tanto assombra as professoras de educação infantil. Sentiram-se encorajadas
em iniciar pela garantia de que não estariam sozinhas neste processo, que as pesquisadoras
as acolheriam e a coordenação pedagógica da instituição educativa as apoiaria, bem como
poderiam desistir a qualquer tempo, afastando um pouco o fantasma do “ter que dar
conta”, ainda mais por ser o segundo semestre, período em que as exigências de relatórios
e portfólio se acentuam, tendo em vista a proximidade do encerramento do ano letivo.
No meio e no final do percurso de formação com as professoras, as falas e os
olhares expressavam as alegrias das descobertas, os assombros de olhar a mesma situação,
o mesmo fato como se fossem novos e a confiança no processo em que a trajetória do
percurso foi sendo construída passo a passo de acordo com o grupo.
Nesta pesquisa, procurou-se tematizar a documentação pedagógica, sendo que o ato
de documentar amplia e diversifica os pontos de vista, permite a interpretação e possibilita
a construção de narrativas, ou seja, faz sentir, pensar e narrar sobre as experiências. Permite
vislumbrar a dimensão estética que apresenta um novo modo de ser e estar no mundo pela
via do sensível, que é ético no respeito e convivência com a alteridade, na transparência da
prática educativa e da instituição educacional, além de político, por chamar a comunidade,
a sociedade, para participar e se comprometer com o processo educativo.
A experiência formativa tecida no processo de documentar se constitui em um
entre o visível e o invisível, estranhamento e o acolhimento, a voz e o silêncio. Pela via
da estética vislumbra-se a possibilidade da acolhida da alteridade no contexto de uma
prática educativa. Trata-se de uma aposta no processo de documentação pedagógica como
um dispositivo de reinvenção das possibilidades de ser e estar, e viver em companhia em
contextos educativos.
Considerações finais
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