Missão, Visão e Valores Da Educação Cristã

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MISSÃO, VISÃO E OBJETIVO DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

Por: Eliszangela Santos – Executiva da AECBPI

MISSÃO: Glorificar a Deus, valorizar os princípios cristãos promovendo educação de


qualidade, capacitar professores e aluno nas competências e habilidades voltados a
formação cristã que venham a ser um diferencial no mercado de trabalho, na sociedade,
em suas famílias e igrejas, levando-os ao crescimento na graça e no conhecimento diante
de Deus e dos homens, através de Cristo.

VISÃO: Ser um referencial em educação, tanto na área acadêmica quanto espiritual,


tendo em Jesus Cristo o modelo de vida e liderança a ser seguido e imitado observando
ao 4 P´s (Pilares) – por ordem de prioridade e reconhecendo a excelência do trabalho do
Educador Cristão Batista.
1 – Princípios
2 – Pessoas
3 – Programa (conteúdo programático)
4 – Prédio

VALORES: Tomar como base para organização do Planejamento Estratégico do Ensino


na Igreja os Princípios Cristãos, a Família, o Comprometimento com a Educação de
Qualidade e a Transparência acadêmica e administrativa.

MISSÃO EDUCACIONAL DA IGREJA

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que
eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. Mateus 28:19,20.

Quando falamos da chamada “grande comissão de Jesus” entendemos que a


missão é dividida em duas etapas, a primeira é: “Ide, fazei discípulos de todas as nações”
e a segunda: “ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”. A
ordem é: ganhar pessoas e torná-las discípulas de Jesus, através do ensino; Kerigma e
Didaque, proclamação e ensino. Fica bem claro então, a missão docente do educador e do
Ministro de Educação Cristã da igreja, portanto, não é uma sugestão, mas, sim a obrigação
da igreja.
As igrejas precisam entender que o trabalhado do educador é importante na
promoção e fomento do ensino, em todas as suas áreas de atuação, seja na EBD, nas
organizações missionárias, nos cultos, seminários, retiros, nas células, nos pgms ou na
vida diária da lide cristã.
Os Seminários de Educação Cristã como o SEC em Recife/ um grande formador
de educadores, aptos para o ensino, no Brasil e fora dele. Atualmente estamos com polos
de nosso seminário espalhados em várias regiões do território nacional. O grande desafio
é incentivar, fomentar, buscar caminhos junto às igrejas e convenções para um grande
projeto de implantação do PEE NAS IGREJAS – Planejamento Estratégico.

A ESCOLA BIBLICA DISCIPULADORA E O EDUCADOR

UMA ESCOLA SEM PROFESSORES – Vocês já presenciaram uma escola


sem professores? Exatamente, a escola tanto formal quanto bíblica necessita de
professores pois é uma agência de transformação que estuda, ensina e apreende
informações e comportamentos.
Quando ensinamos nos preocupamos com o efeito do que é ensinado e o resultado final
de sua metodologia sobre a vida de seus alunos.
Tuler (2006) compara o professor com o eucalipto: “São árvores majestosas,
bonitas, porém, absolutamente idênticas umas às outras, que podem ser substituídas com
rapidez sem problemas. Ficam todas enfileiradas em posição de sentido, preparadas para
o corte e o lucro”. Não se preocupa com uma formação aprimorada, um estudo acurado
da lição, não se empolga com ela e a passa sem vida ou sem mais conteúdo ao seu grupo.
Se prende à revista fazendo da lição uma leitura cansativa e de pouco entendimento para
quem se faz presente no dia. Quando por alguma razão for dispensado, não deixará
saudades.
Cury (2003) ao se expressar sobre a função nobre de ensinar declarou:
“Professores brilhantes ensinam para uma profissão. Professores fascinantes ensinam
para a vida”. Essa preocupação deve permear a mente de todo aquele que deseja deixar
sua marca de forma positiva. O aluno deve entrar com uma gama de informações e sair
com outro bem superior. Entrar com algumas noções comportamentais e sair suprido de
conceitos concretos, um leitor superficial da Bíblia e, ao deixar a classe, ser ávido por sua
leitura. Ele imita o professor.
Perisse (2011), apud Ward desenha o professor com as seguintes palavras: “O
professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O
grande professor inspira”. Fazendo uma leitura destes estudiosos, é possível de forma
perfeita fazer uma conexão com os ensinos do apóstolo aos gentios, Paulo, sobre os dons.
Ensinar é um deles. Não há nada que o homem faça que tenha resultados mais duradouros,
do que o cuidado em ensinar com maestria a Palavra de Deus, ajudando outros a serem
maduros e centrados nos princípios divinos.
Fazendo um pequeno parêntese, entre professores e educadores formados para o
exercício no Ministério Cristão, precisamos entender o que cada um faz. O ser professor
na EBD é consideravelmente o exercício de educador, assim sendo ele é considerado um
educador para tal função exercida. O Ministro de Educação Cristã ele foi chamado por
Deus para ser um vocacionado e servir em diversas áreas na área educacional, missionária
e social da igreja.
Segundo Tuler (2006) comenta: “Os educadores são como árvores velhas, como
jequitibás; possuem um nome, uma face, uma história. Educador não pode ser confundido
com professor”. Isso no sentido menor da palavra (o professor que não estuda),
descomprometido com a essência. Uma diferença a favor do educador é que ele tem uma
convicção profunda de sua chamada, de um ministério. Efésios 4.11,12 diz que
“mestres são aqueles que recebem de Deus um dom especial para esclarecer, expor e
proclamar a Palavra de Deus”. Ou seja, além da vocação e de suas aptidões naturais para
o magistério (o que nem sempre o professor da EBD tem), sabe que foi convidado para
algo especial.
Cury (2003) diz: “Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas
alguém que tem a serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender”.
Já Freire (1996) ratifica: “Me movo como educador, porque primeiro me movo
como gente” e “é fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de
tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.
O educador tem um compromisso com a fidelidade a Deus e aos seus estudantes.
É comprometido da mesma forma com o que diz, trazendo para si a palavra de Paulo em
1Coríntios 9.27: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo
pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.
A escola bíblica discipuladora é o local onde o processo de formação e
construção do conhecimento sobre a palavra de Deus tem como objetivo ensinar os
valores da GRANDE COMISSÃO multiplicando discípulos e fazendo relacionamentos
duradouros entre os irmãos da igreja. É importante que tenhamos uma EBD de qualidade
e ´para isso é necessário investimento em capacitação daqueles que fazem parte do corpo
docente da mesma.

A EBD TEM EUCALIPTOS E JEQUITIBÁS

A Prof.ª Neuralva de Sousa Mota dos Santos diz o seguinte: O professor


eclesiástico não deve estar apenas no campo daquele que ensina uma ciência, técnica ou
disciplina sem nenhum elo com a transformação, a mudança. Precisa ser antes, não aquele
que somente dá sombra, mas junto com ela proporciona o frescor. Ensinar é como curar
uma ferida impenetrável de outra forma a não ser pela Palavra de Deus. À semelhança do
eucalipto, uma árvore que é frondosa, o professor deve, da mesma forma, ser portador de
abundante conhecimento para transmitir. O professor/educador, por ser alguém que
trabalha sob a égide de Deus trazendo à baila seus princípios, é necessariamente antenado
com as dificuldades de seu grupo, as heresias apresentadas a eles pela mídia, redes sociais,
devendo estar pronto a dirimi-las da forma mais clara e bíblica possível. É um estudioso
da Palavra e de seus pupilos. Precisa conhecer ambos para transmiti-las da forma mais
clara e bíblica possível. É um estudioso da Palavra e do seu grupo.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Antônio Vieira de. Teologia da educação cristã. 2000.


FREIRE, Paulo. A pedagogia da autonomia. 1996.
PERISSE, Gabriel. O valor do bom professor, 2011.
TULER, Marcos. Abordagens práticas da pedagogia cristã, 2006.

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