ELE401 - Nota de Aula 02 - MATERIAIS MAGNÉTICOS

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ELE401 – Circuitos Magnéticos

CAPÍTULO II – MATERIAIS MAGNÉTICOS

2.1 INTRODUÇÃO S N N S S N S N

Desde a antiguidade os gregos já conheciam o fato


de que certas pedras tinham a capacidade de atrair N S S N N S N S
pequenos pedaços de alguns metais. Como muitas
destas pedras foram encontradas em Magnésia, na
Ásia Menor, os gregos chamaram a substância de
Figura 2.2 – Atração/Repulsão dos Pólos
magnetita ou magnética. Esta substância (Fe 3O4)
constitui o que se chama na atualidade de “imãs O que acontecerá se tentar dividir ao meio o imã
naturais”. apresentado à figura 2.1? Serão obtidos pólos
Por volta de 2630 a.C., os chineses perceberam norte e sul separados?
que pequenas barras de um certo minério tinham a Não, na realidade é impossível separar os pólos de
estranha propriedade de apontar sempre em um imã. Portanto, no caso da divisão ao meio,
direção ao pólo norte, o que levou à descoberta da seriam obtidos dois novos imãs menores (com
bússola, que nada mais é do que um pequeno imã pólos norte e sul) e assim sucessivamente caso
natural. fossem realizadas novas divisões.
Além dos imãs naturais, existem nos dias de hoje, A figura 2.3, a seguir, ilustra esta condição.
imãs desenvolvidos pelas mãos do homem, são os
chamados “imãs artificiais”. N S

Um imã qualquer apresenta duas regiões bem


distintas, próximas às quais as ações magnéticas
são mais intensas; pode-se verificar esta
propriedade jogando limalha de ferro nas N S N S
proximidades de um imã em forma de barra. A
limalha será atraída pelo imã e se concentrará em
grande parte nas extremidades dele.
Estas regiões são denominadas pólos do imã. A
extremidade que aponta em direção ao norte é Figura 2.3 – Inseparabilidade dos Pólos
chamada de pólo norte do imã e a outra
extremidade é o pólo sul. Os dois pólos de um imã, Portanto, os pólos norte e sul de um imã são
ou seja, os pólos norte e sul formam um “dipolo inseparáveis. Isto ocorre porque a estrutura
magnético”. magnética mais simples que existe na natureza é o
dipolo magnético elementar.
Para se distinguir os pólos é costume hachurar o
pólo norte, conforme ilustra a figura 2.1 a seguir. Em outras palavras, os imãs, ou os materiais (de
uma forma geral), possuem uma infinidade de
N S dipolos magnéticos elementares, como àqueles
apresentados esquematicamente à figura 2.4.

Figura 2.1 – Pólos Norte e Sul de um Imã Figura 2.4 – Dipolos Magnéticos Elementares

Os pólos de mesmo nome se repelem (observar Os dipolos magnéticos elementares (d.m.e.) são os
figura 2.2), enquanto que os pólos de nomes responsáveis pelas propriedades magnéticas da
contrários se atraem (conforme figura 2.3). matéria e estão associados aos elétrons.

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2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS característica de imantação forte, outros não. É


QUANDO A IMANTAÇÃO importante portanto que se faça uma classificação
magnética para os mesmos. Isto pode ser
Os corpos podem ser classificados de acordo com realizado, dividindo-os em grupos diferenciados
o grau de orientação de seus dipolos magnéticos quanto à possibilidade de orientação dos dipolos
elementares, ou seja, eles podem ser classificados magnéticos elementares.
quanto a sua imantação. A seguir serão Esta classificação será realizada no item seguinte.
apresentadas três disposições possíveis para os
dipolos magnéticos elementares. 2.3 CLASSIFICAÇÃO MAGNÉTICA DOS
2.2.1 Corpo Fortemente Imantado MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS
A figura 2.5, a seguir, apresenta uma disposição
Os materiais e substâncias são classificados
típica de um corpo fortemente imantado.
magneticamente, ou seja, classificados de acordo
com a capacidade de orientação dos d.m.e (maior
ou menor). Costumam ser considerados três
grupos distintos: ferromagnéticos, paramagnéticos
e diamagnéticos. Estes grupos serão apresentados
a seguir.
2.3.1 Materiais Ferromagnéticos
Figura 2.5 – Corpo Fortemente Imantado
São materiais que possibilitam uma orientação
Como pode ser observado, o corpo fortemente abundante para os seus dipolos magnéticos
imantado é aquele que apresenta uma forte elementares, isto é, podem ser fortemente
orientação dos dipolos magnéticos elementares. imantados quando da ação de um campo
magnético externo. De uma forma geral, estes
2.2.2 Corpo Fracamente Imantado
materiais tendem a alinhar seus d.m.e. de forma
Um corpo fracamente imantado é aquele que paralela ao campo magnético aplicado. Fenômeno
demonstra uma ligeira orientação dos dipolos deste tipo ocorre em materiais como: ferro, níquel,
magnéticos elementares, como pode ser aço, cobalto, etc.
observado à figura 2.6, a seguir.
2.3.2 Materiais Paramagnéticos
A característica magnética deste tipo de material é
a de permitir apenas uma leve orientação dos
d.m.e., de forma paralela ao campo magnético
externo que lhe é submetido. Boa parte dos
chamados materiais isolantes é classificada como
paramagnética. Podem ser citados exemplos
Figura 2.6 – Corpo Fracamente Imantado como: madeira, vidro, ar, etc.
2.2.3 Corpo Não Imantado 2.3.3 Materiais Diamagnéticos
Diferentemente dos dois casos anteriores, pode-se De forma semelhante aos materiais
dizer que em um corpo não-imantado a disposição paramagnéticos, os diamagnéticos permitem
dos dipolos magnéticos elementares é aleatória, ou apenas uma orientação muito fraca dos seus
seja, não há uma orientação definida. A figura 2.7, d.m.e., quando da ação externa de um campo
a seguir, ilustra esta condição. magnético. Entretanto, estes materiais apresentam
uma característica toda peculiar, que é de alinhar
os d.m.e. de forma antiparalela ao campo exterior,
ou seja, orientam os d.m.e. em sentido contrário ao
campo magnético aplicado. São exemplos deste
tipo magnético: a água, o cobre, a prata, o ouro, o
diamante, etc.
Figura 2.7 – Corpo Não Imantado Como pode ser observado nos exemplos
anteriores, são classificados como diamagnéticos
Alguns materiais e substâncias podem assumir a os chamados metais nobres (ouro, prata, cobre).

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Alguns materiais não permitem uma forte d.m.e. Sendo submetidos a um campo externo,
orientação dos d.m.e., outros permitem e outros promovem um alinhamento dos d.m.e. no sentido
ainda são encontrados na natureza com deste campo, ficando então imantados. No caso da
características magnéticas acentuadas. Os retirada do campo externo, uma parcela reduzida
materiais que permitem uma forte orientação dos dos d.m.e. permanecerá com a orientação anterior,
d.m.e. podem ser chamados de imãs, sendo podendo-se dizer que o material praticamente
caracterizados como artificiais ou naturais, perderá sua imantação. Exemplos de imãs
conforme será visto no item seguinte. artificiais transitórios: Ferro, ligas metálicas como o
ferro-silício, etc.
2.4 TIPOS DE IMÃ
2.5 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
Os imãs podem ser classificados em três tipos: imã
natural, imã artificial permanente e imã artificial A experiência mostra que, acima de um
transitório. determinado valor de temperatura os materiais
ferromagnéticos perdem as suas propriedades
As principais características destes imãs serão
magnéticas principais, ou seja, perdem a
consideradas neste item.
orientação de seus d.m.e. Este valor de
2.4.1 Imãs Naturais temperatura é denominado “Ponto Curie” ou
Imãs naturais são materiais com características “Temperatura de Curie”, de um dado material.
magnéticas próprias, obtidas diretamente da A tabela 2.1, a seguir, apresenta o ponto Curie e o
natureza. Estes materiais, que foram utilizados ponto de fusão de alguns materiais
inicialmente na confecção de bússolas, ferromagnéticos importantes.
apresentam uma orientação bem definida dos
dipolos magnéticos elementares (d.m.e.). Um Materiais Ponto Curie [ºC] Ponto de Fusão [ºC]
exemplo de imã natural é o mineral magnetita Níquel 358 2566
(Fe3O4) Ferro 770 1535
2.4.2 Imãs Artificiais Permanentes Cobalto 1131 1480
Tabela 2.1 - Ponto Curie e Ponto de Fusão de Alguns
São materiais que apresentam comportamentos Materiais
distintos quando da presença ou não de um campo
magnético externo, ou seja: na ausência de um 2.6 MAGNETISMO E ELÉTRONS
campo magnético externo estes materiais
apresentam, de uma forma geral, uma disposição Uma das formas dos elétrons gerarem campo
aleatória para os seus d.m.e. Sendo submetidos a magnético é através de seu deslocamento num fio.
um campo externo, tendem a alinhar os d.m.e. no Os elétrons podem produzir campo magnético
sentido deste campo, ficando então imantados. através de dois outros mecanismos, ambos
Supondo agora que o campo externo seja retirado, relacionados a momentos dipolares magnéticos.
boa parte dos d.m.e. permanecerá com a
orientação anterior, podendo-se dizer, portanto,  Momento dipolar magnético de spin;
que o material permanecerá imantado. Esta  Momento dipolar magnético orbital.
característica de imantação residual (ou
permanente) depende do tipo de material 2.6.1 Campo Magnético de uma Barra
considerado. Exemplos de imãs artificiais Imantada
permanentes: Algumas ligas metálicas como: aço, Considere um condutor por onde passa uma
aço-carbono (aço com elevado teor de carbono), corrente “i”, conforme ilustra a figura 2.8 a seguir.
alnico 5 (liga composta por: alumínio, níquel e
cobalto), etc.
2.4.3 Imãs Artificiais Transitórios
i
Estes materiais também apresentam
comportamentos distintos quando da presença ou
ausência de um campo magnético externo, a
saber: na ausência de um campo magnético Figura 2.8 – Condutor com Corrente
externo estes materiais apresentam, como os
anteriores, uma disposição aleatória para os seus A passagem da corrente pelo condutor dá origem a

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um campo magnético ao seu redor. Se a corrente Substituindo a corrente por unidade de


for variável o campo magnético será variável. Se comprimento da bobina, n.i, pela corrente
por outro lado a corrente for constante, o campo superficial de Ampère que lhe corresponde, por
magnético também será constante. unidade de comprimento do imã, M, tem-se para o
campo magnético no interior do imã, longe das
De acordo com o modelo de Ampère, todos os
extremidades, que:
campos magnéticos, de uma forma ou de outra,
provêm de correntes. Nos imãs naturais, e em Bm   0  M (2.2)
outros materiais magnetizados, estas correntes se
devem ao movimento intrínseco dos elétrons Através deste modelo é possível fazer uma
atômicos. Embora estes movimentos sejam analogia entre o campo produzido no interior de
complexos, pode-se admitir, para este modelo, que uma bobina, quando por ela circula uma corrente
os movimentos sejam equivalentes a espiras “i”, ou seja:
fechadas, conforme ilustra a figura 2.9 a seguir.
B0   0  n  i
Com o campo magnético no interior de um imã,
produzido pela chamada corrente superficial de
Ampère,
Bm   0  M
Portanto, “M”, no caso do imã natural, corresponde
ao produto “ n  i ”, no caso de uma bobina ou
Figura 2.9 – Movimento dos Elétrons em uma Barra solenóide. Assim, pode-se escrever que:
Imantada
N i
Se o material for homogêneo, a corrente resultante, M  ni  (2.3)
em qualquer ponto no interior da barra, é nula, l
graças ao cancelamento das correntes vizinhas.
No entanto, em virtude de não haver cancelamento 2.7 MAGNETISMO EM MEIOS MATERIAIS
na superfície do material, o resultado destas
espiras equivale a uma corrente periférica, Considere um material (por exemplo o ferro) em
denominada “corrente superficial de Ampère”. Esta forma de barra cilíndrica introduzida em uma
corrente superficial é semelhante a uma corrente bobina de “N” espiras, conforme ilustra a figura
de condução real em uma bobina (ou solenóide) de 2.10 a seguir.
espiras justapostas, ou seja, uma bobina de
espiras muito próximas umas das outras. O campo
magnético devido a uma corrente superficial é o
mesmo que o provocado por uma corrente
“superficial” em uma bobina.
Seja “M” a corrente superficial de Ampère por
unidade de comprimento da superfície de um imã
linear cilíndrico. A grandeza correspondente na
bobina é o produto “ n  i ”, sendo “n” o número de
espiras por unidade de comprimento ( N / l ) e “i” a
Figura 2.10 – Material Dentro de Uma Bobina
corrente que passa em cada espira.
Na região interna de uma bobina, o campo Para uma corrente “i” injetado no ponto “a”, surgirá
magnético é aproximadamente igual a: um campo magnético total “B”. Este campo
magnético é formado pela ação da corrente “i” que
N i
B0   0  n  i   0  (2.1) passa pelas “N” espiras da bobina e pela ação da
l corrente superficial de Ampère, no material.
Esta aproximação será boa desde que o ponto Desta forma, pode-se analisar o comportamento do
considerado para o campo magnético não esteja dispositivo da figura 2.10 anterior (na verdade um
próximo das extremidades da barra. eletroímã) fazendo-se uma separação dos efeitos.
Para tanto, considere inicialmente apenas a bobina

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de “N” espiras, conforme apresentado à figura 2.11 proporcionarão o surgimento de uma corrente
a seguir. superficial de Ampère por unidade de comprimento
(M). Esta corrente superficial dará origem a um
A passagem da corrente pela bobina dará origem a
campo magnético “Bm”, conforme visto
um campo magnético “B0”, no seu interior, que
anteriormente (observar expressão 2.2).
poderá ser escrito como sendo:
Portanto, o campo magnético total “B” será
N i
B0   0  n  i   0  (2.4) formado pela ação conjunta dos campos “B 0” e
l “Bm”, ou seja:
B  B0  Bm (2.7)
Das expressões (2.2) e (2.6), pode-se escrever
que:
B  0  H  0  M (2.8)
Ou ainda,
B   0  H  M  (2.9)
Figura 2.11 – Bobina de “N” Espiras com Corrente
A equação (2.9) pode ser colocada ainda na
Onde: seguinte forma vetorial:

l = comprimento da bobina 
B  0  H  M  (2.10)
Portanto, o campo magnético “B0” será produzido Onde:
apenas pela passagem da corrente “i” na bobina.
Definindo agora o produto “ n  i ” como sendo a B = Vetor densidade de campo magnético;
intensidade de campo magnético (H), ou seja:
H = Vetor intensidade de campo magnético;
N i
H  ni  (2.5) M = Vetor de magnetização, sendo o seu
l
módulo igual à corrente superficial de Ampère
Tem-se em (2.4) que: por unidade de comprimento (M).
B0   0  H (2.6)
2.8 SUSCEPTIBILIDADE E
Onde: PERMEABILIDADE MAGNÉTICAS
B0 =Campo magnético no interior da bobina Nos materiais e substâncias paramagnéticas e

ou solenóide Wb / m 2 ;  diamagnéticas, existe uma proporcionalidade entre
a corrente superficial de Ampère por unidade de
0 =Permeabilidade magnética do vácuo, de comprimento (M) e a intensidade de campo
valor igual a 4    10 7 H / m ;
magnético (H). Esta relação de proporcionalidade
pode ser expressa por:
H =Intensidade de campo magnético M  xm  H (2.11)
A  E / m.
Onde:
A expressão (2.6) apresenta o campo magnético
causado apenas pela passagem da corrente pela x m = Constante de proporcionalidade entre “M”
bobina. e “H”, definida como sendo a susceptibilidade
Introduzindo o material cilíndrico na bobina, magnética do material ou substancia
conforme indicado à figura 2.10 anterior, irá (grandeza adimensional).
aparecer no interior deste material um campo
Levando (2.11) em (2.9), obtém-se:
magnético total “B”. Isto ocorre porque agora os
dipolos magnéticos elementares estarão sujeitos à B   0  H  xm  H 
ação do campo externo “B0”, e desta forma

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Ou ainda, se apresentam dispostos de forma


B   0  1  xm   H
aleatória, sem indicar nenhuma orientação
(2.12) predominante. A figura 2.12 a seguir ilustra
esta condição.
Definindo agora,
   0  1  xm  (2.13)
De onde tiramos a relação,
B  H (2.14)
Onde: Figura 2.12 – Disposição Aleatória dos D.M.E.
 = Permeabilidade magnética do material
b) Na presença de um campo magnético
H / m externo os dipolos magnéticos elementares
Da expressão (2.13), pode-se fazer a seguinte se alinham fracamente e de forma paralela
relação: ao campo aplicado. A figura 2.13 a seguir
ilustra esta condição.

1  xm  (2.15) B
0
Como pode ser observado, o valor “ 1  xm ”
corresponde a relação da permeabilidade
magnética do material pela permeabilidade
magnética do vácuo. Assim sendo, “ 1  xm ” pode
ser chamada de permeabilidade magnética relativa Figura 2.13 – Disposição Fracamente Orientada dos D.M.E.
do material, ou seja:
c) Retirando o campo externo os dipolos
 magnéticos elementares voltam a uma
 r  1  xm  (2.16)
0 disposição aleatória. A figura 2.14 a seguir
ilustra esta condição.
Portanto, a expressão (2.12) pode ser escrita ainda
sob a forma:
B  0  r  H    H (2.17)
Onde:
 r = Permeabilidade magnética relativa do Figura 2.14 – Disposição Aleatória dos D.M.E.
material ou substancia (grandeza
adimensional). d) A disposição dos dipolos magnéticos
elementares é sensível às variações de
Definidas as diversas características magnéticas temperatura. Para elevadas temperaturas a
básicas para os materiais e substâncias, pode-se orientação dos d.m.e. é extremamente
passar agora a uma análise do comportamento fraca, devido às vibrações térmicas.
magnético dos materiais paramagnéticos,
diamagnéticos e ferromagnéticos. e) Em temperaturas extremamente baixas,
próximas do zero absoluto, os d.m.e.
2.9 PARAMAGNETISMO tendem a apresentar uma forte orientação,
caracterizando um comportamento
Este fenômeno está associado aos materiais e semelhante ao dos materiais
substâncias paramagnéticas. O paramagnetismo ferromagnéticos;
apresenta as seguintes características básicas: f) A susceptibilidade magnética é positiva e
a) Na ausência de um campo magnético bastante reduzida, ou seja:
externo os dipolos magnéticos elementares 0  xm  1

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Isto ocorre porque a orientação dos d.m.e. é fraca


e se apresenta de forma paralela ao campo
magnético externo;
g) A permeabilidade magnética é pouca coisa
superior a permeabilidade magnética do
vácuo, podendo-se considerar até que:
Figura 2.17 – Disposição Aleatória dos D.M.E.
  0
d) A disposição dos dipolos magnéticos
Desta forma, a permeabilidade magnética relativa é elementares é pouco sensível às variações
praticamente unitária. normais de temperatura.
Exemplos de materiais paramagnéticos: Alumínio, e) A susceptibilidade magnética é negativa e
oxigênio, ar, magnésio, madeira, plástico, bastante reduzida, ou seja:
tungstênio, cromo, titânio, etc.
0  xm  1
2.10 DIAMAGNETISMO Isto ocorre porque a orientação dos d.m.e. é fraca
e se apresenta de forma antiparalela ao campo
Este fenômeno está associado aos materiais e magnético externo;
substâncias diamagnéticas. O diamagnetismo
apresenta as seguintes características básicas: f) A permeabilidade magnética é pouca coisa
inferior a permeabilidade magnética do
a) Na ausência de um campo magnético vácuo, podendo-se considerar até que:
externo os dipolos magnéticos elementares
se apresentam dispostos de forma   0
aleatória, sem indicar nenhuma orientação
predominante. A figura 2.15 a seguir ilustra Desta forma, a permeabilidade magnética relativa é
esta condição. praticamente unitária, ou seja:
r  1
Exemplos de materiais diamagnéticos: Bismuto,
cobre, diamante, ouro, prata, sódio, hidrogênio,
dióxido de carbono, nitrogênio, água, mercúrio, etc.

Figura 2.15 – Disposição Aleatória dos D.M.E.


2.11 FERROMAGNETISMO

b) Na presença de um campo magnético O ferromagnetismo é um fenômeno que ocorre em


externo os dipolos magnéticos elementares materiais e substâncias como: Ferro, níquel,
se alinham fracamente e de forma cobalto, ligas metálicas [Aço, Aço-Carbono (aço
antiparalela ao campo aplicado. A figura com maior teor de carbono), Ferro-Silicio (96% Fe,
2.16 a seguir ilustra esta condição. 04% Si), Mumetal (77% Ni, 16% Fe, 5% Cu, 2%
Cr), Alnico 5 (24% Co, 14% Ni, 8% Al, 3 Cu),
B Permalloy (55% Fe, 45% Ni)].
A característica fundamental dos materiais
ferromagnéticos é a de admitir com facilidade
elevadas magnetizações.
De uma forma geral, o ferromagnetismo apresenta
as seguintes propriedades básicas:
Figura 2.16 – Disposição Fracamente Orientada dos D.M.E. a) Os dipolos magnéticos elementares são
agrupados em diversos setores, formando
c) Retirando o campo externo os dipolos
regiões dentro do material, com orientação
magnéticos elementares voltam a uma
bem definida. Este agrupamento de d.m.e.
disposição aleatória. A figura 2.17 a seguir
é chamado de “domínio magnético
ilustra esta condição.
elementar” e é uma propriedade básica dos
materiais ferromagnéticos. A figura 2.18

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ilustra esta condição.

Figura 2.21 –Orientação Residual dos Domínios


Magnéticos
Figura 2.18 – Domínios Magnéticos Elementares
Portanto os materiais ferromagnéticos tendem a
b) Para um material que não tenha sofrido ficar com uma imantação residual ou
qualquer imantação, os domínios remanescente.
magnéticos elementares se apresentam
dispostos de forma aleatória, conforme e) Os materiais ferromagnéticos perdem as
ilustra a figura 2.19 a seguir. suas propriedades de orientação dos
domínios magnéticos elementares, quando
submetidos a elevadas temperaturas. A
temperatura limite para a perda de
imantação destes materiais é chamada de
“ponto Curie” ou “temperatura de Curie”. A
partir desta temperatura os materiais
ferromagnéticos apresentam propriedades
Figura 2.19 – Disposição Aleatória dos Domínios magnéticas semelhantes as dos materiais
Magnéticos
paramagnéticos.
Obs.: Uma exceção importante é a dos imãs 2.11.1 Curva de Saturação
naturais, que apresentam orientação “in natura”
dos domínios magnéticos elementares. Seja o dispositivo composto por uma bobina e um
núcleo de material ferromagnético, da figura 2.22 a
c) Supondo que o material do item anterior seguir.
seja submetido a um campo magnético
externo, haverá uma tendência de
orientação rápida dos domínios magnéticos
elementares, de forma paralela ao campo
aplicado. A figura 2.20 ilustra esta condição.

Figura 2.22 – Bobina com Material Ferromagnético

Para uma corrente contínua “i” injetado no ponto


Figura 2.20 –Orientação dos Domínios Magnéticos “a”, obtém-se um campo magnético “B”.
Elementares Aumentando-se gradualmente o valor desta
corrente, haverá uma elevação também gradual do
d) Considerando agora a retirada do campo campo magnético “B”. Na verdade, o que está
magnético externo, haverá uma perda da ocorrendo, é uma orientação lenta dos domínios
orientação dos domínios magnéticos magnéticos elementares do material. Quando
elementares que poderá ser pequena ou praticamente todos estes domínios estiverem
elevada, dependendo do tipo de material orientados, mais difícil ficará o incremento no
empregado. Esta condição está retratada à campo magnético total que circunda o dispositivo.
figura 2.21 a seguir. Neste ponto diz-se que o material está chegando a
saturação. Portanto, a saturação de um material
corresponde à condição de quase totalidade de
orientação dos domínios magnéticos elementares.

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A figura 2.23, a seguir, ilustra a condição de “B” e “H”. Assim sendo, pode-se dizer que: nos
saturação ocorrida no material, com o aumento do materiais ferromagnéticos a permeabilidade
valor da corrente “i”. magnética (  ) é variável, devido a saturação.
Na figura 2.24, o valor “HS” corresponde a
intensidade de campo magnético saturante, ou
seja, o valor de “H” para o qual o material começa
a sofrer o efeito da saturação. A densidade de
campo magnético correspondente vale “BS”.
A tabela 2.2 a seguir apresenta valores das
densidades de campo magnético “BS”, bem como
permeabilidades magnéticas relativas (  r ), para
alguns materiais ferromagnéticos.

Material Camp Mag. [B] Perm. Relat. [  r ]


Figura 2.23 – Curva de Saturação (B x i) do Material Ferro 2,16 5500
Ferro Silício 1,95 7000
Da equação (2.5), tem-se que:
Permalloy 1,60 25000
N i
H  ni  Mumetal 0,65 100000
l Tabela 2.2 - Valores de “BS” e “  ” para a Alguns
Tomando o valor da corrente, vem: Materiais

H l 2.11.2 Ciclo de Histerese


i
N No dispositivo da figura 2.22, considere uma
Como, o número de espiras (N) e o comprimento (l) corrente alternada senoidal “i” (do tipo apresentado
da bobina, são constantes, existe uma relação de à figura 2.25 a seguir), sendo injetada no ponto “a”.
proporcionalidade entre a corrente (i) e a
intensidade de campo magnético (H). Desta forma,
a curva de saturação do material pode ser
modificada, simplesmente através de mudança de
escala na sua abscissa. Esta condição é
apresentada à figura 2.24.

Figura 2.25 – Corrente Alternada Senoidal

A passagem desta corrente pela bobina dará


origem a um campo magnético variável “B”. A
corrente “i” é proporcional a intensidade de campo
magnético “H”, desta forma, à medida que a
corrente varia, a intensidade de campo magnético
também varia. Esta variação irá ocasionar uma
Figura 2.24 – Curva de Saturação (B x H) do Material
alteração no campo magnético total do dispositivo.
A figura 2.26, a seguir, mostra como será o
Como pode ser observada, até a saturação do comportamento do campo magnético “B”, para um
material, a permeabilidade magnética permanece ciclo completo da corrente alternada senoidal
praticamente constante. A partir daí seu representada pela figura 2.25.
comportamento passa a ser eminentemente
variável, caracterizando uma não-linearidade entre

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Na figura 2.27, podem ser observados os seguintes


valores:
Br = Magnetismo Residual ou Remanescente, é
a densidade de campo magnético que permanece
no material após a retirada do campo magnético
externo, ou seja, quando a corrente “i” se anula.
Corresponde a orientação remanescente dos
domínios magnéticos elementares do material;
Bmáx = Densidade de Campo Magnético Máxima,
corresponde ao máximo valor de campo magnético
no material. É produzido pelo valor máximo da
Figura 2.26 – Curva B x H (Ciclo de Histerese) corrente “i” na bobina;

O ponto (1) corresponde à condição inicial, a Hc = Força Coercitiva ou Coerciva, é a


corrente é nula e o material não apresenta intensidade de campo magnético necessária para
qualquer imantação. O ponto (2) está associado à eliminar o magnetismo residual ou remanescente
condição de máxima corrente no sentido positivo. do material.
Para este valor de corrente tem-se o valor máximo Com relação à polarização, pode-se observar na
positivo da densidade de campo magnético (B máx). figura 2.27 as seguintes características dos
No ponto (3), a corrente se anula e o material materiais ferromagnéticos:
mantém um magnetismo residual ou remanescente
1º Quadrante B (+) e H (+)  Mesmos Sentidos
(Br) positivo, ou seja, permanece uma determinada
orientação dos domínios magnéticos elementares. 2º Quadrante B (+) e H (-)  Sentidos Opostos
A partir deste último ponto, até (4), a corrente 3º Quadrante B (-) e H (-)  Mesmos Sentidos
cresce negativamente até atingir seu máximo valor.
4º Quadrante B (-) e H (+)  Sentidos Opostos
No ponto (4) tem-se a correspondente densidade
de campo magnético máxima em sentido contrário Tabela 2.3 - Características dos Materiais Ferromagnéticos
(ou negativa). Finalmente em (5), a corrente se
anula novamente, restando no material um Os sentidos opostos, verificados nos quadrantes
magnetismo residual (Br) negativo. pares (2º e 4º), ocorrem devido ao processo de
desimantação do material, ou seja, a eliminação do
Ao percurso fechado da figura 2.26 (curva B x H) magnetismo residual através da inversão no
dá-se o nome de “ciclo de histerese”. Portanto, a sentido da corrente “i” (e consequentemente a
cada ciclo da corrente alternada “i” corresponde um inversão da intensidade de campo magnético “H”).
ciclo da curva B x H.
2.11.3 Materiais Magnéticos Duros e Moles
A figura 2.27 a seguir apresenta, com maiores
detalhes, alguns valores importantes de densidade a) Materiais Magnéticos Duros.
de campo magnético (B) e de intensidade de Estes materiais apresentam as seguintes
campo magnético (H), do ciclo de histerese. características básicas:
Ciclo de Histerese
Apresentam elevado magnetismo residual o que
implica na necessidade de uma elevada força
coercitiva. Consequentemente a área do ciclo de
histerese é grande, como pode ser observado
através da figura 2.28 a seguir.
Aplicação
São utilizados como imãs permanentes e em
dispositivos e equipamentos que requerem elevado
grau de magnetismo residual, como: alto-falantes,
telefones, medidores, etc.
Figura 2.27 – Ciclo de Histerese

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ELE401 – Circuitos Magnéticos

histerese está associada às perdas no núcleo, que


são indesejáveis em equipamentos de alto
rendimento (perdas reduzidas), como é o caso dos
transformadores e das máquinas rotativas.
A seguir estão listados alguns exemplos de
materiais magnéticos moles: Ferro, Aços-Doces
(aços com baixos teores de carbono), Ferro-Silício
(96% Fe, 4% Si), Mumetal (77% Ni, 16% Fe, 5%
Cu, 2% Cr), Permalloy.

2.12 CORRENTES PARASITAS OU DE


FOUCAULT
Figura 2.28 – Ciclo de Histerese dos Materiais Magnéticos
Duros
Seja o condutor com corrente “i” variável, mostrado
à figura 2.30 a seguir.
A seguir estão listados alguns exemplos de
materiais magnéticos duros: Aço-Carbono (aço
com maior teor de carbono), Alnico 5 (24% Co,
14% Ni, 8% Al, 3% Cu), Alcomax (24% Co, 14% Ni,
8% Al, 3% Cu, 1% Nb), Bismanol (MnBi).
b) Materiais Magnéticos Moles.
Estes materiais apresentam as seguintes
características básicas:
Ciclo de Histerese
Apresentam magnetismo residual bastante
reduzido, o que implica na necessidade de uma Figura 2.30 – Condutor com Corrente
força coercitiva de pequena intensidade.
Consequentemente a área do ciclo de histerese é A corrente “i” variável dá origem a um campo
reduzida, como pode ser observado através da magnético variável ao redor do condutor.
figura 2.29 a seguir. Seja aproximar deste condutor uma determinada
espira fechada. Através do princípio da indução
eletromagnética sabe-se que, um campo
magnético variável dá origem a uma f.e.m.
induzida. Portanto, irá aparecer na espira uma
f.e.m. induzida e como a espira está fechada
haverá circulação de uma corrente. Este fato pode
ser verificado à figura 2.31 a seguir.

Figura 2.29 – Ciclo de Histerese dos Materiais Magnéticos


Moles

Aplicação
Por apresentarem reduzidas áreas dos ciclos de
histerese, os materiais magnéticos moles são
utilizados na confecção de núcleos de Figura 2.31 – Espira Fechada Próxima de um Condutor
transformadores e máquinas elétricas rotativas. com Corrente
Como será visto posteriormente, a área do ciclo de

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Seja agora aproximar do condutor uma e = F.e.m. induzida na “espira”;


determinada barra de ferro cilíndrica. Esta barra
r = Resistência da trajetória fechada (“espira”).
estará sujeita à ação do campo magnético variável
(B), como pode ser observado à figura 2.32 a Estas correntes induzidas no material (“i”) são
seguir. chamadas de “correntes parasitas” ou “correntes
de Foucault” e provocam:
 Perdas por efeito Joule;
 Aquecimento do material (núcleo
magnético);
 Redução na orientação dos domínios
magnéticos elementares.
Na maioria das aplicações, as correntes de
Foucault são indesejáveis. Desta forma, é
importante desenvolver um procedimento para
evitá-las.
Figura 2.32 – Barra Cilíndrica Próxima de um Condutor As correntes parasitas (ou de Foucault) podem ser
com Corrente reduzidas através da laminação do núcleo
magnético. O efeito deste processo pode ser
Nos núcleos magnéticos maciços, como aquele da verificado à figura 2.34 a seguir.
figura 2.32, são encontradas imperfeições.
Algumas delas formam trajetórias fechadas, como
espiras, e apresentam uma determinada
condutância elétrica. A presença de um campo
magnético variando através destas pequenas
“espiras” (ver figura 2.33) dará origem a correntes
elétricas induzidas.
Figura 2.34 – Laminação do Núcleo Magnético

Da figura 2.34, vê-se que através da laminação do


núcleo magnético é possível aumentar as
resistências elétricas das trajetórias fechadas (r) e
consequentemente reduzir a intensidade das
correntes parasitas (i). Notar que entre cada lâmina
ou chapa existe uma película isolante, que causa a
elevação das resistências das “espiras”.

Figura 2.33 – Barra de Ferro Cilíndrica com Imperfeições


2.13 PERGUNTAS PROPOSTAS
Responda as seguintes perguntas:
Estas correntes induzidas, circulando no material,
causam perdas por dissipação de calor (efeito Responda as seguintes perguntas:
Joule). Portanto, quanto maior o número de 1) Por quê não se consegue isolar o pólo norte
trajetórias e quanto maiores forem as suas do polo sul, em um imã natural?
condutâncias (ou menores as suas resistências),
maiores serão as perdas no núcleo, pelo efeito 2) O que são os dipolos magnéticos
Joule. elementares?
Para uma determinada trajetória fechada (“espira”), 3) Como são classificados os corpos quanto à
tem-se que: imantação?

e 4) Qual é o significado de imantação?


i (2.10)
r 5) Como são classificados magneticamente os
materiais e substâncias?
Onde:
6) O que é um imã natural?
I = Corrente induzida na “espira”;

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ELE401 – Circuitos Magnéticos

7) Quais são os tipos de imãs artificiais? 27) Por quê as substâncias diamagnéticas
possuem ?
8) Qual é a diferença básica entre um imã
artificial permanente e um imã artificial transitório? 28) Por quê as substâncias paramagnéticas
possuem ?
9) Qual é o significado do ponto Curie?
29) O que é o ferromagnetismo?
10) Como surge o campo magnético em um imã
natural? 30) O que são os domínios magnéticos
elementares?
11) O que é a corrente superficial de Ampère?
Qual é o seu efeito? 31) Por quê os materiais ferromagnéticos são
facilmente imantados?
12) Determine o campo magnético no interior
de um solenóide ou bobina. 32) Cite exemplos de materiais
ferromagnéticos.
13) Qual é o significado da intensidade de
campo magnético? Como determiná-la? 33) O que são as ligas metálicas?
14) O que acontece quando se introduz um 34) Como é a influência da temperatura nos
material ferromagnético dentro de uma bobina com materiais ferromagnéticos?
corrente?
35) Por quê ocorre a saturação do campo
15) Qual é a diferença entre densidade de magnético em um material ferromagnético?
campo magnético e intensidade de campo
36) Qual é o significado da curva de saturação
magnético? Como são representadas? Quais as
de um material ferromagnético? Como pode ser
suas unidades usuais?
obtida?
16) Qual é o valor da permeabilidade magnética
37) A permeabilidade magnética de um material
do vácuo? Como é representada?
ferromagnético é constante? Explique.
17) Qual é o significado do vetor de
38) Qual é o significado de não-linearidade?
magnetização?
39) O que é uma curva de magnetização?
18) O que é a susceptibilidade magnética de
um material? Como é representada? Qual é a sua 40) Qual é o significado do ciclo de histerese?
unidade? Como pode ser obtido? Explique.
19) A susceptibilidade magnética é definida 41) O que é magnetismo residual ou
para todos os materiais? Por quê? remanescente?
20) O que é a permeabilidade magnética? 42) O que é força coerciva ou coercitiva?
Como é representada? Qual é a sua unidade 43) O que pode ser feito para eliminar o
usual? magnetismo residual de um material? Explique!
21) O que é a permeabilidade magnética 44) Qual é a importância do magnetismo
relativa? Como é representada? Qual é a sua remanescente? Cite exemplos.
unidade usual?
45) Que valor define a densidade de campo
22) Qual é a diferença entre a permeabilidade magnético máxima, no ciclo de histerese?
magnética e a susceptibilidade magnética? Faça
uma demonstração matemática. 46) Quando submetidos a um campo magnético
externo, os materiais ferromagnéticos sempre
23) Quais são as principais características dos orientam os seus domínios magnéticos
materiais paramagnéticos? elementares de forma paralela ao mesmo?
24) Quais são as principais características dos Explique detalhadamente.
materiais diamagnéticos? 47) Em termos de magnetização, qual é o efeito
25) Cite exemplos de substâncias e materiais de uma corrente alternada senoidal?
paramagnéticos? 48) Quais são as características básicas de um
26) Cite exemplos de substâncias e materiais material magnético duro? Onde são usados?
diamagnéticos? 49) Quais são as características básicas de um

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ELE401 – Circuitos Magnéticos

material magnético mole? Onde são usados?


50) O que são as correntes de Foucault?
51) Como surgem as correntes de Foucault?
52) Como reduzir as correntes de Foucault?
53) Quais são os feitos das correntes de
Foucault?
54) Qual é a diferença entre correntes de
Foucault e correntes parasitas?
55) Qual é o significado de cada um dos
símbolos a seguir:
B, H, n, N,  ,  0 ,  r , x m , L,  ?

56) Quais são as dimensões usuais dos


seguintes parâmetros e variáveis:
B, H, n, N,  ,  0 ,  r , x m , L,  ?

2.14 BIBLIOGRAFIA

[1] Milton Gussow, “Eletricidade Básica”,


Coleção Schaum, Editora McGraw-Hill do Brasil,
Ltda, 1985. (Cap. 9 - págs. 217 a 229);
[2] Paul A. Tipler, “Física”, Volume 02a, Editora
Guanabara Dois S.A., Segunda Edição, 1986.
(Cap. 29 - págs. 803 a 819);
[3] David Halliday e Robert Resnick,
“Fundamentos de Física” , Parte 03 -
Eletromagnetismo, LTC - Livros Técnicos e
Científicos Editora Ltda, 1991. (Cap. 34 - págs. 241
a 257);
[4] L. Bessonov, “Applied Electricity for
Engineers”, MIR Publishers - Moscow, 1973. (Cap.
3 - págs. 89 a 95);
[5] Syed A. Nasar, “Máquinas Elétricas”,
Coleção Schaum, Editora McGraw-Hill do Brasil,
Ltda, 1984. (Cap. 1 - págs. 01 a 05);
[6] Encyclopedia Britannica, “Magnetism”.

PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 14

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