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Manual de Operações Bancárias

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INTRODUÇÃO À UNIDADE IV

4. O CHEQUE

Definição

O cheque é o primeiro meio de movimentação das contas de que lhe


vamos falar

É claro, que você já conhece o cheque, mas se estiver a decidir o seu


pagamento perante o cliente, deverá estar seguro da decisão a tomar.

Esta sessão pretende habilitá-lo com um suporte de conhecimento e


documentos de consulta que lhe permitam agir com a segurança
requerimento.

Como sabe, da sua experiência diária, o cheque é um documento


normalizado. De facto, todos os cheques têm hoje diária, o cheque tem,
hoje em dia, a mesma dimensão e a mesma «estrutura» de informação *,
de forma a poder em ser lido opticamente.

Mas um cheque é mais do que um simples impresso; uma vez preenchido


passa a constituir uma ordem de pagamento com determinadas
características...

Cheque ordem de pagamento dada pelo sacador- titular da conta ao


sacado - um banco -,para que este pague ao beneficiário – a si próprio ou
a um –determinada quantia.

A função do cheque é permitir que, uma vez aberta uma conta e


constituído o depósito á ordem respectivo, o (o)seu (s) titular (s)possa (m)
sacar sobre ela.

O uso do cheque está regulamentado na Lei Uniforme do Cheque


(L.U.C.),resultante da convenção de Genebra de 7 de Junho de 1930.

Dessa lei nos socorrem muitas vezes, mesmo sem de tal nos
apercebermos…

1
4.1. Intervenientes

Quem são os intervenientes no cheque ?

Três desses intervenientes já foram referido na definição de cheque. São


eles:

O Sacador- a pessoa que ordena o pagamento do cheque;

O Sacador – a entidade a quem é ordenado que pague;

O Beneficiário- a pessoa –nominalmente conhecida ou não- a favor de


quem reverte o produto do cheque.

Podemos, ainda, considerar mais dois intervenientes no caso dos cheques


endossado:

O Endossante- a pessoa que , tendo o benefício do s cheques ,o transmite


por endosso a outra pessoa:

O Endossante -a pessoa que por endosso, se tomar o legítimo


proprietário e, portanto, o novo beneficiário do cheque.

4.2. Verificação do cheque

Para que um documento seja válido com cheque , isto é para que você
possa pagá-lo, ele deverá conter determinados requisitos essências.

Menções Obrigatórias

E por isso que, ao receber um cheque no balcão, você deve sempre:

 Ver se não houve rasuras - um cheque não pode ser rasurado*;


 Verificar a presença e o correcto preenchimento das menções
obrigatórias.

Menções obrigatórias – elementos sem os quis o cheque não- para cada


um dos intervenientes*.

Há menções obrigatórias que constam já do próprio texto impresso no


cheque e outros que devem ser preenchidas pelos sacador.

2
Analisemos, em pormenor, cada uma delas:

 Palavra «cheque»(1)

Deve estar inserta no próprio texto do título e expressa na mesma língua


usada para as restantes menções.

Caracteriza o título e aquele s que nele se obrigam.

 Mandato puro e simples de pagar … (2)

O cheque é pagável á vista * e pode ser apresentado a pagamento assim


que é passado, sem quaisquer outras condições para além das insertas no
texto.

Considera-se como não escrito qualquer menção em contrário

 … Uma quantia Determinada (3)

A quantia é expressa em algarismos e/ ou por extenso. Verificando-se


ambas as situações em caso de divergência, é válida a quantia indicada
por extenso*.

Se surgirem várias quantias, quer em algarismos, quer por extenso, é


válida a menor quantia indicada*.

 Nome do sacado (4)

É a entidade onde o sacador tem conta aberta, e por isso, aquela que faz o
pagamento.

 Local de pagamento

Geralmente, surge ao lado do nome da entidade sacada; na sua ausência,


o cheque deverá ser pago no local onde o sacador tem o seu
estabelecimento principal*.

Apesar de lei a isso não obrigar, um banco pode, hoje em dia, devido ao
teleprocessamento, pagar um cheque em qualquer balcão da sua rede.

 Data e local de Emissão

3
A indicação da data de emissão é imprescindível para estabelecer o prazo
de apresentação do cheque do pagamento -8 dias no caso dos cheques
pagáveis no país onde foram emitidos.

Um cheque é sempre pagável: mas, em caso de falta de provisão e dentro


do prazo de dias contados após o dia de emissão, pode o seu benefício
solicitar;

 O Protesto Notarial por falta de pagamento, que lhe confere


directos de acção sobre todos os obrigados no cheque;
 A Declaração do banco sacado em como o cheque não tem provisão
que lhe confere direitos de acção sobre todo os intervenientes do
cheque*.
Uma vez na posse do protesto ou da declaração, o beneficiário tem
6 meses
-contados após o termo do prazo de apresentação -8 dias – para
exercerem os seus direitos de acção*.

A data de emissão é ainda necessário para a revogação do cheque *. Esta


só a produz efeitos depois do findo o prazo de apresentação – como
veremos na sessão seguinte

 Assinaturas (s) do (s) sacador (7)

A assinatura de quem passa o cheque é necessário e suficiente para


obrigar a conta ;por essa razão, as assinaturas devem ser idênticas ao
espécime que delas existe na ficha de assinatura*.

Feita a verificação das menções obrigatória, apenas duas alternativas se


apresentam

 Aceitar o cheque – se estiverem a cumpridas


 Não aceitar o cheque – se alguma(s) delas estiver em ausente(s) ou
incorrecta(s).

Menções Facultativas

Mas existem outras menções para além das obrigatórias; são as chamadas
menções facultativas.

4
Há dois tipos de menções facultativas*.

Aquela cuja existência se justifica por razão de segurança e facilidade de


tratamento, é que são

- O número e série do cheque

- O nome do sacador e o número da sua conta;

- A Zona interbancária

 A quelas que se predem como;

- A Designação do beneficiário;

- A transmissão do cheque.

Que termo s oportunidade de analise no tópico seguinte.

4.3. Formas de Emissão

Imagine q um cliente esta á sua frente, a preencher um cheque, e lhe


coloca esta pergunta:

Aqui espaço … «á ordem de» … ponho o que?

Nesse momento, você deve saber que um cheque pode ser pagável –
emitido-de formas*:

 À ordem`;
 Não à ordem;
 Ao portador

Cheque à ordem –o que contém o nome da pessoa a quem deve ser pago

O cheque à ordem oferece grande segurança, pois obriga à identificação


do seu apresentante.

Cheque não à ordem- o que contém o nome da pessoa a quem deve ser
pago, seguido de cláusula: não à ordem.

4.4. Formas de transmissão

Endosso

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Como qualquer título de crédito, o cheque pode ser transmitido. Uma das
formas de Transmissão é o endosso.

Endosso – acto através do qual o -beneficiário – endossante – transmite


au novo benificiário – endossado – todos os direitos de posse do cheque e,
também respectivas obrigações.

O endosso deve ser feito do verso do próprio cheque ou no seu alongue *.

Ao analisar um cheque a dosado, deve em ter atenção que:

O endosso deve ser puro e simples-considerasse com não escrita qualquer


condição a que ele esteja subordinado;

É nulo o endosso parcial-não é valido endosso por quantia inferior a


medida na frente do cheque.

Fique,ainda,sabendo que um cheque pode ser endossado um número e


limitado de vezes sendo possível, desta, forma, uma associação de
endosso.

Mas será o endosso utilizado em todos tipos de cheque?

Não.de facto, o que se passa é o seguinte:

 O cheque à ordem é o principal «utilizador» do endosso;


 O cheque não à ordem não é endossável – é, apenas, transmissível
por cessão ordinária de créditos *.
 O cheque ao portador pode ser endossado*, mas normalmente, é
transmitido por tradição – entrega pura e simples -, equiparável à
da moeda primária.

Formas de Endosso

No tópico anterior, definimos endosso e analisámos a possibilidade de o


utilizador, relativamente cada tipo de cheque.

Aquilo que deve estar perguntar, nesta momento- até pelos


conhecimentos que tem da sua prática diária, é se não existe mas do que
uma forma de endosso.

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Na verdade, existem duas formas de endosso:

 Endosso completo;
 Endosso incompleto ou em branco

Endosso Completo-quando o endossante designa o nome do beneficiário


do endosso e formaliza a transmissão do cheque através da expressão
«pague-se» ou outra equivalente.

O endosso pode ser «à ordem» ou «não à ordem» *.

A partir do momento em que menção não ´´´´´´a ordem surge o cheque


deixa de poder ser endossado.

Endosso Incompleto ou em branco-quando o endossante:

 Exara a declaração de endosso sem designar o nome do


beneficiário;
 Se limita a apor a sua assinatura.

E, como endosso, terminamos esta 1 sessão sobre o cheque.

Na sessão seguinte terá oportunidade de analisar outras características


desde meio de pagamento

7
5. O CHEQUE COMO MEIO DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS
5.1. Instruções Especiais de pagamento

Na sessão anterior teve oportunidade de analisar o cheque com alguma


profundidade.

Está, pois, apto a decidir, uma vez feita a verificação das menções
obrigatório e facultativas, sem um cheque é pagável, ou não e a quem o
deve paga só não este definido como pagá-lo:

 Haverá algumas instruções especiais a esse respeito, aposta no


cheque?

Na verdade, existem menções especiais a esse respeito, aposta no


cheque, com a finalidade de lhe conferir maior segurança*.

Essas menções são de dois tipos.

Qualquer desta menções poderá ser aposta no cheque pelo sacador,


quando e emite, ou por qualquer dos seus legítimos portadores.

Cruzamento Geral

Comecemos por falar do cheque cruzado - é importante que você saiba


quando há cruzamento num cheque.

Cheque Cruzado*- cheque cuja face são desenhados dois traços paralelos
e transversais.

Agora, que já conhece a definição de cheque cruzado, fique a saber o que


é um cheque com cruzamento geral.

Cheque com cruzamento geral - cheque cruzado que não tem nada
escrito entre os dois traços paralelos.

Como pagar este cheque?

Este cheque só deve ser pago se o seu legitima apresentante, neste caso,
o Sr. Pedro Galvão, for cliente do sacador, ou seja, do banco Lusitânia

Assim, é possível identificá-lo, através do B.I., e conferir a sua assinatura


com a do espécime existente no banco. Mas pode acontecer que o Sr.

8
Pedro Galvão não seja cliente do banco Lusitânia. Neste caso, deve ser-lhe
dito que entre o referido cheque no seu banco para banco para que seja
depositado na sua conta.

Posteriormente, o cheque é apresentado ao Banco Lusitânia pelo banco


onde o Sr. Pedro Galvão tem conta.

Desta forma, o Banco Lusitânia vai pagar o cheque a um Banqueiro


*.

Portanto, um cheque com cruzamento geral só pode ser pago pela


sacada:

 A um seu cliente;
 A um banqueiro.

Cruzamento Especial

Para atribuir maior segurança a este cheque, o Sr. Matos cruzou – o sobre
o Banco X. onde tem conta o Sr. João Lopes.

Ao proceder desta forma, garante que o Banco Lusitânia só poderá paga-


lo ao Banco

X- banqueiro designado -,pelo que o Sr. João Lopes terá de o depositar na


sua conta neste banco.

Como vê trata-se também de um cruzamento especial; no caso, o


cruzamento é sobre o próprio banco sacado.

Que consequência terá isto?

Bem, se se provar – mediante B.I e ficha com espécime da assinatura –


que o Sr. Francisco Alves é cliente do Banco Lusitânia, então, o cheque
ser-lhe á imediatamente pago.

Assim, um cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo


sacador:

 Ao banqueiro designado;

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 A um seu cliente, no caso de cruzamento ser sobre o próprio
sacador.

Um cheque com cruzamento geral pode ser convertido num cheque com
cruzamento especial; o cruzamento especial não pode, todavia, ser
convertido em cruzamento geral.

Fique ainda sabendo que o cruzamento dum cheque, uma vez feito, não
pode ser inutilizado.

Cheque «Para Levar em conta»

O Segundo tipo de menções que pode surgir num cheque é a menção


«para levar em conta».

Cheque para levar em conta-cheque em cuja face se encontra aposta


transversalmente a menção «para leva em conta» ou outra equivalente.

Um cheque para levar em conta*tem de ser obrigatoriamente, credita na


conta do seu legítimo benificiário – no nosso caso do Sr. Miguel Almeida-;
só depois será feito o pagamento através desse dessa conta

Cheque Visado

O cheque visado- ao contrário que acontece no cheque cruzado e para


levar em conta – não resultado de quaisquer menções especial aposta
pelo sacador ou por qualquer dos legítimos.

É no entanto, um cheque com particularidade especial de pagamento

Como sabe, muitas vezes é exigido ao sacador que assegure o pagamento


do cheque, visando-o.

Cheque visado – cheque em que o sacador, a pedido do sacador garante


a provisão.

Este cheque é imediatamente pago ao seu legitimo beneficiário. Após se


ter procedido a sua identificação.

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O pedido de visto é feito em impresso a apropriado que contém, além de
outras indicações, a assinatura do sacador. Tal como consta da ficha de
assinatura.

O banco pagador- o sacador – visa-o cheque, apondo um carimbo de


visto, autenticado com a assinatura de dois procuradores * ou
mandatários, e debita imediatamente o cheque na conta do sacador.

Geralmente, os bancos não visam cheque ao portado.

2Pagamento

Neste momento, você já sabe quais são os requisitos e as características


do cheque a que deve estar particularmente atento. No entanto, uma
coisa é saber, em teoria, o que influencia o pagamento, outro, estar
perante a situação e ter de decidir, no momento, o que fazer. A situação

É por isso que lhe vamos dar conhecimento casos que ocorrem com mais
frequência e da forma de os resolver.

Observe, então, o fluxograma que lhe apresentamos:

1 Conferência Formal

Estão persente e correctos todos os requisitos imprescindíveis para que o


titular seja válido como cheque

SIM

2 Conferência de assinatura

A assinatura conferencia com o espécime constante na ficha?

SIM

3 Conferência de saldo

Há provisão na conta

4 Pagamento

O cheque é pago na caixa ou por compensação e “ morre” no domicílio


do sacador

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Relativamente a este fluxograma, queremos, ainda, fazer três
esclarecimento:

1 hoje em dia, com o teleprocessamento, pagar cheques é mais simples


do que o indicado. Pensamento, no entanto, que deve ter conhecimento
dos diversos tipos de verificação a que um cheque está sujeito

2 Se um cheque for devolvido, o seu legitimo beneficiário pode fazer


nova apresentação, após consultar o sacador ou, então, accionar
legamente os intervenientes do cheque.

3Na fase de pagamento referimo-nos, pela primeira vez, à compensação.


A compensação é um serviço de que lhe falaremos com mais pormenor
na sessão seguinte.

3 Instruções para o Não Pagamento

Como vimos, no tópico A) desta sessão, existem instruções especiais de


pagamento Agora , vai ver que existem, também, instruções para o não
pagamento.

Suspensão de Pagamento

Num Balcão do Banco Lusitânia surge, algo apressado ,o Sr. Sebastião:

Bom dia. Venho cá por um caso grave. Passei um cheque na camisaria do


Sr. Afonso, e ele telefonou-me agora mesmo a dizer que o cheque se
extravia. Que é que se pode fazer ? É que, ainda para mais o cheque foi
passado ao portador?

-E isso foi quando Sr. Sebastião?

-Ora, isto foi ontem à tarde … mesmo à tardinha.

-Então, calma, que talvez ainda estejamos a tempo.

A tempo de quê?

De dar instruções para a Suspensão de pagamento do cheque extraviado


ou roubado.

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Suspensão de pagamento- quanto o sacador solicita, por escrito, ao
banco sacador o não pagamento do cheque, alegando perda, roubo
extravio ou qualquer outro acto fraudulento.

A suspensão do pagamento tem efeitos imediato: a ordem é a ordem é


dada pelo banco sacado via teleprocessamento.

Revogação do Cheque

- Boa tarde. Sra. Isabel. Como vai?

-Olhe, eu não vou lá muita bem. Nem imagina o que me aconteceu?

-Então, diga, se faz favor.

Bom, eu encomendei uns leitões ao Sr. António, para vender lá no talho;


fechamos o negócio há 2 dias eu passei-lhe um cheque e fiquei à espera
da mercadoria.

Ora acontece, que os leitões ao chegaram hoje e quando fui vê-lo ,com o
veterinário, estavam doentes? Que é que eu faço?

- A Sra. D. Isabel já falou com o Sr. António, para saber o que se passou?

- Já tentei, mas não consegui. Deve ter ido para fora ou … não sei .E
agora?

Agora?

Agora, Sra. D. Isabel pode dar instruções para a revogação do cheque

Revogação do cheque-quando o sacador usa o direito de anular a ordem


de pagamento

O sacador pode, emitida, a qualquer momento, usa do direito de revogar


o cheque; a revogação, porem, só produz efeitos a partir do termo do
prazo de apresentação *, que, como sabe, de 8 dias, contados a partir da
data de emissão.

Até lá, o seu legitimo portador tem direito ao pagamento.

3 Rescisão da convenção do uso do cheque e Obrigatoriedade de


pagamento
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Dada a importância que o cheque assume, como meio de pagamento , a
lei portuguesa protege especialmente este título de crédito a, criando
uma série de penalização para quem o utilize indevidamente.

Hoje em dia, também as instituições de crédito são (de certa forma)


responsabilizadas, quer pelas pessoas a quem entregam cheque, quer ,
em certos, casos, por não cumprirem normas de segurança, criadas para
proteger a circulação do cheque, como veremos mais adiante.

Assim emissão de um cheque sem provisão pode levar a pessoa que o


emitiu a ser impedida de emitir novo cheque ou de ter acesso à
utilização do cheque, como formar de movimentação da sua conta (por
exemplo, a convenção que atribui o direito de emitir cheque pode ser
rescindida pela instituição sacada).

A emissão de um cheque sem cobertura também pode dar origem à


pratica de um crime que, em ultima analise, levará o emitente desse
cheque até à prisão.

O novo regime da rescisão da convenção do uso do cheque, bem como a


obrigatoriedade de pagamento, entrou em vigor em Março de 1992.
(decreto- Lei 454/91 de 28/12).

ASPECTOS DO NOVO REGIME DA RESCISÃO DA CONVENÇÃO DO USO


DO CHEQUE MAIS RELACIONADOS COM AS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

 Rescisão da convenção que atribua a direito de emissão de


cheques
 Obrigatoriedade de pagamento de cheques

É sobre eles que nos iremos debruçar em seguida.

Rescisão da Convenção do Uso do Cheque

Como já vimos, quem põe em causa o espírito de confiança que deve


presidir à circulação do cheque, deve ser impedido de utilizar cheques,
deve ser impedido de utilização cheque, como meio de pagamento,
cabendo as instruções de crédito aplicar esta sanção

Vamos ver como.

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Presume-se que a emissão de cheque sem provisão poe em causa o
espírito de confiança que deve presidir a circulação do cheque, desde
que o emitente não proceda a sua regularização, no prazo de 10 dias a
contar da notificação feita pelo banco.

Ou seja se alguém emitir um cheque sem provisão, a instituição de


crédito deve, de imediato, comunica com o emitente do cheque para
que regularize a situação.

Se o emitente do cheque o não fizer, a instituição de crédito deve então


rescindir a convenção que atribua o direito de emitir cheque.

Como deverá proceder?

Pois bem, a rescisão da convenção de uso de cheque de uso de cheque


efectua-se de carta registada enviada para o ultimo domicílio declarado
à instituição deve crédito pelo seu cliente

E quando ou como é que se considera efectuada?

Considera-se efectuada mesmo que o notificado se recuse a receber a


carta ou não se encontre no domicílio indicado.

As entidades abrangidas pela rescisão da conversão do cheque não


podem emitir novos cheques sobre a instituição de crédito que rescindiu
a convenção.

As instituições de crédito têm também, a obrigação de comunicar ao


Banco de Portugal as rescisões de cheque que hajam efectuado ou
cheque sobre elas sacados, após as referidas rescisões.

O Banco de Portugal elaborará uma listagem de utilizadores de cheque


que oferecem risco, não podendo as instruções de crédito entregar
cheque a quem conste dessa lista, sendo obrigadas a rescindir a
convenção do uso do cheque.

AS entidades obrigadas pela rescisão da convenção do cheque poderão,


entretanto, movimentar a sua conta através de cheque avulsos.

Obrigatoriedade de Pagamento de cheques

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O outro aspecto do novo regime, especialmente importante para as
instituições de crédito é a obrigação que recai sobre o banco sacado da
obrigatoriedade de pagamento de cheque, em certas condições,
independente da existência de provisão

Na verdade, entendeu-se que as instituições de crédito deviam ter um


papel activo no combate ao uso indevido do cheque, intervindo do
sobretudo, na prevenção de situações irregulares. Criam-se assim, um
conjunto de responsabilidades que as obrigam a utilizar selectivos na
atribuição de cheques aos seus clientes.

As instituições de crédito sacadas têm obrigação de pagar cheque,


entregues a clientes seu e por estes emitidos, independentemente da
falta ou insuficiente de provisão:

Nos seguintes casos:

EM CHEQUES:

 De montante não superior a 5000$00;


 De qualquer montante nas seguintes situações:

-Se entregues pelas instituições de crédito com violação do dever de


rescisão da convenção que atribua direitos de emissão de cheque;

-Se fornecido pelos banco após rescisão da convecção de cheque

Os bancos, depois de rescindirem a convenção do cheque com um


cliente não podem, antes de decorrido um determinado prazo * ou em
circunstância especial e devidamente fundamentadas, entrega novo
modulo de cheque ao cliente em questão.

Se o fizerem. Serão responsável pelo pagamento dos referidos cheque


seja qual for o montante porque estejam emitido, independentemente
da falta ou insuficiente da provisão.

Quem emitir um cheque sem provisão, para além das sanções que temos
vindo a referir (rescisão da convenção do cheque, inclusão o na listagem
de utilizador que oferecem risco) pode ser condenado por crime de
emissão de che3que sem provisão, o que para além de, eventualmente

16
poder acarretar uma pena de prisão, poderá também, levar a interdição
de utilização do cheque.

A interdição do u7so de cheque é decretado pelo tribunal.

As instituições de crédito não podem entregar cheque a quem tem sido


interdito do uso de cheque. Para e efeitos, a sentença é comunicada ao
banco de Portugal que informará todas as instituições.

Se as instituições entregarem cheque a cliente que tem sido interditos do


uso do cheque serão responsável pelo pagamento desde te cheque,
independentemente da insuficiência ou falta de provisão.

Resta-nos, ainda, chamar a atenção para o seguinte:

 Se, nos caso anteriormente apostadas, as instituições de crédito


não de crédito não pode recusar o pagamento do cheque, com a
base falta ou insuficiente de3 provisão, podem, no entanto,
recusar o pagamento, com base noutro motivo justificado.

Assim as instituições sacadas poderão recusar o pagamento de um


cheque com fundo de falta de um requisito essencial do cheque como
por exemplo, um cheque com saque irregular-quantia indeterminado,
assinatura não autêntica.

De salientar, que caberá ao banco fazer prova dos motivos de recusa de


pagamento e, nomeadamente ,do cumprimento do dever de rescisão da
convenção

de cheque.

Sessão 7

OUTROS MEIOS DE

MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS

Nas duas sessões anteriores aprofundou os seus conhecimentos sobre o


cheque, meio de movimentação das contas, que com certeza, ficou a
conhecer muito melhor.

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É, pois, chegado o momento de abordar dois outros meios de
movimentação das contas: a transferência e a ordem de pagamento*.

Comecemos, então, pela transferência.

Esta sessão é composta pelos seguintes tópicos:

A) Transferência
 Definição e Intervenientes
 Execução duma Transferência
 Tipos de transferência
B) ordem de pagamento
 definição e Intervenientes
 Execução de uma ordem de pagamento
 Tipos de ordem de pagamento

No final desta sessão, você devera ser capaz de:

 Distinguir os diversos tipos de transferência e ordem de


pagamento;
 Relacionar as respectivas características com os procedimentos
associados;
 Identificar as implicações para a conta do cliente;

Transferência: operações através da qual o cliente titula da conta


aberta em certos bancos, dá a este instituição para, por debito da sua
conta, creditar uma determinada importância a ou outrem cliente do
mesmo banco ou de outro.

Nesta transferência:

Sr. Antunes é o ordenador- a pessoa que dá a ordem de3


transferência

O afilhado do Sr. Antunes é o beneficiário- a pessoa que vai receber a


transferência

O Banco Lusitânia é o executante- a instituição de crédito que efectua


a ordem de transferência

18
Execução duma transferência

Para que uma transferência se concretize, o ordenador terá de dar


instruções por escrita: ou por carta, dirigida ao Banco onde tem
conta, ou através de impresso explicitando a ordem que esta a dar.

Como esta que o Sr. Antunes preencheu:

Perante este documento, o empregador do Banco Lusitânia deve:

 Verificar a correcção do preenchimento ;


 Conferir a assinatura:
 Confirmar a existência de provisão na conta que possibilite a
execução.

Seguidamente, efectua-se comunicação dessa transferência.

Pode utilizar-se para efeito, o correio, o telefone, o telex ou o


teleprocessamento; tudo depende da rapidez que se pretende e dos
meios que se dispõe.

Tipos de transferência

Existem diversos tipos de transferência, que variam consoante:

 A forma como o ordenador disponibiliza o montante ser


transferido :
 O (s) momento(s) em transferência se efectua;
 O numero de conta a creditar;
 O numero de banco envolvido.

Transferência “Conta-A-Conta ”e “Entrega para terceiros”

No casa do Sr. Antunes, será efetuada uma “conta-a banco”

- Por debito da conta do ordenador creditar-se á a conta do


beneficiário.

O ordenado pode, no entanto, entregar a verba a ser transferida


directamente na caixa. Nesse caso, não estamos já perante já uma
transferência, mas perante uma “entrega para terceiros”

19
Transferência: Quanto ao (s)Momento (s e à (s) Conta (s) Creditar

O Sr. Antunes ordenou uma transferência para ser realizada


imediatamente; transferência que, por debito da sua conta, creditara
de uma só vez uma única conta, a do seu afilado.

Uma transferência pode, no entanto, ser diferida no tempo


determinado o crédito de um ou de várias contas; pode ainda , o
ordenado estabelecer que a sua conta seja debitada num dia certo de
cada mês, por um certo montante, e não apenas de uma vez só-
transferência permanente.

Assim, o banco procederá a um número limitado de transferências,


conforme o que tiver sido decido, em cada caso pelo ordenado.

Transferências Intra e Inter-Bancàrias

A transferência que possibilita ao Sr. Antunes “enviar uma quantia em


dinheiro da sua conta, no Banco Lusitânia de Campo Novo, para a
conta do seu afilhado, no Banco Lusitânia Vila Nova do Mar, é uma
transferência inter-bancária.

Transferência Inter- bancaria:a que se processa por debito duma


conta na num determinado banco, estejam as contas no mesmas
estabelecimento ou em estabelecimento ou em estabelecimento
diferente.

Mas uma transferência pode realizar-se, também, entre bancos


diferentes: é uma transferência inter –bancário.

Transferência Inter-bancária: é a que se processa por débito duma


conta num determinado banco, e crédito conta num banco diferente,
encontra-se este na mesma praça* do ordenador ou em praças
diferentes.

B) Ordem de pagamento
Desta vez, quem se dirige ao Banco Lusitânia é a Sra. D. Deolinda

20
-Boa tarde. Eu queria saber se é possível pagar a electricidade minha
casa através do banco, para não ter de andar sempre a caminho da
E.D.P.
-Sim, o banco poderá efectuar essa operação desde que a senhora
tenha conta aberta e tenha saldo suficiente para efectuar o
pagamento.
Ó óptimo. Então , é isso que quero. Aliás, já tinha intenção de abrir
conta a qui no banco*.

Definição e Intervenientes
A operação que permite à Sra. Deolinda pagar, através do banco, a
sua conta de electricidade é a Ordem de pagamento.
Ordem de pagamento (O.P):operações através da qual um cliente
titilar de conta aberta em certo banco, dá a esta instituição para
efectuar um pagamento a determinado beneficiário; o beneficiário é
explicitado, mas não o são nem o montante nem a data em que o
pagamento será efectuado.
Ficámos, assim, em condições de estabelecer a diferença entre uma
ordem de pagamento e uma transferência.
Quanto aos intervenientes numa O.P., tudo se passa como nas
transferências.
No nosso caso, exemplo:

A Sra. D. Deolinda é ordenadora

A.E.D.P o Beneficiário

O Banco Lusitânia o Executante

Execução de uma Ordem de pagamento

Para que uma ordem de pagamento se concretize, o ordenador deve


preencher um impresso apropriado . Observe o impresso preenchido
pela Sra. D. Deolinda:
Como vê o Banco Lusitânia pagará as importâncias apresentadas pela
E.D.P- que não são conhecidas à partia-nas datas em que forem
apresentadas- que também não são conhecidas no momento em que
a O.P é dada.
21
Naturalmente, uma ordem de pagamento está dependente da
existência de uma conta aberta e provisionada pelo ordenador, para
que o banco, quando solicitado, possa proceder á operações.
Preenchido o impresso, verifica-se se esse preenchimento está
correcto, confere-se a assinatura com a do espécime constante na
ficha e avisa-se, de novo, o ordenador de que deve manter a sua
conta a sua provisionado.
Tipos de ordem de pagamento
No nosso exemplo, a Sra. Deolinda pretendia concretizar uma
Ordem de pagamento Permanente.
Mas nem sempre uma O.P. tem esse carácter permanente. É0 o caso
da Ordem Pagamento com Recibo.
ORDEM DE PAGAMENTO PERMANENTE
Mantém-se válida por um período de tempo alargado* e concretiza-
se em múltiplos momentos- no caso apresentado sempre que a E.D.P.
o solicitante.
ORDEM DE PAGAMENTO COM RECIBO.
O beneficiário não tem conta bancária, nem que abrir; por isso,
recebe o dinheiro na caixa de um banco ou de um correspondente
bancário, dando quitação através de um recibo

22
INTRODUÇÃO A UNIDADE V
OS TITULOS DE CREDITO
Sessão 8
Letra
A definição interveniente
A letra comercial o também designada por (“ efeito ou” papel ) é o
primeiro tipo de crédito de que lhe falaremos.
Naturalmente você já conhece a há letra com certeza aspecto que
constará de aprofundar, informações que solicitara ao estudar o
projecto desta secção.
Tal como o cheque a letra é hoje em dia um documento normalizado
afim de permitir tratamento informático.
Quer saber como nasce uma letra e descobrir os caminhos que ela
pode percorrer?
Siga então, atentamente, o caso que lhe apresentamos o Sr. Campos
comerciante de electrodoméstico vendeu uma televisão à Sra. Luísa.
Como a senhora não tinha a quantia necessária para efectuar desde
logo, o pagamento, o Sr. Campos emitido uma letra que D. Luísa
aceitou e se comprometeu a pagar em data acordada por ambos
acontece que, mas o Sr. Campos necessitou pagar á tecno luz firma
fornecedora de electrodoméstico- uma verba elevada. Não tendo
naquele momento disponibilidades para efectuar o pagamento
exclusivamente em dinheiro , fez entrega a esta firma fornecedora, de
outros valores ,nomeadamente, da letra que avia sacado sobre a sua
cliente D. Luísa.
Na posse da letra e para realizar dinheiro rapidamente a tecno luz foi
imediato ao seu banco, o banco Lusitânia , para efectuar os descontos
*.
A partir deste momento, o banco Lusitânia fica beneficiário da letra é
ele3 na altura do pagamento, ira apresentar a D. Luísa.
Definição
No caso apresentando que iremos utilizar exaustivamente estão
presentes alguns dos principais “ movimentos” a que á letra pode dar
origem. Entretanto, é altura de definimos concretamente o título de
crédito: a letra.

23
A letra: título de crédito, pelo qual uma pessoa – o sacado- ordena a
outra – sacado – que lhe pague a se próprio ou a um terceiro-
tomador benificiário-, determinada importância em determinada data
.
Intervenientes nesta definição estão já mencionados alguns dos
intervenientes na letra.
Conheça na sua globalidade e fique sabendo “quem é Quem lhe
apresentamos
Sacador: a pessoa que dá a ordem de pagamento que saca a letra.
No nosso exemplo é o Sr. campos.
Sacado a pessoa que devera pagar a letra aquela que recebe a ordem
de pagamento.
Aceitante: o sacador, depois de ser de ter concordado com o saque e
ter assinado a letra.
O sacador é a Sr. D. Lusitânia, que se tornou a aceitante, após ter
aceite a letra
- através de assinatura aposta na mesma.
Tomador ou beneficiário : a pessoa a quem, ou à ordem de quem a
O Sr. Campos, além de ser o sacador, foi, também, o primeiro
beneficiário da letra- atra era à sua ordem.
Endossante: a pessoa que transfere os seus direitos por meio do acto
de endosso*.
No caso apresentado, o Sr. Campos torna-se o endossante quanto
endossa a letra à tecnoluz, que passa a ser o endossado.

Endossante: a pessoa a que são transmitidos os direitos pelo


endossante,
Na posse da letra, tecnoluz, que passa a ser o endossado*.
Na posse da letra, a tecnoluz entregou-a ao Banco Lusitânia para
desconto –tornou-se o cedente.
Cadente: a pessoa que entregou a letra ao banco para desconto.
Como o Sr. Campos não conhecia muito bem a Sra. D .Luísa exigiu que
outrem se responsabilizasse pelo pagamento, no caso de
incumprimento.

24
Nesta situação, a Sra. D. Luísa teve3 de conseguir uma avalista.
Avalista: a pessoa que se responsabiliza pelo pagamento do título de
crédito, no todo ou em parte.
Verificação da letra
Para produzir efeitos como título executivo de crédito, a letra tem
obedecer aos requisitos da forma, tal como acontece com o cheque.
Menções Obrigatórias
Assim, ao receber uma letra você deve verificar:
 Se houver rasuras – o impresso da letra é produzido com tinta
litográfica, exactamente para não ser rasurado;
 Se estão presentes e correctamente preenchidas as menções
obrigatórias – sem elas, a letra não produz efeitos.

Há menções obrigatórias que já figuram no próprio texto impresso na


letra e outras que devem ser inscritas pelo sacador*.

Observe cada uma delas:

1. A palavra “ letra”.
Deve ser expressa na mesma língua em que está redigido o resto
do título.
2. O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada
SE existir alguma divergência entre a quantia por extenso e a
quantia em algarismo, prevalece a importância escrita por4
extenso ; se houver várias indicações, do montante da letra, por
extenso ou por algarismo prevalece a menor quantia indicada*.
3. Nome de quem deve pagar
O nome do sacador é, naturalmente, um requisito essencial.

4.A indicação do lugar em que se deve efectuar o pagamento.

A letra pode ser paga no domicílio do sacador.

Acontece muitas vezes, porem, ser indicada uma conta bancária, onde a
letra deve ser debitada no vencimento. Diz- se então, que é uma letra
domiciliada, e, neste caso, devem ser mencionados o nome do Banco, o
NTB ( número de identificação bancária) e o balcão.

25
5.A época de pagamento*.

6 O nome da pessoa a quem , ou à ordem de quem, a letra deve ser


paga.

7.A indicação da data em que e do lugar onde a letra é passada.

8 A assinatura de quem passa a letra.

O sacador não tem de escrever o nome completo nem lhe é pedido


que a assinatura seja legível: basta que esta seja reconhecível.

Quando verificar uma letra, confirme sempre a presença e correcção


das menções obrigatórias.

Como sabe, a letra a que falta algum dos requisitos indicados não
produzirá efeitos como título executivo de crédito; salvo nos casos a
seguir mencionados*:

 Se não vier indicada a data de pagamento, entende-se que a


letra é pagável avista;
 Se não for uma letra domiciliada, considera-se pagável no
domicílio do sacador;
 Se não for indicado o local de emissão, considera-se que a letra
foi emitida no lugar designado ao lado do nome do sacador.
Tome nota: Na ausência de algum dos requisitos essenciais, o
escrito não vale como letra, mas poderá valer como documento
probatório da existência do crédito. Juntamente com outro
provas que confirmem este crédito.
Menções Facultativas
Para além das menções obrigatórias, há outras menções que
devem constar na letra, mas cuja ausência não a invalidade
como título; são as chamadas menções facultativas:
 O nome e a morada do sacador;
 O valor-indicação da transacção, do motivo que originou o
saque;
 O aceite;
 O número do aceite;

26
 O número do saque;
Relativamente a estas menções é frequente surgir a seguinte
questão: Então, aceite não é obrigatório?”.
Não, para que o título seja válido. Desta que haja uma dívida, o
credor pode sacar uma letra sobre o devedor, sem necessitar
que este dê o seu aceite.
Naturalmente, nestes casos:
 O sacador não obrigado a pagar a letra;
 A maior parte dos bancos não aceita estas letras para desconto.
A letra pode, por exemplo, ser emitida por uma quantia
superior à da dívida.
Como vê, estas letras levantam alguns problemas. É por isso
que a maior parte dos bancos não desconta letras sem aceite.
C)Formas de Emissão
A letra pode ser emitida “ a ordem” e “não à ordem” mas não
pode ser emitida ao portador :na letra, ao contrário do que
acontece no cheque, é obrigatório saber-se o nome do
beneficiário.
A Letra “ À Ordem”
Se a letra for emitida “não à ordem”…
..o beneficiário não pode transmiti-la por endossa- poderá
apenas, transmiti-la pala forma e com efeitos de uma cessão
ordinária de crédito*.
Apesar de a letra “ à ordem” ser uma possibilidade real,
prevista L.U.L.L., ela é muito pouco frequente.
Na verdade, todo os intervenientes da letra tê vantagem em
que ele seja transmissível por endosso, pois, dessa maneira,
podem utiliza- la como papel- moeda- pagando dívidas que não
apenas a titulada*- ou realizar dinheiro antes do vencimento-
descontando-a num banco*.
D)Formas de Transmissão
Endosso
Uma letra de câmbio é sempre transmissível por endosso, desde que
o sacador não tenha inserido a cláusula “ não à ordem”*.

27
È claro que só o legítimo possuidor da letra transfere-se para outrem
a sua propriedade, com todas as garantias que asseguram.
Formas de Endosso
O endosso pode ser completo ou incompleto; ao endosso
incompleto chama-se, também, endosso em branco.
Endosso completo; aquele em que o endossante designa o nome do
benificiário do endosso e formalizar a transmissão da letra através
da expressão “ pague-se a” ou outra equivalente.
O endosso completo pode ser “á ordem” ou “ não à ordem “.
Se um dos intervenientes utilizar a cláusula “ não à ordem”, a letra
fica , a partir desse momento n intransmissível por endosso.
Mas o endosso pode ser incompleto ou em branco.
Endosso incompleto: aquele em que o endossante exara a declaração
de endosso sem designar o nome do beneficiário, limitando-se a apor
a sua assinatura na letra.
Ao portador de uma letra com endossa incompleta é permitido*.
 Preencher o espaço em branco, quer com o seu nome, quer coo
o nome de outra pessoa;
 Endossar de novo a letra;
 Remeter a letra a um terceiro , sem preencher o espaço em
banco e sem a endossar.
Por último, não se esqueça que qualquer endossa deve ser
puro e simples-considera - se como não escrita qualquer
condição a que ele esteja subordinado – e que o endosso
parcial é nulo*.
SESSÃO 9
A LETRA COMO TÍTTULO DE CRÉDITO
Nesta sessão trataremos das diversas disposições que
convertem a letra em papel-moeda e título passível de
desconto; isto é num verdadeiro título executivo de crédito.
Gostaríamos, entretanto, que se recordasse do caso
apresentado na sessão anterior…
…exactamente, o Sr. Campos, comerciante de electrodoméstico
que havia sacador uma letra sobre a Sra. D Luísa como deve

28
estar lembrado*, o Sr. Campos acabou por endossar a letra à
tecnoluz que, por sua vez a descontou no Banco Lusitânia.
Lembra-se bem? Óptimo, porque esse caso ainda nos vais ser
muito útil.
Comecemos, então!
Esta Sessão é composta pelos seguintes tópicos:
 A Selagem
 O Aceite
 A Apresentação ao Aceite
 O Aval- Garantir o Pagamento
 Forma de Aval
 O Vencimento- como pagar
 Letra pagável à Vista
 Letra pagável a Certo termo de Vista
 Letra Pagável a Certo termo de Data
 Letra pagável num Dia Fixado
 O pagamento- Quando Pagar
 Prazo de Pagamento
 A Reforma- Como “ Prolongar uma letra”
 O protesto
 Definição
 Protesto por falta de aceite
 Protesto por falta de pagamento
 O protesto como acto conservatório
 A Cláusula “ sem despensas”
H) Acção cambiaria o portador exerce os seus direitos
 “Direito de recesso “
I) A prescrição
No final desta sessão você será devera ser capaz de:
 Reconhecer a as diversas disposições- selagem,
vencimento, etc. que regulam a “ funcionamento
da letra *.
 Identificar as regras imposta por cada uma dessas
disposições e as suas implicações para a letra.

29
Como sabe, a letra está sujeita a imposto de selo .

A cobrança desse imposto, com a normalização do


impresso da letra e a entrada em vigor do Decreto- Lei n
387- G/ 87 – que criou uma nova tabela de selagem-,
está hoje muito simplificada.

Observe, pois a tabela em vigor:

Para cumprir a tabela, o sacador não tem mais do que


utilizar um empreso de letra cuja a selagem corresponda
a quantia que esta a sacar.

O Sr. Campos por exemplo quando sacou a sua letra de


80000 mil S sobre a Sr. D . Luís , Teve de utilizar um
“empreso de 35665 S 00”.

É virtude das sucessivas actualizações de selo nei sempre


existem a venda letras de todos os valores constante da
tabela em viga o. Nestes caso, a cresentão se na escotas
da títulos as estampilhas necessária para perfazer o
valor do emposto devendo as mesmas ser inutilizadas
com assinatura do sacado,

Para valores superiores a 3 033 750$00, Sobre os quais


índices a taxa de 4% o utiliza se “ impresso de12
135$00”, sendo pago o remanescente numa

Repartição de finanças. a repartição indica na própria


Letra, qual o montante do diferencial pago o número e
data desse pagamento e autentica-o com selo branca.

Aos sacadores é permitida a utilização de letras


privativas, desta que estejam seladas pela Imprensa
Nacional-Casa da Moeda e contenham o nome ou as
iniciais da pessoa ou sociedade a que dizem respeito.

30
O Imposto de selo poderá ainda ser pago por meio de
guia mediante autorização da DGCI . No caso das
sociedades com capital superior a 1000 contos, caso
emitam mais de 1000 letras por ano, é obrigatório.

Na sessão anterior, dessemos-lhe que a Sr. D. Luís se


tinha tornado a aceitante, no momento em que, validado
o seque, assinou a letra.

Mas o que é, concretamente, o aceite?

Aceite: acto pelo qual o sacador, através de assinatura


aposta na letra, assume o compromisso de a pagar na
data aprazada..

É só pelo aceite que o sacado se torna obrigado


cambiário, ao prometer cumprir a ordem de pagamento
que a letra contém.

Tradicionalmente, o aceite podia ser completo -se se


utilizasse a expressão “ aceite” ou “aceitamos” ou-
incompleto -se apenas se assinatura. Hoje em dia, com o
aparecimento da letra normalizada, ultrapassou-se essa
dupla possibilidade, pois a própria letra tem impressa a
palavra “aceite.

A Apresentação ao Aceite

Quando o portador do título de crédito solicita a


assinatura do sacador diz –se que está a apresentar a
letra ao aceite.

Esta apresentação pode ser feita em qualquer altura até


à data do vencimento a não ser que seja proibida pelo
próprio sacador – “ letra não aceitável”.

Há letra que obrigatoriamente têm de ser apresentadas


ao aceite. É o caso das letras vencíveis a certo termo de
vista* ou pagáveis no domicilio de terceiro, cuja

31
apresentação tem de ser feita no prazo de um ano a
contar da data de emissão.

E quais são os direitos do sacado relativamente ao


aceite?

Bem, o sacador pode discordar do saque e, nesse caso,


recusar –se a aceitar a letra. Nesta situação, para que o
portador possa exercer os direitos que a lei lhe concede,
deve a recusa ser comprovada por um acto formal: o
protesto por falta de aceite*.

O sacador pode, também, solicitar que a letra lhe seja


apresentada uma segunda vez, no dia seguinte ao da
primeira apresentação. Neste caso, o portador da letra
não é obrigada a deixá-la na posse durante esse período.

Embora o aceite seja puro e simples, sacador pode limitá-


lo a uma parte da importância sacada*.

Este aceite constitui uma recusa no que respeita à


importância excedente, pelo que, relativamente a essa
parte não coberta pelo aceite, o portador pode exercer
os seus direitos, não só contra o sacador , mas também
contra os outros obrigados*.

Por este assunto do aceite é algo complexo criámos um


esquema-resumo que, apensamos, pode ajuda-lo.
Observe-o, com atenção:

C) Aval- Garantir o pagamento


Quando lhe apesentámos os interveniente da letra dissemos – lhe
que o Sr. Campos * podia ter exigido à Sr. D. Luís* de alguém que se
responsabilizasse pelo pagamento, no caso de este não ser
efectuado. Isto é, a alguém que desse o seu aval.

Aval: Garantia dada a favor de um dos interveniente de que o


pagamento total ou parcial de uma letra será efectuada.

32
O Avalista não se limita se responsabiliza-se por hora da pessoa a
quem testa aval ;assume também a responsabilidade objectiva pelo
pagamento, permitindo, assim, uma mais fácil circulação do título,
dado que existe uma garantia suplementar.
Como é dito na definição de aval, este pode ser prestado a favor de
qualquer dos intervenientes da letra. Se, porém, o avalista não indicar
o nome da pessoa por conta de quem o presta, o aval considera-se
como tendo sido dado ao sacador.
Formas de aval
O aval, que normalmente é exarado na própria letra, embora também
surja com frequência no alongue, pode revestir duas formas:
 Aval completo;
 Aval incompleto, simples ou em branco.

Aval completo: aquele que se formaliza através da expressão “ bom


para aval” pode ser escrito em qualquer lugar do título- rosto e verso-
ou no alongue. Bom para aval ao aceitante

João António silva

Aval incompleto: aquele em que o avalista se limita a


assinar; tem de ser escrito no rosto do título.

O vencimento- como pagar

No momento em que o Sr. Campos sacou a letra sobre a


Sra. D. Luís ele determinou, com certeza, um
vencimento. Isto é, estipulou um prazo durante o qual a
Sra. D. Luísa teria de pagar.

A Lei Uniforme relativa às Letras e Livranças prevê, no


seu Art.º33ª, quatro modalidade de vencimento:

4 MODALIDADE DE

33
VENCIMENTO DA LETRA

 A vista;
 A um certo termo de vista;
 A um certo termo de data;
 Num dia fixado

Letra pagável à vista

A letra com modalidade de vencimento à vista * é


pagável no momento da sua apresentação, devendo
ser apresentada no prazo de um ano a conta da data
emissão.

O sacador pode, no entanto, reduzir este prazo ou


estipular um outro mais longo.

Letra Pagável a certo Termo de Vista

A letra “ a certo termo de vista “ * é pagável num certo


prazo, a contar da data do aceite .

Se consideramos, por exemplo, uma letra a dois meses


de vista, cuja aceite haja sido dado em 15 de Julho,
sabemos que ela se vencerá em 15 de Setembro.

Dissemos-lhe, no tópico B) desta sessão, que a letra “ a


certo termo de vista” teria obrigatoriamente de ser
apresentada ao aceite.

De facto, nesta modalidade de vencimento, quer a


falt5a de aceite, quer a presença de um aceite não
datado, dão origem a protesto:

 Na falta de aceite – o prazo de pagamento é


determinado a partir da data do protesto ;
 No caso de aceite não datado e não existindo protesto-
considerar -se- à que aquele foi dado na data
correspondente ao último dia do prazo para

34
apresentação ao aceite, que, como vimos, é de um ano a
contar da data da emissão.

Letra Pagável a Certo Termo de Data

A letra “a certo termo de data ”é pagável num certo prazo, a


contar da data do saque.

Assim, se uma letra for sacada no dia 10 de Fevereiro a uma


mês da data vencer- se à no dia 10 de Março. Se for sacada em
30 de Janeiro, vence-se em 28 de Fevereiro, etc.

Letra Pagável num Dia Fixado

A letra pagável num dia fixado vence-se, naturalmente, no dia


nela indicado.

O Pagamento – Quando Pagar

O portador de um letra pagável num dia fixado ou a certo


termo de vista ou de data deve apresenta-la a pagamento no
dia do vencimento e nos dois dias úteis subsequentes*.

A apresentação é feita pelo portador ao sacado, no lugar


indicado como local de pagamento.

Prazo de Pagamento

A determinação do dia de vencimento é, como agora podemos


confirmar, de grande importância*.

É o dia de vencimento que determina o prazo de pagamento


.Como vimos o prazo de pagamento corresponde ao dia do
vencimento e aos dois dias úteis subsequentes.

Se o dia vencimento coincidir com um domingo, o primeiro dia


de pagãmente passa a ser primeiro dia útil seguinte.

Se o dia de vencimento coincidir com um sábado, então, esse


dia conta como dia de pagamento e a letra só é pagável até à 3ª
feira seguinte. De facto, o sábado conta como primeiro e

35
segundo dias pagamento, mas não conta como terceiro e
último dia.

Para que este assunto fique completamente clarificado, vamos


imaginar uma semana fictícia e considerar quatro hipóteses de
vencimento:

2ª Feira Feriado
3ªFeira 6
4ªFeira 7
5ªFeira 1 8
6ªFeira 2
sábado 3
Domingo 4

1ª hipótese -A letra vence no dia1

1 º dia de pagamento…………………………………………………………….
5ª Feira(1)
2 º dia do pagamento……………………………………………………………..
6ºFeira(2)
3 º é último dia de pagamento……………………………………………….
3ºFeira(6)
2ª hipótese- A letra vence no dia 2
1ºdia de pagamento…………………………………………………………..
6ªFeira(2)
2ºdia de pagamento…………………………………………………………..
Sábado(3)
3º e último de pagamento…………………………………………………
3ªFeira (6)
3ºhipotese-Aletra vence no dia 3
1ºdia de pagamento………………………………………………………… .
sábado(3)
2ºdia de pagamento…………………………………………………….…..
3ªFeira(6)

36
3ºe último dia de pagamento………………………………………….. .
4ªFeira(7)
4ªhipótese – A letra vence no dia 4 ou no dia 5
1ºdia de pagamento………………………………………………………
3ªFeira(6)
2ºdia de pagamento……………………………………………………..
4ªFeira(7)
2ºe último dia de pagamento……………………………………….
5ªFeira(8)

A Reforma – Como “Prolongar uma Letra”

Chegando o dia do pagamento, o devedor principal pode não


ter condições para o efectuar. Neste caso, ele tem a
possibilidade de solicitar a reforma da letra.

A Reforma substituição de uma letra por outra de montante


igual ou inferior e exactamente com os mesmos intervenientes.

À nova letra chama-se letra de reforma; à substituída, letra


reformada.

O que sucede, vulgarmente, é haver um pagamento parcial.


Todo se passou como se o devedor tivesse pago a primeira letra
– a reformada sujeitando – se, em seguida, a uma obrigação
cambiária identifica*. Com uma nova letra de valor inferior. É a
chamada reforma parcial.

A nova letra pode também ter um valor igual ao da reformada,


se o devedor não tiver amortizado qualquer parcela da dívida.
Estamos neste caso perante uma reforma por inteiro.

Como deve estar recordado, o Sr. Campos utilizou a letra que


havia sacado sobre a Sra. D . Luís para resgatar parte da dívida
que tinha para com a tecnoluz .

Esta empresa, por sua vez, descontou a letra no Banco


Lusitânia, que passou a ser o seu legítimo beneficiário.

37
O que acontecerá se a Sra. D. Luísa se recusa a pagar a letra ao
Banco Lusitânia?

Bem, nesse caso, o banco terá o direito de protestar a letra.

Definição

Na verdade, quando o sacado não aceita determinada letra ou,


posteriormente, não a paga, o portador pode efectuar o
protesto.

Protesto: acto público e solene, absolutamente necessário para


que o portador possa exercer uma acção cambiária contra o
sacador, o (s) endossante(S) e seus avalista*.

Naturalmente, o protesto è dispensável contra o aceitante e


seu(s) avalista(s), mas tem a vantagem de, sendo feito, por ser
público, dar a conhecer os seus os seus nomes. Os nomes
daqueles que, tendo contraído uma obrigação, se eximiram
depois ao seu cumprimento.

Se o protesto não for efectuado, o portador deixe de poder


contar com o meio de prova que ele constitui e perde os seus
directos contra os diversos intervenientes – excepção feita, é
claro, ao aceitante e seu(s) avalista(s).

Protesto por Falta de Aceite

O protesto por falta de aceite, que acontece, como o próprio


nome indica, quando o sacador se recusa a aceite, deve ser
efectuado até à data do vencimento.

Este protesto dispensa a apresentação a pagamento e um


eventual protesto por falta de pagamento – se o sacado recusa
a aceitar, também se recusa a pagá-la.

Protesto por Falta de Pagamento

O protesto por falta de pagamento, que ocorre, obviamente, na


ausência de pagamento, deve ser feito:

38
 Para as letras pagáveis em dia fixado ou a certo termo de
vista ou de data, nos dois dias úteis seguintes ao
vencimento*;
 Para as letras pagável à vista e de acordo com o Art.º
132º, alínea d), do código do Notariado, “dentro do prazo
em que poderem ser apresentadas a pagamento”
O Protesto como Acto Conservatório
Quando o Banco Lusitânia protestar a letra da Sra. D.
Luísa terá de o fazer num dos locais próprios para o
efeito.
LOCAIS ONDE SE EFECTUA O PROTESTO
Lisboa e porto:
Nos notários- há notários próprios para protesto de
títulos de crédito.
Coimbra e funchal:
Nas conservarias do registo comercial e automóvel.
Nos notários da área do domicílio.

E qual é, de facto, a intervenção do notário no protesto?


 No dia seguinte ao protesto, o notário avisa
o devedor de que deve aceitar ou pagar a
letra.
 Decorridos cinco dias sobre tudo esta
notificação e até ao décimo dia são lavrados
os instrumentos de pretexto.

Este intervalo de cinco dias, a que gíria bancária se


chama “aponto” permite a qualquer dos
intervenientes resgatar a letra , antes de se
concretizar o protesto.
39
A Cláusula “Sem Despesas”

A inserção pelo sacador, por um endossante ou


por um avalista, da cláusula “sem despesas”* pode
dispensar o portador da letra de fazer o protesto
por falta de aceite ou por falta de pagamento, sem
que isso signifique a perda dos seus direitos de
acção.

Se a cláusula for escrita pelo sacador, produz


efeitos relativamente a todos os signatários da
letra. Se for inserida por um endossante ou por um
avalista só produz efeitos relativamente a esse
endossante ou avalista.

A cláusula só é valida quando assinada pela pessoa


que a subscreve, podendo ser escrita em qualquer
parte do título*.

A Acção Cambiária – O Portador Exercer os Seus


Direitos

Na ausência de pagamento ou de aceite, o


portador da letra pode exercer os seus direitos
contra os obrigados.

Uma das funções do protesto, enquanto acto


formal, é precisamente a de tornar possível a
realização da acção cambiária.

Se a acção cambiária é efectuada o devedor


principal ou (s) seus(s) diz – se directa.

No caso que temos vindo a tratar, o Banco


Lusitânia poria uma acção directa contra a Sra. D .
Luís e o seu avalista.

Se a acção cambiário é efectuada contra o


sacador, endossante(s) e seus avalistas diz-se “de
regresso”.
40
No nosso, o Banco Lusitânia usaria o seu “directo
de regresso” contra o Sr. Campos e a Tecnoluz.

“ Direito de regresso”

Como vimos

Direito de Regresso: é a possibilidade do portador


da letra poder exercer os seus direitos contra o
sacador, endossante(s) avalista(s), na falta de
pagamento ou aceite.

FORMAS DE EXERCER O DIREITO DIREITO DE “ REGRESSO”

Via judicial Via extrajudicial

Através dos tribunais Se o portador sacar uma nova letra sobre um dos
obrigados,

Pagável no domicílio deste. A esta nova letra,


que tem de ser

“ a vista”, chama –se” ressaque”.

Entretanto, o portador da letra deve estar informado das circunstâncias


que acarretam a perda do “ direito de regresso”.

CIRCUNSTÂNCIAS QUE LEVAM À PERDA “DO DIREITO DE REGRESSO”

 Deixar expirar o prazo para apresentação ao aceite de uma letra “ à


vista” ou “a certo termo de vista” , sem efectuar essa apresentação;
 Não realizar, nos prazos devidos, os protestos por falta de aceite ou
falta de pagamento:
 No caso de a necessidade de protesto ter sido afastada pela
cláusula “sem despesas”, deixa expirar o prazo para apresentação a
pagamento, sem efectuar essa apresentação*;
 No caso de falta de data no aceite, não acete, não executar em
tempo útil o protesto por aceite não datado.

41
Verificada a perda do “ direito de regresso”, o portador fica
impossibilitado de efectuar a acção cambiária, sendo esta impossibilidade
absoluta

A Prescrição

As acções cambiárias têm, como é natural, prazo de realização; se não


forem cumpridos esses prazo, prescreve o direito de as efectuar. Perda-
se esse direito

É, pois, importante que conheça os prazos previstos para cada tipo de


acção.

TIPO DE ACÇÃO

Acções contra o aceitante

Acções do portador contra

O sacador e os endossante

Acções dos do endossante

Uns contra os outros e contra o sacador

PRAZO

Prescrevem ao fim de três anos, a contar da data do vencimento da letra.

Prescrevem ao fim de um ano, a contar da data do protesto, feito em


tempo útil. A contagem, nas letras com a cláusula “ sem despesas”*.

Prescrevem ao fim de seis meses, a contar do dia em que o endossante


pagou a letra ou em que ele próprio foi accionado.

Como a Prescrição” chegamos ao fim desta sessão e do assunto que nela


tratámos: a letra.

Esperamos que tenha ficado mais esclarecido sobre este título de crédito

Se tiver dúvidas, não hesite, volte a consultar os pontos em que ainda não
está completamente seguro.

42
… E não se esqueça que tem à sua disposição a Lei Uniforme relativa às
Letras e Livranças!

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44
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