Artística - Tarsila Do Amaral

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Tarsila do Amaral

Vida: Pintora brasileira, nasceu em Capeai – SP, em 1897 e morreu em São Paulo – SP, em 17 de
janeiro de 1972. Começou a estudar pintura em 1917 com Pedro Alexandrino depois com George
Fischer Elphons, em São Paulo. Em Paris (1920) freqüentou a Academia Julián, sob a orientação de
Emile Renard. Entrou em contato com Fernand Léger, André Lhote e Albert Gleizes, estruturando sua
personalidade artística a partir das influencias cubistas. Em 1922 participou do Salão dos Artistas
Franceses, em Paris. Retornando ao Brasil em 1924, Tarsila percorreu as cidades históricas mineiras
em companhia de Blaise Cendrars, deslumbrada com a decoração popular das casas de Sabará, Ouro
Preto, etc, assimilou a tradição barroca brasileira à recém adquiridas teorias e pratica cubista, criando
uma pintura que foi denominada Pau Brasil. Essa pintura inspirou todo um movimento variante
brasileiro do Cubismo e influenciou Portinari.

Antropofagia lítero-filosófica

A antropofagia veio encarnar, depois das primeiras escaramuças artísticas do modernismo, o


pensamento do mais original de seus participantes – Oswald de Andrade. O movimento literário e
filosófico que levou esse nome foi inspirado numa tela da pintora Tarsila do Amaral (1890-1973) a
quem Oswald conheceu em 1922. tendo viajado para a Europa em companhia do poeta, no ano seguinte
Tarsila entrou em contato com Blaise Cendrars, estudou com Gleizes e freqüentou o atelier de Fernand
Léger assenhoreando-se dos princípios do cubismo. No aniversario do poeta (11 de janeiro de 1928)
Tarsila presenteou com o quadro da sua autoria. Oswald impressionou-se tanto com o presente que
chamou para vê-lo o poeta Raul Bopp. Acabaram por batizá-lo Abaporu (antropófago em tupi).
Na verdade a antropofagia era um desenvolvimento das idéias que Oswald expusera no manifesto da
poesia Pau Brasil, divulgou no correio da manhã em 18 de março de 1924. o manifesto antropófago
datado no ano de 374 do Bispo Sardinha e ilustrado por Bico de Pena de Tarsila (uma replica do
abaporu), foi publicado no primeiro numero da revista de antropofagia, em maio de 1928. O que
Oswald buscava, indo às fontes do nativismo, ao indo não era o indianismo ingênuo de Gonçalves Dias
ou o nacionalismo eufórico de Afonso Celso; queria encontrar, isto sim, uma nova moral, não cristã,
baseada no “pensamento selvagem” descomprometido com o preconceito e códigos portugueses.
Mais tarde em A Marcha das Utopias Oswald diria: “Um dos males da nacionalidade, que com tanto
esforço construimos, é o nosso ufanismo. Palavra tirada de um livro cretinizante intitulado Por Que Me
Ufano de Meu País e onde tudo que o Brasil fez parece cor-de-rosa e azul. Maior seria nossa grandeza
de distinguíssemos as virtudes dos defeitos que se estrelam o nosso destino de nação”

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