Cinesiologia e Biomecanica Aplicada À Musculação

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 39

CINESIOLOGIA E BIOMECANICA APLICADA

À MUSCULAÇÃO

Prof. Esp. Leivam Rocha


MECÂNICA BÁSICA DOS MÚSCULOS –
MOVIMENTO ARTICULAR

• O corpo humano é capaz de produzir um


número infinito de movimentos articulares;
• Esses movimentos não ocorrem em qualquer
plano único;
• Nesse caso, o movimento articular será
apresentado no formato de três planos:
Plano Mediano ou Sagital
Plano Frontal ou Coronal
Plano Transverso ou Transversal
MECÂNICA BÁSICA DOS MÚSCULOS –
MOVIMENTO ARTICULAR

A. Plano Mediano ou Sagital


B. Plano Frontal ou Coronal
C. Plano Transverso ou Transversal
MECÂNICA BÁSICA DOS MÚSCULOS –
MOVIMENTO ARTICULAR

• As informações a seguir irão agrupar as seguintes


premissas:
O movimento articular se inicia a partir da posição
anatômica;
Cada movimento articular é considerado
isoladamente;
Cada movimento articular é realizado em apenas um
plano anatômico;
Apenas os músculos diretamente envolvidos com o
movimento específico de determinada articulação são
reconhecidos.
MOVIMENTOS ARTICULARES NO PLANO
MEDIANO ou SAGITAL
MOVIMENTOS ARTICULARES NO PLANO
MEDIANO ou SAGITAL
MOVIMENTOS ARTICULARES NO PLANO
FRONTAL ou CORONAL
MOVIMENTOS ARTICULARES NO PLANO
FRONTAL ou CORONAL
MOVIMENTOS ARTICULARES NO PLANO
TRANSVERSO ou TRANSVERSAL
MOVIMENTOS ARTICULARES NO PLANO
TRANSVERSO ou TRANSVERSAL

Rotação Interna e Externa - Adução e Abdução Horizontal -


Rotação - Ombro Ombro
Coluna

Rotação – Coluna -
Pescoço Rotação Interna e Externa -
Quadril Pronação - Supinação
ALAVANCAS
ALAVANCAS

• Se manifesta através de uma tensão gerada pelos


músculos e ossos contra uma resistência;
• Os músculos e ossos sustentam ou tentam mover
a resistência;
• Essa resistência pode ser criada pelo peso do
segmento ou segmentos corporais, ou por uma
carga adicionada;
• Os músculos e ossos funcionam como uma
alavanca.
ALAVANCAS

▫ Uma alavanca é uma barra rígida;


▫ Essa barra gira em torno de um ponto fixo
denominado pivô, eixo ou fulcro;
▫ No corpo humano, o osso assume o papel da barra
rígida;
▫ Já a articulação assume o papel do eixo;
▫ Os músculos são responsáveis na aplicação da
força para mover esses sistemas;
▫ Compreender o efeito que proporcionam os
diversos tipos de alavancas melhora o
entendimento dos movimentos corporais.
ALAVANCAS

F
E
BR BF

 E = Eixo ou fulcro
 R = Resistência a ser vencida ou equilibrada
 F = Força aplicada para vencer ou equiparar a resistência
 BR = Braço de resistência – Distância entre o ponto de apoio Eixo
(E) e o ponto de apoio da Resistência (R)
 BF = Braço de força – Distância que vai do ponto de apoio do Eixo
(E) ao ponto de aplicação de Força (F)
TIPOS DE ALAVANCAS

• Primeira Classe ou Interfixas;

• Segunda Classe ou Inter-Resistentes;

• Terceira Classe ou Inter-Potentes.


PRIMEIRA CLASSE OU INTERFIXAS

• Possuem um eixo situado entre a Força e a


Resistência;
• A força e a resistência encontram-se em lados
opostos do sistema;
• E movem-se em sentidos opostos.

F R
PRIMEIRA CLASSE OU INTERFIXAS

• Esse tipo de alavanca fornece vantagem de força;


• Ou seja, grandes pesos podem ser suportados ou
movidos através de uma pequena força;
• No corpo esse sistema é usado para manutenção
de posturas ou do equilíbrio.
SEGUNDA CLASSE OU INTER-RESISTENTES

• Nesse tipo de alavanca a Resistência se encontra


entre o Eixo e a Força;
• Força e Resistência se situam no mesmo Eixo.
F

R
SEGUNDA CLASSE OU INTER-RESISTENTES

Exemplos:

• Exemplo anatômico: Forças sobre a Pélvis


durante o apoio bilateral.
TERCEIRA CLASSE OU INTERPOTENTES

• Neste tipo de alavanca a Força se situa entre o


Eixo e a Resistência;
• Força e Resistência se localizam no mesmo lado
do Eixo;
• A maioria dos sistemas de alavanca osso-
músculo são de terceira classe;
• Esse tipo de é encontrado na maioria dos
movimentos de cadeia cinética aberta das
extremidades do corpo.
TERCEIRA CLASSE OU INTERPOTENTES

R
TERCEIRA CLASSE OU INTERPOTENTES

• Exemplos:
▫ Remo de barco e uma pá, a mão de cima não faz
força.

F R

R
TERCEIRA CLASSE OU INTERPOTENTES

• Exemplo:
PARA FINALIZAR

Interfixa - Ex.: Interpotente: Inter-resistente:


Tríceps. Ex.:Bíceps Ex.: Músculos
posteriores da
O apoio encontra- perna.
A força é
se entre a força e
encontra-se A resistência situa-
a resistência.
entre o ponto se entre o ponto de
de apoio e a apoio e a força.
resistência. Produz > força e
pouca velocidade.
TORQUE
TORQUE

• Basicamente é uma força sobre um corpo que possa girar


sobre um ponto central;

• Nesse sentido, pode-se afirmar que essa força gerou um


torque;

• A magnitude de torque se relaciona magnitude da força que o


está gerando;

• A quantidade de torque depende da quantidade de força


exercida e da sua distância em relação ao eixo.
TORQUE
FORÇA
FORÇA - DEFINIÇÃO

“É a capacidade de exercer tensão contra uma


resistência”.
(Costa apud Peckering 1996)
TIPOS DE FORÇA

• Força Dinâmica;
• Força Pura ou Força Máxima;
• Força Explosiva ou Força Rápida ou Potência ou
Força de Velocidade;
• Resistência da Força ou Força Resistente ou
Endurance de Força ou Resistência Muscular
Localizada;
• Força Estática.
TIPOS DE FORÇA

• Força Dinâmica:
Se refere a capacidade de movimentar uma carga
em movimentos repetidos;

É a qualidade física que o maior número de atletas


utiliza para melhoria da performance esportiva.

Pode ser dividida em Força Dinâmica Concêntrica


e Excêntrica.
TIPOS DE FORÇA

• Força Dinâmica
Força Dinâmica Concêntrica:
A força muscular aplicada é maior que a resistência;
Se manifesta na fase positiva do movimento.

Força Dinâmica Excêntrica:


Nesse caso a força perde para a resistência;
É um treinamento dinâmico porém negativo;
Se manifesta na fase negativa do movimento.
TIPOS DE FORÇA

• Força Pura ou Força Máxima:


É a máxima tensão muscular desenvolvida contra
uma máxima oposição;
Corresponde à tensão exercida contra resistências
limites;
O movimento é lento mas é feito com máxima
velocidade;
É subdividida em Força Muscular Absoluta, e
Força Muscular Relativa.
TIPOS DE FORÇA

• Força Pura - Força Muscular Absoluta, e Força


Muscular Relativa :

▫ FMA: é o valor máximo de força que um


indivíduo pode executar para um movimento;

▫ FMR: é expressa pela divisão da absoluta pelo


peso corporal.

FMR = FMA/kg
TIPOS DE FORÇA

• Força Explosiva:
▫ É uma qualidade física importante para a prática
esportiva;
▫ Seu treinamento objetiva a realização de movimentos
velozes com o máximo de sobrecarga, sem perder a
eficiência mecânica;
▫ Também é conhecida como Potência;
▫ Seu desenvolvimento pode ser feito de duas formas:
 Método direto: trabalho com a maior carga possível;
 Método indireto: quando se treina inicialmente a força
dinâmica e em seguida a velocidade do movimento.
TIPOS DE FORÇA

• Força de Resistência ou RML:


▫ Basicamente representa a capacidade da musculatura
de resistir a fadiga em eventos de longa duração;
▫ Realizar determinados movimentos de forma
mecânica eficiente no maior tempo possível;
▫ Esse tipo de força serve como base para o
desenvolvimento das outras forças;
▫ É o tipo de força mais utilizado em Ginástica
Localizada.
TIPOS DE FORÇA

• Força Estática:
▫ É o tipo de força onde a tensão exercida é igual a
resistência, não ocorrendo o movimento;
▫ A contração acontece sem produção de
movimento;
▫ É caracterizada e desenvolvida através de
contrações isométricas ou estáticas;
▫ É mais utilizada no meio esportivo.
NA MUSCULAÇÃO, COMO SE MANIFESTAM ESSAS
FORÇAS?

Repetições e Relação com o % de 1RM


Característica Treinável RM %1RM Séries Intervalo entre as séries Intervalo entre as sessões Velocidade de Execução
Hipertrofia 6 a 12 67% a 85% > 3 < 1,5 minuto 48 a 72 horas Lenta
Força Máxima ou Pura < 6 > 85% > 4 > 3 minutos 48 a 72 horas Lenta
30% a 90% a depender da
Potência Muscular < 10 4 > 3 minutos 48 a 96 horas Rápida
modalidade escolhida
30 s ou 2 minutos para
RML 15 a 50 até 65% 2a3 24 a 48 horas Moderada
repetições acima de 30
Fonte: Uchida et al, 2005 adaptado pelo Prof. Leivam
REFERÊNCIAS
• BOMPA, Tudor O. Periodização – Teoria e Metodologia do Treinamento. São Paulo : Phorte Editora, 2002.

• BOSSI, Luís C. Periodização na Musculação. 2ª Ed., ver. e ampl. São Paulo: Phorte, 2011.

• COSTA, Marcelo Gomes da,. Ginástica localizada. 4. ed. -. Rio de Janeiro: SPRINT, 2001.

• DANTAS, Estélio Henrique M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

• DELAVIER, F. GUIA DOS MOVIMENTOS DA MUSCULAÇÃO - ABORDAGEM ANATÔMICA.3ª Edição. Barueri -


SP: Manole, 2002.

• FLECK, S. J. e KRAEMER, W. J. Fundamentos do Treinamento de Forca Muscular. Porto Alegre: Artmed, 1999.

• FLECK, S. SIMÃO R. Força - princípios metodológicos para o treinamento. São Paulo: Phorte Editora, 1ª edição
brasileira, 2008.

• FLECK, S. J. e KRAEMER, W. J. Otimizando o Treinamento de Força: programas de periodização não-linear.


Barueri, SP: 2009.

• FILHO, Ney P. A. Musculação Aplicada à Ginástica Localizada – Coleção Musculação Total – Métodos de
Treinamento e Programas de Aula para Força e Resistência. 1994, 3 edição, Volume 1.

• GIANOLLA, F. Musculação: Conceitos Básicos. Barueri, SP: Manole 2003.

• PRESTES, J. DENIS, F. MARCHETTI, P. CHARRO, M. Prescrição e Periodização do Treinamento de Força em


academias. Barueri, SP: Manole, 2010.

• UCHIDA, Marco C. et al. Manual de musculação: uma abordagem teórico-prática do treinamento de força. 5. ed. São
Paulo: Phorte, 2008.

Você também pode gostar