Centralização de Produção No Setor de Panificação em Rede de Supermercados
Centralização de Produção No Setor de Panificação em Rede de Supermercados
Centralização de Produção No Setor de Panificação em Rede de Supermercados
supermercados
Segundo matéria da revista Veja (2006), 76% dos brasileiros consomem pão no café
da manhã e 98% da população são consumidores de produtos panificados. Ou seja, as
padarias são as responsáveis diretas pela chegada e consumo de pães e outros produtos pelos
brasileiros. Já as padarias de grande porte não representam volume expressivo na cadeia de
produção, justamente por não conseguirem a mesma aproximação junto ao consumidor final.
A Panificação está entre os seis maiores segmentos industriais do país e busca novos
desafios e tecnologias que permitam sua afirmação definitiva como setor de relevância no
cenário econômico. Constitui-se, em sua maioria, por micro e pequenas empresas,
apresentando faturamento anual estimado em R$ 82,5 bilhões, conforme levantamento
realizado pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria- ABIP (ABIP,
2014). A ABIP constata que a participação do setor na indústria de produtos alimentares é de
36,2% e na indústria de transformação, esse percentual é de 7%. Ou seja, a panificação está
intrinsecamente relacionada com outros setores da economia, participando incisivamente
como potencial gerador de emprego e distribuidor de renda. Ainda assim, continua passando
por transformações, numa dinâmica de concorrência crescente. Essa movimentação tem
estimulado a diversificação de produtos e serviços para atender à demanda em expansão, bem
como se firmar frente aos novos competidores, compostos em sua maioria por empresas de
maior porte que estão incorporando os panificados em seu mix.
2. Metodologia de pesquisa
O propósito de um estudo de caso é reunir informações detalhadas e sistemáticas sobre um
fenômeno (PATTON, 2002). É um procedimento metodológico que enfatiza entendimentos
contextuais, sem esquecer-se da representatividade (LLEWELLYN; NORTHCOTT, 2007),
centrando-se na compreensão da dinâmica do contexto real (EISENHARDT, 1989) e
envolvendo-se num estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que se
permita o seu amplo e detalhado conhecimento (GIL, 2007).
Através do estudo de caso apresentado nesse artigo podemos:
Fazer um estudo de mercado;
Analisar a previsão de crescimento, a fim de evitar reformas posteriores;
Definir o mix de produtos;
Calcular quais serão as receitas e a quantidade;
Definir os equipamentos. A quantidade irá determinar os equipamentos, as dimensões
e necessidades;
Definir o layout das áreas industriais. A definição dos equipamentos ajudará a
determinar o layout, com a dimensão das áreas e setores;
Logística;
Capacidade de estocar produtos prontos.
A abordagem de estudo de caso não é um método propriamente dito, mas uma
estratégia de pesquisa (HARTLEY, 1994). Nesse sentido, Voss, Tsikriktsis e Frohlich (2002)
destacam que os estudos de casos podem ser usados para diferentes fins nas pesquisas da área
de Administração, como, por exemplo, na gestão de operações.
3. Revisão Bibliográfica
Com mais de 63 mil padarias no Brasil (ABIP, 2015) o setor vive um momento de
novos desafios e tecnologias buscando sua afirmação definitiva como setor de relevância
dentro do cenário econômico. Constituído na quase totalidade por micro e pequenas empresas,
está intrinsecamente relacionado com outros segmentos da economia, tendo participação
incisiva como potencial gerador de emprego e distribuidor de renda conforme demonstra a
figura 1.
Figura 1- Percentual de colaboradores nas micro e pequenas empresas de panificação. Fonte: Associação
Brasileira das Indústrias de Panificação, (2014)
Figura 2- Subdivisão de produtos. Fonte: Associação Brasileira das Indústrias de Panificação (2014)
Quantidade Operacionais
220 Mix de itens a serem produzidos
180 Funcionários por padaria.
9 Estoque de insumos e embalagens para 2 semanas.
9 Centro de controle de produção e insumos (CCPI)
Quantidade Equipamentos
9 Cilindro
18 Masseiras
18 Fornos
9 Divisora Boleadora
9 Divisora Modeladora
9 Laminadora
9 Divisora
18 Batedeiras
9 Estufa
9 Dosador de água.
36 Balanças
Tabela 1- Recursos disponíveis nas 9 lojas. Fonte: Davo Supermercados (2014)
DIAS, M. A. Administração de Materiais: Princípios, Conceitos e Gestão. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2006.
HARTLEY, J. F. Case studies in organizational research. In: CASSELL, Catherine & SYMON, Gillian (Ed.).
Qualitative methods in organizational research: a practical guide. London: Sage, p. 208-229, 1994.
INSTITUTO TECNOLÓGICO DA PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA, Projeto São Paulo. São Paulo, 2015.
Disponível em: http://institutoitpc.jimdo.com/projetos/. Acesso em 24 fev. 2016.
PINHEIRO, Daniela, Revista Veja. Editora Abril. edição 1959, semana de 7 de junho de 2006. Disponível em:
http://veja.abril.com.br/geral/alimentos/p_152.html acesso em 22 fev. 2016
SENAI. Departamento Regional do Rio Grande do Sul. Produção mais limpa em Padarias e Confeitarias. Porto
Alegre: Centro Nacional de Tecnologias Limpas SENAI 2007.
SHIBA, S.; GRAHAM, A.; WALDEN, D. TQM: Quatro revoluções na gestão da qualidade. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1997.
SLACK, Nigel e at. Administração da Produção. 2ed. São Paulo: Atlas, 1996.526p.
TOLOVI JUNIOR, J. Por que os programas de qualidade falham? ERA-Executiva - Revista de Administração
de Empresas, v. 34, n. 6, p. 6-11, 1994.
VILLAR, A. M. et. al. Planejamento, Programação e Controle da Produção. João Pessoa: Editora Universitária
UFPB, 2008
VOSS, C.; TSIKRIKTSIS, N.; FROHLICH, M. Case research in operations management. International Journal
Of Operations & Production Management, v. 22, n. 2, p. 195-219, 2002.