1 Estrutura Solar: Sol, Solis

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 22

Sol

Predefinição:Ver desambiguação Predefinição:Sol (es- Sol. A bolha no meio interestelar formada pelo vento so-
trela) O Sol (do latim sol, solis[1] ) é a estrela central do lar, a heliosfera, é a maior estrutura contínua do Sistema
Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema So- Solar.[10][11]
lar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas O Sol orbita em torno do centro da Via Láctea, atraves-
e poeira, bem como todos os satélites associados a es-
sando no momento a Nuvem Interestelar Local de gás de
tes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% alta temperatura, no interior do Braço de Órion da Via
da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa
Láctea, entre os braços maiores Perseus e Sagitário. Das
Predefinição:Fmtn vezes maior que a da Terra, e um 50 estrelas mais próximas do Sistema Solar, num raio
volume Predefinição:Fmtn vezes maior que o do nosso de até 17 anos-luz da Terra, o Sol é a quarta maior em
planeta.[2] massa.[12] Diferentes valores de magnitude absoluta fo-
A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões ram dados para o Sol, como, por exemplo, 4,85,[13] e
de quilômetros, ou 1 unidade astronômica (UA). Na ver- 4,81.[14] O Sol orbita o centro da Via Láctea a uma distân-
dade, esta distância varia com o ano, de um mínimo de cia de cerca de 24 a 26 mil anos-luz do centro galáctico,
147,1 milhões de quilômetros (0,9833 UA) no perélio (ou movendo-se geralmente na direção de Cygnus e comple-
periélio) a um máximo de 152,1 milhões de quilômetros tando uma órbita entre 225 a 250 milhões de anos (um
(1,017 UA) no afélio, em torno de 4 de julho.[3] A luz ano galáctico). A estimativa mais recente e precisa da
solar demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos velocidade orbital do sol é da ordem de 251 km/s.[15][16]
para chegar à Terra. Energia do Sol na forma de luz so- Visto que a Via Láctea move-se na direção da constelação
lar é armazenada em glicose por organismos vivos atra- Hidra, com uma velocidade de 550 km/s, a velocidade do
vés da fotossíntese, processo do qual, direta ou indireta- Sol relativa à radiação cósmica de fundo em micro-ondas
mente, dependem todos os seres vivos que habitam nosso é de 370 km/s, na direção da constelação Crater.[17]
planeta.[4] A energia do Sol também é responsável pelos
fenômenos meteorológicos e o clima na Terra.[5]
É composto primariamente de hidrogênio (74% de sua 1 Estrutura solar
massa, ou 92% de seu volume) e hélio (24% da massa
solar, 7% do volume solar), com traços de outros ele-
mentos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício, enxofre, O Sol, tal como outras estrelas, é uma esfera de plasma
magnésio, néon, cálcio e crômio.[6] que se encontra em equilíbrio hidrostático entre as duas
forças principais que agem em seu interior. Em sen-
Possui a classe espectral de G2V: G2 indica que a es- tido oposto ao núcleo solar, estas forças são as exerci-
trela possui uma temperatura de superfície de aproxima- das pela pressão termodinâmica, produzida pelas altas
damente Predefinição:Fmtn, o que lhe confere uma cor temperaturas internas. No sentido do núcleo solar, atua
branca (apesar de ser visto como amarelo no céu terres- a força gravitacional. O Sol é uma estrela da sequên-
tre, o que se deve à dispersão dos raios na atmosfera);[7] cia principal que contém cerca de 99,86% da massa do
O V (5 em números romanos) na classe espectral in- Sistema Solar. É uma esfera quase perfeita, com um
dica que o Sol, como a maioria das estrelas, faz parte da achatamento de apenas nove milionésimos,[18] o que sig-
sequência principal. Isto significa que o astro gera sua nifica que seu diâmetro polar difere de seu diâmetro equa-
energia através da fusão de núcleos de hidrogênio para torial por apenas 10 km. Como o Sol é uma esfera de
a formação de hélio. Existem mais de 100 milhões de plasma, e não é sólido, gira mais rápido em torno de si
estrelas da classe G2 na Via Láctea. Considerado an- mesmo no seu equador do que em seus pólos. Porém,
teriormente uma estrela pequena, acredita-se atualmente devido à constante mudança do ponto de observação da
que o Sol seja mais brilhante do que 85% das estrelas da Terra, na medida em que esta orbita em torno do Sol, a ro-
Via Láctea, sendo a maioria dessas anãs vermelhas.[8][9] tação aparente do Sol é de 28 dias.[19] O efeito centrífuga
O espectro do Sol contém linhas espectrais de metais io- desta lenta rotação é 18 milhões de vezes mais fraco do
nizados e neutros, bem como linhas de hidrogênio muito que a gravidade na superfície do Sol no equador solar. Os
fracas. efeitos causados no Sol pelas forças de maré dos plane-
[20]
A coroa solar expande-se continuamente no espaço, cri- tas são ainda mais insignificantes. O Sol é uma estrela
[nota 1][22]
ando o vento solar, uma corrente de partículas carregadas da população I, rico em elementos pesados. O
que estende-se até a heliopausa, a cerca de 100 UA do sol pode ter se formado por ondas resultantes da explo-
são de uma ou mais supernovas.[23] Evidências incluem a

1
2 1 ESTRUTURA SOLAR

dir e visualizar o interior da estrutura solar.[26] Modelos


de computador também são utilizados como instrumen-
tos teóricos para investigar camadas mais profundas do
Sol.[27]

1.1 Núcleo
Predefinição:Artigo principal
Acredita-se que o núcleo do Sol estende-se do centro so-
lar até 0,2 a 0,25 raios solares.[28] O centro do Sol possui
uma densidade de até 150 g/cm³,[29][30] 150 vezes a den-
sidade da água na Terra, e uma temperatura de cerca de
Predefinição:Fmtn. Análises recentes da missão SOHO
indicam que a rotação do núcleo solar é mais rápida que
a do restante da zona de radiação.[28] Atualmente, e du-
rante grande tempo da vida solar, a maior parte da energia
produzida pelo Sol é gerada por fusão nuclear via cadeia
Uma ilustração da estrutura do Sol: próton-próton, convertendo hidrogênio em hélio.[31] Me-
1. Núcleo nos de 2% do hélio gerado no Sol provém do ciclo CNO.
2. Zona de radiação O núcleo solar é a única parte do Sol que produz ener-
3. Zona de convecção gia em quantidade significativa via fusão. O restante do
4. Fotosfera Sol é aquecido pela energia transferida do núcleo para
5. Cromosfera as regiões externas. Toda a energia produzida pela fusão
6. Coroa precisa passar por várias camadas até a fotosfera antes de
7. Mancha solar escapar para o espaço como luz solar ou energia cinética
8. Grânulos de partículas.[32][33]
9. Proeminência solar

1.1.1 Produção de energia


abundância de metais pesados (tais como ouro e urânio)
no Sistema Solar levando em conta a presença minoritá- Predefinição:Artigos principais
ria destes elementos nas estrelas de população II. A maior
A fusão de hidrogênio ocorre primariamente segundo
parte dos metais foram provavelmente produzidos por re-
uma cadeia de reações chamada de cadeia próton-
ações nucleares que ocorreram em uma supernova antiga,
próton:[34]
ou via transmutação nuclear via captura de nêutrons du-
rante uma estrela de grande massa de segunda geração.[22] 4 ¹H → 2 ²H + 2 e+ + 2 νₑ (4,0 MeV + 1,0
O Sol não possui uma superfície definida como planetas MeV)
rochosos possuem, e, nas partes exteriores, a densidade 2 ¹H + 2 ²H → 2 3 He + 2 γ (5,5 MeV)
dos gases cai aproximadamente exponencialmente à me-
2 3 He → 4 He + 2 ¹H (12,9 MeV)
dida que se vai afastando do centro.[24] Mesmo assim, seu
interior é bem definido. O raio do Sol é medido do centro
Estas reações podem ser sumarizadas segundo a seguinte
solar até o limite da fotosfera. Esta última é simplesmente
fórmula:
uma camada acima do qual gases são frios ou pouco den-
sos demais para radiar luz em quantidades significativas,
4 ¹H → 4 He + 2 e+ + 2 νₑ + 2 γ (26,7 MeV)
sendo, portanto, a superfície mais facilmente identificá-
vel a olho nu.[25] O Sol possui cerca de 8,9 x 1056 núcleos de hidrogênio
O interior solar possui três regiões diferentes: o núcleo, (prótons livres), com a cadeia próton-próton ocorrendo
onde se produzem as reações nucleares que transformam 9,2 x 1037 vezes por segundo no núcleo solar. Visto que
a massa em energia através da fusão nuclear, a zona ra- esta reação utiliza quatro prótons, cerca de 3,7 x 1038
diativa e a zona de convecção. O interior do Sol não prótons (ou 6,2 x 1011 kg) são convertidos em núcleos
é diretamente observável, já que a radiação é comple- de hélio a cada segundo.[33] Esta reação converte 0,7%
tamente absorvida (e reemitida) pelo plasma do interior da massa fundida em energia,[35] e como consequência,
solar, e o Sol em si mesmo é opaco à radiação electro- cerca de 4,26 milhões de toneladas métricas por segundo
magnética. Porém, da mesma maneira que a sismologia são convertidos em 383 yotta-watts (3,83 x 1026 W),[33]
utiliza ondas geradas por terremotos para revelar o inte- ou 9,15 x 1010 megatoneladas de TNT de energia por se-
rior da Terra, a heliosismologia utiliza ondas de pressão gundo, segundo a equação de massa-energia E=mc² de
(infravermelho) atravessando o interior do Sol para me- Albert Einstein.[36]
1.2 Zona de radiação 3

ria, dessa vez com uma energia um pouco menor. Depois


são novamente absorvidos e o ciclo se repete. Como con-
sequência, a radiação gerada pela fusão nuclear no núcleo
solar demora muito tempo para chegar à superfície. Es-
timativas do tempo de viagem variam entre 10 a 170 mil
anos.[43]
Após passar pela camada de convecção até a superfície
“transparente” da fotosfera, os fótons escapam como luz
visível. Cada raio gama no núcleo solar é convertido em
vários milhões de fótons visíveis antes de escaparem no
espaço. Neutrinos também são gerados por fusão nuclear
no núcleo, mas, ao contrário dos fótons, raramente inte-
ragem com matéria. A maior parte dos neutrinos pro-
duzidos acabam por escapar do Sol imediatamente. Por
vários anos, medidas do número de neutrinos produzidos
pelo Sol eram três vezes mais baixas do que o previsto.
Este problema foi resolvido recentemente com a desco-
berta dos efeitos da oscilação de neutrinos. O Sol de fato
produz o número de neutrinos previsto em teoria, mas de-
tectores de neutrinos na Terra não detectavam dois terços
deles porque os neutrinos mudavam de sabor.[44]

1.2 Zona de radiação

Diagrama da cadeia próton-próton, o ciclo de fusão nuclear que Predefinição:Artigo principal


gera a maior parte da energia do Sol.

A densidade de potência é de cerca de 194 µW/kg de


matéria,[37] e, embora visto que a fusão ocorra no relati-
vamente pequeno núcleo solar, a densidade da potência
do plasma nesta região é 150 vezes maior.[38] Em com-
paração, o calor produzido pelo corpo humano é de 1,3
W/kg, cerca de 600 vezes maior do que no Sol, por uni-
dade de massa.[39]
Mesmo tomando em consideração apenas o núcleo so-
lar, com densidades 150 vezes maior do que a densidade
média da estrela, o Sol produz relativamente pouca ener-
gia, a uma taxa de 0,272 W/m³. Surpreendentemente,
essa potência é muito inferior àquela gerada por uma vela
acesa.[nota 2] O uso de plasma na Terra com parâmetros si- Trânsito lunar do Sol capturado durante calibração das câmeras
milares ao do núcleo solar é imprático, se não impossível: ultravioletas da STEREO-B.
mesmo uma modesta usina de 1 GW requereria cerca de 5
bilhões (5 mil milhões) de toneladas métricas de plasma. Entre 0,25 e 0,7 raio solar de distância do centro do Sol, o
material solar é quente e denso o suficiente para permitir a
A taxa de fusão nuclear depende muito da densidade e da transferência de calor do centro para fora via radiação tér-
temperatura do núcleo: uma taxa um pouco mais alta de mica.[38] Convecção térmica não ocorre nesta zona; ape-
fusão faz com que o núcleo aqueça, expandindo as cama- sar da temperatura desta região cair à medida que a dis-
das exteriores do Sol, e consequentemente, diminuindo a tância ao centro solar aumenta (de Predefinição:Fmtn
pressão gravitacional exercida pelas camadas externas e para Predefinição:Fmtn), o gradiente de temperatura é
a taxa de fusão. Com o diminuimento da taxa de fusão, menor do que o gradiente adiabático, não permitindo
as camadas externas contraem, aumentando sua pressão a ocorrência de convecção.[30] Calor é transmitido por
contra o núcleo solar, o que novamente aumentará a taxa radiação — íons de hidrogênio e hélio emitem fótons, que
de fusão fazendo repetir-se o ciclo.[41][42] viajam apenas uma pequena distância antes de serem re-
Os fótons de alta energia (raios gamas) gerados pela fusão absorvidos por outros íons.[38] A densidade cai 100 vezes
nuclear são absorvidos por núcleos presentes no plasma (de 20 g/cm³ para 0,2 g/cm³ ) do interior para o exterior
solar e re-emitidos novamente em uma direção aleató- da zona de radiação.[38][45]
4 1 ESTRUTURA SOLAR

serem prismas hexagonais.[47]

1.4 Fotosfera

Predefinição:Artigo principal

Interior de estrelas similares ao Sol.

Entre a zona de radiação e a zona de convecção existe


uma camada de transição chamada de tacoclina. Esta é
uma região onde a mudança súbita de condições entre a
rotação uniforme da zona radiativa e a rotação diferencial
da zona de convecção resulta em grande tensão de cisa-
Imagem do satélite artificial Hinode, de 12 de janeiro de 2007,
lhamento — uma condição onde camadas horizontais su-
[46] revelando a natureza filamentar do plasma conectando regiões
cessivas escorregam umas sobre as outras. A moção de diferentes polaridades magnéticas.
do fluido na zona de convecção gradualmente desaparece
do topo do tacoclina até a parte inferior desta camada,
adquirindo as mesmas características calmas da zona de
radiação. Acredita-se que um dínamo magnético dentro
desta camada gera o campo magnético solar.[30]

1.3 Zona de convecção

Predefinição:Artigo principal
A zona de convecção é a camada externa do Sol,
que ocupa a região entre 0,7 raios solares do centro
(Predefinição:Fmtn abaixo da superfície solar) até a su-
perfície. Nesta região, o plasma solar não é denso ou
quente o bastante para transferir o calor do interior do
Sol para fora via radiação — em outras palavras, não é
A temperatura efetiva (a temperatura que um corpo negro do
opaco o suficiente. Como resultado, convecção térmica mesmo tamanho precisa ter para emitir a mesma potência) do
ocorre na medida em que colunas térmicas carregam ma- Sol é de Predefinição:Fmtn (Predefinição:Fmtn).
terial quente para a superfície solar. Quando a tempera-
tura deste material cai na superfície, o material cai na
A superfície visível do Sol, a fotosfera, é a camada sob a
direção da base da zona de convecção, onde recebe ca- qual o Sol torna-se completamente opaco à luz visível.[48]
lor do topo da zona de radiação, recomeçando o ciclo Visto que as camadas superiores à fotosfera também não
novamente. Na superfície solar, a temperatura cai para são opacas à luz visível, a fotosfera é região mais funda do
Predefinição:Fmtn, e a densidade, para 0,2 g/m³ (cerca sol que pode ser observada.[48] Nesta, e acima desta ca-
de 1/10 000 da densidade do ar ao nível do mar).[30] mada, luz visível é livre para propagar-se para o espaço,
As colunas térmicas na zona de convecção formam ca- escapando do Sol totalmente. A mudança de opacidade
racterísticas físicas na superfície do Sol, na forma de acontece com a diminuição da abundância de íons de hi-
grânulos solares e supergranulação. Tais grânulos são os drogênio (H− ), que absorvem luz visível facilmente.[48]
topos de células de convecção, estas possuindo cerca de A luz visível é produzida por eléctrons que reagem com
Predefinição:Fmtn de diâmetro. átomos de hidrogênio, produzindo íons H− .[49][50]
A convecção turbulenta desta parte do interior solar gera Estima-se que a espessura da fotosfera meça algo entre
um pequeno dínamo magnético que produz pólos norte e dezenas a centenas de quilômetros, sendo um pouco me-
sul magnéticos em toda a superfície do Sol.[30] As colu- nos opaca que o ar na atmosfera terrestre. Devido ao fato
nas térmicas são células de Bénard, e portanto, tendem a de que a parte superior da fotosfera é mais fria do que a
1.5 Atmosfera 5

parte inferior, uma imagem do Sol aparenta ser mais bri-


lhante no centro do que nas laterais do disco solar, fenô-
meno conhecido como escurecimento de bordo.[48] O es-
pectro de corpo negro da luz solar indica uma tempera-
tura média de Predefinição:Fmtn (ou Predefinição:Fmtn),
misturada com linhas de absorção atômicas das camadas
tênuas acima da fotosfera. A densidade de partículas da
fotosfera é de ~1023 m−3 , aproximadamente 1% da den-
sidade de partículas da atmosfera terrestre ao nível do
mar.[38][49][50] Nesta temperatura, a emissão de luz na fo-
tosfera ocorre em todas as bandas do espectro luminoso,
dando ao Sol uma cor branca, que aparenta ser amarela no
céu terrestre devido à dispersão da luz na atmosfera ter-
restre, mais acentuada nos comprimentos de onda azul.
A mesma dispersão causa a cor azul característica do céu
terrestre.[7]
Durante os primeiros estudos do espectro óptico da fo-
tosfera, algumas linhas de absorção encontradas não cor-
respondiam a nenhum elemento químico encontrado na
Terra. Em 1868, Norman Lockyer hipotetizou que estas
linhas eram causadas por um elemento químico não des-
coberto, que Lockyer chamou de "hélio", em referência
ao Deus grego Hélio. O Hélio seria isolado na Terra 25
anos mais tarde.[51]

1.5 Atmosfera Temperatura (linha contínua) e densidade (linha tracejada) da


atmosfera solar a partir da base da fotosfera.

até a heliopausa, onde forma uma onda de choque com


o meio interestelar. A cromosfera e a coroa são muito
mais quentes do que a superfície do Sol.[48] Não se sabe
com exatidão porque isto acontece; evidências indicam
que ondas de Alfvén podem ter energia suficiente para
aquecer a coroa.[52]
A camada mais fria do Sol é a região de temperatura mí-
nima, localizada Predefinição:Fmtn acima da fotosfera,
que possui uma temperatura de Predefinição:Fmtn.[48]
Esta parte do Sol é fria o suficiente para suportar molécu-
las simples como monóxido de carbono e água, estas que
podem ser detectadas por seus espectros de absorção.[53]
Acima da camada de temperatura mínima localiza-
se a cromosfera, camada que possui cerca de
Predefinição:Fmtn de espessura e é dominada por
espectros de emissões e linhas de absorção.[48] O nome
Durante um eclipse total do Sol, a coroa Solar pode ser vista a
desta camada provém do grego “chroma”, que significa
olho nu.
“cor”, porque a cromosfera é visível como um flash
As camadas superiores à fotosfera são chamadas coleti- colorido no início e fim de um eclipse total do Sol.[38] A
vamente de atmosfera solar. Estas camadas podem ser temperatura da cromosfera aumenta gradualmente com
vistas com telescópios operando em todo o espectro ele- a altitude, chegando a até Predefinição:Fmtn no topo.[48]
tromagnético do rádio, passando desde a luz visível até os No topo da cromosfera, hélio torna-se parcialmente
raios gamas. São compostas de cinco zonas principais: ionizado.[54]
a “zona de temperatura mínima” (cromosfera), a região Acima da cromosfera localiza-se a zona de transi-
de transição solar (coroa solar) e a heliosfera.[48] A heli- ção solar, uma camada fina com cerca de 200 km
osfera, que pode ser considerado a região exterior tênue de espessura. Nela, a temperatura aumenta rapida-
da atmosfera solar, estende-se além da órbita de Plutão, mente de Predefinição:Fmtn para níveis próximos a
6 2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Predefinição:Fmtn.[55] O aumento rápido da temperatura espacial Voyager 1 passou por uma região de choque, que
é facilitado pela ionização completa do hélio na região de cientistas acreditam ser parte da heliopausa. Ambas as
transição, que diminui significantemente o resfriamento sondas Voyagers registraram um aumento no número de
radiativo do plasma.[54] A região de transição não ocorre partículas energéticas à medida que elas se aproximaram
em uma altitude bem definida. Ao invés disso, forma um do limite.[60]
tipo de halo em torno de características da cromosfera,
tais como espículas e filamentos solares, possuindo uma
moção constante e caótica.[38] A região de transição não
é facilmente visível da superfície da Terra, mas é facil-
2 Composição química
mente observável do espaço por instrumentos sensíveis
ao extremo ultravioleta do espectro eletromagnético.[56] O Sol é composto primariamente dos elementos quími-
cos hidrogênio e hélio; estes compõem 74,9% e 23,8%,
A coroa solar é a atmosfera estendida externa do Sol, que respectivamente, da massa do Sol na fotosfera.[61] To-
é muito maior em volume do que o Sol propriamente dito. dos os elementos mais pesados, chamados coletivamente
A coroa expande continuamente no espaço, formando o de metais na astronomia, compõem menos de 2% da
vento solar, que preenche todo o interior do Sistema So- massa solar. Os elementos químicos mais abundantes
lar.[57] A base da coroa, que localiza-se muito próxima são oxigênio (compondo cerca de 1% da massa do Sol),
da superfície solar, possui uma densidade de partícu- carbono (0,3%), néon (0,2%), e ferro (0,2%).[62]
las muito baixa, cerca de 1015 –1016 m−3 na base, dimi-
nuindo com a altitude.[54][nota 3] A temperatura média da O Sol herdou sua composição química do meio interes-
coroa e do vento solar varia entre um milhão e dois mi- telar do qual foi formado: o hidrogênio e o hélio foram
lhões de kelvins. A temperatura nas regiões mais quentes produzidos na nucleossíntese do Big Bang, enquanto que
alcança 8 a 20 milhões de Kelvins.[55] Atualmente, não os metais foram produzidos por nucleossíntese estelar em
existe uma teoria que explique por completo a causa das gerações de estrelas que completaram sua evolução este-
altas temperaturas da coroa, sendo este um dos maiores lar, e retornaram seus materiais para o meio intereste-
problemas da física solar.[58] Porém, sabe-se que parte do lar antes da formação do Sol.[62] A composição química
calor provém de reconexão magnética.[55][57] da fotosfera é normalmente considerada representativa
da composição do Sistema Solar primordial.[63] Porém,
desde que o Sol foi formado, o hélio e os metais presentes
nas camadas externas gradualmente afundaram em dire-
ção ao centro. Portanto, a fotosfera presentemente con-
tém um pouco menos de hélio e apenas 84% dos metais
que o Sol protoestrelar tinha; este era composto de 71,1%
hidrogênio, 27,4% hélio, e 1,5% metais, em massa.[61]
Fusão nuclear no núcleo do Sol modificou a composição
química do interior solar. Atualmente, o núcleo do Sol é
composto em 60% por hélio, com a abundância de metais
não modificados. Visto que o interior do Sol é radiativo
e não convectivo, o hélio e outros produtos gerados pela
fusão nuclear não subiram para camadas superiores.[62]
As abundâncias dos metais descritas acima são tipica-
mente medidas utilizando espectroscopia da fotosfera
Diagrama mostrando a estrutura da heliosfera.
do Sol, e de medidas da abundância destes metais em
meteoritos que nunca foram aquecidos a temperaturas
A heliosfera, que é a cavidade em torno do Sol preen-
acima do ponto de fusão.[64] Acredita-se que estes mete-
chida com o plasma do vento solar, estende-se de 20 raios
oritos retenham a composição do Sol protoestelar, e por-
solares (0,1 UA), até o limite do Sistema Solar. Seu li-
tanto, não sejam afetados pelo afundamento dos elemen-
mite interior é definido como a camada onde o vento so-
tos mais pesados.
lar torna-se “superalfvénico” — isto é, onde a velocidade
do vento solar torna-se maior que a velocidade das ondas
de Alfvén.[59] Turbulência e forças dinâmicas fora deste
limite não podem afetar o formato da coroa solar, uma
2.1 Elementos ionizados do grupo 8
vez que informação pode viajar apenas na velocidade das
ondas de Alfvén. O vento solar continuamente sopra em Durante a década de 1970, extensiva pesquisa foi reali-
direção ao exterior do Sistema Solar dentro da heliosfera, zada sobre as abundâncias dos elementos do grupo 8 no
carregando material através do Sistema Solar, até encon- Sol.[65][66] Apesar disso, a determinação da abundância
trar a heliopausa, a mais de 50 UA do Sol. A moção do de certos elementos tais como cobalto e manganês fora di-
vento solar faz com que o campo magnético solar adquira fícil até 1978 por causa de suas estruturas hiper-finas.[65]
um formato de espiral.[57] Em dezembro de 2004, a sonda A força vibracional de todos os elementos ionizados do
7

grupo 8 foi produzida pela primeira vez durante a década Toda a matéria no Sol está presente na forma de gás e
de 1960,[67] e melhorias nas forças de oscilamento foram plasma, devido à sua alta temperatura. Isto torna possível
produzidas em 1976.[68] Em 1978, as abundâncias de ele- rotação diferencial, com o Sol girando mais rápido no seu
mentos ionizados do grupo 8 foram produzidas.[65] equador (onde o período de rotação é de 25 dias) do que
em latitudes mais altas (com o período de rotação solar
sendo de 35 dias nos pólos solares). A rotação diferencial
2.2 Relação entre massa fracionada do Sol do Sol faz com que as linhas do campo magnético entor-
e dos planetas tem com o tempo, provocando a erupção de anéis coro-
nais em sua superfície, a formação de manchas solares e
Vários autores consideraram a existência de uma relação de proeminências solares, via reconexão magnética. Este
de massa fracionada entre as composições isotópicas dos entortamento gera o dínamo solar e o ciclo solar de ativi-
gases nobres do Sol e dos planetas,[69] tais como néon e dade magnética, que repete-se a cada 11 anos, visto que o
xénon.[70] Acreditava-se que todo o Sol possuía a mesma campo magnético solar reverte-se a cada 11 anos.[76][77]
composição da atmosfera solar, ao menos até 1983.[71] O campo magnético solar estende-se bem além do Sol. O
Em 1983, uma nova teoria argumentando que o fraciona- plasma magnetizado do vento solar transporta o campo
mento do Sol é o que causa a relação entre as composi- magnético solar no [57] espaço, formando o campo magné-
ções isotópicas dos gases nobres dos planetas e do vento tico interplanetário. Visto que o plasma pode se mo-
solar.[71] ver apenas nas linhas do campo magnético, as linhas do
campo magnético interplanetário inicialmente esticam-se
radialmente do Sol. Uma camada fina de correntes difu-
sas no plano equatorial solar existe pois campos acima
3 Campo magnético e abaixo do equador solar possuem polaridades diferen-
tes. Esta camada é chamada de corrente heliosférica di-
Predefinição:Artigo principal fusa.[57] À medida que a distância do Sol aumenta, a ro-
tação solar entorta as linhas do campo magnético e a
corrente difusa, formando uma estrutura similar a uma
espiral de Arquimedes, chamada de espiral de Parker.[57]
O campo magnético interplanetário é muito mais forte
do que o componente dipolar do campo magnético solar.
Enquanto que a última possui 50 a 400 T na fotosfera, re-
duzindo com o cubo da distância para 0,1 T na órbita ter-
restre, o campo magnético interplanetário na órbita ter-
restre é 100 vezes maior, com cerca de 5 T.[78]

4 Ciclo solar

4.1 Manchas solares


A corrente heliosférica difusa estende-se até as regiões exteriores Predefinição:Artigo principal
do Sistema Solar, e resulta da influência do campo magnético do
Sol em rotação no plasma no meio interplanetário.[72] Quando o Sol é observado com os filtros apropriados,
as características mais imediatamente visíveis são geral-
O Sol é uma estrela magneticamente ativa, suportando um mente suas manchas, áreas bem definidas na superfície
forte campo magnético, cujas condições mudam constan- solar que aparentam ser mais escuras do que a região ao
temente, variando de ano para ano e revertendo-se em seu redor pelo fato de possuírem temperaturas mais bai-
direção aproximadamente a cada 11 anos, em torno do xas. Manchas solares são regiões de intensa atividade
máximo solar.[73] O campo magnético do Sol gera vários magnética onde convecção é inibida por fortes campos
efeitos que são chamados coletivamente de atividade so- magnéticos, reduzindo transporte de energia do interior
lar. Estes incluem as manchas solares na superfície do quente do Sol, fazendo que estas regiões possuam uma
Sol, as erupções solares e as variações no vento solar.[74] temperatura mais baixa do que ao redor. O campo mag-
Efeitos da atividade solar na Terra incluem auroras em nético gera intenso aquecimento da coroa solar, formando
médias a altas latitudes, a disrupção de comunicação de regiões ativas que são as fontes de erupções solares e
rádio e potência elétrica. Acredita-se que a atividade so- ejeção de massa coronal. As maiores manchas solares
lar tenha tido um importante papel na formação e evolu- podem possuir dezenas de quilômetros de diâmetro.[79]
ção do Sistema Solar. A atividade solar constantemente O número de manchas solares visíveis no Sol não é cons-
muda a estrutura da ionosfera terrestre.[75] tante, mas varia ao longo de um ciclo de 11 anos cha-
8 5 EVOLUÇÃO

mínimo de Maunder ou Pequena Idade do Gelo.[81] Perío-


dos estendidos de atividade mínima mais antigos foram
descobertos através da análise de anéis de árvores, tam-
bém aparentemente coincidindo com temperaturas glo-
bais mais baixas do que o normal.[82]
Estudos de heliosismologia executados a partir de sondas
espaciais permitiram observar certas “vibrações solares”,
cuja freqüência cresce com o aumento da atividade solar,
acompanhando o ciclo de 11 anos de erupções.[83] A cada
22 anos existe a manifestação do chamado hemisfério do-
minador, além da movimentação das estruturas magnéti-
cas em direção aos pólos, que resulta em dois ciclos de 18
Variação do ciclo solar nos últimos 30 anos. anos com incremento da atividade geomagnética da Terra
e da oscilação da temperatura do plasma ionosférico na
estratosfera da atmosfera terrestre.

4.2 Possível ciclo a longo termo

Uma teoria recente argumenta que instabilidades


magnéticas existentes no núcleo do Sol causariam
flutuações com períodos de Predefinição:Fmtn ou
Predefinição:Fmtn anos. Isto poderia explicar melhor as
idades do gelo do que os ciclos de Milankovitch.[84][85]

5 Evolução
Número de manchas solares observadas nos últimos 250 anos,
mostrando os ciclos solares, cada uma com aproximadamente 11 Predefinição:Artigos principais
anos de duração.
O Sol formou-se cerca de 4,57 bilhões (4,567 mil
milhões) de anos atrás quando uma nuvem mole-
mado de ciclo solar. No início do ciclo solar (no chamado cular entrou em colapso.[86] Evolução estelar é me-
período de atividade mínima), poucas manchas são visí- dida em duas maneiras: através da presente idade da
veis, e por vezes nenhuma é vista. Estas que aparecem sequência principal do Sol, que é determinada através
estão em altas latitudes solares. À medida que o ciclo de modelagens computacionais de evolução estelar; e
nucleocosmocronologia.[87] A idade medida através des-
solar continua, o número de manchas aumenta, e as man-
chas movem-se em direção ao equador solar, um fenô- tes procedimentos está de acordo com a idade radio-
métrica do material mais antigo encontrado no Sistema
meno descrito pela lei de Spörer. Manchas solares ge-
ralmente ocorrem em pares, de polaridades opostas. A Solar, que possui 4,567 bilhões (4,567 mil milhões) de
anos.[88][89]
polaridade magnética dos pares alternam-se a cada ciclo
solar (relativo à posição do par), tendo um pólo magné- O Sol está aproximadamente na metade da sequência
tico norte em um ciclo e sul no próximo (e vice-versa na principal, período onde o qual fusão nuclear fusiona hi-
outra mancha).[80] drogênio em hélio. A cada segundo, mais de 4 milhões de
O ciclo solar possui grande influência na meteorologia do toneladas de matéria são convertidas em energia dentro
espaço, e influencia significantemente o clima na Terra, do centro solar, produzindo neutrinos e radiação solar.
visto que a luminosidade solar está diretamente relacio- Nesta velocidade, o Sol converteu cerca de 100 massas
nada à atividade magnética do Sol. Quando o Sol está no terrestres de massa em energia, desde sua formação até
período de atividade mínima, costuma-se registrar tem- o presente. O Sol ficará na sequência principal
[90]
por cerca
peraturas médias mais baixas do que o normal na Terra. de 10 bilhões (10 mil milhões) de anos.
Por outro lado, temperaturas médias mais altas do que o Em cerca de 5 bilhões (5 mil milhões) de anos, o hidrogê-
normal estão correlacionadas com ciclos solares mais lon- nio no núcleo solar esgotará. Quando isto ocorrer, o Sol
gos que o geral. No século XVII, o ciclo solar aparente- entrará em contração devido à sua própria gravidade, ele-
mente parou por completo por várias décadas, visto que vando a temperatura do núcleo solar até 100 milhões de
poucas manchas solares foram observadas durante este kelvins, suficiente para iniciar a fusão nuclear do hélio,
período. A Europa experenciou temperaturas muito bai- produzindo carbono, entrando na fase do ramo gigante
xas durante este século, fenômeno que foi denominado assimptótico.[22]
6.1 Eclipses do Sol 9

Orbit of the Moon


Orbit of the Earth

Penumbra
Umbra

Ciclo de vida do Sol.

O destino da Terra é precário. Como uma gigante ver-


melha, o Sol terá um raio máximo maior de 250 UA,
maior do que a órbita atual da Terra.[91] Porém, quando
o Sol tornar-se uma gigante vermelha, a estrela terá per- Sun
dido cerca de 30% de sua massa atual, devido à massa
perdida no vento solar, com os planetas afastando-se gra-
dualmente do Sol, à medida que o Sol perde massa. Este
Geometria de um eclipse solar total.
fator por si mesmo provavelmente seria o suficiente para
permitir que a Terra não fosse engolida pelo Sol, visto
que a Terra afastar-se-ia o suficiente da estrela, mas pes- luz solar. A constante solar é igual a aproximadamente
quisas recentes mostram que a Terra será engolida pelo Predefinição:Fmtn a 1 UA do Sol, ou seja, na ou pró-
Sol devido à forças de maré.[91][92] xima à órbita da Terra,[96] sendo que o planeta recebe
Mesmo que a Terra não seja incinerada pelo Sol, a água por segundo Predefinição:Fmtn.[nota 4] Porém, a luz solar
do planeta evaporará, e a maior parte de sua atmosfera na superfície da Terra é atenuada pela atmosfera terres-
escapará para o espaço. De fato, o Sol gradualmente tre, diminuindo a potência por unidade de área recebida
torna-se mais brilhante com o passar do tempo, mesmo na superfície para aproximadamente Predefinição:Fmtn
na sequência principal (10% a cada Predefinição:Fmtn no zênite, em um céu claro.[98] A energia solar pode ser
anos), com sua temperatura de superfície gradualmente coletada através de uma variedade de processos sintéticos
aumentando com o tempo. O Sol foi no passado menos e naturais.
brilhante, sendo que no início possuía 75% da luminosi- A luz solar é indispensável para a manutenção de vida
dade atual, uma possível razão pela qual vida em terra na Terra, sendo responsável pela manutenção de água
firme somente existiu nos últimos Predefinição:Fmtn no estado líquido, condição indispensável para permitir
anos. Em outros Predefinição:Fmtn anos, o aumento da vida como se conhece, e, através de fotossíntese em cer-
temperatura fará com que a superfície da Terra torne-se tos organismos (utilizando água e dióxido de carbono),
quente demais para possibilitar a existência de água lí- produz o oxigênio (O2 ) necessário para a manutenção
quida, e portanto, impossibilitará vida na Terra em sua da vida nos organismos dependentes deste elemento e
forma atual.[91][93] compostos orgânicos mais complexos (como glucose)
A fusão de hélio sustentará o Sol por cerca de 100 mi- que são utilizados por tais organismos, bem como outros
lhões de anos, quando então o hélio no núcleo solar es- que alimentam-se dos primeiros. A energia solar tam-
gotará. O Sol não possui massa o suficiente para conver- bém pode ser capturada através de células solares, para
ter carbono em oxigênio, e portanto, não explodirá como a produção de eletricidade ou efetuar outras tarefas úteis
uma supernova. Ao invés disso, após o término da fusão (como aquecimento). Mesmo combustíveis fósseis tais
de hélio, intensas pulsações térmicas farão com que o Sol como petróleo foram produzidos via luz solar — a ener-
ejete suas camadas exteriores, formando uma nebulosa gia existente nestes combustíveis foi originalmente con-
planetária. O único objeto que permanecerá após a eje- vertida de energia solar via fotossíntese, em um passado
ção será o extremamente quente núcleo solar, que resfri- distante.[99]
ará gradualmente, permanecendo como uma anã branca
com metade da massa atual (com o diâmetro da Terra)
por bilhões (mil milhões) de anos. Este cenário de evo- 6.1 Eclipses do Sol
lução estelar é típico de estrelas de massa moderada e
baixa.[94][95] Predefinição:Artigo principal
Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa na frente do
Sol e da Terra, cobrindo parcialmente ou totalmente o
6 Luz solar Sol. Estes eventos podem ocorrer apenas durante a Lua
nova, onde o Sol e a Lua estão em conjunção, como visto
da Terra. Entre dois a cinco eclipses solares ocorrem por
Predefinição:Artigo principal ano na Terra, com o número de eclipses totais do Sol va-
A luz solar é a principal fonte de energia da Terra. A riando entre zero e dois.[100] Eclipses totais do Sol são
constante solar é a quantidade de potência que o Sol raras em uma localização qualquer na Terra devido que
deposita por unidade de área diretamente exposta para cada eclipse total existe apenas em um estreito corredor
10 8 MOVIMENTO E LOCALIZAÇÃO DENTRO DA VIA LÁCTEA

na área relativamente pequena da penumbra da Lua. massa total do Sistema Solar (99,86%).[106] O espaço en-
tre corpos celestes dentro do Sistema Solar não é vazio,
sendo preenchido por plasma proveniente do vento solar,
bem como poeira, gás e partículas elementares, que cons-
7 Sistema planetário tituem o meio interplanetário.[101]

Predefinição:Artigo principal
8 Movimento e localização dentro
da Via Láctea

s Or
riu io
n-
itta Cy
S ag gn
us

a-
rin
Ca

tum
Crux-Scu
Representação artística do Sistema Solar, tamanho não em es-
cala.

O Sol, como várias outras estrelas, possui seu próprio


sistema planetário, que é o Sistema Solar, constituído
de todos os corpos celestes que orbitam em torno do
Sol devido à atração gravitacional solar. Estes corpos
estão divididos em três categorias principais: planetas,
planetas anões e corpos menores, bem como seus respec-
tivos satélites.[101]
Localização do Sol na Via Láctea.
Oito planetas orbitam em torno do Sol: Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Os pla- O Sol localiza-se próximo ao limite anterior do Braço de
netas podem ser classificados como sólidos ou gasosos, Órion na Nuvem Interestelar Local ou Cinturão de Gould,
ou, mais especificamente, de acordo com suas caracterís- a uma distância hipotetizada de 7,5 a 8,5 kpc (25 a 28 mil
ticas físico-químicas, com os planetas mais próximos do anos-luz) do centro da Via Láctea,[107][108][109][110] dentro
Sol sendo sólidos e densos, mas de relativa pouca massa; da Bolha Local, um espaço de gás quente rarefeito, pos-
e os planetas mais afastados sendo gasosos massivos de sivelmente produzido por remanescentes da supernova
baixa densidade.[101] Geminga.[111] A distância entre o braço local e o próximo
Plutão foi considerado desde sua descoberta em 1930 até braço, o Braço de Perseus, é de cerca de 6,5 mil anos-
2006 como o nono planeta do Sistema Solar. Em 2006, luz.[112] O Sol, e portanto, o Sistema Solar, encontra-se
a União Astronômica Internacional criou a classificação na zona habitável da galáxia.
de planeta anão. Presentemente, o Sistema Solar possui O ápice solar é a direção do Sol em sua órbita na Via
cinco planetas anões: Plutão, Eris, Haumea, Makemake,
Láctea. A direção geral da moção solar aponta para a es-
e Ceres.[102] Todos são plutoides,[103] com exceção de Ce- trela Vega, próxima à constelação Hércules, a um ângulo
res, localizado no cinturão de asteroides. O número de de cerca de 60 graus para a direção do centro galáctico.
planetas anões poderá crescer nos próximos anos na me- Para um observador em Alpha Centauri, o sistema este-
dida em que novos plutoides são descobertos.[104] lar mais próximo do Sistema Solar, o Sol apareceria na
Os corpos menores pertencem a vários grupos de objetos. constelação Cassiopéia.[113]
Entre Marte e Júpiter localiza-se o cinturão de asteroides,
Acredita-se que a órbita do Sol em torno do centro da
com asteroides troianos nas órbitas de Júpiter e Neptuno.
Via Láctea seja elíptica, com a adição de perturbações
Além da órbita de Neptuno localiza-se o cinturão de Kui-
devido aos braços espirais galácticos e de distribuição
per. Entre 20 a 100 mil UA do Sol localiza-se a Nuvem de
não uniforme de massa na galáxia. Além disso, o Sol
Oort, hipotetizada como a fonte de cometas do Sistema oscila para cima e para baixo, relativo ao plano galáctico,
Solar.[105] cerca de 2,7 vezes por órbita. Isto é similar ao funciona-
A massa de todos estes objetos constituem em conjunto mento de um oscilador harmônico simples sem força de
apenas uma pequena porção da massa total do Sistema arrasto. Cientistas afirmaram que os eventos de passagem
Solar (0,14%), com o Sol concentrando a maior parte da do Sistema Solar nos braços espirais de maior densidade
9.2 Problema do aquecimento coronal 11

muitas vezes coincide com eventos de extinção em massa todos os três tipos de neutrino, e descobriu que a emissão
na Terra, possivelmente devido a um aumento de eventos solar de neutrinos é aproximadamente a mesma predita
de impacto causado por distúrbios gravitacionais de es- no Modelo Solar Padrão, embora dependendo da energia
trelas próximas.[114] O Sistema Solar completa uma ór- dos neutrinos, neutrinos elétron podem chegar a compor
bita em torno do centro da Via Láctea (um ano galáctico) apenas um terço do número total.[119][121] Esta propor-
a cada 225-250 milhões de anos.[115] com o Sol tendo ção é similar ao predito pelo efeito Mikheyev-Smirnov-
completado entre 20 e 25 órbitas desde sua formação. A Wolfenstein, que descreve a oscilação de neutrinos em
velocidade orbital do Sistema Solar em torno do centro matéria. Como consequência, o problema do neutrino
da galáxia é de cerca de 251 km/s.[15] Nesta velocidade, solar é considerado resolvido.[119]
o Sol toma cerca de 1,4 mil anos para percorrer um ano-
luz, ou oito dias para percorrer 8 UA.[116]
9.2 Problema do aquecimento coronal
A moção do Sol relativo ao baricentro do Sistema Solar é
complicado por perturbações dos planetas. A cada sécu-
los, esta moção alterna entre retrógrado e prógrado.[117]

9 Problemas teóricos

9.1 Problema do neutrino solar

Imagem de anel coronal, tomado pela TRACE.

Predefinição:Artigo principal
Sabe-se que a fotosfera, a superfície visível do Sol, possui
uma temperatura de cerca de Predefinição:Fmtn. Acima
Número de neutrinos predito em teoria (em amarelo) e observa-
dos (em azul), em 2000. da fotosfera, porém, na coroa solar, as temperaturas au-
mentam para 1 a 2 milhões K.[55] A alta temperatura da
Predefinição:Artigo principal coroa solar indica que esta região é aquecida por um outro
[57]
Por muitos anos o número de neutrinos elétron solares de- mecanismo além de condução térmica da fotosfera.
tectado na Terra era um terço a metade do número pre- Acredita-se que a energia necessária para aquecer a co-
dito no modelo solar padrão. Esta anomalia foi chamada roa solar é fornecida pela moção turbulenta na zona de
de problema dos neutrinos solares. Teorias que foram convecção sob a fotosfera, e dois mecanismos primários
propostas para resolver o problema tentaram ou reduzir foram propostos para explicar este aquecimento.[55] O
a temperatura do interior solar para explicar os números primeiro mecanismo é aquecimento ondular, onde o qual
menores, ou argumentaram que neutrinos elétron podem ondas sonoras, gravitacionais ou magnetohidrodinâmicas
oscilar — mudar de sabor — durante a jornada do núcleo são produzidos pela turbulência na zona de convecção.[55]
solar para a Terra, para os neutrinos tau e múon, ambos Estas ondas locomovem-se para a superfície, e dissipam
indectetáveis com a tecnologia da época.[118] Vários ob- na coroa, depositando sua energia no gás ambiente na
servatórios de neutrinos foram construídos na década de forma de calor.[122] O outro mecanismo é aquecimento
1980 para medir o fluxo de neutrinos solares o mais preci- magnético, onde o qual energia magnética é estocada
samente possível, tais como o Observatório de Neutrinos continuamente pela moção fotosférica, e solta através de
de Sudbury e Kamiokande.[119] Dados destes observató- reconexão magnética, primariamente através de grandes
rios eventualmente levaram à descoberta de que neutrinos erupções solares, embora erupções solares de menor ta-
possuem uma pequena massa, e que oscilam, mudando manho mais comuns do que grandes erupções, embora a
de sabor.[120][44] Além disso, em 2001, o Observatório energia total hipotetizada solta por microerupções (erup-
de Neutrinos de Sudbury conseguiu detectar diretamente ções de tamanho muito menor) seja significantemente
12 10 HISTÓRIA DE OBSERVAÇÃO

menor do que a energia total solta por erupções solares 9.4 Outras anomalias
tradicionais — também contribuam para o aquecimento
da coroa solar.[123] O Sol está atualmente comportando-se inesperadamente
[128][129]
Não se sabe mecanismos de aquecimento ondular são efe- em várias maneiras:
tivamente responsáveis pelo aquecimento da coroa solar.
Análises mostram que todos os tipos de ondas exceto • O Sol está no meio de um período de atividade
ondas de Alfvén dissipam-se antes de chegar na coroa mínima do ciclo solar, muito mais longo, e com
solar.[124] Além disso, ondas de Alfvén não dissipam-se uma percentagem de dias onde o Sol não possui
com facilidade na coroa solar. Consequentemente, pes- nenhuma mancha solar, do que o esperado; desde
quisas sobre o problema do aquecimento da coroa so- maio de 2008, várias predições foram feitas indi-
lar estão centralizadas sobre mecanismos magnéticos de cando o aumento iminente da atividade solar, todas
aquecimento.[55] elas refutadas.

• O brilho atual do Sol é menor do que o usual durante


o período de atividade mínima do ciclo solar.

9.3 Paradoxo do jovem Sol fraco • Nas últimas duas décadas, a velocidade do vento so-
lar caiu 3%, sua temperatura caiu 13%, e sua densi-
dade, 20%.

• O campo magnético do Sol possui apenas metade


1984

Center of Mass da força registrada no último período de atividade


mínima do ciclo solar, em 1987. Como resultado, a
1994 1959 heliosfera, que preenche o Sistema Solar, diminuiu
de tamanho, resultando no aumento da radiação cós-
mica atingindo a Terra e sua atmosfera.
1973

1988 1948
1950
1981

1951
10 História de observação
1991
1964
1990 Nucleus of Sun
10.1 Na antiguidade
1952
1968

1955

1978 1945
Limb of Sun

Moção do baricentro do Sistema Solar, relativo ao Sol.

Predefinição:Artigo principal
Modelos teóricos do desenvolvimento do Sol sugerem
que, entre 3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás, durante o
arqueano, o Sol possuía apenas 75% do brilho atual. Com
esta potência, a energia solar recebida pela Terra não
seria suficiente para sustentar água no estado líquido, e Acredita-se que o carro solar de Trundholm seja uma escultura
portanto, vida não poderia ter desenvolvido-se durante ilustrando um importante aspecto da mitologia nórdica.
este período.[nota 5][126] Porém, estudos geológicos mos-
tram que a temperatura terrestre tem permanecido está- O conhecimento mais fundamental da humanidade sobre
vel desde o término de sua formação, e que de fato, a o Sol é esta como um disco luminoso no céu, cuja pre-
Terra era mais quente após ter completado sua formação sença acima do horizonte cria o dia, e sua ausência cria
do que no presente. O consenso entre cientistas é que a noite. Várias culturas pre-históricas e antigas acredita-
a antiga atmosfera terrestre possuía quantidades maiores vam que o Sol era uma deidade solar, ou outro fenômeno
de gases do efeito estufa (tais como dióxido de carbono, supernatural. O veneramento do Sol foi um aspecto cen-
metano e/ou amônia) do que atualmente, tornando pos- tral de civilizações como os Incas da América do Sul e
sível estocar calor suficiente para compensar pela menor os Aztecas no atual México. Vários monumentos antigos
quantidade de energia solar recebida pelo planeta.[127] foram construídos com fenômenos solares em mente; por
10.2 Desenvolvimento do conhecimento científico 13

exemplo, monumentos megalíticos podem ser encontra- uma das primeiras observações ocidentais de manchas so-
dos em Nabta Playa (no Egito), em Mnajdra (em Malta) e lares, teorizando que tais eram características na super-
em Stonehenge (no Reino Unido). Newgrange, um monte fície solar ao invés de pequenos objetos passando entre
pre-histórico construído na Irlanda, foi construído para a Terra e o Sol.[137] Manchas solares, porém, já haviam
detectar o solstício de inverno; a pirâmide de Templo de sido observadas desde a dinastia Han, com astrônomos
Kukulcán, em Chichén Itzá (no México), foi desenhada chineses mantendo documentos escritos destas observa-
para lançar sombras com o formato de serpentes subindo ções por séculos.
a pirâmide, nos equinócios de primavera e outono. Em 1672, Giovanni Cassini e Jean Richer determinaram
Durante a era do Império Romano, o aniversário do Sol a distância entre a Terra e Marte e, com os novos da-
era um feriado celebrado como Sol Invictus (“Sol não- dos, foram capazes de calcular a distância entre a Terra
conquistado”), logo após o solstício de inverno, pode ter e o Sol. Isaac Newton observou a luz solar utilizando
sido um antecedente do Natal. Com respeito a estrelas fi- um prisma, mostrando que a luz solar é feita de várias
xas, o Sol, relativo à Terra, aparenta girar uma vez por cores,[138] e em 1800, William Herschel descobriu a ra-
ano em torno da eclíptica, pelo zodíaco, fazendo com diação infravermelha, também utilizando um prisma ex-
que astrônomos gregos considerassem o Sol como um dos posto à luz solar. A descoberta foi realizada após Hershel
sete planetas (do grego planetes, que significa “perambu- ter notado os novos raios, localizados além da parte ver-
lador”), etimologia explicando o nome dos sete dias da melha da luz visível do espectro solar.[139] Durante o
semana em vários idiomas.[130][131][132] século XIX, estudos de espectroscopia avançaram signi-
ficantemente e Joseph von Fraunhofer fez as primeiras
observações de linhas de absorção no espectro solar - de-
10.2 Desenvolvimento do conhecimento ci- vido à sua descoberta, as linhas de absorção mais fortes
entífico do espectro são comumente chamadas de linhas de Frau-
nhofer. Uma observação detalhada do espectro solar re-
Uma das primeiras pessoas a oferecer uma explicação vela um número de cores desaparecidas, que aparecem
científica ou filosófica do Sol foi o antigo filósofo grego como bandas pretas.[140] Ainda não se sabe as causas de
Anaxágoras de Clazômenas, que chegou à conclusão que algumas destas bandas pretas.[140]
o Sol era uma bola enorme de metal em chamas maior A fonte de energia do Sol foi um significante mistério du-
do que até o Peloponeso, e não a biga de Hélio.[133] Por rante os primeiros anos da era científica moderna. Uma
ensinar esta heresia, Anaxágoras foi preso pelas autorida-sugestão feita por Lord Kelvin descreveu o Sol como um
des locais e condenado à morte, tendo, no entanto, sido corpo celeste líquido, em resfriamento gradual, cuja ener-
solto através da intervenção de Péricles. Eratóstenes, no gia emitida seria proveniente de uma fonte interna de
século III a.C., estimou que a distância entre o Sol e a calor.[141] Kelvin e Hermann von Helmholtz então pro-
Terra de "estádios de miríades 400 e 80 000”, cuja tradu- puseram o mecanismo de Kelvin-Helmholtz como sendo
ção é ambígua, visto que pode significar 4,08 milhões de esta fonte de calor. Porém, a idade estimada do Sol, utili-
estádios (755 mil km) ou 804 milhões de estádios (148 zando este mecanismo, foi de apenas 20 milhões de anos,
a 153 milhões de km); o último valor possui apenas uma bem menos do que a idade estimada do Sistema Solar,
pequena percentagem de diferença com o valor aceitado de no mínimo 300 milhões de anos, na época.[nota 6][141]
atualmente. No século I a.C., Ptolomeu estimou a distân- Em 1890, Joseph Lockyer, que descobriu hélio no espec-
cia entre o Sol e a Terra como Predefinição:Fmtn vezes o tro solar, propôs uma hipótese meteorítica para explicar
raio terrestre.[134] a formação e evolução do Sol,[142] onde o calor do Sol era
[143]
Contribuições árabes medievais incluem a descoberta mantido por meteoros.
de que a direção da excentricidade orbital do Sol está Foi somente em 1904 que uma solução substanciada foi
em constante mudança (o equivalente do movimento da proposta. Ernest Rutherford sugeriu desintegração radio-
Terra ao longo de uma órbita elíptica na astronomia mo- ativa no interior do Sol como a fonte de energia solar.[144]
derna), por Albatenius,[135] e Ibn Yunus recordou mais de Porém, foi Albert Einstein que forneceu a pista essencial
Predefinição:Fmtn entradas sobre a posição do Sol utili- da fonte de energia solar, através da equação E = mc².[145]
zando um grande astrolábio.[136] Em 1920, Arthur Eddington propôs que a pressão e a
Acredita-se que a primeira teoria heliocêntrica, onde o temperatura do núcleo solar poderia produzir uma rea-
Sol é o centro em torno do qual os planetas orbitam, ção de fusão nuclear, onde átomos de hidrogênio (pró-
foi proposta pela primeira vez por Aristarco de Samos. tons) são fundidos entre si formando núcleos de hélio,
Vários astrónomos babilônicos, indianos e árabes pos- resultando[146]
na produção de energia, e da perda de massa
teriormente também propuseram teorias heliocêntricas, solar. A preoponderância de hidrogênio no Sol foi
na antiguidade e na era medieval. Esta teoria foi revi- confirmada em 1925 por Cecilia Payne-Gaposchkin. O
vida no século XVI por Nicolau Copérnico. No início do conceito teórico de fusão foi desenvolvido na década de
século XVII, a invenção do telescópio permitiu observa- 1930 pelos astrofísicos Subrahmanyan Chandrasekhar e
ções detalhadas das manchas solares por Thomas Harriot, Hans Bethe, sendo o último o primeiro cientista a calcu-
Galileu Galilei, e outros astrônomos. Galileu realizou lar em detalhes as duas reações nucleares primárias que
14 10 HISTÓRIA DE OBSERVAÇÃO

alimentam o Sol.[147][148] Em 1980, a Solar Maximum Mission foi lançada pela


Em 1957, um ensaio de seminário foi publicado por NASA. Este satélite artificial foi projetada para obser-
Margaret Burbidge, chamado de “Síntese dos Elementos var raio gama, raios X e raios ultravioleta das erupções
nas Estrelas”,[149] demonstrando que a maior parte dos solares durante um período de alta atividade solar e lu-
elementos químicos no universo foi sintetizado por rea- minosidade solar. Porém, apenas alguns meses depois do
ções nucleares dentro de estrelas, como o Sol. lançamento, uma falha eletrônica fez com que a espaço-
nave entrasse em standby, permanecendo três anos neste
estado inativo. Em 1984, a missão STS-41-C do ônibus
10.3 Missões espaciais solares espacial Challenger recuperou o satélite, reparando os sis-
temas eletrônicos da última, e lançando-a em órbita no-
vamente. Subsequentemente, a Solar Maximum Mission
tomou milhares de imagens da coroa solar, antes de ser
destruída em sua reentrada na atmosfera terrestre, que
ocorreu em junho de 1989.[153]
Lançado em 1991, o satélite artificial japonês Yohkoh
(“Raio de Sol”) observou erupções solares no compri-
mento de onda raio X. Data obtida pelo satélite permi-
tiram que cientistas identificassem vários tipos diferentes
de erupções, e também demonstraram que as camadas da
coroa solar além das regiões de atividade máxima eram
muito mais dinâmicas e ativas do que o previsto. A Yoh-
koh observou um ciclo solar completo, mas entrou em
standby mode quando um eclipse solar em 2001 fez com
que o satélite perdesse sua mira no Sol. Foi destruída em
sua reentrada na atmosfera terrestre em 2005. O satélite
Hinode, foi lançado em 2006, continuará com os estudos
tomados pela Yohkoh.[154]
Uma das missões solares mais importantes foi a sonda
Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), construída
A Lua passando na frente do Sol, vista pela STEREO-B em 25 de
em conjunto pela Agência Espacial Europeia e pela
fevereiro de 2007. Por causa do fato de que o satélite artificial
NASA, e lançada em 2 de dezembro de 1995.[56] Inici-
possui uma órbita heliocêntrica, seguindo a Terra, e estando sig-
nificantemente mais longe da última do que a Lua, esta aparece almente planejada como uma missão de dois anos de du-
menor do que o Sol na imagem.[150] ração, a sonda provou ser tão útil nos estudos do Sol que
ainda está presentemente em operação. Localizada no
Os primeiros satélites designados para observar o Sol fo- ponto de Lagrange entre a Terra e o Sol (sendo o ponto de
ram as Pioneer 5, 6, 7, 8 e 9, que foram lançadas entre Lagrange a região onde a atração gravitacional da Terra e
1959 e 1968. Estas sondas orbitaram o Sol a uma dis- do Sol é exatamente igual), a SOHO forneceu uma vista
tância similar à da Terra, e fizeram os primeiros estudos constante do Sol em vários comprimentos de ondas desde
detalhados do vento solar e do campo magnético solar. A seu lançamento.[56] Além de observar diretamente o Sol,
Pioneer 9 em especial operou por um longo tempo, trans- a SOHO permitiu a descoberta de um grande número de
mitindo informações até 1987.[151] cometas, a maior parte dos quais são pequenos cometas
rasantes que evaporam em sua aproximação do Sol.[155]
Na década de 1970, as Hélio, sondas espaciais, e o Apollo
Telescope Mount da Skylab, obtiveram novas informa- Todas estas espaçonaves observaram o Sol no plano da
ções significantes sobre o vento solar e a coroa solar. eclíptica, e consequentemente, apenas as regiões equa-
O programa Hélio foi realizado em conjunto entre os toriais foram exploradas em detalhes por estas espaçona-
Estados Unidos e a Alemanha, que estudaram o vento ves. A sonda Ulysses foi lançada em 1990 para estudar as
solar utilizando órbitas com os perélios localizados den- regiões polares do Sol, utilizando uma órbita significan-
tro da órbita de Mercúrio.[152] A estação Skylab, lan- temente inclinada em relação à eclípica. Para atingir tal
çado pela NASA em 1973, incluiu um módulo solar órbita, a Ulysses viajou até Júpiter, utilizando o planeta
observatório, o Apollo Telescope Mount, que era operado como uma catapulta gravitacional para alcançar a órbita
por astronautas residindo dentro da estação.[56] A Skylab necessária. Como a sonda Galileu, a Ulysses estava bem
fez as primeiras observações da região de transição solar e localizada para estudo o impacto do cometa Shoemaker-
das emissões ultravioletas da coroa solar.[56] Descobertas Levy 9 em Júpiter, em 1994. Quando a Ulysses alcançou
dos dois programas incluíram as primeiras observações a órbita planejada, a sonda iniciou os estudos do vento
de ejeção de massa coronal, nomeados então de “transi- solar e da força do campo magnético em altas altitudes
entes coronais”, e de buracos coronais, dos quais sabe-se solares, descobrindo que o veendo solar em altas latitudes
que estão bastante relacionados com o vento solar.[152] era cerca de 750 km/s mais devagar do que o esperado, e
15

que grandes ondas magnéticas emergiam em altas latitu- 11 Observação e efeitos em Terra
des solares, com estas ondas espalhando raios cósmicos
galácticos.[156] Sua última comunicação com a Terra foi
realizada em 30 de junho de 2009.

Imagem do Sol através de uma lente fotográfica da superfície da


Terra.

O Sol é muito brilhante, e olhar diretamente para o Sol a


olho nu por curtos períodos de tempo pode ser dolorido,
mas não é particularmente perigoso para olhos saudá-
veis e não-dilatados.[162][163] Além de dor, olhar direta-
Imagem inédita da superfície do Sol feita pelo Solar Dynamics mente para o Sol causa fosfenos e cegueira temporária.
Observatory em abril de 2010. A retina recebe 4 mW quando o Sol é diretamente ob-
servado a olho nu, levemente aquecendo-na, e podendo
lesionar olhos que não respondem apropriadamente ao
As abundâncias de elementos na fotosfera do Sol são brilho excessivo.[164][165] Radiação ultravioleta gradual-
bem conhecidas graças a estudos espectroscópicos, mas a mente faz com que as lentes dos olhos tornem-se amare-
composição do interior do Sol é menos definida. A sonda las com o tempo, e acredita-se que esta radiação contri-
espacial Gênese foi uma sonda espacial designada para bua na formação de cataratas, mas em ambos os casos,
coletar sonda espacial, retornando o material coletado à isto é relacionado com exposição geral ao Sol, e não com
Terra, e portanto, permitir que astrônomos estudassem a ação de olhar diretamente ao Sol.[nota 7][166] Observa-
diretamente a composição do material solar. Embora a ções a olho nu do Sol de longa duração pode causar le-
Genesis tenha coletado material do vento solar com su- sões na retina, induzidas por raios ultravioleta, similares
cesso, em seu retorno à Terra, durante a reentrada at- à queimaduras solares, após 100 segundos de exposição
mosférica, o pára-quedas da espaçonave não abriu, com
direta, particularmente quando raios ultravioleta do Sol
a sonda impactando o solo terrestre em alta velocidade. são intensos e bem focalizados.[167][168] Pessoas com até
A sonda foi severamente danificada, mas algumas amos-
25 anos de idade, novos implantes de lentes (que permi-
tras foram recuperadas, estando presentemente analisa- tem a entrada de mais raios ultravioleta dentro dos olhos
dos por cientistas.[157]
do que lentes naturais envelhecidas), Sol em ângulos pró-
As duas espaçonaves do programa Solar Terrestrial Rela- ximo ao zénite, e observações feitas em alta altitude, são
tions Observatory (STEREO) foram lançadas em outubro todos fatores que aumentam a suceptibilidade de lesões
de 2006. As espaçonaves idênticas foram lançadas em em observações diretas a olho nu.
órbitas heliocêntricas, com a sonda A à frente da Terra Observar o Sol utilizando instrumentos ópticos que con-
no seu caminho orbital, e o satélite B, atrás da Terra, centram luz, tais como binóculos e telescópios, é uma ati-
com ambas as sondas afastando da Terra (e entre si) nes- vidade bastante perigosa sem um filtro bloqueador de ra-
tas direções opostas. Tais órbitas permitem a observa- diação ultravioleta e que diminui significantemente o bri-
ção estereoscópica do Sol e de fenômenos solares como lho solar. Um filtro de densidade neutra pode não filtrar
ejeções de massa coronais.[158][159] raios ultravioleta e portanto, observações com estes fil-
Em 21 de abril de 2010, a NASA divulgou imagens iné- tros é ainda perigoso. Filtros atenuantes para observação
ditas da superfície do astro, enviadas pela sonda Solar solar devem ser feitas especificamente para este uso: al-
Dynamics Observatory, lançada em fevereiro de 2010 e guns filtros improvisados não filtram raios ultravioleta ou
equipada com câmeras de alta definição e ultravioleta de infravermelho, estes podendo machucar os olhos em alto
última geração. A missão da SDO durará cinco anos e brilho.[169] Binóculos sem filtros podem aumentar em 500
os cientistas acreditam que ela mudará completamente o vezes a quantidade de energia solar recebida pela retina,
entendimento que se tem hoje da estrela.[160][161] matando células deste tecido de forma quase instantânea;
16 12 O SOL NA CULTURA HUMANA

apesar da potência por unidade de área da imagem na fortemente atenuada pela camada de ozônio, e portanto,
retina ser a mesma, o calor não pode dissipar rápido o a quantidade de luz ultravioleta varia bastante com a
possível devido ao tamanho maior da imagem. Mesmo latitude, sendo parcialmente responsável por várias adap-
rápidas observações com binóculos sem filtros no meio- tações biológicas em seres vivos, incluindo variações da
dia podem causar cegueira permanente.[170] cor da pele humana em várias regiões da Terra.[175]
A observação direta de eclipses solares parciais são pe-
rigosos por causa de que a pupila dos olhos não estão
adaptados ao grande contraste de brilho: a pupila di- 12 O Sol na cultura humana
lata de acordo com a quantidade de luz total no campo
de visão, não de acordo com o objeto mais brilhante no Predefinição:Artigo principal
campo de visão. Durante eclipses parciais, a maior parte
da luz solar é bloqueada pela Lua passando à frente do
Sol, mas as partes da fotosfera não cobertas pela Lua pos-
suem o mesmo brilho de superfície do que durante um
dia normal. Neste caso, observação direta do Sol nestas
circumstâncias aumenta o diâmetro da pupila de 2 mm
para 6 mm, e neste caso, cada célula da retina exposto
à luz solar recebe cerca de 10 vezes mais luz do que ob-
servação do Sol em um dia normal, podendo lesionar ou
matar estas células, resultando em manchas de cegueira
permanente no campo de visão.[171] O perigo não é ime-
diatamente percebido por observadores inexperientes e
crianças, devido à ausência de dor, com os observadores
não notando de imediato que sua visão está sendo des-
truída. Os mesmos princípios aplicam-se para eclipses
totais do Sol, com exceção da fase de totalidade, embora
esta fase seja de curta duração, e observação direta nesta
fase deve ser realizada com cuidado.
Durante o nascer do Sol e o pôr-do-sol, a luz do Sol é Disco dedicado ao Sol Invictus.
atenuada devido à dispersão de Rayleigh e à dispersão
de Mie, através de uma passagem particularmente longa Como outros fenômenos naturais, o Sol foi um objeto
na atmosfera terrestre,[172] e condições atmosféricas tais de veneração em várias culturas ao longo da história da
como neblina, altas quantidades de pó na atmosfera e alta humanidade, sendo a origem da palavra domingo em vá-
umidade atmosférica, também podem diminuir o brilho rios idiomas. A origem da palavra “Sol” nos idiomas
do Sol em pleno dia. Nestes períodos, a intensidade do românicos e anglo-saxônicas provém do protoindo-
Sol pode diminuir o suficiente para ser visto confortavel- europeu, um antigo ancestral dos atuais idiomas indo-
mente a olho nu ou sem perigo utilizando instrumentos europeus, sendo utilizado há pelo menos cerca de três mi-
ópticos (desde que não haja risco de uma repentina mu- lênios, não possuindo nenhum significado cultural, sendo
dança nas condições atmosféricas, tal como o Sol apare- utilizada apenas para descrever a fonte de luz do céu du-
cendo de repente entre um espaço entre nuvens).[173] rante o dia.[176] “Sol” é o nome moderno da estrela em
vários idiomas além do português, tais como espanhol,
Um raro fenômeno óptico que pode ocorrer logo após
catalão, galego.[177] A moeda do Peru, o sol novo, foi
o nascer do Sol, ou antes do pôr-do-sol, que é conhe-
assim chamada em homenagem ao Sol Predefinição:Es,
cido como brilho verde. O brilho é causado pela luz do
bem como seus antecessores, o Inti (em quechua, além
Sol, este estando um pouco abaixo do horizonte, sendo
de ser o Deus solar da civilização Inca) e o sol antigo.
refracionada em direção ao observador, geralmente, atra-
Em persa, “sol” significa "ano solar".
vés de inversão térmica. A refração de luz de compri-
mento de ondas menores (violeta, azul e verde) é maior O Sol não possui um nome oficial, de acordo com a
do que aquela que ocorre em luz de comprimento de on- União Astronômica Internacional, o órgão responsável
das maiores (amarelo, laranja e vermelho). A luz violeta pela nomeação de corpos celestes.[178] Por exemplo, Sol
e azul dispersam-se mais do que a luz verde, fazendo com em inglês pode ser “Sun” ou “Sol”. Embora essa última
que a luz observada seja visto como verde.[174] forma seja aceita em inglês, não é comumente utilizada.
O adjetivo do Sol é “solar”.[179]
Luz ultravioleta do Sol possui propriedades anti-sépticas,
e pode ser utilizado no saneamento de objetos e água. No Leste da Ásia, o Sol é representado pelo símbolo
Raios ultravioleta possuem um papel importante na pro- (chinês pinyin rì, ou japonês nichi) ou , no chinês tra-
dução de vitamina D no corpo humano, embora em ex- dicional e japonês; ou , no chinês simplificado (pinyin
cesso cause queimaduras solares. A luz ultravioleta é tài yáng ou japonês taiyō). Em vietnamita, estes símbo-
los chineses são descritos como nhật e dương, respecti-
17

vamente, enquanto que a palavra vietnmanita nativa mặt [17] Predefinição:Cite journal
trời significa “face do céus”. A Lua e o Sol são associa-
[18] Predefinição:Cite journal
dos com o yin-yang, onde a Lua representa “yin” e o Sol
representa “yang”, representando opostos dinâmicos.[180] [19] Phillips, 1995, pp. 78–79

[20] Predefinição:Cite book


13 Ver também [21] Predefinição:Cite web

[22] Predefinição:Cite book


Predefinição:Portal-Sistema Solar
[23] Predefinição:Cite journal
• Classificação estelar [24] Zirker, 2002, p. 11
• Eclipse solar [25] Phillips, 1995, p. 73
• Eclíptica [26] Phillips, 1995, pp. 58–67
• Energia solar [27] Predefinição:Cite web
• Lista das estrelas mais brilhantes [28] Predefinição:Cite journal

• Ponto antissolar [29] Predefinição:Cite journal

• Sistema Solar [30] Predefinição:Cite web

[31] Predefinição:Cite journal


Predefinição:Notas
[32] Zirker, 2002, pp. 15–34

[33] Phillips, 1995, pp. 47-53


14 Referências
[34] Predefinição:Cite journal
[1] Sol. iDicionário Aulete. Página visitada em 14 de abril de [35] p. 102, The physical universe: an introduction to astro-
2010. nomy, Frank H. Shu, University Science Books, 1982,
[2] Predefinição:Cite journal ISBN 0-935702-05-9.

[3] Predefinição:Cite web [36] Predefinição:Cite web

[4] Predefinição:Cite book [37] Predefinição:Cite book

[5] Predefinição:Cite web [38] Predefinição:Cite web

[6] Predefinição:Cite journal [39] Predefinição:Cite book

[7] Predefinição:Cite web [40] Predefinição:Cite journal

[8] Predefinição:Cite news [41] Predefinição:Cite journal

[9] Predefinição:Cite journal [42] Predefinição:Cite web

[10] A Star with two North Poles, April 22, 2003, Science @ [43] Predefinição:Cite journal
NASA.
[44] Predefinição:Cite journal
[11] Riley, Pete; Linker, J. A.; Mikić, Z., "Modeling the he-
[45] Predefinição:Cite web
liospheric current sheet: Solar cycle variations", (2002)
Journal of Geophysical Research (Space Physics), Vo- [46] Predefinição:Cite book
lume 107, Issue A7, pp. SSH 8-1, CiteID 1136, DOI
10.1029/2001JA000299. (Full text) [47] Predefinição:Cite book

[12] Predefinição:Cite journal [48] Predefinição:Cite journal

[13] Predefinição:Cite journal [49] Predefinição:Cite book

[14] Predefinição:Cite journal [50] Predefinição:Cite book

[15] Predefinição:Cite journal [51] Predefinição:Cite web

[16] Predefinição:Cite journal [52] Predefinição:Cite web


18 14 REFERÊNCIAS

[53] Predefinição:Cite journal [87] Predefinição:Cite journal

[54] Predefinição:Cite journal [88] Predefinição:Cite journal

[55] Predefinição:Cite journal [89] Predefinição:Cite journal

[56] Predefinição:Cite journal [90] Predefinição:Cite book

[57] Predefinição:Cite book [91] Predefinição:Cite journal

[58] Predefinição:Cite journal [92] Predefinição:Cite news

[59] Predefinição:Cite book [93] Predefinição:Cite news

[60] Predefinição:Cite web [94] Predefinição:Cite web

[61] • Predefinição:Cite journal [95] Predefinição:Cite journal


• Predefinição:Cite journal
[96] Predefinição:Cite web
[62] Predefinição:Cite book
[97] Predefinição:Cite web
[63] Predefinição:Cite journal
[98] Predefinição:Cite book
[64] Predefinição:Cite web
[99] Phillips, 1995, pp. 319-321
[65] Predefinição:Cite journal
[100] Predefinição:Cite book
[66] Ross and Aller 1976, Withbroe 1976, Hauge and Engvold
[101] Predefinição:Cite web
1977, cited in Biemont 1978.
[102] Predefinição:Cite web
[67] Corliss and Bozman (1962 citado em Biemont 1978) and
Warner (1967 citado em Biemont 1978) [103] Predefinição:Cite web
[68] Smith (1976 citado em 1978) [104] Predefinição:Citeweb
[69] Signer and Suess 1963; Manuel 1967; Marti 1969; Ku- [105] Predefinição:Cite web
roda and Manuel 1970; Srinivasan and Manuel 1971, all
cited in Manuel and Hwaung 1983 [106] Predefinição:Cite journal

[70] Kuroda and Manuel 1970 citado em Manuel e Hwaung [107] Predefinição:Cite journal
1983:7
[108] Predefinição:Cite journal
[71] Predefinição:Cite journal
[109] Predefinição:Cite journal
[72] Predefinição:Cite web
[110] Predefinição:Cite journal
[73] Zirker, 2002, pp. 119-120
[111] Predefinição:Cite journal
[74] Predefinição:Cite book
[112] Predefinição:Cite web
[75] Predefinição:Cite book
[113] Predefinição:Cite web
[76] Predefinição:Cite web
[114] Predefinição:Cite journal
[77] Predefinição:Cite web
[115] Predefinição:Cite web
[78] Predefinição:Cite journal
[116] Predefinição:Cite book
[79] Predefinição:Cite web
[117] Sun’s retrograde motion and violation of even-odd cycle
[80] Predefinição:Cite web rule in sunspot activity, J. Javaraiah, 2005.

[81] Predefinição:Cite journal [118] Predefinição:Cite journal

[82] Predefinição:Cite book [119] Predefinição:Cite journal

[83] Predefinição:Cite web [120] Predefinição:Cite journal

[84] Predefinição:Cite journal [121] Predefinição:Cite web

[85] Predefinição:Cite journal [122] Predefinição:Cite journal

[86] Zirker, 2002, pp. 7-8 [123] Predefinição:Cite journal


19

[124] Predefinição:Cite journal [159] Predefinição:Cite journal

[125] Predefinição:Cite journal [160] CNN:NASA unveils new images of the sun

[126] Predefinição:Cite journal [161] NASA’s New Eye on the Sun Delivers Stunning First Ima-
ges
[127] Predefinição:Cite journal
[162] Predefinição:Cite journal
[128] Robert Zimmerman, “What’s Wrong with Our Sun?", Sky
and Telescope August 2009 [163] Predefinição:Cite journal

[129] Título ainda não informado (favor adicionar). [164] Predefinição:Cite journal

[130] Predefinição:Citeweb Note: select the Etymology tab [165] Predefinição:Cite journal

[131] Predefinição:Cite journal [166] Predefinição:Cite web

[132] Predefinição:Cite book [167] Predefinição:Cite journal

[133] Predefinição:Cite journal [168] Predefinição:Cite book

[134] Predefinição:Cite journal [169] Predefinição:Cite book

[135] A short History of scientific ideas to 1900, C. Singer, Ox- [170] Predefinição:Cite journal
ford University Press, 1959, p. 151.
[171] Predefinição:Cite web
[136] The Arabian Science, C. Ronan, pp. 201–244 in The
Cambridge Illustrated History of the World’s Science, Cam- [172] Predefinição:Cite journal
bridge University Press, 1983; at pp. 213–214.
[173] Predefinição:Cite journal
[137] Predefinição:Cite web
[174] Predefinição:Cite web
[138] Predefinição:Cite web
[175] Predefinição:Cite journal
[139] Predefinição:Cite web
[176] Predefinição:Cite web
[140] Predefinição:Cite web
[177] Predefinição:Cite web
[141] Predefinição:Cite journal
[178] Predefinição:Cite web
[142] Predefinição:Cite book
[179] Predefinição:Cite web
[143] Predefinição:Cite book
[180] Osgood, Charles E. “From Yang and Yin to and or but.”
[144] Predefinição:Cite web Language 49.2 (1973): 380–412 . JSTOR. 16 Nov. 2008
<http://www.jstor.org/search>.
[145] Predefinição:Cite book

[146] Predefinição:Cite web


15 Leia mais
[147] Predefinição:Cite journal

[148] Predefinição:Cite journal • Predefinição:Cite journal

[149] Predefinição:Cite journal

[150] Predefinição:Cite web 16 Ligações externas


[151] Predefinição:Cite web
Predefinição:Wikipédia audível Predefinição:Correlatos
[152] Predefinição:Cite journal

[153] Predefinição:Cite web


• Predefinição:Link

[154] Predefinição:Cite web • Predefinição:Link

[155] Predefinição:Cite web • Predefinição:Link

[156] Predefinição:Cite web • Predefinição:Link

[157] Predefinição:Cite journal • Predefinição:Link

[158] Predefinição:Cite web • Predefinição:Link


20 16 LIGAÇÕES EXTERNAS

• Predefinição:Link

• Predefinição:Link

Predefinição:Estrela Predefinição:O Sol


Predefinição:Sondas solares Predefinição:Sistema
Solar
Predefinição:Portal3 Predefinição:Artigo destacado
Predefinição:Bom interwiki Predefinição:Bom in-
terwiki Predefinição:Bom interwiki Predefinição:Link
FA Predefinição:Link FA Predefinição:Link
FA Predefinição:Link FA Predefinição:Link
FA Predefinição:Link FA Predefinição:Link
FA Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA
Predefinição:Link FA

[1] Na astronomia, “elementos pesados”, ou “metais”,


referem-se a todos os elementos químicos com exceção
do hidrogênio e do hélio.[21]

[2] A potência de uma vela acesa típica é de 10 a 100 W.[40]

[3] A atmosfera terrestre no nível do mar possui uma densi-


dade de partículas de 2 x 1025 m−3 .

[4] 1 GW equivale à produção de uma grande usina termoe-


létrica ou usina nuclear.[97]

[5] A primeira evidência sólida de vida na Terra data de 3,4


bilhões (3,4 mil milhões) de anos atrás.[125]

[6] Na época, no século XIX, datando antes da descoberta


da datação radiométrica, não havia evidências científicas
indicando que a Terra era muito mais antiga do que cien-
tistas da época acreditavam, possuindo na verdade cerca
de 4,5 bilhões (4,5 mil milhões) de anos.

[7] Apesar de que exposição ambiental para radiação ultravi-


oleta contribua para o envelhecimento acelerado das ca-
madas exteriores dos olhos e na formação de cataratas, a
preocupação com observações impróprias de eclipses so-
lares é a formação de cegueira de eclipses, ou queimadu-
ras da retina.
21

17 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem


17.1 Texto
• Sol Fonte: https://pt.wikiversity.org/wiki/Sol?oldid=77205 Contribuidores: CommonsDelinker, Rotlink e Anónimo: 1

17.2 Imagens
• Ficheiro:171879main_LimbFlareJan12_lg.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/171879main_
LimbFlareJan12_lg.jpg Licença: Public domain Contribuidores: http://www.nasa.gov/mission_pages/solar-b/solar_017.html Artista
original: Hinode JAXA/NASA
• Ficheiro:446667main1_sdo-fulldisk-670.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e8/446667main1_
sdo-fulldisk-670.jpg Licença: Public domain Contribuidores: NASA [1] Artista original: NASA’s SDO
• Ficheiro:Ciclo_de_vida_do_sol.PNG Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/22/Ciclo_de_vida_do_sol.PNG Li-
cença: GFDL Contribuidores: Traducao da imagem para o portugues Artista original: Cristopher
• Ficheiro:Disc_Sol_BM_GR1899.12-1.2.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ef/Disc_Sol_BM_GR1899.
12-1.2.jpg Licença: CC BY 2.5 Contribuidores: Jastrow (2007) Artista original: Desconhecido
• Ficheiro:EffectiveTemperature_300dpi_e.png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0d/EffectiveTemperature_
300dpi_e.png Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: Drawn by myself. The solar spectrum is the WRC spectrum provided by M. Iqbal:
An Introduction to Solar Radiation, Academic Press 1983, Table C1. The black body spectral irradiance has been computed from a black-
body spectrum for T equal 5777 K and assuming a solid angle of 6.8e-5 steradian for the source (the solar disk). Artista original: Sch
• Ficheiro:FusionintheSun.png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/86/FusionintheSun.png Licença: CC-BY-
SA-3.0 Contribuidores: ? Artista original: ?
• Ficheiro:Geometry_of_a_Total_Solar_Eclipse.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/00/Geometry_of_a_
Total_Solar_Eclipse.svg Licença: Public domain Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Sagredo
• Ficheiro:Heliosphere_drawing.gif Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bd/Heliosphere_drawing.gif Licença:
Public domain Contribuidores: ? Artista original: ?
• Ficheiro:Heliospheric-current-sheet.gif Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b6/Heliospheric-current-sheet.gif
Licença: Public domain Contribuidores: [1] from http://lepmfi.gsfc.nasa.gov/mfi/hcs/hcs_shape.html . Artista original: Werner Heil (see
“other version” below).
• Ficheiro:Kép1.png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2b/K%C3%A9p1.png Licença: CC-BY-SA-3.0 Contri-
buidores: ? Artista original: ?
• Ficheiro:Milky_Way_Arms.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Milky_Way_Arms.svg Licença: CC-
BY-SA-3.0 Contribuidores: A redevelopment of Image:Milky Way Arms-Hypothetical.png: details about method below.
User:YUL89YYZ, User:Ctachme, Kevin Krisciunas, Bill Yenne: “The Pictorial Atlas of the Universe”, page 145 (ISBN 1-85422-025-X)
and µOR. Artista original: User:Rursus
• Ficheiro:Moon_transit_of_sun_large.ogg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0c/Moon_transit_of_sun_large.
ogg Licença: Public domain Contribuidores: http://science.nasa.gov/headlines/y2007/12mar_stereoeclipse.htm?list39638 Artista original:
NASA
• Ficheiro:STEREO-B_solar_eclipse.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/STEREO-B_solar_eclipse.jpg
Licença: Public domain Contribuidores: ? Artista original: ?
• Ficheiro:Solar-cycle-data.png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0d/Solar-cycle-data.png Licença: CC-BY-
SA-3.0 Contribuidores: ? Artista original: ?
• Ficheiro:Solar_eclipse_1999_4_NR.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1c/Solar_eclipse_1999_4_NR.jpg
Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: Obra do próprio www.lucnix.be Artista original: Luc Viatour
• Ficheiro:Solar_sys.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c2/Solar_sys.jpg Licença: Public domain Contribui-
dores: http://www.nasa.gov/ Artista original: Harman Smith and Laura Generosa (nee Berwin), graphic artists and contractors to NASA’s
Jet Propulsion Laboratory.
• Ficheiro:Solar_system_barycenter.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0c/Solar_system_barycenter.svg Li-
cença: CC BY-SA 3.0 Contribuidores:
• Solarsystembarycenter.gif Artista original: Solarsystembarycenter.gif: Carl Smith
• Ficheiro:Solvogn.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ca/Solvogn.jpg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuido-
res: ? Artista original: ?
• Ficheiro:Sun_Atmosphere_Temperature_and_Density_SkyLab.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/32/
Sun_Atmosphere_Temperature_and_Density_SkyLab.jpg Licença: Public domain Contribuidores: http://history.nasa.gov/SP-402/p2.htm
Artista original: John A. Eddy
• Ficheiro:Sun_diagram.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/76/Sun_diagram.svg Licença: CC BY-SA 3.0
Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Pbroks13
• Ficheiro:Sun_parts_big.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Sun_parts_big.jpg Licença: Public domain
Contribuidores: Diagram of a solar-type star from the Imagine the Universe web site, High Energy Astrophysics Science Archive Research
Center, NASA Goddard Space Flight Center. Artista original: Project leader: Dr. Jim Lochner; Curator: Meredith Gibb; Responsible
NASA Official:Phil Newman
22 17 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM

• Ficheiro:Sunspot-number.png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c7/Sunspot-number.png Licença: CC-BY-


SA-3.0 Contribuidores: Transferido de en.wikipedia para o Commons. Artista original: Leland McInnes em Wikipédia em inglês
• Ficheiro:The_sun1.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6e/The_sun1.jpg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contri-
buidores: http://www.robotbyn.se/solsystemet/images/sun.jpg Artista original: User:Lykaestria
• Ficheiro:Traceimage.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/93/Traceimage.jpg Licença: Public domain Con-
tribuidores: http://trace.lmsal.com/POD/TRACEpodarchive24.html (direct link) Artista original: NASA

17.3 Licença
• Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0

Você também pode gostar