04 Aula 12.11.22 Estrutura Peças 2fasepenal@escoladeconcursos

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MENTORIA PRÁTICA

PENAL
@PROF.KLEBERPINHO
@ESCOLADECONCURSOS
SÚMULAS
CONTINUAÇÃO PEÇAS
PROCESSUAIS
Guilherme foi condenado definitivamente pela prática do crime
de lesão corporal seguida de morte, sendo-lhe aplicada a pena
de 06 anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial
fechado, em razão das circunstâncias do fato. Após cumprir 01
ano da pena aplicada, Guilherme foi beneficiado com
progressão para o regime semiaberto. Na unidade
penitenciária, o apenado trabalhava internamente em busca da
remição. Durante o cumprimento da pena nesse regime, veio a
ser encontrado escondido em seu colchão um aparelho de
telefonia celular. O diretor do estabelecimento penitenciário, ao
tomar conhecimento do fato por meio dos agentes
penitenciários, de imediato reconheceu na ficha do preso a
prática de falta grave, apenas afirmando que a conduta narrada
pelos agentes, e que teria sido praticada por Guilherme, se
adequava ao Art. 50, inciso VII, da Lei nº 7.210/84.
O reconhecimento da falta pelo diretor foi comunicado ao
Ministério Público, que apresentou promoção ao juízo da Vara
de Execuções Penais de São Paulo, juízo este competente,
requerendo a perda de benefícios da execução por parte do
apenado. O juiz competente, analisando o requerimento do
Ministério Público, decidiu que, “considerando a falta grave
reconhecida pelo diretor da unidade, impõe-se: a) a regressão
do regime de cumprimento de pena para o fechado; b) perda da
totalidade dos dias remidos; c) reinício da contagem do prazo
de livramento condicional; d) reinício da contagem do prazo do
indulto.” Ao ser intimado do teor da decisão, em 09 de julho de
2019, terça-feira, Guilherme entra em contato, de imediato, com
você, na condição de advogado(a), esclarecendo que nunca
fora ouvido sobre a aplicação da falta grave, apenas tendo
conhecimento de que a Defensoria se manifestou no processo
de execução após o requerimento do Ministério Público.
Considerando apenas as informações narradas, na condição de
advogado(a) de Guilherme, redija a peça jurídica cabível,
diferente de habeas corpus e embargos de declaração,
apresentando todas as teses jurídicas pertinentes. A peça
deverá ser datada no último dia do prazo para interposição,
considerando que, em todos os locais do país, de segunda a
sexta-feira são dias úteis. (Valor: 5,00)
Peça de interposição
- Vara de Execuções Penais de São Paulo,
- Agravo em Execução, com fundamento no Art. 197
da Lei nº 7.210/84 – Lei de Execução Penal (LEP).
- pedido de retratação por parte do juízo a quo, na
forma do Art. 589 do CPP, por analogia.
- Em caso de não acolhimento, deveria haver
requerimento de encaminhamento do feito para
instância superior, com as respectivas razões
recursais.
Peça de razões
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
1. Ausência de procedimento administrativo. Invalidade da
falta grave: Art. 118, inciso I, da LEP e Súmula 534 do STJ.
2. Invalidade da perda do tempo remido: Art. 127 da LEP;
3. Invalidade do reinicio da contagem para o livramento
condicional: Súmula 441 do STJ
4. Invalidade da interrupção para comutação: Súmula 535
do STJ
Pedidos
conhecimento e provimento
15 de julho (Enunciado 700 da Súmula de Jurisprudência do
STF)
Exercício

João foi condenado por ter, supostamente, praticado estupro


contra Maria, fato ocorrido à noite e em um local escuro. Na
instrução processual, a vítima testemunhou contra o réu. João
foi condenado perante a 1ª Vara Criminal de Codó. A sentença
transitou em julgado. Alguns meses depois, Maria recordou de
alguns detalhes do dia do crime que havia esquecido por conta
do trauma, e passou a ter certeza de que João não foi o autor
do estupro. Isso porque ela recordou que o criminoso possuía
uma tatuagem no braço esquerdo e uma cicatriz no rosto,
sinais que João não apresentava. Desesperada, Maria
procurou o advogado de João relatando o fato na qual a vítima
declarou que ela agora tinha certeza que o condenado não foi
o autor do crime. Diante do exposto, João lhe contrato(a)
como seu fiel advogado(a) para pleitear a medida judicial
cabível diferente de Habeas Corpus
• Estrutura da Peça

Endereçamento: Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão


Fundamento: Art. 621. A revisão dos processos findos será
admitida:
...
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de
inocência do condenado ou de circunstância que determine ou
autorize diminuição especial da pena.

Pedir absolvição, nos termos do art. 386, inciso I c/c 626 do CPP
ESTRUTURA DE PEÇAS
PRIMEIRO CASO
João, 22 anos, no dia 04 de maio de 2018, caminhava com
o adolescente Marcelo, cada um deles trazendo consigo
uma mochila nas costas. Realizada uma abordagem por
policiais, foi constatado que, no interior da mochila de cada
um, havia uma certa quantidade de drogas, razão pela
qual eles foram, de imediato, encaminhados para a
Delegacia. Realizado laudo de exame de material
entorpecente, constatou-se que João trazia 25 g de
cocaína, acondicionados em 35 pinos plásticos, enquanto,
na mochila do adolescente, foram encontrados 30 g de
cocaína, quantidade essa distribuída em 50 pinos.
Após a oitiva das testemunhas em sede policial, da juntada
do laudo e da oitiva do adolescente e de João, que
permaneceram em silêncio com relação aos fatos, foram
lavrados o auto de prisão em flagrante em desfavor do
imputável e o auto de apreensão em desfavor do
adolescente.
Toda a documentação foi encaminhada aos Promotores de
Justiça com atribuição. O Promotor de Justiça, junto à 1ª
Vara Criminal de Maceió/AL, órgão competente, ofereceu
denúncia em face de João, imputando-lhe a prática dos
crimes previstos nos artigos 33 e 35, ambos com a causa
de aumento do Art. 40, inciso VI, todos da Lei nº
11.343/06. Foi concedida a liberdade provisória ao
denunciado, aplicando-se as medidas cautelares
alternativas. Após a notificação, a apresentação de
resposta prévia e o recebimento da denúncia e da citação,
foi designada a audiência de instrução e julgamento,
ocasião em que foram ouvidas as testemunhas de
acusação. Estas confirmaram a apreensão de drogas em
poder de Marcelo e João, bem como que eles estariam
juntos, esclarecendo que não se conheciam anteriormente
e nem tinham informações pretéritas sobre o adolescente
e o denunciado.
O adolescente, ouvido, disse que conhecera João no dia
anterior ao de sua apreensão e que nunca o tinha visto
antes vendendo drogas. Em seguida à oitiva das
testemunhas de acusação e defesa, foi realizado o
interrogatório do acusado, sendo que nenhuma das partes
questionou o momento em que este foi realizado.
Na ocasião, João confirmou que o material que ele e
Marcelo traziam seria destinado à ilícita comercialização.
Ele ainda esclareceu que conhecera o adolescente no dia
anterior, que era a primeira vez que venderia drogas e que
tinha a intenção de praticar o ato junto com o adolescente
somente aquela vez, com o objetivo de conseguir dinheiro
para comprar uma moto. Foi acostado o laudo de exame
definitivo de material entorpecente confirmando o laudo
preliminar e a Folha de Antecedentes Criminais de João,
onde constava uma anotação referente a crime de furto,
ainda pendente de julgamento.
O juiz, após a devida manifestação das partes, proferiu
sentença julgando parcialmente procedente a pretensão
punitiva estatal.

Em um primeiro momento, absolveu o acusado do crime


de associação para o tráfico por insuficiência probatória.
Em seguida, condenou o réu pela prática do crime de
tráfico de drogas, ressaltando que o réu confirmou a
destinação das drogas à ilícita comercialização. No
momento de aplicar a pena, fixou a pena base no mínimo
legal, reconhecendo a existência da atenuante da
confissão espontânea; aumentou a pena em razão da
causa de aumento do Art. 40, inciso VI, da Lei nº 11.343/06
e aplicou a causa de diminuição de pena do Art. 33, § 4º,
da Lei nº 11.343/06, restando a pena final em 1 ano, 11
meses e 10 dias de reclusão e 195 dias multa, a ser
cumprida em regime inicial aberto.
Entendeu o magistrado pela substituição da pena privativa
de liberdade por duas restritivas de direitos. O Ministério
Público, ao ser intimado pessoalmente em 22.10.18,
apresentou o recurso cabível, em 25.10.2018,
acompanhado das respectivas razões recursais,
requerendo:
a) nulidade da instrução, porque o interrogatório não foi o
primeiro ato, como prevê a Lei nº 11.343/06;
b) condenação do réu pelo crime de associação para o
tráfico, já que ele estaria agindo em comunhão de ações e
desígnios com o adolescente no momento da prisão, e o
Art. 35 da Lei nº 11.343/06 fala em “reiteradamente ou não”;
c) aumento da pena-base em relação ao crime de tráfico
diante das consequências graves que vem causando para
a saúde pública e a sociedade brasileira; d) afastamento
da atenuante da confissão, já que ela teria sido parcial;
e) afastamento da causa de diminuição do Art. 33, § 4º, da Lei
nº 11.343/06, independentemente da condenação pelo crime
do Art. 35 da Lei nº 11.343/06, considerando que o réu
seria portador de maus antecedentes, já que responde a
ação penal em que se imputa a prática do crime de furto;
f) aplicação do regime inicial fechado, diante da natureza
hedionda do delito de tráfico;
g) afastamento da substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos, diante da vedação legal
do Art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06.
Já o acusado e a defesa técnica, intimados do teor da
sentença, mantiveram-se inertes, não demonstrando
interesse em questioná-la. O magistrado, então, recebeu o
recurso do Ministério Público e intimou, no dia 05 de
novembro de 2018 (segunda-feira), sendo terça-feira dia
útil em todo o país, você, advogado(a) de João, a
apresentar a medida cabível.
Com base nas informações expostas na situação
hipotética e naquelas que podem ser inferidas do caso
concreto, redija a peça cabível, excluídas as possibilidades
de habeas corpus e embargos de declaração, no último dia
do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes.
.
SEGUNDO CASO
Fabrício e Tancredo foram denunciados pela suposta
prática dos crimes de roubo majorado pelo concurso de
pessoas e uso de arma de fogo (art. 157, §2º, II e §2º-A, I,
CP) e tentativa de furto qualificado pelo concurso de
pessoas e arrombamento (art. 155, §4º, I e IV, c/c art. 14,
II, ambos do CP), todos em concurso material, na forma do
art. 69, CP. De acordo com a inicial acusatória, no dia 01
de fevereiro de 2019, os dois acusados teriam roubado a
motocicleta da vítima Paulo, através do uso de arma de
fogo. Após subtrair a motocicleta, eles teriam se evadido
do local. Ainda de acordo com a denúncia, no dia 02 de
fevereiro do mesmo ano, os acusados teriam tentado
entrar em uma residência para assalta-la, porém após
romperem o cadeado do portão, ouviram sirenes de uma
viatura policial e imediatamente saíram correndo sem
sequer adentrar na residência. Porém, foram alcançados e
presos pela Polícia Militar.
Ao serem revistados nada foi encontrado com eles, porém
após a realização de diligências pela Polícia, com a devida
autorização judicial, na casa de Fabrício, foi encontrada
uma arma de fogo, que teria sido usada para cometer o
roubo. A motocicleta não foi encontrada nas casas dos
acusados. Em sede policial, a vítima Paulo reconheceu
através de fotografias os dois acusados e confirmou que
eles teriam usado uma arma de fogo para subtrair sua
motocicleta. Foram ouvidos ainda dois policiais que
participaram da prisão em flagrante dos denunciados,
afirmando que os prenderam antes mesmo de
conseguirem assaltar a residência. Em seus
interrogatórios, os acusados negaram a prática do roubo
da motocicleta, porém admitiram que tinham tentado entrar
em uma residência para furtar. Contudo, apenas
arrombaram o cadeado e saíram correndo, após ouvirem
as sirenes, nada levando.
Foi realizada perícia na arma de fogo apreendida na casa
de Fabrício e foi constatada que a mesma estava
desmuniciada. Por outro lado, não foi realizada perícia no
portão arrombado da residência. Na audiência de custódia,
realizada logo após a prisão em flagrante dos acusados,
em 02.02.2019, o juízo plantonista decidiu pela concessão
da liberdade provisória, tendo em vista a primariedade e os
bons antecedentes dos acusados. No entanto, decretou as
seguintes medidas cautelares diversas da prisão –
recolhimento domiciliar noturno e em finais de semana,
proibição de se ausentar da comarca sem autorização do
juízo e comparecimento mensal em juízo para justificar
suas atividades. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 1ª
Vara Criminal da comarca de Bonito/MS, em 20 de
fevereiro de 2019, e, após a citação pessoal, a Defensoria
Pública do Estado do Mato Grosso do Sul apresentou a
resposta à acusação em favor dos acusados.
A audiência foi realizada em 01 de março de 2022, terça-
feira. De acordo com a ata de audiência, estavam
presentes ao ato o juiz titular, a representante do Ministério
Público, a Defensora Pública, a vítima Paulo, os dois
policiais e os dois acusados. O juiz iniciou as perguntas à
vítima e às testemunhas. Para isso, leu os depoimentos
por elas prestados em sede policial e perguntou se elas os
confirmavam, ao que responderam positivamente. Depois
disso, possibilitou perguntas pela acusação e pela defesa.
Ao final, os acusados foram interrogados, confirmando o
que falaram em sede policial. Encerrada a instrução, o juiz
abriu vistas para as partes apresentarem alegações finais
por meio de memoriais. Em suas alegações finais, o
Ministério Público pediu a condenação dos acusados nos
termos da denúncia. Você foi intimado dia 11.03.2022,
sexta-feira da decisão no momento em que assumiu a
causa.
.
Diante disso, elabore a peça cabível (descartando Habeas
Corpus e Mandado de Segurança), datando a peça no
último dia possível do prazo. Os fatos estão dispensados.
Considere, por fim, que os acusados ainda estão
cumprindo as medidas cautelares diversas da prisão que
lhes foram impostas..
TERCEIRO CASO
MP denunciou Raquel pelo crime do artigo 33 da lei de
drogas (11.343/2006). A denúncia foi recebida pela 1ª Vara
Criminal de Cuiabá – MT. Apresentada defesa a instrução
foi marcada e durante a audiência de o juiz ouvi em
primeiro momento Raquel seguindo ipsi literis o que prevê
a lei de drogas (11.343/2006), e ela relatou que pensou
que o porte para consumo aqui no Brasil era semelhante a
Holanda onde a conduta não é tipificada. Juntado devido
laudo toxicológico comprobatório da substancia
entorpecente. Mesmo diante da baixa quantidade, dos
bons antecedentes de Raquel foi condenada a pena de 6
anos de reclusão, sendo que o juiz exasperou a pena-base
em 1 ano por entender ser mais reprovável a conduta
daquele que trafica mesmo tendo um sustento lícito, e
nenhuma circunstância atenuante ou agravante foi
reconhecida..
O juiz determinou, ainda, o inicio do cumprimento da pena
em regime fechado, ante a previsão contida no artigo 2º,
parágrafo 1º da lei 8.072/90 e determinou a expedição de
mandado de prisão para que Raquel se recolha presa para
poder recolher. Você foi nomeado como advogado (a)
Raquel, sabendo que ela foi intimada no dia 29.11.2019
(sexta-feira) e segunda-feira é dia útil apresente a peça
cabível no último dia do prazo.
MONTANDO A PEÇA
PRIMERO CASO
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO
DA 1ª VARA CRIMINAL DE MACEIÓ-ALAGOAS.
AUTOS N.
JOÃO, já devidamente identificado nos autos em epígrafe,
vem por intermédio de seu fiel advogado (procuração em
anexo) com fundamento no Art. 600 do Código de
Processo Penal (CPP), vem apresentar
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO, ao apelo interposto
pelo Ministério Público.
Requer, após o juízo de prelibação que seja recebida e
encaminhada as razões em anexo ao tribunal competente.
Termos em que pede deferimento.
Local e data
Advogado, OAB
.
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
ALAGOAS
AUTOS DE ORIGEM: 1ª Vara Criminal de Maceió-AL.
Recorrente: Ministério Público
Recorrido: João.
Colenda Câmara. Nobres Julgadores.

Trata-se de contrarrazões de recurso interposto pela


defesa em detrimento ao recurso de apelação interposto
pelo Ministério Público Estadual em desafio a sentença
exarada pelo juízo a quo em que se discute pontos que
foram atingidos pela decisão desse juízo. Recurso esse
que ao final não deve prosperar e deve ser julgado
improvido
.
a) nulidade da instrução, porque o interrogatório não
foi o primeiro ato, como prevê a Lei nº 11.343/06;
...
b) condenação do réu pelo crime de associação do Art. 35
da Lei nº 11.343/06
...
c) aumento da pena-base em relação ao crime de tráfico e
a saúde pública
...
d) afastamento da atenuante da confissão, já que ela teria
sido parcial;
...
e) afastamento da causa de diminuição do Art. 33, § 4º, da
Lei nº 11.343/06, independentemente da condenação pelo
crime do Art. 35 da Lei nº 11.343/06.
f) aplicação do regime inicial fechado, diante da natureza
hedionda do delito de tráfico;
...
g) afastamento da substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos, diante da vedação legal
do Art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06

Diante disso requer o CONHECIMENTO das razões do


apelado e o IMPROVIMENTO do recurso, mantendo-se,
integralmente, a sentença.

Fechamento
Local, 13 DE NOVEMBRO DE 2018
Advogado e n. OAB.
MONTANDO A PEÇA
SEGUNDO CASO
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO
DA 1ª VARA CRIMINAL DE BONITO-MS.
Fabrício, já devidamente identificado nos autos em
epígrafe e Tancredo, também já devidamente identificado
nos autos em epígrafe, ambos, por este advogado que ao
final lhe subscreve com base no artigo 403, §3º, do CPP
apresentar ALEGAÇÕES FINAIS POR INTERMÉDIO DE
MEMORIAIS, pelas razões de fato e de direito a seguir.

DOS FATOS. DISPENSADOS

1 PRELIMINARES DE MÉRITO
1.1 ILICITUDE DO RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO
POR AUSÊNCIA DE OBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NO
ART. 226, DO CPP. UTILIZAÇÃO DO INADEQUADO
MÉTODO “SHOW-UP”.
1.2. CROSS EXAMINATION. CERCEAMENTO DE
DEFESA.
...
1.3. DA NULIDADE DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO
PELO DESRESPEITO À ORALIDADE DA PROVA
TESTEMUNHAL
...
1.4 AUSÊNCIA DE PERÍCIA NO FURTO QUALIFICADO
...
1.5 DA NULIDADE DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO
PELO DESRESPEITO À ORALIDADE DA PROVA
TESTEMUNHAL
...
2. MÉRITO
2.1. DO CRIME DE ROUBO MAJORADO (ART. 157, §2º,
II e §2º-A, I, CP).
2.1.1. AUSÊNCIA DE PROVAS DA AUTORIA.
2.1.2 AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE

2.2. CRIME DE FURTO


2.2.1. ATIPICIDADE FORMAL. MERO ATOS
PREPARATÓRIOS.

2.2.2. DO AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA DO


ARROMBAMENTO. DESCLASSIFICAÇÃO.
3. DOSIMETRIA. SUBSIDIARIAS DE MÉRITO.
3.1 PRIMEIRA E SEGUNDA FASE
No que toca à primeira fase, requer seja a pena base
fixada no patamar mínimo legal, considerando que as
circunstâncias judiciais do art. 59 do CP são todas normais
à espécie.
Na segunda fase do cálculo, deve ser reconhecida e
aplicada a atenuante da confissão espontânea, prevista no
art. 65, III, d, CP, porque os acusados confessaram a
prática do crime de furto qualificado tentado.
Por outro lado, não há agravantes a serem consideradas
.
3.2. TERCEIRA FASE
3.2.1. RETIRADA DA MAJORANTE DO CRIME DE
ROUBO. EMPREGO DE ARMA DE FOGO.
3.2.2. MINORANTE DA TENTATIVA.
5. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
a) A anulação do processo a partir da audiência de
instrução pelo desrespeito ao art. 212 do CPP e pela
violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa,
tudo com base no art. 564, IV, CPP;
b) A invalidação do reconhecimento fotográfico realizado
em sede policial e seu consequente desentranhamento do
processo, nos termos do art. 157 do CPP;
c) Caso não seja anulado o processo, a absolvição dos
acusados pela prática do crime de roubo, em razão da
ausência de provas de autoria, conforme art. 386, V, CPP;
d) Caso não se entenda pela absolvição, o afastamento da
causa de aumento do uso da arma de fogo (art. 157,
§2º-A, I, CP);
e) A absolvição dos acusados quanto à imputação da
prática de tentativa de furto qualificado, em razão da
atipicidade de sua conduta, por força do art. 386, III, CPP;
f) Caso não se absolva os acusados, o afastamento da
qualificadora do arrombamento, por violação dos artigos
158 e 171 do CPP;
g) Em caso de condenação, aplicação da pena no patamar
mínimo, considerando-se para tanto a atenuante da
confissão espontânea (art. 65, III, d, CP), a causa de
diminuição da tentativa em seu patamar máximo (art. 14,
II, CP) e a causa de aumento do art. 157, §2º, II, CP, em
seu patamar mínimo;
.

.
h) Em caso de condenação, a detração penal de todo o
período em que os acusados cumpriram a medida cautelar
do recolhimento domiciliar, em respeito aos artigos 42 do
CP e 387, §2º, CPP. Por consequência, que seja fixado o
regime inicial de cumprimento de pena menos rigoroso
possível, conforme art. 33 do CP;
i) A concessão aos acusados do direito de recorrer em
liberdade com a revogação das medidas cautelares que
vêm cumprindo, haja vista que o período de cumprimento
das medidas já se arrasta por mais de 3 anos;
Termos em que pede deferimento.
Local , ___.
Advogado oab
.
.
1º Vara criminal de Cuiabá-MT
Peça cabível e fundamentação: Apelação artigo 593, I,
CPP.
PEÇA DE RAZÕES para o TJ MT
Preliminares:
Prisão ilegal. Relaxamento.
O artigo 594 do CPP que determinava tal recolhimento foi
revogado pela lei 11.719/2008, perfazendo assim uma
prisão ilegal, devendo ser relaxada.
Prisão ilegal deve ser relaxada LXV - a prisão ilegal será
imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
Ainda mais que, o art. 596 estabelece que a apelação da
sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto
imediatamente em liberdade.
Expedição de alvará;.
Nulidade pelo cerceamento de defesa. Ordem da
audiência
Jurisprudência dos Tribunais Superiores vem defendendo
a adequação do rito da Lei nº 11.343/06 ao artigo 400 do
previsto no Código de Processo Penal.
Deve ser alegado cerceamento de defesa infringindo os
arts 5. LIV e LV , legitimando a declaração da nulidade da
audiência por força do art. 564, IV, CPP.
Mérito
Excludente de culpabilidade pelo erro de proibição Art. 21
Desclassificação do crime de tráfico para porte artigo 28
Subsidiárias de mérito.
-Pena base no mínimo legal. Não é fundamento legal
(conduta mais reprovável daquele que trafica mesmo
tendo um sustento lícito)
-Pena intermediaria. Circunstancias atenuantes. Art. 65, I
(menor de 21 anos)e III, “d”, (confissão espontânea
mesmo sendo qualificada).
-Regime menos gravoso – artigo 33.
- Conversão da PPL em PRD.
- Sursis artigo 77 CP.
.
Pedido.
Que seja relaxada a prisão ilegal expedindo o competente
alvará de soltura.
Reconhecimento da nulidade. Art. 564, IV, pelo
cerceamento de defesa.
Que seja o réu absolvido com base no artigo 386, VI do
CP
Pena base no mínimo legal.
Reconhecimento do benefício do artigo 65, incisos I e III,
“d” ambos do CP.
Regime menos gravo’so – aberto.
Conversão da PPL em PRD.
Subsidiariamente caso não convertida a aplicação do
SURSIS etário do artigo 77, do CP.
.

AGORA É COM
VOCÊ!

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