Apostila Nova de Ajustagem
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1 – AJUSTAGEM
1.1 – INTRODUÇÃO
1.2 – DEFINIÇÃO
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2 - LIMAGEM
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Condições de limagem
As condições de usinagem, no entanto devem ser a primeira orientação para
maior desempenho da usinagem que subdividimos em:
Peça parada e a lima se movimentam. Todas as operações de corte a
frente: numa só direção, aplainamento e translimagem só se aplicam no caso
da peça estar sem movimento;
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Lima de ângulo longo - Possui as bordas lisas de modo que se pode fazer uso
tanto da lima dentes de lâmina (Nicholson), como a lima para torno, ambas de
ângulo longo.
Aplicações da lima
Dependendo da sua geometria, comprimentos, largura, rugosidade e sua
natureza (aço carbono – vitrificada – diamantada - tungstênio), a lima pode
ser usada nas mais diversas operações de ajustagem, em bancadas ou
máquinas operatrizes, satisfazendo os mais criteriosos projetos. Ela se presta
basicamente para: acabamentos lisos em tornearia; aplainamento e
concordância e matrizes e afiação.
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Limas aço-carbono: são limas feitas de aço com médio ou alto teor de
carbono. Podem ser: Agulhas - para serviços leves e dispensam o uso dos
cubos de madeira. Elas têm por objetivo a aplicação em trabalhos de
precisão. Os perfis deste tipo de lima são: barrete, chata paralela, paralela
com dois cantos arredondados, triangular, quadrada, meia cana, redonda,
faca, oval. Mecânicas - existe mais de 3.000 tipos, tamanhos e picados de
limas, uma para cada trabalho específico, tornando-se a sua classificação
complexa.
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C – Lima dente em lâmina para alguns metais moles ou ligas, tais como o
alumínio, o cobre, o latão, bem como o plástico, borracha vulcanizada de madeira,
que combina o desbaste rápido do material com excelentes propriedades de
alisamento. Conforme o seu nome indica, estas limas são usadas amplamente pelos
mecânicos em oficinas de concertos, por fabricantes de automóveis, caminhões,
tratores e de outras máquinas.
D – Limas para latão (assim como a lima para alumínio) têm um corte
inferior fino, de ângulo longo, formando pequenas ondas que despedaçam a
limalha, permitindo que a lima se livre das aparas.
E - Grosa para alumínio. Para desbaste rápido do alumínio e ao mesmo
tempo obter bom acabamento.
F – Limas para aço inox têm propriedades excepcionais de resistência ao
desgaste. Empregadas de modo apropriado, com pouca pressão, passada lenta e
constante retira o metal rapidamente.
G – Limas para chumbo – Seus dentes baixo, e picado grosso, de corte
simples e ângulo curto, tem efeito de uma série de lâminas cortantes que
desbastam o metal rapidamente sobre pressão constante.
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3 - MORSAS
É ferramenta utilizada para prender de maneira firme peças que precisam ser
marteladas, rebitadas, limadas ou talhadas.
FIGURA 3.1
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Visto que os mordentes são paralelos, as peças podem ser fixadas de uma
maneira muito mais lógica. Peças largas podem ser fixadas facilmente.
Os ajustadores mecânicos apreciam muito esse tipo de morsa.
Mordentes de proteção
Quando qualquer face de uma peça está acabada, deve-se evitar danificá-la.
Conseqüentemente, a face acabada deve ser protegida contra os mordentes da
morsa. Para isso, basta inserir entre as faces e o mordente um material mais macio,
que pode ser chumbo, alumínio, cobre latão ou plástico.
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4 – TRAÇAGEM
FIGURA 4.1
O traçado se divide em duas classes: no plano e no espaço.
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FIGURA 4.7
FIGURA 4.8
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FIGURA 4.9
FIGURA 4.10
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FIGURA 4.11
Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem
ser pintadas com soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície
do material e do controle do traçado. O quadro a seguir resume as
informações sobre essas soluções.
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FIGURA 4.12
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FIGURA 5.1
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FIGURA 5.2
Para essa operação, existem vários tipos de tesouras que se diferenciam uma
das outras principalmente pela forma das lâminas, pelas dimensões e pela
aplicação. Elas são:
FIGURA 5.3
FIGURA 5.4
Tesoura manual curva para
corte em raios e circunferências
côncavos e convexos.
FIGURA 5.5
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FIGURA 5.6
FIGURA 5.7
5.2 – Serramento
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FIGURA 5.8
Para trabalhos em série, usam-se os seguintes tipos de máquinas de serrar:
FIGURA 5.9
2. Máquina de serrar de fita circular, que pode ser vertical ou horizontal.
FIGURA 5.10
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Seja com arco, seja com máquinas, o item mais importante no serramento é a
lâmina de serrar ou simplesmente serra. Por isso, o cuidado com a seleção das
lâminas de serra tanto para trabalhos manuais quanto com máquinas é essencial.
FIGURA 5.12
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Dica tecnológica
Existem serras usadas para fazer furos de diâmetros maiores dos que os que
se pode fazer com brocas comuns. Elas foram especialmente desenvolvidas para a
furação de chapas de aço e outros metais, madeiras, fibras, plásticos, etc. São
fabricadas em aço rápido bimetal e usadas em furadeiras. São chamadas de serra
copo.
A escolha da lâmina de serra adequada ao trabalho dependerá do tipo de
trabalho (manual ou por máquina), da espessura e do tipo do material. Além de
considerar esses dados, é necessário compatibilizá-los com a velocidade de corte ou
número de golpes (máquina alternativa). Os quadros a seguir reúnem essas
informações.
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5.3 – Cinzel
Existem operações de corte que não podem ser feitas nem com tesoura ou
guilhotina, nem com serras manuais ou mecanizadas devido a dificuldades como
espaço ou local para a realização da operação. São operações executadas pelo
ajustador ou o mecânico de manutenção para abrir rasgos, cortar cabeças de
rebites, fazer canais de lubrificação e cortar chapas.
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FIGURA 5.13
FIGURA 5.14
b) Bedame, também chamado de buril, para produzir rasgos de chaveta.
FIGURA 5.15
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FIGURA 5.16
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6 – RASPAGEM
FIGURA 6.1
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FIGURA 6.2
FIGURA 6.3
1. Raspador chato, que pode ou não ser curvado, e que é usado para raspar
superfícies planas de mesas de máquinas ferramenta, barramentos de tornos e
desempenos a fim de remover pequenas quantidades material de superfícies que já
tenham sido usinadas no formato desejado.
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FIGURA 6.4
FIGURA 6.5
FIGURA 6.6
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Dica tecnológica
FIGURA 6.7
a) Desempeno
FIGURA 6.8
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b) Réguas de controle
FIGURA 6.9
c) Cilindro padrão
FIGURA 6.10
Para que esse controle seja efetivo, é necessário usar tintas de contraste, cuja
função é ajudar a localizar, sob a forma de manchas, as saliências que devem ser
raspadas. Para isso, usa-se zarcão em pó dissolvido em óleo, ou uma pasta de
ajuste, também conhecida como azul da Prússia.
7 – FURAÇÃO
Vamos estudar uma operação muito antiga. Os arqueólogos garantem que ela
era usada há mais de 4000 anos no antigo Egito, para recortar blocos de pedra.
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Ela é tão comum que você já deve ter visto alguém realizar essa operação
várias vezes. Até mesmo você pode tê-la executado para instalar uma prateleira, um
varal, um armário de parede... Ou, pior, ela foi feita por seu dentista... no seu
dente!
Apesar de bastante comum, esta operação quando aplicada ã mecânica exige
alguns conhecimentos tecnológicos específicos com relação às máquinas e
ferramentas usadas para executá-la.
O que os egípcios faziam para cortar blocos de pedra era abrir furos paralelos
muito próximos uns dos outros. Para este fim, eles usavam uma furadeira manual
chamada de furadeira de arco.
Por incrível que pareça, 4000 anos depois continuamos a usar esta operação
que consiste em obter um furo cilíndrico pela ação de uma ferramenta que gira
sobre seu eixo e penetra em uma superfície por meio de sua ponta cortante. Ela se
chama furação.
FIGURA 7.1
Essa operação de usinagem tem por objetivo abrir furos em peças. Ela é,
muitas vezes, uma operação intermediária de preparação de outras operações como
alargar furos com acabamentos rigorosos, serrar contornos internos e abrir roscas.
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FIGURA 7.2
FIGURA 7.3
O furo obtido tem baixo grau de exatidão e seu diâmetro em geral varia de 1 a
50 mm.
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7.1 – Brocas
FIGURA 7.4
A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndrica ou cônica,
dependendo de seu diâmetro e modo de fixação.
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A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas
ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos.
FIGURA 7.5
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FIGURA 7.6
FIGURA 7.7
FIGURA 7.8
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FIGURA 7.9
FIGURA 7.10
FIGURA 7.11
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a) broca de centrar – é usada para abrir um furo inicial que servirá como
guia no local do furo que será feito pela broca helicoidal. Além de furar, esta broca
produz simultaneamente chanfros. Ela permite a execução de furos de centro nas
peças que vão ser torneadas, fresadas ou retificadas. Esses furos permitem que a
peça seja fixada por dispositivos especiais (entre pontas) e tenha movimento
giratório.
FIGURA 7.12
FIGURA 7.13
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especiais como furos profundos de dez a cem vezes seu diâmetro, onde não há
possibilidade de usar brocas normais.
FIGURA 7.14
FIGURA 7.15
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Assim, para rebaixos cônicos, como para parafusos de cabeça escareada com
fenda, emprega-se uma ferramenta chamada de escareador. Essa ferramenta
apresenta um ângulo de ponta que pode ser de 60, 90 ou 120º e pode ter o corpo
com formato cilíndrico ou cônico.
FIGURA 7.16
Para executar rebaixos cilíndricos como os para alojar parafusos Allen com
cabeça cilíndrica sextavada, usa-se o rebaixador cilíndrico com guia.
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FIGURA 7.17
8 – FURADEIRAS
Você já parou para pensar em quanto sua vida depende de parafusos, pinos,
rebites e da qualidade das montagens dos muitos conjuntos mecânicos que nos
cercam ou que são responsáveis pela fabricação de tudo o que usamos?
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Até o começo deste século, os mecanismos usados para furar não eram muito
diferentes da furadeira de arco que você viu na aula anterior. Porém, a evolução dos
materiais de construção mecânica iniciada pela Revolução Industrial, exigiu que
outros mecanismos mais complexos e que oferecessem velocidades de corte sempre
maiores fossem se tornando cada vez mais necessários. Assim, surgiram as
furadeiras com motores elétricos que vão desde o modelo doméstico portátil até as
grandes furadeiras multifusos capazes de realizar furos múltiplos.
FIGURA 8.1
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FIGURA 8.2
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FIGURA 8.3
FIGURA 8.4
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FIGURA 8.5
Dica tecnológica
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• potência do motor;
• variação de rpm;
• deslocamento máximo do eixo principal;
• deslocamento máximo da mesa;
• distância máxima entre a coluna e o eixo principal.
mm
15.000
V min = 477rpm
N= c =
π × D π ×10mm
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Tabelas
Avanço
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9 – ESMERILHADEIRAS
9.1 - Descrição
9.2 - Tipos
Esmerilhadeira de pedestal
Caixa de rebolo
Caixa de rebolo
Eixo
Rebolo
Rebolo
Pedestal ou coluna
Base da coluna
FIGURA 9.1
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Os mais comuns o motor tem a potência de 1CV, girando com 1.450 a 1750
rpm.
Constituição
Comentário
Esmerilhadeira de bancada
FIGURA 9.2
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FIGURA 9.3
Comentário
Este tipo de esmerilhadeira possui rebolos especiais e apoio lateral para esse
tipo de ferramenta.
Cuidados
10 – REBOLO
10.1 - Granulometria
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FIGURA 10.1
10.2 - Dureza
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10.3 - Porosidade
FIGURA 10.2
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RT – rebolo reto
AN - anel
UL – rebaixado de um lado
DL – rebaixado dos dois lados
CR – copo reto
CC – copo cônico
PR - prato
PI - pires
FA - faca
OG - ogival
DC – com depressão central
FIGURA 10.3
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1. qualidade do abrasivo;
2. tamanho do grão;
3. dureza;
4. porosidade;
5. aglutinante.
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FIGURA 10.4
Cuidados a observar
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• Inspeção visual;
• Teste de som;
• Inspeção dimensional;
• Montagem sem forçar no eixo e nos flanges;
• Aperto de parafusos e porcas com torquímetro;
• Balanceamento.
10.3.3 – Armazenagem
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FIGURA 10.5
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11 – FERRAMENTAS DE CORTE
Todos os conjuntos mecânicos que nos cercam são formados por uma porção
de peças: eixos, anéis, discos, rodas, engrenagens, juntas, suportes, parafusos,
carcaças... Para que essas peças sirvam às necessidades para as quais foram
fabricadas, elas devem ter exatidão de medidas e um determinado acabamento em
sua superfície.
A maioria dos livros sobre processos de fabricação diz que é possível fabricar
essas peças de dois modos: sem a produção de cavacos, como nos processos
metalúrgicos (fundição, laminação, trefilação etc.), e com produção de cavacos, o
que caracteriza todos os processos de usinagem.
Sem cavaco
Com cavaco
FIGURA 11.1
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Assim, podemos dizer que a usinagem é todo o processo pelo qual a forma de
uma peça é modificada pela remoção progressiva de cavacos ou aparas de material
metálico ou não-metálico. Ela permite:
FIGURA 11.2
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Como já foi dito, a usinagem é uma enorme família de operações, tais como:
torneamento, aplainamento, furação, mandrilamento, fresamento, serramento,
brochamento, roscamento, retificação, brunimento, lapidação, polimento, afiação,
limagem, rasqueteamento.
11.2 – Corte
Algumas das operações que citamos podem ser feitas tanto manualmente
como com o auxílio das máquinas operatrizes ou das máquinas-ferramenta. Um
exemplo de usinagem manual é a operação de limar. Tornear, por sua vez, só se faz
com uma máquina-ferramenta denominada torno.
FIGURA 11.3
61
Cedup-Diomício Freitas
FIGURA 11.4
Por outro lado, uma ferramenta com um ângulo muito agudo terá a
resistência de sua aresta cortante diminuída. Isso pode danificá-la por causa da
pressão feita para executar o corte.
FIGURA 11.5
Outra coisa que a gente tem de lembrar é que qualquer material oferece certa
resistência ao corte. Essa resistência será tanto maior quanto maiores forem a
dureza e a tenacidade do material a ser cortado. Por isso, quando se constrói e se
usa uma ferramenta de corte, deve-se considerar a resistência que o material
oferecerá ao corte.
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FIGURA 11.6
FIGURA 11.7
Iso significa que a cunha da ferramenta deve ter um ângulo capaz de vencer a
resistência do material a ser cortado, sem que sua aresta cortante seja prejudicada.
FIGURA 11.8
Porém, não basta que a cunha tenha um ângulo adequado ao material a ser
cortado. Sua posição em relação à superfície que vai ser cortada também influencia
decisivamente nas condições do corte.
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FIGURA 11.9
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Cedup-Diomício Freitas
FIGURA 11.12
Dica tecnológica
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Mas, se o que você vai fazer envolve o trabalho em metal com o auxílio de
uma máquina-ferramenta, aí a coisa muda de figura. E a sua ferramenta vai ter que
apresentar algumas características importantes. Vamos a elas.
A ferramenta deve ser mais dura nas temperaturas de trabalho que o metal
que estiver sendo usinado. Essa característica se torna cada vez mais importante à
medida que a velocidade aumenta, pois com o aumento da velocidade de corte, a
temperatura na zona de corte também aumenta, acelerando o processo de desgaste
da ferramenta. A essa propriedade chamamos de dureza a quente.
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Para você ter idéia de como são essas ferramentas, algumas delas estão
exemplificadas na ilustração a seguir.
FIGURA 11.16
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12 – PARÂMETROS DE CORTE
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12.1 – Parâmetros
Toda empresa, quando fabrica alguma coisa, visa lucro. Para que isso
aconteça, é preciso que ela produza bem e barato. E produzir bem e barato significa
não só ter bons funcionários, boas instalações e maquinário moderno. É necessário
que todo esse patrimônio seja usado da maneira mais produtiva possível. Um dos
modos de garantir isso é aplicando o conhecimento tecnológico ligado ao processo
de fabricação adotado.
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A velocidade de corte incorreta pode ser maior ou menor que a ideal. Quando
isso acontece, alguns problemas ocorrem. Eles estão listados a seguir.
VELOCIDADE MAIOR
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VELOCIDADE MENOR
Mas, voltemos à broca. Agora, você já pode arriscar um palpite sobre o motivo
que fez a broca ficar azulada. Isso mesmo! A velocidade de corte usada era muito
alta. Por isso, a temperatura de corte aumentou excessivamente e alterou as
características de ferramenta, ou seja, ela perdeu a dureza.
12.3 – Avanço
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FIGURA 12.1
12.4 – Cavaco
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FIGURA 12.2
Os cavacos podem ser diferenciados por seu formato em quatro tipos básicos:
a) cavaco em fita;
b) cavaco helicoidal;
c) cavaco espiral; FIGURA 12.3
d) cavaco em lascas ou pedaços.
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• prejudica o corte;
• provoca quebra da aresta de corte;
• dificulta a refrigeração direcionada;
• dificulta o transporte;
• faz perder o fluido de corte;
• prejudica o acabamento.
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FIGURA 12.4
FIGURA 12.5
FIGURA 12.6
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FIGURA 12.7
13 – FLUÍDOS DE CORTE
13.1 – Introdução
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Cedup-Diomício Freitas
Para resolver estes problemas surgiram fluidos de corte, que são materiais
compostos por sólidos, gases e, na maioria das vezes, líquidos.
Outras funções:
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Usam-se os fluidos a fim de obter um custo total por partes usinadas menor
ou um aumento na taxa de produção.
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13.4 – Aditivos
Certas propriedades especiais são conferidas aos fluidos de corte por meio de
aditivos, que são produtos químicos ou orgânicos. Os aditivos mais usados são:
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Existem três direções de aplicação dos fluidos de corte, como mostra a Figura
13.1.
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14 – VERIFICADORES
Régua de controle
FIGURA 14.1
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Régua triangular
FIGURA 14.2
FIGURA 14.3
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FIGURA 14.4
Dimensões
Sempre que for possível, a régua deve ter um comprimento maior que o da
superfície que será verificada. As dimensões das réguas encontradas no comércio
estão indicadas nos catálogos dos fabricantes.
Condições de uso
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Conservação
Esquadro de precisão
FIGURA 14.5
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Forma
FIGURA 14.6
FIGURA 14.7
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Tamanho
Conservação
Cilindro-padrão e coluna-padrão
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Peça
Cilindro Padrão
Desempeno de Precisão
FIGURA 14.8
Gabaritos
FIGURA 14.9
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Verificador de raio
FIGURA 14.10
Verificador de ângulos
FIGURA 14.11
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Ferramenta externa
60°
Ferramenta interna
FIGURA 14.12
Verificador de rosca
FIGURA 14.13
FIGURA 14.14
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Verificador de folga
FIGURA 14.15
Fieira
FIGURA 14.16
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Os dois modelos acima são de aço temperado. Caracterizam-se por uma série
de entalhes. Cada entalhe corresponde, rigorosamente, a uma medida de diâmetro
de fios ou espessuras de chapas, conforme a fieira adotada.
15 – CALIBRADORES
Quando isso acontece, as peças estão dentro dos limites de tolerância, isto é,
entre o limite máximo e o limite mínimo, quer dizer: passa/não-passa.
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Cedup-Diomício Freitas
FIGURA 15.1
Calibrador de boca
Esse calibrador tem duas bocas para controle: uma passa, com a medida
máxima, e a outra não-passa, com a medida mínima.
FIGURA 15.2
FIGURA 15.3
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FIGURA 15.4
FIGURA 15.5
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FIGURA 15.6
O calibrador cônico Morse possibilita ajustes com aperto enérgico entre peças
que serão montadas ou desmontadas com freqüência.
Sua conicidade é padronizada, podendo ser macho ou fêmea.
FIGURA 15.7
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Calibrador de rosca
FIGURA 15.8
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FIGURA 15.9
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Conservação
16 – RÉGUA GRADUADA
FIGURA 16.1
FIGURA 16.2
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FIGURA 16.3
FIGURA 16.4
Régua de profundidade
FIGURA 16.5
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Características
17 – APLAINAMENTO
Para “limar” aquela carcaça de motor de navio não é necessário gastar esforço
físico. Basta uma máquina que realiza um grupo de operações chamado de
aplainamento.
FIGURA 17.1
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Por outro lado, o aplainamento usa ferramentas de corte com uma só aresta
cortante que é mais barata, mais fáceis de afiar e com montagem mais rápida. Isso
significa que o aplainamento é em regra geral, mais econômico que outras
operações de usinagem que usam ferramentas multicortantes.
FIGURA 17.2
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b) Plaina de mesa
FIGURA 17.3
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FIGURA 17.4
Como a ferramenta exerce uma forte pressão sobre a peça, esta deve estar
bem presa à mesa da máquina. Quando a peça é pequena, ela é presa por meio de
uma morsa e com o auxílio de cunhas e calços. As peças maiores são presas
diretamente sobre a mesa por meio de grampos, cantoneiras e calços.
FIGURA 17.5
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FIGURA 17.6
Como se pode ver pela figura, a plaina de mesa é formada por corpo (1),
coluna (2), ponte (3), cabeçotes porta-ferramenta (4) e mesa (6). O item de número 5
mostra onde a peça é posicionada.
FIGURA 17.7
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FIGURA 17.8
O aplainamento pode ser executado por meio de várias operações. Elas são:
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FIGURA 17.9
FIGURA 17.10
FIGURA 17.11
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FIGURA 17.13
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FIGURA 17.15
FIGURA 17.16
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Dica tecnológica
18 – ROSCAS
18.1 – Definição
FIGURA 18.1
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18.2 – Emprego
Triangular
FIGURA 18.2
Trapezoidal
FIGURA 18.3
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Redondo
- Emprego em parafusos de grandes diâmetros e que devem suportar grandes
esforços, geralmente em componentes ferroviários. É empregado também em
lâmpadas e fusíveis pela facilidade na estampagem.
FIGURA 18.4
Dente de serra
- Usado quando a força de solicitação é muito grande em um só sentido
(morsas, macacos, pinças para tornos e fresadoras).
FIGURA 18.5
Quadrado
- Quase em desuso, mas ainda utilizado em parafusos e peças sujeitas a
choques e grandes esforços (morsas).
FIGURA 18.6
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À esquerda
- Quando, ao avançar, gira em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio
(sentido de aperto à esquerda).
FIGURA 18.7
À direita
- Quando, ao avançar, gira no sentido dos ponteiros do relógio (sentido de
aperto à direita).
FIGURA 18.8
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Designação
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Rosca quadrada
19 – MACHOS DE ROSCAR
Todo mundo já viu uma rosca: ela está nas porcas e parafusos em
brinquedos, utensílios, máquina. A operação que produz os filetes de que a rosca é
composta chama-se roscamento. O roscamento produz uma rosca com formato e
dimensões normalizadas.
Como a rosca pode ser interna (na porca) ou externa (no parafuso), o
roscamento também é chamado de interno ou externo.
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FIGURA 19.1
FIGURA 19.2
FIGURA 19.3
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Portanto, para a rosca M 6 x 1, o furo deve ser feito com a broca de ∅ 5 mm.
Vale lembrar que essas tabelas podem ser encontradas em catálogos de
fabricantes de machos.
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Todos os furos para roscas devem ser escareados com 90º para evitar que as
entradas de rosca formem rebarbas.
Para furos com diâmetro menor do que 5 mm, deve-se usar um desandador
muito leve para que se possa “sentir” melhor as "reações" do metal. Deve-se
também retirar e limpar freqüentemente o macho.
FIGURA 19.4
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Para furos de difícil acesso, onde não for possível uso de desandador, utiliza-
se uma extensão chamada de desandador T.
Entre dois metais diferentes, deve-se abrir o furo com o diâmetro previsto
para roscar o metal mais duro, caso contrário, o macho tenderá a se desviar para o
metal mais macio.
FIGURA 19.5
Para furos em metais leves como alumínio e suas ligas, ligas de magnésio, a
passagem de um único macho é suficiente. A gripagem é evitada, lubrificando-se
cuidadosamente o macho, para prevenir o arrancamento dos filetes.
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1. Fixação da peça em uma morsa, por exemplo. O furo deve ser mantido em
posição vertical.
FIGURA 19.6
FIGURA 19.7
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FIGURA 19.8
FIGURA 19.9
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Para fazer aquela rosca que fica dentro da porca, usa-se a operação de
roscamento interno com o macho de roscar. Para o casamento perfeito se
completar, falta descobrir como se faz a rosca externa do parafuso.
FIGURA 20.1
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FIGURA 20.2
FIGURA 20.3
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cossinetes sem entrada corrigida para materiais que apresentam cavacos curtos e
quebradiços, como o latão.
FIGURA 20.4
FIGURA 20.5
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FIGURA 20.6
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FIGURA 20.7
FIGURA 20.8
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FIGURA 20.9
FIGURA 20.10
FIGURA 20.11
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