Ideias Filosóficas

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Instituto Perfil de Educação

Ideias filosóficas
2º ano

Disciplina: Redação

Professora: Derci Marciana


Adam Smith
Adam Smith foi um economista e filósofo escocês, nascido em
1723. É considerado como aquele que mais contribuiu para a moderna
percepção da economia de livre mercado. Segundo seu livro mais
importante, “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das
nações", a riqueza das nações e dos indivíduos em geral eram frutos de
seus interesses próprios (self-interest), sendo que o bem que todos os
indivíduos proporcionam não são auto percebidos. Em suas próprias
palavras, "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do
cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho
deles em promover seu próprio 'auto interesse'". Portanto, era defensor do
livre mercado, em que forças invisíveis fizessem com que os
comerciantes e industriais brigassem por descobertas de novas
tecnologias para o aprimoramento de seus serviços, fazendo com que o
preço de suas mercadorias declinasse e houvesse geração de novos
empregos.

O trabalho de Smith ajudou a construir a fundação de disciplinas


modernas acadêmicas de livre mercado e providenciou um dos melhores
tratados intelectuais sobre capitalismo e liberalismo.

Foi conhecido melhor pela sua teoria “deixai fluir livremente”


(laissez-faire), que se mostrou contra associações no Século XVIII na
Europa. Acreditou no direito de influência livre do mercado, sem um
supervisor, como o Estado ou associações. Sua teoria influenciou o
começo da industrialização da Europa, e mudou muito dela em um
domínio de comercio livre, provocando a emergência de empreendedores.
Foi conhecido também como o pai da Economia.

Foi um crítico da política da Inglaterra (e de outros países


metrópoles da época) perante sua colônia, os Estados Unidos, com seus
altos impostos e as situações de monopólio. Dizia que estas altas
restrições iriam acabar por criar ira nos americanos, fazendo com que os
mesmos se revoltassem contra a Inglaterra. A solução, segundo ele, seria
acabar com estas medidas extremas de protecionismo e conceder uma
participação política dos americanos em território inglês.

Após sua morte, foi-se descoberto que boa parte de seus


rendimentos foram destinados a obras secretas de caridade. Foi descrito
por seus contemporâneos como um intelectual excêntrico, porém
benevolente.

Adam Smith não tentava descobrir teorias para manipular as


pessoas. Ele tampouco tentava forçá-las a agir de forma diferente do seu
estado natural. O que Adam Smith fez muito bem foi observar o
comportamento das pessoas como agentes do mercado. Ele explicou
como a livre interação entre as pessoas através da livre iniciativa promove
o bem-estar social. Embora ele poucas vezes tenha dito a expressão
“mão invisível” seus textos remetem a esse conceito. Há dois pilares
principais do conceito de mão invisível de Adam Smith. O primeiro é o
esforço individual para maximizar o próprio bem-estar. E o segundo pilar
é a interação entre agentes de mercado, através da livre negociação e do
empreendimento. Essas duas condições juntas criam uma situação que é
mais agradável para o indivíduo e para a sociedade.

A mão invisível é uma referência ao conjunto de coisas que


acontecem como se fossem guiadas, mas na verdade, são simplesmente
a prática de atos individualistas de cada cidadão buscando um melhor
bem-estar para si. Essas ações se encaixam e formam um conjunto de
mecanismos que levam à melhora em suas vidas e ao progresso da
sociedade como um todo. Essa é a constante por todo o seu trabalho. A
divisão do trabalho permite a descentralização da cadeia produtiva. A livre
iniciativa e a livre negociação permitem que cidadãos troquem
mercadorias e possam atingir uma melhora na sua situação.

A divisão do trabalho é um dos capítulos mais famosos de A


Riqueza das Nações. Mais uma vez, Smith comenta sobre como a
centralização é contra produtiva, ou melhor, como a divisão do trabalho
agiliza o processo de produção. Se uma pessoa fosse fazer todo o
processo de produção de um bem, mesmo tendo todo o conhecimento
necessário, ela não conseguiria passar de uma tarefa para outra com a
mesma agilidade e o produto não ficaria pronto no mesmo tempo. Um
exemplo que era muito citado por Milton Friedman, mas que remete à
essa ideia é o exemplo da produção do lápis.

Parece um objeto muito simples e fácil de fazer, mas seus


componentes vêm de diversos lugares do mundo. A madeira pode ser
muito facilmente produzida nos EUA. O círculo de ferro que segura a
borracha depende da mineração de ferro no Brasil ou outro lugar do
mundo. Ainda temos a extração e processamento de grafite, a cola que
mantem tudo junto, e a tinta do exterior. O fato é que a fabricação do
lápis depende não só de materiais que são mais facilmente produzidos
em certos lugares, mas também de processos e, principalmente, esforços
individuais de cada pessoa envolvida na cadeia de produção. Mesmo que
uma mesma pessoa tivesse todo o know-how para produzir o lápis
sozinha, isso seria uma tarefa exaustiva, cara e prolongada. A divisão do
trabalho permite que cada pessoa se ocupe de uma parte do processo
produtivo.

Isso nos traz a outra ideia muito importante e central no trabalho de


Adam Smith – a livre negociação. Lógico que para termos livre
negociação temos que ter também livre iniciativa. Um indivíduo só
consegue vender aquilo que ele consegue produzir. Adam Smith quebrou
o paradigma de que a negociação entre duas partes é um jogo de soma
zero. A noção que se tinha por causa do Mercantilismo era protecionista.
Muitos achavam que cada país tinha que incentivar as exportações e
coibir as importações. A partir de Adam Smith, esse pensamento mudou.
Ao permitir maior liberdade aos seus cidadãos dentro de suas fronteiras e
maior livre negociação além de suas fronteiras, os países passavam a
exportar baseados na vantagem absoluta. Eles exportariam somente
aqueles bens que conseguem produzir melhor e importariam bens que
outros países produzem melhor.

Maria Júlia Santos


Francis Bacon
Francis Bacon foi um importante filósofo inglês dos séculos XVI e
XVII. Foi também político e estadista e ensaísta. É considerado um dos
fundadores da Ciência Moderna.

Durante o reinado de Jaime I, desempenhou as funções de


procurador-geral (1607), fiscal-geral (1613), guarda do selo (1617) e
grande chanceler (1618). Neste mesmo ano, foi nomeado barão de
Verulam e em 1621, barão de Saint Alban. Também em 1621, Bacon foi
acusado de corrupção. Condenado ao pagamento de pesada multa, foi
também proibido de exercer cargos públicos.

Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência


era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações,
ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo,
sendo muitas vezes chamado de "fundador da ciência moderna". Sua
principal obra filosófica é o Novum Organum. Ele defendia que a obtenção
dos fatos verdadeiros se dava através da observação e experimentação
(regulada pelo raciocínio lógico).

Propôs a classificação das ciências em três grupos: Ciência


da Imaginação (poesia), Ciência da Memória (História) e Ciência da
Razão (Filosofia).

Filosofia: o pensamento filosófico de Bacon representa a tentativa


de realizar aquilo que ele mesmo chamou de Grande Restauração. A
realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo
do estado em que se encontrava a ciência da época, acabariam por
apresentar um novo método que deveria superar e substituir o de
Aristóteles. Esses tratados deveriam apresentar um modo específico de
investigação dos fatos, passando, a seguir, para a investigação das leis e
retornavam para o mundo dos fatos para nele promover as ações que se
revelassem possíveis. Bacon desejava uma reforma completa do
conhecimento. A tarefa era, obviamente, gigantesca e o filósofo produziu
apenas certo número de tratados. Não obstante, a primeira parte da
restauração foi concluída.

Método: seu método tem como objetivo constituir uma nova


maneira de estudar os fenômenos naturais. O conhecimento verdadeiro é
resultado da concordância e da variação dos fenômenos que, se
devidamente observados, apresentam a causa real dos fenômenos.
Porém seu método tem duas falhas; Bacon não dá muito valor a hipótese
e não imaginou a importância da dedução matemática para o avanço das
ciências.

Nathan Marcos
Mario Sergio Cortella
Mario Sergio Cortella (Londrina, 5 de março de 1954) é
um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor
universitário brasileiro mais conhecido por divulgar com outros intelectuais
como Clóvis de Barros Filho, Leandro Karnal e Renato Janine
Ribeiro pensadores e analisar questões sociais ligadas à filosofia na
sociedade contemporânea.

Nascido em Londrina, interior do Paraná, na juventude (1973 a


1975) experimentou a vida monástica em um convento da Ordem
Carmelitana Descalça, mas abandonou a perspectiva de ser monge para
seguir a carreira acadêmica. Concluiu sua graduação em 1975 na
Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira. Em 1989 concluiu
seu mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP), sob a orientação do Prof. Dr. Moacir Gadotti, e em 1997,
sob a orientação do Prof. Dr. Paulo Freire, conclui seu doutorado também
em Educação pela PUC-SP.É professor titular do Departamento de
Teologia e Ciências da Religião e de pós-graduação em Educação da
PUC-SP, na qual está de 1977 a 2012, além de professor-convidado
da Fundação Dom Cabral, desde 1997, e foi no GVPec da Fundação
Getúlio Vargas, entre 1998 e 2010.Ocupou o cargo
de Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), durante
a administração de Luiza Erundina, e foi membro-conselheiro do
Conselho Técnico Científico da Educação Básica da CAPES/MEC
(2008/2010).Fez o programa "Diálogos Impertinentes" na TV PUC,
no Canal Universitário.

Cortella tem obras publicadas no campo da Filosofia e da


Educação. É autor, entre outras obras, de:

Porque fazemos o que fazemos? Aflições vitais sobre trabalho,


carreira e realização – 2016.

 Felicidades Foi-se Embora? com Leonardo Boff e Frei Betto


- 2016
 A Era da Curadoria - o Que Importa É Saber o Que Importa!
com Gilberto Dimenstein - 2015
 Ética e Vergonha na Cara!, com Clóvis de Barros Filho -
2014
 Pensar Bem Nos Faz Bem! (Filosofia, Religião, Ciência,
Educação) (1a. ed 2013). 2a. ed. Petrópolis e São Paulo: Vozes e Ferraz
& Cortella, 2014.
 Não se desespere! Provocações filosóficas. - 2013
 A Escola e o Conhecimento: fundamentos epistemológicos e
políticos.
 Nos Labirintos da Moral, com Yves de La Taille.
 Não Espere Pelo Epitáfio: Provocações Filosóficas.
 Não Nascemos Prontos!
 Viver em Paz para Morrer em Paz: Paixão, Sentido e
Felicidade.
 Sobre a Esperança: Diálogo com Frei Betto.
 O que é a Pergunta? Com Silmara Casadei.
 Política: Para Não Ser Idiota, com Renato Janine Ribeiro. -
2010
 Vida e Carreira: um equilíbrio possível?, com Pedro
Mandelli.
 Educação e Esperança: sete reflexões breves para recusar
o biocídio.
 Qual é a tua Obra? Inquietações Propositivas sobre Gestão,
Liderança e Ética. - 2007
 Vivemos Mais! Vivemos Bem? Por Uma Vida Plena.
 Liderança em Foco.
 Descartes, a paixão pela razão.

Algumas frases de Mario Sergio Portela

  Na vida é preciso ter raiz, não âncora. A raiz te


alimenta, a âncora te imobiliza.
  Preste atenção em quem discorda de você, esta
pessoa é uma oportunidade de renovação.
  Não perca a oportunidade de aprender e de se
preparar para fazer melhor.
 Êxito é achar a saída.
  Deixe longe aqueles que querem te desestimular.
 Estratégia é quando se enxerga agora o que virá
adiante e se prepara para isso.
  A tecnologia serve para liberar tempo para usarmos
nossa inteligência.
 Medo é estado de alerta. O pânico paralisa.
  Para construir uma carreira de sucesso, é preciso
paciência, pois algumas coisas precisam maturar. Mas paciência
não significa lerdeza.
 Procure aquilo que te faz sair do óbvio, não fique com
as mesmas ideias.

Livros Publicados por Mario Sergio Portela

Trilogia Provocações filosóficas

 Não espere pelo epitáfio.


 Não nascemos prontos.
 Nos labirintos da moral.
 O que a vida me ensinou- viver em paz para morrer
em paz
 Pensar bem nos faz bem
 Escola e preconceito – Docência, Discência e
decência.
 Vida e carreira: um equilibro possível?
 Política: Para não ser idiota
 Sobre a esperança
 Qual é a sua obra?
 Liderança em foco
 A escola e o conhecimento – fundamentos
epistemólogos e políticos.
 Não se desespere! Provocações filosóficas.
 Porque fazemos o que fazemos
 Ética e Vergonha na cara
 Felicidade foi-se embora
 Pensatas pedagógicas - Nós e a escola: Agonias e
alegrias.
 Família – urgências e turbulência.
 Sobre a esperança
 Descartes – a paixão pela a razão.
 O que a vida me ensinou. Livro 1
 Sobre a esperança
 O que a vida me ensinou. Livro 2
 O que a vida me ensinou. Livro 3
 O que a vida me ensinou. Livro 4
 O que a vida me ensinou. Livro 5
 Educação e esperança- sete breves reflexões para
recuar o Biocídio.
 O que é a pergunta? Tá sabendo?
 O aluno, o professor e a escola- Uma conversa sobre
a educação.

Sarah Vitória Melo


Charles Darwin

Charles Robert Darwin foi um importante naturalista que nasceu no


dia 12 de fevereiro de 1809, na Inglaterra, mais precisamente na cidade
de Shrewsbury. Esse importante pesquisador ficou conhecido por sua
contribuição no entendimento da evolução das espécies. Quando jovem,
com 16 anos, Darwin iniciou o curso de medicina, seguindo uma tradição
de família. Entretanto, durante uma aula na qual deveria realizar uma
operação sem anestesia, ele descobriu que realmente não era aquilo que
havia sonhado para sua vida e resolveu abandonar o curso. Apesar de o
curso de medicina não ser o que Darwin procurava, ele pôde conhecer
algumas pessoas importantes para o seu crescimento profissional.

Charles Darwin conheceu então John Stevens Henslow, um


naturalista dedicado à botânica. Esse pesquisador foi importante na vida
de Darwin, pois foi quem o indicou para participar da tripulação do Beagle,
um navio que faria uma viagem a fim de mapear a costa da América do
Sul. Darwin embarcou no Beagle, em 1831, e durante cinco anos coletou
e observou diversas formas de vida ao redor do mundo, compreendendo
melhor as mudanças ocorridas nas espécies. O naturalista também
coletou fósseis e fez observações geológicas que mostraram a “evolução”
que as espécies sofreram através do tempo. Um dos pontos mais
importantes da viagem de Darwin foi sua parada nas ilhas Galápagos. Foi
nesse local que ele percebeu que cada ilha possuía um grupo de
pássaros específico e que provavelmente essa diferença apresentava
relação com as características do meio onde eles viviam. Essa análise foi
importante para o entendimento do processo de seleção natural por ele
proposto.

O mecanismo de Seleção Natural, proposta por Charles Darwin,


tem como princípio a adequação de uma característica sugestiva ao meio
ambiente. A prevalência da característica torna-se favorável, à medida
que, hereditariamente, são transmitidas para as gerações seguintes.
Enquanto a sucessividade da característica benéfica se consolida na
população como caráter padrão, transmitido de geração em geração, as
características desfavoráveis de um organismo, cada vez menos
frequente, não se perpetuam reprodutivamente. Atuando diretamente
sobre o fenótipo, a Seleção Natural permite mais ênfase aos aspectos
favoráveis, resultando em adaptação do mesmo. Assim, as variações bem
sucedidas intensificam a sobrevivência do organismo portador, tornando-o
mais apto reprodutivamente, podendo ocasionar o surgimento evolutivo
de uma nova espécie. Nesse caso, pode-se concluir que o processo de
Seleção Natural, não necessariamente potencializa sua atuação de forma
deletéria, produzindo mudança genética, excluindo ou mantendo uma
característica. Mas pode limitar uma variação fenotípica conforme a
interferência do meio.

Depois de sua viagem à bordo do Beagle, Darwin voltou para a


Inglaterra e compreendeu que as espécies sofriam mudanças através do
tempo, a partir desse pensamento a obra "Origem das Espécies por
Seleção Natural”, foi publicada um ano mais tarde, em 1859. O livro foi a
principal obra de Charles Darwin entretanto, a teoria não foi bem aceita,
principalmente pelos religiosos. Nesse livro, Darwin apresenta evidências
abundantes da evoluçãodas espécies, mostrando que a diversidade
biológica é o resultado de um processo de descendência com
modificação, onde os organismos vivos se adaptam gradualmente através
da seleção natural e as espécies se ramificam sucessivamente a partir de
formas ancestrais, como os galhos de uma grande árvore: a árvore da
vida.

"Não tenho dúvidas de que a visão que a maioria dos naturalistas


possui, e que eu previamente também tinha, de que cada espécie foi
criada independentemente, é errônea. Estou totalmente convencido de
que as espécies não são imutáveis; mas que aquelas que pertencem ao
que chamamos do mesmo gênero são descendentes diretas de alguma
outra espécie, geralmente extinta, da mesma forma que as variedades
reconhecidas de qualquer espécie são descendentes daquela espécie.
Além disso, estou convencido que a Seleção Natural é o meio principal,
mas não exclusivo, de modificação."

Annie Elizabeth Darwin foi a segunda e mais velha filha de Charles


Darwin e Emma Darwin. Annie adoeceu em 1849, despertando
novamente os temores de Darwin de que sua doença pudesse ser
hereditária, assim, parou de acreditar em Deus. Após um longo
sofrimento, ela morreu. Em 19 abril de 1882, 33 anos depois, Charles
Darwin morreu em decorrência de um ataque cardíaco.

Maressa Goulart
Immanuel Kant

Assim como Platão tentara conciliar, em um sistema metafísico,


único tanto o devir quanto a permanência (o Uno e a Diversidade) a partir
das filosofias pré-socráticas de Heráclito e Parmênides, Kant se constitui
também como ponto de convergência da maior parte das reflexões da
modernidade; tenta conciliar a perspectiva racionalista e a empirista na
fundamentação da possibilidade do conhecimento e do agir humano.
Esse impulso de conciliação e de análise crítica nasce, sobretudo, pela
admiração ao pensamento de Rousseau (1712-1778) e da impressão
causada pelas obras de David Hume (1711-1776).

Segundo Kant, a tarefa da Filosofia seria responder quatro


perguntas (3): o que posso saber (Conhecimento), o que devo saber
(Ética), o que posso esperar (Religião), o que é o Homem (Antropologia).
E para responder essas perguntas em sua obra, Kant inaugura o
método que irá percorrer todo o seu pensamento: o criticismo. Crítica para
Kant é um convite à razão.
Preocupado com a confusão conceitual do conhecimento,
questionava em sua obra "Crítica da Razão Pura" (1781) se é possível
uma "razão pura" independente da experiência. Daí seu método ser
conhecido como "criticismo". Kant condenava o empirismo dos filósofos
David Hume e John Locke e não concordava com o racionalismo de
Descartes e Leibniz. Para superar essa contradição, Kant explicava que o
conhecimento é constituído de matéria e forma. A matéria dos nossos
conhecimentos são as próprias coisas e a forma somos nós mesmos.
As incertezas nas conclusões dadas pela metafísica levaram Kant
a desenvolver suas criticas a respeito desta, ou seja, ele não via uma
base sólida na metafísica. Provocou o que muitos chamaram de
"Revolução Copernicana" na filosofia, ou seja, assim como Copérnico
mostrou que o Sol estava no centro do universo, Kant coloca a própria
pessoa, o interior, para chegar ao todo, a teoria, ou seja, mostrando um
caminho inverso aquele que estava sendo seguido até então de colocar o
mundo como centro do pensamento. Colocando a razão como centro em
vez da realidade objetiva. Tratava a sensibilidade que nos dá os objetos
pela intuição para chegarmos ao entendimento, que pensa tais objetos
nos conceitos. 
Solução de Kant em relação a metafisica: apriorismo .Em
relação ao racionalismo e empirismo, Kant não desmerecia nenhum dos
dois meios para se chegar a uma verdade, ele proporcionou uma nova
corrente baseada no equilíbrio entre as duas correntes anteriores. O
apriorismo defende que podemos chegar à verdade, conceito, tanto pela
inteligência inata, racional, como também pelos sentidos, através da
experiência.
O criticismo acredita na possibilidade do conhecimento, no entanto,
se questiona sobre esta possibilidade de conhecer. Para Kant, o processo
do conhecimento se dá pela interação entre o sujeito e o mundo objetivo.
Para que chegue ao resultado, o sujeito tem em sua estrutura o conteúdo
sensível, isto é, a condição que é responsável pela captação dos dados
objetivos, sendo remetidos ao intelecto, para serem classificados,
articulados e pensados. No entanto, o sujeito é a peça chave nessa
interação dele com o objeto, ou seja, deve partir do sujeito a vontade de
aprender.
O criticismo de Kant procura dar uma solução ao impasse criado
pelo dogmatismo que era a total confiança do sujeito chegar à verdade e
o ceticismo pela negação do sujeito de chegar à verdade. Kant propõe o
criticismo, que será a capacidade de chegar, no entanto, ela deve ser
questionada.
Maria Eduarda Rodrigues
Noam Chomsky

Avram Noam Chomsky é um linguista, filósofo, ativista, autor e


analista político estadunidense que nasceu na Filadélfia (Estados Unidos),
no dia sete de dezembro de 1928. Foi introduzido na liguística por seu
pai, especializado em linguística histórica hebraica. Estudou na
universidade da Pensilvânia, onde se tornou doutor (1955) com uma tese
sobre a análise transformacional, elaborada a partir das teorias de Z.
Harris, de quem foi discípulo. Assim, tornou-se professor do renomado
MIT (MassachussettsInstituteof Technology), a partir de 1961.

É autor de uma contribuição fundamental à linguística moderna,


com a formulação teórica e o desenvolvimento do conceito de gramática
transformacional, ou generativa,cuja principal novidade está na distinção
de dois níveis diferentes na análise das frases: por um lado, a “estrutura
profunda”, conjunto de regras de grande generalidade a partir das quais é
gerada, mediante uma série de regras de transformação, a “estrutura
superficial” da frase.

Chomsky afirma que a aprendizagem da língua não é uma questão


de hábito e condicionamento, mas um processo criativo, uma atividade
cognitiva e racionalista, e não uma resposta a estímulos externos.

 Ele propõe que a Gramática Transformacional tenha dois tipos de


regras: as sintagmáticas, que geram estruturas abstratas e as de
transformação, que convertem essas estruturas abstratas em sequências
terminais, que são as frases da língua.

Baseado na dificuldade de explicar a competência adquirida pelos


falantes nativos de determinado idioma a partir da experiência deficitária
recebida de seus pais, considerou que a única forma de entender o
aprendizado de uma língua era postular uma série de estruturas
gramaticais inatas (já nascidas com o indivíduo), as quais seriam comuns,
portanto, a toda a humanidade.
Neste sentido, poderia se falar de uma gramática universal, a cuja
demonstração e desenvolvimento têm sido dedicados diversos estudos
que partiram das idéias de Chomsky. Além de suas atividades no campo
linguístico, Chomsky frequentemente interveio no setor político,
provocando diversas polêmicas com suas denúncias sobre
o imperialismo estadunidense, desde o começo da Guerra do Vietnam e
suas reiteradas críticas ao sistema político e econômico dos Estados
Unidos.

“Não se pode controlar o próprio povo pela força, mas se pode


distraí-lo com consumismo.”

“O ensino deve inspirar os estudantes a descobrir por si mesmos, a


questionar quando não concordarem, a procurar alternativas se acham
que existem outras melhores, a revisar as grandes conquistas do passado
e aprender porque algo lhes interessa”

Romero Mourão
George Edward Moore

George Edward Moore, mais conhecido como G. E. Moore,


(Londres, 4 de novembro de 1873 — Cambridge, 24 de outubro de 1958)
foi um filósofo britânico educado em DulwichCollege.
George Edward Moore nasceu em Londres e dedicou ao latim e
ao grego a maior parte de seus estudos secundários. Foi como estudante
de letras clássicas que entrou, em 1892, no Trinity College,
na Universidade de Cambridge.[1] A amizade com Bertrand
Russell conseguiu convencê-lo a voltar-se para a filosofia. A vida "sem
história" e a carreira de Moore foram inteiramente devotadas ao trabalho
filosófico, começando pela "Fraternidade" (fellowship) em Cambridge,
de 1898 a 1904, percorrendo os anos em que Moore não exerce
nenhuma função acadêmica, de 1904 a 1911, o magistério em Cambridge
de 1911 a 1939, até os últimos anos de ensino efetivo, durante a Segunda
Guerra Mundial, nos Estados Unidos. De 1921 a 1947 também foi diretor
da revista filosófica Mind.
Moore decerto não foi tanto um construtor de sistemas quanto um
iniciador fecundo e um crítico vigilante. Juntamente com Russell foi co-
fundador do movimento analítico em filosofia. No início do século exerceu
influência benéfica sobre seus contemporâneos, sentida como vivificante
e sobretudo liberadora, tanto no tocante ao idealismo e a
certo obscurantismo neo-hegeliano quanto no tocante à
respeitabilidade vitoriana: o Grupo de Bloomsbury o considerou um
mentor. Seu livro Principia Ethica serviu de referências nos debates
estudantis do grupo sobre a reação ao puritano pensamento vitoriano em
favor da valorização das relações pessoais como a amizade e o deleite
por objetos belos [2]. Ele foi um entusiasta do keynesianismo por criar uma
possibilidade de livrar o mundo do Reductio ad
absurdum de benthanismo e do "utilitarismo marxista".
Filosoficamente, inaugurou o renascimento
do realismo na Inglaterra e forneceu à análise os fundamentos que lhe
permitiram o progresso, bem como métodos zelosamente aprimorados e
trabalhos exemplares. Um de seus comentadores não hesita em ver nele
"o mais agudo, o mais hábil questionador da filosofia moderna".
É por certo "um filósofo para os filósofos". Confessou um dia com
candura que o mundo e as ciências lhe teriam proposto problemas
filosóficos, mas que as estranhas asserções dos filósofos muitas vezes
lhe pareceram bem enigmáticas. Daí decorrem por certo dois aspectos
importantes da empreitada de Moore: a defesa do senso comum e a
elucidação das proposições. O campo de sua aplicação da análise é
vasto: comporta os enunciados do próprio senso comum, os enunciados
de percepção e os enunciados filosóficos. A reflexão sobre as técnicas de
análise recebeu de Moore uma atenção especial, mas foi à leitura dos
trabalhos do seu amigo Russell que Moore dedicou mais tempo e
cuidado.
Foi também mestre e amigo do jovem Wittgenstein. Mas os
filósofos da segunda geração, como Austin, Malcolm, Strawson,
reconhecem nele o iniciador de um método de análise atenta ao uso e
preocupada com as matizes do senso comum. Moore aparece assim no
ponto de articulação entre a "antiga" e a "nova" análise. Compreende-se
também por que a interpretação global de sua obra é motivo de
controvérsia: assim é que alguns o glorificam por ter sido (através de seu
artigo de 1925, A Defenseof Common Sense), ao passo que outros,
como Ayer, lhe são reconhecidos sobretudo por ter permitido à filosofia
britânica resgatar sua verdadeira tradição, o realismo e o empirismo,
depois do episódio aberrante do neo-idealismo hegeliano.
Homem de ensino e do verbal mais que do escrito, de discussão e
de argumentação, homem da indagação, polemista às vezes feroz, crítico
sempre vigilante, Moore apareceu para seus contemporâneos como "a
prova viva da importância que em filosofia têm a honestidade, a clareza, a
integridade e um pensamento atento. De sua obra, Warnock escreve que
é "em sua essência tão simples, tão direta, tão inteiramente cândida e
desprovida de preconceitos que mal parece filosófica. É simplesmente
discussão (it is just argument). Talvez seja esta sua virtude específica,
segredo de sua força".
G.E. Moore aprofundou o intuicionismo que vinha já de Henry
Sidgwick — a “intuição ética racional” de Sidgwick, em contraponto ao
cálculo racional característico do utilitarismo. Moore parte do princípio da
indefinibilidade do adjetivo “bom”. “Bom” não é passível de ser definido
— assim como não podemos definir “realidade”. As proposições acerca
do “bom” são proposições sintéticas e não analíticas. O “bom” é bom, e
ponto final: não podemos dizer mais nada sobre ele. Não podemos
reduzir o bom ao prazer nem ao desejo: o conteúdo do conceito de bom é
indefinível.
Isto não significa que o “bem” [substantivo] seja também indefinível.
O “bem” é a forma do “bom”, e não o seu conteúdo; por isso, podemos
definir a forma do “bom”, ou seja, podemos definir o “bem” — o
substantivo [bem] é diferente do adjetivo [bom], assim como a forma da
totalidade é diferente do seu conteúdo: podemos definir a forma da
totalidade [o bem] mas não o seu conteúdo [o bom]. De modo
semelhante, podemos definir a forma do Englobante [Deus] mas não o
seu conteúdo.
Tal como acontece com o desenho do universo, o “bom” é
intuitivamente captado pelo ser humano e é aparente ao mundo.
Podemos intuir o “bom” da mesma forma como podemos intuir, por
exemplo, o facto de o mundo não ter aparecido há cinco minutos, ou que
podemos confiar — até certo ponto — nas nossas memórias, ou ainda
quando constatamos que existem outras pessoas para além de nós
próprios. Podemos intuir o “bom” como sendo uma “crença básica”:
conhecemos o “bom” sem que seja necessária alguma cadeia de
inferências que apoiem ou demonstrem esse conhecimento.
Porém, e sendo que o “bom” é, de certa forma, auto evidente, os
valores podem existir sem que o ser humano os conheça [Nicolau
Hartmann]; e por isso, essa auto evidência [deduzida do senso-comum]
não é totalmente fiável e depende muito da educação ética e estética do
indivíduo, por um lado, e do seu tipo de inteligência, por outro lado. [a
inteligência é múltipla: segundo Howard Gardner, podem distinguir-se as
seguintes formas de inteligência: a inteligência pessoal, a inteligência
linguística, a inteligência física e sinestésica, a inteligência matemática e
lógica, a inteligência espacial, e a inteligência musical].
A Filosofia Analítica
Como uma prática filosófica, é caracterizada pela valorização da
clareza e precisão argumentativa, utilizando-se da lógica formal, análise
conceitual e, em alguns casos, da matemática e ciências naturais. Tem
suas raízes no início do século XX, com o movimento conhecido como
positivismo lógico e em filósofos como o Prêmio Nobel Bertrand Russell, o
pai da lógica moderna Gottlob Frege, o editor da renomada revista Mind e
defensor dos conceitos de senso comum George Edward Moore e Ludwig
Wittgenstein, autor do ainda hoje influente Tractatus Logico-
Philosophicus, de 1921. Muitos aspectos destes primeiros tempos da
filosofia analítica foram abandonados ou rejeitados ao longo de seu
desenvolvimento, mas foram importantes para seu desenvolvimento.
Entre estes aspectos encontramos especialmente, o princípio
positivista-lógico, segundo o qual não existem fatos filosóficos, sendo o
objeto da filosofia o esclarecimento lógico do pensamento; a recusa em
produzir filosofia a partir de sistemas filosóficos gerais, preferindo
investigações mais restritas afirmadas com rigor ou utilizando a linguagem
ordinária; e o princípio segundo o qual o esclarecimento do pensamento
só poderia ser atingido pela análise da forma lógica das proposições
filosóficas.
Víctor Fernando Silva
Theodor Adorno

Adorno foi um dos fundadores da famosa "Escola de Frankfurt". Foi


um dos maiores críticos da degradação gerada pelo capitalismo em nome
das forças que mercantilizam a cultura e as relações sociais.

Para Adorno a educação deve ser simultaneamente, autonomia,


racionalidade e possibilidade de ir além da mera adaptação, chegando à
emancipação; é apontada uma crítica à indústria cultural, vista como a
responsável por prejudicar a capacidade humana de agir com autonomia.

Em educação e emancipação, o autor lembra ainda, da importância


da educação em não ser um instrumento disciplinador de condutas
através da repreensão, costume que sempre predominou durante muitos
anos de forma explícita através de castigos físicos e morais, e hoje de
maneira disfarçada através de uma repressão psicológica.

A educação deve ser direcionada no sentido de estabelecer ao


individuo uma autorreflexão, demonstrando sua importância numa
coletividade para bem comum da humanização.

A emancipação, na perspectiva de Adorno, não se refere apenas


ao indivíduo como entidade isolada, mas fundamentalmente como um ser
social, é a formação para a autonomia, mas ela só pode ser bem
sucedida se for um processo coletivo, já que na nossa sociedade a
mudança individual não provoca necessariamente a mudança social, mas
esta é precondição daquela. A educação deve contribuir, portanto, para o
processo de formação e emancipação, contribuindo para criar condições
em que os indivíduos, socialmente, conquistem a autonomia.

A Teoria Crítica questiona a relação entre o objeto de pesquisa


científica e a sociedade, ocupando-se com a crítica desse processo,
associa-se ao marxismo na sua crítica ao Capitalismo e surge como uma
crítica das relações econômicas da sociedade sem, contudo, se limitar
apenas ao aspecto econômico. Além disso, há uma relação dos objetos
com os fatos sociais de modo que aqueles só podem ser pensados a
partir das relações sociais.

Theodor Adorno, em parceria com outros filósofos


contemporâneos, estão inseridos num trabalho muito árduo: pensar
filosoficamente a realidade vigente. A realidade em que vivia estava
sofrendo várias transformações, principalmente, na dimensão econômica.
O comércio tinha se fortalecido após as revoluções industriais, ocorridas
na Europa e, com isso, o Capitalismo havia se fortalecido definitivamente,
principalmente, com as novas descobertas cientificas e,
consequentemente, com o avanço tecnológico. O homem havia perdido a
sua autonomia. Em consequência disso, a humanidade estava cada vez
mais se tornando desumanizada. O domínio da razão humana passou a
dar lugar para o domínio da razão técnica. Os valores humanos haviam
sido deixados de lado em troca do interesse econômico. O que passou a
reger a sociedade foi a lei do mercado, e com isso, quem conseguisse
acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida, talvez, conseguiria
sobreviver; aquele que não conseguisse acompanhar esse ritmo e essa
ideologia de vida ficava a mercê dos dias e do tempo, isto é, seria jogado
à margem da sociedade. Nessa corrida pelo ter, nasce o individualismo,
que, segundo o nosso filósofo, é o fruto da Indústria Cultural, (termo
desenvolvido por ele).

Segundo Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna negócio.


Enquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de
sistemática e programada exploração de bens considerados culturais.

Um exemplo disso, dirá ele, é o cinema. O que antes era um


mecanismo de lazer, ou seja, uma arte, agora se tornou um meio eficaz
de manipulação. Portanto, podemos

dizer que a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos


característicos do mundo industrial moderno e nele exerce um papel
especifico, qual seja o de portadora da ideologia dominante, a qual
outorga sentido a todo o sistema.
Para Adorno, o homem, nessa Indústria Cultural, não passa de
mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto. O homem é
tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna
uma extensão do trabalho. Portanto, o homem ganha um coração-
máquina. Tudo que ele fará, fará segundo o seu coração-máquina, isto é,
segundo a ideologia dominante. A Indústria Cultura, que tem com guia a
racionalidade técnica esclarecida, prepara as mentes para um
esquematismo que é oferecido pela indústria da cultura – que aparece
para os seus usuários como um “conselho de quem entende”. O
consumidor não precisa se dar ao trabalho de pensar, é só escolher. É a
lógica do clichê. Esquemas prontos que podem ser empregados
indiscriminadamente só tendo como única condição a aplicação ao fim a
que se destinam. Nada escapa a voracidade da Indústria Cultural.

É importante frisar que a grande força da Indústria Cultural se


verifica em proporcionar ao homem necessidades. Mas, não aquelas
necessidades básicas para se viver dignamente (casa, comida, lazer,
educação, e assim por diante) e, sim, as necessidades do sistema vigente
(consumir incessantemente). Levando-as a esquecer do que realmente
precisam, ela incute medos e desejos que nos confundem e intimidam,
impossibilitando uma ação de transformação social. Ela instaura o poder
da mecanização sobre o homem, realizando uma sistemática e
programada exploração de bens considerados culturais com a única
finalidade de lucro, seus produtos são adaptados de acordo com os
gostos das massas, na mesma medida em que geram o desejo de
consumo. Com isso, o consumidor viverá sempre insatisfeito, querendo,
constantemente, consumir e o campo de consumo se torna cada vez
maior. Nesse sentido, o universo social, além de configurar-se como um
universo de “coisas” constituiria um espaço hermeticamente fechado. E,
assim, todas as tentativas de se livrar desse engodo estão condenadas
ao fracasso. Para Adorno, existe uma saída, e esta, encontra-se na
própria cultura do homem: a limitação do sistema e a estética.
Na Teoria Estética, obra que Adorno tentará explanar seus
pensamentos sobre a salvação do homem, dirá ele que não adiante
combater o mal com o próprio mal. Segundo ele, a antítese mais viável da
sociedade selvagem é a arte. A arte, para ele, é que liberta o homem das
amarras dos sistemas e o coloca com um ser autônomo, e, portanto, um
ser humano. Enquanto para a Indústria Cultural o homem é mero objeto
de trabalho e consumo, na arte é um ser livre para pensar, sentir e agir. A
arte é como se fosse algo perfeito diante da realidade imperfeita. Além
disso, para Adorno, a Indústria Cultural não pode ser pensada de maneira
absoluta: ela possui uma origem histórica e, portanto, pode desaparecer.

Por fim, podemos dizer que Adorno foi um filósofo que conseguiu
interpretar o mundo em que viveu, sem cair num pessimismo. Ele pôde
vivenciar e apreender as amarras da ideologia vigente, encontrando
dentro dela o próprio antídoto: a arte e a limitação da própria Indústria
Cultural. Portanto, os remédios contra as imperfeições humanas estão
inseridos na própria história da humanidade.

Ívilla Garcia Oliveira


Sigmund Freud
Sigmund Freud foi um médico neurologista e importante psicólogo
austríaco. Foi considerado o pai da psicanálise, que influiu
consideravelmente sobre a Psicologia Social contemporânea.

A psicanálise ou teoria psicanalítica foi fundada por Sigmund Freud


que acreditava que as pessoas poderiam ser curadas, fazendo
conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes. O objetivo da
terapia da psicanálise é liberar emoções e experiências reprimidas, ou
seja, trazer o inconsciente ao consciente.

Para Freud o inconsciente é um reservatório de sentimentos,


pensamentos, impulsos, e memórias que está fora da nossa consciência
mais que influencia o nosso comportamento e experiência, mesmo que
nós não tenhamos conhecimento dessas influências subjacentes. A
mente inconsciente é frequentemente representada como um iceberg.
Tudo acima da água representa o consciente, enquanto tudo abaixo da
água representa o inconsciente. Ele acreditava que, esses pensamentos
ocultos se davam a conhecer através de sonhos, lapsos de linguagem ou
através da livre associação.

Na análise dos sonhosele argumentou que a mente consciente é


como um censor, mas é menos vigilante quando estamos dormindo.
Como resultado, ideias reprimidas vem à superfície e precisamos
distinguir entre o conteúdomanifesto que é tudo o que realmente a pessoa
lembra e o conteúdo latente de um sonho que é o que realmente significa.
Para ele, o sonho é “a estrada real para o inconsciente”.
Atos falhos: são pensamentos e sentimentos inconscientes que
podem se transferir para a mente consciente. São também conhecidos
como lapsos freudianos ou lapsos de linguagem. Nós revelamos o que
está realmente em nossa mente dizendo algo que não queríamos.
Freud acreditava que os lapsos da fala eram importantes para a
prática da psicanálise.
Livre Associação: é quando o paciente fala de tudo o que vem à
sua menteesperando que fragmentos de memórias reprimidas venham
a surgir.
Freud relatara que seus pacientes ao passar pela livre associação,
ocasionalmente, experimentavam uma memória tão emocionalmente
intensa e vívida que quase reviviam a experiência era como um
“flashback”.

Pressupostos da Psicanálise:
 Psicólogos psicanalíticos veem problemas psicológicos
como enraizados na mente inconsciente;
 Sintomas manifestados são causados por distúrbios latentes
(ocultos),
 As causas típicas incluem questões não resolvidas durante o
desenvolvimento ou trauma reprimido;
 O tratamento através da psicanálise se concentra em trazer
o conflito reprimido à consciência, onde o paciente pode lidar com isso e
em sua forma clássica;
 É um processo demorado, muitas vezes ocorrendo durante
vários anos.

 A psicanálise é utilizada no tratamento de depressão e


ansiedade.

Rúbia Augusta
Karl Marx
Karl Marx nasceu em Trier, Alemanha, em 5 de maio de 1818 e
morreu em 14 de março de 1883, em Londres.
É inegável a contribuição dele para a economia, principalmente
sobre a teoria do valor econômico e com o desenvolvimento de conceitos
como o de mais-valia e do fetiche da mercadoria.
O alcance de suas obras é incomensurável. Pode-se citar
a Revolução Russa como um dos eventos relacionados ao impacto de
sua obra. É considerado um dos maiores pensadores de todos os
tempos.
A teoria de Marx é essencialmente uma ferrenha crítica às
sociedades capitalistas e seus moldes de organização e divisões sociais.
Teoria valor- trabalho e fetichismo de mercadoria
A teoria do valor-trabalho é uma teoria econômica associada
principalmente a Adam Smith, David Ricardo e Karl Marx. Smith e
Ricardo, ao tomarem o trabalho como base do valor, não
perceberam a dupla função que ele tem: a de ser origem do valor do
produto e a do trabalho como mercadoria.
Com Marx, o conceito clássico do valor-trabalho se transforma,
pois o autor demonstra como é a capacidade de trabalho que dá
valor a mercadoria, ou seja, a quantidade de trabalho necessário à
produção das mesmas. Marx diferencia valor de uso e valor de troca para,
em seguida, definir o próprio trabalho. Os valores de uso só se realizam
com a utilização ou o consumo e constituem a riqueza. Já o valor de troca
revela-se nas relações que trocam valores de uso de espécies diferentes,
relação esta que muda constantemente. Assim, como valores de uso, as
mercadorias são de qualidades diferentes e, como valores de troca, só
podem diferir na quantidade.
Com o valor sendo gerado pelo trabalho, única e exclusivamente,
os trabalhadores seriam donos de toda a riqueza existente, sendo que os
patrões, que acabavam por ficar com grande
parte da riqueza gerada pelo trabalho incorporado, estavam na verdade
roubando da classe trabalhadora esse valor gerado, através de um
processo
chamado de mais-valia.
Para Marx a igualdade dos trabalhos humanos fica disfarçada sob
a forma
de igualdade dos produtos como valores. A mercadoria encobre
características
sociais do próprio trabalho dos homens, apresentando-as como
características
materiais, porque oculta a relação social entre os trabalhos individuais.
Esse fato foi denominado como “fetichismo da mercadoria”. O elemento
comum em todas as coisas é o trabalho, que Marx coloca em duas
categorias: o trabalho
individual vira trabalho social e o trabalho concreto transforma-se em
trabalho
abstrato. A teoria do fetichismo das mercadorias considera que por trás
das
relações entre as coisas, existem relações humanas, e também que as
relações humanas são encobertas por relações entre coisas, e não
podem se expressar senão através dessas coisas. De acordo com a
crítica de Karl Marx no âmbito da economia política, o fetichismo da
mercadoria surge como um fenômeno social e psicológico onde
as mercadorias aparentam ter uma vontade independente de seus
produtores.
Mais- valia
A mais-valia é o termo utilizado por Karl Marx em alusão ao
processo de exploração da mão de obra assalariada que é utilizada na
produção de mercadorias. Trata-se de um processo de extorsão por meio
da apropriação do trabalho excedente na produção de produtos com valor
de troca.
A mais-valia absoluta ocorreria em função do aumento do ritmo
de trabalho, da vigilância sobre o processo de produção ou mesmo da
ameaça da perda do trabalho caso determinada meta não fosse
alcançada, ainda que em detrimento da saúde e do bem-estar do
trabalhador. O empregador exige maior empenho na produção sem
oferecer nenhum tipo de compensação em troca e há o aumento da
produção de excedentes em forma de lucro.
Já a mais-valia relativa estaria ligada ao processo de avanço
científico e do progresso tecnológico. Uma vez que não consegue mais
aumentar a produção por meio da maior exigência de seus empregados,
o capitalista investe em melhorias tecnológicas para acelerar o processo
de produção e aumentar a quantidade de mercadoria produzida. Esse
processo acontece sem que, no entanto, seja oferecida qualquer
bonificação ao trabalhador. Este passa ser aos poucos substituído pelo
maquinário tecnológico, de modo que a quantidade de trabalho social é
diminuída e a mão de obra humana é trocada por uma mão de obra
mecânica.
Marxismo
O marxismo é um conjunto de ideias desenvolvidas a partir das
obras de Karl Marx e Friedrich Engels e que causaram grande impacto no
mundo todo. Como corrente teórica, o marxismo oferece um método
específico para a análise social de alguns aspectos da sociedade
moderna, especialmente aqueles ligados aos conflitos de classe e a
organização produtiva. O marxismo é uma teoria sobre a evolução da
sociedade que pretende explicar cientificamente o capitalismo. Além
disso, também se apresenta como uma corrente política voltada para a
transformação radical da ordem socioeconômica. O termo “marxismo” só
passou a ser utilizado anos após a morte de Marx e agrega pensamentos
distintos e, às vezes, até discordantes.
Para os marxistas, a sociedade moderna está marcada por
interesses antagônicos, isso é, inconciliáveis, entre as classes que
possuem e as que não possuem os meios de produção – tudo aquilo que
é necessário para trabalhar: como as ferramentas, o espaço ou a matéria-
prima. As classes despossuídas não têm outra fonte de subsistência
senão a venda de sua própria força de trabalho, o que faz com que se
tornem empregadas das classes que detém os meios de produção. A
existência de interesses antagônicos gera conflitos, que ficam
especialmente explícitos em episódios de greve e mobilizações por
aumento de salários ou pela ampliação dos direitos trabalhistas. Esses
conflitos entre as classes sociais, para o marxismo, são centrais para
compreender a própria história da humanidade.
O marxismo se coloca como uma teoria voltada para a ação. Suas
perspectivas se articulam de forma a criticar o sistema econômico desde
o ponto de vista do trabalhador e indicando a necessidade de melhoria
das condições de vida dos trabalhadores, que geralmente são a maior
parte da população. Nesse sentido, o marxismo estabelece a
indispensabilidade de uma ruptura com o capitalismo rumo à adoção de
um sistema político-econômico mais generoso, que rompa com as
desigualdades sociais.
O Capital
O Capital (Das Kapital, em seu título original, em alemão) é a obra
máxima e a mais conhecida do intelectual e revolucionário alemão Karl
Marx. Trata-se de um minucioso exercício investigativo do autor acerca do
funcionamento das relações econômicas, procurando desvendar os
conceitos universais que estão por trás da atividade econômica.
O livro se desdobra em três volumes, a saber:
Livro I - O processo de produção do capital
Livro II - O processo de circulação do capital
Livro III – O processo global da produção capitalista
Seu objeto era "revelar a lei econômica do movimento da
sociedade moderna". Pensadores econômicos anteriores haviam captado
um ou outro aspecto do funcionamento do capitalismo. Marx busca
entender todo o processo em seus três livros, chegando a uma
especificidade até hoje inédita de pesquisa, argumentação e relação de
dados. Defendia que o capitalismo como sistema era um modo de
produção historicamente transitório cujas contradições internas o levariam
à queda, sendo inevitavelmente substituído.
O autor de O Capital irá apresentar, através de seu trabalho
conceitos como Mais Valia, Capital Constante, Modo de produção
capitalista, Acumulação primitiva entre outros. O modo de produção
capitalista ilustra a tese geral de Marx de que a realidade é dialética, que
ela contém contradições dentro de si, pois, de um lado a mudança
tecnológica, a introdução de novos métodos de produção faz parte da
própria existência do capitalismo. A pressão da concorrência força
obrigatoriamente os capitalistas a inovarem constantemente, e desse
modo a ampliar as forças de produção. Por outro lado, o desenvolvimento
das forças produtivas no capitalismo levará a crises inevitáveis.
O raciocínio contido no Capital destoava da grande maioria dos
outros tratados econômicos de sua época por privilegiar um ponto de vista
dedicado à visão do trabalhador proletário em detrimento do grande
produtor capitalista. É talvez por esse viés adotado por Marx que sua obra
seja popularmente demonizada por grupos hostis a qualquer ideia de
esquerda. Marx, porém, havia deixado claro em trabalhos anteriores,
especialmente no Manifesto Comunista, que não via o capitalismo como
um regime danoso e antagônico às suas ideias, mas apenas como um
processo temporário na realização do cenário preconizado em seu
raciocínio econômico.
Contrário ao que muitos analistas, entre eles alguns marxistas
ainda afirmam, Marx não acreditava que o colapso do capitalismo fosse
inevitável. Ele próprio insistia em dizer que crises permanentes não
existem, elas na verdade são sempre soluções momentâneas e forçosas
ante as contradições existentes. Não existe crise econômica tão profunda
da qual o capitalismo não possa recuperar-se, uma vez garantido que a
classe trabalhadora pague o preço do desemprego, deterioração dos
padrões de vida e das condições de trabalho. Se uma crise irá levar a "um
estágio mais elevado de produção social" dependerá da consciência e da
ação da classe trabalhadora.
Beatriz Paiva
Aristóteles
“O sábio nunca diz tudo que pensa, mas pensa sempre tudo o que
diz”- Aristóteles
Aristóteles foi um dos principais pensadores gregos de sua época,
ele viveu de 384 a 322 a.C, foi discípulo de Platão e preceptor de
Alexandre, o Grande, imperador da Macedônia. Em seus escritos ele
discorre sobre uma grande variedade de assuntos como biologia, física,
metafísica, lógica, ética, política e arte.
Para Aristóteles, existe um único mundo: este em que vivemos. Só
nele encontramos bases sólidas para empreender investigações
filosóficas. Aliás, é o nosso deslumbramento com este mundo que nos
leva a filosofar, para conhecê-lo
Grande parte dos estudos aristotélicos foram direcionados para
responder a uma questão que lhe parecia a mais importante de todas: o
que é ser? Ou, em outras palavras, o que significa existir? Com isso, ele
concluiu que as coisas não são a matéria de que se constituem, e sim, a
forma que assumem, por exemplo, uma mesa pode ser constituída de
madeira ou de ferro, mas continuará sendo uma mesa em ambas as
situações.
Para Aristóteles uma coisa é o que é devido a sua forma,
compreendendo a explicação de coisa, como a causa de algo ser aquilo
que é. Na verdade, ele distingue a existência de quatro causas diferentes
e complementares:
 Causa material: é a matéria da qual é feita a essência das
coisas.
 Causa formal: diz respeito à forma da essência.
 Causa eficiente: é aquela que explica como a matéria
recebeu determinada forma.
 Causa final: é aquela que determina a finalidade das coisas
existirem e serem como são.
Aristóteles também fala sobre os primeiros princípios em sua
metafísica. O princípio de identidade é autoevidente e determina que uma
proposição seja sempre igual a ela. O princípio da não contradição que
afirma que uma proposição não pode, ao mesmo tempo, ser falsa e
verdadeira. O princípio do terceiro excluído afirma que ou uma proposição
é verdadeira ou é falsa, e não há uma terceira opção viável.
A partir dessa concepção, era ainda necessário que Aristóteles
desse conta do problema do movimento, pois a substância possui a
matéria – que está em constante movimento (transformação) – e a forma
(que é imóvel). Para superar tal problema, ele usa a ideia de potência e
ato. As substâncias possuem potencial para aquilo que ocorre com elas.
Pode-se dizer que a gasolina, por exemplo, é inflamável. Significa afirmar
que ela possui potencial para pegar fogo, porém é preciso pelo menos
uma faísca para que a potência se torne realidade, ato.
No campo da ética, segundo Aristóteles, todos nós queremos ser
felizes no sentido mais pleno dessa palavra. Para obter a felicidade,
devemos desenvolver e exercer nossas capacidades no interior do
convívio social. A busca do bem é o que difere a ação humana da de
todos os outros animais
Ele acredita que a auto-indulgência e a autoconfiança exageradas
criam conflitos com os outros e prejudicam nosso caráter. Contudo, inibir
esses sentimentos também seria prejudicial. Vem daí sua célebre doutrina
do justo meio, pela qual a virtude é um ponto intermediário entre dois
extremos, os quais, por sua vez, constituem vícios ou defeitos de caráter.
Em seu livro “Ética a Nicômaco”, Aristóteles consagrou a tão
famosa ética do meio-termo. Em meio a um período de efervescência
cultural, o prazer e o estudo se confrontam para disputar o lugar de
melhor meio de vida. No entanto, a sobriedade do filósofo o fez optar por
um caminho que condene ambos os extremos, sendo, pois, os
causadores dos excessos e dos vícios.
A medida que usa Aristóteles procurava o caminho do meio entre
vícios e virtudes, a fim de equilibrar a conduta do homem com o seu
desenvolvimento material e espiritual. Assim, entendido que a
especificidade do homem é a de ser um animal racional, a felicidade só
poderia se relacionar com o total desenvolvimento dessa capacidade. A
felicidade é o estado de espírito a que aspira o homem e para isso é
necessário tanto bens materiais como espirituais.
Entre as principais obras de Aristóteles estão: Ética a Nicômaco e
Política.
Sávio Rezende
Galileu Galilei
(15-02-1564 - 08-01-1642)
Destaca-se em: Astronomia, Física, Matemática
Origem: Itália
Cientista italiano e estudioso, Galileu Galilei fez observações
pioneiras que foram base para a Física e a Astronomia modernas.
Nascido em 15 de fevereiro de 1564, em Pisa, na Itália, Galileu
Galilei foi um professor de Matemática que fez observações pioneiras
sobre a natureza com implicações permanentes para o estudo da Física.
Ele também construiu um telescópio e apoiou a teoria de Copérnico, que
fala de um sistema solar com o Sol como centro. Galileu foi acusado de
heresia pela Igreja por suas crenças, e escreveu livros sobre suas ideias.
Ele morreu em Arcetri, Itália, em 8 de janeiro de 1642.
Fascinado por matemática e física
“A MATEMÁTICA É O ALFABETO QUE DEUS USOU PARA
ESCREVER O UNIVERSO.”
Galileu Galilei foi o primeiro dos seis filhos de Vincenzo Galilei, um
músico e teórico de música muito conhecido, e de Giulia Ammannati. Em
1574, a família mudou para Florença, onde Galileu iniciou sua educação
formal, no monastério Camaldolese.
Em 1583, Galileu ingressou na Universidade de Pisa para estudar
Medicina, tornando-se fascinado pela Matemática e pela Física. Em Pisa,
ele foi exposto à visão aristotélica do mundo, apoiada por ele, e estava no
caminho para ser um professor universitário. Porém, por questões
financeiras, precisou largar a universidade antes de se formar.
Carreira acadêmica
“NÃO ME SINTO OBRIGADO A ACREDITAR QUE O MESMO
DEUS QUE NOS DOTOU DE SENTIDOS, RAZÃO E INTELECTO,
PRETENDA QUE NÃO OS UTILIZEMOS.”
Galileu continuou a estudar Matemática e se sustentava dando
aulas. Nessa época, ele publicou “The Little Balance” (A Pequena
Balança), iniciando seus estudos de objetos em movimento, o que o
trouxe alguma fama e um posto de professor na Universidade de Pisa, em
1589. Lá, Galileu conduziu suas experiências com objetos em queda e
produziu seu manuscrito “Du Motu” (Em Movimento). Galileu ficou
arrogante com seu trabalho e suas críticas a Aristóteles o deixaram
isolado de seus colegas. Em 1592, seu contrato com a universidade não
foi renovado. Mas Galileu rapidamente achou uma nova posição na
Universidade de Pádua, ensinando Geometria, Mecânica e Astronomia. 
Descobertas controversas
“CONHECER A SI PRÓPRIO É O MAIOR SABER.”
Em 1604, Galileu publicou “The
OperationsoftheGeometricalandMilitaryCompass” (As Operações do
Compasso Geométrico e Militar”). Ele também construiu uma balança
hidrostática para medir objetos pequenos. No mesmo ano, Galileu refinou
suas teorias sobre objetos em queda e em movimento, e desenvolveu a
lei universal da aceleração, além de começar a apoiar unicamente a teoria
de Copérnico, de que o Sol é o centro do Universo e os planetas orbitam
ao redor dele.
Em julho de 1609, Galileu desenvolveu seu próprio telescópio. Em
agosto, ele começou a comercializá-lo. Sua ambição o levou além e ele
começou a observar o céu, descobrindo que a Lua não era plana e macia,
mas uma esfera com montanhas e crateras. Ele também demonstrou que
Vênus tinha fases, como as da Lua, provando que o planeta orbitava ao
redor do Sol. Ele descobriu ainda que Júpiter tinha luas que não
orbitavam ao redor da Terra. 
Briga com a Igreja
“FALAR OBSCURAMENTE, QUALQUER UM SABE; COM
CLAREZA, RARÍSSIMOS.”
Em 1612, ele publicou seu “DiscourseonBodies in Water” (Discurso
sobre Corpos na Água), refutando a explanação de Aristóteles sobre o
motivo dos corpos flutuarem na água, dizendo que era por conta do seu
formato plano. Galileu defendeu que o peso do objeto em relação à água
era deslocado. Em 1613, ele publicou algumas observações sobre as
manchas solares, que refutou a doutrina de Aristóteles de que o Sol é
perfeito.
No mesmo ano, escreveu uma carta a um estudante explicando
como a teoria de Copérnico não contradizia passagens bíblicas,
pontuando que as escrituras foram escritas de uma perspectiva terrestre e
implicando que a ciência tinha uma perspectiva diferente, mais precisa. A
carta foi tornada pública e a Igreja pronunciou que a teoria de Copérnico
era herege. Assim, Galileu foi proibido de defender a teoria sobre o
movimento da Terra.
Processo de Inquisição
“QUANTO MENOS ALGUÉM ENTENDE, MAIS QUER
DISCORDAR.”
Em 1623, um amigo de Galileu se tornou o Papa Urbano VIII. Ele
permitiu que Galileu continuasse seu trabalho em astronomia e o
incentivou a publicá-lo, na condição de ser objetivo e não defender a
teoria de Copérnico. Em 1632, ele publicou “Diálogo sobre os Dois
Principais Sistemas do Mundo”, uma discussão entre três pessoas: uma
que apoia a teoria heliocêntrica de Copérnico , outra que argumenta
contra e outra imparcial.
A reação da Igreja contra o livro foi rápida, e Galileu foi chamado a
Roma. O processo de Inquisição durou de setembro de 1632 a julho de
1633. Galileu foi torturado e finalmente admitiu que apoiava a teoria de
Copérnico. Ele foi condenado por heresia e permaneceu seus últimos
anos sob prisão domiciliar, proibido de receber visitas ou imprimir seus
trabalhos fora da Itália, duas sentenças que foram ignoradas por ele. Em
1634, uma tradução francesa de seu estudo das forças e seus efeitos na
matéria foi publicado, e, um ano depois, cópias do “Diálogo” foram
impressas na Holanda. Enquanto esteve em prisão domiciliar, Galileu
escreveu “Discursos sobre as Novas Ciências”, um resumo de seu
trabalho sobre a ciência do movimento e forças das matérias, que foi
publicado na Holanda em 1638. Nessa época, ele já estava cego e com a
saúde precária. 
Morte e legado
Galileu morreu em Arcetri, perto da Florença, em 8 de janeiro de
1642, sofrendo de febre e palpitações. Nessa época, a Igreja não podia
negar a crença na ciência e, em 1758, não mais proibiu as obras que
apoiavam a teoria de Copérnico e, em 1835, deixou a oposição ao
heliocentrismo.
No século 20 muitos papas reconheceram a obra de Galileu, e em
1992, o Papa João Paulo II expressou arrependimento sobre o caso. As
contribuições de Galileu foram muito significantes para a nossa
compreensão do Universo. Ele teve um papel muito importante na
revolução científica e recebeu o título de “O Pai da Ciência Moderna”.
Pedro Henrique Souza
Blaise Pascal
Blaise Pascal (1623-1662) foi um físico, matemático, filósofo e
teólogo francês, nascido em Clemont-Ferrand, França, no dia 19 de junho
de 1623. Teve a sua educação aos cuidados do pai, Étienne, um
magistrado da "nobreza de toga" francesa em Clermont, isto é, pertencia
à rica burguesia que conquistara postos públicos de destaque. Tinha
vastos interesses culturais e era inclinado aos estudos científicos e
matemáticos.
Aos três anos de idade, Pascal perde a mãe e seu pai decide
mudar-se para Paris, abandonando sua carreira jurídica para investir na
educação de seu filho. Mas Étienne havia decidido que o filho não
estudaria latim antesde completar doze anos e nem geometria antes de
completar quinze.
Para isso, tirou de casa todos os textos matemáticos. Mas o
menino era curioso e começou a estudar Geometria sozinho, aos doze
anos. Ele descobriu que a soma dos ângulos de um triângulo era igual a
dois ângulos retos: era a 32ª proposição de Euclides. Quando seu pai
tomou conhecimento disso, desistiu da ideia e deu a Pascal, o livro “Os
Elementos”, de Euclides.
Aos dezesseis anos, em 1640, publicou a
obra Essaisurlesconiques , formulando um dos teoremas básicos da
Geometria Projetiva (estudo das propriedades descritivas das
figuras geométricas), conhecido, desde então, como o Teorema de
Pascal. Esta obra fez avançar um tema que havia permanecido
estagnado durante quase dois mil anos, desde a antiguidade helênica, e
que foi considerada como um dos mais criativos trabalhos até então
publicados.
Aos dezenove anos, inventou a “máquina aritmética”, patenteada
como o nome de "La Pascaline", que permitia a qualquer um somar,
subtrair, dividir e multiplicar - sem saber aritmética. Levou dois anos para
produzir a máquina, trabalhando com artesãos. Seu objetivo era ajudar o
pai, que na época trabalhava como coletor de impostos.
Aos vinte e quatro anos, em 1648, Pascal voltou-se para a física,
pesquisando a mecânica dos fluídos e esclarecendo os conceitos de
pressão e vácuo. Descobriu que a pressão age perpendicularmente às
superfícies que limitam o vaso em que o liquido está contido e se
transmite a todos os pontos do líquido, aumentando progressivamente
com a profundidade. Realizou importantes experiências com a pressão
atmosférica, concluindo que esta diminui progressivamente com a
altitude. Além disso, publicou os resultados das suas observações em
torno das hipóteses de Torricelli sobre a natureza física do vácuo, após
realizar experimentos com o mercúrio.
Pascal escreveu o Traité de l'équilibredesliqueurs , um célebre
tratado de hidrostática, que só foi publicado um ano depois de sua morte
(1663). Com este trabalho, revolucionou a engenharia mecânica,
descrevendo os princípios para a construção da prensa hidráulica,
engenho que permite a multiplicação da força aplicada, deixando para a
história da Física o célebre PRINCÍPIO DE PASCAL: “em um líquido em
repouso ou equilíbrio as variações de pressão transmitem-se igualmente
e sem perdas para todos os pontos da massa líquida”. Pelas suas
importantes contribuições, em sua homenagem, a Mecânica tem uma
unidade de pressão chamada PASCAL.
Aos vinte e oito anos, em 1651, padecendo muitos sofrimentos na
sua saúde, desde criança muito precária, os médicos sugeriram-lhe em
Paris uma pausa em sua intensa atividade intelectual para levar uma vida
mais sossegada. Das suas horas de folga e visitas ao salão de jogos de
Paris, na sua curiosidade nata, nasceu a Teoria das Probabilidades. A
curiosidade de Pascal foi despertada pelo problema de conhecer a
probabilidade de um jogador obter certa face de um dado em certo
número de jogadas. Outro problema foi o de determinar, para qualquer
jogo de azar envolvendo muitos jogadores, o valor das apostas que iria
retornar a cada jogador se o jogo fosse interrompido. Pela primeira vez,
na história da Ciência era possível medir com valores numéricos coisas
até então consideradas imensuráveis, tais como a certeza e a incerteza
de que um determinado evento pudesse ocorrer.
Aos trinta e cinco anos, em 1658, Pascal publicou mais uma
importante obra científica Traitédutrianglearithmétique, onde estuda as
propriedades do célebre Triângulo de Pascal. Trata-se de um arranjo de
números usado para calcular coeficientes binomiais que é construído
somando-se dois números adjacentes numa linha e colocando a sua
soma na próxima linha abaixo.O Triângulo de Pascal apresenta relações
e analogias que teriam grande utilidade nos futuros estudos da Análise
Combinatória, além de se constituir como um elo de integração entre toda
a matemática formulada por Descartes (1596 – 1650), Newton (1642 –
1727) e Leibniz (1646 – 1716).
Pascal, embora em uma vida curta, dedicou-se a inúmeras
atividades de relevo, inclusive se destacando como empreendedor e
também prestando relevantes serviços de assistência social e
educacional à comunidade francesa. Criou método e cartilhas para o
ensino da língua francesa às crianças.
Após um acidente sofrido pelo pai, Pascal conheceu dois médicos
que eram discípulos de Cornélio Jansênio (1585-1638), que publicou uma
obra fundamentada nos pensamentos de Agostinho de Hipona. Esta obra
motivou na França o surgimento do jansenismo, que se propunha a
reviver o cristianismo numa forma mais pura, combatendo os desvios e
abusos religiosos da época. A família de Pascal aderiu ao jansenismo,
que sofreu forte repressão dos poderes constituídos.
A razão não é suficiente a si mesma, ela tem limites, e Pascal
reconhece esses limites. Estabelece que a ética, a vida social e a religião
é que definem o mundo humano real e esse mundo real em grande parte
foge das possibilidades da razão.
Mas mesmo no mundo natural a razão é limitada, pois os segredos
da natureza estão encobertos na experiência que constantemente
aumenta em quantidade, intensidade e valor. Uma hipótese que busca
explicar um acontecimento na natureza pode ser validada, negada ou
permanecer duvidosa, e a experiência permanecendo duvidosa
demonstra claramente que a razão tem seus limites. A razão também
demonstra ser limitada quando busca definir as noções fundamentais de
uma área do conhecimento, pois ela não consegue definir os princípios
últimos da própria razão.
Pascal defendia que as ações humanas não são suficientes para a
salvação dos indivíduos, para que as pessoas se salvem é necessário à
interferência, o auxílio de Deus, a salvação dessa forma se torna mais
difícil e não é o resultado direto das ações humanas. São nas nossas
ações que vão aparecer o livre arbítrio e no livre arbítrio aparece a ação
de Deus, pois foi ele que nos concedeu a liberdade de escolher nossos
atos.
Pascal acreditava que a tarefa principal do homem é conhecer a si
mesmo, mas para cumprir esse empreendimento a razão não nos pode
ajudar muito, pois ela é fraca, desnecessária e imprecisa e cai
constantemente na fantasia, no sentimentalismo e no hábito. Para
conhecer-nos o melhor caminho é o do coração.Somos ainda
impossibilitados de entender o nada de onde viemos e entender o infinito
onde estamos imersos. Nós somos alguma coisa, mas não tudo. Nós
conhecemos algumas coisas, mas nunca conheceremos tudo, pois os
nossos sentidos não percebem as coisas extremas. Nós estamos
situados entre o ser e o nada.
Além de limitados somos também impotentes diante das misérias
humanas como a morte e a ignorância, para fugir dessas impotências
muitos escolhem o não pensar e o não pensar para Pascal é o
divertimento. Divertir-se é uma forma de distrair-se com ocupações que
nos distanciam das misérias que vivemos. Quando não tivermos nada
para fazer sentiremos as nossas misérias, o divertimento é o fazer algo
que vai distanciar nossa alma do vazio e do tédio. A diversão é uma fuga
de nós mesmos.
Mas mesmo limitados somos os únicos seres pensantes da
natureza. Somos também um dos seres mais fracos da natureza, mas
somos fracos pensantes e é no pensamento que está nossa dignidade,
nossa nobreza e superioridade frente à natureza. Nós somos miseráveis e
mortais, mas sabermos que somos miseráveis e mortais e nisso está
nossa grandeza.
Os últimos anos foram atormentados pelo sofrimento físico e
dominados por preocupações espirituais. Em 19 de agosto de 1662, com
apenas trinta e nove anos de idade, faleceu na residência de sua irmã
Gilberte, que escreveu as memórias de sua vida, permanentemente
torturada pela paixão do Absoluto.
Lígia Menezes
Ludwig Wittgenstein
Ludwig Joseph Johann Wittgenstein foi um dos principais atores
da virada linguística na filosofia do século XX. Suas principais
contribuições foram feitas nos campos da lógica, filosofia da
linguagem, filosofia da matemática e filosofia da mente. Foi membro do
Círculo de Viena e é respeitado até hoje como um dos criadores da
filosofia analítica.
Sua formação se deu em uma atmosfera propícia ao
desenvolvimento artístico e intelectual, pois seus pais devotavam-se
apaixonadamente à música, transmitindo aos filhos esta paixão. Este
ambiente marcou positivamente o filósofo, embora ele não demonstrasse
nenhuma tendência musical. Seus textos são povoados por símbolos e
alegorias referentes à música. Esta sensibilidade exacerbada provocou
igualmente nesta família uma inclinação negativa para a melancolia e até
mesmo para o suicídio, o que levou três dos oito irmãos de Ludwig a
praticarem este ato. Outra triste coincidência foi este grande pensador ter
estudado junto com Adolf Hitler na Realschule, durante a adolescência.
Com o início da Primeira Guerra, em 1914, ele passa a servir
voluntariamente no exército austríaco. É neste momento que o pensador
começa a escrever sua grande obra, o Tractatus.
Seus escritos iniciais foram inspirados pelos conceitos de Arthur
Schopenhauer, Bertrand Russel e Gottlob Frege. O único livro de filosofia
que publicou em vida, o Tractatus Logico-Philosophicus, de 1922, marcou
intensamente as idéias predominantes no Círculo de Viena, em
seu positivismo pontuado pela lógica.
Mais tarde ele convencionou a chamar de anti-filosofia, sua outra
obra, Investigações Filosóficas, só publicada depois de sua morte, em
1953. Nesse livro, Wittgenstein trata de tópicos similares aos
do Tractatus (embora sob uma perspectiva radicalmente diferente) e
avançam sobre temas da filosofia da mente ao analisar conceitos como os
de compreensão, intenção, dor e vontade.
Seu pensamento é geralmente dividido em duas fases: Primeiro
Wittgenstein e a obra posterior ao Segundo Wittgenstein.
"Sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar."
—Wittgenstein. Tractatus
“O pensamento contém a possibilidade da situação que ele pensa.
O que é pensável é também possível.” – Tractatus
“Não desejaria, com minha obra, poupar aos outros o trabalho de
pensar, mas sim, se for possível, estimular alguém a pensar por si
próprio.” – Investigações Filosóficas.
Filosofia Analítica
A filosofia analítica é dominante em países de língua inglesa e na
tradição filosófica ligada a eles, contrastando com o que ficou conhecido
como "filosofia continental".
Caracterizada pela valorização da clareza e precisão
argumentativa, utilizando-se da lógica formal, análise conceitual e, em
alguns casos, da matemática e ciências naturais. Tem suas raízes no
início do século XX, com o movimento conhecido como positivismo lógico.
Princípio positivista-lógico: não existem fatos filosóficos, sendo o
objeto da filosofia o esclarecimento lógico do pensamento; a recusa em
produzir filosofia a partir de sistemas filosóficos gerais, preferindo
investigações mais restritas afirmadas com rigor ou utilizando a linguagem
ordinária; e o princípio segundo o qual o esclarecimento do pensamento
só poderia ser atingido pela análise da forma lógica das proposições
filosóficas.
Na filosofia analítica incorpora-se a matemática e poderosas
técnicas lógicas, chegando-se a resultados definitivos. Quando uma tese
é derrubada ou refutada, a filosofia analítica avança com esta conclusão.
Embora recusando muitos dos elementos iniciais, especialmente
aqueles oriundos do positivismo lógico, contemporaneamente, a filosofia
analítica desenvolveu-se em um estilo de filosofia muito semelhante ao
apresentado por Russell. Além da lógica formal clássica, a filosofia
analítica conta hoje também com a lógica modal, que trata dos casos de
modalidades, sendo as principais: possibilidade, necessidade,
probabilidade e impossibilidade.
Bruna Goulart
Max Horkheimer
Max Horkheimer era judeu, abandonou os estudos com 16 anos
para aprender um ofício e ajudar na fábrica de seu pai. Participou da 1ª
Guerra Mundial e, quando ela terminou, concluiu os estudos e decidiu se
especializar em Filosofia e Psicologia.
Teoria crítica: não permitir a reprodução constante que a indústria
cultural causa e oferece um comportamento critico nos confrontos com a
ciência e a cultura apresentando uma proposta política de reorganização
da sociedade. A teoria critica possui um conceito de liberdade.
Uma das informações essenciais que servem de base para o
raciocínio dessa teoria e que caso haja uma situação em que a vontade
possua um caráter necessário, a teoria critica torna a necessidade um
acontecimento controlado racionalmente.
Teoria tradicional: constrói e presume uma sociedade organizada,
por meio de uma economia consistente, ela busca uma sociedade melhor
e uma melhora da existência humana.
Para Max Horkheimer o conhecimento liberta das tradicionais
amarras sociais, e a construção cientifica está profundamente ligada ao
conhecimento histórico.
De acordo com Horkheimer a ciência e uma conexão com os
processos sociais reais. Ela impulsiona a produtividade do trabalho. De
acordo Karl Marx a ciência opera para aumentar a mais valia relativa.
Escola de Frankfurt: era um instituto social, composto por filósofos
e cientistas que buscavam recriar as ideias de Marx, Freud e Nietzsche a
fim de esclarecer as novas ideias surgidas com o desenvolvimento do
capitalismo. Teve como membros originais: Max Horkheimer, Theodor W.
Adorno, Herbert Marcuse, Friedrich Pollock Erich Fromm, Otto
Kirchheimer e Leo Löwenthal. A partir de 1920 eles desenvolveram
pesquisas e intervenções teóricas sobre os problemas filosóficos,
econômicos, sociais, culturais, estéticos gerados pelo capitalismo de sua
época.
Razão instrumental é um termo usado provavelmente por Max
Horkheimer no contexto de sua teoria crítica, para designar o estado em
que os processos racionais são plenamente operacionalizados. À razão
instrumental, opõe a razão crítica.
O conceito de Indústria Cultural foi criado po Theodor adorno e
Max Horkheimer, ela implanta ideias,impõe o comportamento que deve
ser seguido, idealiza produtos para consumo das massas, assim como
também determina esse consumo trabalhando sobre o estado de
consciência e inconsciência das pessoas.
Para eles com o estabelecimento da indústria cultural, a cultura é
convertida em mercadoria e a consciência e subordinada a sociedade
capitalista. Eles perceberam que a escola, a família e a religião perdem
sua influência socializadora para as empresas de comunicação.
Segundo Horkheimer há um conflito entre aquilo que você
necessita e aquilo que te satisfaz.
O capitalismo penetrou na consciência convertendo os bens
culturais em mercadoria. Ou seja, aqueles que controlam a mídia,
manipulam a consciência.
Roberta Montenegro
Albert Einstein
Albert Einstein foi um físico teórico alemão. Entre seus principais
trabalhos desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica
quântica um dos dois pilares da física moderna. Embora mais conhecido
por sua fórmula de equivalência massa-energia, E=mc² — que foi
chamada de "a equação mais famosa do mundo" —, foi laureado com
o Prêmio Nobel de Física de 1921 "por suas contribuições à física teórica"
e, especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico, que foi
fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
Teoria da Relatividade
É a junção de dois estudos: Teoria da Relatividade Restrita, de
1905, e a teoria da relatividade geral, de 1915. Além de estabelecerem
relações entre massa e a energia de um corpo, elas explicam que tempo
e espaço são relativos, dependendo do ponto de vista do observador.
Teoria Restrita é que o tempo passa mais devagar num objeto que
se desloca em grande velocidade.
Teoria da Relatividade Geral é base de toda a cosmologia
moderna, explicando a constante expansão do nosso Universo e até
os buracos negros. Energia atrai energia.
Teoria Quântica
A teoria quântica fornece descrições precisas para muitos
fenômenos previamente inexplicados tais como a radiação de corpo negro
e as órbitas estáveis do elétron. 
Gustavo Vinícius de Oliveira
Nicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel nasceu na Cidade de Florença na Itália em 3 de
maio de 1469, ele foi o terceiro de quatro filhos e morreu aos 58 anos de
idade na mesma cidade em que nasceu, ou seja viveu no período do
Renascimentono contexto Florentino da Itália que ainda não era um país
e era dividida em Cidades-Estados que frequentemente entravam em
guerras entre si, para tentar minimizar esses confrontos existiam os
diplomatas, Nicolau trabalhou durante um período como tal para Florença
e também escreveu um livro sobre a história dá cidade.
Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Aos sete anos
de idade, começou a aprender matemática e latim. Logo depois, estudou
a língua grega antiga. Tornou-se um importante historiador, diplomata,
poeta, músico, filósofo e político italiano. Porém sua educação, foi fraca
quando comparada com a de outros humanistas, devido aos
poucos recursos de sua família.
Viveu durante o governo de Lourenço de Médici, casou-se em 1501
e teve seis filhos. Porém parece ter dedicado pouca atenção a sua família
(foi amante, por muitos anos, da cantora Barbara Salutari).
Morreu após retornar adoecido de uma viagem a Cività Vecchia.
Morreu na pobreza e afastado do poder.
O Príncipe
A obra mais importante e famosa de Nicolau Maquiavel foi escrita
em 1513. Em O Príncipe, Maquiavel aconselha os governantes sobre
como governar e manter o poder absoluto, mesmo que seja necessário
utilizar forças militares para alcançar tal objetivo.
Esse livro que sugere a famosa expressão: “os fins justificam os
meios”, que transmite a ideia de que não importa o que o governante faça
em seus domínios, tudo é válido para manter-se como autoridade. Ou
seja, os governantes precisam estar acima da ética e moral dominante
para realizar seus planos. No entanto, essa expressão não se encontra no
texto, foi apenas uma interpretação tradicional do pensamento
maquiavélico.
Para exemplificar melhor ele falava de crueldades bem usadas e
cita uma história, em que César Borgia, o comandante do exército papal,
filho do Papa Alexandre VI, mata um homem. Ele ter matado evitou uma
guerra e para Maquiavel o crime estava justificado, pois foi para um bem
maior.
Maquiavel também falava que o governante deveria fazer o bem
aos poucos para sempre lembrar seu povo que o deve amar, por exemplo
uma obra deve demorar mais que o necessário, para que todos saibam
desse bem e que o mal deveria ser realizado de uma vez, para que a
população se traumatize e logo esqueça.
Nicolau que diz que se possível deve ser amado e temido, mas se
tiver que escolher, deve ser temido, pois o amor é facilmente
desrespeitado.
Outras Obras
A Arte da Guerra
Sete livros compõem a obra. O primeiro e segundo livros falam
sobre a instituição militar e a vida civil. O terceiro, quarto, quinto e sexto
livros mostram como um exército é organizado para a luta. Já o sétimo
livro mostra as regras gerais e as conclusões de Maquiavel sobre a guerra.
Foi escrito entre 1519 e 1520, num período em que a Itália
necessitava de um forte líder militar e político que conseguisse criar um
Estado unificado no norte do país, para eliminar as forças estrangeiras do
território italiano. Maquiavel institui conceitos novos, que até então não
existiam na guerra medieval. 
Discursos Sobre a Primeira Década de Tito Lívio
Maquiavel é considerado por muitos, absolutista por conta de O
Príncipe, mas em Um Discurso Sobre a Primeira Década de Tito Lívio ele
mostra características republicanas, esse confronto de ideias é ainda
estudado e não tem conclusão.Discursos Sobre a Primeira Década de
Tito LívioÉ uma obra escrita em 1531 que fala sobre a primeira década de
estudos e obras de Tito Lívio que foi um filósofo e escritor que dedicou
seus últimos quarenta anos de vida à obra “Desde a fundação da cidade”,
que é uma narrativa da história de Roma, dividida em 142 livros, dos
quais 35 são conhecidos. É um clássico que influenciou grandes, entre
eles, Alexis de Tocqueville, Montesquieu e Maquiavel.
Edson Brenner
Voltaire
François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire (Paris, 21 de
novembro de 1694 — Paris, 30 de maio de 1778), foi
um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês.
Conhecido pela sua perspicácia na defesa das liberdades civis,
inclusive liberdade religiosa e livre comércio, é uma dentre muitas figuras
do Iluminismo cujas obras e ideias influenciaram pensadores importantes
tanto da Revolução Francesa quanto da Americana. Escritor prolífico,
Voltaire produziu cerca de 70 obrasem quase todas as formas literárias,
assinando peças de teatro, poemas, romances, ensaios, obras científicas
e históricas, mais de 20 mil cartas e mais de 2 mil livros e panfletos.
Foi um defensor aberto da reforma social.
Um polemista satírico, ele frequentemente usou suas obras para
criticar a Igreja Católica e as instituições francesas do seu tempo. Voltaire
é o patriarca de Ferney. Ficou conhecido por dirigir
duras críticas aos reis absolutistas e aos privilégios do clero e da nobreza.
Por dizer o que pensava, foi preso duas vezes e, para escapar a uma
nova prisão, refugiou-se na Inglaterra. Durante os três anos em que
permaneceu naquele país, conheceu e passou a admirar as ideias
políticas de John Locke.
Voltaire foi um pensador que se opôs à intolerância religiosa e à
intolerância de opinião existente na Europa no período em que viveu.
Suas ideias reformistas acabaram por fazer com que fosse exilado de seu
país de origem, a França.  O conjunto de ideias de Voltaire constitui uma
tendência de pensamento conhecida como Liberalismo. Exprime na
maioria dos seus textos a preocupação da defesa da liberdade, sobretudo
do pensar, criticando a censura e a escolástica, como observamos na
seguinte frase, escrita por Evelyn Beatrice Hall como tentativa de
descrever o espírito de Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma
palavra do que você disse, mas defenderei até a morte o seu direito de
dizê-lo.”
Destaca-se que Voltaire, em sua vida, também foi "conselheiro" de
alguns reis, como é o caso de Frederico II, o grande, da Prússia,
um déspota esclarecido.
Voltaire foi influenciado pelo cientista Isaac Newton e pelo filósofo
John Locke;
Defendia as liberdades civis (de expressão, religiosa e de
associação);
Criticou as instituições políticas da monarquia, combatendo
o absolutismo;
Criticou o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema
político;
Foi um defensor do livre comércio, contra o controle do estado na
economia;
Foi um importante pensador do iluminismo francês e suas ideias
influenciaram muito nos processos da Revolução Francesa e
de Independência dos Estados Unidos.
Ideal político: Voltaire condena o arbitrário, não o monárquico;
mas o monarca deve conformar sua conduta às exigências da razão. Um
príncipe aconselhado pelos filósofos e sendo ele mesmo um filósofo, fará
o seu povo feliz, concedendo plenos graus de liberdade a seus súditos,
que, por sua vez, tendo o espírito formado na filosofia, aceitam de bom
grado sua tutela, fazendo com que a felicidade pública reine sob a lei do
despotismo esclarecido.
Ideal religioso: Voltaire condena as religiões estabelecidas, não a
fé racional em um príncipe divino. Segundo ele, a razão prova a
existência de um Deus, única explicação possível do mundo, “ser
necessário, eterno, supremo, inteligente”. Este Deus, arquiteto e
trabalhador, rege o mundo segundo leis imutáveis; Ele assegura a ordem
universal e pode se revelar como um Deus justo, vingativo e generoso.
Quanto à religião, ela é necessária ao povo, mas deve proscrever os
dogmas, as cerimônias e se definir não como um sistema teológico, mas
como uma instituição de Estado. Ele era contra qualquer tipo de
intolerância, assim como acreditava na liberdade para se alcançar os
objetivos do homem e não os de Deus, criticando a ideia de que esse seja
o melhor dos mundos possíveis.
Ideal moral: Voltaire condena as teorias metafísicas, não a
humilde e a honesta reflexão sobre os grandes problemas. Ele discute
sobre a natureza da alma, sobre a existência do mal, sobre o destino do
homem, etc., mas sempre conservando bastante prudência em suas
afirmações. Ele também se preocupa em conciliar o determinismo
universal com a liberdade humana. Voltaire nunca impele seu pessimismo
até á desesperança estéril. Ele é, antes de qualquer coisa, cuidadoso de
perceber ações úteis e tenta transmitir uma sabedoria prática. O homem
deve construir sua própria felicidade e ajudar seu próximo a ser feliz: a
mais bela virtude é a benevolência; a grande lei da espécie é o trabalho.
Thalia Alves
Michel Foucault
Filósofo francês, Michel Foucault é conhecido por suas teorias
acerca da relação entre poder e conhecimento, e como estes são usados
para o controle social através das instituições. Analisou, em especial, os
processos disciplinares adotados em instituições sociais, como escolas,
prisões, fábricas, quartéis e hospícios, por exemplo, e identificou como
elas controlavam aqueles que eram levados a estes lugares por meio de
imposições de padrões ditos normais de conduta.
Foucault citava a escola como uma das “instituições de sequestro”.
Segundo ele, a escola tira os alunos do seu meio para os enclausurar e,
nessa clausura, domesticá-los da forma como a sociedade quer.Foucault
tinha uma noção de homem não como sujeito (que transforma o ambiente
em que vive), mas como objeto (que é controlado pelas instituições de
poder).Por mais que escolas, hospitais, prisões, fábricas, quartéis e
hospícios visem proteger os cidadãos, de certa forma, também os
controlam através de um mecanismo de vigilância e punição. Foucault
chamou esses mecanismos de "tecnologias políticas", que administram o
tempo e espaço das pessoas, e têm como elemento unificador a
hierarquia.
Mas não são apenas os lugares que produzem corpos dóceis,
expressão que o filosofo usava para pessoas politicamente obedientes e
produtivas. O discurso também funciona como tecnologia de poder,
muitas vezes amparado em discursos científicos que justificam
construções de hierarquia e de identidade. Assim, durante anos, a mulher
não deveria entrar no mercado de trabalho porque era de sua natureza
ser mãe e cuidar da família; ou os índios seriam inferiores porque têm um
crânio menor, por exemplo.
O poder não é uma capacidade natural dos indivíduos, acreditava
Foucault, mas algo que recebemos em determinado momento. Para ele, o
poder é "enigmático, ao mesmo tempo visível e invisível, investido por
toda a parte".
Para o francês, é possível lutar contra a dominação representada
por certos padrões de pensamento e comportamento, só não se pode,
enfim, ser imune e escapar completamente das relações de poder.
"O fato é que toda relação humana é, a um certo grau, uma relação
de poder. Nós evoluímos em um mundo de relações estratégicas
perpétuas."
Embora Foucault apresente uma concepção negativa de poder,
algumas pessoas interpretam que ele quis, na verdade, mostrar o outro
lado da moeda. Assim sendo, poder não é apenas uma forma de coerção,
mas também constitui uma força necessária, produtiva e positiva na
sociedade.
Laura Figueiredo
Thomas Hobbes
Thomas Hobbes (1588-1679) nasceu na Inglaterra, no dia 5 de
abril de 1588,estudou em Malmesbury e Westport, entrando mais tarde
para Oxford, cuja educação era de teor aristotélico e tomista. Mas Hobbes
não admirava a filosofia de Aristóteles. Foi mais influenciado pelas ideias
do mecanicismo do universo e pelo cartesianismo, comum entre os
intelectuais da época. Conheceu o astrônomo Galileu Galilei, cuja ideia,
ajudou na tentativa de desenvolver uma filosofia social.
Thomas Hobbes era defensor da monarquia. Por isso, viajou à
Paris na eminência da guerra civil inglesa. Lá, tornou-se professor de
matemática do futuro rei inglês Carlos II. Volta à Inglaterra depois da
guerra e publicou o seu livro mais famoso, "Leviatã", em 1651. Mas as
ideias de Hobbes não foram bem aceitas na época, principalmente por ser
considerado ateu. Seus livros foram queimados em Oxford e suas ideias
ateístas foram mal vistas pela Royal Society.
No livro "Leviatã", Hobbes defendia a tese do homem que, por viver
num estado de natureza onde todos estariam preocupados com os seus
próprios interesses, seria necessária a existência de um governante forte
para apaziguar os conflitos humanos. A guerra de todos contra todos
(bellum omnia omnes) só seria evitada através do contrato social.
Thomas Hobbes morreu no dia 4 de dezembro de 1679, com 91
anos.
João Victor Terra
Karl Raimund Popper
Viena, 28 de Julho de 1902 — Londres, 17 de Setembro de 1994)
foi um filósofo da ciência austríaco naturalizado britânico. É considerado
por muitos como o filósofo mais influente do século XX. Foi também um
filósofo social e político de importância considerável, um grande defensor
da democracia liberal e um oponente implacável do totalitarismo.
Ele é mais bem conhecido pela sua defesa
do falsificacionismo como um critério da demarcação entre a ciência e a
não-ciência, e pela sua defesa da sociedade aberta.
Nascido numa família de classe alta de origem judaica , foi
educado na Universidade de Viena. Concluiu o doutoramento
em filosofia em 1928 e ensinou numa escola secundária
entre 1930 e 1936. Em 1937, a ascensão do Nazismo levou-o a emigrar
para a Nova Zelândia, onde foi professor de filosofia na Universidade de
Canterbury, em Christchurch. Em 1946, foi viver na Inglaterra, tornando-se
assistente de lógica e de método científico na London Schoolof
Economics, onde foi nomeado professor em 1949. Foi nomeado cavaleiro
da Rainha Isabel II em 1965.
Popper cunhou o termo "Racionalismo Crítico" para descrever a
sua filosofia. Esta designação é significante e é um indício da sua rejeição
do empirismo clássico e do observacionalismo-indutivista da ciência, que
disso resulta. Apesar disso, alguns acadêmicos, incluindo Ernest Gellner,
defendem que Popper, não obstante não se ter visto como um positivista,
se encontra claramente mais próximo desta via do que da tradição
metafísica ou dedutiva.
Popper argumentou que a teoria científica será sempre conjectural
e provisória. Não é possível confirmar a veracidade de uma teoria pela
simples constatação de que os resultados de uma previsão efetuada com
base naquela teoria se verificaram. Essa teoria deverá gozar apenas do
estatuto de uma teoria não contrariada pelos fatos. O que a experiência e
as observações do mundo real podem e devem tentar fazer é encontrar
provas da falsidade.
Gabriela Costa
Arthur Schopenhauer
Arthur Schopenhauer viveu de 1788 a 1860. Nascido em Danzig,
Prússia, lecionou de 1820 a 1831, ano em que abandonou as salas de
aula. Escreveu sua obra prima aos 30 anos, “O Mundo como Vontade e
Representação”, mas não obteve sucesso na maior parte de sua vida.
Mudou para Frankfurt, onde ficou até sua morte. Só obteve
reconhecimento em seus últimos dias, o livro “Parerga e Paralipomena”,
uma compilação de aforismos escritos de maneira cativante e popular, foi
publicado.
Filho de um bem sucedido negociante e de uma escritora popular.
Fez parte de um grupo de filósofos considerados pessimistas, pois o
pessimismo era uma das características da sua filosofia. Schopenhauer
se tornou um jovem sombrio e desconfiado. Era obcecado por temores e
visões sinistras.
Sua principal obra-prima “O Mundo Como Vontade e
Representação”, a grande antologia do infortúnio. O livro quase não atraiu
atenção na época. O mundo estava desinteressado para ler o que se dizia
sobre pobreza e exaustão.
Com palavras fortes e amargas sobre o filósofo Hegel, ganhou
antipatia no mundo acadêmico. Schopenhauer chegou a dizer que Hegel
era um “charlatão de mente obtusa, banal, nauseabundo, iletrado (...)”. Outro
motivo que provavelmente foi que Schopenhauer foi o primeiro pensador
ocidental a agregar ensinamentos do Budismo e do Hinduísmo em seus
estudos.
Schopenhauer falava da relação entre sonhos e realidade. Para
ele, seria impossível distinguir as duas condições. A vida seria um sonho
muito longo, interrompido durante a noite por outros sonhos curtos. 
O filósofo ainda discutia o porquê de todo ser humano ter a
vontade de continuar vivendo. Qual seria o princípio a impelir os homens
à continuação da vida e da espécie? Chegou a conclusão de que nosso
corpo é o único objeto que conseguimos conhecer no universo, pois não o
reconhecemos de fora, mas sim de dentro. Assim, diz que o Eu é a
própria vontade de viver. Segundo ele, nosso instinto de sobrevivência é
cego, mesmo sabendo que o que nos aguarda é a morte certa, nós
continuamos a buscar a sobrevivência.
Schopenhauer tinha sua filosofia reconhecida pelo pessimismo,
que ele contrapôs ao otimismo de Hegel, seu contemporâneo. A vida é
um processo de contínuo sofrimento para o qual a arte pode ser uma
trégua temporária.
Schopenhauer morreu de pneumonia.
Maria Júlia Pereira
Friederich Nietzsche
Nietzsche foi um filósofo, escritor, poeta, filólogo e músico alemão.
É tido como um dos mais influentes e importantes pensadores modernos
do século XIX.Em suas obras, teceu críticas a cultura, religião e filosofia
ocidentais. Defendeu a desconstrução dos conceitos que integrava a
cultura ocidental do século XIX. Defendia a ideia de que para libertar, o
pensamento deveria ser livre de qualquer forma de controle cultural e
moral.
Nietzsche escrevia muito sobre a religião, a fé ‘cega’ que a
sociedade tem em um ser maior, Deus. Ele acreditava que a fé corrompia
o ser humano, o tornava mais fraco, vulnerável, e até menos livre, ou
seja, quem seguia piamente a fé estava preso a ela.
Nietzsche busca não só criticar o cristianismo visando superá-lo,
mas como também superar o sistema filosófico platônico – e, com isso, –
toda a filosofia ocidental. Sua crítica parte da “ética” por trás dos valores
cristãos, que valorizam aquilo que não permite o crescimento da vontade
de potência do homem e de sua afirmação enquanto ser no mundo. O
autor vai além: o cristianismo, o platonismo e toda a filosofia ocidental
existem para travar o crescimento da vontade de potência do forte – a
única arma dos fracos contra os fortes é a valorização do primeiro contra
o segundo.
Paulo Henrique dos Santos
Martin Heidegger
(Meßkirch, 26 de setembro de 1889 – Friburgo em Brisgóvia, 26 de
maio de 1976) foi um filósofo, escritor, professor universitário e
reitor alemão. Ele é visto como o ponto de ligação entre o existencialismo
de Kierkegaard a fenomenologia de Husserl. Sua preocupação maior foi a
de elaborar uma análise da existência, ou seja, esclarecer o verdadeiro
sentido do ser.
Heidegger considerava o seu método fenomenológico
e hermenêutico. Ambos os conceitos referem a intenção de dirigir a
atenção (a circunvisão) para o trazer à luz daquilo que na maior parte das
vezes se oculta naquilo que se mostra, mas que é precisamente o que se
manifesta nisso que se mostra. Assim, o trabalho hermenêutico visa
a interpretar o que se mostra pondo a lume isso que se manifesta aí mas
que, no início e na maioria das vezes, não se deixa ver.Além da sua
relação com a fenomenologia, a influência de Heidegger foi igualmente
importante para o existencialismo e desconstrucionismo.
Dasein
Ainda assim, até ao final da década de trinta, a leitura da filosofia
de Heidegger estrutura-se sobre conceitos como Dasein (o ser-aí ou o
ser-no-mundo), morte, angústia ou decisão.
O Dasein, pela sua especificidade, inicia qualquer interrogação.
O Dasein é o ente que em cada caso propriamente questiona e investiga.
É também o Dasein que detém a possibilidade de enunciar o ser, pois é
ele que tem o poder da proposição em geral. Daí que na questão acerca
do sentido de ser seja fundamental começar por abordar o ser deste ente
particular. E tem que ser o próprio Dasein a fazer isso, tem que ser ele
próprio a mostrá-lo, a partir duma análise fenomenológica esclarecida
(hermenêutica).
Neokantismo
Algumas obras de Heidegger revestem-se de inspiração kantiana,
quer pelo método crítico que os rege, quer pelos seus resultados, quer
pela escolha dos temas. Regra geral considera-se que as obras
anteriores a Ser e Tempo são de teor kantiano. Esta fase do seu
pensamento constitui para alguns estudiosos o primeiro momento da sua
filosofia, marcado pela influência de Kant e pela pujança fenomenológica.
Apesar das reservas dos seguidores da sua metodologia, Heidegger
tende a ser aproximado ao movimento existencialista. Esta fase é aquela
que mais facilmente se relaciona com este movimento.
A consciência implica uma temporalidade irredutível ao tempo físico,
estritamente métrico ou cronológico.
Dilthey
Em permanente diálogo com Duns Escoto começam-se a delinear
em Heidegger as linhas mestras que haveriam de produzir Ser e Tempo:
o problema da historicidade é um problema da filosofia da vida. São
precisamente os fenómenos da historicidade e da vida que instam à
recolocação do problema do ser.
Kierkegaard
Para os heideggereanos e, de facto, para a maior parte dos
existencialistas, Kierkegaard é um pensador que enunciou explicitamente
o problema da existência. Contudo, Heidegger considera que a colocação
do problema não remanesceu existencialmente, mas que, pelo contrário,
permaneceu geralmente a um nível existenciário ou ôntico.
Com o estudo de Kierkegaard a fornecer-lhe novos horizontes, e
Heidegger traçava novos planos teóricos rasgando com o esquema da
ontologia clássica que o próprio Kierkegaard havia deixado intacto, bem
como com a estrutura metafísica helénica preservada
pelo neoplatonismo e adaptada por Aurélio Agostinho.
João Victor Melo
Rousseau
Jean-Jacques Rousseau foi um importante filósofo, teórico político,
escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais
filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.
Para ele, as instituições educativas corrompem o homem e tiram-
lhe a liberdade. Para a criação de um novo homem e de uma nova
sociedade, seria preciso educar a criança de acordo com a Natureza,
desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a razão com vistas à
liberdade e à capacidade de julgar.
A filosofia de Jean-Jacques Rousseau tem como essência a crença
de que o Homem é bom naturalmente, embora esteja sempre sob o jugo
da vida em sociedade, a qual o predispõe à depravação. Para ele o
homem e o cidadão são condições paradoxais na natureza humana, pois
é o reflexo das incoerências que se instauram na relação do ser humano
com o grupo social, que inevitavelmente o corrompe.
É assim que o Homem, para Rousseau, se transforma em uma
criatura má, a qual só pensa em prejudicar as outras pessoas. Por esta
razão o filósofo idealiza o homem em estado selvagem, pois
primitivamente ele é generoso. Um dos equívocos cometidos pela
sociedade é a prática da desigualdade, seja a individual, seja a provocada
pelo próprio contexto social.  Nesta categoria ele engloba desde a
presença negativa dos ciúmes no relacionamento afetivo, até a
instauração da propriedade privada como base da vida econômica.
Mas Rousseau acredita que há um caminho que pode reconduzir o
indivíduo a sua antiga bondade, o qual é teorizado politicamente em sua
obra Contrato Social, e pedagogicamente em Emílio, outra publicação
essencial deste filósofo. Ele crê que a carência de igualdade na
personalidade humana é algo que integra sua natureza; já a desigualdade
social deve ser eliminada, pois priva o Homem do exercício da liberdade,
substituindo esta prática pela devoção aos aspectos exteriores e às
normas de etiqueta.
Em sua obra Discurso sobre a origem e os fundamentos da
desigualdade entre os homens, Rousseau discorre sobre a questão da
maldade humana. Para melhor analisar esta característica, ele estabelece
três etapas evolutivas na jornada do Homem. O primeiro estágio refere-se
ao homem natural, subjugado pelos instintos e pelas sensações, sujeito
ao domínio da Natureza; o segundo diz respeito ao homem selvagem, já
impregnado por confrontos morais e imperfeições; segue-se, então, a
condição do homem civilizado, marcada por intensos interesses privados,
que sufocam sua moralidade.
É neste processo que o indivíduo se converte em um ser egoísta e
individualista, convertendo sua bondade natural, gradualmente, em
maldade. O Homem abre mão de sua liberdade e assim se desqualifica
enquanto ser humano, pois se vê despojado do principal veículo para a
realização espiritual. A solução apontada por Rousseau para esta
situação é enveredar pelos caminhos do autoconhecimento, através do
campo emotivo da Humanidade.
Na esfera da educação, exposta no Emílio, ele teoriza
filosoficamente sobre o Homem. Sua principal inquietação, neste ponto, é
saber se educa o indivíduo ou o cidadão, já que, para ele, estas duas
facetas não podem conviver no mesmo ser por serem completamente
opostas.
Rousseau defende a formação do homem natural no seu lar, junto
aos familiares, por constituir um ser integral voltado para si mesmo, que
vive de forma absoluta. Já o cidadão deve ser educado no circuito público
proporcionado pelo Estado, pois é tão somente uma parte do todo, e por
esta razão engendra uma vida relativa. O aprendizado social, segundo o
filósofo, não produz nem o homem, nem o cidadão, mas sim um híbrido
de ambos. Aliar os dois implica investir no saber do ser humano em seu
estágio natural – por exemplo, a criança –, e o cidadão só terá existência
a partir desta condição, a qual tem como fonte a Natureza e como fio
condutor a trajetória individual.
Maurício Goulart
Auguste Comte
Auguste Comte é um dos autores mais importantes da escola
positivista e também é considerado o fundador da Sociologia.
Auguste Comte (1798-1857) foi um filósofo francês, nascido em
Montpellier, França, no dia 19 de janeiro de 1798, onde fez os seus
primeiros estudos. Em 1814 ingressa no curso de Medicina na Escola
Politécnica de Paris, de onde é expulso por causa de suas ideias. Tornou-
se conhecido da intelectualidade francesa depois que foi secretário do
socialista e filósofo Saint-Simon, de quem mais tarde viria a romper a
amizade, por divergências ideológicas.
Comte passou a estudar as possibilidades de esboçar em teoria,
um modelo ideal de sociedade organizada. A partir de 1818, elaborou sua
concepção da Ciência Social que ele chamou de Sociologia. Sua doutrina
considerou a "ciência positiva", baseada nos fatos, como o único fator de
estabilidade do universo. Em 1822, publicou "Plano de Trabalhos
Científicos para Reorganizar a Sociedade". Em 1830, iniciou o livro "Curso
de Filosofia Positiva", concluído em 1842. Em 1848, criou uma
"Sociedade Positivista", que teve muito adeptos e influenciou o
pensamento de teóricos por todo o mundo.
Auguste Comte foi o responsável pelos primeiros esforços para
delimitar o campo de estudo da Sociologia. Tendo sido profundamente
influenciado pelos grandes acontecimentos de sua época, como o
desenrolar da Revolução Francesa e a crescente Revolução Industrial,
Comte ficou conhecido por sua obra fundamentada pela “filosofia
positiva” ou positivismo.
Positivismo
Apreensivo, Comte observava a decadência do sistema feudal e a
emergência da sociedade moderna e urbana na Europa. O
desenvolvimento científico permitiu os grandes avanços tecnológicos que
se seguiram durante a Revolução Industrial. Esses avanços, por sua vez,
tornaram-se agentes de modificação profunda das sociedades europeias.
Os centros urbanos, inchados e superpovoados em razão do enorme
êxodo rural (migração do campo para a cidade) que se passava naquele
momento, eram palco de fenômenos sociais jamais observados nas
sociedades agrárias e fragmentadas de tempos anteriores.
Tal transição não foi serena, mas marcada por grandes conflitos
relativos à adaptação dos indivíduos e instituições as novas formas de
organização do trabalho e da vida coletiva. Comte via o surgimento
desses novos problemas e fenômenos como sintomas de uma doença a
ser curada. Ele acreditava que os problemas sociais e as sociedades, em
geral, deveriam ser estudadas com o mesmo rigor científico que as
demais ciências naturais tratavam seus respectivos objetos de estudo.
Portanto, a crise que testemunhava nesse período de transição para o
mundo moderno, era, para ele, uma crise causada pela falta de um
consenso coletivo – que anteriormente teria existido em torno de formas
religiosas de organizar a vida social. A solução seria acelerar a formação
de um novo consenso baseado no pensamento científico, que
naturalmente se tornaria homogêneo na sociedade que despontava. Essa
nova forma de pensar seria denominada por Comte como forma positiva,
isso é, como o positivismo.
O positivismo, que é a linha de pensamento dominante no trabalho
de Comte, pauta-se na ideia de que o conhecimento verdadeiro só pode
ser obtido por meio da experimentação e pelo aferimento científico.
Segundo essa perspectiva, a ciência deve basear-se apenas em
observações cuidadosas feitas a partir da experimentação sensorial. Essa
seria a única forma possível de inferir leis que explicariam a relação entre
os fenômenos observados.
Importante ressaltar que as ideias do positivismo inspiraram até a
inscrição da bandeira brasileira "Ordem e Progresso", tendo por base o
lema de Auguste Comte que diz: "Amor como princípio, ordem como base
e progresso como objetivo". Suas ideias inspiraram o exército brasileiro e
a proclamação da República do Brasil em 1889.
No entanto, o pensamento positivista pregava um modelo de
sociedade organizada, onde o poder espiritual não teria mais importância,
sendo os sábios e cientistas a primazia nas decisões. Entre seus lemas
destaca-se: "Não há problema que não possa em última instância ser
reduzido a números".
Lei dos três estados
O positivismo era visto por Comte como uma evolução inevitável da
natureza humana. Para ele, todas as sociedades – de diferentes épocas e
territórios – passariam necessariamente por três estados consecutivos,
cada um caracterizado por uma forma de pensar predominante
No primeiro estado, na fase teológica, as observações positivas e o
uso da ciência como forma de construção do conhecimento eram
precários. Dessa forma, os indivíduos apegavam-se às formas mais
imaginativas de explicação dos fenômenos do mundo. Diante da
complexidade dos acontecimentos do mundo natural, o ser humano só é
capaz de compreendê-lo ao recorrer a crenças religiosas ou a ideias de
deuses e espíritos.
No segundo estado, na fase metafísica, que tem como exemplo o
período histórico do Renascimento, o pensamento humano passou a
enxergar o mundo a partir de termos naturais. Ainda que se tratasse de
problemas abstratos, a metafísica substituiu a imaginação pela
argumentação, isto é, o pensamento humano empenhou-se em entender
pelo questionamento, e não mais pela aceitação de explicações baseadas
em noções sobrenaturais.
O estado positivo, por sua vez, segundo Comte, caracteriza-se pela
subordinação da imaginação e da argumentação à observação. Assim
sendo, o processo de construção do conhecimento humano deve ocorrer
a partir da experimentação própria do método científico. Isso, no entanto,
não quer dizer que Comte posicione-se a favor de um reducionismo
empírico, isto é, reduzir todo conhecimento à apreensão de fatos isolados
observáveis. Comte compreendia que, por mais que fosse possível
apreender leis de regras gerais de um fenômeno, as relações constantes
entre fenômenos são diversas. Portanto, ainda que se estabeleçam leis
imutáveis nas relações de fenômenos diferentes, fixá-los a partir da
pretensão de que todos se comportam de uma mesma maneira é um
engano.
Levando essa percepção em conta, a missão de Comte torna-se
elaborar uma ciência positiva capaz de explicar os fenômenos sociais
através da aplicação da metodologia científica em busca de leis
universais que fossem válidas para as dinâmicas humanas em todos os
tempo e sociedades. O nome que Conte deu a essa ciência, a “física
social”, revela que, para os positivistas, seria possível estudar a
sociedade e formular suas leis de funcionamento com a mesma precisão
e objetividade que se estuda o efeito da gravidade sobre os corpos ou o
movimento dos astros no sistema solar. Uma vez conhecidas essas leis
universais, a expectativa de Comte era de que os conflitos sociais
pudessem ser eliminados através de reformas e intervenções
comandadas pelo Estado. O positivismo de Comte se apresenta, portanto,
não apenas enquanto teoria, mas também como projeto político para a
gestão da sociedade.
Apesar da grande influência que teve o positivismo, a ideia do
progresso científico como destino comum a todos os povos e da história
como um caminho de sentido único, atualmente é encarada como uma
estratégia colonizadora que pretende impor a força os modos de vida
ocidental para outras culturas.
Auguste Comte morreu em Paris, França, no dia 5 de setembro de
1857.
Obras de Auguste Comte
Plano de Trabalho Científico para Reorganizar a Sociedade, 1822
Opúsculos de Filosofia Social, 1816-1828
Curso de Filosofia Positiva, 1830-1842
Discurso sobre o Espírito Positivo, 1848
Discurso sobre o Conjunto do Positivismo, 1848
Catecismo Positivista, 1852
Sistema de Política Positiva, 1851-1854
Apelo aos Conservadores, 1855
Síntese Subjetiva, 1856
Rúbia Guerra
Darcy Ribeiro
Darcy Ribeiro nasceu em Minas (1922), no centro do Brasil.
Formou-se em Antropologia em São Paulo (1946) e dedicou seus
primeiros anos de vida profissional ao estudo dos índios do Pantanal, do
Brasil Central e da Amazônia. Neste período fundou o Museu do Índio e
criou o Parque Indígena do Xingu. Escreveu uma vasta obra etnográfica e
de defesa da causa indígena.
Nos anos seguintes (1955) dedicou-se à educação primária e
superior. Criou a Universidade de Brasília e foi Ministro da Educação.
Mais tarde foi Ministro-Chefe da Casa Civil e coordenava a implantação
das reformas estruturais, quando sucedeu o golpe militar de 64, que o
lançou no exílio.
Viveu em vários países da América Latina onde, conduzindo
programas de reforma universitária, com base nas idéias que defende
em A universidade necessária. Foi assessor do presidente Salvador
Allende, do Chile, e Velasco Alvarado, do Peru. Escreveu neste período
os cinco volumes de seus Estudos de Antropologia da Civilização (O
processo civilizatório, As Américas e a Civilização, O dilema da América
Latina, Os Brasileiros: 1. Teoria do Brasil, e Os índios e a Civilização),
que têm 96 edições em diversas línguas. Neles propõe uma teoria
explicativa das causas do desenvolvimento desigual dos povos
americanos.
Ainda no exílio, começou a escrever os romances Maíra e O mulo,
e já no Brasil escreveu dois outros: Utopia selvagem e Migo. Publicou Aos
trancos e barrancos, que é um balanço crítico da história brasileira de
1900 a 1980. Publicou também uma coletânea de ensaios insólitos:
(Sobre o óbvio), e um balanço de sua vida intelectual: Testemunho. Edita
juntamente com Berta G. Ribeiro a Suma Teológica brasileira. Seu último
livro, publicado pela Biblioteca Ayacucho, em espanhol, e pela Editora
Vozes, em Português, é A fundação do Brasil, um compêncio de textos
históricos dos séculos XVI e XVII, comentados por Carlos Moreira, e
precedidos de um longo ensaio analítico sobre os primórdios do Brasil.
Retornando ao Brasil em 1976, voltou a dedicar-se à educação e à
política. Elegeu-se vice-governador do estado do Rio de Janeiro, foi
secretário da Cultura e Coordenador do Programa de Educação, com o
encargo de implantar 500 CIEPs que são grandes escolas de turno
completo para 1000 crianças e adolescentes. Criou, então, a Biblioteca
Pública Estadual, a Casa França-Brasil, a Casa Laura Alvin, o Centro
Infantil de Cultura de Ipanema. E o Sambódromo, em que colocou 200
salas de aula para fazê-lo funcionar também como uma enorme escola
primária.
Elegeu-se senador da República, função que exerce defendendo
vários projetos, entre eles, uma lei de trânsito para defender os pedestres
contra a selvageria dos motoristas; uma lei dos transplantes que,
invertendo as regras vigentes, torna possível usar órgãos dos mortos para
salvar os vivos; uma lei contra o uso vicioso da cola de sapateiro que
envenena e mata milhares de crianças. Combate energicamente no
Congresso para que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação seja mais
democrática e mais eficaz. Publica pelo Senado a revista Carta, onde os
principais problemas do Brasil e do mundo são analisados e discutidos.
Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Conta entre suas façanhas maiores haver contribuído para o
tombamento de 98 quilômetros de belíssimas praias e encostas, além de
mais de mil casas do Rio antigo. Colaborou na criação do Memorial da
América Latina, edificado em São Paulo com projeto de Oscar Niemeyer.
Gravou um disco na série mexicana "Vozes da América". E mereceu
títulos de Doutor Honoris Causa da Sorbonne e das Universidades de
Montevidéu, Copenhague e da Venezuela Central.
Principais obras:
Culturas e línguas indígenas do Brasil – 1957
Arte plumária dos índios Kaapo – 1957
A política indigenista brasileira – 1962
Os índios e a civilização – 1970
Uira sai, à procura de Deus – 1974.
O processo civilizatório – etapas da evolução sócio-cultural – 1968
As Américas e a civilização – processo de formação e causas do
desenvolvimento cultural desigual dos povos americanos – 1970
O dilema da América Latina – estruturas do poder e forças insurgentes –
1978
Os brasileiros – teoria do Brasil – 1972
Maíra – 1976
O mulo – 1981
Utopia selvagem – 1982
Migo – 1988
Kadiwéu – ensaios etnológicos sobre o saber, o azar e a beleza –
1950
Configurações histórico-culturais dos povos americanos – 1975
Sobre o óbvio – ensaios insólitos – 1979
Aos trancos e barrancos – como o Brasil deu no que deu – 1985
América Latina: a pátria grande – 1986
Testemunho – 1990.
Principais frases:
 “O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem um
perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe
dominante enferma de desigualdade, de descaso.”
 “Mais vale errar se arrebentando do que poupar-se para nada.”
“Mestrado é só para mostrar que o sujeito é alfabetizado, pois a
metade dos que estão na universidade não sabem ler.”
Matheus Bruno
Henri Bergson
Filósofo francês, Henri Bergson nasceu em Paris, a 18 de outubro
de 1859 e morreu na mesma cidade a 4 de janeiro de 1941. Filho de pais
judeus de origem polonesa, apesar de sua excepcional aptidão para as
ciências, optou pela filosofia. Ensinou em Angers e, depois, em Clermont,
até 1888. Retornando a Paris em 1889, ensinou no Liceu Henri 4º, na
ÉcoleNormaleSupérieure e no Collège de France.
Bergson é um marco na filosofia moderna: substituindo pela visão
biológica a visão materializante da ciência e da metafísica, ele representa
o fim da era cartesiana. Exprime, em nível filosófico, um novo paradigma
baseado na consciência, adquirido pela cultura de seu tempo, das
conexões entre a vida orgânica e a vida social e psíquica. Chamando a
sua metafísica de "positiva", ele dá a essa palavra um significado tão
original quanto o que atribui ao "dado imediato” .
Sua originalidade reside, fundamentalmente, no tipo de ruptura que
ele introduz no racionalismo do século 17. Enquanto outros oporiam ao
racionalismo a subjetividade ou a história, Bergson tem uma visão nova
(que também o distancia de Hegel) da dialética e da existência.
Conceitos
Duração, na obra de Bergson, é o correr do tempo uno e
interpenetrado, isto é, os momentos temporais somados uns aos outros
formando um todo indivisível e coeso. Oposto ao
tempo físico ou sucessão divisível que é passível de ser calculado e
analisado pela ciência, o tempo vivido é incompreensível para
a inteligência lógica por ser qualitativo, enquanto o tempo físico
é quantitativo.
Tempo e espaço não pertencem à mesma natureza, tanto que
podemos afirmar que a consciência (duração interna) e o “tempo
espacilizado” se opõem. Esse último é criticado pelo filósofo como uma
das expressões da vertente determinista das ciências e filosofias.
Tudo o que pertence à faculdade espacial, isto é, à
variável t das leis físicas da mecânica clássica, é suscetível de ser
repetida, decomposta e traduzida pela lógica científica, como, por
exemplo, a medição do tempo por um relógio. Esse tempo físico,
comumente confundido com o espaço, como fez Kant na Crítica da Razão
Pura, não corresponde ao tempo real experimentado pelo espírito.
O tempo vivido (ou duração interna ou simplesmente consciência)
é o passado vivo no presente e aberto ao futuro no espírito que
compreende o real de modo imediato. É um tempo completamente
indivisível por ser qualitativo e não quantitativo como o fator t.
A duração, não sendo compreendida por meio da
inteligência técnica, também não pode, por consequência, ser entendida
como sucessão linear de intervalos, pois ela é justamente o oposto disso,
haja vista que não há como justapor ou analisar o tempo vivido qualitativo.
Ora, se não há como esmiuçar a duração percebida pelo espírito,
também não há como prever os momentos temporais da duração interna,
apenas a experiência física que se repete facilmente pode ser prevista e
repetida, logo, a duração do tempo vivido e experimentado pelo espírito é
imprevisível, uma novidade incessante e um fluir contínuo.
Intuição significa para Bergson apreensão imediata da realidade
por coincidência com o objeto. Em outras palavras, é a realidade sentida
e compreendida absolutamente de modo direto, sem utilizar as
ferramentas lógicas do entendimento: a análise e a tradução.
Diferencia-se da inteligência que, apropriando-se do mundo através
de ferramentas, calcula e prevê intervalos do mesmo plano espaço-
temporal; a intuição, ao contrário, penetra no interior da vida coincidindo
com o real imediatamente. Dizemos, portanto, que o real passou a ser
conhecido pela metafísica como, ao modo de Descartes, numa certeza
imanente ao próprio ser do sujeito cognoscente.
A intuição é uma forma de conhecimento que penetra no interior do
objeto de modo imediato, isto é, sem o ato de analisar e traduzir. A
análise é o recorte da realidade, mediação entre sujeito e objeto. A
tradução é a composição de símbolos linguísticos ou numéricos que,
analogamente a primeira, também servem de mediadores. Ambas
são meios falhos e artificiais de acesso a realidade. Somente a intuição
pode garantir uma coincidência imediata com o real sem o uso de
símbolos nem da repartições analíticas.
A intuição pode ser entendida, portanto, como
uma experiência metafísica.
Intuicionismo
Bergson foi o expoente da linha de filosofia intuicionista, assim
chamada porque afirma constituir o verdadeiro conhecimento não nos
conceitos abstratos, do intelecto racionalmente, mas na apreensão
imediata, na intuição, como é evidenciado pela experiência interior.
Segundo o filósofo, há dois caminhos para conhecer o objeto, duas
formas de conhecimento, diversas e de valores desiguais: mediante o
conceito e mediante a intuição.
A forma mediante o conceito é o caminho dos conceitos,
dos juízos, silogismos, análise e síntese, dedução e indução; a segunda
forma é o da intuição imediata que nos proporciona o conhecimento
intrínseco, concreto, absoluto.
Bergson conceitua a intuição como a faculdade suprema do
impulso vital (élan vital) e faculdade cognoscitiva do filósofo. Segundo o
filósofo, "hoje, só raramente e com grande esforço, podemos chegar à
intuição; no entanto a humanidade chegará um dia a desenvolver a
intuição de tal modo que será a faculdade ordinária para conhecer as
coisas. Então, desaparecerão todas as escolas filosóficas e haverá uma
só filosofia verdadeira conhecedora da verdade e do ser absoluto."
Bergson foi, também, um dos primeiros a fazer referência ao
inconsciente.
Matheus Alves
Jürgen Habermas
(Düsseldorf, 18 de junho de 1929) é
um filósofo e sociólogo alemão, que participa da tradição da teoria
crítica e do pragmatismo. É membro da Escola de Frankfurt, dedicou sua
vida ao estudo da democracia, especialmente através de suas teorias do
agir comunicativo, da política deliberativa e da esfera pública. Ele era
conhecido por suas teorias sobre a racionalidade comunicativae a esfera
pública, sendo considerado como um dos mais importantes intelectuais
contemporâneos.
Associado à Escola de Frankfurt, tendo sido assistente de Theodor
Adorno, coopera com este na crítica ao positivismo lógico, em especial
relativamente à influência deste na sociologia. Desenvolve sua teoria dos
interesses cognitivos em sintonia com o pensamento de Herbert Marcuse,
em especial em relação ao interesse emancipatório. Desde o início sua
obra transita ao redor da categoria de interação.
O trabalho de Habermas trata dos fundamentos da teoria social e
da epistemologia, da análise da democracia nas sociedades sob
o capitalismo avançado, do Estado de direito em um contexto de evolução
social (no qual a racionalização do mundo da vida ocorre mediante uma
progressiva libertação do potencial de racionalidade contido na ação
comunicativa de modo que a ação orientada para o entendimento mútuo
ganha cada vez mais independência dos contextos normativos) e
da política contemporânea, particularmente na Alemanha.
Em seu sistema teórico, nomeadamente quando desenvolve o
conceito de Democracia deliberativa, indica as possibilidades da razão,
da emancipação e da comunicação racional-crítica, latentes
nas instituições modernas e na capacidade humana de deliberar e agir
em função de interesses racionais.
Habermas é, também, conhecido por seu trabalho sobre
a modernidade e particularmente sobre a racionalização, nos termos
originalmente propostos por Max Weber. O pensamento de Habermas
também tem sido influenciado pelo pragmatismo americano, pela teoria
da ação e mesmo pelo pós-estruturalismo.
Os estudos de Habermas têm sido estudados, debatidos e
aplicados em vários campos do conhecimento, das ciências da
comunicação ao jornalismo, da sociologia à ciência política, da filosofia da
linguagem ao direito, com enormes contribuições no que tange
especialmente ao giro no sentido da concepção de democracia
deliberativa.
Luana Pessoa
Jacques Derrida
Jacques Derrida foi um filósofo franco-argelino, com uma obra
imensa de mais de 100 títulos e um dos mais traduzidos do mundo. Ele foi
professor na França e nos EUA. Um grande impacto da obra de Derrida
no ambiente filosófico francês começa no ano de 1967, foi o primeiro
gesto da Desconstrução, teoria criada por ele, com a publicação de três
livros: “A voz e o fenômeno”, “Gramatologia” e “A escritura e a diferença”
que tinham em comum o esforço radical por quebrar barreiras e
ultrapassar as fronteiras que parecem ter se estabelecido tão
seguramente ao longo da história da Filosofia, denunciando a
necessidade de desmontar seus aspectos mais duros. 
Desde então, as más interpretações passam a caricaturar a
desconstrução como algo negativo, como se Derrida quisesse
“desconstruir tudo”. No entanto, a desconstrução não é uma destruição,
se aproximando muito mais de uma espécie de “desmontagem” de
certas engrenagens que não estão funcionando tão bem como
aparentam. É por isso uma tarefa positiva. Assim, o gesto da
desconstrução consiste em se engajar na novidade que cada autor traz e
tentar trazer seu texto para além dele próprio, por amor ao pensamento. 
A desconstrução, como essa tentativa de cruzar as margens da
filosofia em nome de uma preocupação com a alteridade, se apresenta já
na década de 1970 como um sistema de pensamento sempre aberto, que
nunca se enclausura em uma fórmula ou um método. É nesse sentido
que, para o filósofo, ainda que se debruçando sobre textos de caráter
mais teórico, a desconstrução desde o início já apresentaria esta
preocupação ética e política em fazer justiça à alteridade de todo texto. 
Contudo, é certo que o ano de 1989 é marcante na obra de
Derrida, quando, em um livro chamado “Força de Lei”, o filósofo insiste
em marcar cada vez mais o alcance ético-político da desconstrução,
alargando seus limites para além dos textos teóricos e tratando
agora diretamente de questões éticas e políticas, como justiça,
hospitalidade, responsabilidade, democracia etc. Para Derrida, no
entanto, isso que alguns comentadores insistem em chamar de uma
“segunda fase” da desconstrução, nada mais é que o mesmo desejo, já
antes presente em seus textos, de denúncia da violência e aposta na
abertura infinita do pensamento. 
É isso que faz com que Derrida afirme que a desconstrução é o
que acontece no mundo e que a tarefa do filósofo então é pensar tais
acontecimentos. 
Em seguida, criou o conceito de différance "diferença" que é a
escrita que refere-se a si mesma, Um simples exemplo consistiria em
procurar uma palavra dada em um dicionário, e depois prosseguir
procurando as palavras encontrar naquela definição de palavras, num
processo sem fim. 
E ainda, criou também, a teoria de que somos feitos de signo,
significado e significante. O signo são todas as coisas que nos rodeiam,
que dão sentido, enquanto o significado seria pra que serve o signo, por
exemplo, o objeto cadeira é um signo, e o significado dela seria: para
sentar. Por fim, significante seria o que verdadeiramente o signo
representa para cada indivíduo. Derrida afirma que nós somos regidos
pelo nosso significante. 
Júlia Guerra
René Descarte
René Descarte foi um filósofo, fisiologista e matemático francês,
nascido em 31 de março de 1596, em La Haye, na província de Touraine.
Morreu em 11 de fevereiro de 1650 na Suécia.
O esteio da filosofia de Descartes pode ser resumido por sua
famosa frase em latim: Cogito, ergo sum (penso, logo existo). Ele foi o
primeiro a levantar a doutrina do dualismo corpo/mente, a propor uma
sede física para a mente, e a maneira como ela se interrelaciona com o
corpo. Portanto, ele discutiu temas importantes para as neurociências,
que vieram a dominar os quatro séculos seguintes, tais como a ação
voluntária e involuntária, os reflexos, consciência, pensamento, emoções,
e assim por diante.
Foi um dos precursores do movimento, considerado o pai do
racionalismo, e defendeu a tese de que a dúvida era o primeiro passo
para se chegar ao conhecimento.
Descartes é considerado o primeiro filósofo moderno, a sua contribuição
à epistemologia é essencial, assim como às ciências naturais por ter
estabelecido um método que ajudou no seu desenvolvimento. Descartes
criou, em suas obras Discurso sobre o método e Meditações.
Ao contrário dos gregos antigos e dos escolásticos, que
acreditavam que as coisas existem simplesmente porque precisam existir,
ou porque assim deve ser Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer
que existe aquilo que puder ser provado, sendo o ato de duvidar
indubitável. Baseado nisso, Descartes busca provar a existência do
próprio eu (ego cogito ergo sum- eu que penso, logo existo)
Também consiste o método de quatro regras básicas:
Verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do
fenômeno ou coisa estudada;
Analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades
mais simples e estudar essas coisas mais simples;
Sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em
um todo verdadeiro;
Enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de
manter a ordem do pensamento.
Bárbara Ribeiro
Isaac Newton
Isaac Newton nasceu em Londres, no ano de 1643, e viveu até o
ano de 1727. Cientista, químico, físico, mecânico e matemático,.
Este cientista inglês, que foi um dos principais precursores do
Iluminismo, criou o binômio de Newton, e, fez ainda, outras descobertas
importantes para a ciência. Quatro de suas principais descobertas foram
realizadas em sua casa, isto ocorreu no ano de 1665, período em que a
Universidade de Cambridge foi obrigada a fechar suas portas por causa
da peste que se alastrava por toda a Europa. Na fazenda onde morava, o
jovem e brilhante estudante realizou descobertas que mudaram o rumo da
ciência: o teorema binomial, o cálculo, a lei da gravitação e a natureza
das cores. 
Dentre muitas de suas realizações escreveu e publicou obras que
contribuíram significativamente com a matemática e com a Física. Além
disso, escreveu também sobre Química, Alquimia, cronologia e Teologia.
Nesta última área, chegou a analisar profecias bíblicas, em especial sobre
o Livro de Daniel e o último livro da Bíblia: Apocalipse. Newton tinha um
grande interesse pela Escatologia e o tema do fim do mundo.
Newton sempre esteve envolvido com questões filosóficas,
religiosas e teológicas e também com a alquimia e suas obras mostravam
claramente seu conhecimento a respeito destes assuntos. Devido a sua
modéstia, não foi fácil convencê-lo a escrever o livro Principia,
considerado uma das obras científicas mais importantes do mundo. 
Newton tinha um temperamento tranquilo e era uma pessoa
bastante modesta. Ele se dedicava muito ao seu trabalho e muitas vezes
deixava até de se alimentar e também de dormir por causa disso. Além de
todas as descobertas que ele fez, acredita-se que ocorreram muitas
outras que não foram anotadas. 
Diante de todas as suas descobertas, que, sem sombra de dúvida,
contribuíram e também ampliaram os horizontes da ciência, este cientista
brilhante acreditava que ainda havia muito a se descobrir. E, em 1727,
morreu após uma vida de grandes descobertas e realizações.
Rafael Pamplona

Jean-Paul Sartre
Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de junho de 1905 —
Paris, 15 de abril de 1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês,
conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os
intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um
artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a
sua obra.
Repeliu as distinções e as funções problemáticas e, por estes
motivos, se recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964.
Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a
existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se
define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e
por isso sem ter uma "essência" que suceda à existência.Ele também é
conhecido por seu relacionamento aberto que durou cerca de 51 anos
(até sua morte) com a filosofa e escritora francesa Simone de Beauvoir.
Teoria:
A consciência localiza o homem ante a possibilidade de escolher o
que será. Esta é a condição da liberdade humana. Escolhendo sua ação,
o homem se escolhe a si mesmo, mas não escolhe sua existência, que já
lhe vem concedida e é requisito de sua escolha, daqui surge a famosa
máxima existencialista: a existência precede a essência.
Tamara Silva
John Locke
Para John Locke a busca do conhecimento deveria ocorrer através
de experiências e não por deduções ou especulações. Desta forma, as
experiências científicas devem ser baseadas na observação do mundo. O
empirismo filosófico descarta também as explicações baseadas na fé. 
Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era
uma tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As
experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus
conhecimentos e personalidade. Defendia também que todos os seres
humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a
sociedade a responsável pela formação do indivíduo.
Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo
teólogo e bispo francês Jacques Bossuet. Para Locke, a soberania não
reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia
do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil.
Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade
religiosa, recebendo por estas ideias forte oposição da Igreja Católica.
Locke, assim como Montesquieu, defendia que o poder deveria ser
dividido em: Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão,
o Poder Legislativo, por representar o povo, era o mais importante e,
portanto, os outros dois deveriam estar subordinados a ele. Vale lembrar
que, no entendimento de Montesquieu, deveria haver uma relação de
equilíbrio entre os três poderes.
Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um
defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim
aos vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados
na guerra poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas,
devem trocar a liberdade pela escravidão.
Gabriel Faria Hostalácio
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Foi um idealista objetivo: a seu ver, a razão absoluta representada,
na história, a ideia absoluta, é o principio primário e a única realidade que
“se exterioriza” de maneira imediata na natureza, para voltar a si mesma
dessa transformação  sob a forma de espírito.
Hegel considera a filosofia como sendo o “conhecimento absoluto"
e sua filosofia como sendo a fase final do autodesenvolvimento da ideia.
Tal é o sistema filosófico idealista de Hegel. O que há de valioso nesse
sistema é o método dialético em que o mesmo se inspira: a afirmação de
que a ideia se desenvolve na base de contradições dialéticas; que,
através desse processo, se verificam transições, mudanças de
quantidade em qualidade;
A dialética hegeliana, porém, não está separada de seu sistema
idealista; pelo contrário, acha-se intimamente ligada a ele. 
 O método dialético afirma que o processo de desenvolvimento do
conhecimento é infinito; por outro lado, seu sistema idealista leva Hegel a
apresentar sua filosofia como sendo o fim de todo o desenvolvimento e
como a verdade final, acabada e definitiva. O método dialético afirma que
tudo se desenvolve dialeticamente, por outro lado, o sistema idealista
apresenta a natureza como negação da dialética. Hegel foi um ideólogo
da burguesia alemã dos princípios do século XIX. Era progressista em
face dos problemas do seu tempo, mas pusilânime e inconsequente. Por
essa motivo, em grande parte, Hegel, curvava-se diante da monarquia
feudal prussiana, apontando-a como etapa ultima e superior do
desenvolvimento da sociedade humana, apesar de toda a sua dialética. 
Marx e Engels tiraram da dialética de Hegel apenas o seu “veio
racional”, desprezando a estreiteza idealista hegeliana e impulsionando a
dialética para a frente, afim de lhe dar um fundamento cientifico.
Marx — difere do hegeliano, não somente em seus fundamentos,
mas também pelo fato de ser oposto ao mesmo Para Hegel, o processo
do pensamento (que chega a converter, sob o nome de ideia, em sujeito
independente) é o criador da realidade, que constitui apenas sua
manifestação exterior; para mim, pelo contrário, o ideal nada mais é do
que o material transportado ao cérebro humano e nele transformado
Engels - Rejeitava, portanto, a interpretação oficial e conservadora
da filosofia hegeliana que justificava a Monarquia prussiana.
Interesses principais:
- Lógica
- Filosofia da História
- Religião
- Metafísica
- Epistemologia
- Filosofia Política
Obras Principais
- Fenomenologia do Espírito - 1806
- Ciência da Lógica - 1812-1816
- Enciclopédia das Ciências Filosóficas, 1817-1830
- Elementos da Filosofia do Direito - 1817-1830
Kharem Maysa
Frases Filosóficas
 Karl Marx:
“Se o bicho da seda tecesse para ligar as duas pontas,
continuando a ser uma lagarta, seria o assalariado perfeito.”
“As ideias dominantes numa época nunca passaram das idéias da
classe dominante.”
“O comunismo não é para nós um estado que deve ser
estabelecido, um ideal para o qual a realidade terá de se dirigir.
Denominamos o comunismo o movimento real que supera o estado de
coisas atual. As condições desse movimento resultam de pressupostos
existentes.”
“A religião é o ópio do povo.”
“O aumento dos salários não é nada mais do que o pagamento de
salários melhores a escravos, e não conquista para o operário seu destino
e sua dignidade humana.”
Quanto mais o operário produz, menos tem para consumir; quanto
mais cria valores, mais se deprecia."
A melhor forma de Estado é aquela em que os antagonismos
entram abertamente e encontram sua solução.
 Friedrich Hegel:
"O racional por si só é real."
"Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional."
"O verdadeiro é o todo"
"Nada existe de grandioso sem Paixão."
 Frases de Aristóteles:
“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o
que diz.”
“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”
“A dúvida é o princípio da sabedoria.”
“Ter muitos amigos é não ter nenhum.”
“O que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos.”
“Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura.”
“A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante
todas as outras.”
“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a
fazer.
“A inteligência é a insolência educada.”
“As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se
vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer
amanhã.”

“A esperança é o sonho do homem acordado.”


“Devemos nos comportar com os nossos amigos do mesmo modo
que gostaríamos que eles se comportassem conosco.”
“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.”
“O homem solitário é uma besta ou um deus.”
“A cultura é o melhor conforto para a velhice.”
“Um bom começo é a metade.”
“Que vantagem têm os mentirosos? A de não serem acreditados
quando dizem a verdade.”
“Alguns pensam que para se ser amigo basta querê-lo, como se
para se estar são bastasse desejar a saúde...”
“A amizade é uma alma com dois corpos.”
“A amizade perfeita apenas pode existir entre os bons.”
“Qualquer um pode zangar-se - isso é fácil. Mas zangar-se com a
pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da
maneira certa - não é fácil.”
“A felicidade não se encontra nos bens exteriores.”
“A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e
aprender ainda mais.”
“O erro acontece de vários modos, enquanto ser correto é possível
apenas de um modo.”
“No fundo de um buraco ou de um poço, acontece descobrir-se as
estrelas.”
“Quem encontra prazer na solidão, ou é fera selvagem ou é Deus.”
“A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.”
“O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.”
“O sábio procura a ausência de dor e não o prazer.”
“A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta
a alma e a eleva acima da sua condição.”
“A primeira qualidade do estilo é a clareza.”
“O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de
o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si,
porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter
acontecido.”
“O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito à
medida que avança.”
“Sem amigos ninguém escolheria viver, mesmo que tivesse todos
os outros bens.”
“A natureza não faz nada em vão.”
“Sócrates é meu amigo, mas sou mais amigo da verdade.”
“Para nos mantermos bem é necessário comer pouco e trabalhar
muito.”
“A modéstia não pode ser considerada uma virtude, pois
assemelha-se mais a um sofrimento do que a uma qualidade.”
“A felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade.”
“O segredo do sucesso é saber algo que ninguém mais sabe.”
“A alma é a causa eficiente e o princípio organizador do corpo
vivente.”
 Charles Darwin:
"A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o
desenvolvimento da inteligência humana." 
"A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da
natureza humana." 
"Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais
inteligentes, e sim as mais suscetíveis a mudanças." 
 Theodor Adorno:
“A inteligência é uma categoria moral.” “Liberdade não é poder
escolher entre preto e branco mas sim abominar este tipo de propostas de
escolha.” “O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até
mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho.” “A tarefa atual da
arte é introduzir o caos na ordem.” “Serás amado apenas quando puderes
mostrar a tua fraqueza, sem provocar nenhuma força.” “A grandeza de
uma obra de arte está fundamentalmente no seu caráter ambíguo, que
deixa ao espectador decidir sobre o seu significado.” “Existe um critério
quase infalível para determinar se um homem é realmente teu amigo: o
modo como refere opiniões hostis ou descorteses a teu respeito.” “O amor
é a capacidade de perceber o semelhante no dessemelhante.” “Aviso aos
intelectuais: não deixem que ninguém vos represente.” “Normalidade
significa morte.” “A vida tornou-se a ideologia da sua própria ausência.” “A
arte é uma magia que liberta a mentira de ser verdadeira.” “Para a
felicidade se aplica o mesmo que para a verdade. Alguém não a tem, mas
está nela.” “O humano estabelece-se na imitação: um homem torna-se um
homem apenas imitando outros homens. ”
“A arte necessita da filosofia, que a interpreta, para dizer o que ela
não consegue dizer, conquanto só através da arte pode ser dito ao não
ser dito.”
“A decadência da oferta espelha-se na penosa invenção dos
artigos para presente, que já pressupõem o fato de não se saber o que
presentear porque, na verdade, não se tem nenhuma vontade de fazê-lo.”

 Jurgen Habermas:
"A dualidade entre fatos e decisões leva à validação do
conhecimento fundado nas ciências da natureza e desta forma elimina-se
a práxis vital do âmbito destas ciências. A divisão positivista entre valores
e fatos, longe de indicar uma solução, define um problema." 
"O resgate discursivo de pretensões de verdade conduz à
aceitabilidade racional, não a verdade" 
"Envergonhe-se de morrer até que você tenha alcançado uma
vitória para a humanidade" 
"A irresponsabilidade dos danos é parte da essência do
terrorismo" 
"O homem é um "sim" que vibra com harmonias cósmicas." 
"Todas as formas de exploração são idênticas, porque elas se
aplicam, todas iguais, o objeto mesmo: o homem." 
"Enquanto os políticos situam sua ação na realidade, os homens de
cultura situam, no contexto da história." 
 Noam Chomsky:
“Não se pode controlar o próprio povo pela força, mas se pode
distraí-lo com consumismo.”
“O ensino deve inspirar os estudantes a descobrir por si mesmos, a
questionar quando não concordarem, a procurar alternativas se acham
que existem outras melhores, a revisar as grandes conquistas do passado
e aprender porque algo lhes interessa.
 Friedrich Nietzsche:
“Os grandes intelectuais são céticos.”
“Torna-te aquilo que és.”
“O medo é o pai da moralidade.”
“A moralidade é a melhor de todas as regras para orientar a
humanidade.”
“O castigo foi feito para melhorar aquele que o aplica.”
 Mario Sérgio Cortella:
“É necessário fazer outras perguntas, ir atrás das indagações que
produzem o novo saber, observar com outros olhares através da história
pessoal e coletiva, evitando a empáfia daqueles e daquelas que supõem
já estar de posse do conhecimento e da certeza.”
“É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa
consciência e começarmos a achar que tudo é normal.”
“Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e,
nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto,
mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é
o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por
serem inéditas, não saberíamos enfrentar.”
“Quando o modelo de vida leva a um esgotamento, é fundamental
questionar se vale a pena continuar no mesmo caminho."
 Adam Smith:
“A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela
riqueza dos príncipes.”
“A ciência é o grande antídoto do veneno do entusiasmo e da
superstição.”
“Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro
que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos
próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e
nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles
podem obter.”
“O verdadeiro valor das coisas é o esforço e o problema de as
adquirir.”
“A ambição universal do homem é colher o que nunca plantou.”
“O grande segredo da educação consiste em orientar a vaidade
para os objetivos certos.”
“Felicidade é aquilo que ganhamos pelo agir.”
“O homem é um animal que faz barganhas.”
“A disposição em admirar e quase idolatrar os ricos e poderosos e,
ao mesmo tempo, desprezar e negligenciar os pobres é a maior e mais
universal causa de corrupção dos nossos sentimentos morais.”
“O que vai gerar a riqueza das nações é o fato de cada indivíduo
procurar o seu desenvolvimento e crescimento econômico pessoal.”
 Immanuel Kant:
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” 
“Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele
trata os animais.” 
“A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como
sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.” 
“Quem não sabe o que busca, não identifica o que acha.” 
“Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem
exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço.” 
“É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para
que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e
sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo
que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas
ideias.” 
 Karl Popper:
“A possibilidade de lutar com palavras, em vez de lutar com armas,
constitui o fundamento da nossa civilização.”
“O conhecimento é uma aventura em aberto. O que significa que
aquilo que saberemos amanhã é algo que desconhecemos hoje; e esse
algo pode mudar as verdades de ontem.”
“Devemos fazer planos para a liberdade, e não só para a
segurança, ainda que pela única razão de só a liberdade poder tornar a
segurança segura.”
“Numa democracia, é essencial a consciência da
responsabilidade, a responsabilização daqueles que detêm o poder e o
exercem.”
“A ciência será sempre uma busca, jamais uma descoberta.
É uma viagem, nunca uma chegada.”
“Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere
matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos.”
 Voltaire:
“Para que discutir com os homens que não se rendem às verdades
mais evidentes? Não são homens, são pedras. Tenho um instinto para
amar a verdade; mas é apenas um instinto.” 
“O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio.”
“Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até
a morte o seu direito de dizê-lá.” 
“A poesia é a música da alma, e, sobretudo, de almas grandes e
sentimentais.” 
“A voz de Deus nos diz constantemente: uma falsa ciência faz um
homem ateu, mas uma verdadeira ciência leva o homem a Deus.” 
“Eu acredito no Deus que criou os homens, e não no Deus que os
homens criaram.” 
“Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até
o ultimo instante seu direito de dizê-la.” 
“O melhor governo é aquele em que há o menor número de
homens inúteis.” 
“Nós nascemos sozinhos. Nós vivemos sozinhos. Nós morremos
sozinhos. E qualquer coisa neste intervalo que possa nos dar a ilusão de
que não estamos sós, nós nos agarramos a ela.” 
“Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu
direito de o dizeres.” 
“A ridícula situação de alguém que critica o que confessa nunca ter
lido, já é suficiente para desqualificar a sua crítica.” 
“Se o homem nasceu livre, deve governar-se; 
se ele tem tiranos, deve destroná-los.”
“Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei
até a morte o vosso direito de dizê-lo.” 
“Encontra-se oportunidade para fazer o mal cem vezes por dia e para
fazer o bem uma vez por ano. ”
“O mais competente não discute, domina a sua ciência e cala-se.”
“É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que
condenar um inocente.”
 Schopenhauer:
“Os alunos não aprendem para ganhar conhecimento e se instruir,
mas para poder tagarelar e para ganhar ares de importantes”. 
“A peruca é o símbolo mais apropriado para o erudito puro. Tratam-
se de homens que adornam a cabeça com uma rica massa de cabelo
alheio porque carecem de cabelos próprios”. 
“Cada geração que passa rapidamente alcança, de todo o saber
humano, somente aquilo que ela precisa”. 
“O saber humano se espalha por todos os lados, a perder de vista,
de modo que nenhum indivíduo pode saber sequer a milésima parte
daquilo que é digno de ser sabido”. 
“A mais rica biblioteca, quando desorganizada, não é tão
proveitosa quanto uma modesta, mas bem ordenada”. 
“Um livro nunca pode ser mais do que a impressão dos
pensamentos do autor”. 
“O estilo é a fisionomia do espírito”. 
“A afetação é comparável às caretas que deformam o rosto”. 
“É do pensamento que o estilo recebe a beleza, e não o contrário”. 
“O sinal de uma cabeça eminente é resumir muitos pensamentos
em poucas palavras”. 
“A lei da simplicidade e da ingenuidade vale para todas as belas-
artes”.
 Thomas Hobbes:
“A curiosidade e a produção do conhecimento no homem muitas
vezes supera qualquer prazer carnal, distinguindo-o dessa forma de
qualquer anima.”
“Ciência é o conhecimento das consequências, e da dependência
de um fato em relação a outro.”
“O medo dos poderes invisíveis, inventados ou imaginados a partir
de relatos, chama-se religião.”
 George Edward Moore:
"Depois de tudo o que existe é apenas uma raça: a humanidade."
"Todas as leis morais são meras declarações de que certos tipos
de ações terão um bom efeito.”
 "Todos os reformadores são solteiros." 
"Um grande artista é sempre antes de seu tempo ou por trás dele."
 "A fé sai pela janela quando a beleza vem através da porta." 
 Francis Bacon:
“Saber é poder.”
“É um estranho desejo, desejar o poder e perder a liberdade.”
 Michel Foucault:
“Devemos não somente nos defender, mas também nos afirmar, e
nos afirmar não somente enquanto identidades, mas enquanto força
criativa.”
“Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o
mesmo.”
“Existem momentos na vida onde a questão de saber se se pode
pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do
que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir.”
“Não há angústia, nem fantasia por trás da felicidade, é esta que
não toleramos mais.”
“Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas
clandestinas, nossa insanidade oculta.”
 Blaise Pascal:
“A justiça sem a força é impotente, a força sem a justiça é tirana”.
“O homem está sempre disposto a negar tudo aquilo que não
compreende”.
“O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
“Boas palavras escondem um mau caráter”.
“Não é certo que tudo seja incerto”.
“O homem está disposto a negar o que não entende”.
“A opinião é a rainha do mundo”.
“A consciência é o melhor livro de moral, e o que menos se
consulta”.
“A grandeza do homem está em ele se reconhecer como miserável.
Uma árvore não reconhece a sua miséria”.
“Quanto mais inteligente um homem é mais originalidade encontra
no outro. Os medíocres acham toda a gente igual”.
 Sigmund Freud:
“A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que
poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar”.
“Qualquer um que comporte-se acordado da mesma maneira que
se comporta nos sonhos será visto como louco.”
“Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um
elogio”
“Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de
ferro”.
“O pensamento é o ensaio da ação.” 
“A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que
poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar.” 
 Martin Heidegger:
“Angústia é a consciência da morte como horizonte da vida.”
“Morrer não é um acontecimento; é um fenômeno a ser
compreendido existencialmente.”
“O homem age como se fosse o senhor e mestre da linguagem,
enquanto que na verdade a linguagem permanece mestra do homem.”
 Ludwig Wittgenstein:
"Sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar."
“O pensamento contém a possibilidade da situação que ele pensa.
O que é pensável é também possível.”
“Não desejaria, com minha obra, poupar aos outros o trabalho de
pensar, mas sim, se for possível, estimular alguém a pensar por si
próprio.”
 August Comte:
“A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre
os impulsos egoístas.”
“A liberdade é o direito de fazer o próprio dever.”
“O progresso não é mais do que o desenvolvimento da ordem.”
 Darcy Ribeiro:
“O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem um
perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe
dominante enferma de desigualdade, de descaso.”
“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu
não vou me resignar nunca.”
“Mais vale errar se arrebentando do que poupar-se para nada.”

 Jacques Derrida:

“Só se perdoa o imperdoável, pois o perdoável já está perdoado.”


“O direito não é justiça. O direito é o elemento do cálculo, é justo
que haja um direito, mas a justiça é incalculável, ela exige que se calcule
o incalculável; e as experiências aporéticas são experiências tão
improváveis quanto necessárias da justiça, isto é, momentos em que a
decisão entre o justo e o injusto nunca é garantida por uma regra.”
“Há na idéia do perdão algo de transumano. O impossível opera na
idéia de um perdão incondicional, uma vez que este perdão que perdoa o
impoerdoável é um perdão impossível. Ele faz o impossível, faz fazer e
proporciona o impossível, perdoa (este) que não é perdoável.”
 Jean Paul Sartre:
“Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela
qual se estaria disposto a morrer.”
“O que é o materialismo, senão o estado do homem que se afastou
de Deus; (...) ele passa unicamente a preocupar-se com os seus
interesses terrestres.”
“Não há necessidade de grelhas, o inferno são os outros.”
“Cada homem deve inventar o seu caminho.”
“O homem não é a soma do que tem, mas a totalidade do que
ainda não tem, do que poderia ter.”
“Um homem não pode ser mais homem do que os outros, porque a
liberdade é semelhantemente infinita em cada um.”
“A desordem é o melhor servidor da ordem estabelecida.”
“Falamos na nossa própria língua e escrevemos numa língua
estrangeira.”
“Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim
mesmo.”
“Se os comunistas têm razão, então eu sou o louco mais solitário
em vida.”
“Se eles estão errados, então não há esperança para o mundo.”
 Isac Newton:
“O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano.”
“Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes.”
“Construímos muros demais e pontes de menos.”
“A gravidade explica os movimentos dos planetas, mas não pode
explicar quem colocou os planetas em movimento. Deus governa todas as
coisas e sabe tudo que é ou que pode ser feito.”
 Max Horkheimer:
“Desconfia de quem pretende que só se pode melhorar a totalidade,
ou coisa nenhuma. Essa é a mentira permanente dos que, na realidade,
não querem se engajar e que se desculpam diante de cada obrigação
concreta remetendo à grande teoria. Eles racionalizam sua
desumanidade.”
“A definição de Novalis segundo a qual toda filosofia é nostalgia só é
correta se a nostalgia não se resolve no fantasma de um antiquíssimo
estado perdido, mas representa a pátria, a própria natureza, como algo de
extraído ao mito. A pátria é o estado de quem escapou.”
“A razão contém enquanto ego transcendental supra individual a Ideia
de uma convivência baseada na liberdade, na qual os homens se
organizem como um sujeito universal e superem o conflito entre a razão
pura e a empírica na solidariedade consciente do todo. A Ideia desse
convívio representa a verdadeira universalidade, a Utopia”
“A verdadeira natureza do esquematismo, (…) acaba por se revelar na
ciência atual como o interesse da sociedade industrial. O ser é intuído sob
o aspecto da manipulação e da administração. Tudo, inclusive o indivíduo
humano, para não falar do animal, converte-se num processo reiterável e
substituível, mero exemplo para os modelos conceituais do sistema.”
“A ciência ela própria não tem consciência de si, ela é um instrumento,
enquanto o esclarecimento é a filosofia que identifica a verdade ao
sistema científico.
“Toda burrice parcial de uma pessoa designa um lugar em que o jogo
dos músculos foi, em vez de favorecido, inibido no momento do
despertar.”

 Nicolau Maquiavel:
“A reputação dos cidadãos é motivo de tirania das repúblicas”.
“O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é
olhar para os homens que tem à sua volta”
“Quero ir para o inferno, não para o céu. No inferno, gozarei da
presença de reis e príncipes. No céu, só terei por companhia mendigos,
monges e apóstolos”
“Governar é fazer acreditar”
“Todos os Estados bem governados e todos os príncipes inteligentes
tiveram cuidado de não reduzir a nobreza ao desespero, nem o povo ao
descontentamento”
“Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!”
“É mais seguro ser temido do que amado”
“Poucos veem o que somos, mas todos veem o que aparentamos”
“Os homens ofendem mais aos que amam do que aos que temem”
“Homens soberbos mostram se insolentes na prosperidade e humildes
na adversidade”
“A ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade
presente, não pensa no mal que a algum tempo pode resultar dela”
“Uma mudança sempre deixa o caminho aberto para outras”
“O tempo pode transformar o bem em mal e o mal em bem”
“Vale mais fazer e arrepender-se, que não fazer e arrepender-se”
“O homem esquece mais facilmente a perda do pai do que a perda do
patrimônio”.

 Rousseau:
“Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que
sabem muito falam pouco.”
“O primeiro passo para o bem é não fazer o mal.”
“Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz.”
“De todos os animais, o homem é aquele a quem mais custa viver em
rebanho.”

 John Locke
“Sempre considerei as ações dos homens como as melhores
intérpretes dos seus pensamentos.”
“Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o
pensar faz nosso o que lemos.”
“As novas opiniões são sempre suspeitas e geralmente opostas, por
nenhum outro motivo além do fato de ainda não serem comuns.”

 Albert Einsten:
“Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os
milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse
milagre.”
’’É mais fácil desintegrar um átomo do que o preconceito.”
“Somos todos muito ignorantes, mas nem todos ignoramos as
mesmas coisas.”

 René Descartes:
“Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.”
“Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem
nunca os haver tentado abrir.”
“Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão:
todos estão convencidos de que a tem de sobra.”
“Daria tudo que sei pela metade do que ignoro.”
“Não há nada que dominemos inteiramente a não ser os nossos
pensamentos”.
“Não basta termos um bom espírito, o mais importante é aplicá-lo
bem.”
“Quase nunca me fio nos primeiros pensamentos que me vêm à
mente.”
“Penso, logo existo.”
“Não há nada tão equitativamente distribuído no mundo como a
inteligência: todos estão convencidos de que têm o suficiente.”
“Nada é mais justamente distribuído que o senso comum: ninguém
pensa que precisa mais do que realmente já tenha.”
“O tempo diz o que a razão não pode dizer.”
“Nada sólido pode ser construído sobre fundamentos tão pouco
firmes.”
“Eu não sou a causa das mudanças que caiem sobre mim, se fosse
assim, teria me mudado para a melhor posição.”
“Além do nosso pensamento, nada está realmente sobre nosso
controle.”
“Não ser útil a ninguém equivale a não valer nada.”

 Gallileu Galilei
“Não se pode ensinar nada a um homem; só é possivel ajudá-lo a
encontrar a coisa dentro de si.”
“Nunca encontrei uma pessoa tão ignorante que não pudesse ter
aprendido algo com a sua ignorância.”
“Duas verdades nunca se podem contradizer.”

 Henri Bergson:
“Pense como um homem de ação, atue como um homem de
pensamento.”
“Nada é menos do que o momento presente, se entendermos por isso
o indizível instante que separa o passado do futuro.”
“Os costumes são uma das fontes da moral.”

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