Eden Pascoal - Teologia
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Eden Pascoal - Teologia
II° Ano
2022
1. Introdução ........................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos ................................................................................................................ 4
1.1.1. Objectivo Geral ......................................................................................... 4
1.1.2. Objectivos específicos .............................................................................. 4
1.2. Metodologia ............................................................................................................. 4
2. A Democracia, Ambiente Ideal para o Desenvolvimento Integral da Pessoa .................... 5
2.1. O Sentido Original da Democracia e seu Desenvolvimento no Tempo .................. 5
2.2. O Conceito de Democracia e sua Efectiva Expansão .............................................. 6
2.2.1. Expansão Efectiva da Democracia............................................................ 6
2.3. A Democracia Segundo os Pais do Pensamento Político : Platão e Aristóteles ...... 7
2.3.1. Os Filósofos Gregos e a Noção de Democracia........................................ 7
2.4. O Conceito de Democracia nos Fundadores da Democracia Moderna: John Locke
e Jean-Jacques Rousseau ................................................................................................ 9
2.5. A Democracia no Actual Contexto da Globalização ............................................. 11
\2.6. Os Desafios à Democracia. ................................................................................... 12
3. Conclusão.......................................................................................................................... 14
4. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 15
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas e de campo. Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica
trata-se do levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o
assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses,
dissertações, material cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o mesmo.
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2. A Democracia, Ambiente Ideal para o Desenvolvimento Integral da Pessoa
Segundo Heródoto, foi Péricles quem usou pela primeira vez, em sua oração fúnebre
em homenagem aos heróis da guerra do Peloponeso, a ideia de que a democracia é o governo
“do povo, pelo povo e para o povo”, um enunciado tornado célebre após ser usado por Abraão
Lincoln no século XIX. Mas a contribuição de Péricles, fruto de sua reflexão como estadista,
foi muito além; no seu famoso discurso, ele sugeriu, como observaram alguns especialistas,
que a democracia inventada em Atenas dizia respeito a dois ideais complementares: a
distribuição equitativa do poder de tomar decisões colectivas e o julgamento dos cidadãos
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quanto ao processo de tomada dessas decisões e os seus resultados. Esses ideais iriam
converter-se, ao longo das transformações históricas que deram origem à democracia
moderna, nos principais pilares do conceito, distinguindo claramente esse regime de
alternativas como o autoritarismo e o totalitarismo.
Entretanto, notamos que “o princípio democrático não elimina a existência das estruturas de
domínio mas implica uma forma de organização desse domínio. Daí o caracterizar-se o
princípio democrático como princípio de organização da titularidade e exercício do poder.”5
Após a Segunda Guerra Mundial os países ocidentais que sofreram derrotas na guerra
foram obrigados a substituir os regimes autoritários ou ditatoriais por uma democracia. Em
1946 era abolida a monarquia em Itália, por referendo, e instalada a república, que foi
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igualmente instaurada em França (no mesmo ano, tendo-se elaborado a Constituição da IV
República Francesa) e na Alemanha (em 1949).
De igual forma, procedeu-se à descolonização por parte da maioria dos países, como
o Reino Unido, a França e Portugal (estes tardiamente e com bastantes resistências). De
facto, depois da guerra em que as democracias ocidentais venceram os regimes totalitários,
assistiu-se a uma difusão da democracia pluralista. Esta não foi aplicada em Portugal devido à
importância que desempenhavam as colónias no poderio português, e era necessário conceder
a independência às mesmas para cumprir os requisitos do regime democrático pluralista. Em
1949 António de Oliveira Salazar conseguia que a NATO compreendesse as razões da
manutenção do Ultramar e do regime do Estado Novo enquanto tal, após árduos esforços,
e Portugal integrou a organização em 1949.
É na Grécia Antiga que vamos encontrar aqueles que são considerados como os dois
primeiros grandes mestres do pensamento político e social: Platão e seu discípulo, Aristóteles.
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Platão e Aristóteles reflectiram sobre as principais questões políticas de sua época e
redigiram algumas obras onde aparece de forma clara suas ideias em torno da política grega e
ateninense e, com base na análise das sociedades e suas respectivas relações sócio-políticas,
procuraram dividi-las naquilo que eles próprios denominaram de as formas justas e
degeneradas do Estado.
John Locke e Jean-Jacques Rousseau são dois dos pensadores mais influentes da Teoria
Política Moderna. Locke destaca-se por defender a representação político-parlamentar,
a Democracia Representativa, enquanto Rousseau se notabiliza por ser contrário à
representação política e propor a democracia “participativa”, directa, sobretudo no que diz
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respeito ao Poder Legislativo: “a denúncia dos limites inerentes à representação política tem
origem em Rousseau, considerado também um dos primeiros formuladores da ideia de
democracia participativa” (Sell, 2006, p. 103).
Podemos perceber como estas ideias influenciaram de alguma forma o contexto de sua
época se levarmos em consideração as duas grandes revoluções ocorridas na Inglaterra e na
França. Por um lado, podemos dizer que de alguma forma Locke é considerado um dos
grandes defensores da Revolução Gloriosa (1688), através da qual a burguesia britânica
assumiu o poder do Estado estabelecendo o primado do Poder Legislativo sobre a Coroa
Britânica, originando na Inglaterra a “monarquia constitucional limitada”. Este contexto nos
ajuda a entender porque Locke pode ser considerado um partidário da causa parlamentar, em
uma época caracterizada pela disputa entre do exercício do poder político entre a Monarquia e
o Parlamento. Rousseau, por sua vez, inspirou os ideais da Revolução Francesa (1789),
movimento no qual a burguesia, com o apoio dos trabalhadores urbanos e camponeses, depôs
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o Rei Luís XVI e tomou o poder na França: nesse sentido, o Contrato Social rousseauniano
pode ser entendido como uma “arma” nas mãos dos revolucionários inspirados pelos ideais
iluministas contra a estrutura político-ideológica do Antigo Regime.
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3. Conclusão
Justamente nesse ponto é que salta aos olhos a importância do sistema adoptado pelo
Estado, na medida em que é recomendável que o cidadão participe efectivamente da decisão
política, sem intermediário, pois quanto maior é o envolvimento da pessoa na tomada de
decisões, maior é o seu comprometimento com os resultados e com as proposições de
melhorias.
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4. Referências Bibliográficas
Aristóteles. (2000). Política in Os Pensadores, São Paulo: Nova Cultural, pp. 141-242;
Forrest, W. G. (1966). The emergence of greek democracy. Londres: Weidenfeld & Nicolson.
Heródoto. (1942). The Persian Wars by Herodotus (tradução para o ingles de George
Rawlinson), Bruce J. Butterfield;
Prigogine, I. (1993). Tan solo una ilusion?: una exploración del caos al orden. Barcelona,
Tusquets
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