Ação de Dissolução Parcial de Sociedade - Petição

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA_____ VARA CÍVEL DA

COMARCA DE BOA BISTA/RR.

Luís, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador RG nº____, inscrito no


CPF/MF sob nº ____, (domiciliado no endereço), (cidade), (estado), e Normandia,
(nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador RG nº____, inscrito no CPF/MF sob
nº ____, (domiciliado no endereço), (cidade), (estado), vem respeitosamente, perante
Vossa Excelência com fundamento no art. 599, III, do Código de Processo Civil, propor

AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE

em face de Uiramutã Consultores Ambientais, Sociedade Simples, Pessoa Jurídica


de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o nº______, com sede no endereço_,
devidamente representada pela figura de seus sócios: Iracema, ______________,
portadora da CI/RG nº______, inscrita no CPF/MF sob nº ______, (domiciliada no
endereço), (cidade), (estado); João,_______, portador do /RG nº ____ e inscrito no
CPF/MF sob nº ___, no endereço), (cidade), (estado), Bonfim, ______, portador do RG
nº___ e inscrito no CPF/MF sob nº ____ (domiciliado no endereço), (cidade), (estado);
e Elena, _________, portadora do RG nº____, inscrito no CPF/MF sob nº ______
domiciliado no endereço), (cidade), (estado); pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos

I - DOS FATOS

A referida Ré Uiramutã Consultores Ambientais, foi estabelecida em 2005, por prazo


indeterminado, e tem seu contrato arquivado no endereço da sua sede no Registro Civil
de Pessoas Jurídicas da Comarca de Boa Vista/RR.

A administradora da sociedade é a sócia Iracema. Cada sócio é titular de quotas


representativas de 20% (vinte por cento) do capital, exceto os sócios Luís e Bonfim, que
possuem, cada um, quotas representativas de 10% (dez por cento) do capital.
No ano de 2019, os sócios, Luís e Normandia e os demais começaram a se
desentender, principalmente com administradora Iracema, sendo ela a responsável na
prestação de contas e embaraço na apresentação do balanço patrimonial.

Foi em 12/2019, que os autores da ação decidiram se retirar da sociedade, pela


situação ter se tornando insustentável, assim , notificaram os demais sócios do
exercício de seu direito potestativo com a antecedência prevista na lei, realizando-se,
nos trinta dias seguintes, a averbação da resolução da sociedade no registro próprio.

Até a presente data, a sociedade não cumpriu com a apuração de haveres,


argumentando que tal providência demanda alteração contratual para fixar o critério de
liquidação das quotas dos ex-sócios, ausente esse critério no contrato no momento da
retirada.

II - DO DIREITO

O artigo 1.031 do Código Civil assim dispõe:

“Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um


sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente
realizado, liquidar- -á, salvo disposição contratual se em contrário, com
base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução,
verificada em balanço especialmente levantado.
§ 1º O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os
demais sócios suprirem o valor da quota.
§ 2º A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias,
a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em
contrário.”

Deste modo, conforme fundamentado no no Art. 1.031, caput, do Código Civil, é


assegurado a referida medida de justiça citada. Os autores como ex-sócios tem direito
apuração de haveres em razão da resolução da sociedade com no Art. 1.031, caput, do
Código Civil.

Existe também, a situação que os autores tentou por vezes proceder com a
regularização da dissolução de forma austera e com o intuito de dar maior celeridade
ao tramite interno, mas houve inércia da sociedade na apuração de haveres e
apresentação de seu resultado.

Por isso, é necessário ressaltar que a necessidade de alteração do contrato social


apontada pela sociedade a fim de fixar critério para apuração de haveres é
completamente um ato de
de má-fé dos representados, que tentam realizar inovação jurídica por meio de artifícios
não embasados nas normas que regem o Direito brasileiro, devendo estes, serem
considerados improcedentes.

Por fim, diante da omissão do contrato social, na apuração deve considerar o valor
patrimonial das quotas apurado em balanço de determinação ou balanço especial a ser
realizado, de modo que, a situação da sociedade à data da resolução com base no Art.
606 do CPC;

III - DO PEDIDO

Diante do exposto, requer:

A) A citação da sociedade e dos sócios, no prazo de 15 (quinze) dias, para concordar


com o pedido ou apresentar contestação, com base no Art. 601 do CPC;
B) A Procedência do pedido para determinar a apuração de haveres dos sócios Luís e
Normandia, com base no Art. 599, inciso III, do CPC;

C) A fixação da data da resolução da sociedade, com fundamento no Art. 605, II do


CPC;

D) A definição do critério de apuração dos haveres;

E) A nomeação de perito;

F) A realização da audiência de conciliação e mediação;

G) O pagamento em dinheiro das quotas liquidadas, em noventa dias, a partir da


liquidação, com correção monetária dos valores apurados e juros legais, em
conformidade com o Art. 608, parágrafo único e com o Art. 609, ambos do CPC;

H) A juntada do Contrato social da Sociedade Simples;

I)Protesto provar o alegado por todos os meios de prova em Direitos admitidos.

Atribui-se à causa o valor de R$ .....

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

Local, data
Advogado/OAB

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