Curriculo Educacao Basica Sistema Municipal Ensino
Curriculo Educacao Basica Sistema Municipal Ensino
Curriculo Educacao Basica Sistema Municipal Ensino
CURRÍCULO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
DO SISTEMA MUNICIPAL
DE ENSINO DE BLUMENAU
Blumenau, 2021
© Copyright 2021. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SEMED.
B658c
Blumenau (SC). Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação.
Currículo da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino de Blumenau / Blumenau
(SC). Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação. - 1. ed. - Blumenau: SEMED,
2021.
440 p. : il.
Inclui bibliografias.
ISBN: 978-65-993590-0-2.
CDD 372.2
EXPEDIENTE
Mário Hildebrandt
Prefeito de Blumenau
Patricia Lueders
Secretária Municipal de Educação
Adriano da Cunha
Diretor Administrativo Financeiro
Coordenação Geral
Profa. Ma. Maria Luiza Oliveira – SEMED
Profa. Ma. Angela Maria Simão Hoemke – SEMED
Assessoria Pedagógica
Profa. Dra. Cássia Ferri – FURB
Prof. Dr. Edson Schroeder – FURB
Patricia Lueders
Secretária Municipal de Educação
PREFÁCIO
Vigotski argumentou que o desenvolvimento humano surge na relação sujeito ↔ mundo, em contextos
da atividade, com a manifestação da consciência, por conseguinte, uma condição imperativa para o
que entendemos como formação humana. Entre as suas premissas teóricas, é possível identificar, a
título de exemplo, três que dizem respeito à própria forma como o documento foi pensado e proposto
para o Sistema:
a) A constituição do estudante em sua humanidade requer que ele se aproprie dos instrumentos
culturais, internalizando-os, ou seja, fazendo com que se tornem meios de sua própria atividade.
b) O processo de apropriação implica uma complexa atividade da consciência humana e que
diz respeito à generalização e à formação de conceitos, de modo a suplantar os limites da
experiência sensorial imediata.
c) O entendimento vigotskiano de formação humana como “caminho para a liberdade”.
Finalizo externando um sentimento de profunda gratidão e o meu compromisso em partilhar
grande parte das minhas experiências historicamente constituídas como pessoa e como professor.
E o desejo sincero de que o presente documento seja, antes de tudo, uma inspiração para todas as
professoras, professores e demais profissionais que, nos seus cotidianos e com coragem, fazem uma
história da educação no município de Blumenau.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 13
1 O termo “estudante”, neste documento, pode se refererir às crianças, aos adolescentes, aos jovens e aos adultos.
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De acordo com Vigotski (1991), o momento mais importante no curso do desenvolvimento inte-
lectual ocorre quando a linguagem e a atividade prática estão intimamente relacionadas, convergindo
entre si, embora sejam duas linhas completamente independentes de desenvolvimento. Essa confluên-
cia “dá origem às formas puramente humanas de inteligência prática e abstrata” (VIGOTSKI,1991, p. 27).
Não podemos deixar de enfatizar que a linguagem se torna um importante signo mediador entre
os sujeitos e a cultura. Rego (1995, p. 41) adentra as ideias de Vigotski, salientando que:
A análise psicológica deve ser capaz de conservar as características básicas dos proces-
sos psicológicos, exclusivamente humanos. Este princípio está baseado na ideia de que
os processos psicológicos complexos se diferenciam dos mecanismos mais elementares
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e não podem, portanto, ser reduzidos à cadeia de reflexos. Estes modos de funciona-
mento psicológicos mais sofisticados, que se desenvolvem num processo histórico, po-
dem ser explicados e descritos. Assim, ao abordar a consciência humana como produto
da história social, aponta na direção da necessidade do estudo das mudanças que ocor-
rem no desenvolvimento mental a partir do contexto social.
Dessa forma, os postulados vigotskianos fornecem elementos importantes para a educação que
objetivamos: uma instituição de ensino que possa dialogar com saberes de acordo com as realidades
locais, na qual todos os sujeitos envolvidos possam exercer liberdade de expressão, refletir e dialogar
sobre o seu próprio processo de construção do conhecimento a partir dos saberes necessários para o
seu desenvolvimento intelectual, social e afetivo. E que possam, por meio do conhecimento, eman-
cipar-se como cidadãos éticos. Nesses termos, a instituição de ensino possui uma grande responsa-
bilidade, que é a de viabilizar o processo da aprendizagem e desenvolvimento do sujeito, a partir das
histórias humanas que caracterizam o que concebemos como cultura, numa íntima relação com sua
própria história.
Por sua vez, muitos pesquisadores, em diferentes épocas e contextos, também se dedicaram
a conhecer e aprofundar a teoria Histórico-Cultural, procurando compreendê-la a partir de contextos
educacionais específicos, de forma a adequá-la às características do processo de aprender e se desen-
volver, como resultantes da Atividade de Estudo. Dentre tais pesquisadores, evidenciamos Davidov2,
que desenvolveu, posteriormente, a Teoria do Ensino Desenvolvimental, destacando dois conceitos
teóricos que nos possibilitam abranger a prática educativa e suas características determinantes: a Ati-
vidade de Ensino e a Atividade de Estudo e sua relação com o pensamento teórico-científico. Davidov
centra seu pensamento teórico sobre os conteúdos escolares e o processo de apropriação, pelos sujei-
tos, dos conceitos científicos e da formação do pensamento teórico. Nesse sentido, segundo Davidov,
nas palavras de Meirieu (1998, p. 41), faz-se necessário
que o professor domine o “conhecível”, que explore, em todos os sentidos, os conhe-
cimentos que deve fazer com que sejam adquiridos, que compreenda suas gêneses e
suas lógicas, que examine todos os recursos que elas oferecem e que busque, sobretu-
do, todas as abordagens, todos os caminhos que lhe permitam ter êxito.
1.2 EDUCAÇÃO
Conforme Vigotski (2001) já havia mencionado, educar é um processo de organização da vida;
portanto, a educação humana é uma revolução que Vigotski (1991) define como qualitativa, uma vez
que desenvolve e transforma as capacidades psíquicas do ser humano (como pensar, criar, sentir, falar,
perceber, lembrar, convencer, emocionar-se, expressar-se etc.). Isso acontece, sobretudo, por meio da
linguagem (de todos os tipos de linguagem) e da natureza das relações sociais entre sujeitos.
A educação básica está alicerçada nessa relação com o conhecimento, priorizando os processos
de inclusão dos sujeitos, de modo que, ao pensar, agir e refletir os significados das instituições de en-
2 Vasili Vasilievich Davidov (1930-1998) foi um psicólogo russo profundamente influenciado pela perspectiva teórica proposta por Lev
Semionovich Vigotski, aprofundando seus estudos a respeito da Atividade de Estudo como possibilidade para o desenvolvimento do
pensamento teórico pelos estudantes. Sua formulação teórica é conhecida como a Teoria do Ensino Desenvolvimental.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 19
1.4 APRENDIZAGEM
Entendemos que a aprendizagem, para a criança, o adolescente e o adulto, acontece por meio
do processo reflexivo, da construção de sentidos a partir dos significados historicamente construídos.
O professor atua na relação entre os sujeitos e o mundo e, para isso, organiza propostas pedagógicas
intencionalmente planejadas de forma a modificar, alterar, constituir, enfatizar e transformar a relação
sujeito-mundo via linguagem, e isso se dá na relação entre a Atividade de Ensino e a Atividade de Estudo.
Desde que nasce, a criança interage com outros seres humanos e com os objetos do mundo, e
por meio dessas interações aprende e se desenvolve. Na perspectiva Histórico-Cultural, as interações
estabelecidas entre os sujeitos têm um papel fundamental na sua aprendizagem e desenvolvimento.
Para a criança, as interações e brincadeiras são eixos estruturantes e permeiam as práticas pedagógi-
cas. O professor, como sujeito mais experiente, é o elemento mediador que intencionalmente planeja,
propõe e organiza tempos, espaços e objetos que favoreçam as relações sociais nas instituições de
ensino. O trabalho pedagógico realizado nos espaços de aprendizagem se constitui de ações intencio-
nalmente planejadas, constantemente registradas e avaliadas, considerando o protagonismo de cada
sujeito.
O planejamento dos contextos de aprendizagem é potencializado quando os conhecimentos co-
tidianos e os sentidos a eles associados são considerados para a aprendizagem do conhecimento cien-
tífico, formal. Essa questão relacionada ao funcionamento psicológico do sujeito necessita ser levada
em consideração pelo professor no planejamento da sua atividade de ensino, que considera, também,
as estratégias mais adequadas que mobilizam a construção de conceitos científicos. Entendemos, aqui,
inspirados em Davidov (1986), que uma Atividade de Estudo é um percurso histórico desenvolvimental
organizado em ações mentais e operações decorrentes a partir da necessidade posta – a de aprender
os conhecimentos científicos. Para Davidov, a Atividade de Estudo gera zonas de desenvolvimento que
possibilitam que os sujeitos não somente se apropriem dos conhecimentos, mas transformem-nos em
atividade pessoal nas suas relações com o mundo e consigo mesmos.
Nesse sentido, caberá ao professor, a partir dos conhecimentos cotidianos dos sujeitos, sele-
cionar os contextos que ampliem interações com a linguagem. A sala de aula e os demais espaços das
instituições de ensino são locais de atividade intelectual (VIGOTSKI, 1988) que possibilitam a elabora-
ção e o fortalecimento de experiências para a ressignificação dos saberes com vistas ao enfrentamento
de desafios.
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O processo de ensino deve ser pensado criteriosamente pelo professor, objetivando o desen-
volvimento, a partir da aprendizagem (SCHROEDER, 2018). É preciso que o sujeito seja conduzido pelo
professor, de forma consciente, a pensar teoricamente. O pensamento teórico diz respeito à apropria-
ção do repertório cultural e linguístico pelo sujeito, um aspecto relacionado ao funcionamento psico-
lógico com consequências sobre o desenvolvimento de duas importantes neoformações: a tomada de
consciência e a arbitrariedade (VIGOTSKI, 2001).
Além de compreender como crianças, adolescentes, jovens e adultos aprendem, o professor
necessita ter o domínio conceitual de sua área de atuação específica, bem como dos procedimentos
metodológicos e avaliativos que utiliza. Ao planejar aulas, o professor também precisa compreender
por que é imperativo que o sujeito aprenda conceitos/conteúdos, e quais são as estratégias mais
adequadas para o alcance dos objetivos propostos. Além disso, os processos avaliativos que efeti-
vamente revelem os níveis de aprendizagem e desenvolvimento alcançados pelos sujeitos precisam
estar claros para o professor. É importante esclarecer, ainda, que o sujeito necessita ter consciência
da Atividade de Ensino proposta. Ou seja, compreende-se, assim, uma relação necessária que se
estabelece entre as Atividades de Ensino e as Atividades de Estudo com vistas à aprendizagem e ao
desenvolvimento.
Nesse sentido, assim como a avaliação, que deve apresentar ao sujeito critérios claros do que
está sendo avaliado, o planejamento é uma ação fundamental na organização de uma Atividade de
Ensino da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Por isso, planejar/replanejar e avaliar são ações
que necessitam estar presentes na prática diária de trabalho do professor. A partir do planejamento,
o professor organiza os significados trabalhados advindos da cultura, atuando sobre os sentidos que o
sujeito elabora sobre o que está sendo aprendido. O aprofundamento dos conceitos e a importância
dos temas abordados precisam estar contemplados no planejamento do professor. O objetivo é diver-
sificar as formas de explicar/experienciar o mesmo assunto, ampliando os campos de compreensão e
exploração.
Importante dizer que a criação de vínculos afetivos entre o professor e os sujeitos pode con-
duzi-los a uma importante etapa da Atividade de Estudo: a elucidação de uma necessidade – uma
atividade parte de uma necessidade. A afetividade relaciona-se, sobretudo, aos contextos históricos e
culturais dos sujeitos, pois por meio desses contextos se pode compreender melhor os sentidos elabo-
rados pelos sujeitos por intermédio de uma Atividade de Estudo. A afetividade que emerge da relação
professor ↔ sujeito exerce significativas contribuições no que diz respeito à aprendizagem, ou seja, a
transformação de um conhecimento em si em um conhecimento para si, do ponto de vista do sujeito,
um conhecimento que tenha valor cultural para o sujeito (SCHROEDER, 2018). A afetividade, portanto,
é condição imperativa para a compreensão de que o conhecimento é fundamental para a aprendiza-
gem e o desenvolvimento do sujeito na sua relação com o mundo e consigo mesmo.
O professor, preocupado e consciente do seu papel formativo no contexto social, frente aos
desafios da educação, é um estudioso. Pesquisa, reflete, analisa, busca os caminhos para alcançar seus
objetivos materializados em sua Atividade de Ensino. Por isso, a formação continuada do professor
é considerada uma construção da profissionalização docente, e não uma lacuna a ser preenchida na
formação.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 21
A opção pela teoria Histórico-Cultural como suporte teórico central de toda a proposta vem
ao encontro dos anseios de todos os profissionais que atuam na Educação Infantil e no Ensino Fun-
damental no sentido de tornar suas atividades em atividades atuantes. Por que não dizer atividades
consistentes, no que diz respeito ao que os profissionais objetivam alcançar e o que é necessário e
possível fazer: a educação como compromisso pessoal e coletivo em busca da formação humana, via
apropriação da cultura que se caracterizou, exatamente, pelas distintas formas como construímos e
ainda estamos construindo a nossa humanidade. Ou seja, apresentar às nossas crianças, adolescentes
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e adultos distintas narrativas de humanização, ou, se preferirem, distintas linguagens, cientes de que,
em alguma medida, os estudantes podem participar como protagonistas mais importantes na edifica-
ção dessas narrativas. Ou, como diria Vigotski, de forma inspiradora: “educar é organizar a vida”. Nessa
aventura humana que caracterizou e ainda caracteriza a nossa relação com o mundo, bem como no
incansável desejo de compreendê-lo, transformamos as nossas experiências em códigos/narrativas,
que apresentamos às crianças e demais estudantes para, de alguma maneira, transformarmos parte
dessas histórias humanas em histórias de cada um.
Os conhecimentos elaborados pelo estudante devem constituir-se em uma compreensão cla-
ra e ampla do mundo e de sua vida. Seu percurso formativo necessita estar subordinado à ideia de
humanização do conhecimento escolar, bem como à formação da consciência de si mesmo e autode-
terminação da sua personalidade. A principal tarefa do percurso formativo é criar condições para o
desenvolvimento do pensamento independente e criativo das crianças e dos estudantes. E isso ocorre
à medida que os professores os acompanham com clareza de objetivos e de resultados a serem obti-
dos. Este processo se baseia, sobretudo, na confiança, ou seja, “aquele que forma” e “aquele que se
forma” necessitam ter objetivos únicos. O desafio mais importante encontra-se na compreensão das
condições de coincidência do trabalho de ambos, além dos aspectos que originam obstáculos a essas
condições.
Desse modo, inspirados na perspectiva Histórico-Cultural, sugerimos um conjunto de princípios
formativos que podem mobilizar os profissionais da Educação Básica em torno da educação das suas
crianças, adolescentes e adultos:
• As Atividades (de Ensino e de Estudo) que acontecem em Centros de Educação Infantil e nas
Escolas necessitam ter um caráter voltado para a criação, e não para a reprodução.
• O fazer pedagógico, nos Centros de Educação Infantil e nas Escolas, baseia-se no princípio da
coletividade, ou seja, crianças e estudantes são orientados no desenvolvimento de relações de
reciprocidade. Isso conduz a um aprimoramento pessoal de todos os participantes.
• O aprendizado sempre será um desafio. E os desafios geram a capacidade de pensamento e são
importantes pontos de partida para o desenvolvimento daqueles que estudam.
• As crianças e os estudantes precisam estar conscientes da necessidade de conhecer. Nestes
termos, os professores assumem uma função imperativa – são os responsáveis na condução das
crianças e dos estudantes para agirem sobre fatores sociais e históricos, bem como sofrerem
a ação destes. Ou seja, em sala de aula, os conhecimentos não são apresentados na forma
de resultados e soluções, mas, sobretudo, como possibilidades para o desenvolvimento do
processo autoral. Portanto, a sala de aula sempre poderá apresentar um caráter profundamente
criativo.
Diante dos imensos desafios relacionados aos aspectos formativos dos professores, sobretudo
aqueles relacionados às necessidades educativas das crianças e dos estudantes, podemos afirmar que
nossas salas de aula permanecem como um dos mais importantes espaços onde a mediação cultural
acontece. Trata-se de um tipo específico de mediação a que nos referimos como ensino, compreendi-
do como prática cultural consciente, organizado e centrado nos significados culturais que concebemos
como conhecimento.
A atividade dos professores, portanto, distingue-se das demais atividades humanas por se tra-
tar de encontros com crianças, adolescentes e adultos em torno de dois movimentos que a caracte-
rizam como atividade: a aprendizagem e o desenvolvimento com vistas à formação humana. E isso
acontece conforme os professores, cientes da força dessa atividade, dedicam-se ao ensino como forma
de prover suas crianças e seus estudantes dos conhecimentos culturais, o que significa dizer que agem
diretamente sobre os seus desenvolvimentos, do ponto de vista da formação do pensamento, e isso
ocorre à medida que as crianças e os estudantes estão conscientes da necessidade de se apropriarem
do repertório cultural humano.
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Entretanto, sabemos que essa apropriação se dá, efetivamente, a partir do protagonismo das
crianças e dos estudantes em tarefas exploratórias que, por sua vez, implicam a conscientização, a for-
mulação e o trânsito em um campo semântico de significados. O que pretendemos, como professores,
é que nossas crianças e estudantes atuem na relação criança/estudante ↔ mundo com conhecimen-
to, criatividade e autonomia. Ou seja, que aquilo que aprendem na escola incida sobre a vida social,
política, profissional e cultural de cada um.
Importante dizer que, ao abordarmos o percurso formativo dos professores, faz-se imperioso
referir três dimensões (também formativas) e que caracterizam seus projetos educativos: o domínio
conceitual (o conhecimento do conhecimento, ou a dimensão conceitual da Atividade de Ensino); o
domínio dos recursos e estratégias que promovem a aprendizagem (o conhecimento didático, ou a
dimensão didática); e, principalmente, o conhecimento das crianças e dos estudantes no que se refere
às suas características psicológicas e sociais, ou seja, como indivíduos que têm modos de pensar e per-
ceber o mundo, interesses e necessidades (o conhecimento psicológico ou, a dimensão psicológica).
Os processos de significação se encontram relacionados à tríade que distingue a Atividade de Ensino:
por um lado, o professor, que planeja, determina, coordena a sua atividade, e, por outro, as crianças e
os estudantes, que se transformam em protagonistas de um movimento que denominamos Atividade
de Estudo. Entre os dois movimentos, situa-se o repertório cultural humano – os conhecimentos que,
conforme vão sendo apropriados, constituem-se também como histórias de cada criança, adolescente
e adulto.
Dessa forma, consideramos imprescindível evidenciar a função que os professores adquirem
no desenvolvimento das suas Atividades de Ensino, como reguladores da atividade, organizando e
intervindo na relação criança/estudante ↔ mundo, mediada pelos conhecimentos. Transcorre daí a
necessidade de os professores desenvolverem um entendimento de ação mediada, ou seja, de como
as atividades humanas lidam com os seus símbolos/signos, posta nos termos de como as distintas
linguagens ensinadas em nossas salas de aula se transformam em pensamento por parte das crianças
e dos estudantes. Desse modo, apresentamos, na forma de sínteses, quatro planos de atenção que
dizem respeito ao percurso formativo dos professores:
1. Atenção aos recursos de ensino e à ação mediada: neste plano, chamamos a atenção para as
conexões materiais (os recursos de ensino mais adequados) entre as crianças e os estudantes,
de um lado, e os contextos histórico-culturais (na forma de conhecimentos), do outro. A ação
mediada trata-se das formas de acesso das crianças e dos estudantes aos conhecimentos e
seus contextos, que não são diretas, mas mediadas simbolicamente.
2. Atenção ao grau de abstração e às relações de generalidade: trata-se da atenção pertinente
aos conhecimentos envolvidos nos processos de aprender, entendendo-os como instrumentos
culturais orientadores das ações das crianças e dos estudantes em suas interlocuções consigo
mesmos e com o mundo. São construídos na relação criança/estudante ↔ mundo em contextos
que lhes atribuem significados. As relações de generalidade dizem respeito aos conceitos e à
elaboração de um campo de significados, ou seja, aprender – um aspecto que provoca intensa
atividade intelectual por parte das crianças e dos estudantes envolvidos em suas atividades de
estudo.
3. Atenção à participação orientada: neste plano, chamamos a atenção aos processos interativos
que acontecem entre as crianças, os estudantes e os professores e também entre as crianças/
estudantes. Nas instituições de ensino, os objetivos giram em torno da comunicação e
coordenação de esforços de natureza cultural. Trata-se do plano das relações interpessoais,
suscitadas pela Atividade de Ensino, que são complexas e crescentes.
4. Atenção à emergência de espaços comunicativos: neste plano, atentamos à aprendizagem como
atividade social baseada na comunicação, concretizada em diferentes formas, como por meio
de desenhos, textos escritos e diálogos entre os participantes, promovendo o intercâmbio de
ideias. Entendemos que a socialização dos resultados da atividade de estudo é imperiosa; logo
se transforma em uma necessidade por parte dos professores e seus estudantes a divulgação
para outros contextos além da sala de aula. As tecnologias da informação e comunicação
transformam-se em possibilidades acessíveis e rápidas para os processos de socialização dos
resultados alcançados pelas crianças e pelos estudantes na forma de produtos finais de uma
atividade.
24 S E M E D
Destacamos, ainda, que as crianças e os estudantes necessitam ser orientados para o que de-
nominamos conhecimento produtivo, e não reprodutivo. Em outros termos, na sala de aula e demais
espaços de aprendizagens entendidos como espaços de mediação cultural, os conhecimentos esco-
lares não são apresentados às crianças e aos estudantes apenas na forma de resultados e respostas,
mas, sobretudo, como possibilidades autorais. Nesse sentido, entendemos que a Atividade de Ensino
se afasta de uma condição rotineira e reprodutora e aproxima-se de uma condição que privilegia a
criatividade e a inovação.
(PINTO, 2016, p. 16). Desse modo, “o ato de avaliar implica dois processos articulados e indissociáveis:
diagnosticar e decidir. Não é possível uma decisão sem um diagnóstico, e um diagnóstico, sem uma
decisão é um processo abortado” (LUCKESI, 2000, p. 7).
Para que se possa tomar as decisões mais acertadas, faz-se necessário que o professor colha
dados pontuais que possibilitem identificar a situação real de aprendizagem na qual a criança e o
estudante se encontram. Para tanto, é basilar que o professor tenha clareza do que se quer saber, de
quais instrumentos favorecem esse diagnóstico de aprendizagem e de como serão utilizados esses ins-
trumentos (LUCKESI, 2000). Luckesi (2000, p. 6) esclarece que a “avaliação da aprendizagem, por ser
avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva”; é uma avaliação que “inclui, traz para dentro”.
Por isso, o ato avaliativo se dá em prol do alcance dos melhores resultados possíveis, o que para
o autor significa “a possibilidade de tomar uma situação da forma como se apresenta, seja ela satisfa-
tória ou insatisfatória” (LUCKESI, 2000, p. 6) e tomá-la como “ponto de partida” para o ato pedagógico
a partir da compreensão, análise dos dados coletados. Nesse sentido, ao
se planejar a avaliação do processo de ensino, é necessário apresentar uma nova si-
tuação singular, concreta, para que o estudante possa analisá-la com base no conceito
estudado. A avaliação não está centrada na definição verbal, mas na sua capacidade
de uso do conteúdo como mediador na explicação de novos objetos e fenômenos da
realidade objetiva (SFORNI, 2017, p. 94).
O ato de ensinar, na perspectiva aqui apresentada, “requer que se esteja aberto para lidar com
a complexidade da atividade de ensino, com a singularidade própria de cada turma, de cada contexto”
(SFORNI, 2017, p. 95). A avaliação é compreendida como balizadora das decisões pedagógicas, tendo
em vista que “só se completa com a possibilidade de indicar caminhos mais adequados e mais satisfa-
tórios para uma ação, que está em curso. O ato de avaliar implica a busca do melhor e mais satisfatório
estado daquilo que está sendo avaliado” (LUCKESI, 2000, p. 11).
Avaliar, sob a perspectiva da teoria Histórico-Cultural, implica compreender as condições ob-
jetivas de aprendizagem de cada criança e estudante, os seus conceitos espontâneos e os conceitos
científicos consolidados por meio da mediação do professor e do caráter ativo desse sujeito da apren-
dizagem. Os “conceitos são, portanto, mediadores entre o concreto imediato (ponto de partida) e o
concreto pensado (ponto de chegada)” (SFORNI, 2017, p. 86).
O planejamento, o ato pedagógico (a aula) e a avaliação estão imbricados no mesmo processo
de ensinar e de aprender, uma vez que o professor, conhecendo as aprendizagens que a criança/es-
tudante domina, organiza os saberes a serem aprofundados e desenvolvidos. Esse planejamento, que
parte do diagnóstico pontual de aprendizagens, considera as
vivências dos estudantes, o que inclui a periodização e a situação social de desenvol-
vimento em que se encontram, de modo a encontrar elementos que possam conectar
o conteúdo novo a ser ensinado com as experiências já vivenciadas pelos estudantes
(SFORNI, 2017, p. 92).
O professor tem como ponto de partida a “avaliação do nível de desenvolvimento atual e pre-
visão do nível de desenvolvimento esperado – análise do sujeito da aprendizagem” (SFORNI, 2017, p.
93). Nesse sentido, como ressalta Luckesi (2000, p. 9), os “dados coletados para a prática da avaliação
da aprendizagem não podem ser quaisquer. Deverão ser coletados os dados essenciais para avaliar
aquilo que estamos pretendendo avaliar”. Isso implica, por parte do professor, a sistematização de um
planejamento intencional, “produzido de forma consciente e qualitativamente satisfatória, tanto do
ponto de vista científico como do ponto de vista político-pedagógico” (LUCKESI, 2000, p. 9).
A avaliação do processo educativo na perspectiva Histórico-Cultural reflete questões importan-
tes e pertinentes ao percurso formativo. Vigotski (1998) afirma que, entre o homem e o mundo, não
há uma relação direta, e sim de mediações por instrumentos e signos. O processo educativo envolve
as relações entre professores, crianças, adolescentes, jovens e adultos, por isso a avaliação é um ato
que permeia os fazeres pedagógicos e possibilita a mediação da aprendizagem e do desenvolvimento
humano.
A avaliação do processo educativo permeia os tempos, os espaços e as relações entre os sujei-
tos, não de uma maneira passiva, mas em constante diálogo e reflexão. A dinâmica desse movimento
avaliativo requer dos profissionais da educação a responsabilidade e o compromisso em acompanhar,
26 S E M E D
orientar, buscar caminhos alternativos, percebendo e valorizando a maneira como cada um dos sujei-
tos aprende e se desenvolve, respeitadas as singularidades.
Aliadas à dinâmica avaliativa, as diferentes maneiras de o professor registrar a trajetória com-
posta de acontecimentos, ações, experiências, pesquisas, explorações, dúvidas, questionamentos fa-
vorecem o conhecimento do processo para o planejamento e a retomada das ações pedagógicas e
intencionais.
É importante destacar que a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/1996, artigo 31, inciso I, prevê
que, na primeira etapa da �ducação �ásica, a Educação Infantil, “a avaliação far-se-á mediante o acom-
panhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso
ao �nsino Fundamental” (BRASIL, 1996).
Na Educação Infantil, a avaliação é realizada por meio do processo de observação, registro e
acompanhamento sistemático do percurso formativo da criança, tomando em conta o planejamento
pedagógico e a própria criança em suas vivências, suas experiências, seus avanços e seus desafios,
utilizando-se como instrumento o Parecer Descritivo.
O Parecer Descritivo possibilita ao professor a materialização avaliativa de todo o processo que
envolve o trabalho pedagógico da aprendizagem e do desenvolvimento da criança, de modo que se
perceba sua individualidade, suas expressões e as reflexões acerca desse processo.
É necessário que as equipes gestoras (direção e coordenação pedagógica) apoiem e acompa-
nhem os professores em suas registros escritos, orientando-os para que expressem nesse documento
a aprendizagem e o desenvolvimento da criança, superando os pareceres descritivos superficiais e
comportamentalistas. A avaliação é um processo, e não um produto. A partir dela, se descrevem os
processos pelos quais as crianças passam e ampliam seus conhecimentos, que vivenciam, experimen-
tam, sobre os quais conversam (KRAMER, 2009).
No �nsino �undamental, a avaliação está explicitada na Instrução Normativa SEMED nº 1, de
28 de março de 2017 (BLUMENAU, 2017), que orienta os processos de avaliação e de registro formal
acerca do desenvolvimento da aprendizagem de cada estudante. Em seu artigo 3º, afirma que a ava-
liação deve refletir o desenvolvimento do sujeito e considerar a individualidade no conjunto dos com-
ponentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Também orienta para a escolha de instrumentos de avaliação que respondam aos objetivos de apren-
dizagem e desenvolvimento dos objetos de conhecimento avaliados, assim como para a exposição de
critérios utilizados em cada um dos instrumentos avaliativos.
A avaliação, nessa perspectiva teórica, é um processo contínuo, é parte integrante do proces-
so de ensinar e de aprender, uma vez que não tem fim em si mesma, está a serviço do diagnóstico
de aprendizagem dos estudantes para posterior tomada de decisão do professor sobre o que, como
e quando ensinar. Está a serviço de orientar o professor e o estudante acerca de quais objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento foram alcançados e, a partir disso, de quais são os encaminhamen-
tos subsequentes.
O ato de avaliar sustentado na teoria de Vigotski, que compreende o sujeito histórico, cultural
e socialmente constituído, tem na avaliação da aprendizagem a sua ancoragem, “baseada na relação
dialética entre o indivíduo e a sociedade, em que o homem transforma o seu meio e ao mesmo tempo
transforma-se a si mesmo” (PINTO, 2016, p. 17).
Para reiterar o dito até este momento, são pertinentes as ideias de Pinto (2016, p. 60) ao expli-
citar que
a avaliação, sem dúvida, tem um importante papel no processo ensino aprendizagem,
pois, quando adotada segundo os princípios pedagógicos da pedagogia Histórico-cul-
tural, oportuniza a identificação do processo de aprendizagem do aluno, propiciando o
replanejamento do percurso para o avanço de seu desenvolvimento intelectual.
Dessa forma, a avaliação é entendida como basilar ao professor para que a partir dela se de-
sencadeie o ato pedagógico com vistas à apropriação do conhecimento científico. Trata-se de uma
avaliação com função mediadora, voltada à construção do conhecimento social e historicamente cons-
tituído, portanto sustentada na situação de aprendizagem atual da criança e do estudante, pois, como
reflete Pinto (2016, p. 120), na “perspectiva do sujeito histórico-cultural, mostrar o que sabe ou o que
não sabe é pertinente, faz parte do crescimento e não da exclusão".
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 27
Por isso, a compreensão de avaliação como apontamento de caminhos a serem trilhados, e não
como um ato finalístico, é fundamental ao se trabalhar nessa perspectiva teórica. A avaliação contribui
com a atuação profissional do professor e com a atuação ativa das crianças e dos estudantes nos espa-
ços educacionais. Isso se deve ao fato de se considerar as singularidades dos sujeitos histórico-cultu-
rais envolvidos no ato de ensinar e o aprender como a chave para desencadear, a partir da avaliação, o
quê, o quando e o como ensinar.
REFERÊNCIAS
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VIGOTSKI, Lev. Semionovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
-2-
ETAPAS, MODALIDADES
E
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DE ENSINO
A palavra “currículo”, do ponto de vista etimológico, tem sua origem no latim curriculum
e significa “caminho, jornada, trajetória, percurso a seguir e encerra, por isso, duas ideias principais:
uma de sequência ordenada, outra de noção de totalidade de estudos” (PACHECO, 2006, p. 15-16).
Silva (2017) esclarece que o currículo possui identidade e subjetividade, pois, a partir das concepções
de ser humano, educação e sociedade, perpassa pelo que somos e nos tornamos e direciona o nosso
olhar para conceber o mundo, a realidade. Assim, iniciar o diálogo sobre este tema implica afirmar que
a teoria Histórico-Cultural, com base nas contribuições de Vigotski (2001), Davidov ([1986]) e Leontiev
(2004), tem sido a que mais se aproxima das concepções assumidas para o currículo proposto para o
Sistema Municipal de Ensino de Blumenau, pois apresenta um conjunto de ideias que permite com-
preender o ato pedagógico.
Nessa perspectiva, entendemos os estudantes como sujeitos históricos de direitos, que apren-
dem e se desenvolvem na mediação entre pares e com as pessoas mais experientes. Para a Educação
Infantil, primeira etapa da �ducação �ásica, concebemos o currículo como conjunto de práticas sociais
e linguagens promotoras de aprendizagens e desenvolvimento a serem experienciadas por crianças na
vida coletiva, imersas em diferentes culturas, na consideração e respeito às singularidades e especifici-
dades das idades. Além disso, entendemos que o cuidar e educar devem estar presentes ao longo do
percurso formativo do estudante. Conforme apresentado no �tem 2.1 deste documento, é necessário
considerar os princípios éticos, políticos e estéticos, pois fundamentam as escolhas de todo o repertó-
rio cultural, científico, artístico, tecnológico e ambiental de que dispomos neste tempo histórico e os
aspectos relevantes direcionados às gerações mais novas e por elas apropriados. Em se tratando da
segunda etapa da Educação Básica, o Ensino Fundamental, as compreensões sobre o sujeito, o ensino
e a aprendizagem não são diferentes, uma vez que teoria, conhecimentos eleitos para compor o currí-
culo e ato pedagógico estão imbricados à realidade objetiva e contextual de cada espaço de ensino e
de aprendizagem. Isso porque, para além dos espaços das Instituições de �nsino, os sujeitos, em suas
vivências institucionalizadas ou familiares, interagem social e culturalmente. Essas experiências não
estão desvinculadas das situações de aprendizagem e do conhecimento historicamente constituído,
por isso é preciso conhecer as condições objetivas em que se dá o processo do ensino e da aprendiza-
gem para que se possa cumprir com o que compete à instituição de ensino formal.
O aprender e o ensinar se dão pelas relações e mediações entre professor e estudante, nas
quais se asseguram espaços para perguntas, questionamentos, contribuições e assunção de posição
discursiva-argumentativa. Dessa forma, o que possibilita aos estudantes a elaboração de conhecimen-
tos científicos é, também, o professor estar ciente de seu papel mediador nas relações estabelecidas
para a aprendizagem e o desenvolvimento neste percurso formativo.
Nesse sentido, tanto o quê como o como ensinar precisam ser analisados, pois, de acordo com
Sacristán (2000), a reflexão sobre como se vai ensinar determinado conhecimento é vazia se não es-
tiver articulada ao pensamento sobre o que se vai ensinar. Para o autor, o currículo em perspectiva
pedagógica e humanista atende peculiaridades e necessidades dos estudantes, é um currículo “visto
como um conjunto de cursos e experiências planejadas que um estudante tem sob a orientação de
determinada escola. Englobam-se as intenções, os cursos, as atividades elaboradas com fins peda-
gógicos, etc.” (SACRISTÁN, 2000, p. 41). O currículo, para que contribua com ações emancipatórias,
de acordo com Grundy, citada por Sacristán (2000, p. 49), pressupõe uma prática “sustentada pela
reflexão enquanto práxis”3, vista não como um plano que é preciso ser cumprido, mas uma ação do
professor dada a partir da interação entre reflexão e ação, que parte de um processo que interliga o
planejamento, a ação e a avaliação.
Um currículo dessa natureza, esclarece a autora, tem de estar calçado no mundo real, a sua
construção não pode estar separada do “processo de realização nas condições concretas dentro das
quais se desenvolve” (GRUNDY apud SACRISTÁN, 2000, p. 49). Ademais, como defende Pacheco (2006,
p. 40), o “currículo não é o resultado nem dos especialistas nem do professor individual, mas dos pro-
fessores agrupados e portadores de uma consciência crítica”.
Desse modo, a participação dos profissionais da Educação Infantil da Rede Municipal Pública
e Privada e dos profissionais do Ensino Fundamental da Rede Municipal em diversos momentos de
formação, discussão e elaboração resultou na atualização do Currículo da Educação Básica do Sistema
Municipal de Ensino de Blumenau. Com estes momentos formativos, houve a participação e o envolvi-
mento dos profissionais na reflexão sobre quais conhecimentos priorizar, em que tempo na educação
formal e por quais motivos. Com as propostas de trabalho amplamente divulgadas foram proporcio-
nados espaços democráticos, dialógicos, por vezes, salutarmente conflituosos, em que ocorreu a cons-
trução social historicizada e aqui sistematizada neste documento.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP
n. 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a
ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação
Básica. Brasília, DF: Presidência da República, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
gov.br/images/historico/RESOLUCAOCNE_CP222DEDEZEMBRODE2017.pdf. Acesso em: 13 fev. 2020.
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SANTA CATARINA. Conselho Estadual de Santa Catarina. Resolução CEE/SC n. 70, de 17 de junho de
2019. Institui e orienta a implantação do Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental
do Território Catarinense e normatiza a adequação à Base Nacional Comum Curricular dos currículos e
propostas pedagógicas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental no âmbito do Sistema Estadual
de Educação de Santa Catarina. Santa Catarina: Governo de Santa Catarina, 2019. Disponível em: http://
www.cee.sc.gov.br/index.php/acordo-de-cooperacao/1614-resolucao-2019-070-cee-sc>. Acesso em:
13 fev. 2020.
Historicamente, a partir da década de 1970 e especialmente nos últimos anos, estudos sobre
crianças, suas infâncias e as relações estabelecidas em espaços coletivos têm contribuído significativa-
mente com conhecimentos que subsidiam a maneira de pensar e praticar a Educação Infantil no Brasil. As
Diretrizes Curriculares Municipais da Rede Pública Municipal de Ensino de Blumenau (Blumenau, 2012)
foram elaboradas com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de de-
zembro de 1996), nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (2010), no Parecer
CNE/CEB nº 20/2009, na Resolução CNE/CEB nº 5/2009 e nos Critérios para um Atendimento em Creches
que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças (2009), documentos de referência ao trabalho peda-
gógico e à formação continuada dos professores e demais profissionais da Educação Infantil.
Com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2017) e do Currículo
Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (SANTA CATARINA, 2019),
coube aos municípios a atribuição de revisar seus documentos curriculares. Nesse sentido, a Rede
Pública Municipal de Ensino de Blumenau articula, entre os profissionais que compõem o Sistema Mu-
nicipal de Ensino de Blumenau, a construção coletiva deste currículo, que se constitui em orientações
a serem consideradas pelas instituições de ensino na elaboração, implementação e avaliação de seus
Projetos Políticos Pedagógicos, a partir do ano de 2020.
No processo de elaboração, a Rede Pública Municipal de Ensino se fundamenta na teoria His-
tórico-Cultural, referenciada nos estudos de Vigotski (1996), reconhecendo-a como a perspectiva que
reafirma as conquistas e avanços na história da Educação Infantil, ao considerar que a infância é o
tempo histórico da apropriação ativa das qualidades humanas desenvolvidas ao longo da história e a
criança, sujeito histórico, de direitos, ativa, pensante, capaz de produzir cultura, interferir e modificar
o contexto onde está inserida (BRASIL, 2009a).
As concepções de infância e de criança, reafirmadas neste documento, evidenciam a necessida-
de de constante diálogo,de reflexão dos profissionais da educação sobre as especificidades das ações,
das relações sociais entre adultos e crianças e destas entre si e dos procedimentos metodológicos do
contexto das instituições de Educação Infantil. Para isso, reafirmam-se os Princípios Éticos, Políticos e
Estéticos, conforme artigo 6º da Resolução CNE/CEB nº 5, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil:
As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:
I - Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem
comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades. II -
Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem de-
mocrática. III - Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade
de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais (BRASIL, 2009b, p. 2).
Assumir tais princípios nas propostas pedagógicas requer dos profissionais da Educação Infantil
efetivar um currículo permeado por experiências instigantes e desafiadoras, nas interações, brincadei-
ras, linguagens, de modo a atender à integralidade e indivisibilidade das dimensões expressivo-moto-
ra, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética, sociocultural e multicultural das crianças. Para tanto,
entendemos a importância de articular os saberes das crianças com os conhecimentos historicamente
elaborados, conforme corrobora a concepção de currículo apresentada no artigo 3º das Diretrizes Cur-
riculares Nacionais para a Educação Infantil:
O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam
articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem
parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo
a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade (BRASIL,
2009b, p. 12).
34 S E M E D
Para a Base Nacional Comum Curricular, os agrupamentos de crianças da Educação Infantil no-
meados de bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas são referências que compreendem
aproximações das especificidades das crianças, no entendimento de que bebês são as crianças com
idade de 0 a 1 ano e 6 meses; crianças bem pequenas, de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses; e
crianças pequenas, de 4 anos a 5 anos e 11 meses. Sabe-se que, ao considerar as singularidades das
crianças, as interações entre pares e as brincadeiras, estes agrupamentos não imprimem rigidez ao
desenvolvimento das práticas pedagógicas.
A partir da Base Nacional Comum Curricular, na Educação Infantil, as aprendizagens se desdo-
bram e se articulam em seis Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento, que são: Conviver, Brincar,
Participar, Explorar, Expressar e Conhecer-se. Para que ocorra a concretização dos Direitos de Apren-
dizagem e Desenvolvimento, o professor precisa conhecê-los e articulá-los às experiências de apren-
dizagens e vivências presentes em todos os momentos do cotidiano da Educação Infantil. Esses seis
direitos serão contemplados nos cinco Campos de Experiências fundamentais: Eu, o Outro e o Nós;
Corpo, Gestos e Movimentos; Traços, Sons, Cores e Formas; Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação;
Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações.
Os Campos de Experiências fornecem pistas para que a intencionalidade educativa, ou seja, a
maneira como o professor vai organizar e propor a oferta de experiências, seja impressa nas práticas
pedagógicas e potencialize os enredos criados pelas crianças. Esses campos são divididos em objetivos
de aprendizagens específicos para diferentes faixas etárias. Todo esse arranjo gira em torno de dois
eixos estruturantes do currículo da Educação Infantil, as �nterações e as �rincadeiras.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 35
A ideia é que os campos de experiências se organizem de modo a dar apoio para o professor
para que este possa planejar as ações pedagógicas articuladas com o que propõe o currículo, aliado
aos interesses das crianças. No dia a dia, isso significa que a criança precisa ter tempo para se expres-
sar, e o professor, um olhar sensível e atento para as expressões, além de estar aberto para acompa-
nhar as reações e os movimentos decorrentes das interações que acontecerem.
As crianças têm o direito de serem ouvidas, respeitadas, acolhidas com suas culturas, curiosida-
des, necessidades e potencialidades. Entendemos que as múltiplas linguagens e a diversidade cultural
medeiam as diferentes relações dentro e fora da instituição de Educação Infantil. As diferentes manei-
ras de ser das crianças, o jeito de falar, agir, brincar, questionar, possibilitam encontros com os adultos
e outras crianças, que interferem e contribuem para a construção de novas e variadas culturas infantis.
As crianças, seus desejos, suas culturas são bem-vindos nos espaços e ambientes cuidadosamente
planejados e preparados, e esta convivência resulta em ricas vivências e experiências cotidianas, com
sentido e significado para suas vidas.
Uma proposta pedagógica afirmada nos direitos das crianças exigirá uma estreita relação de
parceria e cooperação entre professores, gestores, família e comunidade. O planejamento, a execução
e a avaliação das propostas pedagógicas requerem articulação dos envolvidos neste percurso de vivên-
cias, aprendizagens e desenvolvimento das crianças.
Na Base Nacional Comum Curricular, ficam evidenciadas três questões muito importantes: a
trajetória formativa enquanto um percurso, sem interrupções ao longo da vida; a formação integral;
e as diversidades. Ao considerar as singularidades e as especificidades etárias, o currículo envolve
os saberes das crianças, ao mesmo passo que possibilita experiências com as diversas culturas. Para
que as propostas pedagógicas façam sentido para a formação integral e o desenvolvimento humano,
destacam-se elementos imprescindíveis neste percurso: a necessidade de as crianças terem acesso à
cultura, às artes e ao conhecimento elaborado historicamente, a função de mediação das pessoas mais
experientes e as experiências que a criança vivencia, para conhecer e ressignificar o mundo em que
vivemos.
36 S E M E D
CEI Irmã Maria Christa Prüllage CEI Irmã Maria Christa Prüllage
Considerando que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, é preciso articular
o percurso formativo da criança para a formação humana e ampliar possibilidades de brincar e intera-
gir no cotidiano, promovendo experiências significativas, que façam sentido para imaginar, fantasiar,
explorar, descobrir, inventar, criar, recriar e desafiar-se. As práticas pedagógicas que compõem a pro-
posta curricular da Educação Infantil tem como eixos norteadores as interações e brincadeiras, as quais
apresentamos abaixo.
Para a realização das propostas, as crianças podem agrupar-se em pequenos grupos, no co-
letivo ou entre diferentes grupos etários. No entanto, é importante também considerar a escolha da
criança em estar em interação com o meio, com os objetos, com a natureza de maneira individual. A
organização dos espaços e ambientes permeia o olhar e a escuta atenta do professor para acolher as
crianças, envolvendo-as nesta organização, ao proporcionar ambientes diversificados, desafiadores,
provocativos, que despertem o interesse, a curiosidade das crianças e possibilitem explorações.
Assim, para que o planejamento pedagógico se efetive diante destas prerrogativas, faz-se ne-
cessário que o professor articule as interações e brincadeiras no desafio de propor às crianças espaços
e tempos de direitos, formação humana, participação social e cidadania. Sobre as relações de tempo e
espaço na Educação Infantil, apresentamos algumas considerações.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 39
As relações entre tempo e espaço no cotidiano da Educação Infantil são pensadas a partir da
concepção de que a infância é o tempo em que as crianças vivem intensas descobertas, formulam
hipóteses sobre as coisas, questionam, desafiam-se, imaginam, fantasiam, inventam e reinventam di-
versas maneiras de interagir com as pessoas, os ambientes, os espaços e os materiais à sua volta. A
maneira como são planejados, organizados e disponibilizados o tempo e o espaço podem contribuir
ou cercear a intensidade das vivências e experiências que constituem as histórias de vida das crianças
nas instituições de Educação Infantil.
Permeados pelos tempos e espaços, a rotina e o cotidiano da Educação Infantil são abordados
por Barbosa (2006). Para a autora, a rotina está presente nos horários, nas organizações do trabalho,
nas escolhas de materiais, nas ações “reguladas por costumes e desenvolvidas em um espaço e tem-
po social definidos e próximos, como a casa, a comunidade ou o local de trabalho” (BARBOSA, 2006,
p. 43), e essas rotinas, com o passar do tempo, ficam automatizadas. O cotidiano é mais abrangente,
incorpora o espaço-tempo fundamental para a vida humana, onde acontecem tanto as rotinas repeti-
tivas quanto pode acontecer o inesperado, a inovação, o extraordinário.
Assim, é fundamental o olhar cuidadoso ao planejamento institucional, no sentido de evitar
práticas rotineiras repetitivas, automatizadas, e os longos e entediantes tempos de espera das crianças
em propostas desconectadas e mecânicas que ocupam e desperdiçam o precioso tempo da infância. A
complexidade dos tempos diários da instituição implica o olhar sensível do adulto para o planejamen-
to dessas ações. É preciso respeitar as singularidades de cada criança em seus tempos, evidenciados
pelas necessidades biológicas, sociais, culturais e até mesmo por suas “demoras” ao entreter-se com
o passar do tempo.
Organizar o cotidiano de maneira a escapar da regulação rotineira e permitir o extraordinário,
o inesperado, envolve a sensibilidade e o engajamento da equipe de profissionais, pais e comunida-
de para os tempos das crianças. Salientamos alguns tempos do dia a dia da instituição de Educação
Infantil:
• A acolhida e a despedida: ao receber e despedir-se das crianças diariamente, pode-
se potencializar ou fragilizar vínculos e afetos entre professores, crianças e familiares,
por isso é tão importante planejar esses momentos. A acolhida e a despedida envolvem
relações de sensibilidade e delicadeza no diálogo do professor com as crianças e famílias. O
planejamento para esses momentos necessita de um olhar responsável do professor para
que o espaço seja intencionalmente organizado, seguro, acolhedor e diversificado, evitando
práticas repetitivas e rotineiras.
40 S E M E D
Cabe destacar que, para além destes, outros tempos precisam ser planejados de forma inten-
cional e com o olhar sensível dos profissionais para as crianças. O modo como está organizado o espa-
ço, a disposição dos materiais e o planejamento pedagógico para os tempos possibilitam ou limitam
às crianças o desenvolvimento da autonomia, do protagonismo infantil, da liberdade e da iniciativa
para as suas escolhas no cotidiano institucional. Estudos realizados por Zabalza (1998) salientam que
os espaços de Educação Infantil precisam ser diferenciados, amplos, acessíveis, para oferecer às crian-
ças mobilidade em suas interações, descobertas, desenvolvendo-se integralmente, tanto no coletivo
quanto nos espaços que a acolhem na sua individualidade.
Ampliar as possibilidades de movimentos e deslocamentos dos bebês, das crianças bem peque-
nas e das crianças pequenas é uma tarefa a ser prevista no planejamento institucional. O Projeto Políti-
co Pedagógico contempla ações para ressignificar constantemente os elementos que compõem os es-
paços internos e externos, de modo a favorecer encontros entre crianças, adultos, objetos e natureza.
A diversidade de materiais e as relações significativas entre as crianças e o espaço ampliam as pos-
sibilidades de interações, brincadeiras, desafios, experiências, explorações e descobertas. Ao organizar os
espaços internos e externos, disponibilizar materiais estruturados e não estruturados4, de largo alcance,
e mediar as interações das crianças com os ambientes e entre si, o professor potencializa o planejamento
pedagógico constituindo possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento para as crianças.
CEI Max Scheidemantel CEI Manoela Reinert CEI Vereador Ewaldo Moritz
4 Materiais estruturados são brinquedos industrializados e objetos com função socialmente definida, que possibilitam um número
limitado de brincadeiras. Os materiais não estruturados podem ser elementos da natureza e objetos variados que colocamos à
disposição das crianças para que elas inventem suas próprias brincadeiras; através das intervenções das crianças, podem se transformar
numa infinidade de criações, e o professor, na função de mediador deste processo, instiga o pensamento e a imaginação da criança,
ampliando possibilidades.
42 S E M E D
Não somente o espaço circunscrito da sala de referência deve ter intencionalidade pedagógica,
mas todos os espaços da instituição precisam ser organizados a partir do olhar e da escuta atenta das
crianças, possibilitando, por meio das experiências, os encantamentos e as descobertas. Nos diferen-
tes espaços da instituição de Educação Infantil, as criações das crianças e suas diversas maneiras de se
expressarem em traços, cores e formas compõem um acervo das narrativas de suas vivências. Assim,
entender a criança protagonista é valorizar as suas expressões, criações, seu modo de se manifestar,
de se fazer ouvir e de transformar o mundo à sua volta.
Ao organizar e valorizar as criações e manifestações das crianças nos diversos espaços de Edu-
cação Infantil, superam-se as práticas estereotipadas, repetitivas e sem significado para as crianças. Sa-
lienta-se que os estereótipos5 cerceiam a potencialidade criativa e não contribuem com a aprendiza-
gem e o desenvolvimento humano; assim, os desenhos padronizados e a produção em série precisam
dar lugar às criações das crianças e promover a ampliação do repertório cultural e artístico. Segundo
esclarece Vianna (1995), é preciso “combater a presença dos estereótipos em sala”, pois eles são “uma
erva daninha, empobrecem a percepção e imaginação da criança, inibem sua necessidade expressiva;
embotam seus processos mentais, não permitem que desenvolvam naturalmente suas potencialida-
des”. Sendo assim, é de suma importância deixar a criança criar, inventar, reinventar e explorar a sua
criatividade, valorizando sua capacidade de fazer sua própria arte.
A participação das crianças no planejamento, na organização e na curadoria dos tempos e espa-
ços efetiva a concepção de criança protagonista, sobre a qual trataremos em seguida.
5 Estereótipos: do dicionário, estereótipo significa padrão, formado de ideias preconcebidas e alimentado pela falta de conhecimento
do real sobre o assunto em questão. O termo “estereótipo” tem sua origem no mundo da impressão, criado pelo gráfico francês Firmin
Didot, em 1794, para referir-se a um tipo de impressão em que moldes recortados eram usados para reproduzir duplicatas de placas
metálicas que permitiam a impressão em massa de livros, jornais etc.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 43
Se documentar é contar histórias, destacamos que uma de suas principais características é ofe-
recer elementos novos em relação ao que as crianças dizem, fazem e pensam. A documentação pe-
dagógica, assim estruturada, permite ao professor, às crianças e aos familiares ter conhecimento do
processo pedagógico e dos modos de viver a infância, pois retrata também os modos que as crianças
se apropriam do conhecimento e da aprendizagem.
Segundo Ostetto (2017), o planejamento na Educação Infantil parte da escuta, das curiosidades,
das manifestações das crianças e das intencionalidades pedagógicas do professor. Assim, o professor
vai construindo o planejamento com e para as crianças e articulando objetivos, registros e procedi-
mentos metodológicos das ações do cotidiano, visando buscar caminhos significativos para a prática
pedagógica. De propostas, vão surgindo outras propostas, mas para isso o professor tem de estar en-
volvido por inteiro.
Além disso, é preciso que o Projeto Político Pedagógico contemple estratégias e ações que
articulem a Educação Básica, isto é, a Educação Infantil e os primeiros anos do Ensino Fundamental,
respeitando o percurso formativo da criança e suas especificidades. A respeito dessa transição, a BNCC
afirma:
A transição entre essas duas etapas da Educação Básica [Educação Infantil e Ensino Fun-
damental] requer muita atenção, para que haja equilíbrio entre as mudanças intro-
duzidas, garantindo integração e continuidade dos processos de aprendizagens das
crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações que estabelecem
com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa (BRASIL,
2017, p. 51).
Para Vigotski (1996), a linguagem é o sistema simbólico de todos os grupos humanos, instru-
mento psicológico que possibilita compartilhar e interpretar os objetos, as relações e o cotidiano, e
constitui-se na síntese, na sistematização da experiência vivida, por meio do sistema de signos com
seus significados.
Desse modo, as instituições de Educação Infantil se constituem como ambientes privilegia-
dos de práticas culturais que dialogam, pois a linguagem é instrumento de ação no mundo que
incide sobre o outro e nos constitui humanos. Nas instituições de Educação Infantil, a linguagem
cotidiana é intensificada pelas relações que se estabelecem para além do convívio familiar, pro-
movendo as interações, a construção de memórias coletivas e individuais, a reprodução e pro-
dução de sentidos próprios à infância e à especificidade dos diferentes modos de ser criança em
sociedade.
Os profissionais envolvidos com as relações de educação e cuidado na Educação Infantil aco-
lhem e valorizam curiosidades e perguntas das crianças, criando ocasiões favoráveis para a descoberta
do conhecimento. Dessa maneira, o ambiente da Educação Infantil é constituído no tempo-espaço das
relações cotidianas que permitem à criança aprender e se desenvolver.
Na perspectiva Histórico-Cultural, a criança é um ser ativo, que produz e interfere, criando cul-
turas. A criança se constitui humana e cidadã nas e pelas interações sociais, em determinado tempo e
espaço, nos diferentes grupos com os quais cria sentimento de pertença. Nesses processos, desde que
nasce, começa a se diferenciar na relação eu-outro, pela linguagem, mediada pela cultura dos adultos
e de outras crianças, construindo conhecimento.
As propostas pedagógicas precisam estar em consonância com a diversidade cultural nas
instituições e fora dela, no entendimento de que em seu contexto estão presentes diversas culturas
e, portanto, é fundamental que sejam respeitadas. Nesse encontro de pessoas, há de se considerar
as manifestações culturais, os costumes, os valores e jeitos de ser de todos os sujeitos que formam
o coletivo. É preciso interesse em pesquisar as diversas representações culturais, buscando contem-
plar a todos nas escolhas feitas pelo grupo de crianças, professores, profissionais e comunidades.
Uma boa reflexão ao coletivo pedagógico é avaliar quais têm sido suas escolhas ao planejar o co-
tidiano, como também refletir sobre as comemorações que cerceiam as relações entre instituição,
família e comunidade.
Nesse contexto, a organização do trabalho pedagógico por Campos de Experiências propõe
referenciar a vida cotidiana, o pluralismo da cultura e a vida social, sustentado nas interações, nas
brincadeiras e nas múltiplas linguagens, por meio das quais a criança é considerada em sua potência
imaginativa, criativa e transformadora, conferindo sentidos às suas ações, ou seja, à relação consigo
mesma, com o outro e com a cultura.
Os Campos de Experiências estão relacionados entre si e permeiam objetos, situações, ima-
gens e linguagens situadas na ampliação cultural. Os objetivos de aprendizagem propõem orienta-
46 S E M E D
O Eu, o Outro e o Nós: é na interação com os pares e com adultos que as crianças • Reconhecer a própria imagem, identificando-se no grupo, na família e entre as demais pessoas
vão constituindo um modo próprio de agir, de sentir, de pensar e vão descobrindo com que convive.
que existem outros modos de vida, pessoas diferentes e com outros pontos de vista.
Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição • Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças, nos adultos, na natureza e no meio.
escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e • Interagir com crianças da mesma faixa etária, de outras faixas etárias e com adultos, inserindo-se
sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres no convívio social, explorando espaços internos, externos, materiais, brinquedos e objetos.
individuais e sociais. Ao participar de relações sociais e de cuidados pessoais, as
crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e • Expressar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios e palavras.
de interdependência com o meio. Nesse sentido, a Educação Infantil precisa criar
oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e • Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
culturais. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e brincadeira e descanso.
ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que • Experimentar práticas de cuidados com o corpo e bem-estar, ampliando sua autonomia.
nos constituem como seres humanos (BRASIL, 2017).
• Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando objetos, texturas,
elementos da natureza e fazendo descobertas.
• Vivenciar brincadeiras e cantigas de diferentes culturas e ritmos.
• Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de deslocamento
de si e dos objetos.
• Fazer escolhas de materiais, alimentos, espaços, elementos, expressando seus desejos.
Corpo, Gestos e Movimentos: com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, • Movimentar as partes do corpo para manifestar corporalmente emoções, necessidades e desejos.
movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças,
desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem • Explorar as capacidades corporais, ampliando a percepção do seu corpo e do movimento do
relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, mesmo.
sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa • Realizar movimentos de encaixe, segurar, soltar, lançar, rolar, pular, subir, descer.
corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro,
as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento • Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores
entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e desafiadores.
e as funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas
potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre • Imitar gestos, sons e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação • Manusear diferentes materiais, objetos, folhear, rasgar, amassar, desenvolvendo suas habilidades
Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado manuais.
das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a
liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover • Vivenciar práticas e manifestações culturais por meio da dança, música, alimentação, vestuário,
oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito entre outros.
lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de
movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados • Identificar as partes do corpo, construindo a autoimagem.
modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (BRASIL, 2017). • Expressar suas emoções através de gestos, oralidade, choro, risos.
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Traços, Sons, Cores e Formas: conviver com diferentes manifestações artísticas, • Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com diferentes objetos.
culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita
às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas • Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando materiais riscantes e tintas produzidas
de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, com elementos da natureza.
fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base • Explorar e ouvir diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas,
nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias canções, timbres, ritmos, músicas e melodias, ampliando o repertório sonoro.
produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com
sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, • Experimentar e manusear diferentes texturas.
manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências • Explorar diferentes elementos da natureza, estabelecendo relações com o meio.
contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético
e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. • Ampliar o repertório cultural com diversos gêneros musicais, literários, artísticos e tecnológicos,
Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em valorizando as vivências e as diferentes linguagens.
tempos e espaços para a produção, a manifestação e a apreciação artística, de modo a
favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal • Perceber as marcas e registros criados através da sua exploração com e nos materiais.
das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a • Diferenciar a ausência da presença de sons.
cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas
experiências e vivências artísticas. • Expressar corporalmente o sentimento provocado pelo som.
Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação: desde o nascimento, as crianças participam • Reconhecer quando é chamado por seu nome e identificar os nomes de pessoas com quem
de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As convive.
primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a
postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a • Ouvir diversos gêneros literários e suas diferentes formas de apresentação, reconhecendo
interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo elementos das ilustrações.
seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando- • Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, mímicas, gestos, balbucios, fala e outras
se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de formas de comunicação.
interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as
crianças possam falar, ouvir e sentir, potencializando sua participação na cultura • Conhecer e manipular diversos materiais impressos e audiovisuais como livros, revistas, gibis,
oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, jornais, cartazes, entre outros.
nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as • Participar de situações de escuta de diferentes gêneros textuais, como poemas, fábulas, contos,
múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e receitas, quadrinhos, musicais etc.
pertencente a um grupo social. Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com
relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar • Ampliar a linguagem oral ouvindo, produzindo e identificando diferentes sons e palavras.
os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai
construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais
da escrita, dos gêneros, suportes e portadores.
Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças
conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com
a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as
crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo
à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato
com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com
livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita,
a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros.
Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a
escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão
conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas
da compreensão da escrita como sistema de representação da língua (BRASIL, 2017).
S E M E D
Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações: as crianças vivem • Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais diversos, como cores, sabores,
inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído cheiros, temperaturas, texturas e sons.
de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se
situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite, hoje, • Explorar relações de causa e efeito, transbordar, misturar, mover e remover na interação com o
ontem e amanhã etc.). Demonstram, também, curiosidade sobre o mundo físico (seu mundo físico.
próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações • Explorar o ambiente pela ação e observação, experimentando e fazendo descobertas.
da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manipulação
etc.) e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que • Manipular, experimentar e explorar o espaço por meio de deslocamentos de si e dos objetos.
conhece; como vivem e em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus • Perceber e sentir as variadas sensações da natureza, como o vento, sol, chuva, frio e calor.
costumes; a diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas
outras, as crianças se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos • Experimentar e compartilhar com outras crianças, adultos e familiares situações de cuidado com
(contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação plantas e animais nos espaços da instituição e fora dela.
de pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas
geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) • Experenciar diferentes elementos e espaços da natureza, estabelecendo relação com o meio.
que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover • Observar e manusear materiais estruturados e não estruturados.
experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos,
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação • Vivenciar diferentes ritmos, velocidades nas interações e brincadeiras, danças, balanços,
para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar escorregadores, entre outros.
está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do
mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano (BRASIL, 2017).
O Eu, o Outro e o Nós: é na interação com os pares e com adultos que as crianças • Identificar membros da família em imagens e demais contextos.
vão constituindo um modo próprio de agir, de sentir, de pensar e vão descobrindo • Manifestar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças, adultos e demais seres
que existem outros modos de vida, pessoas diferentes e com outros pontos de vista. vivos.
Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição
escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e • Explorar diferentes aspectos da sociedade e comunidade, respeitando e valorizando a diversidade
sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres étnica e cultural.
individuais e sociais. Ao participar de relações sociais e de cuidados pessoais, as • Compartilhar os objetos e diferentes espaços com crianças da mesma faixa etária, de outras faixas
crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e etárias e adultos.
de interdependência com o meio. Nesse sentido, a Educação Infantil precisa criar
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Corpo, Gestos e Movimentos: com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, • Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura, jogos e brincadeiras.
movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças,
desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem • Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções de lateralidade como frente, atrás, acima,
relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, embaixo, dentro, fora, ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.
sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa • Vivenciar momentos de expressão rítmica: dança, dramatização, música e pintura, ampliando as
corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, experiências corporais e artísticas.
as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento
entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações • Explorar formas de deslocamento no espaço como pular, saltar, dançar, subir, descer, escorregar,
e as funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas escalar, entre outros movimentos.
potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o
• Ampliar sua autonomia no cuidado do seu corpo e de seus pertences em espaço coletivo.
que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o
corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas • Desenvolver habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre
pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não outros.
para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas
para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com • Vivenciar jogos e brincadeiras de diferentes culturas.
seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, • Vivenciar funções corporais relacionadas ao equilíbrio, força e velocidade elaborando estratégias
sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do de movimentação em trajetos com obstáculos motores.
espaço com o corpo (BRASIL, 2017).
Traços, Sons, Cores e Formas: conviver com diferentes manifestações artísticas, • Criar sons com o corpo, instrumentos musicais, objetos da cultura local para acompanhar diversos
culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, ritmos de música.
possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas
• Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação e experimentação, como argila,
formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem,
massa de modelar, tintas, terra, areia, lama, pedras.
colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras.
Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando • Proporcionar a escuta de diferentes estilos musicais, ritmos e melodias, ampliando seu repertório.
suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e
individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, • Comparar e identificar formas, categorizando-as em suas diferenças e semelhanças.
modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas • Experienciar e sentir diferentes texturas, percebendo assim suas variações, explorando suas
experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as
cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em • Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas, canções,
tempos e espaços para a produção, a manifestação e a apreciação artística, de modo a melodias, histórias, dramatizações.
favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal • Ouvir sons da natureza.
das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a
cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas • Expressar-se por meio de desenhos e pinturas, com tintas alternativas.
experiências e vivências artísticas. • Ampliar o repertório, valorizando as vivências e as diferentes linguagens.
• Proporcionar a descoberta de novas cores.
• Ampliar repertório cultural com diferentes expressões artísticas.
• Perceber as transformações provocadas nos materiais pela mistura de elementos, cores, texturas.
S E M E D
Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação: desde o nascimento, as crianças participam • Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As
• Identificar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em cantigas de roda e textos
primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a poéticos.
postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com
a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo • Relatar experiências cotidianas.
seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da • Criar e contar histórias com base em imagens ou temas sugeridos.
língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. Na
Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam • Manusear textos e participar de situações de escuta significativas para ampliar seu contato com
falar, ouvir e sentir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta diferentes gêneros textuais.
de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas • Perceber a função social da escrita ao elaborar textos individuais e coletivos, registrados pelo
individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a professor e pelas crianças.
criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e • Conhecer diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar e registrar sinais gráficos.
acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto • Criar enredos brincantes com ou sem apoio de recursos materiais.
familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita,
reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores.
Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças
conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a
literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças,
contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação
e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias,
contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com
diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem
da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio
com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se
revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras,
em escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da
escrita como sistema de representação da língua (BRASIL, 2017).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
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Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações: as crianças vivem • Explorar e perceber as semelhanças e diferenças dos objetos.
inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído
de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram • Observar, relatar e descrever fatos do cotidiano e fenômenos naturais, como luz solar, vento,
se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite, hoje, chuva, fases da lua, e os que ocorrem na região em que vivem: marés, enchentes, enxurradas,
ontem e amanhã etc.). Demonstram, também, curiosidade sobre o mundo físico (seu geada, granizo, vendavais, entre outros.
próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações • Participar de experiências que envolvam os quatro elementos da natureza: terra, ar, água e fogo,
da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manipulação conhecendo suas funções e pesquisando novas possibilidades de utilização desses elementos.
etc.) e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que
conhece; como vivem e em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus • Vivenciar situações de flora e fauna nos espaços da instituição.
costumes; a diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas
• Desenvolver atitudes de sustentabilidade, estabelecendo relações de respeito e bem viver com a
outras, as crianças se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos
natureza.
(contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação
de pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas • Deslocar-se por diferentes espaços e ambientes, vivendo experiências espaciais, percebendo as
geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) características desses locais.
que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover
experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, • Identificar relações espaciais como dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação lado, e temporais como antes, durante e depois.
para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar • Participar de planejamentos de espaços, explorando possibilidades de interação com grupos
está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do etários diversos.
mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano (BRASIL, 2017).
• Observar e explorar o ambiente com curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante,
dependente e agente transformador do meio.
• Conhecer, a partir da sua história e do outro, as relações de tempo, para identificação de noções de
antes, agora e depois, dia e noite, ontem, hoje e amanhã.
• Estimar, ordenar, comparar formas, pesos, tamanhos e sequenciar diferentes quantidades.
• Utilizar objetos de acordo com a função social ou criar função para eles.
S E M E D
CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 6 ANOS )
O Eu, o Outro e o Nós: é na interação com os pares e com adultos que as crianças • Demonstrar empatia e respeito pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes
vão constituindo um modo próprio de agir, de sentir, de pensar e vão descobrindo sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
que existem outros modos de vida, pessoas diferentes e com outros pontos de vista. • Agir de maneira autônoma com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas
Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, e limitações.
na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros,
diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e sociais. • Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação, cooperação, respeito
Ao participar de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua e solidariedade.
autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. • Explorar papéis sociais através de brincadeiras.
Nesse sentido, a Educação Infantil precisa criar oportunidades para que as crianças
• Expressar suas ideias, descobertas, desejos, opiniões e sentimentos às pessoas e grupos diversos.
entrem em contato com outros grupos sociais e culturais. Nessas experiências, elas
podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, • Identificar membros familiares em imagens e demais contextos.
respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos • Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar os demais com que convive.
(BRASIL, 2017).
• Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.
• Criar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com
crianças e adultos.
• Construir coletivamente, com a participação de todos, ampliando as relações interpessoais.
Corpo, Gestos e Movimentos: com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, • Criar com o corpo formas diferenciadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções,
movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, jogos e atividades artísticas, como dança, artes plásticas, teatro e música.
desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem
• Demonstrar coordenação motora em brincadeiras, jogos de escuta e reconto de histórias,
relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro,
atividades artísticas, entre outras possibilidades.
sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa
corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as • Imaginar, criar e realizar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras.
brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre
corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e as • Construir hábitos de autocuidado relacionados à higiene, à alimentação, ao conforto e à
funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades aparência.
e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e • Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das em situações diversas.
crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas
de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. • Construir consciência de autoproteção, respeito e zelo pelo seu corpo.
Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças • Perceber as possibilidades corporais na ampliação do seu repertório motor.
possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar
e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com
o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo
(BRASIL, 2017).
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Traços, Sons, Cores e Formas: conviver com diferentes manifestações artísticas, • Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de
culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita faz de conta, encenações, criações musicais, festas.
às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de • Criar, descobrir, reconhecer e produzir sons com o próprio corpo.
expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia • Explorar diferentes aspectos da cultura, respeitando e valorizando a pluralidade étnica e cultural.
etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas • Apreciar os sons da natureza, observar as cores e sentir as diversas formas dos elementos naturais.
experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções
artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, • Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem e escultura, criando produções
gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de bidimensionais e tridimensionais.
diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, • Reconhecer as diversidades do som em sua intensidade, duração, altura e timbre.
desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento • Expandir o repertório, valorizando as vivências e as diferentes linguagens.
de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil • Explorar, manusear e experimentar materiais diversos como possibilidade de ampliar a
precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, imaginação, criatividade e a construção individual e coletiva em diferentes espaços, locais e
a manifestação e a apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da superfícies.
sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que • Possibilitar pesquisa das diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas.
se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura e potencializem suas • Criar enredos de dramatização individual e coletiva.
singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências • Reconhecer e utilizar recursos tecnológicos como fonte de expressão.
artísticas.
• Ampliar repertório cultural, observando e interpretando de diferentes maneiras obras de artistas
de variadas culturas.
• Envolver-se em experiências artísticas diversificadas, sendo provocado a vivenciar formas
criativas de experimentação.
Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação: desde o nascimento, as crianças participam • Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral, visual
de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a • Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos.
postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com
a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo • Recontar histórias ouvidas e expressar-se coletivamente através de encenações, definindo os
seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da contextos, os personagens e a estrutura da história.
língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. Na • Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba.
Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam • Vivenciar o objeto da cultura escrita, os modos como é organizada, os gêneros escritos.
falar, ouvir e sentir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta
de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas • Perceber a função social da escrita.
individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a • Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a
criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e • Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto e/ou para sua própria
acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a recuperação pela memória, pela
familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, leitura das ilustrações etc.).
reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores.
Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças • Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos por
conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a literatura meio de escrita espontânea.
infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem • Resgatar as origens e costumes das famílias e crianças, promovendo o conhecimento e o respeito
para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação às diferentes culturas.
do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, • Elaborar coletivamente recursos de comunicação social, envolvendo a função social da escrita.
poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros
literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da
escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos,
as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em
rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas,
não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de
S E M E D
REFERÊNCIAS
BARBOSA, M. C. S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Básica. Parecer CNE/CEB n. 20, de
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VIGOTSKI, L. S. Obras escogidas. Madri: Visor, 1996.
ZABALZA, M. A. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998.
2.2 ENSINO FUNDAMENTAL
Nesta seção, o currículo proposto para o Ensino Fundamental do Sistema Municipal de Ensino
está organizado, para a Rede Municipal de Ensino de Blumenau, por meio dos seguintes componentes
curriculares: Alfabetização e Língua Portuguesa, Alemão e Inglês, Arte, Educação Física, Geografia, His-
tória, Ensino Religioso, Ciências da Natureza e Matemática.
Cada componente curricular apresenta um texto introdutório e os seus quadros organizacionais.
O texto introdutório, em linhas gerais, discute aspectos específicos à respectiva área do co-
nhecimento a que se dedica, enfatizando as unidades temáticas em que estão organizados os objetos
de conhecimento, no intuito de situar o leitor a respeito da proposta estabelecida para aquele com-
ponente curricular. Além disso, são trazidos os objetivos traçados para o componente de 1º a 9º ano,
bem como o conjunto de capacidades/competências específicas que se pretende que os estudantes
desenvolvam ao longo desta etapa da Educação Básica.
Os quadros organizacionais, por sua vez, estão sistematizados por ano de escolaridade, do 1º
ao 9º ano. Por conta de aspectos inerentes às próprias áreas de estudo, os componentes curriculares
apresentam variações em sua composição, sendo que a estrutura mínima apresentada é composta
por três campos: unidades temáticas, objetos de conhecimento e objetivos de aprendizagem e desen-
volvimento. Porém, os quadros podem conter, ainda, outros campos de acordo com a necessidade ou
conveniência para determinado componente curricular.
De forma a orientar os profissionais na compreensão e utilização deste material, discorreremos
a seguir sobre cada um dos elementos que podem fazer parte dos quadros organizacionais, tendo
como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), (BRASIL, 2017):
1) Unidades Temáticas: são agrupamentos dos objetos de conhecimento realizados de maneira ampla,
de acordo com aproximações e especificidades observadas dentro do componente curricular. Cada
unidade temática contempla determinada quantidade de objetos de conhecimento, que, por sua vez,
estão correlacionados com um número variável de objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
2) Objetos de Conhecimento: estão caracterizados como conteúdos, conceitos e processos a serem
trabalhados com os estudantes. Em alguns componentes curriculares, os objetos de conhecimento
conseguem, por si só, elucidar a gama de assuntos/temas que os compõem. Já noutros, se faz
necessário um campo complementar sob o título “Conteúdos”, de maneira a melhor detalhar todos
os tópicos que serão trabalhados a partir daquele conjunto de objetos de conhecimento.
3) Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: apresentados na BNCC sob a denominação
“Habilidades”, indicam o que se espera que os estudantes aprendam/desenvolvam a partir do
trabalho pedagógico realizado com cada objeto de conhecimento.
4) Objetivos de Ensino: relacionam-se diretamente com os objetivos de aprendizagem e desenvol-
vimento, porém apontam para os propósitos do professor. Ou seja, expressam o que o professor
pretende alcançar a partir do trabalho realizado com aquele objeto de conhecimento.
5) Possibilidades Metodológicas: trata-se das estratégias de ensino e aprendizagem que o professor
tem à sua disposição para utilizar no trabalho pedagógico. Dito de outra forma, referem-se aos
métodos ou abordagens empregados para se trabalhar determinado objeto de conhecimento.
6) Procedimentos Metodológicos: neste tópico, se descreve de maneira detalhada toda a sequência
de trabalho a ser realizada pelo professor junto aos estudantes de acordo com os objetivos (de
aprendizagem e desenvolvimento e de ensino) traçados para o desenvolvimento de objetos de
conhecimento. Aqui, é descrita cada ação a ser desempenhada pelo professor e pelos estudantes
na prática pedagógica, são elencados os recursos instrumentais e materiais necessários, bem como
indicados os tempos que serão investidos em cada ação.
Posto isso, reiteramos que as diferenças estruturais são necessárias pelas especificidades de cada
área, porém salientamos que o trabalho desenvolvido no interior dos componentes curriculares do En-
sino Fundamental consubstancia suas ações na concretização dos objetivos gerais definidos na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (Lei nº 9.394/1996) para esta etapa da Educação Básica.
58 S E M E D
Uma só voz nada termina, nada resolve. Duas vozes são o mínimo de existência.
Mikhail Bakhtin
podemos desconhecer inteiramente a sua existência […] esses gêneros do discurso nos
são dados quase da mesma forma como é dada a língua materna, a qual dominamos
livremente até começarmos o estudo teórico da gramática. A língua materna – sua com-
posição vocabular e sua estrutura gramatical – não chega ao nosso conhecimento a par-
tir de dicionários e gramáticas mas de enunciações concretas que nós mesmos ouvimos
e nós mesmos reproduzimos na comunicação discursiva viva com as pessoas que nos
rodeiam.
Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo das práticas de estudo e pesquisa
10 O diálogo, na perspectiva teórica do Círculo de Bakhtin, é a própria condição da linguagem socialmente constituída. Transcende a
compreensão de diálogo, oral ou escrito, entre dois sujeitos falantes face a face.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 61
rados ao longo do percurso formativo dos estudantes, a fim de possibilitar a constituição de leitores
que compreendam os sentidos que permeiam o que leem e se posicionem diante desse dito. Além dos
objetivos de leitura explicitados pela autora, Solé esclarece que tanto o professor como o estudante
podem estabelecer outros objetivos de leitura, para além dos objetivos categorizados por ela, uma
vez que a autora não intenciona cercar todos os possíveis objetivos, mas pretende iluminar o trabalho
pedagógico para que o estudante, ao iniciar uma leitura, saiba exatamente para que está lendo, pois:
para encontrar sentido no que devemos fazer – neste caso, ler – a criança tem de saber
o que deve fazer – conhecer os objetivos que se pretende que se alcance com a sua
atuação –, sentir que é capaz de fazê-lo – pensar que pode fazê-lo, que tem recursos
necessários e a possibilidade de pedir e receber ajuda precisa – e achar interessante o
que se propõe que ela faça (SOLÉ, 1998, p. 91, grifos da autora).
Para o trabalho com a formação de leitor proficiente, Solé (1998, p. 93-99) propõe uma aborda-
gem que traga como ponto de partida objetivos de leitura, tais como:
• Ler para obter “informação precisa”: propor atividades de localização de informações em
catálogos, dicionários, enciclopédias, listas telefônicas, entre outros.
• Ler para “seguir instruções”: oferecer manuais, regras de jogo, bulas, receitas, entre outros
gêneros instrucionais, com a finalidade de compreender procedimentos.
• Ler para obter “informação de caráter geral”: estimular a leitura de jornais, revistas, sites,
sumários, entre outros, para que o estudante vá ao texto para ver se tem algo que interessa. Essa
leitura não precisa ser linear, uma vez que o leitor vai decidir se quer ou não prosseguir nela.
• Ler para “aprender”: instigar leituras com finalidade de pesquisa. A pesquisa pode ser indicação
ou interesse do leitor, no entanto o estudante precisa ler mais de um autor que escreve sobre
a mesma temática a fim de que possa receber essas informações de forma crítica e conseguir
selecionar dados relevantes.
• Ler para “revisão de escrita própria”: orientar e incentivar o estudante à autocorreção de suas
produções textuais.
• Ler por “prazer”: incentivar visitas à biblioteca escolar para a escolha de gêneros literários ou
de outros gêneros de interesse do estudante, na busca da fruição, da “experiência pessoal”. É
interessante que o professor faça sugestões de leitura, mas, nesse caso, a escolha do que se vai
ler é do estudante.
• Ler para “comunicar um texto a um auditório”: propor apresentações orais em seminários,
júris, saraus, debates, mesas-redondas, sessões acadêmicas, entre outros, com a finalidade de
desenvolver a oratória.
• Ler para “praticar a leitura em voz alta”: selecionar textos que favoreçam a oralização da
escrita para desenvolver “clareza, rapidez, fluência e correção, pronunciando adequadamente,
respeitando normas de pontuação com a entonação requerida”.
• Ler para “verificar o que se compreendeu”: oferecer textos para leitura individual e silenciosa,
tendo em vista a compreensão. Nesse procedimento, o professor precisa induzir o estudante a
levantar presupostos e, ao longo do texto, verificar se se confirmam ou não. O professor, além
de questões de localização de informação no texto, deverá promover reflexões e constatações
a partir de inferências.
• Desenvolver a atenção, a escuta e o respeito à fala do outro e o poder de argumentação:
trabalhar com entrevistas, enquetes, júris simulados, debates, sessões acadêmicas, entre
outros gêneros discursivos que favoreçam a adoção de atitudes respeitosas.
Objetivos de leitura atrelados à acepção de que todo texto-enunciado é produção cultural da
humanidade, produzido em um momento histórico, em uma situação específica de comunicação, de
que o discurso expresso nos signos/semioses tem relação com outras situações de interlocução (já-di-
tos) em maior ou menor grau e é um modo de significar o mundo, podem agir como um procedimento
a ser ensinado quando tomamos a leitura como conteúdo de ensino que apresenta ao leitor (estudan-
62 S E M E D
te) estratégias para decifrar a materialidade textual-enunciativa. Isso porque, de acordo com Bakhtin
(2003), as palavras são constituídas por significado estável, o que permite a comunicação social, mas
também por sentidos que são subjetivos, que dizem respeito à experiência pessoal constituída a partir
das relações discursivas situadas. Dessa forma, significado11 e sentidos12 estão imbricados de tal modo
que sentidos podem ser negociados, o que exige um trabalho intensivo de interlocução entre profes-
sor, estudantes e texto-enunciado a fim de que os estudantes entendam os mecanismos da língua,
compreendam o que leem e se posicionem diante dos sentidos que circulam nos textos-enunciados,
seja em concordância, adesão, seja em discordância, em complementação.
11 Trata-se da parte estável da palavra, pois, de acordo com Bakhtin (2003, p. 294), os “ significados lexicográficos neutros das palavras
da língua asseguram para ela a identidade e a compreensão mútua de todos os seus falantes”.
12 Diz respeito ao “emprego das palavras na comunicação discursiva viva [que] sempre é de índole individual-contextual” (BAKHTIN,
2003, p. 294).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 63
essas práticas de linguagem, como: comentário, carta de leitor, post em rede social, gif, meme,
fanfic, vlogs variados, politicalremix, charge digital, paródias de diferentes tipos, vídeos-minuto,
e-zine, fanzine, fanvídeo, vidding, gameplay, walkthrough, detonado, machinima, trailer
honesto, playlists comentadas de diferentes tipos etc., de forma a ampliar a compreensão de
textos que pertencem a esses gêneros e a possibilitar uma participação mais qualificada do
ponto de vista ético, estético e político nas práticas de linguagem da cultura digital.
• Identificar e refletir sobre as diferentes perspectivas ou vozes presentes nos textos e sobre os
efeitos de sentido do uso do discurso direto, indireto, indireto livre, citações etc.
• Estabelecer relações de interdiscursividade que permitam a identificação e compreensão dos
diferentes posicionamentos e/ou perspectivas em jogo, do papel da paráfrase e de produções
como as paródias e as estilizações.
• Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições, substituições e os
elementos coesivos que contribuem para a continuidade do texto e sua progressão temática.
• Estabelecer relações lógico-discursivas variadas (identificar/distinguir e relacionar fato e
opinião; causa/efeito; tese/argumentos; problema/solução; definição/exemplos etc.).
• Selecionar e hierarquizar informações, tendo em vista as condições de produção e recepção
dos textos.
• Refletir criticamente sobre a fidedignidade das informações, as temáticas, os fatos, os
acontecimentos, as questões controversas presentes nos textos lidos, posicionando-se.
• Identificar implícitos e os efeitos de sentido decorrentes de determinados usos expressivos
da linguagem, da pontuação e de outras notações, da escolha de determinadas palavras ou
expressões e identificar efeitos de ironia ou humor.
• Identificar e analisar efeitos de sentido decorrentes de escolhas e formatação de imagens
(enquadramento, ângulo/vetor, cor, brilho, contraste), de sua sequenciação (disposição e
transição, movimentos de câmera, remix) e da performance – movimentos do corpo, gestos,
ocupação do espaço cênico e elementos sonoros (entonação, trilha sonora, sampleamento
etc.) que nela se relacionam.
• Identificar e analisar efeitos de sentido decorrentes de escolhas de volume, timbre, intensidade,
pausas, ritmo, efeitos sonoros, sincronização etc. em artefatos sonoros.
• Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses, levando em
conta características do gênero e suporte do texto, de forma a poder proceder a uma leitura
autônoma em relação a temas familiares.
• Estabelecer/considerar os objetivos de leitura.
• Estabelecer relações entre o texto e conhecimentos prévios, vivências, valores e crenças.
• Estabelecer expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função do
texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre gênero textual, suporte e universo
temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria
obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante
a leitura de textos.
• Localizar/recuperar informação.
• Inferir ou deduzir informações implícitas.
• Inferir ou deduzir, pelo contexto semântico ou linguístico, o significado de palavras ou expressões
desconhecidas.
• Identificar ou selecionar, em função do contexto de ocorrência, a acepção mais adequada de
um vocábulo ou expressão.
• Apreender os sentidos globais do texto.
• Reconhecer/inferir o tema.
64 S E M E D
• Articular o verbal com outras linguagens – diagramas, ilustrações, fotografias, vídeos, arquivos
sonoros etc. –, reconhecendo relações de reiteração, complementaridade ou contradição entre
o verbal e as outras linguagens.
• Buscar, selecionar, tratar, analisar e usar informações, tendo em vista diferentes objetivos.
• Manejar de forma produtiva a não linearidade da leitura de hipertextos e o manuseio de várias
janelas, tendo em vista os objetivos de leitura.
• Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura, textos de divulgação
científica e/ou textos jornalísticos que circulam em várias mídias.
• Mostrar-se ou tornar-se receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativa, que
representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores
de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a
temática e nas orientações dadas pelo professor.
face, uma vez que esse ato também pode se dar por meio de oralização para filmagem (jornal televi-
sionado, videoaula, entre outros), para gravação sonora (programa de rádio, entrevista a ser transcrita,
entre outros) e escuta posterior ao momento da enunciação, mas sempre sustentado em um propósito
comunicativo.
A entonação, a prosódia13, a gestualidade, a repetição, as pausas, a hesitação, a correção, o riso,
entre outros, são traços característicos da oralidade. É comum também, num ato de enunciação mais
informal, o locutor buscar a atenção do interlocutor à escuta ativa (como exemplo: “compreende?”,
“não é?”, “certo?”, “tá?”, entre outros). Marcas essas que podem não ser tão usuais quando a enun-
ciação está pautada por uma produção escrita para dar suporte ao ato de fala, por uma situação mais
formal de produção do discurso, por um tipo de auditório social, enfim, por determinadas situações
específicas de comunicação.
Nesse sentido, no trabalho com a oralidade, é importante que o professor, a partir de uma si-
tuação específica de interação, evidencie a diferença entre a fala espontânea em situações informais
de comunicação e a fala mais formal, culturalmente esperada em determinadas situações de interação
verbal, a exemplo: palestra, seminário, discurso de posse, entre outros. Cabe-nos lembrar de que a
esfera na qual circula o discurso, o gênero do discurso, o auditório (interlocutores) são elementos que
orientam o falante acerca das escolhas lexicais14, do tom de fala, da postura corporal, entre outros as-
pectos relacionados à oralidade.
A análise linguística precisa estar presente nas aulas de língua portuguesa em todas as práti-
cas de linguagem: de leitura, de oralidade, de produção de texto (escrita/semiose), como forma de
reflexão sobre os modos de dizer, as escolhas linguísticas e paralinguísticas presentes na comunicação
social entre os sujeitos do discurso.
• Trabalhar a análise linguística a partir de gêneros discursivos lidos e/ou produzidos pelos
estudantes, individual ou coletivamente.
• Analisar de forma contextualizada os conteúdos linguísticos adequados à situação de
comunicação, ao uso.
• Retomar conteúdos linguísticos sempre que emergirem em situações de uso, em uma
abordagem em espiral, como preconiza Rojo (2001).
• Utilizar a gramática normativa como instrumento de pesquisa nas práticas de linguagem e na
construção de noções e/ou conceitos linguísticos (metalinguagem).
• Orientar o estudante para o uso de dicionário no ato da produção escrita para a substituição
ou a retomada lexical23.
• Levar o estudante a inferir, através da comparação, da reflexão e da inferência, as regras
gramaticais para construção de conceitos.
• Trabalhar no ato da revisão e da reescrita do texto-enunciado com a epilinguagem e a
metalinguagem paralelamente.
• “Refletir sobre aspectos da língua e da linguagem relevantes tanto para o desenvolvimento da
proficiência oral e escrita/[semiose] quanto para análise de fatos da língua e da linguagem”
(BARBOSA, 2010, p. 160).
22 Utiliza-se de mais de uma linguagem para comunicar (imagens, sons, gestos, entre outras).
23 Diz respeito ao vocábulo.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 69
Além dos procedimentos acima, no trabalho com a análise linguística, é preciso também aten-
tar-se para os preconizados pela BNCC (BRASIL, 2017, p. 82-83):
Tendo em vista o trabalho proposto articulado ao ensino da língua portuguesa com base em
práticas de linguagem, a Base Nacional Comum Curricular, pelo seu caráter normativo, define um “con-
junto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao
longo das etapas e modalidades da Educação Básica” (BRASIL, 2017, p. 7) e estabelece para o com-
ponente curricular de Língua Portuguesa capacidades esperadas até o final do Ensino Fundamental e
objetivos de aprendizagem, conforme quadros a seguir.
ANOS INICIAIS26
1º ano Descarte de materiais orgânicos e recicláveis; uso consciente.
2º ano Consumo consciente de água.
3º ano Cuidado com os animais.
4º ano Cuidado com o meio ambiente – vegetação e desmatamento.
5º ano Poluição atmosférica, hídrica, sonora, entre outras.
26 As temáticas sobre educação para relações étnico-raciais (ERER) e para sustentabilidade perpassarão por todos os anos de escolarização. Em relação ao trabalho com a ERER, sugerimos a exploração de livros
literários de Literatura Indígena, Afro-brasileira e Africana. Quanto ao trabalho com a educação sustentável, sugerimos subtemas por ano de escolarização:
27 Este campo propõe algumas possibilidades de gêneros do discurso para, a partir da escolha de um ou dois deles, iniciar o trabalho da unidade tendo como ponto de partida a leitura, seguida da escrita e/ou
oralidade, culminando na análise linguística. Para melhor orientar esse trabalho, o texto introdutório do componente curricular de Alfabetização e Língua Portuguesa explicita procedimentos articulados ao
trabalho de leitura/escuta, produção de texto (escrita/multissemiose), oralidade e análise linguística.
S E M E D
Gêneros do discurso: bilhete, literatura infantil, parlenda,
cantiga, trava-língua, convite, receita, notícia (pequena, vol-
TODOS OS Escrita Observar escritas conven- tada ao público infantil), classificado, anúncio, verbete, entre
CAMPOS DE (compartilhada e cionais, comparando-as às outros.
1º ANO Construção do sistema
ATUAÇÃO autônoma) suas produções escritas, per-
alfabético/convenções da
cebendo semelhanças e dife- Conceitos/conteúdos: fonema/grafema, sistema alfabético
escrita
renças. de escrita, conceito de palavra, convenção da escrita (letras
maiúsculas e minúsculas).
CAMPO Recitar parlendas, quadras, quadri- Gêneros do discurso: parlenda, quadrinha, trava-língua,
ARTÍSTICO- Oralidade Produção de texto oral nhas, trava-línguas, com entonação cantigas de roda, entre outros.
1º ANO LITERÁRIO adequada e observando as rimas.
Conceitos/conteúdos: rimas (ritmo e melodia).
S E M E D
Gêneros do discurso: parlenda, quadrinha, trava-língua,
TODOS OS Análise linguística/ cantiga de roda, bilhete, receita, manual de instrução, entre
1º ANO CAMPOS DE semiótica Construção do sistema Segmentar oralmente palavras em sí- outros.
ATUAÇÃO (alfabetização) alfabético e da ortografia labas.
Conceitos/conteúdos: sílabas, separação de sílabas segmen-
tação de palavras, relação grafema/fonema.
Produzir, tendo o professor como es- Gêneros do discurso: conto, fábula, literatura visual, tiri-
1º ANO criba, recontagens de histórias lidas nha, entre outros.
CAMPO Escrita Escrita autônoma e com- pelo professor, histórias imaginadas ou
ARTÍSTICO- (compartilhada partilhada baseadas em livros de imagens, obser- Conceitos/conteúdos: elementos da narrativa (persona-
LITERÁRIO e autônoma) vando a forma de composição de textos gem, enredo, tempo e espaço), formatação e diagramação
narrativos (personagens, enredo, tem- do texto.
po e espaço).
ço).
Identificar e reproduzir, em listas, agen- Gêneros do discurso: lista, agenda, bilhete, calendário,
das, calendários, regras, avisos, convites, aviso, regras da sala, convite, receita, panfleto, instru-
CAMPO Análise linguística/ receitas, instruções de montagem e le- ções de montagem (digitais ou impressos), legenda de
Forma de composição
1º ANO DA VIDA semiótica gendas para álbuns, fotos ou ilustrações álbum de fotos, entre outros.
do texto
COTIDIANA (alfabetização) (digitais ou impressos), a formatação e
diagramação específica de cada um des- Conceitos/conteúdos: composição (organização geral
ses gêneros. do texto: formatação, diagramação).
75
76
Registrar, em colaboração com os cole- Gêneros do discurso: cantiga popular, letra de canção,
Escrita (com- gas e com a ajuda do professor, cantigas, quadrinhas, cordel, poema, parlenda, trava-língua, en-
CAMPO
partilhada e Escrita autônoma e quadras, quadrinhas, parlendas, trava- tre outros.
1º ANO ARTÍSTICO-
autônoma)/or- compartilhada -línguas, dentre outros gêneros do cam-
LITERÁRIO
tografização po artístico-literário, considerando a si- Conceitos/conteúdos: tema (assunto), finalidade do
tuação comunicativa e o tema/assunto/ texto; ortografia.
finalidade do texto.
Planejar, produzir, revisar e reescrever, Gêneros do discurso: cantiga popular, letra de canção,
em colaboração com os colegas e com quadrinha, cordel, poema visual, tirinha, história em
a ajuda do professor, (re)contagens de quadrinhos, conto de fada, conto fantástico, entre ou-
CAMPO histórias, poemas e outros textos versi- tros.
1º ANO ARTÍSTICO- Escrita (com- Escrita compartilhada ficados (letras de canção, quadrinhas,
LITERÁRIO partilhada e cordel), poemas visuais, tiras e histórias
autônoma) Conceitos/conteúdos: condição de produção (quem
em quadrinhos, dentre outros gêneros promove o discurso, para quem, com que propósito
do campo artístico-literário, consideran- comunicativo, em que locais circulam esses discursos),
do a situação comunicativa e a finalidade conteúdo temático (de que trata o texto-enunciado).
do texto.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
CAMPO Análise linguísti- Identificar e (re)produzir, em cantiga, Gêneros do discurso: cantiga popular, letra de canção,
ARTÍSTICO- ca/semiótica (alfa- quadras, quadrinhas, parlendas, trava- quadrinha, cordel, poema, parlenda, trava-língua, en-
LITERÁRIO betização) Forma de composição -línguas e canções, rimas, aliterações, tre outros.
1º ANO
do texto assonâncias, o ritmo de fala relacionado
ao ritmo e à melodia das músicas e seus Conceitos/conteúdos: rimas, aliteração, assonância; o
efeitos de sentido. ritmo de fala; melodia da música.
77
78
Análise linguística/ Construção do Ler e escrever corretamente palavras Gêneros do discurso: poema, fábula, cordel, letra de
CAMPO semiótica sistema alfabético e da com sílabas CV, V, CVC, CCV, identi- música, parlenda, lenda, mito, história em quadrinhos,
2º ANO (alfabetização) ortografia ficando que existem vogais em todas as fanfic, conto maravilhoso, entre outros.
ARTÍSTICO-
LITERÁRIO sílabas.
Conceitos/conteúdos: consoante, vogal, silaba.
S E M E D
Gêneros do discurso: poema, conto, parlenda, fábula,
Segmentação de pala- charge, ditado popular, tirinha, adivinha, cantiga, ca-
Análise linguística/ vras/classificação de lendário, receita, instrução de montagem, notícia (cur-
TODOS OS semiótica palavras por número Segmentar corretamente as palavras ao ta), classificado, fôlder, anúncio publicitário (para o
2º ANO CAMPOS DE (alfabetização) de sílabas escrever frases e textos. público infantil), entre outros.
ATUAÇÃO
Conceitos/conteúdos: divisão silábica e classificação
(monossílaba, dissílaba, trissílaba e polissílaba), pala-
vra, frase.
Apreciar poemas e outros textos versifi- Gêneros do discurso: poema visual, quadrinha, parlen-
cados, observando rimas, sonoridades, da, trava-língua, cantiga, cordel, entre outros.
CAMPO Leitura/escuta
Apreciação estética/ jogos de palavras, reconhecendo seu
2º ANO ARTÍSTICO- (compartilhada e Conceitos/conteúdos: rimas (ritmo e melodia).
estilo pertencimento ao mundo imaginário e
LITERÁRIO autônoma)
sua dimensão de encantamento, jogo e
fruição.
CAMPO Análise linguística/ Observar, em poemas visuais, o formato Gêneros do discurso: poema visual.
Formas de composição
2º ANO ARTÍSTICO- semiótica de textos poéticos do texto na página, as ilustrações e ou-
tros efeitos visuais. Conceitos/conteúdos: disposição do texto e relação de
LITERÁRIO (alfabetização) visuais sentido (imagem/sentido).
Identificar e reproduzir, em bilhetes, Gêneros do discurso: bilhete, recado, aviso e carta, en-
Análise linguística/ recados, avisos, cartas, e-mails, recei- tre outros.
CAMPO DA VIDA semiótica
2º ANO Forma de composição tas (modo de fazer), relatos (digitais ou
COTIDIANA (alfabetização)
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
CAMPO DAS Explorar, com a mediação do professor, Conceitos/conteúdos: hipertexto, hiperlink; exploração do
Leitura/escuta
PRÁTICAS DE textos informativos de diferentes ambientes gênero pesquisado: condição de produção (quem promove
2º ANO (compartilhada e Pesquisa
ESTUDO E digitais de pesquisa, conhecendo suas pos- o discurso, para quem, com que propósito comunicativo,
autônoma)
PESQUISA sibilidades. em que locais circulam esses discursos), conteúdo temático
(de que trata o texto-enunciado), composição (organização
geral do texto: formatação, diagramação), estilo (escolha das
palavras, da linguagem que vai ser usada).
CAMPO DAS Planejar, produzir e revisar, com certa au- Conceitos/conteúdos: condição de produção do gênero
PRÁTICAS DE Escrita tonomia, pequenos registros de observação do discurso (quem promove o discurso, para quem, com
2º ANO (compartilhada e
Escrita
ESTUDO E autônoma de resultados de pesquisa, coerentes com que propósito comunicativo, em que locais circulam
PESQUISA autônoma) um tema investigado. esses discursos), conteúdo temático (de que trata o texto-
enunciado), composição (organização geral do texto:
formatação, diagramação), estilo (escolha das palavras, da
linguagem que vai ser usada).
Ler e compreender, em colaboração com Gêneros do discurso: slogan, anúncio publicitário (dirigido
os colegas e com a ajuda do professor, slo- ao público infantil), campanha de conscientização (para
gans, anúncios publicitários e textos de crianças), entre outros.
Leitura/escuta campanhas de conscientização destinados
CAMPO DA VIDA Compreensão
2º ANO (compartilhada e ao público infantil, dentre outros gêneros Conceitos/conteúdos: condição de produção (quem promove
PÚBLICA em leitura
autônoma) do campo publicitário, considerando a si- o discurso, para quem, com que propósito comunicativo, em
tuação comunicativa e o tema/assunto do
que locais circulam esses discursos), conteúdo temático (de
texto.
que trata o texto-enunciado).
S E M E D
Gêneros do discurso: anúncio publicitário (dirigido ao
público infantil), campanha de conscientização para crianças,
Análise Forma de Identificar a forma de composição de entre outros.
CAMPO DA
2º ANO linguística/ composição slogans publicitários.
VIDA PÚBLICA
semiótica do texto Conceitos/conteúdos: diagramação, formatação, recursos
(alfabetização) notacionais (tipo, tamanho, cor de letra, negrito, itálico, caixa
alta, entre outros).
Planejar, produzir, revisar e reescrever car- Gêneros do discurso: cartaz, folheto, fôlder, panfleto, convite,
tazes e folhetos para divulgar eventos da entre outros.
escola ou da comunidade, utilizando lin-
Escrita guagem persuasiva e elementos textuais e Conceitos/conteúdos: condição de produção (quem promove
Escrita
CAMPO DA VIDA compartilhada visuais (tamanho da letra, leiaute, imagens) o discurso, para quem, com que propósito comunicativo, em
2º ANO (compartilhada e
PÚBLICA adequados ao gênero, considerando a si- que locais circulam esses discursos), conteúdo temático (de
autônoma)
tuação comunicativa e o tema/assunto do que trata o texto-enunciado), recursos notacionais (tamanho
texto. da letra, leiaute, imagens), diagramação, formatação.
28 Este é um campo comum ao 3º, 4º e 5º anos. Na sequência, serão apresentadas as especificidades de cada ano de escolarização.
Selecionar livros da biblioteca e/ou do Gêneros do discurso: poema, conto de fada, conto de horror,
cantinho de leitura da sala de aula e/ou história em quadrinhos, lenda, mito, entre outros.
Leitura/escuta disponíveis em meios digitais para leitura
3º, 4º,5º TODOS OS
(compartilhada e Formação de leitor individual, justificando a escolha e compar- Conceitos/conteúdos: exposição de motivos, relato oral.
ANO CAMPOS DE
autônoma) tilhando com os colegas sua opinião, após
ATUAÇÃO
a leitura.
Gêneros do discurso: charada, piada, recado, aviso, cartaz,
panfleto, folheto, classificado, fôlder, propaganda, anúncio
Ler e compreender, silenciosamente e, em publicitário (para o público infantil), verbete de dicionário,
TODOS OS Leitura/escuta
Decodificação/ seguida, em voz alta, com autonomia e poema, biografia, conto, parlenda, fábula, charge, ditado
3º, 4º,5º CAMPOS DE (compartilhada e
fluência de leitura fluência, textos curtos com nível de textua- popular, tirinha, adivinha, cantiga, calendário, receita,
ANO ATUAÇÃO autônoma)
lidade adequado. instrução de montagem, notícia (curta), entre outros.
Conceitos/conteúdos: velocidade e manutenção do ritmo na
leitura (silenciosa), fluência na leitura (oralização).
Conceitos/conteúdos: ideias-chave.
Recuperar relações entre partes de Gêneros do discurso: charada, piada, recado, aviso, cartaz, panfleto,
um texto, identificando substituições folheto, classificado, fôlder, propaganda, slogan, anúncio publicitário
Leitura/escuta lexicais (de substantivos por sinôni- (para o público infantil), verbete de dicionário, poema, biografia,
TODOS OS (compartilhada e Estratégia de mos) ou pronominais (uso de pro- conto, parlenda, fábula, charge, ditado popular, tirinha, adivinha,
3º, 4º,5º
CAMPOS DE autônoma) leitura nomes anafóricos – pessoais, posses- cantiga, calendário, receita, instrução de montagem, notícias curtas,
ANO
ATUAÇÃO sivos, demonstrativos) que contri- entre outros.
buem para a continuidade do texto.
Conceitos/conteúdos: coesão (sinonímia e pronominal).
Ler e compreender, de forma autô- Gêneros do discurso: cantiga, letra de música, quadrinha, parlenda,
noma, textos literários de diferentes trava-língua, cordel, conto de fadas, conto de horror, mito, lenda,
gêneros e extensões, inclusive aque- fábula, entre outros.
CAMPO Leitura/escuta les sem ilustrações, estabelecendo
3º, 4º,5º Formação do
ARTÍSTICO- (compartilhada e preferências por gêneros, temas, au- Conceitos/conteúdos: apreciação estética.
ANO leitor literário
LITERÁRIO autônoma) tores.
Perceber diálogos em textos narrati- Gêneros do discurso: conto de fadas, conto de horror, mito, lenda,
Formação vos, observando o efeito de sentido fábula, entre outros.
CAMPO Leitura/escuta
3º, 4º,5º do leitor de verbos de enunciação e, se for o
ARTÍSTICO- (compartilhada e
ANO literário/leitura caso, o uso de variedades linguísticas Conceitos/conteúdos: verbos de enunciação (dizer, falar, perguntar,
LITERÁRIO autônoma) multissemiótica no discurso direto. interrogar, esclarecer, entre outros); variedade linguística (adequação
da linguagem ao perfil da personagem).
Identificar funções do texto dramáti- Gêneros do discurso: novela (dirigida ao público infantil), peça de tea-
CAMPO Leitura/escuta co (escrito para ser encenado) e sua tro, filme, entre outros.
3º, 4º,5º Textos organização por meio de diálogos
ARTÍSTICO- (compartilhada e
ANO dramáticos entre personagens e marcadores das Conceitos/conteúdos: discurso direto; cena.
LITERÁRIO autônoma)
falas das personagens e de cena.
Ler e compreender, com certa auto- Gêneros do discurso: poema visual, poema, quadrinha, parlenda,
CAMPO Leitura/escuta nomia, textos em versos, explorando trava-língua, cantiga, cordel, entre outros.
3º, 4º,5º rimas, sons e jogos de palavras, ima-
ARTÍSTICO- (compartilhada e Leitura autônoma
ANO gens poéticas (sentidos figurados) e Conceitos/conteúdos: recurso visual na construção de sentido; rimas,
LITERÁRIO autônoma)
recursos visuais e sonoros. assonância, aliteração, repetição como recurso sonoro.
S E M E D
Utilizar, ao produzir um texto, co- Gêneros do discurso: charada, piada, recado, aviso, cartaz, panfleto,
nhecimentos linguísticos e grama- folheto, classificado, fôlder, propaganda, slogan, anúncio publicitário
ticais, tais como ortografia, regras (para o público infantil), verbete de dicionário, poema, biografia,
básicas de concordância nominal e conto, parlenda, fábula, charge, ditado popular, tirinha, adivinha,
TODOS OS Produção de Construção do verbal, pontuação (ponto final, pon- cantiga, calendário, receita, instrução de montagem, notícia (curta),
3º, 4º,5º CAMPOS DE textos (escrita sistema alfabético/ to de exclamação, ponto de interro- entre outros.
ANO ATUAÇÃO compartilhada e convenções da gação, vírgulas em enumerações) e
autônoma) escrita pontuação do discurso direto, quan- Conceitos/conteúdos: ortografia, regras básicas de concordância
do for o caso. nominal e verbal; pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto
de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso
direto (quando for o caso).
Utilizar, ao produzir um texto, re- Gêneros do discurso: charada, piada, recado, aviso, cartaz, panfleto,
cursos de referenciação (por subs- folheto, classificado, fôlder, propaganda, slogan, anúncio publicitário
tituição lexical ou por pronomes (para o público infantil), verbete de dicionário, poema, biografia,
Construção do pessoais, possessivos e demonstra- conto, parlenda, fábula, charge, ditado popular, tirinha, adivinha,
TODOS OS Produção de sistema alfabético/ tivos), vocabulário apropriado ao cantiga, calendário, receita, instrução de montagem, notícia (curta),
3º, 4º,5º CAMPOS DE textos (escrita estabelecimento de gênero, recursos de coesão prono- entre outros.
ANO ATUAÇÃO compartilhada relações anafóricas minal (pronomes anafóricos) e ar-
e autônoma) na referenciação ticuladores de relações de sentido Conceitos/conteúdos: coesão referencial (substituição no texto-
e construção da (tempo, causa, oposição, conclusão, enunciado do referente por sinônimo ou pronome), coerência,
coesão comparação), com nível suficiente coesão sequencial (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação),
de informatividade. informatividade (progressão temática).
Conceitos/conteúdos: ortografia.
91
92
Ler e compreender, com autonomia, car- Gêneros do discurso: relato pessoal, diário de viagem, diário,
tas pessoais e diários, com expressão de carta pessoal, entre outros.
CAMPO Leitura/escuta sentimentos e opiniões, dentre outros
Compreensão
3º ANO DA VIDA (compartilhada e gêneros do campo da vida cotidiana, de Conceitos/conteúdos: condição de produção (quem promo-
em leitura
COTIDIANA autônoma) acordo com as convenções do gênero car- ve o discurso, para quem, com que propósito comunicativo,
ta e considerando a situação comunicativa em que locais circulam esses discursos), conteúdo temático
e o tema/assunto do texto. (de que trata o texto-enunciado).
Identificar e reproduzir, em gêneros epis- Gêneros do discurso: relato (em diários a partir de suas vi-
tolares e diários, a formatação própria vências), carta (intercambio escolar).
Análise
CAMPO Forma de desses textos (relatos de acontecimentos,
linguística/
3º ANO DA VIDA composição expressão de vivências, emoções, opiniões Conceitos/conteúdos: composição (organização geral do
semiótica
COTIDIANA do texto ou críticas) e a diagramação específica dos texto (data, saudação, despedida, entre outros) formatação,
(ortografização)
textos desses gêneros (data, saudação, cor- diagramação; estilo (escolha das palavras, da linguagem que
po do texto, despedida, assinatura). vai ser usada).
CAMPO Ler e compreender com certa autonomia Conceitos/conteúdos: condição de produção (quem promo-
Leitura/escuta cantigas, letras de canção, dentre outros
3º ANO ARTÍSTICO- ve o discurso, para quem, com que propósito comunicativo,
(compartilhada e gêneros do campo da vida artístico-literá-
LITERÁRIO Compreensão em em que locais circulam esses discursos), conteúdo temático
autônoma) ria, considerando a situação comunicativa
leitura (de que trata o texto-enunciado), composição (organização
e o tema/assunto do texto e relacionando geral do texto: formatação, diagramação), estilo (escolha das
sua forma de organização à sua finalidade. palavras, da linguagem que vai ser usada).
Identificar e discutir o propósito do uso Gêneros do discurso: propaganda, outdoor, panfleto, cam-
de recursos de persuasão (cores, imagens, panha publicitária (direcionada ao público infantil), entre
CAMPO Leitura/escuta Compreensão em escolha de palavras, jogo de palavras, ta- outros gêneros.
3º ANO DA VIDA (compartilhada e leitura manho de letras) em textos publicitários e
PÚBLICA autônoma) Conceitos/conteúdos: recursos de persuasão (cores, imagens,
de propaganda, como elementos de con-
vencimento. escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho de letras).
Ler e compreender, com certa autono- Gêneros do discurso: conto popular, conto de terror, conto
mia, narrativas ficcionais que apresentem de fadas, lenda brasileira, indígena e africana, mito, história
cenários e personagens, observando os em quadrinhos, mangá, fábula, entre outros.
CAMPO Leitura/escuta
Leitura autônoma e elementos da estrutura narrativa: enredo,
4º ANO ARTÍSTICO- (compartilhada e Conceitos/conteúdos: estrutura da narrativa: enredo, tempo,
compartilhada tempo, espaço, personagens, narrador e a
LITERÁRIO autônoma) espaço, personagens, narrador; discurso indireto e discurso
construção do discurso indireto e discurso
direto. direto.
Planejar, criar, revisar e reescrever nar- Gêneros do discurso: conto popular, conto de terror, conto
rativas ficcionais, com certa autonomia, de fadas, lenda brasileira, indígena e africana, mito, história
CAMPO Produção de textos Escrita autônoma e utilizando detalhes descritivos, sequências em quadrinhos, mangá, fábula, entre outros.
ARTÍSTICO- (escrita compartilhada compartilhada de eventos e imagens apropriadas para Conceitos/conteúdos: estrutura da narrativa: enredo, tempo,
4º ANO
LITERÁRIO e autônoma) sustentar o sentido do texto, e marcadores espaço, personagens, narrador; discurso indireto e discurso
de tempo, espaço e de fala de personagens. direto.
CAMPO Recitar cordel e cantar repentes e embola- Gêneros do discurso: poema, quadrinha, parlenda, trava-lín-
4º ANO ARTÍSTICO- Oralidade Performances orais das, observando as rimas e obedecendo ao gua, cantiga, cordel, repente, entre outros.
LITERÁRIO ritmo e à melodia. Conceitos/conteúdos: rimas (ritmo e melodia).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Apreciar poemas e outros textos versifica- Gêneros do discurso: poema, música, quadrinha, parlenda,
CAMPO Leitura/escuta dos, observando rimas, aliterações e dife- trava-língua, cantiga, cordel, entre outros.
Apreciação
4º ANO ARTÍSTICO- (compartilhada e rentes modos de divisão dos versos, estro-
estética/estilo
LITERÁRIO autônoma) fes e refrões e seu efeito de sentido. Conceitos/conteúdos: verso, estrofe, refrão, rimas.
Ler e compreender, com autonomia, bo- Gêneros do discurso: boleto, fatura, carnê, conta de energia
letos, faturas e carnês, dentre outros gêne- elétrica, de água, entre outros.
ros do campo da vida pública, de acordo
CAMPO Leitura/escuta Compreensão Conceitos/conteúdos: finalidade do texto-enunciado, con-
com as convenções do gênero (campos,
DA VIDA (compartilhada e em leitura teúdo temático (de que trata o texto-enunciado), composição
4º ANO itens elencados, medidas de consumo, có-
PÚBLICA autônoma) (organização geral do texto: formatação, diagramação), estilo
digo de barras) e considerando a situação
comunicativa e a finalidade do texto. (léxico).
Identificar, em textos, o uso de conjunções o público infantil), verbete de dicionário, poema, biografia,
TODOS OS Análise linguística/ conto, parlenda, fábula, charge, ditado popular, tirinha, adi-
e a relação que estabelecem entre partes
5º ANO CAMPOS DE semiótica Morfologia vinha, cantiga, calendário, receita, instrução de montagem,
do texto: adição, oposição, tempo, causa,
ATUAÇÃO (ortografização) notícia (curta), entre outros.
condição, finalidade.
Conceitos/conteúdos: conjunções: adição, oposição, tempo,
causa, condição, finalidade (somente relação de sentido, não
classificação).
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Gêneros do discurso: trava-língua, poema, quadrinha, cha-
106
Ler e compreender, com autonomia, tex- Gêneros do discurso: instruções de montagem, manual, re-
tos instrucionais de regras de jogo, dentre gras de jogo, bula, receita culinária, entre outros.
CAMPO Leitura/escuta
Compreensão em outros gêneros do campo da vida cotidia- Conceitos/conteúdos: condição de produção (quem promo-
5º ANO DA VIDA (compartilhada e
leitura na, de acordo com as convenções do gêne- ve o discurso, para quem, com que propósito comunicativo,
COTIDIANA autônoma)
ro e considerando a situação comunicati- em que locais circulam esses discursos), conteúdo temático
va e a finalidade do texto. (de que trata o texto-enunciado).
107
108
Identificar e reproduzir, em textos de re- Gêneros do discurso: vlog (resenha de produto cultural).
CAMPO Análise linguística/ senha crítica de brinquedos ou livros de
Forma de
5º ANO DA VIDA semiótica literatura infantil, a formatação própria Conceitos/conteúdos: composição (organização do texto,
composição do texto
PÚBLICA (ortografização) desses textos (apresentação e avaliação do disposição, formatação, diagramação, recursos multissemió-
produto). ticos); estilo (escolha lexical, linguagem).
Ler/assistir e compreender, com autono- Gêneros do discurso: notícia, reportagem, vlogs argumenta-
mia, notícias, reportagens, vídeos em vlogs tivo, dentre outros.
CAMPO Leitura/escuta argumentativos, dentre outros gêneros do
Compreensão em Conceitos/conteúdos: condição de produção (quem promo-
5º ANO DA VIDA (compartilhada e campo político-cidadão, de acordo com as
leitura ve o discurso, para quem, com que propósito comunicativo,
PÚBLICA autônoma) convenções dos gêneros e considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto em que locais circulam esses discursos), conteúdo temático
do texto. (de que trata o texto-enunciado).
ANOS FINAIS29
29 As temáticas sobre educação para relações étnico-raciais (ERER) e para sustentabilidade perpassarão por todos os anos de escolarização. Em relação ao trabalho com a ERER, sugerimos a exploração de livros
literários de Literatura Indígena, Afro-brasileira e Africana. Quanto ao trabalho com a educação sustentável, sugerimos subtemas por ano de escolarização:
S E M E D
30 Este é um campo comum ao 6º, 7º, 8º e 9º anos. Na sequência, serão apresentadas as especificidades de cada ano de escolarização.
Gêneros do discurso: notícia, reportagem, fotorreportagem,
6º, 7º, CAMPO Estratégia de leitura Distinguir, em segmentos descontínuos de foto-denúncia, entrevista, carta de leitor, comentário, artigo
8º, 9º JORNALÍSTICO/ Leitura Distinção de fato e textos, fato da opinião enunciada em rela- de opinião, entre outros.
ANO MIDIÁTICO opinião ção a esse mesmo fato.
Conceitos/conteúdos: fato e opinião.
Estratégia de leitura: Identificar e avaliar teses/opiniões/posicio- Gêneros do discurso: carta de leitor, comentário, artigo de
6º, 7º, CAMPO identificação de teses e namentos explícitos e argumentos em textos
8º, 9º JORNALÍSTICO/ Leitura opinião, resenha crítica, debate deliberativo, entre outros.
argumentos argumentativos (carta de leitor, comentário,
ANO MIDIÁTICO artigo de opinião, resenha crítica etc.), ma-
Apreciação e réplica Conceitos/conteúdos: argumentação e posicionamento pessoal.
nifestando concordância ou discordância.
Identificar o uso de recursos persuasivos em Gêneros do discurso: foto-denúncia, entrevista, carta de lei-
textos argumentativos diversos (como a ela- tor, comentário, artigo de opinião, entre outros.
6º, 7º, CAMPO boração do título, escolhas lexicais, constru-
Leitura Efeitos de sentido
8º, 9º JORNALÍSTICO/ ções metafóricas, a explicitação ou a oculta- Conceitos/conteúdos: recursos argumentativos (escolha le-
ANO MIDIÁTICO ção de fontes de informação) e perceber seus xical, uso de metáforas, exposição ou ocultação de fontes de
efeitos de sentido. informação).
Reconstrução do contexto
de produção, circulação e Reconhecer a impossibilidade de uma neu- Gêneros do discurso: notícia, reportagem, fotorreporta-
recepção de textos tralidade absoluta no relato de fatos e iden- gem, foto-denúncia, entrevista, charge, carta de leitor, co-
CAMPO tificar diferentes graus de parcialidade/im- mentário, artigo de opinião, anúncio publicitário e propa-
6ºANO JORNALÍSTICO/ Leitura Caracterização do campo parcialidade dados pelo recorte feito e pelos ganda, entre outros.
MIDIÁTICO jornalístico e relação entre efeitos de sentido advindos de escolhas feitas
os gêneros em circulação, pelo autor, de forma a poder desenvolver Conceitos/conteúdos: inexistência de neutralidade no
mídias e práticas da cultura uma atitude crítica frente aos textos jorna- discurso.
digital lísticos e tornar-se consciente das escolhas
feitas enquanto produtor de textos.
Reconstrução do contexto
de produção, circulação e Gêneros do discurso: notícia, reportagem, fotorreporta-
recepção de textos Estabelecer relação entre os diferentes gem, foto-denúncia, entrevista, charge, carta de leitor, co-
CAMPO gêneros jornalísticos, compreendendo a mentário, artigo de opinião, anúncio publicitário e propa-
6ºANO JORNALÍSTICO/ Leitura Caracterização do campo centralidade da notícia. ganda, entre outros.
MIDIÁTICO jornalístico e relação entre
os gêneros em circulação, Conceitos/conteúdos: ideias-chave.
mídias e práticas da cultura
digital
(revisão), verbo.
Gêneros do discurso: poema, cordel, soneto, pan-
fleto, folheto, classificado, fôlder, notícia, reporta-
gem, carta de leitor, artigo de opinião, charge, pro-
TODOS OS Análise Identificar os efeitos de sentido dos modos ver- paganda, anúncio publicitário, verbete de dicioná-
6ºANO CAMPOS DE linguística/ Morfossintaxe bais, considerando o gênero textual e a intenção rio, biografia, conto, fábula, ditado popular, tirinha,
ATUAÇÃO semiótica comunicativa. história em quadrinhos, mangá, receita, instrução
de montagem, entre outros.
Conceitos/conteúdos: modos verbais.
Reconstrução da
textualidade Gêneros do discurso: novela (dirigida ao público
Identificar, em texto dramático, personagem, ato, infanto-juvenil), peça de teatro, filme, entre outros.
CAMPO
cena, fala e indicações cênicas e a organização do
6º ANO ARTÍSTICO- Leitura Efeitos de sentidos Conceitos/conteúdos: personagem, ato, cena, fala
texto: enredo, conflitos, ideias principais, pontos
LITERÁRIO provocados pelos usos e indicações cênicas; organização do texto: enredo,
de vista, universos de referência.
de recursos linguísticos e conflitos, ideias principais, pontos de vista.
multissemióticos
115
Planejar, criar, revisar e reescrever narrativas
116
Identificar, em texto ou sequência textual, orações Gêneros do discurso: conto (popular, mistério,
CAMPO Análise humor), história em quadrinhos, peça de teatro,
como unidades constituídas em torno de um
6ºANO ARTÍSTICO- linguística/ Morfossintaxe entre outros.
núcleo verbal e períodos como conjunto de
LITERÁRIO semiótica
orações conectadas. Conceitos/conteúdos: frase, oração, período.
Gêneros do discurso: conto (popular, mistério,
Análise humor), história em quadrinhos, peça de teatro,
CAMPO Classificar, em texto ou sequência textual, os pe-
6ºANO linguística/ Morfossintaxe entre outros.
ARTÍSTICO- ríodos simples compostos.
semiótica
LITERÁRIO Conceitos/conteúdos: período simples e composto.
Gêneros do discurso: conto (popular, mistério,
CAMPO Análise humor), história em quadrinhos, peça de teatro,
Identificar sintagmas nominais e verbais como entre outros.
6ºANO ARTÍSTICO- linguística/ Sintaxe
constituintes imediatos da oração.
LITERÁRIO semiótica Conceitos/conteúdos: sintagma nominal e sintagma
verbal.
Analisar, a partir do contexto de produção, a
forma de organização das cartas de solicitação e de
reclamação (datação, forma de início, apresentação
Relação entre contexto de contextualizada do pedido ou da reclamação, em Gêneros do discurso: carta de solicitação, carta de
produção e características geral acompanhada de explicações, argumentos e/ reclamação.
composicionais e estilísti- ou relatos do problema, fórmula de finalização mais
CAMPO DE cas dos gêneros (carta de ou menos cordata, dependendo do tipo de carta Conceitos/conteúdos finalidade do texto-enuncia-
6º ANO ATUAÇÃO NA Leitura solicitação, carta de recla- e subscrição) e algumas das marcas linguísticas
relacionadas à argumentação, explicação ou do, interlocutores; conteúdo temático (de que trata
VIDA PÚBLICA mação, petição on-line,
relato de fatos, como forma de possibilitar a o texto); composição (organização do texto, dispo-
carta aberta, abaixo-assina-
escrita fundamentada de cartas como essas ou de sição, formatação, diagramação); estilo (escolha le-
do, proposta etc.) Aprecia-
postagens em canais próprios de reclamações e xical, linguagem).
ção e réplica
solicitações em situações que envolvam questões
relativas à escola, à comunidade ou a algum dos
S E M E D
seus membros.
Estratégias, procedimentos Identificar o objeto da reclamação e/ou da solici- Gêneros do discurso: carta de solicitação, carta de
CAMPO DE de leitura em textos tação e sua sustentação, explicação ou justificativa, reclamação.
6º ANO Leitura
ATUAÇÃO NA reivindicatórios ou de forma a poder analisar a pertinência da solicita- Conceitos/conteúdos: argumento (autoridade e
VIDA PÚBLICA propositivos ção ou justificação. senso comum).
Realizar levantamento de questões, problemas que Gêneros do discurso: carta de solicitação, carta de
Estratégia de produção: requeiram a denúncia de desrespeito a direitos, reclamação.
CAMPO DE
Produção de planejamento de textos reivindicações, reclamações, solicitações que
6º ANO ATUAÇÃO NA Conceitos/conteúdos: fatos (problemas existentes
textos reivindicatórios ou contemplem a comunidade escolar ou algum de
VIDA PÚBLICA na comunidade, análise de realidade).
propositivos seus membros e examinar normas e legislações.
selecionando procedimentos e estratégias de fic, piada, cartum, conto popular, conto de terror,
leitura adequados a diferentes objetivos e levando conto de fada, lenda brasileira, indígena e africana,
CAMPO
Estratégias de leitura em conta características dos gêneros e suportes – mito, biografia, autobiografia, história em quadri-
6º ANO ARTÍSTICO- Leitura
Apreciação e réplica poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema nhos, mangá, poema de forma livre e fixa (como
LITERÁRIO soneto e cordel), haicai, poema visual, charge, mú-
concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando
avaliação sobre o texto lido e estabelecendo sica, fábula, entre outros.
preferências por gêneros, temas, autores.
Conceitos/conteúdos: compreensão leitora; posição
avaliativa do leitor; exposição de motivos; fruição.
117
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Planejar, criar, revisar e reescrever poemas com- Gêneros do discurso: poema (forma livre), cordel,
postos por versos livres e de forma fixa (como soneto, quadra, haicai (forma fixa), poema visual,
quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, vídeo-poema, entre outros.
CAMPO
Produção de Construção da textualidade semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos
6º ANO ARTÍSTICO-
textos Relação entre textos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explo- Conceitos/conteúdos: cadência, ritmo, rima
LITERÁRIO
rando as relações entre imagem e texto verbal, a (poema); relações entre imagem e texto verbal
distribuição da mancha gráfica (poema visual) e (poema visual); recursos visuais e sonoros (vídeo-
outros recursos visuais e sonoros. poema).
Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido Gêneros do discurso: editorial, notícia, reporta-
CAMPO Análise decorrentes do uso de recursos linguístico-discur- gem, entre outros.
7º ANO JORNALÍSTICO/ linguística/ Sequências textuais sivos de prescrição, causalidade, sequências des- Conceitos/conteúdos: causa/consequência (orde-
MIDIÁTICO semiótica critivas e expositivas e ordenação de eventos. nação de fatos).
Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, Gêneros do discurso: notícia, infográfico, repor-
revistas, impressos e on-line, sites noticiosos etc., tagem, fotorreportagem, foto-denúncia, entrevista,
destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas, charge, carta de leitor, comentário, artigo de opi-
CAMPO nião, anúncio publicitário e propaganda, podcast,
charges, assuntos, temas, debates em foco, posicio-
7º ANO JORNALÍSTICO/ Leitura Apreciação e réplica vlog, entre outros.
nando-se de maneira ética e respeitosa frente a es-
MIDIÁTICO
ses textos e opiniões a eles relacionadas, e publicar Conceitos/conteúdos: tomada de posição; exposi-
notícias, notas jornalísticas, fotorreportagem de ção de motivos: ponto de vista; argumento (autori-
interesse geral nesses espaços do leitor. dade e senso comum).
Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha Gêneros do discurso: notícia, infográfico, repor-
de imagens estáticas, sequenciação ou sobreposi- tagem, fotorreportagem, foto-denúncia, anúncio
ção de imagens, definição de figura/fundo, ângu- publicitário e propaganda, meme, gif, entre outros.
CAMPO Efeitos de sentido lo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação
7º ANO JORNALÍSTICO/ Leitura com o escrito (relações de reiteração, complemen- Conceitos/conteúdos: recursos multissemióticos:
Exploração da multisse- uso de imagens, palavras, recursos gráfico-visuais,
MIDIÁTICO miose tação ou oposição) etc. em notícias, reportagens,
fotorreportagens, foto-denúncias, memes, gifs, sequenciação ou sobreposição de imagens estáticas,
anúncios publicitários e propagandas publicados definição de figura/fundo, ângulo, profundidade e
em jornais, revistas, sites na internet etc. foco, cores/tonalidades (relação com o escrito).
produto em questão.
lo, profundidade e foco, cores/tonalidades (relação
com texto verbal); persuasão.
colaborativa.
clímax, desfecho), personagens, tempo, espaço, narra-
dor; discurso direto e indireto.
Gêneros do discurso: miniconto, conto, crônica,
Identificar, em textos lidos ou de produção própria, narrativa de aventura e de ficção científica, entre
CAMPO Análise
verbos na voz ativa e na voz passiva, interpretan- outros.
8º ANO ARTÍSTICO- linguística/ Morfossintaxe
do os efeitos de sentido de sujeito ativo e passivo
LITERÁRIO semiótica Conceitos/conteúdos: vozes verbais (ativa, passiva,
(agente da passiva).
reflexiva); sujeito ativo e passivo (agente da passiva).
131
Criar textos em versos (como poemas concretos, Gêneros do discurso: poema, poema concreto,
132
ciberpoemas, haicais, liras, microrroteiros, lambe- ciberpoema, haicai, lira, microrroteiro, lambe-lambe,
CAMPO -lambes e outros tipos de poemas), explorando o soneto, cordel, entre outros.
Produção de uso de recursos sonoros e semânticos (como figuras
8º ANO ARTÍSTICO- Relação entre textos Conceitos/conteúdos: recursos sonoros e semânticos
textos de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como
LITERÁRIO relações entre imagem e texto verbal e distribuição (como figuras de linguagem e jogos de palavras) e
da mancha gráfica), de forma a propiciar diferentes visuais (como relações entre imagem e texto verbal e
efeitos de sentido. distribuição da mancha gráfica) – revisão.
Gêneros do discurso: poema, poema concreto,
CAMPO Análise Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de ciberpoema, haicai, lira, microrroteiro, lambe-lambe,
8º ANO ARTÍSTICO- linguística/ Figuras de linguagem linguagem como ironia, eufemismo, antítese, alite- soneto, cordel, entre outros.
LITERÁRIO semiótica ração, assonância, dentre outras. Conceitos/conteúdos: figuras de linguagem (ironia,
eufemismo, antítese, aliteração, assonância).
Gêneros do discurso: poema, poema concreto,
Analisar processos de formação de palavras por ciberpoema, haicai, lira, microrroteiro, lambe-lambe,
CAMPO Análise soneto, cordel, entre outros.
composição (aglutinação e justaposição), apro-
8º ANO ARTÍSTICO- linguística/ Léxico/morfologia
priando-se de regras básicas de uso do hífen em Conceitos/conteúdos: processos de formação de
LITERÁRIO semiótica
palavras compostas. palavras por composição (aglutinação e justaposição),
hífen em palavras compostas.
ESTUDO E textos mentos científicos e resultados de pesquisa, tendo Conceitos/conteúdos: condições de produção (auto-
PESQUISA em vista seu contexto de produção, os elementos e a ria, finalidade, circulação do discurso); conteúdo te-
construção composicional dos roteiros. mático, composição e estilo (linguagem, léxico).
de: “A vida tem que valer a pena”; possibilidade: “É Gêneros do discurso: proposta, abaixo-assinado,
CAMPO DE Análise
permitida a entrada de menores acompanhados de entre outros.
8º ANO ATUAÇÃO NA linguística/ Modalização
adultos responsáveis”, e os mecanismos de modali-
VIDA PÚBLICA semiótica zação adequados aos textos políticos e propositivos, Conceitos/conteúdos: modalizadores.
as modalidades apreciativas, em que o locutor expri-
me um juízo de valor (positivo ou negativo) acerca
do que enuncia. Por exemplo: “Que belo discurso!”,
“Discordo das escolhas de Antônio”, “Felizmente, o
buraco ainda não causou acidentes mais graves”.
137
138
Ler e compreender, com certa autonomia, narrati- Gêneros do discurso: conto popular, conto de terror,
vas ficcionais que apresentem cenários e persona- lenda brasileira, indígena e africana, mito, história em
CAMPO Leitura/escuta gens, observando os elementos da estrutura narra- quadrinhos, mangá, entre outros.
8º ANO ARTÍSTICO- (compartilhada Leitura autônoma e com- tiva: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador Conceitos/conteúdos: estrutura da narrativa: enredo,
LITERÁRIO e autônoma) partilhada e a construção do discurso indireto e discurso di- tempo, espaço, personagens, narrador; discurso
reto. indireto e discurso direto (revisão).
dicativo do objeto.
sobre os fatos noticiados ou as posições implícitas do professor na qual haja uma subdivisão (distribui-
ou assumidas. ção) do conteúdo em partes. Quanto ao procedimen-
to metodológico, é importante que sejam explorados
o conceito, a classificação das orações e, principal-
mente, a reflexão acerca dessas orações na prática da
leitura e na adequação de uso (emprego) nas práticas
de escrita e de oralidade.
143
Planejar reportagem impressa e em outras mídias
144
Analisar o uso de recursos persuasivos em textos ar- Gêneros do discurso: artigo de opinião, editorial,
CAMPO gumentativos diversos (como a elaboração do títu- carta de leitor, resenha crítica, comentário, post de
9º ANO JORNALÍSTICO/ Leitura Efeitos de sentido lo, escolhas lexicais, construções metafóricas, a ex- blog e de rede social, charge, meme, gif entre outros.
MIDIÁTICO plicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
seus efeitos de sentido. Conceitos/conteúdos: recursos de persuasão.
147
148
Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de for- Gêneros do discurso: enquete, pesquisas de opinião,
ma a levantar prioridades, problemas a resolver ou relatório de pesquisa de opinião, entre outros.
propostas que possam contribuir para melhoria da
escola ou da comunidade, caracterizar demanda/ Conceitos/conteúdos: finalidade do texto-enuncia-
necessidade, documentando-a de diferentes manei- do, interlocutores; conteúdo temático (de que trata
Estratégia de produção:
CAMPO DE ras por meio de diferentes procedimentos, gêneros e o texto); composição (organização do texto, dispo-
Produção de planejamento de textos
9º ANO ATUAÇÃO NA mídias e, quando for o caso, selecionar informações sição, formatação, diagramação, recursos multisse-
textos reivindicatórios ou
VIDA PÚBLICA e dados relevantes de fontes pertinentes diversas mióticos); estilo (escolha lexical, linguagem).
propositivos
(sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a qualida-
de e a utilidade dessas fontes, que possam servir de Gênero digital, acrescentar conceitos/conteúdos:
contextualização e fundamentação de propostas, de roteiro; performance (movimentos do corpo, gestos,
forma a justificar a proposição de propostas, proje- ocupação do espaço cênico e elementos sonoros – en-
tos culturais e ações de intervenção. tonação, tom de voz, trilha sonora); edição de vídeo.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
149
150 S E M E D
REFERÊNCIAS
Não é por acaso que se considera, a partir dos estudos bakhtinianos, que a interação é a reali-
dade fundamental da língua associada às práticas efetivas de uso da linguagem em diferentes esferas
da atividade humana. Para que se tenha certeza de que o autor não estava se referindo à língua como
152 S E M E D
um sistema de formas, pode-se buscar a especificação que Bakhtin opera em relação à língua e ao dis-
curso. Na obra Problemas da poética de Dostoiévski, um dos capítulos é “O discurso em Dostoiévski”,
justamente porque se busca analisar a língua em sua concretude, e não como objeto da linguística
tomada a partir de uma abstração da ação concreta de uso da língua. Não pode, portanto, estar disso-
ciada de falantes, de esferas sociais, de atos concretos.
Se for considerado o ensino gramatical subdividido em classes gramaticais, por exemplo, o au-
tor menciona que não há relações dialógicas entre os elementos do sistema da língua (morfemas, pa-
lavras, orações etc.). Dessa forma, as relações dialógicas, as relações entre enunciados, entre gêneros
do discurso, por exemplo, ultrapassam os limites da linguística formal e do ensino pautado, tradicional-
mente, na gramática. O enunciado, então, é pensado como unidade concreta da comunicação discur-
siva, não podendo estar apartado do contexto sócio-histórico de existência das práticas de linguagem.
Sob essa perspectiva, a língua31 deve ser vista como porta de entrada para observar como a
cultura se desenvolveu e continua se modificando nos diferentes meios sociais e como as línguas adi-
cionais32 modificam os modos de pensar, de agir, de interação e os costumes dos sujeitos vivenciados
em sociedade. Logo, durante o planejamento das aulas, o professor procurará refletir sobre as ativida-
des não formais já realizadas pelo estudante em línguas adicionais e, a partir desses letramentos (LEA;
STREET, 2014; BARTON, 1994; BARTON; HAMILTON, 2000), planejar e desenvolver atividades formais
no contexto escolar.
Dessas práticas de letramentos informais, é necessário considerar a trajetória marcada pela
língua(gem)33 na cultura alemã por meio das festas típicas, ambientes que remontam à história da
colonização, além de famílias, instituições e empresas que preservam acontecimentos, fotos e do-
cumentos originais do período da colonização. Já em Língua Inglesa, parte-se do pressuposto de que
muitos estudantes assistem a filmes legendados, divertem-se com jogos on-line, legendados ou não, e
dialogam com colegas de outras nacionalidades em tempo real de jogo, ouvem canções, leem gibis e
livros on-line que ainda não estão disponíveis em Língua Portuguesa. Por fim, utilizam termos dessas e
de outras línguas, que são adaptados para o uso em diversas interações.
Quando o professor reflete sobre essas atividades informais citadas, entre outras, pode plane-
jar sequências didáticas (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004) explorando-as de modo que as práti-
cas de leitura e escrita sejam (res)significadas e ampliadas ao longo do percurso de estudo de línguas
pelo estudante. As práticas de desenvolvimento de oralidade e de escuta tornam-se, assim, parte de
um processo natural na e pela interação entre o eu e o Outro34 (BAKHTIN, 2003). Com isso, o profes-
sor desafiará os estudantes na e pela relação com a língua(gem); no primeiro ano de estudo, poderá
iniciar as aulas expondo em língua adicional e questionando os estudantes acerca do que entende-
ram, se conseguem falar a partir do vocabulário que ouviram e leram, buscando, assim, desenvolver
a compreensão. Também no decorrer do ano, é necessário criar condições para que sejam ampliadas,
gradualmente, essas práticas de modo constante e significativo.
Outro aspecto importante é que o professor esteja atento ao elaborar o planejamento focando
o uso de diferentes práticas de linguagem (escuta, oralidade, leitura e escrita), evitando, dessa forma,
priorizar uma em detrimento da outra. Todas as práticas devem ser utilizadas simultaneamente e na
mesma proporção. “A língua(gem) não deve ser fragmentada” (BRASIL, 2017, p. 240), principalmente
porque tal fragmentação não ocorre no âmbito das práticas efetivas de uso da língua(gem).
Desse modo, os conhecimentos linguísticos podem ser explorados por intermédio de temas
interdisciplinares e transversais contemporâneos, do global ao local, que serão desenvolvidos em tor-
no de gêneros discursivos (BAKHTIN, 2003), em que os sujeitos organizam e sistematizam diferentes
31 Bakhtin (1997, p. 124) define que “a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema linguístico
abstrato das formas da língua, tampouco no psiquismo individual dos falantes. Logo, para o autor, a substância da língua é constituída
pelo fenômeno social da interação verbal realizada através das enunciações”.
32 O conceito de língua adicional pressupõe a compreensão do “acréscimo que a disciplina traz a quem se ocupa dela, sem adição a
outras línguas que o educando já tenha em seu repertório, particularmente a língua portuguesa” (SCHLATTER; GARCEZ, 2012, p. 127).
33 Para Bakhtin (1997), a linguagem é uma interação social, onde o outro desempenha um grande papel na construção dos significados.
Nesse sentido, o autor considera a linguagem como discurso.
34 O Outro na teoria bakhtiniana não é necessariamente um sujeito. Ou seja, o professor, ao planejar atividades envolvendo oralidade
e escuta, deve utilizar de diferentes mídias e semioses para trabalhar a língua(gem) numa perspectiva multicultural, ampliando o
repertório cultural dos estudantes.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 153
práticas formais e informais e em diferentes esferas sociais. Nesse momento, ao longo das interações,
o professor pode abordar a análise linguística (GERALDI, 1997) para refletir sobre os diferentes usos
da língua(gem) nas esferas da atividade humana (trabalho, escola, entre outros). Ainda é preciso reite-
rar-se que a gramática tradicional, em determinados momentos, pode ser “desrespeitada” de acordo
com o contexto ou desconhecimento de algum aspecto linguístico e isso ainda ser compreensível em
determinadas situações por parte do estudante e de suas vivências com e sobre a língua(gem), mas
que é ela (a língua(gem)) que medeia os diferentes eventos de letramentos (COMBER; CORMACK,
1997) e interações entre os sujeitos.
Objetivos de ensino
Os objetivos propostos para o ensino de línguas adicionais fundamentam-se em saberes linguís-
ticos que auxiliem o estudante a se engajar e participar de forma crítica e responsável de diferentes
práticas para o exercício da cidadania, ampliando as possibilidades de interação e mobilidade. Esse
caráter formativo, a partir de uma Educação Linguística, permitirá ao estudante vivenciar a Língua
Alemã e a Língua Inglesa, crítica e conscientemente, a partir de matizes interculturais. Dessa for-
ma, reconhecendo e respeitando as diferenças culturais produzidas nas diferentes práticas sociais
mediadas pela língua(gem), o professor poderá desmistificar algumas concepções de interação e
de ensino de línguas de modo a “desvincular a língua da noção de pertencimento a um território
e culturas específicas” (JORDÃO, 2014, p. 240), rompendo, assim, com o paradigma de um modelo
ideal de falante.
Então, o professor criará situações de interação envolvendo práticas de linguagem (oralidade,
escuta, leitura e escrita) pautadas em projetos de letramentos, do global ao local, com ênfase nos
multiletramentos. Planejar e atuar nessa perspectiva desenvolve um enfoque crítico, pluralista, ético
e democrático (ROJO; MOURA, 2012) nos estudantes, envolvendo um agenciamento de gêneros dis-
cursivos, ampliando o repertório cultural e direcionando a outros letramentos em sociedade. Nessa
vertente, ensinar uma língua adicional
potencializa as possibilidades de participação e circulação – que aproximam e en-
trelaçam diferentes semioses e linguagens (verbal, visual, corporal, audiovisual) em
um contínuo processo de significação contextualizado, dialógico e ideológico (BRASIL,
2017, p. 238).
Pautado nesses objetivos de ensino, o professor articulará práticas que envolvam os eixos ora-
lidade, leitura, escrita e conhecimentos linguísticos para análise e reflexão nas diversas situações de
interação, sobretudo a partir de uma dimensão intercultural. Essas práticas “devem perpassar todos os
anos da vida escolar do estudante, ampliando, progressivamente, o nível de aprofundamento” (BLU-
MENAU, 2012, p. 158).
Dessa forma, o professor, ao ter os objetivos de ensino definidos ano por ano, em uma ideia de
percurso formativo e complexificação do objeto de estudo, utilizará o quadro organizador dos concei-
tos para planejar, explorando os diferentes eixos e objetos de conhecimento, visando a qualificação
e progressividade dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. É essencial que o professor, ao
visualizar o quadro organizador dos conceitos, tenha a clareza de que os agrupamentos propostos nele
não são tomados como modelo obrigatório para o delineamento do planejamento com vistas aos di-
reitos de aprendizagem.
O Currículo da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino de Blumenau tem diferentes
organizações no ensino de línguas, sendo 1) a Educação Bilíngue: o ensino da língua adicional a partir
do primeiro ano, de maneira integrada com os demais componentes curriculares; 2) Plures do Campo:
o ensino da Língua Alemã da Educação Infantil (turmas de 0 a 6 anos da Educação Infantil até o 5º ano
do Ensino Fundamental) ao 5º ano; 3) Plures: ensino da Língua Alemã e da Língua Inglesa do 4º ao 9º
ano; e, por fim, 4) o ensino da Língua Inglesa a partir do 6º ano.
Para melhor compreensão dos Quadros Organizadores dos Conceitos, estes foram elaborados
a partir das quatro organizações de ensino distintas do ensino de línguas adicionais na Rede Pública
Municipal de Ensino de Blumenau. Logo, o professor analisará sua realidade contextual e trabalhará
por meio das práticas de linguagem relacionadas à oralidade, leitura, escrita, análise linguística e di-
mensão intercultural visando a qualificação e progressividade dos objetivos de aprendizagem e desen-
volvimento ano a ano, conforme os Quadros Organizadores dos Conceitos. Enfatiza-se que os gêneros
discursivos propostos são sugestões para cada ano, podendo ser alterados conforme o planejamento
do professor e a partir da realidade contextual de cada turma da instituição de ensino em que ele es-
tiver atuando.
Possibilidades didático-pedagógicas
Os Quadros Organizadores de Conceitos, do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental, estão subdi-
vididos em dois pontos: primeiro, nas colunas, apresenta os cinco itens principais que especificam as
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 155
• Eixo Leitura: práticas de leitura de textos diversos em Língua Alemã/Língua Inglesa (verbais,
verbo-visuais, multimodais) presentes em diferentes suportes e esferas de circulação. Tais
práticas envolvem articulação com os conhecimentos prévios dos estudantes em língua
materna e/ou outras línguas.
• Eixo Dimensão Intercultural: reflexão sobre aspectos relativos à interação entre culturas (dos
estudantes e aquelas relacionadas a demais falantes de Língua Alemã/Língua Inglesa), de modo
a favorecer o convívio, o respeito, a superação de conflitos e a valorização da diversidade entre
os povos.
mais diversos campos da atividade humana, é imprescindível que seja facultado aos discentes o uso
de meios apropriados para a composição de enunciados e do uso real da língua(gem) em esferas
como a escola e no cotidiano do estudante. Dependendo da esfera de comunicação em que circula-
rem, os enunciados serão moldados para que o objetivo comunicativo seja atingido. De acordo com
Bakhtin (2003, p. 283):
Aprender a falar significa aprender a construir enunciados […]. Os gêneros do discurso
organizam o nosso discurso quase da mesma forma que o organizam as formas gra-
maticais (sintáticas). Nós aprendemos a moldar o nosso discurso em formas de gêne-
ro e, quando ouvimos o discurso alheio, já adivinhamos o seu gênero pelas primeiras
palavras, adivinhamos um determinado volume (isto é, uma extensão aproximada do
conjunto do discurso), uma determinada construção composicional, prevemos o fim,
isto é, desde o início temos a sensação do conjunto do discurso que em seguida apenas
se diferencia no processo da fala. Se os gêneros do discurso não existissem e nós não
os dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo do discurso,
de construir livremente e pela primeira vez cada enunciado, a comunicação discursiva
seria quase impossível.
Não ao acaso que a oralidade é o primeiro eixo organizador: através da fala, os seres huma-
nos organizam enunciados e moldam discursos em formas de gêneros. O trabalho com gêneros orais
permite melhor circulação nas esferas de atividade humana em que tais gêneros circulam. Assim,
a centralidade na compreensão e produção oral se articula à necessidade de apreender modos de
produzir discursos e transitar entre gêneros orais com clareza, coerência e consciência a partir de
atividades facultadas pela atividade docente. Os subitens Interação Discursiva (ID), Compreensão
Oral (CO) e Produção Oral (PO) estão relacionados às atividades mediadas pelo professor, visando
determinado fim a partir de especificidades genuínas. Por isso, em relação ao 4º ano, são mencio-
nados, enquanto Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: coletar informações em grupo
(ID); reconhecer assuntos a partir de pistas linguísticas e informações principais dos textos orais
trabalhados (CO); falar de si (PO). Já em relação ao 9º ano, são mencionados como Objetivos de
Aprendizagem e Desenvolvimento: expor argumentos e contra-argumentos a partir da explicitação
de um ponto de vista (ID); assimilar ideias-chave e posicionamentos defendidos e refutados (CO);
expor resultados de pesquisa ou estudo, adequando as estratégias de construção do texto oral aos
objetivos de comunicação e ao contexto (PO).
Pode-se notar que se busca privilegiar instâncias associadas à interação discursiva no âmbito
de situações reais de uso da língua. Em relação à oralidade, coletar informações em grupos, atividade
referente ao 4º ano, ao perguntar e responder acerca da família, da escola e da comunidade em geral
aos demais colegas, os estudantes exercitam a interação verbal. É importante mencionar que não se
trata de uma artificialização do gênero discursivo apresentação pessoal, pois o trabalho com conceitos
como interjeições, locuções, imperativo, vocabulário, por exemplo, está respaldado em uma atividade
que é extensão de uma ação entre falantes com um propósito comunicativo.
No caso do 9º ano, expor argumentos e contra-argumentos em defesa ou refutação de de-
terminado ponto de vista parte de um propósito comunicativo no qual a distinção de enunciados se
torna ainda mais sofisticada, visto que com o passar dos anos requer-se que os estudantes passem
a ter propriedade na utilização da língua a fim de posicionar-se e elaborar enunciados cada vez mais
complexos. Assim, a situação social se articula indissociavelmente ao enunciado, porque não é algo
externo, mas o constitui. Para que não sejam desenvolvidas atividades voltadas a uma noção siste-
mática da língua, tal elaboração de enunciados requer desenvolvimento de conceitos, de modos de
aprendizagem e da apropriação de uma expressão material semiótica em instâncias de interação
efetivamente realizadas. Defender e reconhecer a defesa de pontos de vista diz respeito ao trato
com a oralidade que visa permitir a apropriação e facultar aos estudantes modos de posicionar-se
no mundo que os rodeia, através do desenvolvimento de letramentos que sejam úteis nas esferas
de interação verbal.
A aparição dos eixos de leitura e escrita como instâncias independentes ocorre para fins didáti-
cos, para que se perceba que são atividades relacionadas aos letramentos e dizem respeito aos modos
distintos de atuar no mundo dos usos da linguagem. Esta proposta visa a formação de cidadãos críticos
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 157
a partir do movimento de aprender e ensinar, que resulta na mediação do professor ao mesmo tempo
que possibilita que ele reflita sobre sua prática. Isso porque o aprendizado da escrita só faz sentido se
resultar na inclusão de indivíduos no universo dela, através da ampliação de sua inserção na partici-
pação política e social do mundo em que vivem. Por isso, os eixos de leitura e escrita são importantes,
pois dizem respeito à inserção e apropriação de letramentos diversos, voltados para propósitos comu-
nicativos cada vez mais amplos.
O que chama atenção em relação ao eixo conhecimentos linguísticos é que se referencia a uti-
lização de práticas de análise linguística desde que estas não estejam apartadas do uso da linguagem
trabalhado nos demais eixos citados. Assim, não se parte de uma noção de língua como sistema formal
de signos, mas de linguagem enquanto discurso, porque enunciados não podem ser separados da si-
tuação social na qual são produzidos. As reflexões acerca do funcionamento da língua não se tornam,
então, mero pretexto para o estudo de formas gramaticais, mas visa-se um olhar atento para o uso. É
importante perceber que há uma continuidade que faz que as atividades estejam intercaladas, a fim de
promover um movimento intercambiável entre modos de interagir, interpretar e situar-se no mundo
das esferas da comunicação verbal.
Em relação à dimensão intercultural, pode ser mencionado que se torna importante o estudo
de aspectos relacionados à interação entre culturas (dos estudantes e aquelas relacionadas aos demais
falantes das línguas estudadas). Este subitem se justifica devido ao trabalho com línguas adicionais,
que não pode ser reduzido à interpretação do que o outro diz ou a como elaborar enunciados em de-
terminado contexto. Trata-se de um fator de responsabilidade ética em relação ao outro: o olhar para
o outro, para aquele que é diferente. Visa favorecer o convívio, mas, mais que isso, situa a comunidade
de falantes em relação a outra. Se há diferenças interculturais, elas não podem ser negligenciadas. Isso
se opera consoante uma teoria histórico-social que apregoa que somos seres históricos e socialmente
situados. Diante disso, é importante considerar, respeitar e valorizar a diversidade. Este item está rela-
cionado a um fator humanizador: o aprendizado da língua(gem) não pode estar apartado da conscien-
tização de que o respeito entre os povos deve prevalecer. Ou seja, aprender línguas é uma atividade
que não pode estar distanciada de refletir sobre a cultura dos povos.
As inúmeras possibilidades de trabalho com gêneros discursivos, portanto, não podem ser dis-
sociadas de práticas efetivas de uso da linguagem. Diante disso, o estudo dos letramentos, enquanto
campo que considera a existência de atividades permeadas pelo uso da escrita, da oralidade e da lei-
tura em âmbito escolar, está associado a uma esquematização complexa, que considere a amplitude
de modos e possibilidades de manifestação e produção de enunciados no seio social. Por isso, a cons-
trução dos quadros de conceitos apresentados não segue subdivisões aleatórias, pois está associada
às formas de olhar a língua, seja ela materna ou língua adicional, a partir de inúmeros modos de ma-
nifestação no terreno dos usos efetivos da linguagem. Mais do que estabelecer critérios, norteamen-
tos e conceitos para o trabalho em sala de aula, o que os quadros propõem é permitir uma reflexão
constante sobre a prática docente e sobre como as atividades escolares não podem estar dissociadas
de uma inter-relação entre tarefas, conceitos a serem desenvolvidos e instâncias que visam possibilitar
o uso, o aprimoramento e a efetivação de práticas linguageiras.
Dessa forma, conclui-se que, ao analisar os Quadros Organizadores de Conceitos a partir das di-
ferentes práticas de linguagem, surgem infindáveis possibilidades didático-pedagógicas para planejar.
Em síntese, o professor poderá organizar a aula a partir da leitura de histórias adaptadas e originais,
textos de jornais, revistas e sites; da escuta de podcasts e programas de rádios, bem como audiolivros;
de trechos de filmes, programas e séries com diferentes temáticas e modos de dizer.
Trata-se de instigar o professor para que busque inserir o estudante nos diferentes espaços da
produção cultural, científica, acadêmica, social e tecnológica em que a interação ocorre mediada pelas
línguas adicionais. Essa infinidade de repertório possibilitará ao estudante a ampliação linguística e de
mobilidade por meio da língua adicional.
Quadro 1 – Quadro Organizador dos Conceitos do 4º ano.
158
GÊNEROS
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS DISCURSIVOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
(POSSIBILIDADES)
EIXO ORALIDADE: práticas de compreensão e produção oral de Língua Alemã/Língua Inglesa, em diferentes contextos Cumprimentos (interjeições e locu-
discursivos presenciais ou simulados, com repertório de falas diversas, incluída a fala do professor. ções interjetivas). Apresentação pessoal.
Interação Construção de laços Coletar informações do grupo, perguntando e respondendo sobre a
discursiva afetivos e convívio social família, os amigos, a escola e a comunidade. Comandos básicos de rotina em sala Crachá.
Estratégias de compreensão de aula (imperativo).
de textos orais: palavras Reconhecer, com o apoio de palavras cognatas e pistas do contexto
Compreensão oral Dicionário bilíngue
cognatas do contexto discursivo, o assunto e as informações principais em textos orais. Fonemas (alfabeto).
on-line e impresso.
discursivo
Produção de textos orais, Falar de si, explicitando informações pessoais e características Vocabulário: família, animais de
Produção oral estimação, partes do corpo, dias da
com a mediação do professor relacionadas a gostos, preferências e rotinas. Calendário.
semana, meses do ano, estações do
EIXO LEITURA: práticas de leitura de textos diversos em Língua Alemã/Língua Inglesa (verbais, verbo-visuais, ano, números cardinais, cores e
multimodais) presentes em diferentes suportes e esferas de circulação. Tais práticas envolvem articulação com os qualidades. Cartões
conhecimentos prévios dos estudantes em língua portuguesa e/ou outras línguas. comemorativos.
Estratégias de Hipóteses sobre a Formular hipóteses sobre a finalidade de um texto, com base em sua
leitura finalidade de um texto estrutura, organização textual e pistas gráficas. Datas comemorativas: Entrevista.
Língua Alemã: Semana da Língua
Práticas de leitura e Construir repertório lexical, compreendendo a organização de um Alemã, Dia Municipal da Língua Canções tradicionais.
Construção de repertório
de construção de dicionário bilíngue (impresso e/ou on-line) e do contato com fontes Alemã (Tag der deutschen Einheit),
lexical e autonomia leitora
repertório lexical diversas. Semana da Imigração Alemã, entre Jogos
outras datas. teatrais/diálogos.
Atitudes e
Partilha de leitura, com Compartilhar ideias e opiniões sobre o que o texto lido infor-
disposições
mediação do professor ma/comunica. Língua Inglesa: Histórias em
favoráveis do leitor
quadrinhos.
Independência dos Estados Unidos,
EIXO ESCRITA: práticas de produção de textos em Língua Alemã/Língua Inglesa relacionadas ao cotidiano dos alunos,
Thanksgiving, Dia da Família, entre
em diferentes suportes e esferas de circulação. Tais práticas envolvem a escrita mediada pelo professor ou colegas e
outras datas. Desenho
articulada com os conhecimentos prévios dos alunos em Língua Portuguesa e/ou outras línguas.
animado/vídeos.
Produção de textos escritos, Produzir textos escritos sobre si mesmo, sua família, seus amigos, Língua Alemã:
Práticas de escrita em formatos diversos, com a gostos, preferências e rotinas, sua comunidade, seu contexto escolar W-fragen.
mediação do professor. e outras temáticas abordadas.
S E M E D
EIXO CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS: práticas de análise linguística para a reflexão sobre o funcionamento da
Artigos definidos.
Língua Alemã/Língua Inglesa, com base nos usos de linguagem trabalhados nos eixos Oralidade, Leitura, Escrita e
Pronomes pessoais (primeira, se-
Dimensão Intercultural.
gunda e terceira pessoas do sin-
Construir repertório relativo às expressões usadas para o convívio gular).
social e o uso da Língua Alemã/Língua Inglesa em sala de aula. Verbos sein e heißen.
Construção de
Estudo do léxico Pronomes possessivos (primeira e
repertório lexical.
Construir repertório lexical relativo a temáticas abordadas (escola,
segunda pessoas do singular).
família, rotina diária, atividades de lazer, esportes, entre outras).
EIXO DIMENSÃO INTERCULTURAL: reflexão sobre aspectos relativos à interação entre culturas (dos estudantes e
aquelas relacionadas a demais falantes de Língua Alemã e de Língua Inglesa), de modo a favorecer o convívio, o respeito, a
superação de conflitos e a valorização da diversidade entre os povos.
A Língua Países que têm a Língua
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Alemã/Língua Alemã/Língua Inglesa como Reconhecer o alcance da Língua Alemã/Língua Inglesa no mundo
Inglesa no mundo língua materna e/ou oficial como língua materna e/ou oficial (primeira ou segunda língua).
GÊNEROS
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS DISCURSIVOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
(POSSIBILIDADES)
EIXO ORALIDADE: práticas de compreensão e produção oral de Língua Alemã/Língua Inglesa, em diferentes contextos Vocabulário: disciplinas, objetos Apresentação
discursivos presenciais ou simulados, com repertório de falas diversas, incluída a fala do professor. escolares, alimentos e bebidas, pessoal.
lugares, meios de transporte.
Construção de laços afetivos Dicionário bilíngue
Demonstrar iniciativa para utilizar a Língua Alemã/Língua Inglesa
e on-line e impresso.
em situações de interação oral. Horário.
convívio social
Funções e usos da Língua Relato simples.
Interação discursiva
Alemã/Língua Inglesa Empregar expressões de uso cotidiano de sala de aula, para solicitar Adjetivos.
em sala de aula (Im esclarecimentos sobre o que não entendeu e/ou o significado de Canções tradicionais.
Deutschunterricht/Classroom palavras ou expressões. Língua Alemã:
Language) Cartões
Artigos indefinidos.
comemorativos.
Estratégias de compreensão Verbo sein e outros relacionados
de textos orais: palavras Reconhecer, com o apoio de palavras cognatas e pistas do contexto às rotinas de sala de aula na Desenho
Compreensão oral
cognatas do discursivo, o assunto e as informações principais em textos orais. primeira pessoa do singular do animado/vídeos.
contexto discursivo presente (singen, hören, lesen,
malen, sprechen, spielen, schreiben Regras escolares.
Falar de si e de outras pessoas, explicitando informações pessoais e etc).
Produção de textos orais, características relacionadas a gostos, preferências e rotinas.
Produção oral com a mediação do Entrevista.
professor Planejar apresentações sobre temáticas diversas, como: família, Língua Inglesa:
comunidade, escola etc., compartilhando-as oralmente com o grupo. Jogos
Artigos indefinidos.
teatrais/diálogos.
EIXO LEITURA: práticas de leitura de textos diversos em Língua Alemã/Língua Inglesa (verbais, verbo-visuais, multimodais)
presentes em diferentes suportes e esferas de circulação. Tais práticas envolvem articulação com os conhecimentos prévios Verbos no presente simples – Histórias em
dos estudantes em língua portuguesa e/ou outras línguas. gostar, ter, estudar, jogar, entre quadrinhos.
outras ações na primeira e segun-
Hipóteses sobre a finalidade Formular hipóteses sobre a finalidade de um texto, com base em sua da pessoas do singular – Simple
Estratégias de leitura Horário escolar.
de um texto estrutura, organização textual e pistas gráficas.
S E M E D
Compreensão geral e
Identificar o assunto de um texto, reconhecendo sua organização Present – to like, to have, to study,
específica: leitura rápida Rótulo.
textual e palavras cognatas. to play etc.
(Überfliegen/skimming,
Localizar informações específicas em texto. Pirâmide alimentar.
scanning)
Práticas de leitura e
de construção de Construir repertório lexical, compreendendo a organização de um Receita.
repertório lexical dicionário bilíngue (impresso e/ou on-line) e do contato com fontes
Construção de repertório diversas. Lista (de materiais,
lexical e autonomia leitora compras, telefones
Construir repertório lexical explorando ambientes virtuais e/ou
etc.).
aplicativos.
Atitudes e Poemas.
Partilha de leitura, com Compartilhar ideias e opiniões sobre o que o texto lido infor-
disposições
mediação do professor. ma/comunica.
favoráveis do leitor
EIXO ESCRITA: práticas de produção de textos em Língua Alemã/Língua Inglesa relacionadas ao cotidiano dos alunos, em
diferentes suportes e esferas de circulação. Tais práticas envolvem a escrita mediada pelo professor ou colegas e articulada com
os conhecimentos prévios dos alunos em Língua Portuguesa e/ou outras línguas.
Produção de textos escritos, Produzir textos escritos sobre si mesmo, sua família, seus amigos,
Práticas de escrita em formatos diversos, com a gostos, preferências e rotinas, sua comunidade, seu contexto escolar
mediação do professor e outras temáticas abordadas.
EIXO CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS: práticas de análise linguística para a reflexão sobre o funcionamento da Língua
Alemã/Língua Inglesa, com base nos usos de linguagem trabalhados nos eixos Oralidade, Leitura, Escrita e Dimensão
Intercultural.
lexical
Construir repertório lexical relativo a temáticas abordadas (escola,
Estudo do léxico família, rotina diária, atividades de lazer, esportes, entre outros).
Gramática
Aplicar em enunciados de atividades, comandos e instruções orais
Imperativo
utilizando o modo imperativo.
EIXO DIMENSÃO INTERCULTURAL: reflexão sobre aspectos relativos à interação entre culturas (dos estudantes e aquelas
relacionadas a demais falantes de Língua Alemã/Língua Inglesa), de modo a favorecer o convívio, o respeito, a superação de
conflitos e a valorização da diversidade entre os povos.
GÊNEROS
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS DISCURSIVOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
(POSSIBILIDADES)
EIXO ORALIDADE: práticas de compreensão e produção oral de Língua Alemã/Língua Inglesa, em diferentes contextos Comandos básicos de rotina em Apresentação pessoal.
discursivos presenciais ou simulados, com repertório de falas diversas, incluída a fala do professor. sala de aula (imperativo).
Demonstrar iniciativa para utilizar a Língua Alemã/Língua Inglesa Dicionário bilíngue
em situações de interação oral. Fonemas (alfabeto). on-line e impresso.
Construção de laços
afetivos e convívio social Coletar informações do grupo, perguntando e respondendo sobre Vocabulário: família, animais de Relato simples.
a família, os amigos, a escola e a comunidade. estimação, partes da casa, alimen-
Interação discursiva tos e bebidas, objetos escolares, Calendário.
Funções e usos da Língua disciplinas escolares, dias da se-
Alemã/Língua Inglesa Empregar expressões de uso cotidiano de sala de aula, para solicitar mana, meses e estações do ano, Cartões
em sala de aula esclarecimentos sobre o que não entendeu e/ou o significado de números cardinais, cores e ca- comemorativos.
(Im Unterricht) palavras ou expressões. racterísticas físicas.
(Classroom Language) Entrevista.
Estratégias de Horário.
Canções tradicionais.
compreensão de textos orais: Reconhecer, com o apoio de palavras cognatas e pistas do contexto
Compreensão oral
palavras cognatas do discursivo, o assunto e as informações principais em textos orais.
Língua Alemã: Jogos teatrais/diálogos.
contexto discursivo
W-Fragen.
Falar de si e de outras pessoas, explicitando informações pessoais e Histórias em
Produção de textos características relacionadas a gostos, preferências e rotinas. Hobbys. quadrinhos.
Produção oral orais, com a mediação Adjetivos e antônimos.
do professor Planejar apresentações sobre temáticas diversas, como: família, co- Desenho
munidade, escola etc., compartilhando-as oralmente com o grupo. Verbos haben, können. animado/vídeos.
EIXO LEITURA: práticas de leitura de textos diversos em Língua Alemã/Língua Inglesa (verbais, verbo-visuais, Advérbio gern + Verb. (gostar) e
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Produção de textos escritos, Produzir textos escritos sobre si mesmo, sua família, seus amigos,
Práticas de escrita em formatos diversos, com a gostos, preferências e rotinas, sua comunidade, seu contexto escolar
mediação do professor e outras temáticas abordadas.
EIXO CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS: práticas de análise linguística para a reflexão sobre o funcionamento da
Língua Alemã/Língua Inglesa, com base nos usos de linguagem trabalhados nos eixos Oralidade, Leitura, Escrita e
Dimensão Intercultural.
Construir repertório relativo às expressões usadas para o convívio
social e o uso da Língua Alemã/Língua Inglesa em sala de aula.
Construção de repertório
lexical Construir repertório lexical relativo a temáticas abordadas (escola,
Estudo do léxico família, rotina diária, atividades de lazer, esportes, entre outros).
EIXO DIMENSÃO INTERCULTURAL: reflexão sobre aspectos relativos à interação entre culturas (dos estudantes e
aquelas relacionadas a demais falantes de Língua Alemã/Língua Inglesa), de modo a favorecer o convívio, o respeito, a
superação de conflitos e a valorização da diversidade entre os povos.
A Língua Países que têm a Língua
Alemã/Língua Reconhecer o alcance da Língua Alemã/Língua Inglesa no mundo
Alemã/Língua Inglesa como
Inglesa no mundo como língua materna e/ou oficial (primeira ou segunda língua).
língua materna e/ou oficial
GÊNEROS
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS DISCURSIVOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
(POSSIBILIDADES)
EIXO ORALIDADE: práticas de compreensão e produção oral de Língua Alemã/Língua Inglesa, em diferentes contextos Vocabulário: números ordinais, Canções.
discursivos presenciais ou simulados, com repertório de falas diversas, incluída a fala do professor. cidade e locais, países e nacio-
nalidades.
Funções e usos da Língua Jogos
Alemã/Língua Inglesa: Trocar ideias e engajar-se colaborativamente em brincadeiras, jogos teatrais/diálogos.
convivência e colaboração e situações de interação oral realizadas em sala de aula. Língua Alemã:
Interação discursiva em sala de aula
Verbo tragen na primeira, segunda e Histórias em
Entrevistar pessoas da comunidade escolar sobre temáticas inter- terceira pessoa do singular. quadrinhos.
Práticas investigativas
disciplinares abordadas. Advérbio de frequência e tempo.
Estratégias de compreensão Pronomes demonstrativos. Desenho
de textos orais: Compreender textos orais a partir dos conhecimentos prévios. Conjunções: mas (aber) e então animado/vídeos e
conhecimentos prévios (dann). documentários.
Compreensão oral
Compreensão de textos Identificar o contexto, a finalidade, o assunto e os interlocutores em
Regras escolares.
orais de cunho descritivo textos orais presentes no cinema, na internet, na televisão, entre Língua Inglesa:
ou narrativo. outros.
Presente simples – Simple Present Mapas.
Produção de textos orais, Compor narrativas orais sobre fatos, acontecimentos e perso~- (aprofundamento).
Produção oral
com mediação do professor nalidades. Entrevistas
Passado simples – Simple Past
jornalísticas,
(Verbos regulares).
EIXO LEITURA: práticas de leitura de textos diversos em Língua Alemã/Língua Inglesa (verbais, verbo-visuais, televisivas, coletivas e
multimodais) presentes em diferentes suportes e esferas de circulação. Tais práticas envolvem articulação com os Passado contínuo – Past Conti- radiofônicas.
conhecimentos prévios dos estudantes em língua portuguesa e/ou outras línguas. nuous.
Notícias de rádio e
Inferir o sentido global de textos com base em leitura rápida, Preposições de tempo, lugar e televisivas.
Compreensão geral e
observação de títulos, imagens, primeiras e últimas frases de conectores.
específica: leitura rápida
parágrafos e palavras-chave repetidas, ou cognatas.
S E M E D
(Überfliegen/skimming, Identificar a(s) informação(ões)-chave de partes de um texto em Hipertextos/hipermí-
scanning) Língua Alemã/Língua Inglesa (parágrafos).
Estratégias de Verbo poder (no passado e no dias/memes/vidding/
leitura presente) – Could/Can. remix/fanfiction/wiki.
Construção do sentido
Construir o sentido global de um texto relacionando suas partes.
global do texto
Verbos no modo imperativo – Reportagens ao vivo.
Imperative.
Objetivos de leitura Selecionar a informação desejada em um texto.
Práticas de leitura Fábulas, contos, len-
e pesquisa Leitura de textos Escolher textos de fontes confiáveis para estudos/pesquisas escolares das e poemas.
digitais para estudo em ambientes virtuais.
Gráficos.
Atitudes e
Participar de troca de opiniões e informações sobre textos, lidos na
disposições Partilha de leitura
sala de aula ou em outros ambientes.
favoráveis do leitor Biografias, minibio-
grafias e autobiogra-
EIXO ESCRITA: práticas de produção de textos em Língua Alemã/Língua Inglesa relacionadas ao cotidiano dos alunos,
fias.
em diferentes suportes e esferas de circulação. Tais práticas envolvem a escrita mediada pelo professor ou colegas e articulada
com os conhecimentos prévios dos alunos em Língua Portuguesa e/ou outras línguas.
Resumos e esquemas
Pré-escrita: planejamento mentais – mind maps.
Planejar a escrita de textos em função do contexto (público,
de produção escrita, com
finalidade, leiaute e suporte).
mediação do professor
Estratégias de
escrita: pré-escrita e Explorar a produção textual organizando em unidades de sentido,
escrita Escrita: organização em
dividindo em parágrafos, tópicos e/ou subtópicos considerando
parágrafos ou tópicos, com
diferentes possibilidades de formato de texto, suporte e organização
mediação do professor
gráfica.
Produção de textos
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
EIXO DIMENSÃO INTERCULTURAL: reflexão sobre aspectos relativos à interação entre culturas (dos estudantes e
aquelas relacionadas a demais falantes de Língua Alemã/Língua Inglesa), de modo a favorecer o convívio, o respeito, a
superação de conflitos e a valorização da diversidade entre os povos.
A Língua Alemã/Língua
A Língua
Inglesa como língua Analisar o alcance da Língua Alemã/Língua Inglesa e os seus contextos
Alemã/Língua
global na sociedade de uso no mundo globalizado.
Inglesa no mundo
contemporânea
Comunicação
aspectos culturais
intercultural Examinar fatores que podem impedir o
na comunicação
entendimento entre pessoas de culturas
diferentes que falam a Língua Alemã/Língua
Inglesa.
Fonte: Brasil (2017).
171
172
EIXO ORALIDADE: práticas de compreensão e produção oral de Língua Alemã/de Língua Vocabulário referente
Inglesa, em diferentes contextos discursivos presenciais ou simulados, com repertório de aos temas e aos gêneros Canções.
falas diversas, incluída a fala do professor. discursivos escolhidos.
Jogos teatrais/diálogos.
Língua Inglesa: expor pontos de vista, argu-
Interação Funções e usos
mentos e contra-argumentos, consi-derando o Internetês.
da Língua Histórias em quadrinhos.
discursiva contexto e os recursos linguísticos e para-
Inglesa: persuasão
linguísticos.
Língua Alemã:
Desenho animado/vídeos e documentários.
Compilar as ideias-chave de textos por meio de Verbos modais:
Compreensão de tomada de notas. möchten, mögen,
Compreensão textos orais, multi- Relatórios científicos.
dürfen, wollen, müssen,
oral modais, de cunho Analisar posicionamentos defendidos e refu-
sollen.
argumentativo tados em textos orais sobre temas de interesse Notas de aula.
social e coletivo. Conjunções.
Preposições.
Língua Inglesa: expor resultados de pesquisa Comentários.
Produção de Conectores sondern
ou estudo adequando as estratégias de cons-
Produção oral textos orais (mas (sim)), oder (ou)
trução do texto oral aos objetivos de comu- Debates, discussões, exposições, seminários e comunicações.
com autonomia
nicação e ao contexto.
Língua Inglesa: Entrevistas jornalísticas, televisivas e radiofônicas.
EIXO LEITURA: práticas de leitura de textos diversos em Língua Alemã/Língua Inglesa
(verbais, verbo-visuais, multimodais) presentes em diferentes suportes e esferas de
circulação. Tais práticas envolvem articulação com os conhecimentos prévios dos Conectores de adição, Notícias de rádio, televisivas e da Internet.
estudantes em língua portuguesa e/ou outras línguas. comdição, oposição,
comtraste, conclusão e
Identificar recursos de persuasão, utilizados Currículo.
Recursos de síntese.
nos textos publicitários e de propaganda, como
persuasão
elementos de convencimento. Rótulo, classificados, publicidade e propagandas impressas e on-
Estratégias Orações condicionais line, classificados, boletim de preços e logomarca.
de leitura Distinguir fatos de opiniões em textos argu- dos tipos 1 e 2 – if
Recursos de mentativos da esfera jornalística. clauses. Hipertextos/hipermídias/memes/vidding/remix/fanfiction/wiki/e-mails.
argumentação Identificar argumentos principais e as evi-
dências/exemplos que os sustentam. Produção e recepção de videocasts e podcasts.
S E M E D
Práticas de Analisar a qualidade e a validade das infor- Verbos modais – modal
Informações em
leitura e novas mações veiculadas explorando ambientes verbs: should, must,
ambientes virtuais
tecnologias virtuais de informação e socialização. have to, may e might.
Compartilhar, com os colegas, a leitura dos
Avaliação dos textos escritos pelo grupo, valorizando os
Reflexão pós-leitura
textos lidos diferentes pontos de vista defendidos, com
ética e respeito.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M.; VOLOSHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução Michel Lahud, Yara
Frateschi Vieira. 8. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
______. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2003, p. 262-306.
BARTON, D. Literacy: an introduction to the ecology of written language. Cambridge: Blackwell, 1994.
______.; HAMILTON, M. Literacy practices. In: BARTON, D. et al. (orgs.). Situated literacies: reading and
writing in context. Londres: Routledge, 2000. p. 7-15.
BLUMENAU. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação. Diretrizes Curriculares Municipais
para Educação Básica. v. 2. Blumenau: Prefeitura Municipal; SEMED, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho
Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Básica. Brasília: MEC; SED; DICEI, 2013.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho Nacional de Educação. Base
Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC; SEB, 2017.
COMBER, B.; CORMACK, P. Looking beyond skills and processes: literacy as social and cultural practices
in classrooms. Reading, v. 31, n. 3, p. 22-29, 1997.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de
um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado
das Letras, 2004. p. 95-128.
GERALDI, J. W. Portos de passagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
JORDÃO, C. M. ILA - ILF - ILE - ILG: quem dá conta? Rev. Bras. Linguist. Apl., v. 14, n. 1, p. 13-40, 2014.
LEA, M. R.; STREET, B. V. The “academic literacies” model: Theory and applications. Theory into Practice,
v. 45, n. 4, p. 368-377, 2006.
ROJO, R.; MOURA, E. (orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.
SCHLATTER, M.; GARCEZ, P. M. Línguas Adicionais na escola: aprendizagens colaborativas em inglês.
Erechim: Edelbra, 2012.
176 S E M E D
2.2.3 Arte
A arte, compreendida como uma criação especificamente humana, reflete e expressa as intera-
ções que o sujeito estabelece com os outros e consigo mesmo em seu contexto histórico, social e cul-
tural. O componente curricular Arte no Currículo da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino
de Blumenau abrange, durante o percurso formativo do Ensino Fundamental, as seguintes linguagens:
Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. As diferentes linguagens, em suas especificidades, possibilitam
aos estudantes diversas maneiras de se expressar e de desenvolver, de modo singular, a sua sensibili-
dade humana. Para Vigotski,
As funções psicológicas especificamente humanas se originam nas relações do indiví-
duo e seu contexto cultural e social. […] A cultura é, portanto, parte constitutiva da
natureza humana, já que sua característica psicológica se dá através da internalização
dos modos historicamente determinados e culturalmente organizados de operar com
informações (REGO, 1995, p. 41) .
No campo da Arte, a interação com diferentes culturas e suas construções simbólicas permite
o sentimento de pertencimento, o conhecimento de si próprio, de sua identidade e singularidade e o
conhecimento do outro. Portanto, a interculturalidade no ensino da Arte implica uma concepção am-
pla, uma postura educacional capaz de abarcar as múltiplas e diferenciadas manifestações artísticas,
incluindo “os conhecimentos subalternizados e os ocidentais, numa relação tensa, crítica e mais iguali-
tária” (OLIVEIRA; CANDAU, 2010, p. 27), proporcionando uma experiência crítica e reflexiva a respeito
da cultura socialmente produzida e das narrativas eurocêntricas.
A Arte passa a ser reconhecida enquanto componente curricular, após inúmeras pesquisas e
estudos relacionados às “atividades educativas” promovidas pela Educação Artística (Lei 5.692/1971),
devido ao esvaziamento e à superficialização gerados por meio de práticas de ensino polivalentes.
Com a atualização da Lei nº 9.394/1996, fica estabelecido em seu § 2º do artigo 26 que: “O ensino da
arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma
a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL, 1996). Após isso, destaca-se, ainda, a
alteração na LDB que ocorreu em 2016 (Lei nº 13.278), modificando o § 6º do artigo 26, definindo: “As
artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular
de que trata o § 2º deste artigo”. De acordo com o Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental do Território Catarinense de 2019, a partir dessa alteração,
houve movimentos no sentido de ampliar os cursos de formação docente nessas lingua-
gens, evitando equívocos, como a exigência da polivalência no âmbito escolar, impossi-
bilitando, por vezes, a garantia das manifestações para reconhecimento e legitimidade
das linguagens artísticas específicas (SANTA CATARINA, 2019, p. 237).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 177
Dessa forma, o Currículo da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino de Blumenau de-
fende que o professor de Arte atue de acordo com sua formação específica: Artes Visuais, Dança, Música
ou Teatro. Assim, entende-se que o professor enfatiza no seu fazer pedagógico a sua área de formação,
podendo realizar, sempre que possível, atravessamentos e diálogos entre as demais linguagens da Arte
e/ou entre outras áreas do conhecimento, bem como reflexões a respeito das formas estéticas híbridas,
tais como as artes circenses, o cinema e a performance.
O ensino da Arte desenvolve, entre outros aspectos, a capacidade de percepção e a sensibili-
zação para experienciar e compreender a realidade social e cultural, desenvolvendo, além do gosto
estético, a consciência crítica. Salienta-se que, de acordo com Vigotski, as características tipicamente
humanas não são inatas, elas “resultam da interação dialética do homem e seu meio sócio-cultural. Ao
mesmo tempo em que o ser humano transforma o seu meio para atender suas necessidades básicas,
transforma-se a si mesmo” (REGO, 1995, p. 41). O aprendizado é fundamental para esse processo de
desenvolvimento, sendo a escola um lugar privilegiado para a apropriação da cultura humana. Para
Vigotski, o aprendizado “sempre envolve a interferência, direta ou indireta, de outros indivíduos e a
reconstrução pessoal da experiência” (OLIVEIRA, 1997, p. 78). Para a especificidade da Atividade de
Ensino em Arte (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro), discorre-se a seguir sobre as seis dimensões
a serem desenvolvidas pelo professor em consonância com a perspectiva Histórico-Cultural adotada
neste currículo: criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão (BRASIL, 2017). Essas dimensões
são compreendidas como linhas que se interpenetram, sem hierarquização ou ordem definida, e que
caracterizam a singularidade da experiência artística.
A criação refere-se ao fazer artístico; a produção de arte é a materialidade estética de sentimen-
tos, ideias, expressões, emoções, entre outros. Por meio da experiência criativa, é possível conscienti-
zar os estudantes a respeito dos processos que envolvem o fazer artístico. Segundo Vigotski (2011), a
imaginação é a base para toda a atividade criadora e quanto mais amplo for o repertório de experiên-
cias, aprendizado e assimilação, mais sólida será a base para a sua ação criadora e mais produtiva será
a sua imaginação.
Na contemporaneidade, outro aspecto que demanda a nossa atenção é a importância do diá-
logo e da reflexão a respeito do mercado da arte, da indústria cultural e da massificação dos bens
culturais. A arte enquanto produto da interação do sujeito com seu meio social, político e cultural não
se apresenta apenas no passado, se concretiza também no presente, por meio de nossas escolhas
em relação às produções artísticas e ao consumo. É preciso desenvolver a dimensão crítica e estética,
considerando que o gosto do estudante é reflexo do capital cultural que experienciou ao longo de sua
vida, no seu ambiente sociocultural (PENNA, 2015). A escola, ao longo do processo de formação, busca
relacionar os conhecimentos do estudante aos conceitos científicos, ampliando seu repertório e de-
senvolvendo maior clareza em relação à função da arte no contexto sociocultural e econômico (SANTA
CATARINA, 2014).
A crítica refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a novas com-
preensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações, por
meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas
e culturais vividas e conhecidas (BRASIL, 2017, p. 194).
Além disso, transversalmente às diferentes linguagens da Arte e de acordo com o Currículo Base
da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (SANTA CATARINA, 2019), o
Currículo da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino de Blumenau é organizado em quatro
blocos (turmas/anos), tendo em comum na abordagem a ênfase em alguns aspectos:
A partir dessa estruturação do currículo de Arte, outra abordagem a ser utilizada pelo professor
durante o percurso escolar é a integração das linguagens da Arte, buscando explorar as “relações e
articulações entre as diferentes linguagens e suas práticas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso
das tecnologias de informação e comunicação” (BRASIL, 2017, p. 197). As propostas pedagógicas de-
senvolvidas a partir das Artes Integradas (BRASIL, 2017) têm por objetivos:
• Nos anos iniciais: a) reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre
diversas linguagens artísticas, relacionadas especialmente às culturas locais, regionais e catarinense; b)
caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes
matrizes estéticas e culturais; c) conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial de
culturas diversas, em especial a brasileira (local, regional e catarinense), incluindo-se suas matrizes
indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e
repertório relativos às diferentes linguagens artísticas; d) explorar diferentes tecnologias de informação
e comunicação e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e
vídeo, fotografia, softwares, entre outros) nos processos de criação artística (SANTA CATARINA, 2019).
• Nos anos finais: a) construir e relacionar práticas artísticas, as diferentes dimensões da vida social,
cultural, política, histórica, econômica, ética e estética, a partir da história da Arte, artistas e obras
(Artes Visuais, Dança, Música e Teatro) que dialoguem com essas questões; b) articular as diferentes
linguagens da Arte por meio de projetos temáticos, analisando aspectos históricos, sociais e políticos
da produção artística, de modo a problematizar as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações
da arte (artesanato, folclore, design, musicais, sarau, audições, entre outros); c) analisar e valorizar o
patrimônio cultural, material e imaterial (museus, arquitetura, danças, músicas, gastronomia, artefatos,
vestimentas, obras e objetos de arte) e patrimônio natural de diversas culturas, entre elas: indígena,
africana, quilombola e europeia; d) identificar e explorar diferentes tecnologias e recursos digitais
(museus virtuais; plataforma de aprendizagens digitais; ferramentas midiáticas; criação e edição de
vídeo e de registros das culturas populares e tradicionais, como: desenho, escrita, fotografia, música,
performance, relato escrito e oral, entre outros, além de criação audiovisual) nos processos de criação
artística, levando em conta aspectos éticos e estéticos (SANTA CATARINA, 2019).
ARTES VISUAIS
ANOS INICIAIS – 1º e 2º anos
Alfabetização em Arte
9 Utilização de diferentes suportes (papel, tecido, muro, chão etc.), cores, formas, tamanhos
e texturas, propiciando diversas possibilidades para criações nas diferentes expressões
artísticas.
9 Viabilização de espaços na escola para exposições, mostras, feiras, festivais, entre outros,
que promovam a interação dos estudantes com a arte e a cultura.
ARTES VISUAIS
ANOS INICIAIS – 3º ao 5º anos
Arte e cultura local, regional e catarinense
OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO
Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, Técnicas e formas de expressão artística: desenho, pintura, pintura
Materialidade
coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e corporal, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
da comunidade. gravura, cerâmica, instalação, fotografia, vídeo, serigrafia, artes
gráficas (cartaz, lambe-lambe, outdoor, propaganda, catálogo de
museu, ilustrações etc.), entre outras.
Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos
Processo de criação plurais.
Gêneros das artes visuais: paisagem (urbana, rural, litorânea,
natural), natureza morta.
Reconhecer algumas categorias do sistema das artes visuais.
S E M E D
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 183
9 Ampliação do repertório cultural das crianças, de forma lúdica, por meio de processos
de apreciação, percepção e pesquisa, aliados aos processos de experimentação e criação,
levando em conta as relações entre a arte nacional (local, regional e estadual) e a
internacional (africana, oriental e ocidental).
9 Realização de composições artísticas, tendo como referência, não como modelo, obras
de arte ou objetos artísticos bidimensionais e tridimensionais de diferentes períodos
históricos.
ARTES VISUAIS
ANOS FINAIS – 6º e 7º anos
Arte e cultura nacional e internacional
OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO
9 Análise da relação entre a arte e a arquitetura (igrejas, palácios etc.) em diferentes períodos
históricos.
9 Utilização dos mais variados suportes pedagógicos e tecnológicos (vídeos, filmes, imagens,
sala de informática e outros meios), estimulando a partir disso: a criação, a pesquisa, o
diálogo, a interação, construção de saberes, troca de experiências, a participação e opinião
individual e coletiva, o respeito a diversidade e a identidade cultural.
9 Elaboração de diferentes formas de registros como: álbuns, portfólio, diário de bordo, blog,
entre outros, buscando acompanhar a aprendizagem e o desenvolvimento processual do
estudante.
ARTES VISUAIS
ANOS FINAIS – 8º e 9º anos
Arte contemporânea
OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO
Desenvolver processos de criação em artes visuais com base em Técnicas e formas de expressão artística: desenho, pintura, escultura,
Processo de criação
temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e gravura, cerâmica, grafite, audiovisual (cinema, animações, vídeos),
colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos fotografia, arte digital, arte gráfica (lambe-lambe, capas de livros,
convencionais, alternativos e digitais. mangá, cartum, quadrinhos, ilustrações de textos diversos etc.),
Sistemas de linguagem instalações, performance, cenografia etc.
Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas,
repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções Categorias profissionais: produtor cultural, curador, crítico, teórico
visuais. da arte, marchand, designer, arquiteto etc.
DANÇA
ANOS INICIAIS – 1º e 2º anos
Alfabetização em Arte
Processo de criação Discutir, com respeito e sem preconceito, as experiências Aspectos cênicos: espaço, relação palco e plateia, sonoplastia, iluminação,
pessoais e coletivas em dança vivenciadas na escola. figurino, adereços, maquiagem etc.
9 Criação coletiva a partir do nome de cada criança, propondo para cada sílaba diferentes
movimentos, explorando espaços (formas e níveis) e partes do corpo (articulações, tronco,
membros e superfície).
9 Organização de saídas pedagógicas para conhecer espaços e grupos de dança local e/ou
regional, assistindo a espetáculos e manifestações culturais, com o intuito de ampliar o
repertório de movimentos corporais e o conhecimento de manifestações culturais. Quando
não for possível presencialmente, utilizar outras ferramentas tecnológicas.
190
DANÇA
ANOS INICIAIS – 3º ao 5º anos
Arte e cultura local, regional e catarinense
9 Organização de saídas pedagógicas para conhecer espaços e grupos de dança local e/ou
regional, assistindo a espetáculos e manifestações culturais, com o intuito de ampliar o
repertório de movimentos corporais e o conhecimento de manifestações culturais. Quando
não for possível presencialmente, utilizar outras ferramentas tecnológicas.
192
DANÇA
ANOS FINAIS – 6º e 7º anos
Arte e cultura nacional e internacional
Discutir as experiências pessoais e coletivas Aspectos criativos: investigação do movimento, jogos de improvisação, composição de
em dança vivenciadas na escola e em outros danças, percussão corporal, sequência coreográfica etc.
contextos.
S E M E D
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 193
9 Organização de saídas pedagógicas para conhecer espaços e grupos de dança local e/ou
regional, assistindo a espetáculos e manifestações culturais, com o intuito de ampliar o
repertório de movimentos corporais e o conhecimento de manifestações culturais. Quando
não for possível presencialmente, utilizar outras ferramentas tecnológicas.
194
DANÇA
ANOS FINAIS – 8º e 9º anos
Arte contemporânea
9 Experimentação e análise dos fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como
elementos que, combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado.
9 Organização de saídas pedagógicas para conhecer espaços e grupos de dança local e/ou
regional, assistindo a espetáculos e manifestações culturais, com o intuito de ampliar o
repertório de movimentos corporais e o conhecimento de manifestações culturais. Quando
não for possível presencialmente, utilizar outras ferramentas tecnológicas.
196
MÚSICA
ANOS INICIAIS – 1º e 2º anos
Alfabetização em Arte
OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO
Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de Gêneros musicais: infantil, popular, erudito, folclórico, étnico,
expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções regional, catarinense, e seus contextos histórico-culturais.
Contextos e práticas da música em diversos contextos de circulação, em especial aqueles
da vida cotidiana.
Elementos constitutivos do som: altura, duração, intensidade e
timbre.
Elementos da linguagem Perceber e explorar os elementos constitutivos da música.
9 Estudo e contextualização de gêneros musicais diversos por meio das brincadeiras cantadas,
dançadas e brincadeiras de roda.
9 Sensibilização da escuta dos elementos constitutivos do som: altura (sons graves e agudos),
duração (sons longos e curtos), intensidade (sons fortes e fracos) e timbre, por meio da
participação ativa dos estudantes, utilizando objetos sonoros, instrumentos musicais,
imagens, repertório e jogos musicais diversos.
MÚSICA
ANOS INICIAIS – 3º ao 5º anos
Arte e cultura local, regional e catarinense
OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO
Perceber e explorar os elementos constitutivos da música, por meio Compasso: binário, ternário e quaternário.
de composição/criação, execução e apreciação musical.
Elementos da linguagem Elementos constitutivos do som: altura, duração, intensidade e
timbre.
Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio
corpo, na natureza e em objetos cotidianos, de modo a reconhecer
Elementos constitutivos da música: melodia (formas e frases),
os elementos constitutivos da música e as características de
Materialidades harmonia, ritmo (acompanhamento e padrões rítmicos de gêneros
instrumentos musicais variados.
musicais diversos) e andamento.
Explorar diferentes formas de registro musical não convencional Fontes sonoras convencionais (instrumentos musicais), não
Notação e registro musical (representação gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como convencionais (objetos sonoros e sons corporais) e paisagem sonora.
procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional. Notação musical: convencional (partituras) e não convencional
(grafias alternativas).
Processos de criação
Experimentar improvisações, composições e sonorização de
histórias, entre outras, por meio de vozes, sons corporais e/ou Processos criativos: composição, improvisação, sonorização de
instrumentos musicais convencionais ou não convencionais, de histórias.
modo individual, coletivo e colaborativo.
S E M E D
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 199
9 Sensibilização da escuta dos elementos constitutivos do som: altura (sons graves, médios e
agudos), duração (sons longos, médios e curtos), intensidade (sons fortes, fracos, crescendo
e decrescendo) e timbre, por meio da participação ativa dos estudantes, utilizando objetos
sonoros, instrumentos musicais populares e instrumentos musicais da orquestra, imagens,
repertório e jogos musicais diversos.
MÚSICA
ANOS FINAIS – 6º e 7º anos
Arte e cultura nacional e internacional
Explorar e criar improvisações, composições, convencionais Processos criativos: jogos musicais, práticas composicionais, improvisa-
ou não convencionais, com o intuito de expressar ideias ção e arranjo.
musicais de maneira individual, coletiva e colaborativa.
S E M E D
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 201
MÚSICA
ANOS FINAIS – 8º e 9º anos
Arte contemporânea
OBJETOS DE
CONHECIMENTO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
Analisar criticamente usos e funções da música em seus contextos Músicas em seus aspectos históricos, sociais e culturais. (Música
de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às Brasileira: bossa nova, samba, jovem guarda, tropicália, pop rock,
diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, sertanejo, regional, techno pop etc. Influências da música norte-
econômica, estética e ética. americana na música Brasileira: jazz, blues, rap, rock’n’roll etc. Música
europeia contemporânea: nacionalista, minimalista, dodecafônica/
Contextos e práticas Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos serialista, aleatória, concreta, eletrônica etc. Música catarinense.)
culturais de circulação da música e do conhecimento musical.
Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música Música midiática, cultura de massa, radionovela, cinema, trilha
brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento sonora, dublagem, sonoplastia, jingles.
Elementos da linguagem de formas e gêneros musicais.
Elementos constitutivos do som: altura, duração, intensidade e timbre.
Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-
os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de
apreciação da estética musical. Elementos constitutivos da música: melodia, harmonia, ritmo,
Materialidades andamento, fraseado, tonalismo, atonalismo, entre outros.
Explorar e analisar elementos constitutivos da música, por meio
de recursos tecnológicos. Fontes sonoras convencionais (instrumentos musicais), não
convencionais (objetos sonoros, sons corporais, sons eletrônicos),
Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de com- som e ruído.
Notação e registro musical posição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo
timbres e características de instrumentos musicais diversos.
Música no contexto artístico, mercado de trabalho, produção
Explorar e identificar diferentes formas de registro musical, bem musical, profissionais da música.
como procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual.
Processos de criação Notação musical convencional (partituras), não convencional
Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, (grafias alternativas), registros contemporâneos e gravações.
trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/
ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não
convencionais, de forma a expressar ideias musicais de maneira Processos criativos: jogos musicais, práticas composicionais,
individual, coletiva e colaborativa. improvisações, arranjos, programas e aplicativos de música.
S E M E D
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 203
9 Estudo de gêneros musicais contemporâneos por meio do canto, dança, jogos, pesquisa,
seminários, discussões, apreciação de vídeos e áudios, entre outros, analisando
criticamente a origem, influências e desenvolvimento dos diversos gêneros musicais,
ampliando o repertório cultural e relacionando-o às diferentes dimensões da vida social,
cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
9 Utilização da dança para exploração dos elementos constitutivos da música como pulsação,
melodia, fraseado, forma, gênero, entre outros, estimulando a criatividade, percepção
sonora, identificação dos elementos e o desenvolvimento das relações coletivas/
colaborativas.
TEATRO
ANOS INICIAIS – 1º e 2º anos
Alfabetização em Arte
OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO
TEATRO
ANOS INICIAIS – 3º ao 5º anos
Arte e cultura local, regional e catarinense
OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO
Experimentar possibilidades criativas de movimento e de voz na Relação palco e plateia, quarta parede, ator e público.
criação de um personagem teatral e discutir estereótipos.
Dramaturgia: narrativa e sequência dramatúrgica.
9 Produção de trabalhos artísticos cênicos a partir de situações do cotidiano, para estabelecer relações
entre os diferentes contextos, colocando-se como ator e espectador, apresentando o seu trabalho e
apreciando a criação dos colegas.
9 Desenvolvimento de jogos teatrais por meio de: improvisos, mímicas, imitação de pessoas, objetos,
animais, cenas do cotidiano, pequenos textos, dentre outros.
9 Criação individual e/ou coletiva de textos e roteiros teatrais, a partir de uma temática, buscando se
apropriar das características dos textos teatrais.
9 Experimentação de forma lúdica e prática dos elementos teatrais (espaço, personagem, ação), de
modo a identificá-los, explorando variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade
de personagens e narrativas.
9 Conversas coletivas a respeito das percepções individuais dos processos artísticos, para construção
de saberes sobre a linguagem do teatro.
TEATRO
ANOS FINAIS – 6º e 7º anos
Arte e cultura nacional e internacional
9 Debates e rodas de conversa com a revelação das narrativas singulares dos espectadores
em contato com a obra teatral, buscando identificar o papel criativo de todos os sujeitos
participantes do acontecimento cênico.
TEATRO
ANOS FINAIS – 8º e 9º anos
Arte contemporânea
Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais Funções da produção teatral: atuação, direção, iluminação, figurino,
de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico. cenografia, sonoplastia, entre outras.
Processo de criação
Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em Expressões e corporeidades (consciência corporal): facial, gestual e
textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos vocal (entonação da voz) etc.
etc.), caracterizar personagens (com figurinos e adereços),
cenário, iluminação e sonoplastia e considerar a relação com o
espectador. Processos criativos: jogos dramáticos e teatrais, improvisação e criação
de cenas e esquetes a partir de estímulos (sonoros, visuais, textuais etc.).
S E M E D
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 211
9 Debates e rodas de conversa com a revelação das narrativas singulares dos espectadores
em contato com a obra teatral, buscando identificar o papel criativo de todos os sujeitos
participantes do acontecimento cênico.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 5.692/71, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, e
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, seção 1, p.6337, 12 ago. 1971.
______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Diário Oficial da União: Brasília, DF, p. 27833, 23 dez. 1996.
______. Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016. Altera o § 2º do art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, referente ao ensino da arte. Diário Oficial
da União: seção 1, Brasília, p. 1, 3 maio 2016.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular.
Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_
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OLIVEIRA, L. F. de; CANDAU, V. M. F. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no
brasil. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 26, n. 1, p. 15-40, abr. 2010.
______. M. K. de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo:
Scipione, 1997.
PENNA, M. Música(s) e seu ensino. 2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2015.
REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva Histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 2007.
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado de Educação. Proposta Curricular de Santa Catarina: formação
integral na educação básica. Florianópolis: SED, 2014.
______. Secretaria Estadual de Educação. Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental
do Território Catarinense. Florianópolis: SED, 2019.
SILVA, A. R. da. Criatividade e processos de criação em arte no ensino fundamental: uma análise
Histórico-cultural. 2018. 216 f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de
Goiás, Goiânia, 2018.
VIGOTSKI, L. S. La imaginación y el arte en la infancia. 10. ed. Madri: Akal, 2011.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 213
A Educação Física tem como eixo central a linguagem corporal, possibilitando ao estudante
o conhecimento amplo sobre a diversidade de suas capacidades expressivas. Configura-se como um
movimento intencional de interação, considerando o contexto histórico-cultural dos estudantes. Dessa
forma, o movimento humano não se restringe a um simples deslocamento espaço-temporal de um
segmento do corpo ou de um todo, mas está sempre inserido no âmbito da cultura.
Cada prática corporal realizada na escola oportuniza aos estudantes o acesso a experiências
significativas, pois a vivência da prática gera um conhecimento particular e insubstituível; dessa forma,
é preciso evidenciar a multiplicidade de sentidos e significados das manifestações da cultura corporal
de movimento. A esse respeito, a Proposta Curricular de Santa Catarina (2014, p. 41 e 42) explicita que:
A escola é, portanto, o espaço social justificado pelo processo de mediação (Vygotsky,
2007), ou seja, é nela que se reúnem sujeitos que interagem uns com os outros em
favor da elaboração conceitual progressivamente mais complexa, que os leva a pensar
diferente, porque deslocam suas representações de mundo. Dessa forma, desenvolver
o ato criador, o pensamento teórico, é (ou deveria ser) objetivo que move os sujeitos
para a escola e marca a sua especificidade, sendo ela o espaço social da institucionali-
zação do desejo de aprender.
Assim sendo, acredita-se numa proposta de construção de conceitos que busque diversidade,
aprofundamento e complexidade dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento no decorrer da
vida escolar, respeitando o percurso formativo e o tempo de aprendizagem de cada estudante.
Podem-se relacionar três elementos comuns às práticas corporais: 1) movimento corporal como
elemento essencial (todas as práticas corporais são realizadas por meio de movimentos); 2) organiza-
ção interna (cada estudante tem uma forma singular de se organizar, de compreender e de internalizar
o movimento que vai realizar); e 3) produto cultural do lazer, do entretenimento e do cuidado com o
corpo e com a saúde (consciência que o estudante tem a respeito das práticas corporais como produto
da cultura histórico socialmente construída e do autocuidado com a sua saúde e o seu corpo).
A Educação Física vai além das práticas esportivas, tendo como objeto de conhecimento princi-
pal as práticas corporais, primando pela valorização da cultura corporal do movimento em diferentes
contextos, realidades e culturas.
214 S E M E D
Refletir criticamente sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os processos de
3
saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais.
Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicio-
5
namentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes.
Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos
7
e grupos.
Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contex-
8
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde.
Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alter-
9
nativas para sua realização no contexto comunitário.
Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes,
10
lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Unidades temáticas
O componente curricular Educação Física apresenta seis unidades temáticas, tendo como obje-
tivo a organização do conhecimento escolar: brincadeiras e jogos; esportes; ginásticas; danças; lutas; e
práticas corporais de aventura. Seguem abaixo as definições de cada uma das seis unidades temáticas
de acordo com a BNCC (BRASIL, 2017, p. 212-220).
Brincadeiras e jogos
É esperado que o estudante entenda a importância das brincadeiras e dos jogos para as culturas
humanas, que valorize as atividades lúdicas como um verdadeiro patrimônio da humanidade.
As brincadeiras fazem parte da infância de qualquer pessoa, e assim são frequentemente lem-
bradas pelos adultos ao longo da vida como um período de descobertas, de interações, de faz de conta
e de grande aprendizado. Dessa forma,
a brincadeira tem função significativa no processo de desenvolvimento […] através da
imitação realizada na brincadeira, a criança internaliza regras de conduta, valores, mo-
dos de agir e pensar de seu grupo social, que passam a orientar o seu próprio compor-
tamento e desenvolvimento cognitivo (REGO, 1995, p. 113).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 215
As brincadeiras bem como os jogos são importantes para o desenvolvimento dos estudantes,
estimulando a autonomia, a autoconfiança, a atenção, a concentração, além de possibilitarem o co-
nhecimento do seu próprio corpo.
Com a inserção dos jogos eletrônicos no currículo para os estudantes do 6º e 7º anos do Ensino
Fundamental, tornam-se necessários novos olhares para que o professor de Educação Física possa
utilizar essas ferramentas e potencializar o processo de ensino e de aprendizagem, dialogando com o
universo cultural dos estudantes.
Esportes
Nesta unidade temática, o estudante identifica e caracteriza os esportes estudados, reconhe-
cendo seus elementos comuns e suas transformações históricas. O respeito às regras, a valorização do
trabalho coletivo e o compartilhamento para solucionar desafios também são habilidades que podem
ser desenvolvidas até o término do Ensino Fundamental. Desse modo, a BNCC indica que:
Para a estruturação dessa unidade temática, é utilizado um indicativo de classificação ba-
seada na lógica interna, tendo como referência os conceitos de cooperação, interação com
o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação, possibilitando a distribuição
das modalidades esportivas em categorias, privilegiando as ações motoras intrínsecas, re-
unindo esportes que apresentam exigências motrizes semelhantes no desenvolvimento de
suas práticas (BRASIL, 2017, p. 213).
Soares et al. (1993, p. 77) compreendem a ginástica “como uma forma particular de exercita-
ção, onde, com ou sem uso de aparelhos, abre a possibilidade de atividades que provocam valiosas
experiências corporais”; portanto, oportunizar o aprendizado da ginástica significa possibilitar a vi-
vência e a experimentação, proporcionando o reconhecimento das manifestações como patrimônio
cultural.
A ginástica de conscientização corporal consiste nas práticas de atividades que auxiliam na per-
cepção do próprio corpo, visando a conscientização corporal por meio de exercícios respiratórios, de
posicionamentos para atenção à postura, por meio de movimentos suaves e lentos (BRASIL, 2017).
As ginásticas de condicionamento físico se caracterizam pela prática corporal, por meio de exer-
cícios orientados para a melhoria do rendimento cardiorrespiratório, da flexibilidade, da força e da
resistência muscular, a manutenção da condição física individual, além de prevenir problemas relacio-
nados ao sedentarismo.
Danças
Esta unidade temática propõe a vivência de práticas corporais organizadas através de movimentos
rítmicos, em vários ritmos musicais de diferentes culturas. O desenvolvimento dos movimentos é orga-
nizado em passos, evoluções e composições coreográficas. De acordo com Pereira et al. (2001, p. 61),
a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, pode-se le-
var os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da
emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres
[…]. Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/para o aluno com sua
corporeidade por meio dessa atividade.
Lutas
O trabalho pedagógico com lutas na escola consiste em desenvolver os seus elementos sem
necessidade de organizar os conteúdos específicos de uma modalidade. De acordo com Breda et al.
(2010, p. 37), as “lutas envolvem valores e modos de comportamento relacionados ao respeito, à de-
dicação, confiança, auto estima, visando ao desenvolvimento integral do ser humano”.
O objetivo desta unidade temática na escola é estruturar uma sequência didática através de
jogos e movimentos de forma lúdica, individual ou em agrupamentos, com os conjuntos de elemen-
tos que compõem as diferentes modalidades de lutas, nas quais os participantes empregam técnicas,
táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir ou deslocar o oponente de um
determinado espaço.
Dimensões do conhecimento
A Educação Física propõe oito dimensões de conhecimento que vão orientar os professores
em suas práticas pedagógicas no contexto escolar, assim denominadas: experimentação; uso e apro-
priação; fruição; reflexão sobre a ação; construção de valores; análise; compreensão; e protagonismo
comunitário (BRASIL, 2017, p. 218-220):
Experimentação: refere-se à dimensão do conhecimento que se origina pela vivência das
práticas corporais, pelo envolvimento corporal na realização das mesmas. São conhecimen-
tos que não podem ser acessados sem passar pela vivência corporal, sem que sejam efeti-
vamente experimentados. Trata-se de uma possibilidade única de apreender as manifesta-
ções culturais tematizadas pela Educação Física e do estudante se perceber como sujeito.
Faz parte dessa dimensão, além do imprescindível acesso à experiência, cuidar para que
as sensações geradas no momento da realização de uma determinada vivência sejam po-
sitivas ou, pelo menos, não sejam desagradáveis a ponto de gerar rejeição à prática em si.
Uso e apropriação: refere-se ao conhecimento que possibilita ao estudante ter condições
de realizar de forma autônoma uma determinada prática corporal. Trata-se do mesmo tipo
de conhecimento gerado pela experimentação do saber fazer, mas dele se diferencia por
possibilitar do estudante a competência necessária para potencializar o seu envolvimento
com práticas corporais no lazer ou para a saúde. Diz respeito àquele rol de conhecimentos
que viabilizam a prática efetiva das manifestações da cultura corporal de movimento não
só durante as aulas, como também para além delas.
Fruição: compreende a apreciação estética das experiências sensíveis geradas pelas vivên-
cias corporais, bem como das diferentes práticas corporais oriundas das mais diversas épo-
cas, lugares e grupos. Essa dimensão está vinculada com a apropriação de um conjunto
de conhecimentos que permita ao estudante desfrutar da realização de uma determinada
prática corporal e/ou apreciar essa e outras tantas quando realizadas por outros.
Reflexão sobre a ação: refere-se aos conhecimentos originados na observação e na análi-
se das próprias vivências corporais e daquelas realizadas por outros. Vai além da reflexão
espontânea, gerada em toda experiência corporal. Trata-se de um ato intencional, orien-
tado a formular e empregar estratégias de observação e análise para: (1) resolver desafios
peculiares à prática realizada; (2) apreender novas modalidades; e (3) adequar as práticas
aos interesses e às possibilidades próprios e aos das pessoas com quem compartilha a sua
realização.
Construção de valores: relaciona-se aos conhecimentos originados em discussões e vivên-
cias no contexto da tematização das práticas corporais, que possibilitam a aprendizagem
de valores e normas voltadas ao exercício da cidadania de uma sociedade democrática. A
produção e partilha de atitudes, normas e valores (positivos e negativos) são inerentes a
qualquer processo de socialização. Desta forma, essa dimensão está diretamente associada
ao ato intencional de ensino e de aprendizagem e, portanto, demanda intervenção pedagó-
gica orientada para esse propósito.
Análise: está associada aos conceitos necessários para entender as características e o fun-
cionamento das práticas corporais (saber sobre). Essa dimensão reúne conhecimentos
como a classificação dos esportes, os sistemas táticos de uma modalidade, o efeito de de-
terminado exercício físico no desenvolvimento de uma capacidade física, entre outros.
Compreensão: associa-se ao conhecimento conceitual, mas, diferentemente da dimensão
anterior, refere-se ao esclarecimento do processo de inserção das práticas corporais no con-
texto sociocultural, reunindo saberes que possibilitam compreender o lugar das práticas cor-
porais no mundo. Essa dimensão está relacionada a temas que permitem aos estudantes in-
terpretar as manifestações da cultura corporal de movimento em relação às dimensões éticas
e estéticas, à época e à sociedade que as gerou e as modificou, às razões da sua produção e
transformação e à vinculação local, nacional e global. Exemplificando o estudo das condições
que permitem o surgimento de uma determinada prática corporal em uma dada região e
época ou os motivos pelos quais os esportes praticados por homens têm uma visibilidade e
um tratamento midiático diferente dos esportes praticados por mulheres.
Protagonismo comunitário: referem-se às atitudes, ações e conhecimentos necessários
para os estudantes participarem de forma confiante e autoral em decisões e ações orien-
tadas a democratizar o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como referência
valores favoráveis à convivência social. Contempla a reflexão sobre as possibilidades que
eles e a comunidade têm (ou não) de acessar uma determinada prática no lugar em que
moram, os recursos disponíveis sendo eles públicos ou privados, desta forma, os agentes
envolvidos nessa configuração, entre outros, bem como as iniciativas que se dirigem para
ambientes para fora da sala de aula, orientadas a interferir no contexto em busca da mate-
rialização dos direitos sociais vinculados a esse contexto.
Salienta-se que não há nenhuma hierarquia entre as dimensões apresentadas, muito menos
uma ordem necessária para o desenvolvimento do trabalho da escola no âmbito didático. Cada uma
delas apresenta diferentes abordagens e graus de complexidade para que se tornem relevantes e sig-
nificativas (BRASIL, 2017).
218 S E M E D
Objetos do conhecimento
Para cada unidade temática, são definidos objetos de conhecimento que são desenvolvidos por
meio dos conceitos/conteúdos específicos a fim de alcançar os objetivos de aprendizagem e desenvol-
vimento propostos em cada unidade.
Segue abaixo a organização dos objetos de conhecimento referentes a cada unidade temática
nos respectivos anos do ensino fundamental:
Ginástica de condiciona-
Ginástica natural Ginástica de condicio- mento físico
Ginástica natural namento físico
Ginástica geral
Ginásticas Ginástica de Ginástica de conscientiza-
Ginástica de Ginástica de compe- ção corporal
demonstração tição
competição Ginástica de demonstração
Possibilidades metodológicas
As possibilidades metodológicas trazem as diferentes formas de estudo e vivências que são
possíveis para o estudo de uma prática corporal. Dessa forma, o profissional de Educação Física poderá
promover discussões, incentivar a análise e reflexão dos estudantes acerca das vivências corporais rea-
lizadas; utilizar recursos multimídia para preparar uma vivência prática posterior; levar os estudantes
para visitar locais onde determinada prática corporal acontece, contemplando, analisando, refletindo
e dialogando com os praticantes locais; convidar grupos de fora da Escola para apresentações de uma
determinada prática corporal; entre outras.
Na sequência, apresentam-se os quadros organizadores do componente curricular Educação Física,
expondo as unidades temáticas, objetos de conhecimento, objetivos de aprendizagem e desenvolvimento,
conceitos/conteúdos, e também possibilidades metodológicas para o estudo das unidades temáticas.
EDUCAÇÃO FÍSICA – 1º e 2º ANOS
UNIDADE TEMÁTICA BRINCADEIRAS E JOGOS
OBJETO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO
Considerando os conteúdos propostos, sugerem-se algumas brincadeiras e jogos que podem ser desenvolvidos nesta unidade temática:
Brincadeiras e jogos de verão: balão d’água, futebol de sabão, tobogã de sabão, bolinha de sabão, bola de sabão gigante, brincadeiras na areia, frisbee (adaptado).
Construção de brinquedos e jogos: pião, pé de lata, perna de pau, pipa, jogos de tabuleiro e de precisão, rabo de foguete etc.
Brincadeiras de roda e brinquedos cantados: cirandas, gato e rato, ovo choco, escravos de Jó etc.
Brincadeiras de pegar, esconder e pular: pega-pega, pega ajuda, pega corrente, esconde-esconde, caça e caçador, pula cela, pular corda, pular elástico, pega congela etc.
Jogos da cultura brasileira: amarelinha, bola de gude, pernas de pau, petecas, bilboquê, pé-de-lata, cinco marias, pipa, cabo de guerra, morto-vivo, corrida do saco, saci descalço, corrida do
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Experimentar e fruir, prezando o trabalho coletivo e pelo protagonismo, a Atletismo: corridas, saltos horizontais (distância), saltos verticais (altura),
prática de esportes de marca e de precisão, identificando os elementos comuns lançamento e arremesso de objetos, saltos com obstáculos.
Esportes de marca a esses esportes. Natação: adaptação ao meio líquido, respiração, propulsão, flutuação (no
caso de acesso a piscina).
Natação: noções básicas dos movimentos – atividades simbólicas.
Discutir a importância da observação das normas e das regras dos esportes Brincadeiras e jogos de precisão.
de marca e de precisão para assegurar a integridade própria e dos demais Elementos técnicos: controle de força, precisão, direção, coordenação (corpo
Esportes de precisão participantes. e material).
• Apresentações/mostras de dança.
EDUCAÇÃO FÍSICA – 3º ao 5º ANOS
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Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do • Jogos populares da cultura brasileira.
mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los,
• Jogos cooperativos.
valorizando a importância desse patrimônio histórico e cultural.
• Brincadeiras de roda.
Brincadeiras e jogos Planejar e utilizar estratégias para possibilitar a participação segura de • Brinquedos cantados.
populares do Brasil e do todos os estudantes em brincadeiras e jogos populares do Brasil e de
• Brincadeiras de pegar e esconder.
mundo matriz indígena e africana.
• Gincanas.
Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela, • Iniciação a jogos de competição.
brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles
Brincadeiras e jogos de • Jogos de salão/raciocínio lógico.
de matriz indígena e africana, e demais práticas corporais tematizadas na
matriz indígena e africana escola, adequando-as aos espaços públicos disponíveis. • Jogos e atividades psicomotoras.
• Brincadeiras e jogos de matriz indígena.
Experimentar e fruir brincadeiras e jogos em diferentes ambientes,
• Brincadeiras e jogos de matriz africana.
respeitando e reconhecendo a importância dos recursos da natureza e
dos espaços coletivos. • Jogos africanos e afro-brasileiros.
Considerando os conteúdos propostos, sugerem-se algumas brincadeiras e jogos que podem ser desenvolvidos nesta unidade temática:
Jogos da cultura brasileira: amarelinha, pular corda/elástico, bola de gude, pernas de pau, petecas, bilboquê, pé de lata, cinco marias, pipa, cabo de guerra, morto ou vivo, corrida do saco,
saci descalço, corrida do ovo, pega-pega, telefone sem fio etc.
Jogos sensoriais: explorar possibilidades como cabra-cega, gato-mia, passa anel, batata quente, labirinto.
Jogos de salão: xadrez, dama, mini tênis de mesa (tênis de mesa adaptado), cartas (jogos educativos), dominó, ludo, pedra, papel e tesoura, pega vareta, torre de blocos, tangram, jogo da velha
(Chung Toi), dama chinesa, solitário (resta um), salto de qualidade, trilha.
Atividades e jogos de verão: balão d’água, futebol de sabão, tobogã de sabão, bolinha de sabão, bola de sabão gigante, frisbee, frescobol etc.
Construção de brinquedos e jogos: pião, pé de lata, perna de pau, beyblade, pipa, jogos de tabuleiro e precisão, rabo de foguete, bilboque, peteca etc.
Jogos e atividades psicomotoras: equilíbrio, lateralidade, destreza motora, estruturação espacial e temporal, circuito variado, coordenação motora ampla/fina, origami, dobradura etc.
Brincadeiras e jogos de matriz indígena: peteca, cabo de guerra, perna de pau, xikunahity (futebol de cabeça), tiro com arco, corrida da tora adaptada, zarabatana, corrida do saci etc.
Brincadeiras e jogos de matriz africana: terra-mar Moçambique, escravos de Jó, labirinto de Moçambique, matacuzana, arranca mandioca, arco e flecha etc.
S E M E D
EDUCAÇÃO FÍSICA – 3º ao 5º ANOS
UNIDADE TEMÁTICA ESPORTES
OBJETO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
Campo e taco: brincadeiras, grandes jogos e jogos pré-desportivos que envolvam habilidades e
fundamentos relacionados ao: baseball, cricket, softball, tacobol (bete ombro), hockey.
Vôlei e vôlei de praia: jogos pré-desportivos e fundamentos básicos (postura corporal, toque, manchete,
saque adaptado).
Tênis de mesa: jogos pré-desportivos e fundamentos básicos (postura corporal, empunhadura, rebatida,
Esportes de campo e taco saque adaptado).
Experimentar e fruir diversos tipos de esportes
Tênis de campo: jogos pré-desportivos, mini tênis e fundamentos básicos (postura corporal,
de campo e taco, marca, precisão, rede/parede e empunhadura, rebatida, saque adaptado).
Esportes com rede divisória invasão, identificando seus elementos comuns e Badminton: jogos pré-desportivos e fundamentos básicos (postura corporal, empunhadura, rebatida,
ou parede de rebote criando estratégias individuais e coletivas básicas saque adaptado).
para sua execução, prezando o trabalho coletivo e Peteca: fundamentos básicos (saque, defesa, ataque).
o protagonismo. Beach tennis: fundamentos básicos e jogos pré-desportivos.
Esportes de invasão Punhobol: fundamentos básicos (saque, defesa/passe, levantamento, batida/ataque. Bolas adaptadas.
Fundamentos dos esportes de invasão.
Diferenciar os conceitos de jogo e esporte, iden-
Regras dos jogos de invasão.
Esportes de marca tificando as características que os constituem na
Modalidades: basquetebol, futebol, futsal, handebol, ultimate frisbee.
contemporaneidade e suas manifestações (profis-
Esportes de precisão sional e comunitária/lazer). Aspectos gerais: características e exploração das habilidades e fundamentos básicos dos esportes de marca.
Possibilidades de exploração: corridas, saltos horizontais (distância) saltos verticais (altura), lançamento
e arremesso de objetos, saltos com obstáculos etc.
Natação adaptação ao meio líquido, respiração, propulsão.
Aspectos gerais: características e exploração das habilidades e dos fundamentos básicos dos esportes de
precisão.
Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudos:
• Possibilidades de exploração: confecção e exploração de material: arco e flecha, boliche e bocha; golfe, pebolim, futebol de mesa, elementos técnicos: controle de força, precisão, direção,
coordenação (corpo e material).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Experimentar, recriar e fruir danças populares do Brasil e do mundo Dança: danças coletivas, danças de improvisação (individual, dupla, trio, grupos).
e danças de matriz indígena e africana, valorizando e respeitando os Atividades rítmicas e expressivas.
Dança educativa/dança
diferentes sentidos e significados dessas danças em suas culturas de
criativa Danças do Brasil: frevo, baião, boi de mamão, bumba meu boi, boi bumbá, catira,
origem.
carimbó, xote, xaxado, pau de fita, samba de roda, fandango, vaneirão, quadrilha, polca,
Dança da cultura Comparar e identificar os elementos constitutivos comuns e diferentes flamenco etc.
popular e folclórica (ritmo, espaço, gestos) em danças populares do Brasil e do mundo e
danças de matriz indígena e africana. Danças da cultura folclórica regional: danças da cultura alemã, italiana, espanhola,
Dança de matriz polonesa etc.
Formular e utilizar estratégias para a execução de elementos constituti-
indígena e africana Danças de matriz indígena: guachiré (dança da alegria), guahú etc.
vos das danças populares do Brasil e do mundo, e das danças de matriz
indígena e africana. Danças de matriz africana: samba de roda, jongo, maracatu, maculelê etc.
Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas propostas de estudo:
• Construção rítmica (utilização de diferentes contagens musicais); construção musical (percussão corporal e exploração de instrumentos não tradicionais – latas, panelas, tambores etc.).
• Conhecimentos históricos e culturais.
• Habilidades e fundamentos das danças (diferentes manifestações).
• Regras e normas para a execução das danças, movimento, espaço e tempo das diferentes danças, instrumentos musicais e vestimentas, tipos de movimentos (fluido, estruturado,
alongado e livre), pequenas criações de movimentos.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudo:
• Atividades de equilíbrio: joão bobo, segura peão, posições de animais, chefe mandou, movimentos com balões (esquiva).
• Atividades rítmicas: gingado e esquivas.
• Atividades que envolvam movimentos acrobáticos elementares.
• Atividades de percepção espacial e corporal: morto ou vivo, chefe mandou, estátua com comandos, pensa rápido etc.
• Movimentos corporais básicos de posicionamentos, equilíbrio, desequilíbrio, agarramentos.
• Definição das regras de realização dos movimentos corporais com segurança e respeito ao colega.
• Apresentação de vídeos das lutas de matriz indígena e africana para ampliação do repertório dos estudantes.
Considerando os conteúdos propostos para introdução desta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudo e vivências:
• Escalar (árvores, muros, paredes, chão (simulação)).
• Arvorismo (adaptação).
• Crosscountry (caminhadas e corridas).
• Caminhada (trekking).
• Orientação (caça ao tesouro).
• Slackline (movimentos corporais de equilíbrio).
• Pista de obstáculos (uso de materiais diversos, como caixotes (plintos), pneus, colchões).
• Atividades formativas de equilíbrio.
• Patins (squad e in line).
• Skate.
Considerando os conteúdos propostos, sugerem-se algumas brincadeiras e jogos que podem ser desenvolvidos nesta unidade temática:
Jogos cooperativos: pega corrente, pega ajuda etc.
Jogos de salão (raciocínio lógico): xadrez, dama, cartas, dominó, pega vareta, ludo, jogo da vida, banco imobiliario etc.
Jogos de competição: corrida da tora, estafetas, pique-bandeira, queimada etc.
Brincadeira de pegar e esconder: pega-pega e suas inúmeras variações, pega congela, pega rabo, esconde-esconde, caça ao tesouro etc.
Gincanas: com cunho cultural, social, esportivo e lúdico.
Jogos e atividades de verão: balão d’água, futebol de sabão, tobogã de sabão, frisbee, frescobol, bocha de verão, bolhinha de sabão etc.
Jogos eletrônicos: jogos de diferentes habilidades, ação, desafios, construção, raciocínio, jogos de dança e de movimentos corporais variados, reflexão das práticas excessivas dos jogos
eletrônicos, pesquisa de tempo de tela, trabalhos de pesquisa e de criação.
Voleibol: recepção ou defesa (toque, manchete), saque, ataque, noções de posicionamento em quadra,
Ampliar o conhecimento dos esportes e analisar as
transformações na organização e na prática dos es- rodízio, regras etc.
portes em suas diferentes manifestações (profissio- Vôlei de praia: recepção ou defesa (toque e manchete), saque, ataque, noções de posicionamento em quadra,
Esportes com rede nal e comunitária/lazer). regras etc.
divisória ou parede
de rebote Propor e produzir alternativas para experimentação Tênis de campo: empunhadura, backhand, forehand, saque, golpes básicos, efeitos básicos, regras etc.
dos esportes não disponíveis e/ou acessíveis na co- Tênis de mesa: empunhadura, backhand, forehand, saque, golpes básicos, efeitos básicos, regras etc.
munidade e das demais práticas corporais tematiza- Badminton: empunhadura, backhand, forehand, saque, golpes básicos, efeitos básicos, regras etc.
das na escola.
Esportes de precisão Punhobol: fundamentos básicos (saque, recepção, levantamento ataque, regras, sistemas ofensivos e
Experimentar e fruir esportes de marca, esportes defensivos etc.).
com rede divisória ou parede de rebote, esportes-téc- Peteca: saque, golpes básicos etc.
Esportes de invasão nico-combinatórios, precisão, invasão, valorizando o
trabalho coletivo e o protagonismo. Squash: empunhadura, backhand, forehand, saque, golpes básicos, efeitos básicos, regras básicas etc.
Característcas e fundamentos básicos dos esportes de precisão (bocha, boliche, bolão, chinquilho, dodgeball,
Praticar um ou mais esportes de marca, esportes com tiro com arco, golfe e sinuca, arcobol).
Esportes de marca rede divisória ou parede de rebote, esportes-técni-
co-combinatórios, precisão, invasão oferecidos pela Basquetebol: controle do corpo, manejo de bola, drible, passe, arremesso, bandeja, regras etc.
Esportes técnico- escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e Futebol: domínio, condução, passe, drible, cabeceio, chute, regras etc.
combinatórios respeitando regras.
Futsal: domínio, condução, passe, drible, cabeceio, chute, regras etc.
Planejar e utilizar estratégias para solucionar os de- Handebol: empunhadura, passe, recepção, arremesso, progressão, drible, finta, regras etc.
safios técnicos e táticos nas modalidades esportivas.
Noções sobre: futebol americano, flag football, hóquei sobre grama, polo, rugby.
S E M E D
POSSIBILIDADES METODOLÓGICAS – 6º e 7º ANOS
Considerando os conteúdos propostos nesta unidade, sugerem-se algumas possibilidades de estudos e práticas corporais:
• Estudos dos conhecimentos históricos e culturais das modalidades.
• Habilidades e fundamentos dos esportes estudados.
• Manifestação do esporte profissional e sua relação com a saúde (prevenção de lesões, utilização de substâncias ilícitas para o rendimento e consequências para a saúde mental).
• Possibilidades de materiais alternativos para as práticas esportivas.
• Criar estratégias para desenvolver a teoria como: conhecer as regras, características de cada prova, as técnicas de respiração – pode ser por meio de vídeos, slides, trabalhos de pesquisa,
linha do tempo etc.
Algumas das modalidades propostas nesta unidade temática necessitam de espaço e material diferenciados para serem trabalhadas; neste caso, a sugestão é o uso de vídeos, espaços de
parcerias com instituições, academias, clubes, projetos e também criar possibilidades de adaptações para estas vivências na escola.
pela sua prática. Ginásticas de academia (localizada, step, musculação, calistenia, funcional etc.).
Ginástica laboral.
Experimentar e fruir de forma cotetiva e individual, combina-
ções de diferente elementos da ginástica de competição, reco- Pilates.
nhecendo as potencialidades e os limites do corpo e adotando Capacidades e habilidades físicas.
procedimentos de segurança.
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Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudo e atividades:
Ginástica rítmica: andar, correr, saltitar e girar (focar a associação dos movimentos corporais, com música e aparelho); rever os elementos corporais trabalhados nas séries anteriores e
incluir outros como: saltos (carpado, afastado e enjambé), equilíbrios (perna ao lado ou à frente, com sustentações das pernas em 90°, de joelhos com a perna lateral, frontal ou dorsal, com
sustentações das pernas em 90°), pivots (passé, com sustentações das pernas à frente nos ângulos 45° e 90°), onda (focar a associação dos elementos), onda com música e aparelho; manejo de
aparelhos (corda, arco, bola, maças e fita): balanceio, circunduções, rotações, movimento em oito, rolamentos, lançamentos e recuperações e outros específicos de cada aparelho.
Ginástica artística – solo: rever os elementos trabalhados nas séries anteriores e incluir outros como: peixe, rolamento para frente e para trás afastado e carpado, roda com uma das mãos e
sem mãos, composições coreográficas com os elementos de solo trabalhados; exploração de aparelhos: trave de equilíbrio: entradas, saídas, giros, equilíbrio estático, saltos, acrobáticos com
voo (podem ser utilizados aparelhos alternativos, como bancos e muretas); mesa de salto: saltos diretos, reversões, rodante (podem ser utilizados aparelhos alternativos, como bancos, mesas,
plintos).
Ginástica acrobática: rever os elementos corporais trabalhados nas séries anteriores e incluir outros como: movimentos dinâmicos em duplas e em trios, posições fundamentais da base
(em pé, com mais de dois apoios, para figuras específicas), posições fundamentais do volante (em pé, sentado, em prancha com apoio ventral, dorsal e com braços, em parada de mãos ou
esquadros), pegadas (de tração, da parada de mãos, cruzada, frontal, cadeirinha, no pé).
Ginástica de condicionamento físico: fazer a relação com a qualidade de vida, promoção da saúde e prevenção a doenças, formação e hábitos saudáveis (alimentação e hábitos alimentares,
sono), movimentos que desenvolvam habilidades e capacidades físicas (força, resistência, flexibilidade, velocidade, agilidade, equilíbrio, coordenação motora etc.).
S E M E D
EDUCAÇÃO FÍSICA – 6º e 7º ANOS
UNIDADE TEMÁTICA DANÇAS
OBJETO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
Características das danças urbanas, ritmo, gestos e movimentos dos principais estilos.
Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando Ritmos/estilos: break dance, funk, locking (estátua), charme, house dance, dança de rua, hip-
seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos). hop etc.
Danças urbanas
Características das danças de salão, ritmo, gestos e movimentos dos principais estilos.
Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos
Danças de salão constitutivos das danças urbanas. Ritmos/estilos: bolero, xote, forró, salsa, zouk, chá-chá-chá, tango etc.
Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudo e vivências:
• Regras e normas para a execução das danças, movimento, espaço e tempo das diferentes danças, instrumentos musicais e vestimentas, tipos de movimentos (fluido, estruturado, alongado
e livre), pequenas criações de movimentos.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
• Propostas de seminários e mostras de dança, para compartilhar e conhecer os diferentes ritmos e estilos de dança.
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EDUCAÇÃO FÍSICA – 6º e 7º ANOS
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Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudo e vivências:
Lutas de curta distância: exploração das habilidades e características das lutas (huka-huka, luta marajoara, krav maga etc.). Explorar possibilidades de interações e simulações dos
elementos das lutas de curta distância por meio de práticas corporais e interações em duplas, em grupos.
Lutas de média distância: exploração das habilidades e características das lutas de média distância (caratê, capoeira, boxe, muay thai etc.). Explorar possibilidades de interações e
simulações dos elementos das lutas de média distância por meio de práticas corporais e interações em duplas, em grupos.
Lutas de distância mista: exploração das habilidades e características das lutas de distância mista (kung fu, ninjitsu etc.). Explorar possibilidades de interações e simulações dos elementos
das lutas de distância mista por meio de práticas corporais e interações em duplas, em grupos.
Outras possibilidades: pesquisa dos diferentes tipos de lutas, elaboração de slides, visualização de vídeos e filmes, seminários, parcerias com escolas de lutas, polos e professores
especializados, workshop para vivências de diferentes lutas.
S E M E D
EDUCAÇÃO FÍSICA – 6º e 7º ANOS
UNIDADE TEMÁTICA PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURAS
OBJETO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudo e vivências nas diferentes manifestações das práticas corporais de aventura
urbanas: parkour, slackline, freestyle, BMX, patins, skate, paintballl, escalada indoor, buildering, carrinho de rolimã, drift trike.
• Exploração do ambiente da cidade e das possiblidades de promoção da atividade física ao longo da vida.
• Parcerias com profissionais especializados para palestras e orientações das práticas corporais de aventura urbanas.
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EDUCAÇÃO FÍSICA – 8º e º 9º ANOS
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Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudo e práticas corporais:
• Estudos dos conhecimentos históricos e culturais das modalidades.
• Habilidades e fundamentos dos esportes estudados.
• Manifestação do esporte profissional e sua relação com a saúde (prevenção de lesões, utilização de substâncias ilícitas para o rendimento e consequências para a saúde mental).
• Conhecer as regras, características de cada esporte, as técnicas, sistemas táticos.
• Possibilitar educativos das habilidades referentes aos esportes estudados.
• Organizar jogos de acordo com as regras estudadas.
• Promover jogos/campeonatos intersalas para vivência das modalidades.
S E M E D
EDUCAÇÃO FÍSICA – 8º e 9º ANOS
UNIDADE TEMÁTICA GINÁSTICAS
OBJETO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos, identificando as Transtornos alimentares, substâncias químicas e doenças psicossomá-
exigências corporais desses diferentes programas e reconhecendo a importância de uma ticas.
prática individualizada, adequada às características e às necessidades de cada sujeito.
Potencialidades e limites da relação entre as ginásticas de condiciona-
Ginástica de Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, mento físico e a atividade física, exercício físico, aptidão física e saúde.
condicionamento considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático
físico etc.). Adaptações e ajustes anatomofisiológicos do exercício e da atividade
física.
Ginástica de Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de medicamentos para a
ampliação do rendimento ou potencialização das transformações corporais. Conhecimentos históricos e culturais.
conscientização
corporal Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de conscientização corporal, Caracterização das diferentes ginásticas de conscientização corporal.
identificando as suas exigências corporais. Ginástica para todos: manifestações ginásticas que possibilitem a
Ginástica de participação de todos.
Identificar as diferenças e as semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e
demonstração
as de condicionamento físico e discutir como a prática de cada uma dessas manifestações
pode contribuir para a melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo
mesmo.
Considerando os conteúdos propostos para o estudo desta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades:
• Atividades que desenvolvam o equilíbrio estático, dinâmico e recuperado.
• Atividades em grupos na elaboração e execução de séries.
• Conhecimentos históricos e culturais das modalidades (ginástica rítmica, ginástica artística e ginástica acrobática); as ginásticas de competição e os padrões de desempenho nos
diferentes contextos.
• Ginástica para todos: exploração de objetos: bolas de tamanhos e pesos variados, aros, claves, cubos etc.; processos de construção coreográfica: formação, direção, trajetória, planos,
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
harmonia, sincronia, ritmo, apresentação individual e em grupo; busca de um conceito próprio das manifestações ginásticas que possibilite a participação de todos.
• Na ginástica de condicionamento físico, é importante fazer a relação com a qualidade de vida, promoção da saúde e prevenção a doenças; formação de hábitos saudáveis (alimentação e
hábitos alimentares, sono); movimentos que desenvolvam habilidades e capacidades físicas (força, resistência, flexibilidade, velocidade, agilidade, equilíbrio, coordenação motora etc.);
• A ginástica de conscientização corporal pode ser realizada nas modalidades de tai-chi-chuan, yoga, eutonia, pilates, buscando por meio das vivências a consciência corporal e a
individualidade de cada estudante.
• Pesquisas, vídeos, slides e parcerias com academias são excelentes ferramentas para o estudo desta unidade temática.
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EDUCAÇÃO FÍSICA – 8º e 9º ANOS
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Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos Características, habilidades e fundamentos das danças de salão.
(ritmo, espaço, gestos) das danças de salão.
Danças de salão Regras e normas para a execução das danças, espaço e tempo das diferentes danças,
Discutir estereótipos e preconceitos relativos às danças de salão e demais instrumentos musicais e vestimentas.
práticas corporais e propor alternativas para sua superação.
Tipos de movimentos (fluido, estruturado, alongado e livre), elaboração de curtas
Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças sequências de movimentos, construção coreográfica.
de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de origem.
Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudo nas diferentes manifestações das danças de salão: forró, samba de gafieira,
soltinho, lambada, vanerão, milonga, chimarrita, polca, valsa, tango, bolero, mambo, rumba, swing, salsa, zouk, dança folclórica da cultura local.
• Propostas de seminários e mostras de dança, para compartilhar e conhecer os diferentes ritmos e estilos de dança.
S E M E D
EDUCAÇÃO FÍSICA – 8º e 9º ANOS
UNIDADE TEMÁTICA LUTAS
OBJETO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONCEITOS/CONTEÚDOS
CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
Considerando os conteúdos propostos nesta unidade temática, sugerem-se algumas possibilidades de estudos e atividades:
• Atividades de correr, esquivar e fugir: pega-pegas diversificados, pega corrente, pega gelo, pega elefante, pega rabo no lugar etc.
• Atividades de percepção espacial e corporal.
• Atividades em duplas.
• Vivências adaptadas de sumô, esgrima, karatê etc.
• Trabalhos de pesquisa, visualização de vídeos, elaboração de slides, seminários, apresentações etc.
• Parcerias com escolas de lutas, profissionais para palestras, workshops e experimentação dos diferentes tipos de lutas.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos, Habilidades e fundamentos das práticas corporais de aventura na natureza.
indumentária, organização) das práticas corporais de aventura, bem como suas
transformações históricas.
Considerando os conteúdos propostos, sugerem-se algumas possibilidades de estudos para esta unidade temática nas suas diferentes manifestações na natureza: escalada, corrida de
aventura, trilhas, arvorismo, mountain bike, downhill, rapel, surfe, canoagem, stand up paddle, raffting, asa delta, balonismo, bungee jump, pêndulo, tirolesa, corrida de orientação.
• Trabalhos de pesquisa.
• Parceria com a informática pedagógica da escola, pesquisa de vídeos, elaboração de slides das práticas de aventura na natureza.
• Seminários.
• Possibilidade de vivências fora do espaço escolar, trilhas, escaladas, corrida de orientação dentro e fora da escola.
• Estudo das habilidades e fundamentos das práticas corporais de aventura na natureza; influência do ambiente (espaços públicos, espaços da escola, praias, clubes e outros) na escolha
da atividade física; políticas públicas de esporte e lazer.
REFERÊNCIAS
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Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_
EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 23/09/set. 2019.
BREDA, Mauro. et al. Pedagogia do esporte aplicada às lutas. São Paulo: Phorte, 2010.
PEREIRA, S. R. C. et. al., Dança na escola: desenvolvendo a emoção e o pensamento. Revista Kinesis,
Porto Alegre, n. 25, p. 60- 61, 2001.
REGO, Teresa T. Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes,
1995.
SANTA CATARINA. Governo Federal. Secretaria Estadual de Educação. Currículo Base da Educação In-
fantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense. Florianópolis: SEE, 2019.
SANTA CATARINA. Governo do Estado. Secretaria de Estado da Educação. Proposta Curricular de Santa
Catarina: formação integral na educação básica. Santa Catarina. SEE, 2014.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Ed. Cortez, 1993.
240 S E M E D
2.2.5 Geografia
35 “A Sociedade da informação está baseada nas tecnologias de informação e comunicação que envolve a aquisição, o armazenamento,
o processamento e a distribuição da informação por meios electrónicos, como o rádio, a televisão, telefone e computadores, entre
outros. Estas tecnologias não transformam a sociedade por si só, mas são utilizadas pelas pessoas em seus contextos sociais,
económicos e políticos, criando uma nova comunidade local e global: a Sociedade da Informação” (GOUVEIA, 2004, grifos nossos).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 241
y Espaço é um conceito interligado ao conceito de tempo. “Os tempos da natureza não podem
ser ignorados, pois marcam a memória da Terra e as transformações naturais que explicam
as atuais condições do meio físico natural” (BRASIL, 2017, p. 361). A forma como a sociedade
intervém no espaço geográfico gera novas necessidades humanas, econômicas, entre outras.
Sociedade e paisagem figuram-se mutáveis pela transformação do trabalho humano, atribuin-
do-lhe caráter dinâmico e temporal impresso na materialização da memória e da identidade.
“Assim, pensar a temporalidade das ações humanas e das sociedades por meio da relação
tempo-espaço representa um importante e desafiador processo na aprendizagem de Geogra-
fia” (BRASIL, 2017, p. 361).
y Território origina-se a partir da construção sociopolítica de Estados e grupos humanos (na-
ções), delimitado através de fronteiras, visíveis ou não, numa escala temporal, e delineia a
grandeza e as dimensões apropriadas do espaço-geográfico numa relação hierarquizada de
poder.
y Lugar é o espaço percebido e ocupado pelas relações sociais cuja afetividade leva à impressão
de fazer parte do todo, remete às memórias e constitui identidade. Dinâmico e vivo, constan-
temente constrói-se e articula-se com a totalidade do espaço.
y Região constitui-se no ato de delinear o espaço geográfico a partir de critérios que reúnam
características específicas de cunho físico-natural, sociocultural ou uma composição destes,
capaz de distinguir a dinamicidade das relações sociedade-natureza. De acordo com Santos
(1994, p. 71), “As regiões são subdivisões do espaço; do espaço total, do espaço nacional e
mesmo do espaço local, são espaços de convivência, lugares do todo, um produto social”.
y Paisagem é a compreensão do que é visível através de seu objeto de estudo, que é o espaço geo-
gráfico, contendo ao mesmo tempo uma dimensão objetiva e uma subjetiva. Segundo Santos
(1988, p. 61):
Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem, esta pode ser
definida como domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas de
volume, mas também de cores, movimentos, odores, sons etc.
Parte das modificações da paisagem ocorre pelo interesse dos seres humanos, que utilizam os
saberes construídos socialmente como parâmetro de interferência no espaço geográfico.
O direcionamento didático-pedagógico do conhecimento geográfico se faz necessário para a
leitura e interpretação do espaço, na busca pela compreensão da sua constante transformação pelo
trabalho como processo decorrente das necessidades da sociedade. O conhecimento vai além do es-
paço escolar pois através dele o indivíduo compreende suas ações como sendo modificadoras da pai-
sagem, percebe as mudanças locais e entende sua corresponsabilidade na efetividade das ações de
desenvolvimento sustentável. Dessa forma,
estudar Geografia é uma oportunidade para compreender o mundo em que se vive,
na medida em que esse componente curricular aborda as ações humanas construídas
nas distintas sociedades existentes nas diversas regiões do planeta. Ao mesmo tempo,
a educação geográfica contribui para a formação do conceito de identidade, expresso
de diferentes formas: na compreensão perceptiva da paisagem, que ganha significado
à medida que, ao observá-la, nota-se a vivência dos indivíduos e da coletividade; nas
relações com os lugares vividos; nos costumes que resgatam a nossa memória social;
na identidade cultural; e na consciência de que somos sujeitos da história, distintos uns
dos outros e, por isso, convictos das nossas diferenças (BRASIL, 2017, p. 361).
Assim, cabe ao professor promover uma formação humana ao estudante através de situações
de aprendizagem conexas à contemporaneidade no contexto social. Ao propiciar conhecimentos sis-
tematizados e meios que promovam a inclusão social, oportuniza-se a emancipação do estudante. A
construção do conhecimento, neste contexto, promove a participação do indivíduo como sujeito capaz
de agir de forma solidária, resolvendo os problemas através do diálogo permeado pelos valores huma-
nos. Uma vez que,
para fazer a leitura do mundo em que vivem, com base nas aprendizagens em Geogra-
fia, os alunos precisam ser estimulados a pensar espacialmente, desenvolvendo o racio-
cínio geográfico. O pensamento espacial está associado ao desenvolvimento intelectual
que integra conhecimentos não somente da Geografia, mas também de outras áreas
242 S E M E D
(como Matemática, Ciência, Arte e Literatura). Essa interação visa à resolução de pro-
blemas que envolvem mudanças de escala, orientação e direção de objetos localizados
na superfície terrestre, efeitos de distância, relações hierárquicas, tendências à centra-
lização e à dispersão, efeitos da proximidade e vizinhança etc. (BRASIL, 2017, p. 359).
Nesse sentido, o ensino deixa de transitar da mera memorização dos conceitos científicos, mi-
gra de forma sistematizada e contextualizada numa relação significativa do conhecimento com a rea-
lidade. A capacidade de compreender é imprescindível, sendo necessário transpor a fronteira da me-
morização e estabelecer relações significativas. Dessa forma, a escola tem o papel de fazer a criança
avançar em sua compreensão do mundo a partir de seu desenvolvimento já consolidado e tendo como
meta etapas posteriores, ainda não alcançadas (OLIVEIRA, 1997, p. 62).
A incorporação dos princípios do raciocínio geográfico no currículo direciona para práticas pe-
dagógicas que desenvolvam nos estudantes a capacidade de localizar, de orientar-se, de descrever,
de relacionar e de interpretar os fenômenos naturais e humanos. Segundo Claval (2010, p. 11), “o
raciocínio geográfico que lhe dá aporte é um saber diretamente vinculado à vida dos sujeitos em suas
relações com os diversos espaços-tempos nos quais vivem, produzem e contemplam”.
Princípio Descrição
Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros
Conexão
fenômenos próximos ou distantes.
É a variação dos fenômenos de interesse da Geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o
Diferenciação
clima), resultando na diferença entre áreas.
Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida
Localização por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais
topológicas ou por interações espaciais).
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Observar e descrever ritmos naturais (dia e noite, variação de tempera- Fenômenos climáticos: chuva, sol e características das estações do ano.
Conexões e Ciclos naturais e a
tura e umidade etc.) em diferentes escalas espaciais e temporais, compa-
escalas vida cotidiana Medidas de tempo: manhã, tarde e noite e ontem, hoje e amanhã.
rando a sua realidade com outras.
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Convivência Descrever a história das migrações no bairro ou comunidade em
que vive, tendo como referência a realidade familiar. Conceitos de lugar e espaço vivido: migrações locais – bairro e comunidade.
e interações
entre pessoas na Comparar costumes e tradições de diferentes populações inseridas Populações no bairro e comunidade – diferenças culturais –, costumes e
O sujeito e seu comunidade no bairro ou comunidade em que vive, reconhecendo a importância tradições, considerando diferentes crenças e grupos étnicos.
lugar no mundo Riscos e cuidados do respeito às diferenças. Diversidade humana: discriminação e respeito às diferenças.
nos meios de Reconhecer e comparar diferentes meios de transporte e de comuni- Mobilidade urbana: meios de transporte, trânsito e acessibilidade.
transporte e de cação, indicando o seu papel na conexão entre lugares, e discutir os
comunicação Meios de comunicação.
riscos para a vida e para o ambiente e seu uso responsável.
Identificar e elaborar diferentes formas de representação (desenhos, Conceito de paisagem: paisagem natural e paisagem cultural.
mapas mentais, maquetes) para representar componentes da paisa- Representação dos lugares de vivência (paisagem).
gem dos lugares de vivência.
Formas de Localização, Localização e posição de objetos de lugares de vivência (sala de aula, casa,
representação Identificar objetos e lugares de vivência (escola e moradia) em ima-
orientação e escola).
gens aéreas e mapas (visão vertical) e fotografias (visão oblíqua).
e pensamento representação Relações espaciais projetivas: direita e esquerda, frente e atrás, em cima e
espacial espacial Aplicar princípios de localização e posição de objetos (referenciais embaixo.
espaciais, como frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embai-
xo, dentro e fora) por meio de representações espaciais da sala de Iniciação alfabetização cartográfica: apresentação de imagens de satélite e fo-
aula e da escola. tografias aéreas, mapas e infográficos.
Modos de vida: hábitos e relações com a natureza das diferentes etnias e tempos.
Conexões e Experiências da Reconhecer semelhanças e diferenças nos hábitos, nas relações com Conceito de paisagem.
comunidade no a natureza e no modo de viver de pessoas em diferentes lugares. Va-
escalas tempo e no espaço lorizar o respeito às diferentes culturas. Mudanças e permanências. Paisagem local: semelhanças, diferenças, permanências de elementos do es-
paço geográfico ao longo dos tempos.
em lugares e
tempos diferentes Descrever as atividades extrativas (minerais, agropecuárias e indus- Meio ambiente: atividades campo e cidade.
triais) de diferentes lugares, identificando os impactos ambientais.
Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais Cidade e campo: diferenças culturais, características econômicas e
de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo. funções sociais.
O sujeito e A cidade e o cam- Modos de vida das etnias de distintos lugares.
Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribui-
seu lugar no po: aproximações
ção cultural e econômica de grupos de diferentes origens. Formação cultural étnico-raciais do lugar no qual se vive.
mundo e diferenças
Reconhecer os diferentes modos de vida de povos e comuni- Povos indígenas (Guarani, Kaigang e Xokleng), quilombolas e ribeiri-
dades tradicionais em distintos lugares. nhos, ciganos, caiçaras e de todas as populações que habitam o lugar.
Identificar alimentos, minerais e outros produtos cultivados Atividades econômicas (primária, secundária e terciária) de produção
Matéria prima e e profissões .
Mundo do e extraídos da natureza, comparando as atividades de traba-
indústria em Blu-
trabalho lho em diferentes lugares, observando sua disponibilidade e Produtos produzidos e consumidos nos lugares de vivência. Diferen-
menau
escassez ciar alimentação natural e industrializada.
Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos pro- Os cinco “Rs”: Reduzir, Reutilizar, Recusar, Repensar e Reciclar.
blemas causados pelo consumo excessivo e construir propos- Produção de resíduos nos ambientes de vivência (casa escola). Reci-
Produção, circula-
tas para o consumo consciente, considerando a ampliação de clagem e sustentabilidade.
ção e consumo.
hábitos de redução, reuso e reciclagem/descarte de materiais
consumidos em casa, na escola e/ou no entorno. Uso dos recursos naturais na rotina e trabalho das famílias.
grande escala).
Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e ru-
rais sobre o ambiente físico natural, assim como os riscos pro- Compreender o conceito de cooperativismo.
venientes do uso de ferramentas e máquinas.
Práticas escolares democráticas: o respeito ao outro e ao ambiente es-
colar.
247
248
Conceito de território.
Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares
e/ou da comunidade, elementos de distintas culturas (indígenas, Localização, ocupação e formação populacional do município e Vale do Itajaí.
afro-brasileiras, de outras regiões do país, latino-americanas,
Território e Diversidade cultural do município e Santa Catarina.
europeias, asiáticas etc.), valorizando o que é próprio em cada uma
diversidade cultural
delas e sua contribuição para a formação da cultura local, regional O processo migratório na constituição do município de vivência: emigração
e brasileira. e imigração.
O sujeito e
seu lugar no
Descrever processos migratórios e suas contribuições para a
mundo Processos migratórios
formação da sociedade brasileira, destacar a sociedade catarinense. Contribuição das diversas etnias (indígenas, africanas, europeias, asiáticas).
no Brasil
Conceituar paisagem.
Observação das paisagens naturais e culturais do Vale do Itajaí e Santa
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Catarina.
Natureza,
Conservação e Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas
ambientes e Áreas e unidades de conservação, formações vegetais e biomas do Vale do
degradação da (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem
qualidade de Itajaí.
natureza como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas.
vida
Problemas ambientais decorrentes da intervenção humana no município de
vivência.
Natureza, qualidade de vida e saúde.
249
250
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Descrever e analisar dinâmicas populacionais na unidade da Conceito de território, limites, fronteiras e divisas.
Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e
Dinâmica condições de infraestrutura. Diferenças étnico-raciais e étnico- Conceituar etnia.
populacional culturais e desigualdades sociais.
Conceituar desigualdades sociais, fatores desencadeadores e consequências.
Diversidade cultural catarinense.
Localização, ocupação e formação populacional do estado de Santa Catarina.
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e Atividades econômicas desenvolvidas no estado de Santa Catarina.
desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no
comércio e nos serviços. Fontes de energia: renováveis e não renováveis no contexto de Santa Catarina.
Identificar e comparar transformações dos meios de transporte
Mundo do Trabalho e inovação e de comunicação ao longo do tempo, em diferentes lugares do Meios de transporte em Santa Catarina e espaços de logística (portos).
trabalho tecnológica mundo. Mobilidade e acessibilidade urbana em Santa Catarina.
Identificar os diferentes tipos de energia utilizados na produção
industrial, agrícola e extrativa e no cotidiano das populações, Sistemas de comunicação e tecnologia no estado.
reconhecendo as fontes renováveis e alternativas de energia e sua
importância para o ambiente. As mudanças no tipo de trabalho decorrentes das inovações tecnológicas.
y Leitura de mapas em sala, desenhar com os estudantes o lugar no qual estão inseridos.
y Leitura de paisagens locais: com atividades lúdicas, de recortes e colagens para compreensão
da importância e da posição do sol para localização.
y Trabalho de campo – município de Blumenau, região do Vale do Itajaí e litoral próximo, com
leitura da paisagem, com objetivos predefinidos.
y Atividade lúdica como a caça ao tesouro. Por exemplo: trabalhar rosa dos ventos.
y Acesso a sites na sala de informática para a busca de informações para debater em sala de
aula ou para que visualizem o bairro, escola. Por exemplo: Google.
Identificar as características das paisagens transformadas As transformações da paisagem na ocupação e na construção do espaço geográfico.
Transformação das pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da
Mundo do agropecuária e do processo de industrialização. As atividades econômicas, organização do espaço geográfico, impactos socioambien-
paisagens naturais e
trabalho tais, socioculturais e étnico-culturais: do local ao global.
antrópicas Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a
partir do surgimento das cidades. Campo e cidade, interior e litoral: as relações locais e regionais.
Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de A utilização dos elementos naturais: formações vegetais, solo e água na agricultura e
terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos sua relação com o clima.
recursos hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de
distribuição), bem como suas vantagens e desvantagens em
diferentes épocas e lugares. Produção orgânica, utilização de agrotóxicos e seus impactos para a biodiversidade e
saúde humana.
Identificar e analisar distintas interações das sociedades com
a natureza, com base na distribuição dos componentes físico- Recursos minerais e energéticos, produção e consumo humano: vantagens e
naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local desvantagens.
e do mundo.
Distribuição da água no planeta: águas continentais, subterrâneas e oceânicas.
Biodiversidade e
ciclo hidrológico Conceituar bacia hidrógráfica, mata ciliar e transporte de sedimentos com enfoque na
Bacia do Rio Itajaí.
Natureza,
ambientes e Recursos hídricos e sua relação com a ocupação humana ao longo do tempo, nos
qualidade de Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das diversos lugares.
vida principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo,
enfatizando as transformações nos ambientes urbanos e Formas de utilização das bacias hidrográficas em Santa Catarina e no Brasil.
rurais.
As transformações nas bacias hidrográficas em Santa Catarina e no Brasil decorrentes
de atividades econômicas no campo e cidade.
Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais Paisagens brasileiras: aspectos físicos, culturais e econômicos.
no território nacional, bem como sua distribuição e biodi-
versidade (florestas tropicais, cerrados, caatingas, campos Biomas do Brasil, Santa Catarina e Blumenau: aspectos sociais e ambientais.
Natureza, sulinos e matas de araucária). Biodiversidade e as especificidades ambientais locais e nacionais.
ambientes e Biodiversidade Comparar unidades de conservação existentes no municí- Domínios morfoclimáticos brasileiros.
qualidade de brasileira pio de residência e em outras localidades brasileiras, com
vida base na organização do Sistema Nacional de Unidades de Unidades de Conservação e preservação ambientais: município, estado e Brasil.
Conservação (SNUC), a importância dos sistemas hídricos.
Relação entre biodiversidade e qualidade de vida no Brasil e em Santa Catarina.
Identificar a importância dos sítios arqueológicos, relacio-
nar com a memória e identidade de um povo. Bancos genéticos e espécies endêmicas no Brasil e em Santa Catarina.
Conceito de espaço geográfico.
Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacio- Organização do espaço geográfico brasileiro, ciclos econômicos e a ocupação do território.
nais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, Formação do território catarinense. (A questão do Contestado, os Tropeiros, República
compreendendo os conflitos e as tensões históricas e con- Juliana/Revolução Farroupilha.)
temporâneas.
Povos originários e comunidades tradicionais do espaço geográfico brasileiro e catarinense:
Reconhecer características socioespaciais e identitárias dos • Territórios quilombolas: territorialidade, ancestralidade e identidade.
povos indígenas, quilombolas, grupos sociais do campo e
Formação territorial • Territórios indígenas: autossustentabilidade e o respeito à Mãe Terra.
da cidade que vivem no Brasil.
do Brasil • Direitos das comunidades do campo, de pescadores, de ribeirinhos, de caiçaras, de
Selecionar argumentos que reconheçam as territoriali- indígenas e de caboclos.
Conexões e dades dos povos indígenas originários, das comunidades
escalas remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do Mobilidade espacial no Brasil e no estado de Santa Catarina.
cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos so- Os refugiados e os movimentos migratórios forçados: haitianos, senegaleses, venezuela-
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
ciais do campo e da cidade, como direitos legais dessas co- nos, por exemplo.
munidades. Aspectos sociais e econômicos da população brasileira e catarinense: renda, saúde, educa-
ção, mobilidade urbana, infraestrutura, saneamento básico, água potável etc.
Analisar a distribuição territorial da população brasileira, População brasileira: organização, distribuição espacial e estrutura.
Características da considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, afri- Diversidade étnica, religiosa e cultural nacional, regional e local (comunidades tradicio-
população brasileira cana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, nais, quilombos, ribeirinhas).
sexo e idade nas regiões brasileiras. Dinâmica da sociedade – políticas públicas no território nacional em âmbito local e estadual.
255
GEOGRAFIA – ANOS FINAIS – 7º ANO
256
Relacionar o processo de urbanização às transformações A produção agropecuária e a desigualdade de acesso aos produtos alimentares.
da produção agropecuária, à expansão do desemprego Urbanização e sua relação com as transformações no campo, desemprego estrutural e o
estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em capital financeiro em diferentes contextos nacionais, em especial no Brasil.
diferentes países, com destaque para o Brasil. Conceito de redes geográficas.
Produção,
circulação e Analisar fatos e situações representativas das alterações Espacialização das dinâmicas sociais e produtivas no espaço geográfico brasileiro.
ocorridas entre o período mercantilista e o advento do
consumo de capitalismo, no Brasil e mundo. Processo de urbanização – organização espacial dos centros urbanos (cidades, metrópoles,
mercadorias megalópoles e cidades globais).
Discutir em que medida a produção, a circulação e o
consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, Origem e distribuição das produções e das mercadorias no território brasileiro.
assim como influem na distribuição de riquezas, em Organização econômica brasileira no espaço rural e urbano e os impactos ambientais.
diferentes lugares. Industrialização e urbanização no Brasil e as desigualdades econômicas e sociais.
Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, Linguagem cartográfica: mapas temáticos e cartogramas.
inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações
Formas de Linguagem gráficas: histogramas, infogramas, croquis.
demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas),
representação identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias Cartografia social: conceito e representações das comunidades tradicionais extrativistas,
Mapas temáticos do
e espaciais. ribeirinhos, agricultores familiares.
Brasil
pensamento
espacial Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos Espacialização e regionalização de informações demográficas e socioeconômicas do
de setores e histogramas, com base em dados
Brasil, de Santa Catarina e Blumenau.
socioeconômicos das regiões brasileiras.
S E M E D
GEOGRAFIA – ANOS FINAIS – 8º ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o Conceito de Estado, nação, governo, limites, fronteiras e país. América
entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque e África no contexto geopolítico mundial.
para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas Os principais grupos étnicos na África e sua distribuição espacial no
regionalizações a partir do pós-guerra. pós-guerra.
Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e Características dos movimentos sociais no Brasil e na América Latina.
intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como refe- As organizações não governamentais e os sindicatos como movimentos
rência os Estados Unidos da América e os países denominados de BRICS sociais.
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros,
no campo e na cidade, comparando com outros movimentos sociais exis-
tentes nos países latino-americanos.
A divisão do mundo Associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente Tipos de regionalização do mundo.
em Ocidente e (geográfico, religioso e cultural) com o sistema colonial implantado pelas Divisões mundiais em Ocidente e Oriente, países do Norte e países do
Oriente potências europeias. Sul.
S E M E D
GEOGRAFIA – ANOS FINAIS – 8º ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de inte- Organismos de integração na América: os blocos econômicos regionais
gração do território americano (Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, e suas etapas de integração.
Comunidade Andina, Aladi, entre outros). Blocos econômicos regionais.
Natureza,
ambientes e Identificar os principais recursos naturais dos países da América Latina,
qualidade de analisando seu uso para a produção de matéria-prima e energia e sua
Principais características produtivas dos países latino-americanos.
vida relevância para a cooperação entre os países do Mercosul.
Qualidade de vida, preservação ambiental na América.
Identificar paisagens da América Latina e
Diversidade Agropecuária, agronegócio e agricultura familiar na América.
ambiental e as associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com
transformações base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia. Paisagens e povos na América.
nas paisagens na Analisar as principais características produtivas dos países latino- Elementos naturais, matéria-prima, produção e geração de energia na
América Latina americanos (como exploração mineral na Venezuela; agricultura de alta América.
especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne nos pampas
Indicadores econômicos e sua relação com a qualidade de vida na
argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; polígono
América.
industrial do Sudeste brasileiro e plantações de soja no Centro-Oeste;
maquiladoras mexicanas, entre outras).
S E M E D
GEOGRAFIA – ANOS FINAIS – 9º ANO
UNIDADES OBJETOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
Organizações mundiais: Organização das Nações Unidas (ONU), Organização dos Esta-
dos Americanos (OEA), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização para a
O sujeito e Analisar a atuação das corporações internacionais Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização Mundial da Saúde
seu lugar no Corporações e organismos e das organizações econômicas mundiais na vida (OMS), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundo Monetário Internacional
mundo internacionais da população em relação ao consumo, à cultura e (FMI), Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Organização Internacional
à mobilidade. dos Refugiados (OIR) e organização não governamental (ONG).
ONU e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os Fóruns Econômicos Mun-
diais.
Identificar diferentes manifestações culturais de Diversidade cultural, étnica e religiosa da Europa, Ásia e Oceania.
minorias étnicas como forma de compreender a Diversidade religiosa, cultural, histórica mundial, identidades étnicas.
multiplicidade cultural na escala mundial, defen- Lutas, resistências dos povos e minorias sociais no mundo.
dendo o princípio do respeito às diferenças.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Conceito de multiculturalidade.
As manifestações culturais
na formação populacional Paisagens regionais e modos de vida na Europa, na Ásia e na Oceania.
Relacionar diferenças de paisagens aos modos de Arquitetura urbana e identidades culturais locais e em Santa Catarina.
viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Ocea- Festas catarinenses e blumenauenses, identidades culturais locais, regionais, de Santa
nia, valorizando identidades e interculturalidades Catarina e mundiais.
regionais. Modos de produção e estilos de vida dos grupos étnicos locais e regionais e o respeito
às diferenças
261
262
Intercâmbios históricos e Analisar os componentes físico-naturais da Eurá- Paisagens físico-naturais da Europa e da Ásia, componentes históricos geográficos de
culturais entre Europa, Ásia sia e os determinantes histórico-geográficos de sua interação ambiental.
e Oceania divisão em Europa e Ásia. Formação socioespacial, diversidades ambientais culturais e econômicas.
Analisar transformações territoriais, consideran- Conflitos regionais e movimentos separatistas/nacionalistas nos continentes: Ásia, Eu-
Intercâmbios históricos e
do movimento de fronteiras, tensões, conflitos e ropa e Oceania.
culturais entre Europa, Ásia
múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na
Conexões e e Oceania Oriente Médio: geopolítica.
Oceania.
escalas
tras formas de representação Comparar e classificar diferentes regiões do mun- Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
para analisar informações do com base em informações populacionais,
geográficas Os tipos de projeções e suas representações de mundo.
econômicas e socioambientais representadas em
Diversidade ambiental e as mapas temáticos e com diferentes projeções car- Distribuição espacial de dados populacionais socioeconômicos e socioambientais nas
transformações nas paisagens tográficas. diferentes regiões do mundo.
na Europa, na Ásia e na Ocea-
nia
263
264
Natureza, Diversidade ambiental e as Biodiversidade e sustentabilidade nas paisagens da Europa, Ásia e Oceania.
ambientes e transformações nas paisagens Explicar as características físico-naturais e a forma
qualidade de na Europa, na Ásia e na Ocea- de ocupação e usos da terra em diferentes regiões Paisagens, formas de ocupação territorial e organização regional da Europa, Ásia e
vida nia da Europa, da Ásia e da Oceania. Oceania.
Identificar e analisar as cadeias industriais e de A qualidade de vida no mundo: indicadores socioeconômicos e socioambientais.
inovação e as consequências dos usos de recursos Cadeias produtivas, inovação, recursos naturais, fontes e formas energéticas em dife-
naturais e das diferentes fontes de energia (tais rentes países do mundo.
como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear)
em diferentes países. Produção agrícola, alimentos orgânicos, utilização de agrotóxicos e o comércio mun-
dial: impactos econômicos, ambientais e na saúde humana.
S E M E D
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 265
REFERÊNCIAS
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______. Técnica, espaço e tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo:
Hucitec, 1997.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 267
2.2.6 História
O ensino de História no currículo vem passando, ao longo do tempo, por reflexões e sendo cada
vez mais permeado pelo desenvolvimento do protagonismo dos estudantes no processo de apropria-
ção e aquisição de novos conhecimentos.
Em um mundo pós-pandemia, vivenciamos um contexto social importante, que se faz ímpar
na história da humanidade. Dessa forma, as práticas pedagógicas, os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento humano passam a exigir de todos, estudantes e professores, uma nova perspectiva
sobre sua participação no mundo. Esse protagonismo dos atores sociais traz consigo, de forma efeti-
va, a necessidade de encontrar outras maneiras de alcançar o potencial de aprendizagem de nossos
estudantes.
Neste momento, trazemos à discussão reflexões acerca do nosso Currículo da Educação Básica
do Sistema Municipal de Ensino de Blumenau, mais especificamente do componente curricular Histó-
ria, o que, por si só, traz inerente em sua reestruturação a possibilidade de avanços no fazer pedagó-
gico.
Para nortear nossas reflexões acerca de como compreendemos esse componente curricular,
apresentamos o conceito de Biason e Candoti (2017, p. 5), que entendem a “História enquanto campo
de conhecimento estreitamente ligado às fontes históricas, cuja análise temporal permite o levan-
tamento e a compreensão das particularidades do tempo passado em tempo presente por meio de
processo investigativo”.
A partir de então, podemos identificar que o estudante enquanto sujeito da história e da cultura
traz consigo vivências e experiências que, vinculadas às fontes históricas, contribuem para o desenvol-
vimento de situações de aprendizagem com as quais passam a vislumbrar relações de conhecimento
com os conceitos/conteúdos apresentados pelos professores.
Essas vivências podem ser identificadas e relacionadas com experiências humanas de outros
tempos e espaços, e que resultam em objeto de investigação da História. A composição da turma, com
a diversidade de estudantes, vivências e conhecimentos cotidianos, permeados pela cultura familiar,
é fator relevante para a abordagem das unidades temáticas. Possibilita a estudantes e professores a
apropriação e a produção de conhecimento simultaneamente, como sujeitos protagonistas de sua
história.
Partimos então para o desafio de encontrar maneiras efetivas e adequadas para que o compo-
nente curricular de História esteja em consonância com a legislação curricular e com a teoria Históri-
co-Cultural que norteiam o nosso ato pedagógico.
Como nos orienta Alves (2018, p. 430), “o processo de apreensão do conhecimento deve primar
para o desenvolvimento conceitual e para a resolução de situações-problema, e não se ater na mera
268 S E M E D
Para que se alcance esse objetivo de refletir sobre a história e suas transformações, partindo da
interação entre o “eu, o outro e o nós”, é importante que o professor se aproprie de uma diversidade
de fontes históricas, ou seja, para “se pensar o ensino de História, é fundamental considerar a utiliza-
ção de diferentes fontes e tipos de documento (escritos, iconográficos, materiais, imateriais) capazes
de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço e das relações sociais que os geraram” (BRASIL,
2017, p. 398). Isso porque, ao nos relacionarmos com diferentes tipos de fontes históricas, proporcio-
naremos aos estudantes a possiblidade de interpretar, analisar diferentes contextos e períodos histó-
ricos, o que é fundamental para a construção de uma narrativa que passará a ser de cada estudante
enquanto sujeito histórico e cultural, autônomo em seu tempo e espaço.
HISTÓRIA – ANOS INICIAIS – 1º ANO
As fases da vida e a ideia de Identificar aspectos do seu crescimento por meio do registro
temporalidade (passado, pre- das lembranças particulares ou de lembranças dos membros de Organizações familiares diversas compreendidas a partir da percepção e
sente, futuro) sua família e/ou de sua comunidade. das experiências da história dos estudantes, reconhecendo as diversidades
presentes no estado de Santa Catarina.
Identificar a relação entre as suas histórias e as histórias de sua
Temporalidades:
Mundo As diferentes formas de orga- família e de sua comunidade, compreendendo-se como agente
pessoal: meu nização da família e da comu- de transformação social.
lugar no nidade: os vínculos pessoais e Descrever e distinguir os seus papéis e responsabilidades Familiar: biografias e autobiografias, história do nome, árvore familiar.
mundo as relações de amizade relacionados à família, à escola e à comunidade, destacando o Ancestralidades – biológica, cultural, social (brincadeiras de ontem
respeito à diversidade. e de hoje, jogos, vestuário, alimentação, linguagem) – que compõem o
mundo do estudante; fases da vida (percepção de passado, presente e
possibilidades de futuro); percepção da rotina pessoal.
Identificar as diferenças entre os variados ambientes em que
A escola e a diversidade do
vive (doméstico, escolar e da comunidade), reconhecendo as Escolar: rotina; estrutura e funcionamento; história; permanências,
grupo social envolvido rupturas. A criança constrói a escola e se constrói nela.
especificidades dos hábitos e das regras de convívio.
Comunitária: exercitar a cidadania, trabalhar as regras de convívio no
A vida em casa, a vida na escola cotidiano da escola e do mundo dos estudantes; aproveitar momentos
e formas de representação de conflitos, de escolhas, ponderando e assumindo as consequências
Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras
social e espacial: os jogos e das escolhas, despertando o senso de coletividade e de pertencimento
atuais e de outras épocas e lugares.
brincadeiras como forma de do mundo escolar; a escola como um espaço da comunidade que deve
interação social e espacial ser construído de forma dialógica e democrática; por isso, não deve
Mundo ser reduzida a meros conjuntos de espaços físicos e sociabilidades
pessoal: eu, hierárquicas.
A vida em família: diferentes Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel
meu grupo configurações e vínculos desempenhado por diferentes sujeitos em diferentes espaços.
social e meu
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
tempo
Identificar mudanças e permanências nas formas de Experimentar diferentes configurações de organização de espaço físico,
aproveitando os diferentes lugares da escola como possibilidade educativa
A escola, sua representação organização familiar
e de socialização com pessoas diferentes.
espacial, sua história e seu
Reconhecer o significado das comemorações e festas escolares,
papel na comunidade
diferenciando-as das datas festivas comemoradas no âmbito
familiar ou da comunidade.
269
HISTÓRIA – ANOS INICIAIS – 2º ANO
270
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Mudanças e permanências em relação aos usos dos espaços públicos e privados, das
práticas de lazer e culturais, das formas de trabalho e atividades produtivas e ao uso das
novas tecnologias.
As questões Os processos migratórios para a Diferentes formas de circulação de produtos, meios de comunicação
históricas relativas formação do Brasil: os grupos in- e usos das tecnologias entre diferentes grupos étnicos (e) ao longo
às migrações no dígenas, a presença portuguesa e Analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições do tempo (mudanças e permanências).
Vale do Itajaí a diáspora forçada dos africanos para a formação da sociedade brasileira.
Diferentes formas de circulação de pessoas (processos migratórios,
Os processos migratórios do final Analisar, na sociedade em que vive, a existência ou não de viagens por diferentes razões, mudanças sazonais, diferentes rotas
do século XIX e início do século mudanças associadas à migração (interna e internacional). e transportes pelos quais as pessoas chegam ou saem do município,
XX no Brasil estado e país).
Descrever a importância desses processos para a formação
As dinâmicas internas de migra- de Blumenau e do estado de Santa Catarina. Diferentes formas de circulação de pessoas e processos migratórios
ção no Brasil a partir dos anos entre diferentes grupos étnicos (e) presentes no município e Vale do
1960 Itajaí ao longo do tempo (mudanças e permanências, formação do
município, do Vale do Itajaí).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
275
276
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
O que forma um povo: do no-
Identificar os processos de formação das culturas e dos povos,
madismo aos primeiros povos
relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.
sedentarizados
Identificar os mecanismos de organização do poder político com Conceitos de nomadismo e de sedentarismo a partir dos povos
As formas de organização social
vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de originários do estado de Santa Catarina, do país e das migrações em
e política: a noção de Estado
ordenação social. diferentes momentos.
Povos e
culturas: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição Conceito de etnia.
meu lugar no O papel das religiões e da cul-
identitária dos povos antigos, contextualizando com a cultura
mundo e meu tura para a formação dos povos
brasileira, e destacar que a fé não é fator discriminatório e Grupos humanos nômades e sedentários (por exemplo:
grupo social antigos
excludente na vida social. sambaquianos, povos indígenas, ciganos, migrantes), observando
aspectos da organização cultural, política, econômica e religiosa
Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à desses povos.
Cidadania, diversidade cultural diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos.
e respeito às diferenças sociais, Trajetória (permanências e transformações) cultural dos grupos
culturais e históricas Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos
étnico-raciais de sua região e estado de Santa Catarina.
e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica.
Organização social, política e religiosa dos povos indígenas e
Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo quilombolas de Santa Catarina e do seu município. Estratégias de
de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais preservação e manutenção das manifestações culturais.
atribuídos a elas.
Direitos Humanos, conceitos de cidadania e diversidade cultural
As tradições orais e a valoriza- Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão (baseados no processo histórico dos grupos humanos estudados).
ção da memória dos marcos de memória e discutir a presença e/ou a ausência de
Registros diferentes grupos que compõem a sociedade na nomeação desses Referências à legislação brasileira, do estado e local – Constituição
da história: marcos de memória. Federal, ECA e Regimento Interno da Escola etc.
linguagens e
O surgimento da escrita e a no- Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas
culturas
ção de fonte para a transmissão sociedades, incluindo os povos indígenas originários e os povos Lugares e manifestações oficiais de referência da memória (museus,
de saberes, culturas e histórias praças, nome de ruas, casas, narrativas, saberes e fazeres) e não
africanos.
oficiais (objetos, práticas de trabalho, narrativas, saberes e fazeres).
Comparar pontos de vista sobre temas que impactam a vida
cotidiana no tempo presente, por meio do acesso a diferentes
fontes, incluindo orais.
S E M E D
HISTÓRIA – ANOS INICIAIS – 5º ANO
y Cartazes.
y Dramatização, música, poesia, paródia.
y Uso de mapas e guias turísticos.
y Análise de fotografias e de imagens.
y Trabalhos individuais e em equipe utilizando a sala de informática pedagógica e as ferramen-
tas do computador.
y Produção de jornal.
y Mural de curiosidades e notícias cotidianas.
y Construção de jogos.
y Saídas de estudo a museus e atividades culturais.
y Desenhos e releituras de cenas que se referem aos acontecimentos passados.
y Narrativas orais e reproduzidas por meio de entrevistas.
y Elaboração de diagramas.
y Linhas do tempo para a localização de acontecimentos.
y Redação de frases curtas que visem sintetizar um acontecimento estudado ou um conceito
histórico.
y História em quadrinhos.
y Análise de documentos iconográficos e mapas históricos.
y Pesquisa virtual a museus de História Natural disponibilizados na internet.
280
Formas de registro da História e da Identificar diferentes formas de compreensão da Introdução ao estudo da História
produção do conhecimento históri- noção de tempo e de periodização dos processos Conceito de História.
co históricos (continuidades e rupturas).
O trabalho do historiador.
Diferentes fontes históricas (documentos escritos, depoimentos orais,
fotografias, objetos, edificações etc.).
Identificar a gênese da produção do saber histórico
e analisar o significado das fontes que originaram Calendários de diferentes sociedades (cristã, ortodoxa, muçulmana, judaica,
A questão do tempo, sincronias e chinesa etc.).
determinadas formas de registro em sociedades e
diacronias: reflexões sobre o sentido A divisão da História em antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.).
épocas distintas, assim como as especificidades e
das cronologias
singularidades das transformações históricas nas Periodização tradicional da história (Pré-História, Idade Antiga, Idade Média,
respectivas comunidades. Idade Moderna e Idade Contemporânea).
História: tempo, História e memória/História e narrativa.
espaço e formas
de registros Pré-História
Identificar as hipóteses científicas sobre o
surgimento da espécie humana e sua historicidade As teorias e as hipóteses científicas e diferentes narrativas sobre o surgimento
e analisar os significados dos mitos de fundação, da espécie humana: criacionismo e evolucionismo.
comparar as diferentes visões a respeito da origem Os processos migratórios e tecnológicos dos primeiros grupos humanos
As origens da humanidade, seus da vida no planeta. (hipóteses, embates e diálogos) e as transformações produzidas no meio
deslocamentos e os processos de se- ambiente no decorrer do tempo.
dentarização Descrever modificações da natureza e da paisagem
realizadas por diferentes tipos de sociedade, com A divisão deste período e as suas características (Paleolítico, Neolítico e Idade
destaque para os povos indígenas e quilombolas, e dos Metais).
discutir a natureza e a lógica das transformações O processo de evolução humana durante a Pré-História.
ocorridas. Os registros históricos do período.
Povos pré-colombianos
As origens da humanidade, seus Conhecer as teorias sobre a origem do homem
deslocamentos e os processos de se- americano. As hipóteses sobre a chegada dos grupos humanos ao continente americano e
dentarização Descrever modificações da natureza e da paisagem sul-americano: Estreito de Bering e o crânio de Luzia.
A invenção do
mundo clássico Os povos indígenas originários do realizadas por diferentes tipos de sociedade, com
e o contraponto atual território brasileiro e seus há- destaque para os povos indígenas e quilombolas, e
bitos culturais
com outras discutir a natureza e a lógica das transformações
sociedades Povos da Antiguidade na África ocorridas.
(egípcios), no Oriente Médio (me-
sopotâmicos) e nas Américas (pré- Identificar geograficamente as rotas de povoa-
-colombianos). mento americano.
S E M E D
HISTÓRIA – ANOS FINAIS – 6º ANO
UNIDADES OBJETOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
Mesopotâmia
Significados do conceito de “im- Associar o conceito de cidadania a dinâmicas de inclu- Os povos que fundaram Roma na Antiguidade e as suas realizações.
pério” e as lógicas de conquista, são e exclusão na Grécia e Roma antigas.
conflitos e negociação dessa for- A sociedade romana e o papel de cada camada social, além de seus desafios
A invenção ma de organização política políticos.
do mundo
Conceituar “império” no mundo antigo, com vistas à
clássico e o Senhores e servos no mundo anti- análise das diferentes formas de equilíbrio e desequilí- A influência de outros povos na construção cultural dos gregos e romanos e seu
contraponto go e no mundo medieval brio entre as partes envolvidas. legado para o mundo ocidental.
com outras
sociedades Escravidão e trabalho livre em di- A relação da língua latina com a língua portuguesa e as suas particularidades.
ferentes temporalidades e espaços Descrever as dinâmicas de circulação de pessoas, produtos
(Roma Antiga, Europa Medieval e e culturas no Mediterrâneo e seu significado. As mulheres nas sociedades grega, romana e medieval.
África)
O diálogo cultural entre gregos e romanos e a formação da cultura greco-ro-
O papel da mulher na Grécia An- Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento mana.
Lógicas de tiga e em Roma, e no período me- e as formas de organização do trabalho e da vida social
dieval em diferentes sociedades e períodos, com destaque para
organização as relações entre senhores e servos. A religião e a mitologia romana.
política
O Ocidente Clássico: aspectos da
cultura na Grécia e em Roma A expansão do Império Romano, o aumento demográfico e a dificuldade em
Diferenciar escravidão, servidão e trabalho livre no administrar o território.
mundo antigo.
Lógicas comerciais na Antiguida-
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
de romana e no mundo medieval As consequências das invasões territoriais dos povos bárbaros.
Descrever e analisar os diferentes papéis sociais das mu-
O Mediterrâneo como espaço de lheres no mundo antigo e nas sociedades medievais. A decadência do Império Romano e o surgimento de reinos bárbaros.
interação entre as sociedades da Eu-
ropa, da África e do Oriente Médio
283
284
Império Bizantino:
A decadência do Império Romano e o surgimento de reinos bárbaros. As
A passagem do mundo antigo para o heranças culturais romanas e germânicas.
mundo medieval
Idade Média: Alta e Baixa Idade Média
A fragmentação do poder político na
Identificar e analisar diferentes formas de O feudalismo e as suas principais características.
Idade Média
contato, adaptação ou exclusão entre populações A organização e posse da terra no feudalismo.
em diferentes tempos e espaços.
O Mediterrâneo como espaço de O contrato de fidelidade ou vassalagem, as suas características e as suas
interação entre as sociedades da consequências sociais.
Europa, da África e do Oriente Médio Descrever as dinâmicas de circulação de pessoas,
As relações sociais entre o suserano, os vassalos e os servos.
produtos e culturas no Mediterrâneo e seu
significado. Os estamentos ou ordens sociais existentes neste período e o papel de
cada um deles,
Caracterizar e comparar as dinâmicas de Os diferentes papéis sociais das mulheres no mundo antigo e nas
Trabalho e formas abastecimento e as formas de organização do sociedades medievais.
Senhores e servos no mundo antigo e
de organização trabalho e da vida social em diferentes sociedades
no medieval O surgimento do catolicismo e o seu papel na sociedade e na produção
social e cultural e períodos, com destaque para as relações entre cultural medieval.
Escravidão e trabalho livre em senhores e servos.
diferentes temporalidades e espaços As relações sociais e as relações de trabalho no feudalismo.
(Roma Antiga, Europa Medieval e
África) Analisar o papel da religião cristã na cultura e As mulheres nas sociedades grega, romana e medieval.
nos modos de organização social no período As transformações ocorridas na agricultura e as suas consequências.
Lógicas comerciais na Antiguidade medieval.
romana e no mundo medieval A organização das cidades e as atividades econômicas desempenhadas
pelos burgueses.
O Mediterrâneo como espaço de
Descrever e analisar os diferentes papéis sociais A invenção do banco, das casas de câmbio, seguros marítimos e
interação entre as sociedades da
das mulheres no mundo antigo e nas sociedades empréstimos, para facilitar as relações comerciais.
Europa, da África e do Oriente Médio
medievais.
O papel da religião cristã, dos O funcionamento das feiras, corporações de ofícios, das guildas ou
mosteiros e da cultura na Idade Média hansas.
O papel da mulher na Grécia e em Destacar as principais causas da crise no feudalismo: as Cruzadas, a
Roma e no período medieval fome, a Peste Negra e a guerra.
O Mar Mediterrâneo, o comércio e as rotas comerciais transcontinentais.
S E M E D
HISTÓRIA – ANOS FINAIS 7º ANO
UNIDADES OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
OBJETOS DE CONHECIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS DESENVOLVIMENTO
A formação dos estados nacionais
Renascimento cultural
Saberes dos povos africanos e pré- Principais artistas renascentistas: Itália, França, Inglaterra, Holanda,
Espanha, Portugal e Alemanha.
-colombianos expressos na cultura Identificar aspectos e processos específicos das
material e imaterial sociedades africanas e americanas antes da che- A ciência e o Renascimento.
gada dos europeus, com destaque para as formas
A teoria científica: heliocentrismo (Nicolau Copérnico) e a teoria
de organização social e o desenvolvimento de de Galileu Galilei, as invenções de Leonardo da Vinci, os avanços na
saberes e técnicas. astronomia e medicina.
Humanismos: uma nova visão de ser
Humanismos, O impacto do Renascimento na tecnologia, na literatura, nas artes
humano e de mundo plásticas, na música.
Renascimentos e o
Novo Mundo
Identificar as principais características dos Hu- A Inquisição e o Tribunal do Santo Ofício.
manismos e dos Renascimentos e analisar seus As reformas protestantes e Contrarreforma Católica.
Renascimentos artísticos e culturais significados. Identificar e relacionar as vincula-
ções entre as reformas religiosas e os processos Os motivos dos movimentos reformistas: questões teológicas, corrupção,
culturais e sociais do período moderno na Euro- insatisfação da nobreza e dos reis, descontentamento da burguesia, venda
de indulgências, simonia etc.
pa e na América.
A Reforma Luterana e as suas características.
Reformas religiosas: a cristandade
fragmentada O Calvinismo e as suas características.
O Anglicanismo e as suas características, correlacionando com o governo
do rei Henrique VIII.
A Contrarreforma Católica: Concílio de Trento, Companhia de Jesus,
Index (Lista de Livros Proibidos), a Inquisição.
A intolerância religiosa e a censura.
S E M E D
HISTÓRIA – ANOS FINAIS – 7º ANO
UNIDADES OBJETOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
O mundo
moderno e a A ideia de “Novo Mundo” Identificar conexões e interações entre as socie- O Mercantilismo
conexão entre ante o Mundo Antigo: perma- dades do Novo Mundo, da Europa, da África e A intervenção e o controle do Estado na economia na Idade Moderna.
sociedades nências e rupturas de saberes da Ásia no contexto das navegações e indicar a
africanas, e práticas na emergência do complexidade e as interações que ocorrem nos Mercantilismo: diferentes medidas para controlar os estoques de me-
americanas e mundo moderno oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. tais preciosos, a produção de moedas, redução da importação de pro-
europeias dutos luxuosos, monopólio no comércio e concessão de privilégios.
Teóricos do Absolutismo: Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jac-
Analisar os diferentes impactos da conquista ques-Bénigne Bousset.
A conquista da América e as europeia da América para as populações ame- O Absolutismo na França: início, auge e fim.
formas de organização políti- ríndias e identificar as formas de resistência, am-
ca dos indígenas e europeus:
A organização pliando a discussão do conceito de colonização A conquista da América
conflitos, dominação e conci-
do poder e sob o ponto de vista do colonizado e do coloni-
liação Pacto colonial: o sistema econômico das metrópoles e a subordinação
as dinâmicas zador.
do mundo da África e da América.
colonial ame- A estruturação dos vice-rei- Analisar, com base em documentos históricos A conquista da América espanhola: México e Peru.
ricano nos nas Américas (mapas históricos produzidos em diferentes A resistência dos povos conquistados na América espanhola.
Resistências indígenas, inva- contextos), diferentes interpretações sobre as di-
sões e expansão na América nâmicas das sociedades americanas no período A administração colonial espanhola: Casas de Contratação, Conselho
portuguesa colonial. Supremo das Índias, sistemas de portos únicos.
Vice-reinos, agricultura e mineração.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
A organização
do poder e Descrever as formas de organização das so-
as dinâmicas ciedades americanas no tempo da conquista As fronteiras na América portuguesa
do mundo com vistas à compreensão dos mecanismos de
colonial A conquista da América e as alianças, confrontos e resistências. A busca por outras atividades econômicas na América portuguesa.
americano formas de organização po-
lítica dos indígenas e euro- A expansão das fronteiras e a conquista do Sertão.
peus: conflitos, dominação e
conciliação Analisar os diferentes impactos da conquista As bandeiras: bandeiras de apresamento, bandeiras prospectoras, ban-
europeia da América para as populações ame- deiras e sertanismo de contrato.
ríndias e identificar as formas de resistência.
A Guerra dos Emboabas.
As entradas: expedições organizadas pelas autoridades portuguesas.
A estruturação dos vice-rei- As missões jesuíticas.
nos nas Américas
Analisar a formação histórico-geográfica de
território da América portuguesa por meio de A conquista do Sul: estâncias e pampas.
Resistências indígenas, inva- mapas históricos
sões e expansão na América Tratados de limites: Tratado de Madri, Guerra Guaranítica, Tratado de
portuguesa Santo Idelfonso e Tratado de Badajós.
S E M E D
HISTÓRIA – ANOS FINAIS – 7º ANO
UNIDADES OBJETOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
O mundo
moderno e a Identificar aspectos e processos específicos das
Saberes dos povos africanos
conexão entre sociedades africanas e americanas antes da
e pré-colombianos expres-
sociedades chegada dos europeus, com destaque para as
sos na cultura material e
africanas, formas de organização social e o desenvolvi-
imaterial
americanas e mento de saberes e técnicas.
europeias
A independência das treze colônias inglesas e a formação dos Estados Unidos da América
O processo de colonização inglesa na América do Norte.
A influência das ideias iluministas no processo de independência das treze colônias inglesas
na América do Norte.
As colônias de exploração e as suas principais características sociais e comerciais.
Identificar e contextualizar as especificidades As colônias de povoamento e as suas principais características sociais e econômicas.
dos diversos processos de independência nas
Os processos Américas, seus aspectos populacionais e suas O comércio triangular e o comércio colonial.
Independência dos Es-
de indepen- conformações territoriais. A interferência da metrópole nas colônias.
tados Unidos da Amé-
dência nas rica A Guerra dos Sete Anos e a sua relação com o fim da autonomia das treze colônias.
Américas
O endurecimento do controle da Inglaterra sobre as colônias: Lei do Chá, Lei do Selo e Lei do Açúcar.
A Festa do Chá de Boston e as Leis Intoleráveis.
As guerras e o processo de independência.
A Declaração de Independência e a fundação dos Estados Unidos da América.
A Constituição dos Estados Unidos da América.
O primeiro presidente dos Estados Unidos da América e as suas tendências políticas.
S E M E D
HISTÓRIA – ANOS FINAIS – 8º ANO
UNIDADES OBJETOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
A Revolução Francesa
O Antigo Regime e a monarquia francesa.
Os estamentos sociais: o primeiro estado (clero), o segundo estado (nobreza) e o terceiro
estado (o restante da população).
Os antecedentes da revolução: a crise econômica, a crise na agricultura, a falta de alimentos e o
aumento nos preços, o luxo dos monarcas.
A convocação da Assembleia dos Estados Gerais e a proposta do aumento nos impostos.
A invasão e a queda da Bastilha.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
A Assembleia Nacional Constituinte (1789-1792).
O mundo con- Identificar e relacionar os A Constituição Civil do Clero (1790).
temporâneo: o Revolução Francesa e processos da Revolução Francesa e seus
Antigo Regime seus desdobramentos A fuga da família real francesa e a prisão.
desdobramentos na Europa e no mundo.
em crise
A monarquia constitucional e os grupos políticos: girondinos, jacobinos e sans-culottes.
O Estado dividido em três poderes: executivo, legislativo e judiciário.
A Convenção Nacional (1792-1795).
O período ou fase do terror: o governo de Robespierre.
A invasão da Convenção e a tomada do poder pelos girondinos.
O Diretório (1795-1799).
O Golpe do 18 Brumário e o governo de Napoleão Bonaparte.
O regime de servidão feudal.
Maria Antonieta e o seu papel na moda e na cultura francesa.
Independências na Amé- Identificar a Revolução de São Domingo como Independência na América Espanhola
rica espanhola
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de As mudanças sociais, administrativas e políticas com a chegada da Família Real
diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de inde- Portuguesa a Salvador.
Os processos pendência no Brasil, na América espanhola e no Haiti. A abertura do portos.
de indepen- Os caminhos até a inde-
O Tratado de Aliança e Amizade e o Tratado de Comércio e Navegação entre
dência nas pendência do Brasil
Portugal e Inglaterra (1810).
Américas
Caracterizar a organização política e social no Brasil A mudança da Realeza Portuguesa para o Rio de Janeiro.
desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até
1822, e seus desdobramentos para a história política As mudanças no Rio de Janeiro para receber a Família Real Portuguesa.
brasileira. As transformações urbanas, administrativas, educacionais e culturais após a chegada
da Família Real ao Rio de Janeiro.
Analisar o processo de independência em diferentes Uma consequência do Congresso de Viena: D. João decretou guerra à França e
países latino-americanos e comparar as formas de go- ordenou a invasão da Guiana Francesa.
verno neles adotadas.
A Revolução Pernambucana (1817).
A Revolução do Porto e o regresso de D. João VI a Portugal.
O Príncipe Regente do Brasil: D. Pedro I.
nacional brasileiro: cultu- Discutir o papel das culturas letradas, não letradas e A regência de D. Pedro I e os grupos políticos desse período.
O Brasil no
ra popular, representações das artes na produção das identidades no Brasil do sé-
século XIX O Dia do Fico.
visuais, letras e o Roman- culo XIX.
tismo no Brasil. A Assembleia Constituinte.
O controle e a interferência de D. Pedro I nas províncias.
O processo e a proclamação da Independência (1822).
297
298
política e economia As guerras platinas no século XIX: a Guerra da Cisplatina (1825-1828), a Guerra Contra
razão de questões de fronteiras com as ten-
sões e conflitos durante o Império. Oribe (1850-1851), a Guerra Contra Rosas (1852), a Guerra Contra Aguirre (1864-1865)
e a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Territórios e fronteiras: a Guer-
ra do Paraguai Identificar as questões internas e externas
sobre a atuação do Brasil na Guerra do Para- O exército brasileiro na Guerra do Paraguai.
guai e discutir diferentes versões sobre o con-
flito, seus desdobramentos e influências para A imigração em outras regiões do Brasil: Santa Catarina e Blumenau.
o término da monarquia e da escravidão.
299
300
Discutir a noção da tutela dos grupos indí- O fim do Segundo Reinado no Brasil
genas e a participação dos negros na socie-
A tutela da população indígena, dade brasileira do final do período colonial, O fim da escravidão e as suas consequências.
a escravidão dos negros e a tu- identificando permanências na forma de pre-
tela dos egressos da escravidão. conceitos, estereótipos e violências sobre as Os movimentos abolicionistas.
populações indígenas e negras no Brasil e nas
Américas. A Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885).
Descrever e contextualizar os principais aspec- República Velha: República da Espada e República Oligárquica (República do Café
tos sociais, culturais, econômicos e políticos da com Leite)
A proclamação da Repú- emergência da República no Brasil.
blica e seus primeiros des- A Proclamação da República, em 1889.
dobramentos Caracterizar e compreender os ciclos da história A República da Espada: um governo militar (1889-1894).
republicana, identificando particularidades da
história local e regional até 1954. A Constituição de 1891.
A questão da inserção dos Identificar os mecanismos de inserção dos ne- A República Oligárquica: um governo das elites agrárias do Sudeste (1894-1930).
negros no período republi- gros na sociedade brasileira pós-abolição e ava-
cano do pós-abolição A política externa durante a República Oligárquica: imigração.
liar os seus resultados
Os movimentos sociais e A República do Café com Leite: funcionamento e desdobramentos.
a imprensa negra; a cul- A economia brasileira.
tura afro-brasileira como Discutir a importância da participação da po-
elemento de resistência e pulação negra na formação econômica, política
O ministro Rui Barbosa e o encilhamento.
superação das discrimina- e social do Brasil.
O nascimento da
República no Brasil e ções O voto do cabresto e o controle do processo eleitoral.
os processos históri- O papel dos coronéis na sociedade, economia e política: o coronelismo.
cos até a metade do Primeira República e suas
século XX características Contesta- Identificar os processos de urbanização e mo-
A realidade das zonas urbanas neste período.
ções e dinâmicas da vida dernização da sociedade brasileira e avaliar suas
cultural no Brasil entre contradições e impactos na região em que vive. A Revolta da Vacina (1904): motivos, objetivos, principais acontecimentos e
1900 e 1930 desfecho.
Identificar e explicar, em meio a lógicas de in- A Revolta da Chibata (1910): motivo, objetivos, principais acontecimentos e
A questão indígena duran- clusão e exclusão, as pautas dos povos indíge- desfecho.
te a República (até 1964) nas, no contexto republicano (até 1964), e das
populações afrodescendentes. Os operários nos centros urbanos: insatisfação e atitudes.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
A proclamação da Repú- Caracterizar e compreender os ciclos da história O Brasil nos anos 1920
blica e seus primeiros des- republicana, identificando particularidades da
dobramentos história local e regional até 1954. A crise na cafeicultura.
Identificar os mecanismos de inserção dos ne- O Partido Comunista do Brasil (PCB) e o Partido Democrático (PD).
A questão da inserção dos
gros na sociedade brasileira pós-abolição e ava-
negros no período republi-
liar os seus resultados. Os movimentos operários no Brasil.
cano do pós-abolição
O nascimento da
República no Brasil e Os levantes militares: o Forte de Copacabana, a Coluna Paulista e a Coluna
os processos históri- Prestes.
cos até a metade do Os movimentos sociais e
século XX a imprensa negra; a cul-
turaafro-brasileira como As transformações na cultura, a Exposição Internacional e a Semana de Arte
elemento de resistência e Discutir a importância da participação da po- Moderna de 1922.
superação das discrimina- pulação negra na formação econômica, política
ções e social do Brasil. A Revolução de 1930 e o início da Era Vargas.
O Holocausto
A política de extermínio e o antissemitismo.
Os campos de concentração na Europa.
As consequências do Holocausto.
Os relatos de sobreviventes do Holocausto.
O Museu do Holocausto no Brasil e no mundo.
O relato de Anne Frank.
O Holocausto através das lentes do cinema.
305
O Tribunal de Nuremberg.
306
CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO
Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2003)
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e a participação do Brasil e os seus objetivos.
O déficit na balança comercial brasileira.
O movimentos dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
A reeleição de FHC.
A desvalorização do Real perante o dólar.
O processo de redemo-
A aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal.
cratização
O Programa da Saúde de Combate à AIDS e a queda na taxa de mortalidade infantil.
A Constituição de 1988 Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006 e 2007-2010)
e a emancipação das ci- As eleições de 2002.
dadanias (analfabetos, O incentivo às exportações.
indígenas, negros, jo- A negociação da dívida externa.
vens etc.) As medidas econômicas, na educação e na saúde.
2005: o escândalo do Mensalão.
A história recente do O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Brasil: transformações O Brasil no BRICS.
políticas, econômicas, Relacionar aspectos das mudanças
Modernização, dita- Dilma Rousseff (2011-2014 e 2015-2016)
sociais e culturais de econômicas, culturais e sociais ocor-
dura civil-militar e A crise financeira internacional de 2008 e o seu reflexo no Brasil.
1989 aos dias atuais ridas no Brasil a partir da década de
redemocratização: o O baixo crescimento econômico e o aumento da inflação.
1990 ao papel do país no cenário in-
Brasil após 1946 As políticas sociais do governo.
Os protagonismos da ternacional na era da globalização.
A Comissão Nacional da Verdade.
sociedade civil e as al-
A crise interna no governo.
terações da sociedade
As Manifestações de Junho de 2013.
brasileira
A insatisfação com o governo no segundo mandato e as manifestações de 2015 e 2016.
A questão da violência O aumento da inflação e do desemprego.
contra populações mar- A crise política se agrava.
ginalizadas A Operação Lava Jato.
A polarização política e as manifestações pró e contra o governo.
O Brasil e suas relações A abertura do processo de impeachment de Dilma (2016) e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
internacionais na era da Michel Temer (2016-2018)
globalização O vice-presidente de Dilma assume o governo.
A instabilidade política.
As medidas do Governo Temer: a PEC 55, a BNCC, o Saque do FGTS e as medidas econômicas.
A Reforma da Previdência.
As novas investigações da Operação Lava Jato.
As eleições presidenciais de 2018.
S E M E D
HISTÓRIA – ANOS FINAIS – 9º ANO
UNIDADES OBJETOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
A história recente
A Guerra Fria: Socialismo X Capitalismo
A Doutrina Truman e o Plano Marshall.
A criação do Conselho para Assistência Econômica Mútua (Comecon).
A Guerra Fria: confrontos de A Criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
dois modelos políticos O Pacto de Varsóvia.
A disputa aeroespacial.
Identificar e analisar aspectos da Guerra Fria, seus A Revolução Chinesa, a Revolução da Coreia e a Guerra do Vietnã.
A Revolução Chinesa e as ten-
principais conflitos e as tensões geopolíticas no in- A União Soviética após a morte de Stalin.
sões entre China e Rússia
terior dos blocos liderados por soviéticos e estadu-
O período de coexistência pacífica.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
nidenses.
A formação do Mercado Comum Europeu.
A Revolução Cubana e as ten- A construção do Muro de Berlim, em 1961.
sões entre Estados Unidos da A Crise dos Mísseis em Cuba, em 1962.
América e Cuba
A Primavera de Praga.
As mudanças nos anos de 1960.
American Way of Life: o Estilo de Vida Americano.
A ONU e as mudanças geopolíticas.
311
312
As pautas dos povos O tráfico de drogas e a aprovação do combate ao comércio ilegal, em nível mundial, aprovado pela
indígenas no século ONU (1961).
XXI e suas formas de
inserção no debate lo- Identificar e discutir as diversidades A indústria bélica e o Tratado sobre o Comércio de Armas na ONU (2014).
cal, regional, nacional identitárias e seus significados histó-
e internacional ricos no início do século XXI, com- A Declaração Universal dos Direitos Humanos.
batendo qualquer forma de precon-
ceito e violência. Os desafios no Brasil atual: transportes, saúde, educação, segurança pública, expectativa de vida etc.
ANOS FINAIS
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
y Interpretação de ilustrações.
y Apresentações de trabalhos/pesquisas/seminários.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 315
REFERÊNCIAS
Esse componente curricular visa garantir ao estudante o acesso aos conhecimentos religiosos.
Assim, não pode se revestir de caráter doutrinário ou proselitista, possibilitando o acesso à compreen-
são dos conhecimentos e fenômenos religiosos manifestados nos diferentes movimentos, tradições
religiosas e filosofias de vida. Importante considerar que o Ensino Religioso,
Ao longo da história da educação brasileira, […] assumiu diferentes perspectivas teórico-
-metodológicas, geralmente de viés confessional ou interconfessional. […] Em função dos
promulgados ideais de democracia, inclusão social e educação integral, vários setores da
sociedade civil passaram a reivindicar a abordagem do conhecimento religioso e o reconhe-
cimento da diversidade religiosa no âmbito dos currículos escolares (BRASIL, 2017, p. 435).
Em Blumenau, no Ensino Fundamental, não foi diferente: o Ensino Religioso se fez presente na
história da educação da Rede Municipal de Ensino, de forma não confessional, sem privilégio de crença
ou convicção, acompanhando a legislação nacional e estadual e seus respectivos movimentos.
O Ensino Religioso promove aos estudantes o acesso aos conhecimentos das culturas e tradições
religiosas (indígenas, africanas, afro-brasileiras, judaicas, cristãs e islâmicas, espíritas, hindus, chinesas,
japonesas, semitas, movimentos místicos, esotéricos, sincréticos, entre muitos outros) e a-religiosas
(ateísmo, ceticismo, agnosticismo), em um intrínseco diálogo com as filosofias de vida, as quais se
ancoram em princípios cujas fontes advêm de fundamentos racionais, filosóficos, científicos, entre
outros (BRASIL, 2017). Trata-se de proporcionar aos estudantes que descubram o sentido da existên-
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 317
cia, percebam a transcendência, além de facilitar a compreensão das formas como a(s) divindade(s)
se expressa(m) na superação da finitude humana, processo determinante da história da humanidade.
O Ensino Religioso deixou de ser confessional, exigindo uma transformação significativa para
a compreensão da diversidade religiosa, fazendo da escola um espaço para construção e apropriação
dos conhecimentos que privilegiam a educação plena e de qualidade. Nesse contexto, acentua-se a
função social da escola para possibilitar ao estudante tomadas de decisões que respeitem a sua própria
história e, consequentemente, a do outro. O Ensino Religioso pode:
contribuir, por meio do estudo dos conhecimentos religiosos e das filosofias de vida, na
construção de atitudes de reconhecimento e respeito às alteridades, na promoção da
liberdade religiosa e dos direitos humanos. E, também, desenvolver práticas pedagó-
gicas na perspectiva da interculturalidade que questionem e enfrentem processos de
exclusões e desigualdades, e que encaminhem vivências fundamentadas no conhecer,
no respeitar e no conviver entre os diferentes e as diferenças (SANTA CATARINA, 2019,
p. 455).
OBJETO DE
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
CONHECIMENTO
Interculturalidades - Reconhecer e respeitar as pessoas com necessidades especiais em diferentes contextos e espaços socioculturais.
e alteridades
- Reconhecer, valorizar e respeitar as características corporais e subjetivas de cada um, experiências e vivências pes-
soais, familiares e comunitárias.
Imanência (material) e transcen-
dência (espiritual) - Identificar a diversidade cultural religiosa a partir do ambiente escolar.
- Reconhecer as diferentes formas de vida existentes no planeta, observando, descrevendo e valorizando.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
- Identificar e acolher sentimentos, lembranças, memórias, saberes, crenças e/em suas manifestações a partir das expe-
Sentimentos, lembranças, memó- riências individuais e/ou dos núcleos de convivência.
Manifestações religiosas rias e saberes
Símbolos - Reconhecer os símbolos socioafetivos que auxiliam na compreensão respeitosa nos distintos grupos de pertencimen-
to.
319
320
- Reconhecer os diferentes espaços de convivências: núcleos de pertencimentos, comunitários, religiosos, entre outros.
- Identificar costumes, crenças, regras e formas de viver em distintos espaços de convivência, incluída a escola.
O eu e os ambientes de convi- - Perceber-se como pessoa interdependente que estabelece relações de pertencimento com a natureza e a sociedade.
vências
- Identificar sentimentos e atitudes que caracterizam as violências contra crianças, as formas de prevenção, com base
no ECA.
- Identificar as diferentes formas de registro das memórias pessoais, socioafetivas e escolares (fotos, músicas, narrativas
orais e escritas, álbuns, entre outras).
Memórias e símbolos sagrados - Identificar os símbolos presentes nos diferentes espaços de convivências.
- Conhecer os símbolos relacionando-os às suas respectivas manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida,
reconhecendo sua dimensão imanente (material) e transcendente (espiritual).
Animais, alimentos e plantas - Conhecer animais, alimentos, plantas e as suas relações com as manifestações, tradições religiosas e filosofias de vidas.
sagradas Inclusive seu valor e a importância de não desperdiçar.
Manifestações religiosas
Ritos sagrados - Identificar o uso e a importância dos sentidos (gestos, falas, audição, visão, olfato) em acontecimentos e fatos sagrados.
S E M E D
ENSINO RELIGIOSO – 3º ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
- Conhecer documentos que garantam o direito à vida, como: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Carta da
Terra; Estatuto do Idoso; Estatuto da Criança e Adolescente; Constituição (artigo 5º).
O eu e os ambientes de
- Identificar situações de violências aos Direitos Humanos e da Terra, possibilitando intervenções de prevenção e de
convivências
enfrentamento.
IInterculturalidades e
alteridades - Identificar os diferentes tipos de espaço de território, em sua localidade (Vale do Itajaí).
- Conhecer e respeitar os espaços e territórios de diferentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida.
Espaços e territórios sagrados
- Reconhecer identidades e territórios sagrados como locais de encontros, realização de práticas celebrativas.
- Identificar e respeitar práticas celebrativas como cerimônias, orações, festividades, peregrinações, entre outras, de
diferentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida.
Práticas celebrativas - Reconhecer nas festas populares a memória dos acontecimentos sagrados e a manutenção das diferentes manifestações,
tradições religiosas e filosofias de vida.
Manifestações religiosas
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
- Identificar diferentes sentidos e valores atribuídos a animais, alimentos e plantas em diferentes práticas celebrativas.
- Reconhecer e caracterizar as indumentárias (roupas, acessórios, símbolos, pinturas corporais, entre outras) utilizadas
Indumentárias em diferentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida, como elementos integrantes de suas identidades
e que têm significados.
321
322
Interculturalidades e Os Direitos Humanos e a sua -Valorizar as características da Cultura da Paz no contexto escolar e em diversos espaços sociais, possibilitando in-
alteridades Multiplicidade tervenções de prevenção e enfrentamento.
- Identificar diferentes formas de se relacionar com o sagrado e que possibilitam a convivência comunitária.
- Identificar ritos e suas funções em diferentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida.
Ritos sagrados
- Caracterizar e definir ritos de iniciação e de passagem em diferentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de
Manifestações religiosas vida, como memória e preservação da identidade em diversas tradições.
- Identificar as diversas formas de expressar a espiritualidade (orações, cultos, gestos, cantos, dança, meditação,
entre outros) nas diferentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida.
- Identificar representações religiosas em diferentes expressões artísticas (pinturas, arquiteturas, esculturas, ícones,
Símbolos Sagrados símbolos, imagens, dentre outros), reconhecendo-as como parte das identidades das manifestações, tradições reli-
giosas e filosofias de vida.
- Identificar nomes e representações de divindades nos contextos socioafetivos. Reconhecer e respeitaras ideias de
Ideia(s) de divindade(s)
divindades nas manifestações e tradições religiosas.
Os Direitos Humanos e a sua - Identificar e problematizar situações do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), possibilitando interven-
Interculturalidades e alteridades Multiplicidade ções de prevenção e de enfrentamento.
- Reconhecer funções e mensagens religiosas contidas nos mitos (concepções de mundo, natureza, ser hu-
Mitos mano, divindades, vida e morte).
- Reconhecer e decifrar funções e mensagens religiosas contidas nos mitos da criação (concepção de mundo,
natureza, ser humano, divindades, vida e morte).
- Conceituar e identificar as diferentes formas de narrativas sagradas orais e escritas (Hindúismo, Budismo,
Judaísmo, Cristianismo, Matrizes Indígenas, Afro brasileiras, entre outras).
Crenças religiosas e filosofias - Identificar e respeitar, manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida que utilizam a oralidade e a
de vida Narrativas sagradas
escrita para preservar memórias, saberes e identidades.
- Identificar e reconhecer a importância tradição oral nas culturas e religiosidades indígenas, afro- brasileiras,
ciganas, como aquelas existentes na comunidade, entre outras.
Ancestralidade e tradição oral
- Identificar o papel dos sábios e anciãos na comunicação e na preservação da tradição oral. Reconhecer e
valorizar o idoso, como registrar suas histórias e memórias da família e comunidade, como fonte de conheci-
mento e sabedoria, relacionados ao modo de ser e viver.
323
324 S E M E D
-Analisar as características da Cultura da Paz no contexto escolar e em diversos espaços sociais, possibilitando in-
Interculturalidades e Os Direitos Humanos e a sua tervenções de prevenção e enfrentamento.
alteridades Multiplicidade
- Compreender os conceitos de religião, crenças, religiosidades, filosofias de vida e espiritualidades.
- Reconhecer que o ser humano busca por explicações e espiritualidades que ofereçam sentidos de vida pessoal e
coletiva.
- Perceber a relação entre mito, rito e símbolo nas práticas de diferentes, manifestações, tradições religiosas e filo-
sofias de vida.
Símbolos, ritos e mitos sagrados
- Reconhecer que a memória dos acontecimentos sagrados é cultivada por meio de mitos, ritos e símbolos nas dife-
rentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida.
- Pesquisar, listar, reconhecer e valorizar os textos sagrados escritos das diversas manifestações, tradições religiosas,
curiosidades, costumes e ensinamentos relacionados as filosofias de vida.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Tradição escrita - Identificar os modos de ser, pensar e agir nos diferentes textos orais e escritos.
- Perceber que os textos sagrados podem estimular práticas de solidariedade, justiça e paz, podendo também fun-
damentar ações que respeitem os Direitos Humanos e da Terra.
-Reconhecer e valorizar os diferentes textos religiosos sagrados, reconhecendo a cultura como marco referencial
de sua elaboração.
325
326
- Problematizar processos de exclusão e desigualdades, estimulados por crenças, principios religiosos, filosofias
de vida nos diferentes tempos e espaços.
- Conceituar e exemplificar o que é valor, moral e ética.
- Identificar e problematizar situações de violências, prevenindo e protegendo crianças e adolescentes.
Interculturalidades Os Direitos Humanos e a sua
e alteridades Multiplicidade - Descrever as características da Cultura da Paz no contexcto escolar e em diversos espaços sociais, possibilitan-
do intervenções de prevenção e enfrentamento.
- Reconhecer o estado laico, o direito à liberdade de consciência, crença ou convicção, questionando concep-
ções e práticas sociais que a violam.
- Reconhecer e partilhar experiências de amizade como expressão de diálogo, respeito e saúde mútua.
- Compreender que os símbolos são linguagens que expressam sentido, comunicam e exercem papel relevante
Símbolos sagrados
para a vida e a constituição das diferentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida.
Crenças religiosas e filosofias de - Conhecer e respeitar os diferentes espaços e territórios sagrados das manifestações e Tradições Religiosas e
vida sua importância para a espiritualidade na vida das pessoas.
- Reconhecer a relação das manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida, os espaços, as experiências
Espaços e territórios Sagrados
sensoriais e a transcendência.
- Distinguir e exemplificar o papel e a importância das lideranças religiosas e seculares na defesa e promoção
dos direitos humanos
S E M E D
ENSINO RELIGIOSO - 8º ANO
- Identificar práticas que reconheçam a diversidade cultural religiosa na perspectiva dos direitos humanos e
da Terra.
Interculturalidades e Os Direitos Humanos e a sua - Compreender como às ideias subjetivas e as características humanas afetam as relações e criam conflitos
alteridades Multiplicidade em sociedade.
- Refletir sobre as implicações da atuação de instituições religiosas em um Estado laico e em uma sociedade
diversa culturalmente.
- Discutir como as crenças e as convicções podem influenciar escolhas e atitudes pessoais e coletivas.
Crenças, convicções e atitudes - Resgatar os conceitos de moral, ética e valor.
- Compreender manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida destacando seus princípios éticos.
- Compreender doutrinas das diferentes manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida e suas concep-
Doutrinas religiosas
Crenças religiosas e ções de mundo, vida e morte.
filosofias de vida
- Distinguir o que é privado, público e o que são organizações do terceiro setor.
- Conceituar o que é laicidade e relação entre Religião e Estado Republicano.
- Discutir como manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida podem influenciar diferentes campos
Crenças, filosofias de vida e esfera da esfera pública como política, saúde, educação, economia, entre outros.
pública - Debater sobre as possibilidades e os limites da interferência das manifestações, tradições religiosas e filoso-
fias de vida na esfera pública.
- Compreender práticas, projetos e políticas públicas que contribuem para a promoção da liberdade de pen-
samento, crenças, convicções, para promoção social e inclusão.
- Pesquisar como o uso de novas tecnologias de comunicação e informação afetam as relações sociais saudá-
Tradições religiosas, mídias e veis e valores como respeito e sinceridade.
tecnologias - Listar e analisar as formas de uso das mídias e das tecnologias pelas diferentes manifestações, tradições
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
- Compreender princípios e orientações para o cuidado da vida, meio ambiente e a cultura da paz, nas di-
Imanência e transcendência versas manifestações, tradições religiosas e filosofias de vida.
- Analisar expressões de valorização e de desrespeito à vida abordadas nas diferentes mídias.
- Conhecer as diferentes ideias de continuidade da vida elaboradas por manifestações, tradições religiosas e
Crenças religiosas e filosofias de vida como possibilidade de superação de finitude humana, tais como: ancestralidade, reencar-
filosofias de vida nação, transmigração e a ressurreição.
- Compreender os sentidos e os significados da vida e da morte para as filosofias de vida, como: o ateísmo,
Vida e morte niilismo, ceticismo e agnosticismo.
- Compreender diferentes ritos fúnebres decorrentes das concepções de vida e morte em diferentes manifes-
tações, tradições religiosas e filosofias de vida.
- Problematizar situações de banalização da vida e da morte, refletindo sobre os sentidos do viver e do morrer.
REFERÊNCIAS
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado,
1988.
______. Lei nº 9.475, de 22 de julho de 1997. Dá nova redação ao art. 33 da Lei n° 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União:
Brasília, 23 set. 1997.
______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Fundamental. Brasília, DF:
MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_ver-
saofinal_site.pdf. Acesso em: 17 out. 2019.
SANTA CATARINA. Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catari-
nense. Florianópolis: SED, 2019. Disponível em: http://www.sed.sc.gov.br/documentos/curriculo-ba-
se-sc. Acesso em: 18 jul. 2019.
330 S E M E D
2.2.8 Ciências
Matéria e Energia
A unidade temática Matéria e Energia volta-se ao uso sustentável de diferentes recursos mate-
riais e energéticos, bem como à análise dos diferentes tipos de materiais e tipos de energias utilizados
na vida moderna e suas transformações, com vistas à manutenção dos recursos naturais e ao equilí-
brio ambiental. Nesta unidade, também é possível levantar discussões sobre a perspectiva histórica da
apropriação humana desses recursos, com pesquisas sobre o uso dos diferentes materiais em ambien-
tes e épocas e sua possível relação com a sociedade e a tecnologia.
Nos anos iniciais, esta unidade temática convida o estudante a conhecer o meio no qual está
inserido a partir da interação com os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relacionados aos
recursos naturais – bem como a importância destes na produção de alimentos e de energia – e à ma-
nutenção da saúde em seu sentido amplo.
Nos anos finais, os estudantes são convidados a ampliar os conhecimentos com olhar crítico e
sensível, traçando propostas e realizando intervenções para o uso sustentável dos recursos naturais
em uma sociedade tecnológica.
Vida e Evolução
A unidade temática Vida e Evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos,
suas características, necessidades e a vida como fenômeno natural e social, os elementos essenciais à
manutenção e à compreensão dos processos evolutivos que originam a diversidade de vida no nosso
planeta, de modo que os estudantes se percebam como seres integrantes da biosfera. Também tem
como objetivo a compreensão das interações que os seres humanos estabelecem entre si e demais
seres vivos e não vivos do ambiente, bem como o estudo sobre a importância da preservação da bio-
diversidade que se encontra nos principais biomas brasileiros, considerando os processos evolutivos
de diversidade da vida.
Nos anos iniciais, ao abordar as características dos seres vivos, será considerado o meio social
e cultural do estudante, com destaque para os seres vivos do entorno e as cadeias alimentares que se
estabelecem entre eles no ambiente. A partir desses conhecimentos, poderão se desenvolver concei-
tos que serão organizados e orientados pelo professor.
Nos anos finais, a partir do reconhecimento das relações que ocorrem na natureza, evidencia-
-se a participação do ser humano nas cadeias alimentares e demais relações, cabendo o incentivo à
proposição e adoção de alternativas individuais e coletivas, amparadas na utilização do conhecimen-
to científico, com vistas à sustentabilidade socioambiental, em uma abordagem para o uso respon-
sável e inteligente dos recursos naturais, contribuindo, assim, para o futuro das próximas gerações.
Nessa unidade temática, trabalha-se também a percepção de que o corpo humano é um
todo complexo, cujos cuidados e organização precisam estar em harmonia para garantir seu pleno
funcionamento, permitindo as interações com o meio. A maneira como tais interações se estabe-
lecem permitirá ou não a realização das necessidades biológicas, afetivas, sociais e culturais, que
334 S E M E D
ficam registradas no organismo quando este é visto como um todo complexo. Assim, o corpo reflete
a história de vida do sujeito. Destacam-se aqui os aspectos relativos à saúde integral do indivíduo,
que precisa ser compreendida como um estado de equilíbrio dinâmico dos aspectos físico, mental
e social, abrindo espaço para discussões sobre o que é necessário para a promoção da saúde indivi-
dual e coletiva.
Nos anos iniciais, as questões abordadas na unidade temática necessitam ser mediadas pelo
professor com objetivos intencionais e articulados desde a Educação Infantil, em seu percurso forma-
tivo, possibilitando que os estudantes ampliem conhecimentos e cuidados com o corpo, identificando
o que é necessário para a manutenção da saúde e integridade do organismo, desenvolvendo atitudes
de respeito e acolhimento pelas diferenças individuais, tanto no que diz respeito à diversidade étnico-
-cultural quanto à inclusão de estudantes da Educação Especial.
Nos anos finais, os temas sobre reprodução e sexualidade humana são de grande interesse e
relevância social para essa faixa etária, bem como o conhecimento das condições de saúde de todos,
do saneamento básico, da qualidade e cuidado com o ar e das condições nutricionais da população
brasileira, em especial do nosso município.
Assim, pretende-se que os estudantes, ao concluírem o Ensino Fundamental, compreendam
o corpo humano como pertencente a um sujeito datado, atrelado às determinações de sua estrutura
física, química, biológica, mental e social, compreendendo que todo esse processo é uma construção
histórico-cultural.
Terra e Universo
Na unidade temática Terra e Universo, busca-se o estudo da astronomia por meio dos processos
de formação do universo, do Sistema Solar e outros corpos celestes, a partir da compreensão de suas
características, dimensões, composições, localizações, movimentos e das forças que atuam neles e
entre eles.
A experimentação e contextualização têm de permear toda a Educação Básica, buscando de-
senvolver o pensamento social e espacial, a partir da sistematização das percepções dos estudantes.
Dialogar sobre a origem e evolução do universo, considerando a diversidade cultural e científi-
ca, respeitando as diferentes cosmovisões existentes, faz-se necessário, assim como compreender que
o homem faz parte do meio em que vive e não está fora dos processos de transformação e sobrevivên-
cia que acontecem a todo instante, sendo corresponsável pelos fenômenos naturais.
Nos anos iniciais, cabe ao professor, por meio da curiosidade dos estudantes a respeito dos
fenômenos celestes e naturais, incentivar a investigação e facilitar o conhecimento complexo, permi-
tindo que estes compreendam que fazem parte de tudo que ocorre no universo, já que somos consti-
tuídos da mesma matéria e energia que os demais.
Nos anos finais, o estudante já é capaz de construir uma nova percepção sobre a Terra e o
Universo, porém instável e imprevisível, resgatada pelo pensamento complexo. Os professores, ao
longo do percurso de formação do estudante, possibilitam, por meio de suas propostas pedagógicas,
a transição de um pensamento simples para um pensamento complexo, buscando dessa forma uma
perspectiva sistêmica do mundo que permita superar visões baseadas em causalidade estrita e linear,
muitas vezes ainda presentes na práxis científica.
Diante das atuais perspectivas de ensino, o professor precisa estar preparado para assumir o
papel de mediador dos processos de ensino e de aprendizagem, sistematizando os diversos conheci-
mentos da área de Ciências da Natureza durante todo o percurso de formação do estudante.
Possibilidades metodológicas
Para promover o ensino de Ciências, sugere-se a utilização das possibilidades metodológicas
apresentadas a seguir, levando em conta o percurso do estudante, suas potencialidades referentes a
sua faixa etária, o saber histórico e socialmente construído, o meio em que está inserido e a sistemati-
zação do conhecimento. Essas possibilidades metodológicas permeiam o ensino de Ciências em toda
a Educação Básica:
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 335
h) Uso das tecnologias (vídeo, slides, pôsteres, aplicativos, mídias sociais, infográficos, exibição
de filmes, documentários).
• Unidades Temáticas;
• Objetos de Conhecimento;
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Comparar características de diferentes materiais presentes em ob- · Propriedade dos materiais, como forma, cor, cheiro e textura.
jetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são · Materiais usados na construção de moradias e suas características.
descartados e como podem ser usados de forma mais consciente. · Tipos de materiais (origens, diferenças, uso no cotidiano, recicla-
Matéria gem, reuso e separação).
Características dos
e Identificar de que são feitos os diversos objetos que fazem parte do
materiais · Coleta seletiva de materiais.
Energia cotidiano.
· Compostagem de materiais orgânicos.
· Transformações que o ser humano realiza no ambiente e seus im-
Reconhecer os recursos tecnológicos utilizados no seu dia a dia. pactos.
Propor o uso de diferentes materiais para a construção de objetos · Cuidados no manuseio de alguns materiais e objetos para a pre-
de uso cotidiano, tendo em vista algumas propriedades desses ma- venção de acidentes e cuidados ambientais.
Propriedades e usos
Matéria dos materiais teriais (flexibilidade, dureza, transparência etc.). · Reutilização de materiais.
e · Signos e símbolos usados para identificar perigos e atenção.
Energia Prevenção de acidentes Discutir os cuidados necessários à prevenção de acidentes domésti- · Os estados físicos da matéria (troca de calor, temperatura, ter-
domésticos cos (objetos cortantes e inflamáveis, eletricidade, produtos de lim- mômetro).
peza, medicamentos etc.).
· As transformações dos materiais (cerâmicas, vidros, metais, etc.)
na cultura catarinense.
Desenvolver senso crítico sobre as ações humanas e o meio am-
biente. · Coleta seletiva (metais, plásticos, vidros, papéis).
· Cuidado com os tipos de embalagens (produtos químicos do dia
Identificar fatores de risco em casa, na escola e no trajeto percorri-
a dia).
do até a escola.
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Descrever as posições do Sol em diversos horários do dia e associá- · Movimentos da Terra (relação entre os dias e as noites, as posi-
-las ao tamanho da sombra projetada. ções do sol, as variações do tempo).
Descrever e comunicar as alterações que ocorrem desde o nasci- · Célula como constituinte básico dos seres vivos.
mento em animais de diferentes meios terrestres ou aquáticos, in- · Reino animal (classificação, cadeia alimentar, reprodução, loco-
clusive o homem. moção, habitat, ciclo vital e noções de taxonomia/ nomenclatu-
Vida ra científica exemplos de nomes científicos).
Características e Comparar alguns animais e organizar grupos com base em caracte-
e · Exemplos de outros seres vivos (bactérias, protozoários, algas e
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
desenvolvimento dos animais rísticas externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico,
fungos) e vírus.
Evolução garras, antenas, patas etc.).
· Relação entre os seres vivos, destes com o ambiente (predatis-
Compreender as relações que os homens estabelecem com os de- mo, parasitismo, sociedade, competição).
mais elementos da natureza, percebendo as alterações ambientais, · Biomas catarinenses (mangue, mata atlântica, araucárias, cam-
como resultado de suas ações, determinadas pelo modelo de desen- pos).
volvimento econômico e cultural, e assim, adotar atitudes positivas
com relação à preservação do ambiente e respeito à biodiversidade.
339
CIÊNCIAS – ANOS INICIAIS – 3º ANO
340
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
· O sistema solar.
Conhecer a estrutura do planeta Terra (núcleo, manto e crosta) e
suas funções. · O planetaTerra.
Comparar diferentes amostras de solo do entorno da escola com · O solo (tipos, formação, características e propriedades).
base em características como cor, textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade etc.
· Usos do solo (agricultura, pecuária, mineração, construção
civil, etc.).
Identificar os diferentes usos do solo (plantação e extração de ma- · Impactos no solo (desertificação, erosão, contaminação, desma-
teriais, dentre outras possibilidades), reconhecendo a importância tamento, doenças,etc.).
do solo para a agricultura e para a vida.
S E M E D
CIÊNCIAS – ANOS INICIAIS – 4º ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Conhecer os reinos dos seres vivos, sua importância e classificação. · Seres unicelulares e multicelulares.
· Seres microscópicos (uso de lupa e microscópio).
Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a · Classificação em reinos.
posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol · Reino Monera, Fungi e Protista.
como fonte primária de energia na produção de alimentos. · Reino das plantas e dos animais.
Verificar a participação de microrganismos na produção de alimen- · Produtos nocivos ao solo e ambientes aquáticos.
tos, combustíveis, medicamentos, entre outros. · Saneamento básico.
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Identificar os principais usos da água e de outros materiais nas ati- · Reuso e separação seletiva dos resíduos sólidos na comunidade
Reciclagem
vidades cotidianas para discutir e propor formas sustentáveis de escolar e entorno.
utilização desses recursos.
· Sustentabilidade.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Selecionar argumentos que justifiquem por que os sistemas
digestório e respiratório são considerados corresponsáveis pelo · Sistema digestório e a função de cada um de seus órgãos.
processo de nutrição do organismo, com base na identificação das · Sistema respiratório e a função de cada um dos seus órgãos.
funções desses sistemas.
Nutrição do organismo
Justificar a relação entre o funcionamento do sistema circulatório, · Sistema circulatório e manutenção do organismo.
a distribuição dos nutrientes pelo organismo e a eliminação dos · Os alimentos como fonte de energia.
resíduos produzidos.
Vida
Hábitos alimentares
e · Segurança alimentar nutricional e adequada.
Organizar um cardápio equilibrado com base nas características
Evolução dos grupos alimentares (nutrientes e calorias) e nas necessidades · Distúrbios alimentares (obesidade, anorexia, etc.).
Integração entre os sistemas individuais (atividades realizadas, idade, sexo etc.) para a
· Relação da falta de alimentos em determinadas regiões do pla-
digestório, respiratório e manutenção da saúde do organismo.
neta e o desperdício de alimentos.
circulatório
Discutir a ocorrência de distúrbios nutricionais (como obesidade, · Hábitos alimentares das diferentes culturas dos imigrantes do
subnutrição etc.) entre crianças e jovens a partir da análise de estado de Santa Catarina e suas contribuições para o desenvol-
seus hábitos (tipos e quantidade de alimento ingerido, prática de vimento do estado.
atividade física etc.).
Movimento de rotação da Associar o movimento diário do Sol e das demais estrelas no céu ao
Terra Terra · Rotação e translação da terra.
movimento de rotação da Terra.
e Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na
Universo Periodicidade das fases da observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao · Fases da Lua.
Lua longo de, pelo menos, dois meses.
locomotor e nervoso
e Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos · Níveis de organização dos seres vivos (átomos, moléculas, célu-
ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de siste- la, tecidos, orgãos, sistemas, organismo, seres vivos, ambiente
Evolução Lentes corretivas mas com diferentes níveis de organização. e cosmos).
Drogas Psicoativas Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações mo- · Sistema nervoso central e sistema nervoso periférico (encéfalo,
toras e sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas medula espinhal, nervos cranianos, nervos espinhais).
básicas e respectivas funções.
345
CIÊNCIAS - ANOS FINAIS - 6º ANO
346
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Conhecer os sentidos do corpo humano (visão, audição, tato, olfato · Órgãos dos sentidos (olho, ouvido, pele, nariz e língua).
e paladar).
Célula como unidade Reconhecer os órgãos dos sentidos humanos. · Lentes corretoras.
da vida
Explicar a importância da visão (captação e interpretação das ima-
Vida gens) na interação do organismo com o meio e com base no fun- · Defeitos de visão (miopia, hipermetropia, astigmatismo, pres-
Interação entre os sistemas cionamento do olho humano, selecionar lentes adequadas para a biopia, daltonismo, glaucoma etc.).
e locomotor e nervoso correção de diferentes defeitos da visão. · Sistema Locomotor (sistema ósseo, sistema muscular e articular).
Evolução
(continuação) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos ani-
Lentes corretivas · Doenças do sistema locomotor.
mais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e ner-
voso. · Sistema nervoso e o efeito de substâncias psicoativas.
Drogas Psicoativas
· Drogas lícitas e ilícitas - aspectos sociais e econômicos.
Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afeta-
· Automedicação.
do por substâncias psicoativas.
· Uso correto de medicamentos.
· Estrutura do planeta Terra: camadas (crosta, manto e núcleo) e
Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra suas principais características.
(da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características. · Noções sobre a estrutura geológica da Terra.
· Vulcanismo.
Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de · Fósseis: registro da história evolutiva.
fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos. · Solos: formação, composição, uso e conservação.
· Atmosfera terrestre (estrutura e composição).
Compreender como ocorre a formação do solo e sua composição. · Propriedades do ar (massa, peso, volume, pressão atmosférica etc.).
Terra
Forma, estrutura e movi- Perceber a importância do solo para a sobrevivencia dos seres vi- · Surgimento da vida nos oceanos.
e
mentos da Terra vos, seu uso e conservação. · Condições de vida no planetaTerra.
Universo · Terra e demais planetas.
Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade · Rotação da Terra e alternância dia-noite.
da Terra. · Translação da Terra e as estações do ano.
Inferir que as mudanças na sombra de uma vara (gnômon) ao longo · Equilíbrio de rotação e translação.
do dia em diferentes períodos do ano são uma evidência dos mo- · Conceito de Ano-Luz como unidade para expressar distância.
vimentos relativos entre a Terra e o Sol, que podem ser explicados · Lua, satélite natural da Terra.
por meio dos movimentos de rotação e translação da Terra e da · A influência da Lua nos movimentos das marés.
inclinação de seu eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita · As fases da lua.
· Eclipses (da Lua e do Sol).
em torno do Sol.
S E M E D
CIÊNCIAS - ANOS FINAIS - 7º ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Formas de propagação Utilizar o conhecimento das formas de propagação do calor para · Calor, temperatura, termômetro e suas aplicações
Matéria do calor justificar a utilização de determinados materiais (condutores e
isolantes) na vida cotidiana, explicar o princípio de funcionamento · Escalas termométricas, sensação térmica e propagação de calor.
e de alguns equipamentos (garrafa térmica, coletor solar etc.) e/ou · Máquinas Térmicas.
Equilíbrio termodinâmico e construir soluções tecnológicas a partir desse conhecimento.
Energia vida na Terra
Discutir o uso de diferentes tipos de combustíveis e máquinas · Combustíveis renováveis e não renováveis.
térmicas ao longo do tempo, para avaliar avanços, questões
econômicas e problemas socioambientais causados pela produção e · Coletores solares em residência e a economia de energia elétri-
uso desses materiais e máquinas. ca e dos recursos naturais.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Interpretar fenômenos naturais regionais (enchentes, enxurradas, · Fenômenos naturais e as catástrofes ambientais no Vale do Ita-
deslizamentos de encostas, ciclones, estiagem) e justificar a ocor- jaí ampliadas pela ação antrópica (enchentes, enxurradas, des-
rência desses fenômenos com base nas alterações climáticas. lizamentos de encostas).
Justificar o formato das costas brasileira e africana com base na · Tectônica de Placas e Deriva Continental.
teoria da deriva dos continentes.
349
CIÊNCIAS - ANOS FINAIS - 8º ANO
350
Construir circuitos elétricos com pilha/bateria, fios e lâmpada ou · Corrente elétrica (contínua e alternada), circuitos elétricos
outros dispositivos e compará-los a circuitos elétricos residenciais. simples.
Vida Mecanismos reprdutivos traceptivos e justificar a necessidade de compartilhar a responsa- · Importância do pré-natal.
bilidade na escolha e na utilização do método mais adequado à
e · A importância de exames preventivos.
prevenção da gravidez precoce e indesejada e de Infecções Sexual-
Evolução Sexualidade mente Transmissíveis (ISTs). · Gravidez indesejada.
· ISTs e políticas de saúde pública.
Selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da · Reprodução e sexualidade - aspectos psicológicos, emoções,
sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). sentimentos (amor, amizade, confiança, auto-estima, desejo,
prazer e respeito).
351
CIÊNCIAS - ANOS FINAIS - 8º ANO
352
· Fases da Lua.
Justificar, por meio da construção de modelos e da observação da
Lua no céu, a ocorrência das fases da Lua e dos eclipses, com base · Eclipses Lunares.
nas posições relativas entre Sol, Terra e Lua. · Eclipses Solares.
Reconhecer a importância da pesquisa científica para os avanços · Pesquisa científica na área de meteorologia.
científicos e tecnológicos, valorizando a participação da mulher na · Mulheres na ciência meteorológica (Joanne Simspson).
ciência.
S E M E D
CIÊNCIAS - ANOS FINAIS - 9º ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS/CONTEÚDOS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
· Biodiversidade
Justificar a importância das unidades de conservação para a preser-
vação da biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando · Estratégias de conservação ambiental
os diferentes tipos de unidades (parques, reservas e florestas nacio- · Unidades de conservação e conflitos ambientais
nais), as populações humanas e as atividades a eles relacionados. · Biomas, unidades de conservação e povos tradicionais.
· Evolução estelar
Composição, estrutura e
localização do Sistema Solar · As nebulosas
no Universo · O nascimento das estrelas
Terra · Colapso das estrelas
Astronomia e cultura
Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) ba- · O buraco negro
e
seado no conhecimento das etapas deevolução de estrelas de di- · O sol e os processos vitais
Universo Vida humana fora da Terra
ferentes dimensões e osefeitos desse processo no nosso planeta. · O sol e a extinção
(continuação) Ordem de grandeza astro- · Composição química do Universo
nômica · Estrelas cadentes
· Erupções solares
Evolução estelar
· Tempestades cósmicas no espaço
S E M E D
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 357
REFERÊNCIAS
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ca, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constitui%C3/A7ao.htm.
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Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_
EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 01 set. 2020.
CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 8. ed. Ijuí: Editora Unijuí,
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OLIVEIRA, M. K. O Problema da afetividade em Vygotsky, em La Taile, Y., Dantas, h., Oliveira, M.K.
Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discusão. São Paulo: Summus Editorial Ltda,
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SCHROEDER, E. Conceitos espontâneos e conceitos científicos: o processo da construção concei-
tual em Vygotsky. Atos de Pesquisa em Educação, v. 2, n. 2, p. 293-318, maio-ago. 2007. Dispo-
nível em: https://bu.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/viewFile/569/517.pdf. Acesso
em: 19 ago. 2020.
358 S E M E D
2.2.9 Matemática
36 O PISA é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes matriculados a partir do 7º ano do Ensino
Fundamental na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
O objetivo do PISA, que acontece a cada três anos desde 2000, é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade
da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. Em 2018, 79 países participaram
do PISA, sendo 37 deles membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e 42 países/economias
parceiras. Nesta última edição, estiveram envolvidos cerca de 600 mil alunos, dos quais 10.691 eram brasileiros, matriculados em 597
escolas espalhadas por todo o território nacional. O PISA é coordenado pela OCDE, e no Brasil está sob a responsabilidade do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Fonte: http://inep.gov.br/pisa. Acesso em: 23 fev. 2020.
360 S E M E D
onde o meio não cria os problemas correspondentes, não apresenta novas exigências,
não motiva nem estimula com novos objetivos o desenvolvimento do intelecto, o pen-
samento do adolescente não desenvolve todas as potencialidades que efetivamente
contém.
Dessa forma explorar conceitos dentro de contextos significativos poderá estimular no estudante
o desenvolvimento de capacidades que não seriam impulsionadas caso se abordasse tais conceitos
de maneira isolada. Assim, o conhecimento matemático assume um aspécto prático, instrumental e
objetivo.
A disciplina de Matemática conforme está descrita na BNCC traz oito Competências Específicas
da sua área, que são apresentadas no Quadro 1. Por meio dessas competências, a Matemática articula
seu campo de atuação no intuito de colaborar no desenvolvimento, pelos estudantes, das dez Compe-
tências Gerais também contempladas naquele documento.
1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e preocupações de
diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para
solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive
com impactos no mundo do trabalho.
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais
e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para
interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes.
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar
e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e
resultados.
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com base
em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões
de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
Números
Nessa unidade temática, é concedido destaque à construção do conceito de número, que per-
passa as ideias de quantidade, ordem, equivalência, proporcionalidade, medida e codificação, e estas
ideias percorrem os distintos conjuntos numéricos abordados no Ensino Fundamental: Conjunto dos
Números Naturais, Conjunto dos Números Inteiros, Conjuntos dos Números Racionais e Conjunto dos
Números Irracionais, que compõem, enfim, o Conjunto dos Números Reais. No interior de cada con-
junto numérico, no trânsito de um para o outro e nas inter-relações que estão estabelecidas entre eles,
o conceito de número e o pensamento numérico são elaborados e aperfeiçoados.
362 S E M E D
As operações aritméticas básicas também compõem essa unidade temática, e vão propor o tra-
balho com o número no sentido de estabelecer relações entre eles: acrescentar, juntar, tirar, comple-
tar, comparar, multiplicar, relacionar, combinar, repartir, distribuir, agrupar. Vigotski (1998, p. 118) en-
fatiza que “o domínio inicial das quatro operações aritméticas fornece a base para o desenvolvimento
subsequente de vários processos internos altamente complexos no pensamento das crianças”. Assim,
o trabalho específico de Matemática e de Aritmética abre caminhos cognitivos para outras aprendiza-
gens dessa disciplina e campo específicos como também de outras áreas do conhecimento. Logo, as
diversas estratégias de realização dessas operações podem ser utilizadas de maneira combinada ou
alternada, contribuindo para que o estudante compreenda cada operação em si, perceba e estabeleça
associações existentes entre elas e também as propriedades operatórias inerentes a cada uma. Assim,
o ábaco, o material dourado, a calculadora, o telefone celular, o computador são possibilidades de
instrumentos que podem contribuir na construção da ideia de número e nas operações que com ele
se realizam, articulando-se mutuamente de forma a dinamizar as formas de abordagem do professor
e diversificando as maneiras de acesso ao conhecimento pelo estudante.
Quanto às estratégias para a proposição de cálculos, pode-se recorrer a diferentes algoritmos es-
critos, diagramas, esquemas, cálculos mentais, enfatizando não somente a busca de valores exatos, mas
também de aproximações, arredondamentos, estimativas e levantamento de conjecturas. Além disso,
os conhecimentos que os estudantes já construíram em seu ambiente cotidiano devem, especialmente
nesse eixo temático, serem levados em conta e valorizados. Como salienta Vigotski (1998, p. 110),
o aprendizado das crianças começa muito antes de elas frequentarem a escola. Qual-
quer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre
uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética na escola,
mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidades – tiveram que lidar
com operações de divisão, adição, subtração e determinação de tamanho. Consequen-
temente, as crianças têm a sua própria aritmética pré-escolar […].
Por fim, inserir as operações aritméticas em contextos significativos, dentro de temas diversi-
ficados e de relevância atual, contribui para que o estudante desenvolva seu pensamento crítico ao
mesmo tempo que apreende os conceitos relativos a números e operações. Aqui, a resolução e a for-
mulação de situações-problema das mais simples até as mais complexas permitirão que o estudante
transite com o conhecimento entre diversos contextos, podendo optar pelo conceito e pelo procedi-
mento mais adequado, conforme a situação que lhe for proposta.
Álgebra
A Álgebra é o campo da Matemática que desenvolve e utiliza modelos matemáticos compostos
com letras e outros símbolos para o cálculo, a análise e a compreensão de relações existentes entre
grandezas. Assim, nessa unidade temática, são fundamentais as ideias matemáticas de “equivalência,
variação, interdependência e proporcionalidade” (BRASIL, 2017, p. 270).
Para se desenvolver tais ideias, privilegia-se a exploração de regularidades em sequências nu-
méricas e não numéricas fazendo-se generalizações. Ao formalizar padrões identificados por meio de
uma sentença matemática, o estudante estará se familiarizando com a linguagem simbólica, e o pen-
samento algébrico vai sendo formulado.
Gradativamente, o estudo da Álgebra vai se ampliando para as expressões algébricas, as equa-
ções, as inequações e as funções. Nesse ponto, deve-se evidenciar a ideia de incógnita como valor fixo
pertencente a equações e inequações e a ideia de variável como valor que se altera conforme a relação
que se estabelece entre elementos de dois conjuntos. Desse modo, se propõe a ascensão aos modos
de pensamento algébrico mais sofisticados e abstratos.
Ainda em Álgebra, mas não somente nesta unidade, pode ser oportunizado ao estudante o
desenvolvimento do pensamento computacional, exercício em que se organiza mentalmente e se des-
creve de maneira detalhada em um fluxograma as etapas de um processo algorítmico. Nessa prática,
evidencia-se a análise minuciosa de uma situação-problema do ponto de vista de todos os passos ne-
cessários para a sua resolução, transitando-se entre diferentes linguagens: textual, simbólica, gráfica e
por meio de quadros ou tabelas. “O processo de formação de conceitos pressupõe, como parte funda-
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 363
mental, o domínio do fluxo dos próprios processos psicológicos através do uso funcional da palavra ou
do signo” (VIGOTSKI, 2000, p. 172).
De maneira geral, o estudo da Álgebra no Ensino Fundamental “deve enfatizar o desen-
volvimento de uma linguagem, o estabelecimento de generalizações, a análise da interdepen-
dência de grandezas e a resolução de problemas por meio de equações ou inequações” (BRASIL,
2017, p. 270).
Geometria
O estudo do espaço e das formas que podem ocupá-lo é a ênfase dessa unidade temática, que
dedica-se, assim, às propriedades, construções, representações, vistas e transformações de figuras
geométricas planas e espaciais. Ao explorar essas ideias a partir de problemas do mundo físico e den-
tro de cenários significativos, pode-se estimular o desenvolvimento do pensamento geométrico.
Por tratar-se de um campo que trabalha muito com elementos concretos, tangíveis, ainda que
produzindo sobre estes análises e processos abstratos e apoiando-se em um sistema de axiomas e
postulados, a Geometria tem a seu favor objetos que podem ser manuseados de maneira objetiva, ser-
vindo como apoio às percepções, compreensões e conclusões que se queira que o estudante alcance.
Quanto a isso, Vigotski (1998, p. 44) nos traz que
Um aspecto especial da percepção humana […] é a percepção de objetos reais. […] o
mundo não é visto simplesmente em cor e forma, mas também como um mundo com
sentido e significado. Não vemos simplesmente algo redondo e preto com dois pontei-
ros, vemos um relógio e podemos distinguir um ponteiro do outro.
Essa materialidade inerente ao campo da Geometria pode ser explorada como forma de facili-
tar a aprendizagem dos estudantes em relação aos objetos de conhecimento geométricos. Segundo a
BNCC, é importante considerar ainda o aspecto funcional deste campo, representado principalmente
pelo estudo das simetrias. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, “O estudo das simetrias deve ser
iniciado por meio da manipulação de representações de figuras geométricas planas em quadriculados
ou no plano cartesiano, e com recurso de softwares de geometria dinâmica” (BRASIL, 2017, p. 272).
Já nos anos finais, além da consolidação e ampliação das aprendizagens anteriores, deve-se enfatizar
as transformações e ampliações de figuras, a identificação de seus elementos variantes e invariantes
para a construção dos conceitos de congruência e de semelhança (BRASIL, 2017). “Outro ponto a ser
destacado é a aproximação da Álgebra com a Geometria, desde o início do estudo do plano cartesiano,
por meio da geometria analítica” (BRASIL, 2017, p. 272).
Grandezas e Medidas
“As medidas quantificam grandezas do mundo físico e são fundamentais para a compreensão
da realidade” (BRASIL, 2017, p. 273). Ao abordar diferentes grandezas, suas unidades padrão e os pro-
cedimentos possíveis para medi-las, além de trabalhar o conceito próprio de medida, se oportuniza
o estabelecimento de associações entre os campos da Matemática e as relações dessa ciência com
outras áreas do conhecimento como Arquitetura, Engenharia, Física, Biologia, Geografia etc.
A partir do estudo específico de medidas de massa, comprimento, capacidade, superfície,
tempo, temperatura, ângulos e informática e das correspondências e transformações que podem
ser estabelecidas entre algumas delas, o estudante aprende a quantificar o mundo que o rodeia,
desenvolvendo o pensamento métrico. Esse desenvolvimento ganha relevo ao emergir de situações
de aprendizagem que insiram o conteúdo matemático em problemas significativos, compostos de
objetos e fenômenos que podem ser observados e analisados, estimulando o estudante a resolvê-
-los. “A formação dos conceitos surge sempre no processo de solução de algum problema que se
coloca para o pensamento do adolescente. Só como resultado da solução desse problema surge o
conceito” (VIGOTSKI, 2000, p. 237).
Ao mesmo tempo, o trabalho nessa unidade temática favorece o desenvolvimento integrado
do pensamento métrico com os pensamentos numérico, geométrico e algébrico, visto que as unidades
de medida necessitam de um suporte de algum outro campo da Matemática para serem exploradas.
364 S E M E D
Dessa forma, o estudante tem a oportunidade de compreender a interdependência dos distintos cam-
pos em que a disciplina se compõe e as formas como um contribui na aprendizagem dos elementos
conceituais do outro.
Probabilidade e Estatística
A quinta unidade temática lança luz aos conhecimentos relativos à exploração de fenômenos
determinísticos e aleatórios, propondo experiências em que os estudantes calculem e descrevam pro-
babilidades de acontecimentos de certos eventos, testando e comparando os resultados obtidos em
cálculos com aqueles oriundos do experimento propriamente dito. Emergem assim os conceitos de
espaço amostral, de evento e de probabilidade de um evento ocorrer dentro de determinado espaço
amostral. “A progressão dos conhecimentos se faz pelo aprimoramento da capacidade de enumeração
dos elementos do espaço amostral, que está associada, também, aos problemas de contagem” (BRA-
SIL, 2017, p. 274). Assim, pode-se explorar o cálculo do número de agrupamentos possíveis a partir de
um conjunto de objetos, sobretudo por meio do Princípio Fundamental da Contagem, que pode fazer
o uso da árvore de possibilidades além do cálculo numérico.
Em relação à Estatística, a ênfase nesta unidade não está meramente na interpretação de dados
apresentados em tabelas, quadros e gráficos, mas também na construção destes tipos de represen-
tações a partir de pesquisas realizadas pelos próprios estudantes. Aqui certamente evidencia-se a
importância destes instrumentos para a apresentação de informações de maneira sucinta e objetiva,
permitindo uma leitura e compreensão rápida do que está sendo informado, assim como para dar des-
taque a aspectos relevantes em um tema que está sendo discutido. Mas a proposta, para além disso,
consiste em oportunizar a vivência de um processo de pesquisa desde o início, estudando o problema
em questão, identificando os objetivos da pesquisa, a elaboração dos questionários e entrevistas, a
aplicação destes instrumentos para a coleta de dados relevantes e a compilação dos mesmos, a esco-
lha e a construção das formas de comunicação destes dados, as conclusões a respeito das informações
trazidas por eles e, por fim, a decisão sobre que alternativas podem ser tomadas ou estimuladas para
resolver o problema em estudo. Papel importante que também pode ser proposto ao estudante é o de
sintetizar através da escrita em língua materna as conclusões obtidas, elaborando pareceres e relató-
rios concisos, mas contundentes. Percebe-se aqui, então, um aprofundamento e uma sofisticação no
trabalho com a estatística, que deixa de ser meramente de cunho interpretativo, passando a ser tam-
bém de natureza executiva, analítica, decisória, cooperativa, comunicativa, argumentativa. Nessa pers-
pectiva, se observa a possibilidade da construção de conceitos em que o estudante faz uso da palavra
e dos demais signos como recurso por intermédio do qual subordina “ao seu poder as suas próprias
operações psicológicas, através do qual ele domina o fluxo dos próprios processos psicológicos e lhes
orienta a atividade no sentido de resolver os problemas que tem pela frente” (VIGOSTKI, 2000, p. 169).
Objetivo Geral
Desenvolver um processo de ensino que evidencie a Matemática como conjunto de conceitos e
procedimentos voltados a oferecer soluções a problemas de quantificação e processos de cálculo com
números e grandezas, possibilitando que o estudante desenvolva e utilize o raciocínio lógico, as capa-
cidades investigativa, interpretativa e argumentativa em diferentes contextos e estabeleça conexões
entre as diferentes formas de representações matemáticas.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 365
Objetivos Específicos
1º ao 9º ano
1º ANO
UNIDADES OBJETOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
OBJETIVOS DE ENSINO
TEMÁTICAS CONHECIMENTO DESENVOLVIMENTO
Contar a quantidade de objetos de coleções de até 100 unidades Propor atividades que desenvolvam a contagem de coleções de
e apresentar o resultado por registros verbais e simbólicos, em objetos até 100 unidades e a apresentação de registros verbais e
Leitura, escrita e comparação de nú- simbólicos das respectivas quantidades.
situações de seu interesse, como jogos, brincadeiras, materiais
meros naturais (até 100)
da sala de aula, entre outros. Possibilitar a comparação de números naturais de até duas ordens.
Reta numérica
Comparar números naturais de até duas ordens em situações Apresentar a reta numérica como recurso de apoio à ordenação e
cotidianas, com e sem suporte da reta numérica. comparação de números naturais.
Apresentar problemas que se utilizem de fatos básicos da adição
Construção de fatos básicos da adi- Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos
para a sua resolução, estimulando, dentre outras estratégias, o
ção de cálculo, inclusive de cálculo mental, para resolver problemas.
cálculo mental.
Compor e decompor números de até duas ordens, por meio
de diferentes adições, com o suporte de material manipulável,
Composição e decomposição de nú- Propor estratégias de composição e decomposição de números
contribuindo para a compreensão de características do sistema
meros naturais naturais de até duas ordens, por meio de diferentes adições.
de numeração decimal e o desenvolvimento de estratégias de
S E M E D
cálculo.
Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração,
Problemas envolvendo diferentes
envolvendo números de até dois algarismos, com os significados Propor a resolução e a elaboração de problemas de adição e de
significados da adição e da subtra-
Números de juntar, acrescentar, separar e retirar, com o suporte de imagens subtração com números de até dois algarismos, estimulando o
ção (juntar, acrescentar, separar, re-
e/ou material manipulável, utilizando diferentes estratégias, cálculo mental, além do uso de estratégias e registros pessoais.
tirar)
inclusive o cálculo mental, além de formas de registro pessoais.
Geometria
Figuras geométricas espaciais: reco- Relacionar figuras geométricas espaciais (cones, cilindros,
Propor a identificação e a correspondência de figuras geométricas
nhecimento e relações com objetos esferas e blocos retangulares) a objetos familiares do mundo
espaciais com objetos do cotidiano.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Figuras geométricas planas: reco- Identificar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, Possibilitar a identificação e a nomeação de figuras geométricas
nhecimento do formato das faces de retângulo e triângulo) em desenhos apresentados em diferentes planas bem como a percepção destas em faces de sólidos
figuras geométricas espaciais disposições ou em contornos de faces de sólidos geométricos. geométricos.
367
368
Classificar eventos envolvendo o acaso, tais como “acontecerá Trabalhar problemas em que o estudante compreenda situações de
Probabilidade: noção de acaso com certeza”, “talvez aconteça” e “é impossível acontecer”, em acaso e possa classificá-las como “acontecerá com certeza”, “talvez
situações do cotidiano. aconteça” e “é impossível acontecer”.
Probabilidade Leitura de tabelas e de gráficos de Ler dados expressos em tabelas e em gráficos de colunas sim- Propor a leitura de dados expressos em tabelas e em gráficos de
e Estatística colunas simples ples. colunas simples.
Coleta e organização de informações Realizar pesquisa, envolvendo até duas variáveis categóricas de
Propor a realização de pesquisa, a organização e o registro dos da-
Registros pessoais para comunica- seu interesse e universo de até 30 elementos, e organizar dados
dos coletados.
ção de informações coletadas por meio de representações pessoais.
S E M E D
2º ANO
Leitura, escrita, comparação e orde- Comparar e ordenar números naturais (até a ordem das cente- Trabalhar o sistema de numeração decimal até a ordem das cente-
nação de números de até três ordens nas) pela compreensão de características do sistema de numera- nas, propiciando a comparação e a ordenação até 1.000 unidades,
pela compreensão de características ção decimal utilizando, inclusive, a reta numérica. evidenciando o valor posicional e a função do zero.
do sistema de numeração decimal
Fazer estimativas por meio de estratégias diversas a respeito da Possibilitar a construção de estimativas para quantidades de obje-
(valor posicional e papel do zero)
quantidade de objetos de coleções e registrar o resultado da con- tos de coleções, de até 1.000 unidades, estimulando o registro es-
tagem desses objetos (até 1.000 unidades). crito dos resultados estimados.
Comparar quantidades de objetos de dois conjuntos, por esti- Estimular a comparação entre pares de conjuntos de elementos,
mativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois, entre utilizando como estratégias a estimativa e/ou a correspondência
outros), para indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mes- entre os elementos.
ma quantidade”, indicando, quando for o caso, quantos a mais e
quantos a menos.
Composição e decomposição de nú- Compor e decompor números naturais de até três ordens, com Propor a prática de composição e decomposição de números natu-
meros naturais (até 1.000) suporte de material manipulável, por meio de diferentes adições. rais de até três ordens por meio de diferentes adições.
Números Construção de fatos fundamentais Construir fatos básicos da adição e subtração e utilizá-los no Trabalhar a construção de fatos básicos da adição e subtração e a
da adição e da subtração cálculo mental ou escrito. sua utilização no cálculo mental ou escrito.
Problemas envolvendo diferentes Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração envol- Proporcionar o desenvolvimento de estratégias pessoais na resolu-
significados da adição e da subtra- vendo números de até três ordens, com os significados de jun- ção e elaboração de problemas de adição e subtração, dentre elas o
ção (juntar, acrescentar, separar, re- tar, acrescentar, separar e retirar, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental.
tirar) dentre elas o cálculo mental.
Problemas envolvendo adição de Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4 e 5) Estimular a construção do conceito de multiplicação como adição
parcelas iguais (multiplicação) com a ideia de adição de parcelas iguais por meio de diferentes de parcelas iguais e empregá-lo na resolução e na elaboração de
estratégias, dentre elas o cálculo mental, e formas de registro problemas.
pessoais, utilizando ou não suporte de imagens e/ou material
manipulável.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Problemas envolvendo significados Resolver e elaborar problemas envolvendo dobro, metade, triplo Proporcionar a elaboração pessoal dos conceitos de dobro e meta-
de dobro, metade, triplo e terça parte e terça parte, com o suporte de imagens ou material manipulá- de, de triplo e de terça parte e utilizá-los na resolução e na elabo-
vel, utilizando estratégias pessoais, dentre elas o cálculo mental. ração de problemas.
Noções de divisão Resolver e elaborar problemas de divisão que envolvam as ideias Trabalhar a resolução e a elaboração de problemas de divisão que
de repartir e de medida (ou quantas vezes uma quantidade cabe envolvam as ideias de repartir e de medida (ou quantas vezes uma
em outra), utilizando estratégias pessoais. quantidade cabe em outra), estimulando o uso de estratégias pes-
soais.
369
370
Construção de sequências repetiti- Construir sequências de números naturais em ordem crescente Trabalhar o sequenciamento de números naturais em ordem cres-
vas e de sequências recursivas ou decrescente a partir de um número qualquer, utilizando uma cente ou decrescente a partir de uma regularidade estabelecida.
regularidade estabelecida.
Álgebra
Identificação de regularidade de se- Descrever um padrão (ou regularidade) de sequências repetiti- Possibilitar a identificação e a descrição de um padrão em sequên-
quências e determinação de elemen- vas e de sequências recursivas, por meio de palavras, símbolos cias de números, figuras e/ou objetos, bem como a indicação e des-
tos ausentes na sequência ou desenhos. crição dos elementos ausentes.
Descrever os elementos ausentes em sequências repetitivas e em
sequências recursivas de números naturais, objetos ou figuras.
Localização e movimentação de pes- Identificar e registrar, em linguagem verbal ou não verbal, a lo- Trabalhar a identificação, o registro e a comunicação da localiza-
soas e objetos no espaço, segundo calização e os deslocamentos de pessoas e de objetos no espaço, ção, do deslocamento e da mudança de direção e sentido de pessoas
pontos de referência, e indicação de considerando mais de um ponto de referência, e indicar as mu- e objetos no espaço a partir de mais de um ponto de referência.
mudanças de direção e sentido danças de direção e de sentido.
Esboço de roteiros e de plantas sim- Esboçar roteiros a ser seguidos ou plantas de ambientes familia- Estimular a construção de esboços de plantas baixas de ambientes
ples res, assinalando entradas, saídas e alguns pontos de referência. familiares com a indicação de pontos de referência.
Geometria
Figuras geométricas espaciais (cubo, Reconhecer, nomear e comparar figuras geométricas espaciais Trabalhar o reconhecimento, a nomeação e a comparação de figu-
bloco retangular, pirâmide, cone, ci- (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e esfera), rela- ras geométricas espaciais e a relação destas com objetos do mundo
lindro e esfera): reconhecimento e cionando-as com objetos do mundo físico. físico.
características
Figuras geométricas planas (círculo, Reconhecer, comparar e nomear figuras planas (círculo, qua- Possibilitar o reconhecimento, a nomeação e a comparação de fi-
quadrado, retângulo e triângulo): re- drado, retângulo e triângulo) por meio de características co- guras geométricas planas bem como a percepção destas em faces
conhecimento e características muns, em desenhos apresentados em diferentes disposições ou de sólidos geométricos.
em sólidos geométricos.
S E M E D
Medida de comprimento: unidades Estimar, medir e comparar comprimentos de lados de salas Trabalhar a medida, a comparação e a estimativa de medidas de
não padronizadas e padronizadas (incluindo contorno) e de polígonos, utilizando unidades de comprimento, incluindo o contorno (perímetro) de polígonos e de
(metro, centímetro e milímetro) medida não padronizadas e padronizadas (metro, centímetro e ambientes físicos, com a utilização de unidades padronizadas e não
milímetro) e instrumentos adequados. padronizadas.
Medida de capacidade e de massa: Estimar, medir e comparar capacidade e massa, utilizando es- Trabalhar a medida, a comparação e a estimativa de capacidade e
unidades de medida não convencio- tratégias pessoais e unidades de medida não padronizadas ou de massa de corpos e objetos com a utilização de unidades padro-
nais e convencionais (litro, mililitro, padronizadas (litro, mililitro, centímetro cúbico, grama e qui- nizadas e não padronizadas.
centímetro cúbico, grama e quilo- lograma).
grama)
Grandezas e
Medidas
Medidas de tempo: intervalo de Indicar a duração de intervalos de tempo entre duas datas, como Trabalhar a indicação e o cálculo de intervalos de tempo entre dois
tempo, uso do calendário, leitura de dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, para pla- horários e entre duas datas, utilizando o relógio digital e o calendá-
horas em relógios digitais e ordena- nejamentos e organização de agenda. rio, respectivamente.
ção de datas
Medir a duração de um intervalo de tempo por meio de relógio
digital e registrar o horário de início e de fim do intervalo.
Sistema monetário brasileiro: reco- Estabelecer a equivalência de valores entre moedas e cédulas do Propiciar o estabelecimento de equivalência entre valores forma-
nhecimento de cédulas e moedas e sistema monetário brasileiro para resolver situações cotidianas. dos por quantidades distintas de moedas e de cédulas do sistema
equivalência de valores monetário brasileiro.
Probabilidade: análise da ideia de Classificar resultados de eventos cotidianos aleatórios como Propiciar situações em que o estudante compreenda situações alea-
aleatório em situações do cotidiano “pouco prováveis”, “muito prováveis”, “improváveis” e “impos- tórias e possa classificá-las como “pouco prováveis”, “muito prová-
síveis”. veis”, “improváveis” e “impossíveis”.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Probabilidade Coleta, classificação e representação Comparar informações de pesquisas apresentadas por meio de Propor a comparação de informações apresentadas em tabelas de
e Estatística de dados em tabelas simples e de du- tabelas de dupla entrada e em gráficos de colunas simples ou dupla entrada e em gráficos de colunas simples ou barras.
pla entrada e em gráficos de colunas barras, para melhor compreender aspectos da realidade próxi-
ma. Propor a realização de pesquisa, a organização e o registro dos da-
dos coletados em listas, tabelas e gráficos de colunas simples.
Realizar pesquisa em universo de até 30 elementos, escolhendo
até três variáveis categóricas de seu interesse, organizando os
dados coletados em listas, tabelas e gráficos de colunas simples.
371
372
3º ANO
Leitura, escrita, comparação e or- Ler, escrever, comparar e ordenar números naturais de até qua- Trabalhar a leitura, a escrita, a comparação e a ordenação de nú-
denação de números naturais de tro ordens, estabelecendo relações entre os registros numéricos meros naturais de até quatro ordens, em linguagem numérica e na
até quatro ordens (unidade, dezena, e em língua materna. língua materna.
centena e unidade de milhar)
Composição e decomposição de nú- Identificar características do sistema de numeração decimal, Possibilitar a prática de composição e decomposição de números
meros naturais de até quatro ordens utilizando a composição e a decomposição de número natural naturais de até quatro ordens.
(unidade, dezena, centena e unidade de até quatro ordens.
de milhar)
Construção de fatos fundamentais Construir e utilizar fatos básicos da adição, da subtração e da Trabalhar a construção de fatos básicos da adição, da subtração e
da adição, subtração (inclusive com multiplicação para o cálculo mental ou escrito. da multiplicação.
reagrupamento) e multiplicação
Estabelecer a relação entre números naturais e pontos da reta Propiciar a construção da reta numérica como recurso para a or-
Reta numérica numérica para utilizá-la na ordenação dos números naturais e denação de números naturais.
também na construção de fatos da adição e da subtração, re-
Números Estimular a utilização da reta numérica como recurso para a orde-
lacionando-os com deslocamentos para a direita ou para a es-
nação dos números naturais e para a construção de fatos básicos
querda.
da adição e da subtração.
Procedimentos de cálculo (mental e Utilizar diferentes procedimentos de cálculo mental e escrito, Estimular a realização de diferentes procedimentos de cálculo
escrito) de adição e subtração com inclusive os convencionais, para resolver problemas significati- mental e escrito, por métodos convencionais e não convencionais
números naturais e relação entre as vos envolvendo adição e subtração com números naturais. em problemas que envolvem adição e subtração de números na-
operações a partir da ideia de ope- turais.
Compreender a ideia de operação inversa entre as operações de
ração inversa
adição e subtração. Propor situações-problema que evidenciem a ideia de operação
inversa entre as operações de adição e subtração.
Problemas envolvendo significados Resolver e elaborar problemas de adição e subtração com os Propor situações-problema que envolvam as diferentes ideias das
da adição e da subtração: juntar, significados de juntar, acrescentar, separar, retirar, comparar e operações de adição e subtração em cálculos exatos ou aproxima-
acrescentar, separar, retirar, compa- completar quantidades, utilizando diferentes estratégias de cál- dos, incluindo o cálculo mental.
rar e completar quantidades culo exato ou aproximado, incluindo cálculo mental.
S E M E D
Problemas envolvendo diferentes Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4, 5 e Apresentar problemas que para serem resolvidos estimulem a
significados da multiplicação e da 10) com os significados de adição de parcelas iguais, elementos utilização da operação de multiplicação como adição de parcelas
divisão: adição de parcelas iguais, apresentados em disposição retangular e combinação de possi- iguais, como conjunto de elementos apresentados em disposição
configuração retangular, combina- bilidades, utilizando diferentes estratégias de cálculo e registros. retangular e como combinação de possibilidades.
ção de possibilidades, repartição em
Resolver e elaborar problemas de divisão de um número natural Apresentar problemas que envolvam a operação de divisão exa-
partes iguais e medida
por outro (até 10), com resto zero e com resto diferente de zero, ta e não exata, explorando as ideias de repartição equitativa e de
Procedimentos de cálculo (mental com os significados de repartição equitativa e de medida, por medida.
Números e escrito) de multiplicação e divisão meio de estratégias e registros pessoais.
Propor situações-problema que evidenciem a ideia de operação
com números naturais e relação en-
Compreender a ideia de operação inversa entre as operações de inversa entre as operações de adição e subtração.
tre as operações a partir da ideia de
multiplicação e divisão.
operação inversa
Significados de metade, terça parte, Associar o quociente de uma divisão com resto zero de um nú- Propor atividades que evidenciem a relação entre o quociente de
quarta parte, quinta parte e décima mero natural por 2, 3, 4, 5 e 10 às ideias de metade, terça, quarta, divisões exatas por 2, 3, 4, 5 e 10 e as ideias de metade, terça, quar-
parte quinta e décima partes. ta, quinta e décima partes.
Identificação e descrição de regula- Identificar regularidades em sequências ordenadas de núme- Possibilitar o reconhecimento e a descrição de um padrão em se-
ridades em sequências numéricas ros naturais, resultantes da realização de adições ou subtrações quências numéricas e a escrita da regra de formação, bem como a
recursivas sucessivas, por um mesmo número, descrever uma regra de identificação dos elementos ausentes e seguintes.
formação da sequência e determinar elementos faltantes ou se-
Álgebra guintes.
Relação de igualdade Compreender a ideia de igualdade para escrever diferentes sen- Trabalhar a ideia de igualdade a partir da escrita de diferentes
tenças de adições ou de subtrações de dois números naturais sentenças envolvendo as operações de adição ou subtração com
que resultem na mesma soma ou diferença. números naturais que resultem na mesma soma ou diferença.
Localização e movimentação: re- Descrever e representar, por meio de esboços de trajetos ou uti- Trabalhar a descrição e a representação da movimentação, do des-
presentação de objetos e pontos de lizando croquis e maquetes, a movimentação de pessoas ou de locamento e da mudança de direção e sentido de pessoas e objetos
referência objetos no espaço, incluindo mudanças de direção e sentido, no espaço a partir de diferentes pontos de referência.
com base em diferentes pontos de referência.
Figuras geométricas espaciais (cubo, Associar figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, Trabalhar a associação de figuras geométricas espaciais com ob-
bloco retangular, pirâmide, cone, pirâmide, cone, cilindro e esfera) a objetos do mundo físico e jetos do mundo físico, descrevendo suas características e relacio-
cilindro e esfera): reconhecimento, nomear essas figuras. nando-as com suas planificações.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Figuras geométricas planas (triân- Classificar e comparar figuras planas (triângulo, quadrado, Trabalhar a classificação e a comparação de figuras geométricas
gulo, quadrado, retângulo, trapézio retângulo, trapézio e paralelogramo) em relação a seus lados planas de acordo com os seus lados e vértices.
e paralelogramo): reconhecimento e (quantidade, posições relativas e comprimento) e vértices.
análise de características
373
374
Congruência de figuras geométricas Reconhecer figuras congruentes, usando sobreposição e dese- Propor atividades que favoreçam o reconhecimento da congruên-
Geometria planas nhos em malhas quadriculadas ou triangulares, incluindo o uso cia de figuras geométricas planas.
de tecnologias digitais.
Significado de medida e de unidade Reconhecer que o resultado de uma medida depende da unida- Propiciar atividades que evidenciem que o resultado de uma me-
de medida de de medida utilizada. dida depende da unidade de medida utilizada.
Escolher a unidade de medida e o instrumento mais apropriado Trabalhar as diferentes unidades de medidas de comprimento,
para medições de comprimento, tempo e capacidade. tempo e capacidade, apresentando os instrumentos adequados
para cada uma delas.
Medidas de comprimento (unidades Estimar, medir e comparar comprimentos, utilizando unidades Trabalhar a estimativa, a medida e a comparação de medidas de
não convencionais e convencionais): de medida não padronizadas e padronizadas mais usuais (me- comprimento com a utilização de unidades padronizadas e não
registro, instrumentos de medida, tro, centímetro e milímetro) e diversos instrumentos de medida. padronizadas e a partir de distintos instrumentos de medida.
estimativas e comparações
Medidas de capacidade e de massa Estimar e medir capacidade e massa, utilizando unidades de Trabalhar a medida e a estimativa de capacidade e de massa em
(unidades não convencionais e con- medida não padronizadas e padronizadas mais usuais (litro, embalagens de produtos com a utilização de unidades padroniza-
vencionais): registro, estimativas e mililitro, quilograma, grama e miligrama), reconhecendo-as em das e não padronizadas.
Grandezas comparações leitura de rótulos e embalagens, entre outros.
e Medidas
Comparação de áreas por superpo- Comparar, visualmente ou por superposição, áreas de faces de Estimular a comparação visual e por superposição de áreas de fi-
sição objetos, de figuras planas ou de desenhos. guras geométricas planas.
Medidas de tempo: leitura de horas Ler e registrar medidas e intervalos de tempo, utilizando reló- Estimular a leitura e o registro de intervalos de tempo em relógios
em relógios digitais e analógicos, gios (analógico e digital) para informar os horários de início e analógicos e digitais, indicando horários de início, término e du-
duração de eventos e reconhecimen- término de realização de uma atividade e sua duração. ração de um evento.
to de relações entre unidades de me-
Ler horas em relógios digitais e em relógios analógicos e reco- Propiciar a leitura de horas em relógios analógicos e digitais e o
dida de tempo
nhecer a relação entre hora e minutos e entre minuto e segun- estabelecimento de relações entre hora e minutos e entre minuto
dos. e segundos.
Sistema monetário brasileiro: esta- Resolver e elaborar problemas que envolvam a comparação e Apresentar problemas que evidenciem a comparação e a equiva-
belecimento de equivalências de um a equivalência de valores monetários do sistema brasileiro em lência entre valores do sistema monetário brasileiro em situações
mesmo valor na utilização de dife- situações de compra, venda e troca. de compra, venda e troca.
rentes cédulas e moedas
S E M E D
Probabilidade: análise da ideia de Identificar, em eventos familiares aleatórios, todos os resultados Possibilitar a identificação de todos os resultados possíveis em
acaso em situações do cotidiano: es- possíveis, estimando os que têm maiores ou menores chances eventos do cotidiano e a estimativa dos que têm maiores ou me-
paço amostral de ocorrência. nores chances de ocorrência.
Leitura, interpretação e represen- Resolver problemas cujos dados estão apresentados em tabelas Propor situações-problema cujos dados sejam apresentados em
tação de dados em tabelas de dupla de dupla entrada, gráficos de barras ou de colunas. tabelas de dupla entrada e em gráficos de barras ou colunas.
entrada e gráficos de barras
Ler, interpretar e comparar dados apresentados em tabelas de Estimular a leitura, a interpretação e a comparação de dados apre-
dupla entrada, gráficos de barras ou de colunas, envolvendo sentados em tabelas de dupla entrada e em gráficos de barras ou
resultados de pesquisas significativas, utilizando termos como de colunas.
“maior frequência” e “menor frequência”, apropriando-se desse
tipo de linguagem para compreender aspectos significativos da
realidade sociocultural.
Probabilidade
e Estatística
Coleta, classificação e representação Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas em um uni- Propor a realização de pesquisa, a organização e o registro dos
de dados referentes a variáveis cate- verso de até 50 elementos, organizar os dados coletados utilizan- dados coletados em listas, tabelas simples ou de dupla entrada e
góricas, por meio de tabelas e gráfi- do listas, tabelas simples ou de dupla entrada e representá-los em gráficos de colunas simples.
cos em gráficos de colunas simples, com e sem uso de tecnologias
digitais.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
375
4º ANO
376
Composição e decomposição de um Mostrar, por decomposição e composição, que todo número na- Possibilitar a prática de composição e de decomposição de núme-
número natural de até cinco ordens, tural pode ser escrito por meio de adições e multiplicações por ros naturais de até cinco ordens, evidenciando a possibilidade de
por meio de adições e multiplicações potências de dez, para compreender o sistema de numeração escrita de todo número natural como adição e multiplicação por
por potências de 10 decimal e desenvolver estratégias de cálculo. potências de base 10.
Números
Problemas envolvendo os diferentes Resolver e elaborar problemas com números naturais envol-
significados da adição e subtração: vendo adição e subtração, utilizando estratégias diversas, como Apresentar problemas cuja resolução permita a utilização de dis-
juntar, agrupar e acrescentar, tirar, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resul- tintas estratégias de cálculo mental e escrito e a estimativa de re-
comparar, completar e separar tado. sultado.
Propriedades da adição e da sub- Utilizar as relações entre adição e subtração para ampliar as es- Apresentar as propriedades da adição e da subtração, possibilitan-
tração para o desenvolvimento de tratégias de cálculo. do o desenvolvimento de distintas estratégias de cálculo.
diferentes estratégias de cálculo com
números naturais e relações existen- Utilizar as propriedades da adição e da subtração para desenvol- Evidenciar as relações existentes entre adição e subtração.
tes entre as duas operações ver estratégias de cálculo.
S E M E D
Resolver e elaborar problemas envolvendo diferentes signifi-
Problemas envolvendo diferentes cados da multiplicação como adição de parcelas iguais, orga-
significados da multiplicação e da nização retangular, combinação de possibilidades e propor-
divisão: adição de parcelas iguais, cionalidade, utilizando estratégias diversas, como cálculo por
configuração retangular, combina- Propor a elaboração e a resolução de problemas que evidenciem
estimativa, cálculo mental e algoritmos.
ção de possibilidades, proporciona- as diferentes ideias relacionadas às operações de multiplicação e
lidade, repartição equitativa e me- Resolver e elaborar problemas de divisão cujo divisor tenha no de divisão.
dida máximo dois algarismos, envolvendo os significados de repar-
Apresentar as propriedades da multiplicação, possibilitando o de-
tição equitativa e de medida, utilizando estratégias diversas,
Propriedades da multiplicação para senvolvimento de distintas estratégias de cálculo.
como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos.
o desenvolvimento de diferentes es- Evidenciar as relações existentes entre multiplicação e divisão.
tratégias de cálculo com números Utilizar as propriedades da multiplicação para desenvolver es-
naturais tratégias de cálculo.
Relações existentes entre as opera- Compreender as relações existentes entre as operações de mul-
ções de multiplicação e divisão tiplicação e divisão, aplicando-as na resolução e elaboração de
problemas.
Números racionais: frações unitá- Reconhecer as frações unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, Trabalhar o reconhecimento de frações unitárias como unidades
rias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) como unidades de medida menores do que uma de medidas inferiores a um inteiro, tendo a reta numérica como
1/10 e 1/100) unidade, utilizando a reta numérica como recurso. recurso.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Números racionais: representação Reconhecer que as regras do sistema de numeração decimal po- Propiciar a identificação de que as regras do sistema de numeração
decimal para escrever valores do sis- dem ser estendidas para a representação decimal de um número decimal podem ser utilizadas também na representação decimal
tema monetário brasileiro racional e relacionar décimos e centésimos com a representação de um número racional, evidenciando as ideias de décimos e cen-
do sistema monetário brasileiro. tésimos presentes no sistema monetário brasileiro.
Problemas com números racionais
na forma decimal envolvendo o sis- Resolver e elaborar problemas com números racionais na forma Trabalhar a resolução de problemas com números racionais na for-
tema monetário brasileiro decimal utilizando cálculos com o sistema monetário brasileiro. ma decimal tendo como temática o sistema monetário brasileiro.
377
Sequência numérica recursiva for- Possibilitar a identificação de regularidades em sequências numé-
378
mada por múltiplos de um número Identificar regularidades em sequências numéricas compostas ricas compostas por múltiplos de um número natural.
natural: fatos básicos da multiplica- por múltiplos de um número natural.
ção
Sequência numérica recursiva for-
mada por números que deixam o Reconhecer, por meio de investigações, que há grupos de nú- Propiciar a identificação de regularidades existentes em grupos de
mesmo resto ao ser divididos por meros naturais para os quais as divisões por um determinado números naturais no resto de divisões de distintos dividendos por
um mesmo número natural diferen- número resultam em restos iguais, identificando regularidades. um mesmo divisor.
te de zero
Propor atividades investigativas que evidenciem a ideia de opera-
Reconhecer, por meio de investigações, utilizando a calculadora ção inversa entre adição e subtração e entre multiplicação e divi-
Relações entre adição e subtração e quando necessário para conferência, as relações inversas entre são.
Álgebra entre multiplicação e divisão as operações de adição e de subtração e de multiplicação e de
divisão, para aplicá-las na resolução de problemas.
Igualdade: conceito, características e Reconhecer e mostrar, por meio de exemplos, que a relação de
Apresentar situações que permitam o reconhecimento e a de-
propriedades igualdade existente entre dois membros permanece quando se
monstração de que a relação de uma igualdade não se altera ao se
adiciona ou se subtrai um mesmo número a cada um desses
adicionar ou subtrair um mesmo número a cada membro.
membros.
Propor problemas que focalizem o cálculo de números desconhe-
Determinar o número desconhecido que torna verdadeira uma
cidos que tornem verdadeiras as igualdades em que estão inseri-
igualdade que envolve as operações fundamentais com números
dos, utilizando as operações fundamentais com números naturais.
naturais.
Figuras geométricas espaciais (pris- Propor a associação entre representações planas e espaciais de
Associar prismas e pirâmides a suas planificações e analisar, no- prismas e pirâmides, identificando, nomeando e comparando seus
mas e pirâmides): reconhecimento,
mear e comparar seus atributos, estabelecendo relações entre as elementos.
Geometria representações, planificações e ca-
representações planas e espaciais.
racterísticas
Ângulos retos e não retos: uso de do- Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras poligonais com Propiciar o reconhecimento de ângulos retos e não retos em figu-
braduras, esquadros e softwares o uso de dobraduras, esquadros ou softwares de geometria. ras poligonais.
Reconhecer simetria de reflexão em figuras e em pares de fi-
Trabalhar o reconhecimento de simetria de reflexão em figuras e
guras geométricas planas e utilizá-la na construção de figuras
Simetria de reflexão em pares de figuras e a utilização desse conceito para a construção
congruentes e semelhantes, com o uso de malhas quadriculadas
de figuras congruentes e semelhantes.
e de softwares de geometria.
S E M E D
Medidas de comprimento, massa e
capacidade: estimativas, utilização Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas Trabalhar a medida e estimativa de comprimentos e perímetros,
de instrumentos de medida e de e capacidades, utilizando unidades de medida padronizadas massas e capacidades com a utilização de unidades de medidas pa-
unidades de medida convencionais mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local. dronizadas mais usuais.
mais usuais
Medir, comparar e estimar área de figuras planas desenhadas Proporcionar atividades voltadas à medição, comparação e estima-
Áreas de figuras construídas em ma- em malha quadriculada, pela contagem dos quadradinhos ou de tiva de área de figuras planas construídas em malha quadriculada
lhas quadriculadas metades de quadradinho, reconhecendo que duas figuras com e que permitam o reconhecimento da congruência de áreas em fi-
formatos diferentes podem ter a mesma medida de área. guras com formatos diferentes.
Medidas de tempo: leitura de horas Ler e registrar medidas e intervalos de tempo em horas, minutos Estimular a leitura e o registro de intervalos de tempo em horas,
em relógios digitais e analógicos, e segundos em situações relacionadas ao seu cotidiano, como minutos e segundos em situações cotidianas, indicando horários
duração de eventos e relações entre informar os horários de início e término de realização de uma de início e término de uma atividade, assim como o seu tempo de
Grandezas unidades de medida de tempo tarefa e sua duração. duração.
e Medidas Reconhecer temperatura como grandeza e o grau Celsius como
Medidas de temperatura em grau unidade de medida a ela associada e utilizá-lo em comparações Trabalhar o reconhecimento da temperatura como grandeza e da
Celsius: de temperaturas em diferentes regiões do Brasil ou no exterior escala Celsius como unidade de temperatura.
ou, ainda, em discussões que envolvam problemas relacionados
construção de gráficos para indicar ao aquecimento global. Propor o registro das temperaturas máximas e mínimas diárias
a variação da temperatura (mínima em locais do cotidiano, utilizando os gráficos de colunas, tabelas e
Registrar as temperaturas máxima e mínima diárias, em locais planilhas eletrônicas como possibilidades de recurso e de registro.
e máxima) medida em um dado dia do seu cotidiano, e elaborar tabelas e gráficos de colunas com as
ou em uma semana variações diárias da temperatura, utilizando, inclusive, planilhas
eletrônicas.
Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de com- Propor a resolução e a elaboração de problemas que envolvam si-
Problemas utilizando o sistema mo- pra e venda e formas de pagamento, utilizando termos como
tuações de compra e venda, formas de pagamento, troco e descon-
netário brasileiro “troco” e “desconto”, enfatizando o consumo ético, consciente e
responsável. to.
tação de dados em tabelas de dupla sentados em tabelas e gráficos e a produção escrita da síntese de
Probabilidade entrada e em gráficos de colunas ou pictóricos, com base em
entrada, gráficos de colunas simples sua análise.
e Estatística informações das diferentes áreas do conhecimento, e produzir
e agrupadas, gráficos de barras e co- texto com a síntese de sua análise.
lunas e gráficos pictóricos
Diferenciação entre variáveis cate- Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas e numéricas
góricas e variáveis numéricas Propor a realização de pesquisa, a organização e o registro dos da-
e organizar dados coletados por meio de tabelas e gráficos de
dos coletados em tabelas em gráficos de colunas simples ou agru-
Coleta, classificação e representação colunas simples ou agrupadas, com e sem uso de tecnologias
digitais. padas.
379
Sistema de numeração decimal: lei- Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem das cen- Trabalhar a leitura, a escrita e a ordenação de números naturais até
tura, escrita e ordenação de números tenas de milhar com compreensão das principais características a ordem das centenas de milhar.
naturais de até seis ordens (unidade, do sistema de numeração decimal.
dezena, centena, unidade de milhar,
dezena de milhar e centena de mi-
lhar)
Representação decimal dos números Ler, escrever e ordenar números racionais na forma decimal Propor a leitura, a escrita e a ordenação de números racionais re-
racionais e sua representação na reta com compreensão das principais características do sistema de presentados na forma decimal evidenciando as principais caracte-
numérica numeração decimal, utilizando, como recursos, a composição e rísticas do sistema de numeração decimal por meio da composição
decomposição e a reta numérica. e decomposição e da reta numérica.
Representação fracionária dos nú- Identificar e representar frações (menores e maiores que a uni- Trabalhar a identificação, a representação, os significados e a leitu-
Números meros racionais: reconhecimento, dade), associando-as ao resultado de uma divisão ou à ideia de ra de frações, associando-as a pontos na reta numérica.
significados, leitura e representação parte de um todo, utilizando a reta numérica como recurso.
na reta numérica
Comparação e ordenação de núme- Identificar frações equivalentes. Possibilitar a identificação de frações equivalentes.
ros racionais na representação de-
cimal e na fracionária utilizando a Comparar e ordenar números racionais positivos (representa- Propor a comparação e a ordenação de números racionais na for-
noção de equivalência ções fracionária e decimal), relacionando-os a pontos na reta ma fracionária e entre a forma fracionária e a forma decimal, rela-
numérica. cionando-os a pontos na reta numérica.
Cálculo de porcentagens e represen- Associar as representações 10%, 25%, 50%, 75% e 100% respec- Favorecer a associação de números racionais representados na for-
tação fracionária tivamente à décima parte, quarta parte, metade, três quartos e ma percentual com os seus correspondentes na forma fracionária,
um inteiro, para calcular porcentagens, utilizando estratégias notadamente os números 10% e décima parte, 25% e quarta parte,
pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educa- 50% e metade, 75% e três quartos e 100% e um inteiro.
ção financeira, entre outros.
S E M E D
Problemas envolvendo os diferentes Resolver e elaborar problemas de adição e subtração com núme- Propor a resolução e a elaboração de problemas de adição e subtra-
significados da adição e subtração ros naturais e com números racionais, cuja representação deci- ção com números naturais e números racionais cuja representação
(juntar, agregar, agrupar, tirar, com- mal seja finita, utilizando estratégias diversas, como cálculo por decimal seja finita, em cálculos mentais, por estimativa e algorit-
parar, completar, juntar e separar) estimativa, cálculo mental e algoritmos. mos.
com números naturais e com nú-
meros racionais cuja representação
decimal é finita Utilizar as propriedades da adição e da subtração para desenvol- Apresentar as propriedades da multiplicação, possibilitando o de-
ver estratégias de cálculo. senvolvimento de distintas estratégias de cálculo.
Propriedades da adição e da sub-
tração para o desenvolvimento de
diferentes estratégias de cálculo com
números naturais
Problemas de multiplicação e divi- Resolver e elaborar problemas de multiplicação e divisão com Propor a resolução e a elaboração de problemas de multiplicação
são entre números naturais e entre números naturais e com números racionais cuja representação e divisão entre números naturais e entre números racionais cuja
números racionais cuja represen- decimal é finita (com multiplicador natural e divisor natural e representação decimal seja finita e números naturais, em cálculos
tação decimal seja finita e números diferente de zero), utilizando estratégias diversas, como cálculo mentais, por estimativa e algoritmos.
naturais, envolvendo distintas estra- por estimativa, cálculo mental e algoritmos.
tégias de cálculo
Números Apresentar as propriedades da multiplicação, possibilitando o de-
Utilizar as propriedades da adição e da subtração para desenvol- senvolvimento de distintas estratégias de cálculo.
Propriedades da multiplicação para
o desenvolvimento de diferentes es- ver estratégias de cálculo.
tratégias de cálculo com números Trabalhar a resolução de expressões numéricas simples com as
naturais Resolver expressões numéricas simples, envolvendo as quatro quatro operações fundamentais e com os sinais de associação.
operações fundamentais e sinais de associação.
Expressões numéricas simples en-
volvendo as quatro operações fun-
damentais e sinais de associação
(parênteses, colchetes e chaves)
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Problemas envolvendo o Princípio Resolver e elaborar problemas simples de contagem envolvendo Propiciar a resolução e a elaboração de problemas de contagem que
Fundamental da Contagem, como: o princípio multiplicativo, como a determinação do número de evidenciem o cálculo do número de agrupamentos possíveis ao se
“Se cada objeto de uma coleção A agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma combinar elementos de conjuntos distintos.
for combinado com todos os ele- coleção com todos os elementos de outra coleção, por meio de
mentos de uma coleção B, quantos diagramas de árvore ou por tabelas.
agrupamentos desse tipo podem ser
formados?”
381
382
Igualdade: conceito, características e Compreender o conceito e as características de uma sentença Apresentar atividades investigativas que levem à conclusão de que
propriedades matemática expressa por meio de uma igualdade. uma igualdade não se altera ao se adicionar, subtrair, multiplicar
ou dividir ambos os membros por um mesmo número.
Álgebra
Grandezas diretamente proporcio- Resolver problemas que envolvam variação de proporcionalida- Apresentar problemas cujo contexto envolva a proporção direta
nais Problemas envolvendo a parti- de direta entre duas grandezas, para associar a quantidade de entre duas grandezas.
ção de um todo em duas partes pro- um produto ao valor a pagar, alterar as quantidades de ingre-
porcionais dientes de receitas, ampliar ou reduzir escala em mapas, entre
outros. Trabalhar a ideia da divisão em partes desiguais, utilizando a ideia
de razão entre as partes e delas com o todo.
Figuras geométricas espaciais: reco- Associar figuras espaciais a suas planificações (prismas, pirâmi- Propor a associação entre representações planas e espaciais de pris-
nhecimento, representações, planifi- des, cilindros e cones) e analisar, nomear e comparar seus atri- mas, pirâmides, cilindros e cones, nomeando, analisando e compa-
cações e características butos. rando seus elementos.
Geometria Poliedros de Platão: características e Reconhecer os Poliedros de Platão, suas características e asso- Trabalhar o reconhecimento, as características e a planificação dos
planificação ciá-los a suas formas planas. Poliedros de Platão.
Ângulo: noção intuitiva Reconhecer como ângulo a abertura formada a partir de duas Trabalhar a noção intuitiva de ângulo a partir da ideia de abertura
semirretas que partem de um mesmo ponto. formada por duas semirretas que partem de um mesmo ponto.
Figuras geométricas planas: caracte-
rísticas, representações e ângulos Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando la- Trabalhar o reconhecimento, a nomeação e a comparação de po-
dos, vértices e ângulos, e desenhá-los, utilizando material de lígonos em relação a seus lados, vértices e ângulos e estimular a
desenho ou tecnologias digitais. ilustração de polígonos com materiais de desenho ou tecnologias
digitais.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Ampliação e redução de figuras po- Reconhecer a congruência dos ângulos e a proporcionalidade Trabalhar a ampliação e a redução de figuras poligonais em malhas
ligonais em malhas quadriculadas: entre os lados correspondentes de figuras poligonais em situa- quadriculadas, evidenciando a congruência dos ângulos e a pro-
reconhecimento da congruência dos ções de ampliação e de redução em malhas quadriculadas e porcionalidade entre os lados correspondentes da figura original
ângulos e da proporcionalidade dos usando tecnologias digitais. em relação à figura ampliada/reduzida.
lados correspondentes
383
384
Medidas de comprimento, área, Resolver e elaborar problemas envolvendo medidas das grande- Trabalhar a resolução e a elaboração de problemas envolvendo
massa, tempo, temperatura e capa- zas comprimento, área, massa, tempo, temperatura e capacida- medidas de comprimento, área, massa, tempo, temperatura e ca-
cidade: utilização de unidades con- de, recorrendo a transformações entre as unidades mais usuais pacidade, estabelecendo as relações existentes entre algumas delas.
vencionais e relações entre as unida- em contextos socioculturais.
des de medida mais usuais
Área de figuras poligonais Calcular a área e o perímetro de figuras poligonais, compreen- Propor problemas que evidenciem o cálculo de áreas e perímetros
dendo a diferença entre os dois conceitos. de figuras poligonais, demonstrando a diferença entre os dois con-
Grandezas Perímetro de figuras poligonais
ceitos.
Concluir, por meio de investigações, que figuras de perímetros
e Medidas Áreas e perímetros de figuras poli-
iguais podem ter áreas diferentes e que, também, figuras que Propiciar atividades investigativas que levem à conclusão da dife-
gonais: algumas relações
têm a mesma área podem ter perímetros diferentes. rença que pode existir entre áreas de figuras com perímetros iguais
e à diferença que pode existir entre perímetros de figuras que têm
áreas iguais.
Noção de volume Reconhecer volume como grandeza associada a sólidos geomé- Possibilitar o desenvolvimento da ideia de volume a partir da asso-
tricos e medir volumes por meio de empilhamento de cubos, ciação dessa grandeza a sólidos geométricos, e a medição de volu-
utilizando, preferencialmente, objetos concretos. mes por meio do empilhamento de cubos.
Noção de probabilidade: espaço Compreender as ideias de espaço amostral e de evento. Trabalhar as ideias de espaço amostral e de evento.
amostral e evento: análise de chan-
Apresentar todos os possíveis resultados de um experimento Possibilitar a identificação e a apresentação de todos os resultados
ces de ocorrência de eventos aleató-
aleatório, estimando se esses resultados são igualmente prová- possíveis em experimentos aleatórios, estimando se os resultados
rios
veis ou não. são igualmente prováveis ou não.
Cálculo de probabilidade de eventos Determinar a probabilidade de ocorrência de um resultado em Propor o cálculo da probabilidade de ocorrência de determinado
equiprováveis eventos aleatórios, quando todos os resultados possíveis têm a resultado em eventos aleatórios com resultados equiprováveis.
Probabilidade mesma chance de ocorrer (são equiprováveis).
e Estatística
Leitura, coleta, classificação inter- Interpretar dados estatísticos apresentados em textos, tabelas e Possibilitar a análise de dados estatísticos constantes em textos, ta-
pretação e representação de dados gráficos (colunas ou linhas), referentes a outras áreas do conhe- belas e gráficos apresentados em contextos significativos.
em tabelas de dupla entrada, gráfico cimento ou a outros contextos, como saúde e trânsito, e produ-
Propor a realização de pesquisa, organização e registro dos dados
de colunas agrupadas, gráficos pic- zir textos com o objetivo de sintetizar conclusões.
coletados em tabelas em gráficos, bem como a escrita sobre a fina-
tóricos e gráfico de linhas
Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas e numéri- lidade da pesquisa e a síntese dos resultados apurados.
cas, organizar dados coletados por meio de tabelas, gráficos de
colunas, pictóricos e de linhas, com e sem uso de tecnologias
digitais, e apresentar texto escrito sobre a finalidade da pesquisa
e a síntese dos resultados.
S E M E D
6º ANO
Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números Trabalhar a comparação, a ordenação, a leitura e a escrita de núme-
racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da ros naturais e de números racionais cuja representação decimal é
reta numérica. finita, com o apoio da reta numérica.
Sistema de numeração decimal: ca-
racterísticas, leitura, escrita e com- Reconhecer o sistema de numeração decimal como o que preva- Apresentar as principais características do sistema de numeração
paração de números naturais e de leceu no mundo ocidental e destacar semelhanças e diferenças decimal tais como a base, o valor posicional e a função do zero,
números racionais representados na com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais ca- comparando-o com outros sistemas.
forma decimal racterísticas (base, valor posicional e função do zero), utilizan-
do, inclusive, a composição e decomposição de números natu-
rais e números racionais em sua representação decimal.
Números
Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais Trabalhar a resolução e a elaboração de problemas envolvendo as
Operações de adição, subtração, ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por operações de adição, subtração, multiplicação, divisão, potencia-
multiplicação, divisão, potenciação meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos ção e radiciação de números naturais.
e radiciação com números naturais neles envolvidos com e sem uso de calculadora.
Propor a resolução de expressões numéricas compostas pelas ope-
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Resolver expressões numéricas compostas pelas operações fun- rações fundamentais e por sinais de associação.
Divisão euclidiana damentais e por sinais de associação (parênteses, colchetes e
chaves).
Trabalhar a representação e a resolução de problemas por meio de
Expressões numéricas expressões numéricas.
Representar e resolver, por meio de expressões numéricas, pro-
blemas em contextos significativos.
385
386
Fluxograma para determinar a pari- Determinar os múltiplos e os divisores de um número natural, Trabalhar a construção de algoritmos em linguagem natural e re-
dade de um número natural estabelecendo relações entre números expressas pelos termos: “é presentá-los por meio de fluxogramas que indiquem a resolução de
múltiplo de”, “é fator de”, “é divisor de” determinado tipo de problema.
Múltiplos e divisores de um número Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múlti- Trabalhar a determinação de múltiplos e divisores de um número
natural plo e de divisor. natural, aplicando-a na resolução e na elaboração de problemas.
Números
Números primos e compostos Classificar números naturais em primos e compostos. Apresentar o conceito de números primos e de números compos-
tos, aplicando-a em distintas situações-problema.
Decompor números compostos em produtos de números pri-
Decomposição de números compos- mos, por meio da notação de conjuntos e por meio da decom-
tos em fatores primos (fatoração) posição em fatores primos (fatoração). Trabalhar a decomposição de um número composto em um pro-
duto de números primos, por meio da notação de conjuntos e por
Compreender o conceito de mínimo múltiplo comum, realizan- meio da decomposição em fatores primos (fatoração).
Mínimo múltiplo comum do cálculos por meio da notação de conjuntos e por meio da
decomposição simultânea. Trabalhar o conceito de mínimo múltiplo comum e de máximo
divisor comum por métodos diversos, inserindo-os em problemas
Máximo divisor comum Compreender o conceito de máximo divisor comum, realizan- contextualizados.
do cálculos por meio da decomposição em fatores primos (fato-
ração completa) e pelo método das divisões sucessivas.
Números racionais absolutos na for- Resolver e elaborar problemas com números racionais positi-
ma decimal vos na representação decimal, envolvendo as quatro operações Trabalhar a resolução e a elaboração de problemas de adição, sub-
fundamentais, além da potenciação e da radiciação, por meio de tração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de núme-
Adição, subtração, multiplicação, di- estratégias diversas, utilizando estimativas e arredondamentos ros racionais representados na forma decimal, com a utilização de
visão, potenciação e radiciação com para verificar a razoabilidade de respostas, com e sem uso de estimativas e arredondamentos e verificação de respostas.
números racionais na forma decimal calculadora.
Aproximação de números para múl- Fazer estimativas de quantidades e aproximar números para Trabalhar a estimativa e a aproximação de números para múltiplos
tiplos de potências de 10 múltiplos da potência de 10 mais próxima. da potência de 10 mais próxima.
Cálculo de porcentagens por meio Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com Propor a resolução e a elaboração de problemas sobre porcenta-
de estratégias diversas, sem fazer uso base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de gem, explorando a ideia de proporcionalidade e sem o auxílio da
da “regra de três” três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculado- regra de três.
ra, em contextos de educação financeira, entre outros.
Compreender o conceito de igualdade como sentença matemá- Trabalhar o conceito de igualdade como sentença matemática
tica composta de dois membros cujos valores são ou resultam composta de dois membros cujos valores são ou resultam iguais.
iguais.
Apresentar atividades investigativas que levem à compreensão de
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Igualdade: conceito e propriedades Reconhecer que a relação de igualdade matemática não se altera que uma igualdade não se altera ao se adicionar, subtrair, multipli-
ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus dois mem- car ou dividir ambos os membros por um mesmo número, utili-
Álgebra bros por um mesmo número e utilizar essa noção para determi- zando tal compreensão para a determinação de valores desconhe-
nar valores desconhecidos na resolução de problemas. cidos em igualdades que representam situações-problema.
Problemas que tratam da partição de Resolver e elaborar problemas que envolvam a partilha de uma Trabalhar a ideia da divisão em partes desiguais, utilizando a ideia
um todo em duas partes desiguais, quantidade em duas partes desiguais, envolvendo relações adi- de razão entre as partes e delas com o todo.
envolvendo razões entre as partes e tivas e multiplicativas, bem como a razão entre as partes e entre
387
Compreender a geometria como campo de estudo do espaço e Trabalhar a formalização da geometria como campo de estudo es-
dos objetos que podem ocupá-lo. pecífico, apresentando os objetos de estudo a que ela se dedica, as
características destes e a associação deles com elementos da natu-
Geometria: caracterização, objetos Conhecer a constituição histórica da geometria como campo da reza.
de estudo, história, conceitos primi- Matemática, assim como os seus objetos de estudo e respectivas
tivos (ponto, reta e plano) características, relacionando-os às formas da natureza. Reconstituir historicamente os processos que deram origem à geo-
metria.
Reta, semirreta e segmento Conhecer e reconhecer o ponto, a reta e o plano como conceitos
primitivos da geometria. Trabalhar a noção intuitiva de ponto, reta e plano, caracterizando-
-os como conceitos primitivos da geometria.
Compreender as ideias de reta, semirreta e segmento, estabele-
cendo as características próprias a cada uma que as diferenciam Trabalhar a ideia de reta, semirreta e segmento, caracterizando-as
entre si. e distinguindo-as entre si.
Plano cartesiano: conceito, eixos car- Reconhecer o plano cartesiano como sistema formado por duas Trabalhar o conceito e a construção do plano cartesiano a partir da
tesianos, coordenadas cartesianas retas numéricas que se interceptam perpendicularmente, bem intersecção perpendicular de duas retas numéricas, focalizando as
(pares ordenados) do 1º quadrante como coordenadas pertencentes ao 1º quadrante. coordenadas do 1º quadrante.
Associação dos vértices de um po- Associar pares ordenados de números a pontos do plano car- Demonstrar a relação existente entre pares ordenados de números
lígono a pares ordenados no plano tesiano do 1º quadrante, em situações como a localização dos situados no 1º quadrante do plano cartesiano com os vértices de
cartesiano vértices de um polígono. um polígono e em outras situações.
Conhecer e reconhecer prismas e pirâmides a partir de suas ca- Trabalhar o conhecimento e o reconhecimento de prismas e pirâ-
Geometria Prismas e pirâmides: planificações e racterísticas. mides, a partir de suas características.
relações entre seus elementos (vérti-
ces, faces e arestas) Quantificar e estabelecer relações entre o número de vértices, Oportunizar atividades que possibilitem a quantificação e o estabe-
faces e arestas de prismas e pirâmides, em função do seu polígo- lecimento de relações entre o número de vértices, faces e arestas de
no da base, para resolver problemas e desenvolver a percepção prismas e pirâmides de acordo com o polígono da base, utilizando
espacial. esses conceitos para a resolução de problemas e para a construção
da percepção espacial.
Conceituar, reconhecer, nomear e comparar polígonos, consi- Trabalhar o conceito, o reconhecimento, a nomeação, a compara-
derando lados, vértices e ângulos, e classificá-los em regulares e ção e a classificação de polígonos em relação aos lados, vértices e
Polígonos: conceito, classificações
não regulares, tanto em suas representações no plano como em ângulos, no plano e em faces de poliedros.
quanto ao número de vértices, às me-
faces de poliedros.
didas de lados e ângulos e ao parale- Propiciar a identificação das características de triângulos bem
lismo e perpendicularismo dos lados Identificar características dos triângulos e classificá-los em rela- como a classificação destes em relação aos lados e aos ângulos.
ção às medidas dos lados e dos ângulos.
Propiciar a identificação das características de quadriláteros bem
Identificar características dos quadriláteros, classificá-los em re- como a classificação destes em relação aos lados e aos ângulos.
lação a lados e a ângulos e reconhecer a inclusão e a intersecção
de classes entre eles.
Construção de figuras semelhantes: Construir figuras planas semelhantes em situações de amplia- Trabalhar o conceito de figuras semelhantes a partir da ampliação
ampliação e redução de figuras pla- ção e de redução, com o uso de malhas quadriculadas, plano e da redução de figuras em malhas quadriculadas, plano cartesiano
nas em malhas quadriculadas, no cartesiano ou tecnologias digitais. ou tecnologias digitais.
plano cartesiano ou em softwares
S E M E D
Retas paralelas e perpendiculares: Compreender o conceito de retas paralelas e de retas Apresentar o conceito de retas paralelas e de retas perpendiculares.
conceito e características perpendiculares.
Propor a construção de retas paralelas, retas perpendiculares e de
Construção de retas paralelas e per- Utilizar instrumentos, como réguas e esquadros, ou softwares quadriláteros a partir do uso de réguas, do jogo de esquadros ou
pendiculares, fazendo uso de réguas, para representações de retas paralelas e perpendiculares e de softwares.
esquadros e softwares construção de quadriláteros, entre outros.
Algoritmo para descrever situações Construir algoritmo para descrever situações passo a passo Estimular a construção de algoritmos que descrevam
Geometria relativas à geometria (como na construção de dobraduras ou na indicação de detalhadamente as etapas de construção de dobraduras ou a
deslocamento de um objeto no plano segundo pontos de indicação de deslocamento de um objeto no plano a partir de pontos
referência e distâncias fornecidos etc.). de referência e distâncias conhecidas, dentre outras situações.
Problemas sobre medidas envolven- Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas Propor a resolução e a elaboração de problemas relacionados
do grandezas como comprimento, comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos às grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área,
massa, tempo, temperatura, área, ca- e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por capacidade e volume, sem o auxílio de fórmulas algébricas.
pacidade e volume blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre
que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou
relacionadas às outras áreas do conhecimento.
Plantas baixas e vistas aéreas Interpretar, descrever e desenhar plantas baixas simples de Propiciar a intepretação, a descrição e a construção de plantas
residências e vistas aéreas. baixas de locais do cotidiano.
Perímetro de um quadrado como Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro Apresentar atividades que evidenciem a manutenção proporcional
grandeza proporcional à medida do e na área de um quadrado ao se ampliarem ou reduzirem, do perímetro do quadrado a partir da ampliação ou da redução
lado igualmente, as medidas de seus lados, para compreender que da medida do seu lado, diferenciando do comportamento que
Área do quadrado: conceito e cálculo o perímetro é proporcional à medida do lado, o que não ocorre acontece com o cálculo da área.
389
com a área.
390
Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos Desenvolver o estudo de gráficos que permitam a identificação das
constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em variáveis e frequências neles abordadas, bem como os elementos
Leitura e interpretação de tabelas e diferentes tipos de gráfico. fixos que os constituem.
gráficos (de colunas ou barras sim-
ples ou múltiplas) referentes a variá- Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas Propor a interpretação e a resolução de problemas baseados em
Probabilidade veis categóricas e variáveis numéri- sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo pesquisas sobre temas de urgência social disponibilizadas em
e Estatística cas responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas tabelas e gráficos, estimulando a redação sintética de conclusões.
e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o
objetivo de sintetizar conclusões.
Coleta de dados, organização e re- Planejar e coletar dados de pesquisa de práticas sociais
gistro Construção de diferentes ti- escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas para Propor a realização de pesquisa, organização e registro dos dados
pos de gráficos para representá-los e registro, representação e interpretação das informações, em coletados em tabelas e em gráficos construídos em planilhas
interpretação das informações tabelas, vários tipos de gráficos e texto. eletrônicas, bem como a escrita sobre as conclusões apuradas.
Diferentes tipos de representação de Interpretar e desenvolver fluxogramas simples, identificando as Possibilitar a representação de situações diversas por meio de
informações: gráficos e fluxogramas relações entre os objetos representados (por exemplo, posição fluxogramas que indiquem de maneira esquemática e detalhada as
de cidades considerando as estradas que as unem, hierarquia relações entre os objetos representados.
dos funcionários de uma empresa etc.).
S E M E D
7º ANO
grandezas diferentes.
392
Construir o conceito de equação como sentença matemática que Trabalhar o conceito de equação a partir de suas características,
apresenta uma igualdade e um ou mais termos desconhecidos. comparando-o, por exemplo, ao conceito de expressão algébrica.
Equações polinomiais do 1º grau
Reconhecer a equação como estratégia para a descoberta do Propor situações que permitam a compreensão de que uma situação
Equação: conceito e resolução valor de termos desconhecidos. que apresenta um termo desconhecido pode ser representada por
meio de uma equação e resolvida.
Resolução e elaboração de proble- Resolver equações do 1º grau por meio das propriedades da
mas envolvendo equações do 1º igualdade. Propiciar a resolução de equações do 1º grau a partir das
grau do tipo ax + b = c, por meio das propriedades da igualdade.
propriedades da igualdade Resolver e elaborar problemas que possam ser representados
por equações polinomiais de 1º grau, redutíveis à forma ax + b Trabalhar a resolução e a elaboração de problemas que possam ser
= c, fazendo uso das propriedades da igualdade. representados e resolvidos por uma equação do 1º grau.
Álgebra
Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida do volume Trabalhar a resolução e a elaboração de problemas que evidenciem
gulares, utilizando as unidades de de blocos retangulares envolvendo as unidades de medida de o cálculo do volume de blocos retangulares, utilizando as unidades
medida de volume convencionais volume usuais (metro cúbico, decímetro cúbico e centímetro de medida de volume mais usuais (metro cúbico, decímetro cúbi-
mais usuais (metro cúbico, decíme- cúbico). co, centímetro cúbico).
tro cúbico, centímetro cúbico)
Equivalência de área de figuras pla- Apresentar e demonstrar expressões para o cálculo de áreas de
nas: cálculo de áreas de figuras que Estabelecer expressões de cálculo de área de triângulos e de qua- triângulos e de quadriláteros (quadrado, retângulo, paralelogramo,
podem ser decompostas por outras, driláteros. trapézio e losango).
Grandezas cujas áreas podem ser facilmente Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida de área de Trabalhar a resolução e a elaboração de problemas que abordem o
e Medidas determinadas como triângulos e figuras planas que podem ser decompostas por quadriláteros e/ cálculo de área de figuras geométricas planas que podem ser de-
quadriláteros (quadrado, retângulo, ou triângulos, utilizando a equivalência entre áreas. compostas em quadriláteros e triângulos, evidenciando a equiva-
paralelogramo, trapézio e losango) lência entre áreas.
Compreender, em contextos significativos, o significado de mé- Trabalhar a ideia e o cálculo de média aritmética e média pondera-
Estatística: média e amplitude de um dia estatística como indicador da tendência de uma pesquisa,
Probabilidade da como medidas de tendência central de uma pesquisa, associan-
conjunto de dados calcular seu valor e relacioná-lo, intuitivamente, com a amplitu-
e Estatística do-as à amplitude de um conjunto de dados.
de do conjunto de dados.
Gráficos de setores: interpretação, Interpretar e analisar dados apresentados em gráfico de setores Apresentar gráficos em setores explorados pela mídia, possibilitan-
pertinência e construção para repre- divulgados pela mídia e compreender quando é possível ou con- do a compreensão da conveniência de sua utilização em determi-
sentar conjunto de dados veniente sua utilização. nados contextos e situações.
S E M E D
8º ANO
Conhecer e reconhecer o número irracional a partir de sua Trabalhar o conhecimento e o reconhecimento dos números irracio-
Números irracionais representação decimal infinita e não periódica, diferen- nais a partir de sua característica que é a representação decimal infinita
ciando-o do número racional. e não periódica, diferenciando-o do número racional.
Conjunto dos Números Irracionais
Identificar e reconhecer o Conjunto dos Números Irracio- Caracterizar o Conjunto dos Números Irracionais e estabelecer a rela-
nais e compreendê-lo como conjunto disjunto em relação ção de disjunção dele com o Conjunto dos Números Racionais.
ao Conjunto dos Números Racionais.
Compreender o Conjunto dos Números Reais como a Apresentar o Conjunto dos Números Reais como a união do Conjun-
Conjunto dos Números Reais união do Conjunto dos Números Racionais com o Conjun- to dos Números Racionais com o Conjunto dos Números Irracionais,
to dos Números Irracionais. conceituando e caracterizando o número real.
Números reais
Conceituar e caracterizar um número real.
Números Efetuar cálculos com potências de expoentes inteiros e apli- Trabalhar as propriedades da potenciação de números inteiros e propor
Notação científica car esse conhecimento na representação de números em situações de aplicação destes conceitos em notação científica.
notação científica.
Resolver e elaborar problemas usando a relação entre po- Apresentar problemas em cuja solução se evidencie a relação entre as
Potenciação e radiciação tenciação e radiciação, para representar uma raiz como po- operações de potenciação e radiciação, notadamente no que diz respei-
tência de expoente fracionário. to à representação de raízes como potências de expoente fracionário.
O princípio multiplicativo da conta- Resolver e elaborar problemas de contagem cuja resolução Propor a resolução e a elaboração de problemas que abordem a aplica-
gem envolva a aplicação do princípio multiplicativo. ção do princípio multiplicativo.
Porcentagens Resolver e elaborar problemas envolvendo cálculo de por- Propiciar a resolução e a elaboração de problemas referentes ao cálculo
centagens, incluindo o uso de tecnologias digitais. de porcentagens.
Conceituar e reconhecer monômios, distinguindo coefi- Trabalhar o conceito e as características de um monômio, destacando
ciente e parte literal. suas partes específicas (coeficiente e parte literal).
Conceituar, reconhecer e classificar polinômios. Trabalhar o conceito, as características e a classificação de polinômios.
Monômios, polinômios e suas ope-
Álgebra rações Valor numérico de expres- Realizar operações de adição, subtração, multiplicação, di- Propor cálculos e problemas que evidenciem as operações de adição,
sões algébricas visão e radiciação com monômios e polinômios. subtração, multiplicação, divisão e radiciação com monômios e poli-
nômios.
Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculo do
valor numérico de expressões algébricas, utilizando as pro- Apresentar problemas que proponham o cálculo do valor numérico de
priedades das operações. expressões algébricas em contextos significativos.
S E M E D
Associação de uma equação linear de Associar uma equação linear de 1º grau com duas incógni- Propiciar a associação de uma equação de 1º grau com duas incógnitas
1º grau a uma reta no plano cartesia- tas a uma reta no plano cartesiano. a uma reta no plano cartesiano.
no
Sistema de equações polinomiais de Resolver e elaborar problemas relacionados ao seu contexto Trabalhar a resolução e a elaboração de problemas que possam ser resol-
1º grau: resolução algébrica e repre- próximo e que possam ser representados por sistemas de vidos por meio de sistemas de equações do 1º grau com duas incógnitas,
sentação no plano cartesiano equações de 1º grau com duas incógnitas e interpretá-los, relacionando-os à sua representação no plano cartesiano.
utilizando, inclusive, o plano cartesiano como recurso.
Equação polinomial de 2º grau do Resolver e elaborar, com e sem uso de tecnologias, proble- Propor a resolução e a elaboração de problemas que podem ser repre-
tipo ax2 = b mas que possam ser representados por equações polino- sentados por equações polinomiais do 2º grau do tipo ax2 = b.
miais de 2º grau do tipo ax2 = b.
Regra de três simples retamente ou inversamente proporcionais, por meio de es- de estratégias variadas.
tratégias variadas.
Apresentar a regra de três simples como estratégia de solução de proble-
Compreender e utilizar a regra de três simples como estra- mas que envolvam a relação entre grandezas diretamente e inversamen-
tégia de solução de problemas que envolvam a relação entre te proporcionais.
grandezas diretamente e inversamente proporcionais.
399
400
Congruência de triângulos e de- Demonstrar propriedades de quadriláteros por meio da Apresentar as propriedades de quadriláteros por meio da identificação
monstrações de propriedades de identificação da congruência de triângulos. da congruência de triângulos.
quadriláteros
Construir, utilizando instrumentos de desenho ou Trabalhar a construção de ângulos, pontos notáveis de ângulos e
softwares de geometria dinâmica, mediatriz, bissetriz, polígonos regulares utilizando como recursos instrumentos de desenho
Construções geométricas: ângulos ângulos de 90°, 60°, 45° e 30° e polígonos regulares. ou softwares de geometria dinâmica.
de 90°, 60°, 45° e 30° e polígonos re- Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um Apresentar a descrição em língua materna e por meio de um fluxograma,
gulares algoritmo para a construção de um hexágono regular de das etapas para a construção de um hexágono regular a partir da medida
qualquer área, a partir da medida do ângulo central e da de seu ângulo central, tendo como recursos instrumentos de desenho.
Geometria utilização de esquadros e compasso.
Mediatriz e bissetriz como lugares Aplicar os conceitos de mediatriz e bissetriz como lugares Propor problemas que se utilizem dos conceitos de mediatriz e de
geométricos: construção e problemas geométricos na resolução de problemas. bissetriz para a sua resolução.
Reconhecer e construir figuras obtidas por composições Trabalhar o reconhecimento e a construção de figuras simétricas de
Transformações geométricas: sime- de transformações geométricas (translação, reflexão e translação, rotação e reflexão com instrumentos de desenho e softwares
trias de translação, reflexão e rotação rotação), com o uso de instrumentos de desenho ou de de geometria dinâmica.
softwares de geometria dinâmica.
Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas Propor a resolução e a elaboração de problemas de cálculo de áreas de
Área e perímetro de figuras planas de área e perímetro de figuras geométricas, utilizando figuras geométricas planas, notadamente os triângulos, quadriláteros e
Área do círculo e comprimento de expressões de cálculo de área (quadriláteros, triângulos o círculo, e de cálculo de perímetro de polígonos e de circunferências,
sua circunferência e círculos), em situações como determinar medida de utilizando fórmulas algébricas.
terrenos.
Apresentar problemas que permitam que o estudante compreenda a
Grandezas e diferença entre os conceitos de área e de perímetro.
Medidas
Reconhecer a relação entre um litro e um decímetro Propiciar o reconhecimento da relação existente entre o litro e o metro
cúbico e a relação entre litro e metro cúbico, para resolver cúbico e seus múltiplos e submúltiplos, notadamente o decímetro
Volume de bloco retangular problemas de cálculo de capacidade de recipientes. cúbico.
Medidas de capacidade Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo Apresentar problemas que estimulem o cálculo de volumes de
do volume de recipiente cujo formato é o de um bloco recipientes com formato de bloco retangular.
retangular.
Probabilidade: princípio multiplica- Calcular a probabilidade de eventos, com base na Trabalhar o cálculo de a probabilidade de um evento ocorrer tendo
tivo da contagem construção do espaço amostral, utilizando o princípio como base o espaço amostral, bem como o reconhecimento de que a
multiplicativo, e reconhecer que a soma das probabilidades soma das probabilidades de todos os elementos do espaço amostral é
Soma das probabilidades de todos
Probabilidade de todos os elementos do espaço amostral é igual a 1. igual à unidade.
os elementos de um espaço amostral
e Estatística
Gráficos de barras, colunas, linhas Avaliar a adequação de diferentes tipos de gráficos para Propiciar a análise de diferentes tipos de gráficos para seleção do mais
ou setores e seus elementos consti- representar um conjunto de dados de uma pesquisa. adequado para a representação de determinado conjunto de dados de
tutivos e adequação para determina- uma pesquisa.
do conjunto de dados
S E M E D
Classificar as frequências de uma variável contínua de uma Trabalhar a classificação de frequências de uma variável contínua de
Organização dos dados de uma
pesquisa em classes, de modo que resumam os dados de pesquisas de classes e a elaboração de relatórios sucintos que propiciem
variável contínua em classes
maneira adequada para a tomada de decisões. tomadas de decisões.
Obter os valores de medidas de tendência central de Trabalhar a ideia e o cálculo de medidas de tendência central de uma
Medidas de tendência central e de uma pesquisa estatística (média, moda e mediana) com a pesquisa, notadamente a média, a mediana e a moda, associando-as à
dispersão compreensão de seus significados e relacioná-los com a amplitude de um conjunto de dados.
dispersão de dados, indicada pela amplitude.
Probabilidade
e Estatística
Selecionar razões, de diferentes naturezas (física, ética Apresentar os conceitos de pesquisa censitária e amostral e propor
ou econômica), que justifiquem a realização de pesquisas a investigação e a discussão sobre a relevância, necessidade e
amostrais e não censitárias, e reconhecer que a seleção da exequibilidade de uma e de outra dependendo da situação em questão.
amostra pode ser feita de diferentes maneiras (amostra
Pesquisas censitária ou amostral casual simples, sistemática e estratificada).
Trabalhar as técnicas de seleção de amostras de pesquisas e propor o
planejamento e a execução de uma pesquisa prática e a elaboração de
Planejamento e execução de pesqui- Planejar e executar pesquisa amostral, selecionando uma um relatório descritivo que contenha os gráficos elaborados a partir
sa amostral técnica de amostragem adequada, e escrever relatório dos dados coletados, os cálculos das medidas de tendência central e a
que contenha os gráficos apropriados para representar os amplitude e a redação das conclusões apuradas.
conjuntos de dados, destacando aspectos como as medidas
de tendência central, a amplitude e as conclusões.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
401
402
9º ANO
Necessidade dos números reais para Reconhecer que, uma vez fixada uma unidade de comprimen- Trabalhar a ideia de número irracional por meio da exploração
medir qualquer segmento de reta to, existem segmentos de reta cujo comprimento não é expresso geométrica de medidas de segmentos de reta, como, por exemplo,
por número racional (como as medidas de diagonais de um po- as medidas de diagonais de polígonos e alturas de triângulos cujos
Números irracionais: reconheci- lígono e alturas de um triângulo, quando se toma a medida de lados meçam 1 unidade de medida.
mento e localização de alguns na cada lado como unidade).
reta numérica Propiciar a exploração de números irracionais a partir da carac-
Reconhecer um número irracional como um número real cuja terística de representação decimal infinita e não periódica, bem
Conjunto dos Números Reais: tipos representação decimal é infinita e não periódica, e estimar a lo- como a estimativa de localização de alguns deles na reta numérica.
de números e subconjuntos que o calização de alguns deles na reta numérica.
compõem Trabalhar a formalização do Conjunto dos Números Reais a partir
Conhecer e reconhecer o Conjunto dos Números Reais a partir dos tipos de números e dos subconjuntos que o compõem.
dos tipos de números e dos subconjuntos que o compõem.
Calcular potências de números reais e utilizar as propriedades Trabalhar a potência de números reais e as propriedades de potên-
Potenciação: operacionalização e de potências de mesma base. cias de mesma base.
propriedades
Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com Trabalhar o cálculo de operações com números reais, notadamen-
Números Potências com expoentes negativos e expoentes fracionários. te aqueles que abordem as potências com expoentes negativos e
fracionários fracionários.
Calcular raízes de números reais.
Radiciação e operações com radicais Trabalhar o cálculo de operações de adição, subtração, multiplica-
Efetuar cálculos envolvendo as operações de adição, subtração,
ção, divisão, potenciação e radiciação com radicais.
Racionalização de denominadores multiplicação, divisão, potenciação e radiciação com radicais.
Propor atividades que evidenciem a necessidade de racionalização
Racionalizar denominadores de frações que tenham raízes não
de denominadores.
exatas.
Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em Propor a resolução e a elaboração de problemas que abordem as
Números reais: notação científica e
notação científica, envolvendo diferentes operações. diferentes operações com os números reais, com destaque para
problemas
aqueles representados em notação científica.
Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com Apresentar problemas que abordem o cálculo de porcentagens
Porcentagens: problemas que envol-
a ideia de aplicação de percentuais sucessivos e a determinação com aplicação de percentuais sucessivos, preferencialmente com
vem cálculo de percentuais sucessi-
das taxas percentuais, preferencialmente com o uso de tecnolo- o uso de tecnologias digitais em situações cotidianas significativas.
vos
S E M E D
Resolver problemas que envolvam a razão entre duas grandezas Propor a resolução de problemas que abordem a razão entre duas
Razão entre grandezas de espécies
de espécies diferentes, como velocidade e densidade demográ- grandezas de espécies diferentes.
diferentes
fica.
Resolver e elaborar problemas que envolvam relações de pro- Propor a resolução e a elaboração de problemas que envolvam
porcionalidade direta e inversa entre duas ou mais grandezas, grandezas direta e inversamente proporcionais, notadamente os
Grandezas diretamente proporcio- inclusive escalas, divisão em partes proporcionais e taxa de que abordem escolas e taxa de variação, em contextos significati-
nais e grandezas inversamente pro- variação, em contextos socioculturais, ambientais e de outras vos do cotidiano.
porcionais áreas.
Álgebra
Compreender os processos de fatoração de expressões algébri- Trabalhar os processos de fatoração de expressões algébricas e
Expressões algébricas: fatoração e suas relações com os produtos notáveis para a resolução e elabora-
cas, com base em suas relações com os produtos notáveis, para
produtos notáveis ção de problemas que possam ser representados e resolvidos por
resolver e elaborar problemas que possam ser representados
por equações polinomiais do 2º grau. meio de equações do 2º grau.
Resolução de equações polinomiais
do 2º grau por meio de fatorações Apresentar a forma geral de uma equação do 2º grau e a partir
Conhecer a forma geral de uma equação do 2º grau e utilizar a dela deduzir a fórmula resolutiva (conhecida como Fórmula de
fórmula resolutiva (Fórmula de Bhaskara) e outras estratégias Bhaskara) para aplicação em processos de resolução.
Resolução de equações polinomiais
na resolução.
do 2º grau por meio da fórmula re- Trabalhar a resolução de equações do 2º grau por diferentes es-
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
cartesianos, coordenadas cartesia- pares ordenados de números reais. Trabalhar a construção do plano cartesiano e a localização de pon-
nas (pares ordenados) e localização tos a partir de pares ordenados de números reais.
de pontos
Demonstrações de relações entre os Demonstrar relações simples entre os ângulos formados por re-
ângulos formados por retas parale- tas paralelas cortadas por uma transversal. Propor a demonstração das relações entre os ângulos formados
las intersectadas por uma transver- por retas paralelas cortadas por uma reta transversal.
sal
Resolver problemas por meio do estabelecimento de relações Propor a resolução de problemas que indiquem a relação entre
Relações entre arcos e ângulos na entre arcos, ângulos centrais e ângulos inscritos na circunferên- arcos, ângulos centrais e ângulos inscritos em circunferências.
circunferência de um círculo cia, fazendo uso, inclusive, de softwares de geometria dinâmica.
Reconhecer as condições necessárias e suficientes para que dois Trabalhar o reconhecimento das condições necessárias e suficien-
Semelhança de triângulos triângulos sejam semelhantes. tes para que dois triângulos sejam semelhantes.
Relações métricas no triângulo re- Demonstrar relações métricas do triângulo retângulo, entre elas Apresentar as relações métricas do triângulo retângulo, notada-
tângulo o teorema de Pitágoras, utilizando, inclusive, a semelhança de mente o teorema de Pitágoras, estimulando sua verificação em
triângulos. situações práticas e sua utilização em situações-problema contex-
Teorema de Pitágoras: verificações tualizadas.
experimentais e demonstração
Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pi- Apresentar a ideia de proporcionalidade envolvendo retas para-
Retas paralelas cortadas por trans- tágoras ou das relações de proporcionalidade envolvendo retas lelas cortadas por retas transversais, notadamente o teorema de
versais: teoremas de proporciona- paralelas cortadas por secantes, dentre elas o teorema de Teo- Tales, estimulando sua verificação em situações práticas e sua uti-
Geometria lidade, teorema de Tales e verifica- rema de Tales lização em situações-problema contextualizadas.
ções experimentais
Identificar e verificar as relações trigonométricas seno, cosseno Demonstrar as relações trigonométricas seno, cosseno e tangente
e tangente, relacionando as medidas dos comprimentos dos la- como relações que se estabelecem entre as medidas dos compri-
Relações trigonométricas (seno, dos e as medidas dos ângulos internos no triângulo retângulo. mentos dos lados e as medidas dos ângulos internos no triângulo
cosseno e tangente) no triângulo re- retângulo.
tângulo: identificação, verificação e Aplicar as relações trigonométricas seno, cosseno e tangente no
aplicação triângulo retângulo, na resolução e na elaboração de problemas, Propor a resolução e a elaboração de problemas que abordem as
em contextos significativos. relações trigonométricas seno, cosseno e tangente no triângulo re-
tângulo, em contextos significativos.
Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algo- Estimular a escrita em língua materna e também a construção de
ritmo para a construção de um polígono regular cuja medida do um fluxograma que descreva detalhadamente os passos para a
Polígonos regulares lado é conhecida, utilizando régua e compasso, como também construção de um polígono regular a partir de materiais de dese-
softwares. nho ou de softwares.
Determinar o ponto médio de um segmento de reta e a distân- Trabalhar os conceitos de ponto médio de um segmento de reta
cia entre dois pontos quaisquer, dadas as coordenadas desses e a distância entre dois pontos a partir de suas coordenadas no
Distância entre pontos no plano car- pontos no plano cartesiano, sem o uso de fórmulas, e utilizar plano cartesiano, sem o uso de fórmulas.
tesiano esse conhecimento para calcular, por exemplo, medidas de pe-
rímetros e áreas de figuras planas construídas no plano.
Vistas ortogonais de figuras espa- Reconhecer vistas ortogonais de figuras espaciais e aplicar esse Trabalhar o reconhecimento de vistas ortogonais de figuras espa-
ciais conhecimento para desenhar objetos em perspectiva. ciais e a ilustração de objetos em perspectiva.
S E M E D
Unidades de medida para medir Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medi-
distâncias muito grandes e muito das muito grandes ou muito pequenas, tais como distância en- Trabalhar o reconhecimento e a utilização de unidades de medi-
pequenas tre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou de células, das que expressem medidas ou distâncias muito grandes ou muito
capacidade de armazenamento de computadores, entre outros. pequenas.
Unidades de medida utilizadas na
Grandezas e informática
Medidas
Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de volu- Propor a resolução e a elaboração de problemas relacionados ao
Volume de prismas e cilindros mes de prismas e de cilindros retos, inclusive com uso de ex- cálculo do volume de prismas e de pirâmides retos, com o uso de
pressões de cálculo, em situações cotidianas. fórmulas algébricas.
Análise de probabilidade de eventos Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos independen- Trabalhar o reconhecimento das características e diferenças entre
aleatórios: eventos dependentes e in- tes e dependentes e calcular a probabilidade de sua ocorrência, eventos independentes e dependentes e o cálculo da probabilidade
dependentes nos dois casos. de ocorrência de ambos.
Análise de gráficos divulgados pela Analisar e identificar, em gráficos divulgados pela mídia, os ele-
mídia: elementos que podem indu- mentos que podem induzir, às vezes propositadamente, erros de Estimular a análise e a identificação de informações errôneas,
zir a erros de leitura ou de interpre- leitura, como escalas inapropriadas, legendas não explicitadas equivocadas, incompletas e mal-intencionadas contidas em gráfi-
tação corretamente, omissão de informações importantes (fontes e cos disponibilizados pela mídia.
datas), entre outros.
Probabilidade
e Estatística Leitura, interpretação e representa- Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, Trabalhar a identificação e seleção do tipo de gráfico mais adequa-
ção de dados de pesquisa expressos linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apresen- do para expressar determinado tipo de informação, e estimular a
em tabelas de dupla entrada, gráfi- tar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos sua construção e análise, com destaque para a indicação de aspec-
cos de colunas simples e agrupadas, como as medidas de tendência central. tos como as medidas de tendência central.
gráficos de barras e de setores e grá-
ficos pictóricos
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
Planejar e executar pesquisa amostral envolvendo tema da rea- Propor o planejamento e a execução de pesquisa amostral sobre
Planejamento e execução de pesqui- lidade social e comunicar os resultados por meio de relatório uma temática significativa e a elaboração de um relatório descri-
sa amostral e apresentação de rela- contendo avaliação de medidas de tendência central e da ampli- tivo que contenha as tabelas e os gráficos elaborados a partir dos
tório tude, tabelas e gráficos adequados, construídos com o apoio de dados coletados, os cálculos das medidas de tendência central e a
planilhas eletrônicas. amplitude e a redação das conclusões apuradas.
405
406 S E M E D
Possibilidades Metodológicas
As possibilidades metodológicas dizem respeito à etapa do planejamento em que o professor
descreve o “como fazer” para que o estudante aprenda e se desenvolva a partir das experiências que
são propostas em sala de aula e nos demais ambientes da escola ou fora dela, a partir dos objetos de
conhecimento abordados.
Algumas estratégias de trabalho que podem ser utilizadas no processo de ensino e aprendiza-
gem ganham relevo na abordagem de muitos autores e em muitos documentos oficiais, pois indicam
possibilidades importantes para o acesso ao conhecimento de acordo com o atual estágio de desen-
volvimento da sociedade. Destacamos, aqui, dentre as várias estratégias existentes, a Resolução de
Problemas, a História da Matemática, os Jogos, as Tecnologias Educacionais e o Pensamento Compu-
tacional. Discorreremos, a seguir, sobre cada uma delas para, depois, propormos recursos e ações que
podem ser utilizados para viabilizar, na prática, estas e outras estratégias.
Resolução de Problemas
Desde 1998, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) já apresentavam a Resolução de Pro-
blemas como importante estratégia de ensino e aprendizagem em Matemática. Segundo aquele do-
cumento, “Essa opção traz implícita a convicção de que o conhecimento matemático ganha significado
quando os alunos têm situações desafiadoras para resolver e trabalham para desenvolver estratégias
de resolução” (BRASIL, 1998, p. 40). Vigotski (2000, p. 171) coaduna com essas ideias afirmando que
“É precisamente com o auxílio dos problemas propostos, da necessidade que surge e é estimulada, dos
objetivos colocados perante o adolescente que o meio social circundante o motiva e o leva a dar esse
passo decisivo no desenvolvimento do seu pensamento”.
A Base Nacional Comum Curricular reitera e amplia a defesa da utilização das situações-proble-
ma como metodologia que contribui para a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes no que
diz respeito aos conhecimentos matemáticos e conhecimentos de maneira geral. Reitera, pois defende
a resolução de situações-problema em múltiplos contextos como forma de favorecer a compreensão e
a atuação no mundo, compreendendo-a como um dos processos matemáticos que “podem ser citados
como formas privilegiadas da atividade matemática, motivo pelo qual são, ao mesmo tempo, objeto e
estratégia para a aprendizagem ao longo de todo o Ensino Fundamental” (BRASIL, 2017, p. 266). E, ao
mesmo tempo, amplia essa possibilidade ao defender a elaboração de problemas pelos estudantes.
Segundo o documento, a prática de elaboração pressupõe a investigação de “outros problemas que
envolvem os conceitos tratados; sua finalidade é também promover a reflexão e o questionamento
sobre o que ocorreria se algum dado fosse alterado ou se alguma condição fosse acrescentada ou re-
tirada” (BRASIL, 2017, p. 536).
Para além disso, observa-se a importância de se variar os cenários de aprendizagem e de apli-
cação de conceitos a partir da resolução e da elaboração de problemas. Segundo a BNCC, “Na Mate-
mática escolar, o processo de aprender uma noção em um contexto, abstrair e depois aplicá-la em ou-
tro contexto envolve capacidades essenciais, como formular, empregar, interpretar e avaliar” (BRASIL,
2017, p. 277).
Com base nestas ideias, a proposta de atividades com Resolução de Problemas evidencia-se
neste currículo a partir de objetivos de ensino e de aprendizagem que estão atrelados a diversos obje-
tos de conhecimento, onde se sinaliza para a utilização de temas e contextos diversos na abordagem
dos conteúdos e no uso de situações-problema como metodologia de ensino e aprendizagem.
História da Matemática
As aprendizagens essenciais definidas pela Base Nacional Comum Curricular devem assegurar o
desenvolvimento pelos estudantes das dez competências gerais definidas naquele documento. Essas
competências devem ser abordadas em todo o espectro de disciplinas, perpassando pelos diversos
objetos de conhecimento que as constituem.
Em Matemática, para que se construam possibilidades efetivas de abordagem de temas que
concorrerão para o desenvolvimento dessas competências, é necessária a inserção dos objetos de
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 407
conhecimento em cenários ideativos aos estudantes, não necessariamente de sua realidade imediata,
mas relativos a temas e acontecimentos de seu interesse. Nesse sentido, a BNCC apresenta como pro-
posta “incluir a história da Matemática como recurso que pode despertar interesse e representar um
contexto significativo para aprender e ensinar Matemática” (BRASIL, 2017, p. 298).
Conhecer a historicidade de criação ou descoberta de um conceito matemático, o ambiente so-
ciocultural onde ele emergiu bem como o perfil dos sujeitos envolvidos no processo pode dar significa-
do a um conhecimento aparentemente sem sentido e despertar o interesse dos estudantes. “A ideia de
que os números teriam surgido para permitir que governos acompanhassem dados como a produção
de alimentos pode não nos ajudar a aprender aritmética, porém insere a aritmética desde o início em
um contexto significativo” (BERLINGOFF; GOUVÊA, 2008, p. 3), o que permite problematizar diversos
aspectos de ordem social e cultural que são trazidos durante o processo de ensino e aprendizagem do
conhecimento matemático específico.
Como já trouxeram os PCN,
Ao revelar a Matemática como uma criação humana, ao mostrar necessidades e preo-
cupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer
comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente, o
professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis
diante desse conhecimento (BRASIL, 1998, p. 42).
E estratégias como estas podem ser previstas no planejamento das aulas de Matemática, visto
que muitos objetos de conhecimento que estão presentes na matriz curricular do Ensino Fundamental
permitem a exploração do percurso histórico dos conceitos que dele fazem parte, o desvelamento do
fato social que ocasionou a sua criação, as consequências dessa criação e a generalização de aplicação
desse conceito nos mais diversos segmentos e áreas do conhecimento.
Jogos
Os Parâmetros Curriculares Nacionais também já apontavam a utilização de jogos como meto-
dologia interessante para a proposição de problemas aos estudantes, “pois permitem que estes sejam
apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução
e busca de soluções” (BRASIL, 1998, p. 46).
Corroborando as ideias trazidas pelos PCN de 1998, a Base Nacional Comum Curricular parte
do pressuposto de que a aprendizagem em Matemática acontece a partir da apreensão dos conceitos
de objetos matemáticos sem, contudo, abster-se das aplicações práticas de tais conceitos, que têm
papel importante senão fundamental nesse processo de apreensão. “Os significados desses objetos
resultam das conexões que os alunos estabelecem entre eles e os demais componentes, entre eles
e seu cotidiano e entre os diferentes temas matemáticos” (BRASIL, 2017, p. 277). Nessa perspectiva,
os jogos matemáticos surgem como ferramentas úteis ao oferecer significados distintos daqueles
que seriam compreendidos caso se concentrasse o processo somente na esfera teórica. Tanto os jo-
gos digitais ou mesmo os jogos construídos em material concreto podem favorecer a aprendizagem
e apresentar-se como recursos didáticos essenciais para a compreensão e a utilização de noções ma-
temáticas (BRASIL, 2017). Os jogos feitos em material concreto permitem que o próprio estudante
construa o material necessário e defina com os colegas e descreva as regras, processo esse que já
faz parte da aprendizagem e desenvolve outras competências como raciocínio e cooperação, além
da habilidade matemática que se deseja trabalhar. Embora em menor grau, os jogos digitais também
podem ter a participação do estudante na sua concepção, elaboração e programação. Com a media-
ção do professor de Informática e do professor de Matemática, as possibilidades se ampliam para a
utilização dessa ferramenta como processo de aprendizagem em diversos aspectos, desde a criação
até o momento efetivo de jogo.
Tão importante quanto a utilização dos jogos é o processo de sistematização e formalização
dos conceitos que por meio deles são trabalhados (BRASIL, 2017). O registro das jogadas realizadas
(algoritmo), a descrição das estratégias adotadas, a análise dos efeitos resultantes de cada passo e a
associação de cada fase do jogo com os conceitos matemáticos envolvidos consistem em etapas fun-
damentais do processo. Nesse momento, o professor pode confirmar as impressões que teve durante
408 S E M E D
Tecnologias Educacionais
De acordo com o Currículo de Referência em Tecnologia e Computação (CIEB) (2018, p. 17), “O
termo tecnologia educacional remete a recursos tecnológicos para apoiar e aprimorar o ensino e a
aprendizagem, promovendo desenvolvimento socioeducativo dos alunos e acesso à informação”. Nes-
se sentido, podemos compreender os mais diversos artefatos e processos culturais elaborados pela
humanidade, como o lápis, o computador e a escrita, como tecnologias educacionais na medida em
que são utilizados como apoio à construção de conhecimentos.
Em Matemática, especificamente, a Base Nacional Comum Curricular afirma que recursos tais
como “malhas quadriculadas, ábacos, jogos, livros, vídeos, calculadoras, planilhas eletrônicas e soft-
wares de geometria dinâmica têm um papel essencial para a compreensão e utilização das noções ma-
temáticas” (BRASIL, 2017, p. 276). No entanto, é na articulação dos diferentes recursos que emergem
as possibilidades metodológicas inovadoras e consonantes com o estudante do século XXI.
Desta forma, é imperativo que se repense a prática pedagógica no sentido de oferecer, na esco-
la, propostas de trabalho que contemplem recursos já amplamente difundidos na sociedade moderna,
recursos com os quais os estudantes já possuem contato efetivo. Assim, para além do quadro branco
e do livro didático, instrumentos necessários e essenciais, é preciso considerar com afinco a inserção
efetiva e eficaz do computador, dos smartphones, dos jogos computacionais etc. em práticas que os
convertam em verdadeiras tecnologias educacionais ao favorecerem o acesso ao conhecimento. O uso
destes instrumentos “possibilita aos estudantes alternativas de experiências variadas e facilitadoras
de aprendizagens que reforçam a capacidade de raciocinar logicamente, formular e testar conjecturas,
avaliar a validade de raciocínios e construir argumentações” (BRASIL, 2017, p. 536).
Corroborando essas ideias, CIEB (2018, p. 13) afirma que
a discussão das tecnologias no ensino fundamental é essencial para ampliar e ressig-
nificar o uso das TDICs37, na medida em que estas podem favorecer a emancipação e
a proatividade dos estudantes, a autonomia para tomar decisões e a inserção deles
em uma sociedade cada vez mais tecnológica, contribuindo para o desenvolvimento de
competências e habilidades fundamentais para se viver com criatividade e criticidade.
O Ensino Híbrido é uma das possibilidades mais recentes que aparece como destaque no pro-
cesso de utilização de recursos digitais no ensino. Segundo Valente (2015, p. 13), “o ensino híbrido é
uma abordagem pedagógica que combina atividades presenciais e atividades realizadas por meio das
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs)”. Nessa perspectiva, é oferecida ao estudan-
te maior autonomia ao buscar por iniciativa própria meios de acesso ao conhecimento, tendo a opor-
tunidade de entrar em contato com as informações antes de entrar na sala de aula (VALENTE, 2015).
O método de Rotação por Estações38 e a Sala de Aula Invertida39 são alguns exemplos de estratégias de
ensino híbrido.
As demandas do momento histórico atual, sintetizadas na concepção curricular preconizada na
BNCC, perfazem o ideal para a educação que desejamos desenvolver por meio do Currículo da Educa-
ção Básica do Sistema Municipal de Ensino de Blumenau.
37 As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), segundo o CIEB. Disponível em http://curriculo.cieb.net.br/. Acesso em:
27 nov. 2019.
38 No modelo de Rotação por Estações, o aluno percorre diferentes espaços (estações) organizados na sala de aula, com atividades
diferentes em cada um deles, sendo que uma das estações deverá apresentar, obrigatoriamente, uma atividade de aprendizado on-
line. A quantidade de estações, o tempo de permanência em cada uma delas e a característica das atividades propostas podem ser
planejados de acordo com o espaço, com os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, com o tempo disponível e com o perfil
da turma (ANDRADE; SOUZA, 2016).
39 Também chamada de Flipped classroom, a Sala de Aula Invertida consiste em uma metodologia de trabalho que estimula os estudantes
a acessarem e se apropriarem do conteúdo que é disponibilizado de maneira on-line, em momentos fora da sala de aula. O tempo de
aula é destinado, então, para a realização de atividades de aprendizagem e para a mediação do professor. Conforme afirmam Andrade
e Souza (2016, p. 9), “a sala de aula é utilizada para a realização de exercícios, atividades em grupo, realização de projetos. O professor
aproveita para tirar dúvidas, aprofundar o tema e estimular discussões”.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 409
Pensamento Computacional
O Pensamento Computacional diz respeito à capacidade de resolução de problemas levando-se
em conta conhecimentos teóricos e práticos da computação (RAABE, 2017 apud CIEB, 2018, p. 19). O
Pensamento Computacional “[t]em sido considerado como um dos pilares fundamentais do intelecto
humano, ao lado da leitura, escrita e aritmética, pois, como estes, serve para descrever, explicar e mo-
delar o universo e seus processos complexos” (CIEB, 2018, p. 19).
A Base Nacional Comum Curricular enfatiza a importância do desenvolvimento do Pensamento
Computacional, pois, em associação a ele, emerge a possibilidade do trabalho com algoritmos e seus
respectivos fluxogramas. Segundo tal documento,
Um algoritmo é uma sequência finita de procedimentos que permite resolver um deter-
minado problema. Assim, o algoritmo é a decomposição de um procedimento complexo
em suas partes mais simples, relacionando-as e ordenando-as, e pode ser representado
graficamente por um fluxograma (BRASIL, 2017, p. 271).
Apresentação de problemas tendo como suporte algum texto do cotidiano, para que o estudante construa o
conceito matemático a partir de situações da vida real.
Textos de distintos gêneros: informativos (jornais, revis- Disponibilização ou solicitação aos estudantes de algum elemento textual e, a partir dele, a proposição de ela-
tas, panfletos etc.), instrucionais (bulas, receitas médicas, boração e resolução de problemas.
receitas culinárias, manuais de instrução, regras e regula-
Resolução mentos de jogos, boletos etc.), narrativos (fábulas, lendas, Estímulo à leitura crítica do material e proposição da reescrita das informações em outros formatos como flu-
piadas, contos, crônicas etc.) xogramas, gráficos, tabelas, ilustrações etc.
de
Vídeos sobre temas diversos Promoção de diálogos sobre o tema de um texto ou de um filme escolhido em que os estudantes possam argu-
Problemas mentar seus pontos de vista e chegar a conclusões plausíveis.
Trechos de filmes
Trabalho de extração de dados matemáticos relevantes de textos e de vídeos, realização de cálculos e estimati-
vas, levantamento de conjecturas e composição de respostas a questões trazidas pelo professor e para aquelas
surgidas durante o processo.
Proposição da pesquisa sobre a história dos números indo-arábicos, além dos sistemas de numeração de outras
civilizações (egípcios, maias, romanos, etc.).
Videoaulas
Proposição da pesquisa sobre a vida e a obra de alguns matemáticos famosos, discutindo conceitos matemáti-
História cos por eles elaborados.
Sites diversos
da Proposição da pesquisa sobre a origem de termos e/ou conceitos matemáticos, como, por exemplo, a história
Livros didáticos
da Geometria ou a origem e o processo de aceitação do número zero.
Matemática Livros paradidáticos
Trabalho com a construção de uma linha cronológica com os principais acontecimentos e descobertas relativos
à Matemática.
Filmes e documentários
Apresentação da origem e do desenvolvimento de ideias matemáticas, como, por exemplo, o Teorema de Tales
e o Princípio de Arquimedes, sugerindo dramatizações, construção de esquemas ou maquetes etc.
S E M E D
Proposição aos estudantes da construção de jogos em papel-cartão em formato de dominó, jogo da memória,
jogos de tabuleiro, baralhos, dentre outros, para trabalhar as operações aritméticas básicas, os números inteiros,
as formas geométricas, os produtos notáveis, o valor numérico de expressões algébricas, os ternos pitagóricos,
Jogos construídos em material concreto as relações entre a escrita algébrica de funções e os seus respectivos gráficos etc.
Estímulo à criação de jogos diversos utilizando outros tipos de materiais, sobretudo reaproveitando materiais
descartados.
Apresentação aos estudantes de jogos prontos, como a Torre de Hanói, caça-palavras, jogo de xadrez, baralho,
Jogos manuais diversos trilha, damas, dentre outros, que trabalham o desenvolvimento de estratégias, o raciocínio lógico, a empatia e
a cooperação.
Jogos
Oportunização da prática de conteúdos matemáticos diversos a partir de Jogos on-line como quizzes
matemáticos, batalha naval, jogos de lógica, jogos de videogame etc. Alguns sites que podem ser consultados
com essa finalidade são: O Jogos (https://www.ojogos.com.br/); Racha Cuca (https://rachacuca.com.br/);
Smart Kids ( https://www.smartkids.com.br/); Só Matemática (https://www.somatematica.com.br/jogos.php);
Mathema (https://mathema.com.br/categoria/jogos-e-atividades/page/3/); Nova Escola (https://novaescola.
Jogos eletrônicos org.br/conteudo/6886/nova-escola-apresenta-180-jogos-gratuitos-para-matematica).
Trabalho com a concepção, o regulamento e a construção de jogos digitais, utilizando softwares livres, como,
por exemplo, o Scratch (https://scratch.mit.edu/), que apresenta uma interface simples, intuitiva e favorável à
utilização pelos estudantes.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU
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Estímulo à verificação de resultados de cálculos mentais ou daqueles realizados por meio de algoritmos.
Calculadora
Proposição da exploração de regularidades numéricas.
Trabalho com a exploração de sólidos geométricos para a verificação de seus elementos, planificação, contornos,
vistas e para o cálculo de suas áreas e volumes e do perímetro de suas faces.
Materiais manipulativos tais como: mosaicos geométricos, Verificação da medida e da massa dos estudantes para o cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC),
embalagens diversas, barbantes, tiras de papeis, material relacionando com a ideia de função e com o cálculo numérico de expressões algébricas.
dourado, geoplano, malhas quadriculadas, fita métrica,
trena, régua, termômetro, balança, relógio, tangram, Trabalho com as ideias de área e perímetro e suas relações em malhas quadriculadas e no geoplano.
fichas numeradas etc. Proposição da medição, da estimativa e do registro de medidas de comprimento utilizando-se instrumentos
não padronizados (como um barbante, por exemplo) ou padronizados, como a régua, a trena, a fita métrica.
Trabalho com a decomposição de números utilizando fichas de numeração.
Exploração da leitura, contação, dramatização e sintetização escrita de histórias matemáticas, tanto verídicas
Livros de literatura matemática quanto fictícias, favorecendo a compreensão da aplicação prática da Matemática e sua utilização em diversas
situações do cotidiano.
413
414 S E M E D
REFERÊNCIAS
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lia: MEC; SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular.
Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Acesso em: 10 set. 2019.
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CIEB. Currículo de Referência em Tecnologia e Computação: da educação infantil ao ensino fundamen-
tal. CIEB.net.br, out. 2018. Disponível em: http://curriculo.cieb.net.br/. Acesso em: 26 nov. 2019.
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In: COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. (orgs.). Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia
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nense. Florianópolis: SED, 2019. Disponível em: https://undime-sc.org.br/download/documentos-cur-
riculo-base-territorio-catarinense/. Acesso em: 26 nov. 2019.
SANTOS, I. A. A história da Matemática como recurso pedagógico para a aprendizagem significativa
da multiplicação de números naturais. 2018. 189 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências Na-
turais e Matemática) – Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2018.
VALENTE, J. A. O ensino híbrido veio para ficar. In: BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. de M.
(orgs.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
2.3 MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
O Plano Municipal de Educação de Blumenau, desde a sua aprovação, no ano de 2015, por
meio da Lei Complementar nº 994/2015, e em consonância com o Plano Nacional de Educação (Lei
nº 13.005 / 2014), destacam, ambos, o compromisso em: “ [...] fomentar a qualidade da Educação
Básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem [...]”
(BLUMENAU, 2015).
Ao indicar a preocupação com a garantia da oferta de uma política educacional de qualidade, se
torna explícito na legislação nacional e consequentemente na legislação municipal, o direito de todo
cidadão a um processo formativo educacional de qualidade.
Para além dos planos de educação, tanto em nível nacional quanto em nível municipal, vamos
localizar na principal legislação educacional a garantia de que a política educacional poderá contem-
plar várias formas para a sua oferta, conforme nos aponta a Lei nº 9.394/1996, ou Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), no capítulo II, que trata da Educação Básica e que, em seu artigo
23, nos indica que:
A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos,
alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na
competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o
interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar (BRASIL, 1996).
Nos anos que se seguiram, localizamos os seguintes documentos que organizam a Educação
do Campo enquanto modalidade de ensino, a saber: i) Parecer CNE/CEB nº 01/2006, que diz respeito
aos dias letivos; ii) Parecer CNE/CEB nº 03/2008, que se refere às orientações para o atendimento da
Educação do Campo; iii) Resolução CNE/CEB nº 02/2008, que estabelece diretrizes complementares,
normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica
do Campo; iv) Lei nº 11.947/2009, que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Pro-
grama Dinheiro Direto na Escola; v) Decreto nº 6.755/2009, que institui a Política Nacional de Forma-
ção de Profissionais do Magistério da Educação Básica; e, para finalizar: vi) Decreto nº 7.352/2010, que
dispõe sobre a Política de Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
(PRONERA).
O que se propõe a partir das legislações anteriormente citadas é que os estudantes de escolas
localizadas em espaços não urbanos ou, ainda, em espaços geograficamente caracterizados como ru-
rais, sejam organizados em salas de aula multisseriadas ou não, pois necessitam da garantia de acesso
a uma aprendizagem de qualidade, organizada de forma significativa. O meio no qual os estudantes
estão inseridos, precisa ser entendido como espaço potencial de aprendizagem, independentemente
da sua localização, da mesma forma que precisa ser respeitado em suas características. Os gestores
das políticas educacionais necessitam levar em consideração as especificidades de cada local, apro-
veitá-las na implementação do seu currículo, de forma a preparar os seus estudantes tanto para uma
vida na área urbana quanto para uma vida no espaço geográfico considerado rural. A essa perspectiva
de respeito à liberdade de decisão sobre as suas vidas e sobre o lugar que os indivíduos escolheram
para viver, sem quaisquer exceções, é que as políticas públicas educacionais precisam se adaptar. Essa
adaptação parte do princípio de que o que todos precisam ter, é o acesso ao conhecimento para, a
partir disso, fazer suas escolhas enquanto cidadãos de direitos.
Há um detalhe muito importante no entendimento da Escola do Campo: o campo não
é qualquer particularidade, nem uma particularidade menor. Ela diz respeito a uma
boa parte da população do país; ela se refere a processos produtivos que são a base
da sustentação da vida humana, em qualquer país. Não é possível pensar um projeto
de país, de nação, sem pensar um projeto de campo, um lugar social para seus sujei-
tos concretos, para seus processos produtivos, de trabalho, de cultura, de educação. A
visão hierárquica entre campo e cidade foi produzida historicamente e sua superação
faz parte da construção de uma nova ordem social. Pelo bem não apenas dos sujeitos
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 417
do campo, mas da própria humanidade, precisamos estar atentos a esta contradição
e evitar que a Educação do Campo passe a reforçá-la ou reforçar a lógica social que a
instituiu (CALDART, 2008, p. 67).
Assim, desde meados de 2010, a “Educação Escolar do Campo”, contemplada na elaboração das
Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Básica de Blumenau, é uma modalidade de atendi-
mento dos estudantes residentes longe da área urbana deste município.
Cabe, neste momento histórico, destacar que, do Sistema Municipal de Ensino de Blumenau,
somente a Rede Municipal de Ensino realiza o atendimento dos estudantes com o perfil acima, ou
seja, moradores de áreas rurais, tanto na oferta da etapa da Educação Infantil como em escolas que
ofertam os Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A Rede Municipal de Ensino de Blumenau (RMEB) en-
tende como aspectos vinculantes para a oferta da modalidade Educação do Campo tanto a localização
geográfica das instituições de ensino, a partir do Plano Diretor do Município, como a organização dos
estudantes, quando da necessidade de agrupamento em classes multisseriadas.
Nessas instituições de ensino (Centros de Educação Infantil e Escolas), localizadas em espaços
geograficamente distantes dos centros urbanos, são realizadas as matrículas de estudantes por meio
da organização de turmas específicas (Educação Infantil) ou classes multisseriadas (Ensino Funda-
mental).
A prioridade é a oferta de uma educação de qualidade, respeitando e preservando as culturas e
riquezas de cada região, mas a partir do mesmo documento curricular proposto para todo um Sistema
de Ensino. A implementação de um mesmo currículo, desenvolvido a partir de uma teoria pedagógica,
é a possibilidade de trabalharmos na perspectiva da equidade, contemplando todos os sujeitos, pre-
parando-os para a vida em sociedade, sejam quais forem as suas escolhas.
REFERÊNCIAS
BLUMENAU. Lei Complementar nº 994, de 16 de julho de 2015. Aprova o Plano Municipal de Edu-
cação de Blumenau – PME e dá outras providências. Blumenau: Prefeitura Municipal de Blumenau,
2015. Disponível em: http://www.leismunicipais.com.br/plano-municipal-de-educacao-blumenau-sc.
htm. Acesso em: 14 fev. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases de educação nacio-
nal. Brasília, DF: Congresso Nacional, 1996.
______. Parecer CNE/CEB nº 36, de 04 de dezembro de 2001. Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do Campo. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2001.
______. Resolução CNE/CEB nº 01, de 03 de abril de 2002. Institui Diretrizes Operacionais para a Edu-
cação Básica nas Escolas do Campo, 2002. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2002.
______. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá ou-
tras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2014. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 14 fev. 2020.
CALDART, R. S. Sobre educação do campo. In: SANTOS, C. A. dos (org.). Campo: políticas públicas: edu-
cação. Brasília: INCRA; MDA, 2008. (Coleção Por Uma Educação do Campo.)
418 S E M E D
Desde a última década do século XX, a multiplicidade de discursos e ações voltadas para a de-
fesa do direito à educação universal e escolarizada amplia e reorienta processos formativos, especial-
mente na modalidade EJA, a fim de que se alcancem estágios mais avançados na oferta de uma edu-
cação formal, ultrapassando a etapa da alfabetização. Outrossim, a formação dos estudantes passa a
ser pensada a partir de uma ampliação consoante com as discussões empreendidas na 5ª Conferência
Internacional de Educação de Adultos (UNESCO, 1997), realizada em Hamburgo, na Alemanha, em que
é mencionado que:
Por educação de adultos entende-se o conjunto de processos de aprendizagem, for-
mais ou não formais, graças aos quais as pessoas cujo entorno social considera adul-
tos, desenvolvem suas capacidades, enriquecem seus conhecimentos e melhoram suas
competências técnicas ou profissionais ou as reorientam a fim de atender suas próprias
necessidades e as da sociedade.
Vale acentuar que a EJA é uma modalidade de ensino que abrange todos os níveis da Educação
Básica e tem por finalidade oferecer aos estudantes com 15 anos ou mais que estão afastados da es-
cola a oportunidade de concluírem o Ensino Fundamental e/ou Médio.
Assim, o que se objetiva para a formação de estudantes da EJA são: incentivar práticas de leitura
e de escrita que mobilizem a reflexão e criticidade sobre as demandas cotidianas; participar do mundo
de forma ética, política e responsável e contribuir ativamente para com os grupos sociais, respeitados
as especificidades dos espaços; enfrentar demandas sociais, mobilizando os conhecimentos historica-
mente produzidos na sociedade para solucionar conflitos e problemas em seu contexto.
Estima-se que esses objetivos serão alcançados ao permitir que o estudante, ao participar nes-
se espaço de educação formal, relacione seus conhecimentos e experiências vivenciadas nos espaços
informais. Busca-se, a partir disso, que o conhecimento obtido até o momento da inserção na Insti-
tuição de Ensino possa se expandir a partir dos saberes locais e universais para uma perspectiva de
ressignificação e transformação de si mesmo e de seu mundo. Isso porque é necessário perceber a
especificidade dos estudantes desse segmento.
A característica que acentua a particularidade desses estudantes é a escolaridade descontinuada,
interrompida ou não seguida de acordo com a faixa etária esperada em relação ao ensino regular. Possi-
bilitar que o estudante encontre formas de interagir e intervir na realidade objetiva é uma das funções da
escola. Por isso, a importância de a equipe pedagógica conhecer os estudantes que fazem parte da EJA e
fomentar formas de compreensão crítica do mundo e do aprimoramento da participação social.
Os estudantes são sujeitos históricos e culturalmente situados no mundo, singulares, que preci-
sam ter respeitadas especificidades como: idade, conhecimento obtido ao longo do percurso formati-
vo, situação socioeconômica e cultural e motivações que fizeram retomar a trajetória escolar.
Nesse sentido, a EJA, como modalidade de ensino, busca garantir o acesso e contribuir para a
permanência exitosa do estudante, acolhendo todos que precisam. Cabe mencionar que, para suprir
a demanda reprimida nessa modalidade, na Rede Municipal de Ensino de Blumenau são ofertadas
turmas de primeiro e segundo segmentos, com duração semestral, no ensino noturno.
Desse modo, conhecer e compreender a trajetória dos estudantes que frequentam a EJA per-
passa pelo reconhecimento de suas histórias, culturas, costumes, práticas sociais e experiências de
vida, bem como as causas que ocasionaram o afastamento – evasão, repetência, o não ingresso no
ensino formal. Esse diagnóstico auxiliará no desenvolvimento de ações e movimentos pedagógicos
específicos às necessidades formativas de cada estudante, por isso se faz necessário que o professor
esteja sempre atento às necessidades de redirecionamento da prática docente.
Assim, a avaliação diagnóstica – o levantamento de dados acerca da aprendizagem de cada
estudante – norteará o planejamento do professor, considerando as individualidades e não buscando
a homogeneização dos processos de ensino e de aprendizagem, nem padronizando formas de avaliar
esse processo.
420 S E M E D
A partir desse olhar para as singularidades do perfil do jovem e do adulto que não vivenciou a
escolarização, ou não continuou o percurso formativo de estudo por fatores sociais, econômicos, entre
outros, é que se dá a ação pedagógica. Cabe lembrar que a escola é um espaço formal e importante
de socialização e troca de saberes, no entanto não se constitui como único espaço de aprendizagem,
sendo, assim, espaço de ressignificação do conhecimento empírico para o conhecimento científico.
Para significativa parcela de estudantes da EJA, a inserção no mundo do trabalho, ou a busca
por uma recolocação, é uma realidade presente que eles objetivam. No entanto, quando reflete sobre
as relações do trabalho, o professor não deve reduzir a sua prática educativa na preparação do estu-
dante para atender às demandas do mercado, nem tampouco enfatizar as dimensões de produção e
transformação tecnicista. Isso porque o processo de escolarização não deve servir apenas para dire-
cionar o estudante para o mercado de trabalho, pois isso faz que, em vez de tornar possíveis práticas
pedagógicas que incentivem a elaboração crítica de posicionamentos sociais, a escola apenas sirva
de reprodutora da linguagem econômica que reduz seres humanos a peças de engrenagem em uma
produção fabril, por exemplo.
Por essa razão, o currículo propõe uma ação pedagógica voltada para a apropriação da cultura,
de novas práticas sociais de leitura e escrita, em que se enfatize
[u]ma metodologia que promova o debate entre o ser humano, a natureza e a cultura,
entre a humanidade e o trabalho, enfim, entre as pessoas e o mundo em que vivem, é
uma metodologia dialógica. Como tal, ela prepara homens e mulheres para viverem em
seu tempo, com as contradições e os conflitos existentes, e os conscientiza sobre a ne-
cessidade de intervir nesse tempo para a construção e efetivação de um futuro melhor
(SOUZA, 1999, p. 73).
Na escola, é necessário planejar ações pedagógicas que promovam debates que visem o de-
senvolvimento da criticidade dos estudantes em relação ao mundo à sua volta a partir de uma prática
docente “dialógica”. É necessário que os professores atuantes na EJA busquem uma prática docente
flexível, autorreflexiva e interlocutiva.
Assim, a prática pedagógica se dá a partir da consideração do conhecimento prévio dos estu-
dantes, que perpassa pelas relações estabelecidas, relações estas mediadas pelo professor, que resul-
tam em novos conhecimentos. Ao fazer esta mediação, é necessário estar atento, enquanto professor,
a que nossas ações estejam conduzindo os indivíduos a se tornarem estudantes conscientes de seu
papel na sociedade.
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 421
REFERÊNCIAS
Portanto, para que as escolas sejam de fato inclusivas, faz-se necessária uma reformulação da
prática pedagógica pensando em um novo tempo institucional, em que as diferenças sejam reconhe-
cidas como oportunidades para o enriquecimento do aprendizado construído na coletividade. Sendo
assim, é necessária a conscientização da comunidade escolar para que a prática inclusiva ocorra espon-
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 423
taneamente. Para além dos marcos legais, escolas inclusivas exigem propostas pedagógicas e dinâmi-
cas sociais que atendam as especificidades de cada estudante.
Os princípios definidos na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva são ratificados pela Conferência Nacional de Educação Básica (CONEB) de 2008, que, no do-
cumento final, salienta que
Na perspectiva da educação inclusiva, cabe destacar que a educação especial tem como
objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas turmas comuns do ensino re-
gular, orientando os sistemas de ensino para garantir o acesso ao ensino comum, a
participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados de ensino; a trans-
versalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior;
a oferta do atendimento educacional especializado; a formação de professores para o
atendimento educacional especializado e aos demais profissionais da educação, para a
inclusão; a participação da família e da comunidade; a acessibilidade arquitetônica, nos
transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informações; e a articulação interse-
torial na implementação das políticas públicas (BRASIL, 2008a, p. 64).
A Conferência Nacional da Educação (CONAE) de 2010, deliberada pela CONEB 2008, em seu
Eixo IV – Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, Diversidade e Igualdade, determina que a Edu-
cação Especial deve:
a) Garantir as condições políticas, pedagógicas e financeiras para uma Política Nacional
de Educação Especial Inclusiva, assegurando o acesso, a permanência e o sucesso, na
escola, aos/às estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e al-
tas habilidades – superdotação na educação básica e na educação superior; b) Garantir
a transformação dos sistemas educacionais em inclusivos e a afirmação da escola como
espaço fundamental na valorização da diversidade e garantia de cidadania; c) Incluir
crianças, adolescentes, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais, no
ensino regular (BRASIL, 2010, p. 105-106).
municação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas ativida-
des, sendo o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) o mais comum. As pessoas com TEA têm os
mesmos direitos garantidos às pessoas com deficiências, conforme preconiza a Lei nº 12.764, de 27 de
dezembro de 2012, em seu artigo 1º, § 2º: “A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada
pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais” (BRASIL, 2012).
A definição de Altas Habilidades/Superdotação, na Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva, declara que:
alunos com altas habilidades/superdotação são aqueles que demonstram potencial
elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes; também apresentam elevada criativi-
dade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas do seu
interesse (BRASIL, 2008b).
Reconhecer que os estudantes público-alvo da Educação Especial, assim como todos os outros,
são sujeitos com características peculiares, que apresentam necessidades específicas, limitações e po-
tencialidades, é fundamental para que se busque estabelecer o princípio da equidade como norteador
das práticas pedagógicas. Esse princípio orienta para a oferta de oportunidades de aprendizagem que
considerem e respeitem a singularidade de cada um.
Nesse sentido, uma atuação conjunta, de forma colaborativa entre professores, professores
especialistas em Educação Especial e demais profissionais especializados (fonoaudiólogos, psicólogos,
terapeutas ocupacionais, entre outros), possibilita a eliminação/atenuação de barreiras, através de
ações planejadas, tendo em vista as especificidades de cada estudante.
Considerando os desafios para a inclusão desse público, a Educação Especial atua na garantia
das políticas públicas educacionais de apoio à educação regular, como o acesso ao Atendimento Edu-
cacional Especializado (AEE), de professores especializados, profissionais de apoio pedagógico, pro-
fessores instrutores e professores tradutores/intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), de
acordo com a especificidade de cada estudante.
O artigo 5º, § 3º, do mesmo decreto define as salas de recursos multifuncionais (SRM) como
sendo “ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a
oferta do atendimento educacional especializado” (BRASIL, 2011).
O acesso ao AEE constitui direito dos estudantes público-alvo da Educação Especial, cabendo
à instituição de ensino orientar a família e o próprio estudante quanto à importância da participação
nesse atendimento. O AEE é oferecido no contraturno escolar, organizado individualmente ou em pe-
quenos grupos de acordo com as especificidades de cada estudante.
As atividades desenvolvidas no AEE visam a autonomia e independência do estudante na ins-
tituição de ensino e fora dela, principalmente nos casos de estudantes com deficiência e Transtornos
Globais do Desenvolvimento. Em relação aos estudantes identificados com altas habilidades/superdo-
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 425
tação, o AEE visa proporcionar a articulação dos serviços realizados na escola, na comunidade e nas
instituições de educação superior com vistas a possibilitar sua participação em um processo de identi-
ficação multidimensional e com atividades de estimulação. Os objetivos desse atendimento, descritos
no Decreto nº 7.611, artigo 3º, são:
I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e ga-
rantir serviços de apoio especializados, de acordo com as necessidades individuais dos
estudantes; II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino
regular; III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eli-
minem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; IV - assegurar condições
para a continuidade dos estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino
(BRASIL, 2011).
40 O conceito de DUA foi desenvolvido por um grupo de professores liderados por David Rose, da Universidade de Harvard, e adotado
por pesquisadores em educação e educadores. Esse conceito origina-se da Arquitetura e consiste em desenhar ambientes que
possibilitem o acesso de todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas ou cognitivas. O DUA é também inspirado
em conhecimentos da Neurociência, que explica como o cérebro aprende e como proporcionar um ensino eficaz, através da
compreensão de que as três redes cerebrais envolvidas na aprendizagem estão interligadas e, portanto, devem ser estimuladas de
forma simultânea (NUNES; MADUREIRA, 2015). Essas redes são: as redes afetivas (o porquê), as redes de reconhecimento (o quê) e
as redes estratégicas (o como).
426 S E M E D
REFERÊNCIAS
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8018-curriculo-base-sc. Acesso em: 15 out. 2019.
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educativas especiais. Paris: UNESCO, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/
pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 15 out. 2019.
2.4 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DE APRENDIZAGEM E
CONHECIMENTO
A era digital apresenta-se como a realidade explícita e inegável do século XXI, salientada pela
facilidade e instantaneidade de troca de informações, por meios tecnológicos diversos, estando pre-
sente em todos os âmbitos, e com o processo de aprendizado não deve ser diferente. Nesse contexto,
entra a cultura digital, que tem como base o uso dos diferentes dispositivos digitais, atrelado às diver-
sas linguagens que se constroem em torno do mundo digital. Assim, a comunicação se faz presente
por diferentes formatos digitais – vídeos, áudios, animações, imagens – que se dirigem para múltiplos
contextos, seja o das redes sociais, dos ambientes de aprendizagem ou dos aplicativos que conectam
pessoas em tempo real. Todavia, incorporar essas tecnologias em práticas educativas é um dos desa-
fios dos docentes na atualidade.
Entre as Competências Gerais que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traça como funda-
mentais para o estudante do século XXI, destaca-se a quinta competência:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de for-
ma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as esco-
lares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (BRASIL,
2018, p. 9).
A Cultura Digital provoca mudanças sociais profundas na sociedade moderna, permeada por
instrumentos tecnológicos de todos os tipos. De acordo com Brasil (2018, p. 61):
Os jovens têm se engajado cada vez mais como protagonistas da cultura digital, envol-
vendo-se diretamente em novas formas de interação multimidiática e multimodal e de
atuação social em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil.
Essa conjuntura traz para a instituição de ensino a necessidade de adequar-se aos anseios e às
necessidades desse público, que convive com esses recursos a todo momento. De acordo com o Cen-
tro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB, 2018), a cultura digital vem fortalecer a utilização das
tecnologias no ambiente escolar, sobretudo:
430 S E M E D
1) na alfabetização digital, a fim de que o estudante possa conhecer, compreender e fazer uso
básico e instrumental de tais recursos;
2) no letramento digital, para entender os processos de uso e de produção básica das Tecno-
logias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), tornando-se capaz de analisar, avaliar, aplicar e
criar conteúdos ou recursos utilizando tecnologia;
3) na fluência digital, onde se pode incorporar de modo natural a tecnologia aos processos de
ensino e de aprendizagem.
Com base no exposto, o Currículo da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino de Blu-
menau traz como proposta as Tecnologias Educacionais de Aprendizagem e Conhecimento (TEAC),
que ampliam a possibilidade de trabalho com os recursos tecnológicos de comunicação e informação
nas Instituições de Ensino, oferecendo apoio ao desenvolvimento dos objetos de conhecimento nas
diversas áreas.
As TEAC possuem como objetivo desenvolver competências relativas ao uso e desenvolvimen-
to de linguagens, ferramentas e processos em meios físicos e digitais, concomitantemente com os
conhecimentos específicos das disciplinas do currículo. Desta forma, elas dividem-se em três eixos
temáticos, a saber:
y Pensamento Computacional;
y Robótica Aplicada à Educação;
y Informática Pedagógica.
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
O Pensamento Computacional é entendido como “a capacidade de compreender, definir, mo-
delar, comparar, solucionar, automatizar e analisar problemas (e soluções) de forma metódica e siste-
mática, através da construção de algoritmos41” (SBC, 2018, p. 5).
Por meio do pensamento computacional, se evidencia o trabalho com a criação de algoritmos,
tendo em vista que a SBC (2018, p. 5) define que “o conceito de algoritmo está presente em todas
as áreas e está intrinsicamente ligado à resolução de problemas, pois um algoritmo é uma descrição
de um processo (que resolve um determinado problema)”. Dessa forma, por meio do Pensamento
Computacional, evidenciada no trabalho com a criação de algoritmos, se possibilita ao estudante uma
reflexão sobre os próprios atos de pensamento, a enumeração e a descrição de todas as etapas per-
corridas na resolução de uma dada situação-problema. Nesse sentido, “o Pensamento Computacional
envolve abstrações e técnicas necessárias para a descrição e análise de informações (dados) e proces-
sos, bem como para a automação de soluções” (SBC, 2018, p. 5).
Nesse contexto, o pensamento computacional, com os seus inúmeros processos, transpassa
uma simples ideia de conteúdos, devendo estar presente, de forma transversal e interdisciplinar, em
toda a educação, desde a Educação Básica até o Ensino Superior. Sendo assim, entende-se a impor-
tância de os professores inserirem em suas práticas educacionais metodologias que estimulem o de-
senvolvimento dos estudantes através do pensamento computacional, principalmente na formação e
elaboração de projetos, utilizando a tecnologia como base.
INFORMÁTICA PEDAGÓGICA
Em 1996, a Secretaria de Educação Municipal de Blumenau (SEMED) inaugurou suas primeiras
salas de informática com o propósito de oferecer a Informática Pedagógica para a Rede Municipal de
Ensino. Na ocasião, o poder público teve a parceria das Associações de Pais e Professores das unidades
41 Processo de resolução de um problema constituído por uma sequência ordenada e bem definida de passos que, em tempo finito,
conduzem à solução do problema.
42 O Kit de Robótica é um kit especial para montagem de um robô com peças e instruções para construí-lo, especialmente com
movimentação autônoma. Recomenda-se o máximo de três estudantes manuseando cada kit.
432 S E M E D
escolares EBM Machado de Assis, EBM Alberto Stein, EBM Pedro I e EBM Pedro II, até a contratação
dos profissionais para o desenvolvimento do trabalho pedagógico nas salas de informática.
A Rede Municipal de Ensino de Blumenau, no ano de 2001, recebeu o apoio financeiro do Salá-
rio Educação e do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO), criado pela Portaria MEC
nº 522/1997, que visa promover o uso pedagógico das tecnologias de informática e comunicações
(TICs) na rede pública de ensino fundamental e médio, em que foram informatizadas 48 (quarenta e
oito) salas de informática. Todas as salas contam com computadores interligados em rede, acesso à
internet e um professor especializado. Os profissionais têm formação em Licenciatura Plena em Com-
putação/Informática e/ou licenciaturas com cursos de aperfeiçoamento em nível de Pós-Graduação na
área de Informática Pedagógica.
Em 2011, com o envio de um projeto ao MEC para a criação de um núcleo de tecnologias educa-
cionais, o município de Blumenau obteve a homologação através do Ofício SEB-MEC nº 34/2012 e pas-
sou a ter um Núcleo de Tecnologias Educacionais (NTM), que tem a finalidade de promover formação
a todos os servidores da SEMED na utilização das tecnologias, bem como sensibilizar todas unidades
escolares para o uso das tecnologias com o apoio pedagógico, em busca de um melhor aprendizado
do educando.
O crescimento e a evolução da tecnologia têm provocado muitas mudanças na sociedade atual,
em que as informações são propagadas rapidamente.
As inovações inseridas nas Instituições de Ensino são reflexo do crescimento e evolução da
tecnologia na sociedade, que alteraram o fluxo e velocidade das informações drasticamente. Dessa
forma, essas mudanças proporcionam aos estudantes novas possibilidades de aprendizagem, que se
apresentam atreladas aos instrumentos tradicionais já existentes.
Ainda, com a inserção dos computadores na escola, emergiu a importância de que toda a comuni-
dade escolar esteja atenta e presente frente às mudanças que esta ferramenta pode oportunizar ao
estudante, explicitando uma nova forma de buscar conteúdos e gerenciar as informações.
Segundo Moran (2004, p. 44), o computador “nos permite pesquisar, simular situações, testar
conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares, ideias”. Desta forma, o advento da in-
ternet oportuniza o acesso às informações e consiste em um enorme avanço e inovação, que possibili-
ta à educação usufruir no contexto pedagógico destes inúmeros benefícios citados.
Percebe-se que atualmente os computadores são uma realidade nas Instituições de Ensino.
Para tanto, o uso da internet é fundamental na ampliação de pesquisas e acesso às informações. Nesse
sentido, o Decreto43 do Governo Federal do Plano Nacional de Educação tem como objetivo apoiar a
universalização do acesso à internet, bem como fomentar o uso pedagógico desta, ao passo que fa-
cilita o alcance das Instituições de Ensino no objetivo de disseminar o uso da tecnologia por todos os
componentes curriculares, através da mediação do professor de informática.
Segundo a Base Nacional Comum Curricular, as tecnologias estão descritas na competência
geral para a Educação Básica, permeando os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos com-
ponentes curriculares.
De acordo com as competências gerais 4 e 5 da BNCC, a tecnologia em conjunto aos componen-
tes curriculares têm um papel importante na construção do conhecimento.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artísticas,
matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias
e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.
5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significa-
tiva, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano ao comunicar, acessar e disse-
minar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas (BRASIL, 2018, p. 9).
43 “Art. 1º Fica instituído o Programa de Inovação Educação Conectada, em consonância com a estratégia 7.15 do Plano Nacional de
Educação, aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, com o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet em
alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.
Art. 2º O Programa de Inovação Educação Conectada visa a conjugar esforços entre órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, escolas, setor empresarial e sociedade civil para assegurar as condições necessárias para a inserção
da tecnologia como ferramenta pedagógica de uso cotidiano nas escolas públicas de educação básica” (BRASIL, 2017).
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 433
Diante do exposto, os professores dos anos iniciais e finais têm a responsabilidade de incorpo-
rar, em seus planejamentos, o uso das tecnologias, através dos laboratórios de informática, bem como
de todos os demais recursos digitais disponíveis na instituição de ensino.
Assim, os professores tornam-se agentes essenciais neste processo de aprendizagem, pois cabe
a cada um deles propor formas de incentivar o estudante a refletir, participar e desenvolver sua cria-
tividade, levando-o a uma nova forma de aprimorar seu conhecimento. Deste modo, utilizar as tecno-
logias permite ao professor mediar o processo de ensino e de aprendizagem de forma diferenciada e
interativa, buscando instigar a curiosidade e a criatividade, transformando o ensino passivo em uma
forma de ensino em que o estudante torna-se indivíduo ativo no processo de ensino-aprendizado,
como protagonista. Ainda, deve-se salientar que os conteúdos propostos para desenvolver atividades
utilizando as tecnologias precisam estar integrados com os conteúdos trabalhados pelos componentes
curriculares, para que os objetivos propostos sejam alcançados.
Primordialmente, salienta-se a importância de que o planejamento seja feito de forma articu-
lada pelo professor do componente curricular com o professor de informática e a coordenação peda-
gógica, atribuindo-se a estes as seguintes funções, respectivamente: planejamento pedagógico; exe-
cução do planejamento desenvolvido pelo professor do componente e supervisão das ferramentas
utilizadas no laboratório; acompanhamento das atividades desenvolvidas, bem como seu aproveita-
mento. Ademais, faz-se necessário que este planejamento, juntamente com seu esboço, seja entregue
com antecedência, para que o professor de informática tenha tempo hábil para desenvolver a ativida-
de proposta ou selecionar ferramentas que atendam ao planejamento solicitado. Da mesma forma, o
acompanhamento pedagógico durante a realização das atividades no laboratório de informática é de
responsabilidade do professor regente e/ou do professor do componente curricular.
Salienta-se, ainda, que o uso do laboratório de informática consiste em mais uma ferramenta
para a construção do conhecimento do estudante, através de seus inúmeros recursos, não sendo uma
fonte de recreação.
Durante a utilização, todos os usuários presentes no laboratório de informática têm a responsa-
bilidade pelo zelo desse, porém cabe ao professor de informática a manutenção preventiva dos equi-
pamentos existentes naquele espaço. Na sua ausência, a responsabilidade da utilização do ambiente é
da gestão da unidade educacional.
No contexto escolar, que vem ao encontro a BNCC, no desenvolvimento dos conteúdos curricu-
lares mediados com a tecnologia, percebe-se que em sua monografia Marçal Flores (1996) apresentou
que:
A informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conheci-
mentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim, ser um complemento de con-
teúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo.
Nota-se que, mesmo se tratando dos anos 1990, o discurso citado se enquadra de forma ade-
quada no ensino atual.
Ainda, sabe-se da importância da educação na sociedade e entende-se a necessidade da constan-
te atualização do indivíduo no que se refere às inovações tecnológicas. De acordo com Lévy (1994, p. 7):
Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das comuni-
cações e da Informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência
dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de
todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturadas
por uma Informática cada vez mais avançada.
Diante dessa situação, é importante que o professor regente/componente curricular possa re-
fletir sobre essa realidade, repensar sua prática e construir diferentes formas de ação que permitam
lidar com as inovações tecnológicas. Para que isso ocorra, o professor tem à sua disposição a possibili-
dade de utilizar o laboratório de informática e explorar todos os recursos que ele oferece.
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Fonte: os autores.
REFERÊNCIAS
EBM Bilíngue Prof. Fernando Ostermann EM Bilíngue Erich Klabunde EBM Bilíngue Prof. Oscar Unbehaun
Turma: 1º ano (Inglês) Turma: 1º ano (Alemão) Turma: 1º ano (Libras)
Atividade: semana da criança Atividade: contação de história Atividade: alfabeto em Libras
44 “Entende-se por inclusão a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, sociedade essa que deve
estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na
equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida” (FONSECA DA SILVA, 2008, p. 3).
45 O conceito de língua adicional pressupõe a compreensão do “acréscimo que a disciplina traz a quem se ocupa dela, sem adição a
outras línguas que o educando já tenha em seu repertório, particularmente a língua portuguesa” (SCHLATTER; GARCEZ, 2012, p. 127).
46 O Outro, na teoria Bakhtiniana, não é necessariamente um sujeito. Ou seja, o professor, ao planejar atividades envolvendo oralidade
e escuta, deve utilizar de diferentes mídias e semioses para trabalhar a língua(gem) numa perspectiva multicultural, ampliando o
repertório cultural dos estudantes.
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um país monolíngue, pois o Brasil, que tem a Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
como línguas oficiais, tem, segundo Oliveira (2009), “por volta de 200 idiomas”, incluindo as línguas
indígenas, as línguas de imigração e as línguas de comunidades afro-brasileiras. Somos, portanto, um
país plurilíngue ou, segundo as palavras de Grosjean (2012), estamos constituídos como uma socieda-
de multilíngue.
Sobre o bilinguismo, segundo o dicionário Oxford (2000, p. 117), trata-se de “ser capaz de falar
duas línguas igualmente bem, porque as utiliza desde muito jovem”. Com base em conceitos como a
concepção de Macnamara (1967), que diz que um indivíduo bilíngue é alguém que possui competência
mínima em uma das quatro habilidades linguísticas (falar, ouvir, ler e/ou escrever) em uma língua dife-
rente de sua língua nativa e também nas concepções de bilinguismo e no conceito de Educação Bilín-
gue de Harmers e Blanc (2000, p. 189), que falam que esta é “qualquer sistema de educação escolar
no qual, em dado momento e período, simultânea ou consecutivamente, a instrução é planejada e mi-
nistrada em pelo menos duas línguas”, adotam-se na Rede Pública Municipal de Ensino de Blumenau
as seguintes organizações de ensino de Educação Bilíngue: 1) currículo integrado – Língua Alemã ou
Língua Inglesa –, em que o trabalho pedagógico é desenvolvido, concomitantemente, em dois idiomas:
a Língua Portuguesa e uma língua adicional; 2) currículo integrado por itinerância – Língua Brasileira
de Sinais –, em que o trabalho pedagógico com a segunda língua é oferecido em diferentes momentos
de modo a abranger todos os componentes curriculares; 3) currículo adicional – Língua Alemã ou Lín-
gua Inglesa –, em que há a ampliação da carga horária ofertada para a segunda língua no contraturno
escolar com atividades complementares nas áreas das Artes e Tecnologias. As organizações de ensino
da Educação Bilíngue objetivam um trabalho em que a Língua Portuguesa e a língua adicional estejam
integradas e exerçam função social.
Os objetivos da Educação Bilíngue, além da qualificação do ensino na Rede Municipal de Ensino
de Blumenau, são: desenvolver e ampliar, por meio de experiências culturais em diferentes contextos
de aprendizado em todos os componentes curriculares, comunidades de fala (GUY, 2000, 2001) atra-
vés do uso de língua de sinais, comunicação visual, oralidade, escuta, leitura e escrita. Segundo Schi-
belbain (2018), é interessante que este processo se inicie o quanto antes, pois “quando uma criança
inicia essa construção precoce, o prédio 1 (L1) e o prédio 2 (L2) são parte de um mesmo condomínio e
esse processo é mais harmônico, natural”. Deste modo, a organização de ensino da Educação Bilíngue,
a partir do primeiro ano do Ensino Fundamental, proporciona o desenvolvimento e a ampliação da co-
munidade de fala de modo a favorecer as interações do estudante, que utilizará a língua adicional em
espaços diferentes dos do contexto escolar, em momentos de comunicação real no seu dia a dia. Nesta
perspectiva, quanto mais professores conseguirem interagir na língua adicional, mais qualitativas se-
rão as interações dos estudantes e mais efetiva será a apropriação da nova cultura estudada.
O primeiro contato formal com a língua adicional, juntamente com o primeiro contato formal
com a Língua Portuguesa, já no início do processo formativo do estudante, pode vir a possibilitar o
aprendizado espontâneo, auxiliar o sujeito a expandir sua compreensão de mundo, através de ativida-
des que problematizem e façam-no perceber o quanto a interação entre os sujeitos o transforma, além
de desenvolver-se socialmente, aprender sobre as diferenças culturais e a respeitá-las. Se considerar-
mos a ideia de dialogismo como um conceito-chave em relação à linguagem, por exemplo, é preciso
mencionar que não se trata apenas de interações face a face, mas a produção de enunciados verbais e
não verbais – como no caso de LIBRAS, que, de acordo com Strobel (2009, p. 44), é
uma das principais marcas da identidade de um povo surdo, pois é uma das peculiari-
dades da cultura surda, é uma forma de comunicação que capta as experiências visuais
dos sujeitos surdos, sendo que é esta língua que vai levar o surdo a transmitir e propor-
cionar-lhe a aquisição de conhecimento universal.
A interação dialógica, portanto, abarca uma amplitude que pode dialogar com a teoria Históri-
co-Cultural, em que se compreende o sujeito pensado enquanto ser histórico, social e culturalmente
situado no mundo. Ou seja, a proposta da Rede Municipal de Ensino de Blumenau, para o ensino da
Língua Brasileira de Sinais, tem como foco que o estudante ouvinte aproprie-se dela como segunda
língua, (re)conhecendo as características próprias da cultura surda.
A Educação Bilíngue baseia-se, portanto, na ideia do currículo integrado em que diferentes
componentes curriculares são abordados nas duas línguas: Língua Portuguesa e língua adicional, ou
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU 437
seja, ambas as línguas são de instrução. Os professores – referência e de língua adicional – ministram
as aulas dos diferentes componentes curriculares de maneira conjunta e colaborativa, e no momento
do planejamento, também colaborativamente, discutem, refletem e definem as próximas ações peda-
gógicas, uma vez que
reuniões de planejamento, de avaliação e de formação são essenciais para compor um
trabalho integrado e coerente na escola, e a construção de uma equipe que conhece e
discute a Educação Bilíngue e suas especificidades são ações que precisam estar presen-
tes nas escolas (MOURA, 2010, p. 293).
Portanto, não há necessidade de que todos os professores sejam fluentes na língua adicional,
com exceção do professor da segunda língua, isso porque ambas as línguas são importantes e, para
que possam ser contempladas questões interculturais, é preciso que não haja hierarquização.
A metodologia da Educação Bilíngue é ancorada na teoria Histórico-Cultural, na perspectiva
da Educação Patrimonial47; logo, fundamenta sua prática nas interações entre os sujeitos, tendo na
linguagem o principal elemento de mediação. O processo de ensino e aprendizagem está pautado em
temáticas sociais, ampliando o repertório do estudante a partir dos eixos da comunicação visual, de
sinais, da oralidade, escuta, leitura, escrita e uso de tecnologia por meio de artefatos digitais. Segundo
Koch (2002), texto “não é simplesmente uma sequência de frases isoladas, mas uma unidade linguís-
tica com propriedades estruturais específicas”. Logo, o texto multissemiótico48 é visto como “uma in-
teração semântica entre fala, imagens, escrita e outros modos veiculados por meio de outros sentidos
– tato e gosto” (KRESS, 2000, p. 339). É necessário, portanto, que os professores abranjam aspectos
multiculturais de forma que a interação e o diálogo intercultural entre a Língua Portuguesa e a língua
adicional estejam cumprindo sua função social, pois a perspectiva teórica Histórico-Cultural permeia o
processo de formação integral, não prevendo “resultados”, mas atentando para o desenvolvimento e
a autorreflexão sobre a prática de ensino e de aprendizagem.
Nos primeiros anos do Ensino Fundamental o registro do percurso formativo do estudante terá
como foco, no que tange à língua adicional, as práticas de escuta e de oralidade, de visão e de prática
na fala de língua visual-espacial-gestual, visto que um dos objetivos da Educação Bilíngue é a criação
e fomentação de comunidade de fala. Vale destacar que o registro é importante, mas não é a única
finalidade do ensino. Tal instância compõe a documentação pedagógica, que não tem em si apenas
finalidade de avaliação, mas acompanha o processo, subsidiando as tomadas de decisões no plane-
jamento do professor. As atividades, dessa forma, não devem deixar de lado as práticas de escrita e
leitura, pois “a língua(gem) não deve ser fragmentada” (BRASIL, 2017, p. 240), principalmente porque
esta organização de ensino é pautada na mediação com o outro.
Na teoria Histórico-Cultural e em Bakhtin, é possível extrapolar o reducionismo pedagógico
baseado em uma descrição descontextualizada da prática pedagógica que negligencia a existência da
relação entre o sujeito e o meio. Por isso, através de tal viés, perceber o indivíduo como ser histórico é
uma condição necessária para a redefinição do campo de atuação do professor. Isso, para que não haja
uma pedagogização vinculada ao modo de produção capitalista, sem que seja problematizado o lugar
ocupado pelos indivíduos no sistema, abrindo-se, assim, para os horizontes: cultural, social e para a
historicidade dos sujeitos. Desse modo, os conhecimentos linguísticos podem ser explorados por inter-
médio de práticas que envolvam temas interdisciplinares e transversais, do global ao local, que serão
desenvolvidas em torno de diferentes gêneros discursivos e esferas sociais.
Vivemos em uma sociedade multicultural e, dessa forma, a Educação Bilíngue não está isenta
dela; não se pode negligenciar fatores culturais hierarquizando uma língua em detrimento de outra. É
necessário abordar a diversidade linguística e cultural, tanto dentro quanto fora da sala de aula, bem
como o respeito às diferenças. Através de uma proposta de abordagem bilíngue multicultural, então,
pode-se tornar o ensino mais democrático, no sentido de potencializar experiências de aprendizagem
que atentem para a alteridade. Fernando Naiditch (2007, p. 146) menciona que:
47 Educação Patrimonial constitui-se de um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização do patrimônio cultural,
qualificando os sujeitos para um melhor usufruto destes bens e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num
processo contínuo de criação cultural. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 24 jul. de 2020.
48 Textos multissemióticos são os textos com muitos elementos, como imagens, ícones e desenhos.
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Ainda que a Educação Bilíngue tenha passado por altos e baixos, não é ao uso de duas
ou mais línguas em sala de aula que se deva culpar pelo baixo rendimento escolar,
principalmente de crianças imigrantes e de minorias linguísticas. Há razões econômicas,
sociais e educacionais que necessitam ser compreendidas para que se possa pensar em
melhoria na qualidade de ensino e na formação de professores. Se as crianças necessi-
tam utilizar sua língua materna, enquanto aprendem o inglês, e se elas trazem consigo
diferentes formas de se entender o mundo e os conteúdos trabalhados em sala de aula,
quem sabe isso não significa que educação bilíngue e multiculturalismo em sala de aula
pode, na verdade, estar oferecendo soluções ou pelo menos novas alternativas na tentativa
de formar alunos-cidadãos, com capacidade de refletir e produzir novos conhecimentos?
O respeito às diferenças, então, não é apenas sobre o aprendizado de uma língua(gem), mas se
refere à inteligibilidade de existência de sujeitos histórica e culturalmente instaurados na sociedade
onde interagem sujeitos de realidades multifacetadas. Assim, o multiculturalismo defende a valori-
zação das culturas considerando a diversidade como fator fundamental da riqueza da sociedade. Por
isso, deve haver transformações significativas que considerem sujeitos de aprendizagem – surdos e
ouvintes, falantes da Língua Portuguesa ou adicional – para que haja contribuições efetivas no âmbito
das práticas pedagógicas operadas em inúmeras instâncias escolares.
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