Brinquedos e Brincadeiras Potiguares - Identidade e Memoria - 2007
Brinquedos e Brincadeiras Potiguares - Identidade e Memoria - 2007
Brinquedos e Brincadeiras Potiguares - Identidade e Memoria - 2007
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Cultura
Gilberto Passos Gil Moreira
Secretario da Identidade e da Diversidade Cultural - SID
Sérgio Duarte Mamberti
Diretor Geral do CEFET-RN
Francisco das Chagas de Mariz Fernandes
Diretor de Ensino
Belchior de Oliveira Rocha
Diretor de Pesquisa
José Yvan Pereira Leite
Capa
Marcus Vinícius de Faria Oliveira
Tania Carvalho da Silva
Editoração
Marcus Vinícius de Faria Oliveira
Tania Carvalho da Silva
Revisão
Carmem Daniella Spinola Avelino
Ilustrações
Marcus Vinícius de Faria Oliveira
Marcus Vinícius de Faria Oliveira
Tânia Costa
Lerson Fernando dos Santos Maia
Vivianne Limeira Azevedo Gomes
Caroline Cristina de Arruda Campos
Priscília Janaína Dantas de Lima
2007
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POTIGUARES: identidade e
memória
ISBN 978-85-89571-26-5
CDD – 306
CEFET/RN/BSF
AGRADECIMENTOS
Walter Benjamim
ACADEMIA
ANEL
FIGURA 01 - ARAPUCA
ARCO E FLECHA
ARGOLINHA
BALADEIRA
FIGURA 02 - BALADEIRAS
BAMBOLÊ
BANDEIRINHA
1
a cortiça é uma espécie de raiz, extraída de uma árvore própria da
região Litorânea denominada copaíba.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POTIGUARES: IDENTIDADE E 49
MEMÓRIA
FIGURA 03 - BARQUINHOS
BARROCA, BILOCA OU BURACO
BEÇA
FIGURA 04 - BEÇA
BODOQUE
BONECA
2
Planta, trepadeira; encontrada geralmente em cercas e currais muito
comum em cidades do interior. Frutinha média, de cor alaranjada.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POTIGUARES: IDENTIDADE E 59
MEMÓRIA
A diversidade de materiais é grande nos diversos
lugares viajados pelo estado. Em Tibau do Sul, na
comunidade de Sibaúma, D. Josefa (2006) relatou sua
brincadeira com bonecas, para as quais fazia casamentos e
o enterro. Eram bonecas de pano e a caminha era feita com
‘quenga’ de coco. D. Josefa relata que brincava de boneca
feita do sabugo de milho e ainda bonecas feitas com o talo
da macaxeira. Ela comenta ainda que era bastante comum
brincarem com bebês feitos com o lençol:
FIGURA 07 - BONECAS
BREQUE OU GUIDOM
BRINQUEDOS DE BARRO
BURACO
CACHIMBO DA CARRAPATEIRA
CÂMARA DE AR
CAPOEIRA OU CANGAPÉ
CARRAPETA
FIGURA 10 - PATINETES
3
O bitelo é qualquer objeto, mais ou menos leve, podendo ser
facilmente derrubado pela castanha impulsionada pelo movimento dos
dedos. Geralmente é uma castanha grande, que se equilibra de pé,
outras vezes uma caixa de fósforo vazia.
CATAVENTO
CAVALO DE PAU
COBRA-CEGA OU CABRA-CEGA
CONSTRUÇÕES DE AÇUDES
CORRUPIO
FIGURA 14 - CORRUPIO
CORUJA OU PIPA
COZINHADO
ELÁSTICO
ENCOSTO OU PÉ DE PAREDE
ESCONDE- ESCONDE
ESTÁTUA
FIGA
FUTEBOL DE BOTÃO
GAITA
GALAMARTE
FIGURA 17 - GALAMARTE
GALINHA GORDA
GATO-NO-POTE
GRUDE
JOGO DA FICHA
4
Nome popularmente dado às tampas metálicas de garrafas de vidro
de refrigerantes e cervejas.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POTIGUARES: IDENTIDADE E 111
MEMÓRIA
(2007), que teve sua infância em Caicó, o jogo da ficha era
uma alternativa ao jogo da bila, pois nem todas as crianças
podiam comprar as bilas ou bilocas:
JOGO DA ONÇA
JOGO DO CAIPIRA
JOGO DO PEIXE
JOGOS DE CASTANHA
MELANCIA
PÃO-QUENTE
PÁRA-QUEDAS
PASSARÁS
PAU-DE-SEBO
PEGAR JACARÉ
PEIA QUENTE
PEIXINHO
PETECA
130 BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POTIGUARES: IDENTIDADE E
MEMÓRIA
A peteca é um jogo coletivo, de predominância
masculina. Na sua forma tradicional, é jogada em um círculo
de pessoas, que lançam a peteca para o ar, através de
batidas com a palma da mão estendida, na parte inferior da
peteca, de um jogador para o outro. O objetivo é não deixá-
la cair, mantendo-a no ar através de sucessiva tapas.
Literalmente, a finalidade do jogo é “não deixar a peteca
cair”.
Alguns especialistas apontam a peteca como sendo de
origem brasileira, proveniente de tribos indígenas tupis. De
acordo com Kishimoto (1979, p. 254) “[...], antes da
chegada dos portugueses ao Brasil, os nativos já jogavam
peteca como forma de recreação. A origem do vocábulo
“peteca” vem do Tupi, cujo significado é “bater” e, em
guarani, “bater” é “petez”.
Entretanto, Grunfeld apud Kishimoto (1979, p. 254),
na obra Jeux du Mond, refere-se à peteca como um jogo
que se lança de um para o outro com uma bola munida de
penachos ou plumas, que se pratica na China, Japão, Coréia
há mais de 2000 anos.
A peteca, tradicionalmente, era confeccionada,
conforme Cascudo (2001, p. 249), “[...] com palha de milho
achatada, bem justa à palma da mão, com uma decoração
apenas de um chumaço da própria palha, [...] arranjada em
floco ou laço pimpão”. O relato de D. Jacira Alves, que
vivenciou sua infância na década de 40, no município de
Pedro Velho, nos dá uma noção precisa de como era o
processo de confecção do brinquedo:
FIGURA
BRINQUEDOS 21 - PETECAS
E BRINCADEIRAS POTIGUARES: IDENTIDADE E 133
MEMÓRIA
PIÃO
POLÍCIA E LADRÃO
PULA CARNIÇA
PULAR CORDA
5
Literatura popular constituída pelo encadeamento de palavras, em
forma versificada, recitado com rapidez em jogos infantis para seleção
de dirigentes ou iniciador do jogo.
142 BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POTIGUARES: IDENTIDADE E
MEMÓRIA
sobe e desce em movimento constante, enquanto as demais
pulam na cadência marcada, muitas vezes, por versos
cantados ou declamados. As crianças não param com os pés
no chão com essa série de brincadeiras acompanhadas de
música que compõe o ritmo. A corda de pular sempre foi um
dos mais animados e queridos brinquedos infantis,
permitindo inúmeras possibilidades de variação em seu uso.
Há, entretanto, alguns modos de pular corda que merecem
a preferência das crianças.
Vários ritmos são criados para melhor diversão na
brincadeira. As crianças reúnem-se, muitas vezes, na frente
de casa ou no quintal para brincar de pular corda. A
brincadeira se realiza coletivamente e, para isso, duas
crianças seguram, uma de cada lado, as pontas da corda,
impulsionando-a para que outras crianças entrem em
movimento e, sem tocar na corda, pulem. Nessa
brincadeira, a criança se posiciona ao lado da corda, rente
ao chão, e só então os colegas começam a bater (girar a
corda). Para entrar na brincadeira com a corda em
movimento, é preciso esperar que ela fique no alto.
Como lembra Fernandes (2007), algumas vezes
pulava-se o ‘pimentão’, que era o pular rápido, e quem
estava bombeando (girando a corda) a corda colocava toda
força para que a criança que estivesse pulando errasse ou
cansasse. Outra brincadeira era o ‘relógio’, que para
acontecer era preciso de, no mínimo, quatro pessoas.
Enquanto a corda estava sendo bombeada, a primeira
criança passava correndo pelo meio, sem tocar e sem pular;
a segunda que entrasse dava um pulo e saía; a terceira
dava dois pulos e saía, e assim sucessivamente, até
terminar as horas do relógio.
QUEBRA-CANELA
QUEDA DE CORPO
QUEIMADA OU BALEADA
RENDIDO
ROLADEIRA
SALVA LATINHA
TAPA
TILA
TRATOR DE CARRETEL
TRIÂNGULO
XIPOCA