Trabalho de Otimização
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Trabalho de Otimização
RESUMO
1.0 INTRODUÇÃO
2.1 BIODIGESTÃO
A biodigestão em reatores, ocorrem sem o contato com o ar, onde a matéria orgânica contida
é metabolizada por bactérias anaeróbicas. A decomposição da matéria orgânica é realizada por
bactérias em condições favoráveis ou ideais como; temperatura, acidez e homogeneidade.
Para que ocorra a máxima conversão de substrato em biogás é necessário que parâmetros
sejam fixados em valores ótimos, pois o processo depende de diversos fatores além dos nutrientes
requeridos pela população microbiana.
Segundo Chernicharo, 1997, a biodigestão ocorre em uma faixa de temperatura entre 0 a 97º
C. Esta temperatura é importante pois influencia no volume de gás produzido, além de interferir
no tempo do processo de conversão de substrato em biogás, conhecido como tempo de detenção
hidráulica, TDH.
Outro fator que causa influencia na digestão anaeróbia é o potencial hidrogenionico, pH,
pois em meio ácido a atividade enzimática das bactérias é inativada, em meio alcalino a produção
tende a formação de 𝑆𝑂2 e H. O processo fermentativo pode ocorrer com o pH na faixa de 6,6 e
7,6 (PEREIRA, 2009).
2.2 BIOGÁS
O biogás é uma mistura gasosa, proveniente da fermentação anaeróbica do substrato
orgânico, sua composição é majoritariamente constituída de metano,𝐶𝐻4 , e dióxido de carbono
,𝐶𝑂2, cujo sua formação sofre influência de parâmetros; temperatura, teor de humidade e acidez,
sua utilização é bastante ampla, podendo ser transformada em combustível, calor ou produtos
químicos (BARÉA, 2006).
2.3 TEMPERATURA
Um dos fatores físicos mais importantes na digestão anaeróbia é a temperatura, pois está
relacionada com o crescimento biológico dos microorganismos. A temperatura deve ser controlada
durante todo o processo, isso ocorre devido as alterações que ocorrem nos microorganismos,
afetando principalmente as arqueias formadoras de metano. A faixa de temperatura ideal para o
processo de fermentação ocorre entre 30ºC e 35ºC. Pois nessa faixa as bactérias mesófilicas tem
seu estado ótimo (CHERNICHARO, 1997).
Segundo Lema, 1997, o pH ideal para o processo depende do conssocio bacteriano que será
utilizado no processo. A faixa de pH entre 6,0 e 8,0 é considerada regular, onde a produção de
metano é alta. Porem em meios onde o pH sofre alteração da faixa indicada ocorro uma diminuição
na produção de metano.
2.5 REATOR UASB
Segundo ROMAGNOLI, 2005, existe um esbolço de decretos projetados por leis que
regularizam a geração distribuída e comercialização de energia elétrica de forma descentralizada.
Lei 9.074, 20 de julho de 1995: Caracteriza que o produtor independente de energia, também
tem acesso aos sistemas de transmissão e distribuição.
Decreto n° 2003, 10 de dezembro de 1966: Regulamenta a produção de energia por
autoprodutores.
Decreto n° 2655 de 02/07/1998: Regulamento do mercado atacadista de energia e operador
nacional do sistema (ONS)
Lei n° 10438, de 26 de abril de 2002: criado o programa de incentivo as fontes alternativas
de energia elétricas (PROINFA).
2.8 COMERCIALIZAÇÃO DA ENERGIA
A negociação não é regulamentada diretamente por nenhum órgão, mas o contrato de venda
e compra deve ser registrado na CCEE. As fontes de geração de biogás e biomassa devem ser
registradas nos contratos como; compra de energia incentivada.
No mercado livre as taxas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição serão cobradas
pelo ONS e pela concessionaria local. O ICMS é aplicado diretamente.
3 ESTUDO DE CASO
Esse estudo consiste em realizar um estudo do potencial de produção de biogás de 5 usinas
sucroalcooleiras, utilizando como matéria prima vinhaças de 1ª e 2 ª G, e posteriormente sua
conversão em energia elétrica. Inicialmente será calculado o potencial de produção de etanol a
partir de uma quantidade pré-determinada de cana-de-açucar simulando o período sazonal para 5
industrias sucroalcooleiras, logo depois será convertida essas quantidades de etanol em margens
de produção de vinhaça. Logo após será demostrado como é realizado os cálculos para a conversão
de biogás em energia elétrica em termos de capacidade instalada. Após este estudo será realizado
a simulação no LINGO 17.0 onde irá apresentar quais das industrias iram fornecer energia elétrica
para a indústria química com uma demanda de 50kWh, que irá escolher a usina/usinas de forma a
reduzir o custo compra do kWh o máximo possível. Também será realizado o cálculo das
capacidades instaladas das usinas sucroalcoleiras pelo software EXCEL.
Para efeito de cálculo do potencial de produção de biogás entre a vinhaça 1ªG e 2ªG que
posteriormente será convertido em energia elétrica, É necessário determinar uma quantidade de
cana-de-açúcar a ser utilizada como matéria prima, desta forma foi escolhido através de dados de
indústrias reais das safras de 2012/2013 e 2013/2014 e alimentados na 5 industrias
sucroalcooleiras fictícias, assim as quantidades de cana-de-açúcar que serão estipuladas para suas
safras são respectivamente, para as 5 usinas temos; 12000 toneladas, 15000 toneladas, 14000
toneladas, 20000 toneladas, 10000 toneladas.
Dentre as usinas existem 3 usinas que produzem etano de 1°G e 2 usinas que produzem
etanol 2°. Para cada tonelada de cana moída pode-se produzir 85L de etanol 1º G. Em relação ao
etanol de 2º G, 28% da cana-de-açúcar moída é convertida em bagaço, em contrapartida utilizando
esse bagaço são produzidos 158 litros de etanol a por tonelada de bagaço, os cálculos das
conversões de cana de açúcar e bagaço de cana em etanol estão a seguir, logo (CARPIO, 2018;
MORAEIS, 2015);
1 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙1𝐺 10𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺
= => 𝑋 = 10200000𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺 USINA 1
1020000 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙1𝐺 𝑋𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺
1 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙1𝐺 10𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺
= => 𝑋 = 12750000𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺 USINA 2
1275000 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙1𝐺 𝑋𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺
1 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙1𝐺 10𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺
= => 𝑋 = 11900000𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺 USINA 3
1190000 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙1𝐺 𝑋𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎1𝐺
1 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙2𝐺 10𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎2𝐺
= => 𝑋 = 8848000 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎2𝐺 USINA 4
884800 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙2𝐺 𝑋𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎2𝐺
1 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙2𝐺 10𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎2𝐺
= => 𝑋 = 4424000 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎2𝐺 USINA 5
442400 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙2𝐺 𝑋𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠𝑣𝑖𝑛ℎ𝑎ç𝑎2𝐺
Estes dados de quantidade de vinhaça serão utilizados para alimentar o software LINGO, para
informar as quantidades de vinhaça de cada usina.
Segundo Chernicharo, 2007, a produção de metano tomando como base a DQO degradada
deve-se levar em conta Reação 1, consumo de metano necessário para retirar a quantidade
oxigênio da mistura liquida.
A cada 1 mol de metano são necessários dois moles de oxigênio para a completa formação
em dióxido de carbono e água. Levando para termos de massa moleculares são necessários 𝑑𝑒
𝐶𝐻4 em matéria para retirar 64𝑔/𝑚𝑜𝑙 de DQO da Vinhaça.
Dada a Reação 1, temos como obter o PBTM, seguindo as proporções molares podemos
determinar o potencial bioquímico teórico do metano para a vinhaça 1ªG e 2ªG, de cada uma das
usinas, é dada pela equação a seguir;
Para estimar a o volume de metano produzido, utiliza-se a lei universal dos gases. Para 1
mol de qualquer gás a 273K e pressão 101325 Pa, o mesmo ocupa um volume de 22,4 litros/mol,
como representa as equações 6 e 7; (SOUZA, 2011):
Com os dados antes demonstrados para quantidades de; vinhaça, DQO, Conversão, Fator
de capacidade, além das equações que fornecem a conversão total de vinhaça em capacidade
instaladas, pode-se inseri-los no software LINGO 17.0. Os dados correspondentes, com suas
programações, utilizados nos cálculos do LINGO estão representados na figura 1. A constante
0.000000157 representa o valor de conversão de DQO total em capacidade instalada;
3.6 RESULTADO
Os resultados obtidos logo após realizada a simulação no software LINGO 17.0 estão sendo
representados na figura 3. Como verificamos o menor custo possível para a indústria química
pagar será firmando contrato com as usinas 1, 2 e 3 respectivamente. Através da análise de
custo por kWh pode-se mensurar que para uma quantidade de 50kWh consumida pela indústria
firmando o contrato com as 3 usinas irá pagar R$ 37, 870.88 durante o período estipulado no
contrato.
Através do software EXCEL pode-se determinar a capacidade instalada das usinas cujo
consultando a tabela 2, temos;
5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
PECORA, V. et al. Potencial de Geração de Energia Elétrica e Iluminação a Gás por meio do
Aproveitamento de Biogás Proveniente de Aterro Sanitário. Universidade de são Paulo. São Paulo,
SP. 2008.