Lei 1875-2006 - Plano Diretor

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ESTADO DE PERNAMBUCO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PETROLINA


GABINETE DO PREFEITO

ÍNDICE SISTEMÁTICO

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 2


...........................................................................

TÍTULO II - DA POLÍTICA TERRITORIAL 2


................................................................................
CAPÍTULO I – DAS DIRETRIZES, OBJETIVOS E DEMANDAS 2
.......................................
CAPÍTULO II – DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE 3
URBANA ......
CAPÍTULO III – DO PLANO DIRETOR 4
..............................................................................

TÍTULO III - DAS POLÍTICAS SETORIAIS DE DESENVOLVIMENTO URBANO E 5


RURAL ...
CAPÍTULO I – DAS DIRETRIZES GERAIS 5
.......................................................................
CAPÍTULO II – DA INFRA-ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO 5
ECONÔMICO ...........
CAPÍTULO III - DAS POLÍTICAS SOCIAIS 11
.......................................................................
CAPÍTULO IV – DA POLÍTICA AMBIENTAL 17
.....................................................................

TÍTULO IV - DO ORDENAMENTO TERRITORIAL 24


..................................................................
CAPÍTULO I - DO MACROZONEAMENTO 25
......................................................................
CAPÍTULO II – DO ZONEAMENTO DA ÁREA URBANA 26
..................................................
CAPÍTULO III - DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL 28
...............................
CAPÍTULO IV – DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 29
.........................................................
CAPÍTULO V – DA LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA 35
............................................................
CAPÍTULO VI - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA 38
....................................

TÍTULO V - DA GESTÃO DEMOCRÁTICA MUNICIPAL 46

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.........................................................
CAPÍTULO I – DOS ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO 46
DEMOCRÁTICA ......
CAPÍTULO II – DA MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL 47
.....................................

TÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS 48


.................................................

ANEXO I 50
.................................................................................................................................
..

ANEXO II 54
.................................................................................................................................
.

ANEXO III 55
.................................................................................................................................

LEI COMPLEMENTAR Nº 1.875/06, DE 14/11/06 - PODER EXECUTIVO.

DISPÕE SOBRE O PLANO


DIRETOR PARTICIPATIVO DO
MUNICÍPIO DE PETROLINA, E
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PETROLINA, faço saber que a Câmara


Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Em atendimento ao disposto no art. 182, § 1º, da Constituição Federal,
no art. 7, inciso II, alínea g, da Lei Orgânica do Município de Petrolina e às
disposições constantes da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, a
política de desenvolvimento do Município de Petrolina será regulada de
acordo com este Plano Diretor, doravante denominado Plano Diretor
Territorial Participativo de Petrolina.

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TÍTULO II
DA POLÍTICA TERRITORIAL
CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES, OBJETIVOS E DEMANDAS
Art. 2º A política de desenvolvimento do Município, a ser executada pelo
Poder Público Municipal de Petrolina, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana e
rural garantir o bem-estar de seus habitantes, mediante as diretrizes gerais
fixadas no art. 2º da Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da Cidade.
Parágrafo Único – A política de desenvolvimento do Município de Petrolina
aplica-se a todo o território municipal, área urbana e área rural (ribeirinha,
irrigada e de sequeiro).
Art. 3º Os objetivos da política de desenvolvimento do Município de Petrolina
consistem no atendimento às seguintes demandas:
I - O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, garantindo o direito à cidade sustentável.
II - O bem-estar e a melhoria da qualidade de vida da população, a inclusão
social, a redução da pobreza, e a ampliação das oportunidades de trabalho e
renda;
III - A melhoria das condições de habitabilidade, por meio do acesso à terra
urbanizada, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, aos serviços
públicos, ao transporte coletivo e aos equipamentos comunitários;
IV - A garantia da acessibilidade e da mobilidade para todos os cidadãos;
V - A valorização, a proteção e a preservação do meio ambiente e da
paisagem, promovendo o uso adequado dos recursos naturais;
VI - A identificação de áreas de preservação ambiental e o desenvolvimento
de ações para o manejo sustentável;
VII - A preservação dos valores culturais e do patrimônio histórico, artístico,
cultural e imaterial;
VIII - A promoção de melhores condições paisagísticas e de conforto
ambiental no ambiente urbano;
IX - A ordenação e controle do uso e ocupação do solo com vistas a respeitar e
valorizar a permeabilidade do solo e o uso adequado dos espaços públicos;
X - O ordenamento construtivo de forma a regular as relações de vizinhança,
a distância entre as edificações, a proximidade dos usos incômodos e os
impactos dos empreendimentos de grande porte;
XI - O controle das densidades de uso e ocupação do solo de forma a
promover a valorização imobiliária de forma equilibrada na área urbana;
XII - A revisão e atualização da legislação urbanística e da divisão político-
administrativa;

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XIII - O estabelecimento de critérios e ações para a urbanização de áreas


localizadas no meio rural, garantindo a transformação equilibrada das
localidades;
XIV - A regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda;
XV - A integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais,
tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico de Petrolina e da sua
região de desenvolvimento no âmbito estadual;
XVI - O incentivo ao desenvolvimento das atividades econômicas geradoras de
emprego, trabalho e renda;
XVII - O ordenamento das atividades econômicas em função da aptidão do
solo e dos elementos estruturadores do território;
XVIII - O desenvolvimento de atividades produtivas organizadas que
aproveitem os potenciais naturais do município;
XIX - O desenvolvimento de ações que possibilitem a permanência da
população e a diversificação das atividades produtivas nas áreas rurais;
XX - O incentivo do uso do solo na área rural direcionado às atividades agro-
familiares e cooperativas ligadas à produção primária através da ação pública
integrada e planejada;
XXI - O direcionamento de políticas e programas para a reestruturação de
localidades rurais em desenvolvimento e posição geográfica estratégica e o
fortalecimento das atividades locais, melhorando o atendimento para a
população residente nas áreas de influência;
XXII - O fortalecimento das áreas rurais através da implantação de elementos
que propiciem sua estruturação, como escolas, postos de saúde, atividades
comerciais, pontos de integração do transporte coletivo, atividades de
turismo, espaços para o convívio social e comunitário, equipamentos públicos,
entre outros.
XXIII - A identificação e valorização das áreas rurais com potencial turístico.
XXIV - O reconhecimento da diversidade natural, cultural e étnica do
território.
XXV - A participação e cooperação dos diversos agentes públicos e privados,
da população e das associações representativas de todo o território municipal
no planejamento, na execução e no controle da implantação da política
territorial, através de canais institucionais de participação popular.
CAPÍTULO II
DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE URBANA
Art. 4º O Poder Público Municipal de Petrolina deverá cumprir a função social
da cidade garantindo à população:
I - Condições adequadas à realização das atividades econômicas, sociais e
culturais, e o acesso aos serviços de educação, saúde, assistência social e
transporte;
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II - Condições dignas de moradia, de acessibilidade e mobilidade;


III - O atendimento à demanda por infra-estrutura, serviços públicos e
comunitários;
IV - A proteção ambiental, com conservação e recuperação do ambiente
natural, para mantê-lo sadio e ecologicamente equilibrado;
V - A valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural e dos valores
referenciais da história do município;
VI - A reabilitação e o uso de áreas urbanas vazias ou ociosas.
Art. 5º A propriedade urbana cumpre a sua função social quando atende às
exigências fundamentais da ordenação da cidade expressas neste Plano
Diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à
qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades
econômicas, respeitadas as diretrizes previstas na Lei Federal nº 10.257/2001
– Estatuto da Cidade e na legislação urbanística e quando for utilizada para:
I - Habitação, inclusive de interesse social;
II - Atividades econômicas geradoras de trabalho, emprego e renda;
III - Proteção e preservação do meio ambiente;
IV - Proteção e preservação do patrimônio histórico e cultural;
V - Equipamentos e serviços públicos;
VI - Usos e ocupações de solo adequados aos termos da legislação e
compatíveis com a infra-estrutura urbana disponível.
Parágrafo Único - A atuação do Poder Público municipal deverá garantir o
cumprimento pelo proprietário das condições estabelecidas, em função do
interesse social, ao exercício do direito de propriedade.
CAPÍTULO III
DO PLANO DIRETOR
Art. 6º O Plano Diretor é um instrumento básico da política de
desenvolvimento territorial, que orienta a atuação da administração pública e
da iniciativa privada, de forma a assegurar o pleno desenvolvimento ordenado
das funções sociais da cidade e da propriedade, a melhoria da qualidade de
vida e o bem estar da população petrolinense, segundo os princípios da
democracia participativa e da justiça social.
Art. 7º O Plano Diretor estabelece ações concernentes à estruturação de todo
o território municipal, visando o desenvolvimento integrado entre a área
urbana e rural.
Art. 8º O Plano Diretor constitui instrumento fundamental para a
implementação da política de desenvolvimento urbano municipal e é parte
integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as
diretrizes e as prioridades contidas nesta Lei.

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Art. 9º Nos termos da Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da Cidade, esta


Lei deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
Parágrafo Único - No processo de revisão do Plano Diretor e na fiscalização
de sua implementação, os Poderes Executivo e Legislativo municipais
garantirão:
I - A promoção de audiências públicas e debates com a participação da
população e de associações representativas dos vários segmentos da
comunidade;
II - A publicidade e o acesso de qualquer interessado quanto aos documentos
e informações produzidos;
III - A efetiva participação da sociedade civil no processo de formulação dos
planos setoriais e das leis específicas decorrentes do Plano Diretor.
TÍTULO III
DAS POLÍTICAS SETORIAIS DE DESENVOLVIMENTO URBANO E
RURAL
CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES GERAIS
Art. 10 As políticas setoriais de desenvolvimento urbano e rural devem ser
executadas pelos órgãos municipais, conforme suas respectivas
competências, de forma integrada e articulada, observando a
heterogeneidade e a desigualdade sócio-territorial, com o fim de promover a
inclusão política, socioeconômica e espacial de todas as regiões e populações.
Art. 11 As ações e investimentos das políticas setoriais de desenvolvimento
urbano e rural devem atender às diretrizes estabelecidas nesta Lei, na ordem
das prioridades estabelecidas através da gestão orçamentária participativa.
CAPÍTULO II
DA INFRA-ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Art. 12 Para fins desta Lei entende-se por Infra-estrutura:
I - Abastecimento d’água;
II - Saneamento Básico;
III - Drenagem Urbana;
IV - Coleta, Destino e Tratamento do Lixo;
V - Energia, Telefonia e Comunicações;
VI - Mobilidade.
Art. 13. Para fins desta Lei entende-se por Desenvolvimento Econômico o
crescimento e a diversificação das atividades econômicas locais, de forma
sustentável, dinâmica e competitiva, garantindo o trabalho, o emprego, a
renda e a melhoria da qualidade de vida da população.

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Seção I
Do Abastecimento D’água
Art. 14 O serviço público de abastecimento de água deverá assegurar a oferta
domiciliar de água para consumo residencial regular e outros usos, em
quantidade suficiente para atender às necessidades básicas e qualidade
compatível com os padrões estabelecidos em planos e programas federais e
conforme as normas técnicas vigentes.
Art. 15 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e
investimentos relativos ao serviço de abastecimento de água na área rural
(ribeirinha, irrigada e de sequeiro):
I - Elaborar projetos de implantação, recuperação e ampliação de sistemas de
abastecimento de água tratada para as áreas rurais, priorizando as agrovilas,
assentamentos, distritos, povoados e vilas habitacionais dos projetos de
irrigação;
II - Implementar e melhorar o sistema de abastecimento, com obras de
pequeno porte como poços, cisternas, estações de tratamento,
dessalinizadores e de grande porte como adutora;
III - Fazer gestões junto ao Governo do Estado e Governo Federal, ONGs e
outros organismos nacionais e internacionais para obtenção de recursos
financeiros.
Art. 16. Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e
investimentos relativos ao serviço de abastecimento de água na área urbana:
I - Elaborar projeto de recuperação e ampliação de todas as unidades do
sistema;
II - Recuperar e readequar as condições de utilização do manancial e
estrutura de captação e adução de água bruta:
a) Realizar estudo de solução para a retirada dos barramentos do trecho final
do riacho Vitória implantados por indústrias do Distrito Industrial e pela
COMPESA, objetivando reestabelecer o lançamento dos deflúvios do riacho
no rio São Francisco em ponto a jusante da unidade de captação de água ou,
transferir esta captação para local a montante da desembocadura atual do
riacho Vitória;
b) Redimensionar a captação e adução de água bruta para atender à vazão
necessária, em função das demandas;
c) Garantir a permanência da titularidade dos serviços de água e esgotos,
bem como a organização e prestação dos serviços ao município.
III - Recuperar e readequar a estrutura de tratamento e adução de água
tratada:
a) Garantir a qualidade da água de acordo com as normas e parâmetros
estabelecidos pelos órgãos competentes, em nível federal e estadual;
b) Ampliar a estação de tratamento existente ou projetar uma nova unidade.
IV - Readequar a estrutura de reservação e de distribuição de água tratada:
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a) Redimensionar o esquema de reservação;


b) Recuperar e conservar as redes de distribuição;
c) Eliminar problemas de intermitência de distribuição, de forma a garantir o
pleno abastecimento à população;
d) Ampliar as redes de distribuição;
e) Substituir toda a rede implantada com tubos de cimento amianto por tubos
que atendam à legislação vigente;
f) Recuperar padrão de hidrometração e implantar sistema de macromedição
de forma a maximizar a redução de perdas e a garantir o volume necessário
de consumo, segundo o padrão preestabelecido, após a regularização do
fornecimento de água potável.
V - Garantir a qualidade das instalações e equipamentos de serviços de água
de acordo com as normas e padrões estabelecidos pela ABNT;
VI - Garantir o atendimento de água tratada em todos os empreendimentos
públicos e privados aprovados pelos órgãos competentes.
Seção II
Do Saneamento Básico
Art. 17 O saneamento básico deverá assegurar à população o acesso a um
sistema de coleta e tratamento adequado dos esgotos sanitários e águas
servidas, na área urbana e rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro),
objetivando melhorar as condições ambientais, de saúde e salubridade.
Art. 18 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e
investimentos relativos ao saneamento básico na área rural (ribeirinha,
irrigada e de sequeiro):
I - Elaborar plano de saneamento básico para as áreas rurais;
II - Implantar e melhorar a infra-estrutura de saneamento básico nas áreas
rurais, com tratamento de esgoto sanitário e águas servidas, drenagem,
construção de lagoas de estabilização e canalização dos esgotos para serem
tratados antes de chegarem aos riachos;
III - Elaborar e executar projetos para construção de fossas;
IV - Garantir o esgotamento de fossas sépticas nas localidades que não foram
contempladas com sistema de esgoto;
V - Construir banheiros públicos;
VI - Implantar melhorias sanitárias nas residências;
VII - Elaborar planejamento ambiental previamente à implantação de
urbanização ou povoação de áreas;
VIII - Desenvolver estudos sobre o reaproveitamento de águas servidas
domiciliares para fins de limpeza e irrigação de árvores e jardins;
IX - Fazer gestões junto ao Governo do Estado e Governo Federal, ONGs e
outros organismos nacionais e internacionais para obtenção de recursos
financeiros.
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Art. 19 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e


investimentos relativos ao saneamento básico na área urbana:
I - Elaborar projeto de recuperação e ampliação de todas as unidades do
sistema de esgotamento sanitário para:
a) Recuperar e ampliar as redes coletoras de esgotos nas bacias que já são
atendidas com rede principal de coleta e tratamento, de forma a atender
100% da população instalada;
b) Eliminar lançamento de esgoto bruto realizado por redes coletoras do
sistema em canais de drenagem pluvial e talvegues naturais;
c) Eliminar lançamento de esgoto bruto de edificações residenciais e/ou
comerciais em canais de drenagem pluvial e talvegues naturais, conduzindo
os efluentes para as redes coletoras do sistema;
d) Substituir o sistema de coleta condominial de fundo de lote para o passeio;
e) Ampliar e redimensionar as redes coletoras, de acordo com a demanda;
f) Conservar permanentemente as redes coletoras de esgotos.
II - Recuperar e ampliar as estações elevatórias de esgotos, garantindo o
pleno funcionamento do sistema de esgotamento sanitário e implementando a
sua conservação permanente.
III - Implantar melhorias nas estações de tratamento de esgotos, através de:
a) Avaliação dos níveis de eficiência das estações de tratamento existentes de
forma a garantir a qualidade do tratamento dos esgotos, obedecendo aos
padrões estabelecidos pelos órgãos competentes em relação aos níveis de
DBO e de microorganismos dos efluentes lançados nos corpos receptores;
b) Recuperação e ampliação das estações de tratamento de esgotos,
garantindo o pleno funcionamento do sistema;
c) Implementação de uma estação de tratamento de esgotos para a bacia
centro;
d) Conservação permanente das lagoas de estabilização;
IV - Garantir a qualidade das instalações e equipamentos de serviços de
esgotamento sanitário de acordo com as normas e padrões estabelecidos pela
ABNT;
V - Eliminar problemas operacionais de forma a garantir o pleno serviço de
esgotamento sanitário à população, evitando situações de risco de poluição
dos efluentes;
VI - Elaborar projeto de ampliação do sistema de esgotamento sanitário para
os bairros e/ou bacias remanescentes, adjacentes à área atendida pelo
sistema de coleta e tratamento existentes;
VII - Eliminar o déficit de atendimento dos serviços de esgotamento sanitário,
com implantação de sistemas de coleta e tratamento;
VIII - Estabelecer plano de metas para garantir 100% de tratamento dos
esgotos sanitários;

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IX - Realizar o tratamento do esgoto “in natura” a ser lançado no Rio São


Francisco;
X - Garantir o atendimento do serviço de esgotamento sanitário em todos os
empreendimentos públicos e privados aprovados pelos órgãos competentes.
XI - Desenvolver estudos sobre o reaproveitamento de águas servidas
domiciliares para fins de limpeza e irrigação de árvores e jardins.
Seção III
Da Drenagem Urbana
Art. 20 O serviço de drenagem urbana deverá assegurar, através de sistemas
físicos naturais e construídos, o escoamento das águas pluviais e atender à
área urbana e à área rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro).
Art. 21 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e
investimentos relativos à drenagem na área urbana:
I - Ampliar a rede pública de drenagem, com construção de novos canais e
desobstrução dos existentes;
II - Intensificar a fiscalização para coibir o lançamento de lixo e esgoto na
rede de drenagem;
III - Avaliar o impacto do lançamento dos efluentes no sistema de macro-
drenagem do município oriundos dos projetos de irrigação;
IV - Garantir o atendimento do sistema de macro-drenagem em todos os
empreendimentos públicos e privados aprovados pelos órgãos competentes.
Art. 22 Na área rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro), fica definida como
diretriz prioritária para as ações e investimentos relativos à drenagem, a
ampliação e criação de novos sistemas de drenagem para escoamento com
objetivo de diminuir a salinização dos solos.
Seção IV
Dos Resíduos Sólidos
Art.23 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e
investimentos relativos à coleta, destino e tratamento dos resíduos sólidos
para a área urbana e rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro):
I - Elaborar Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
II - Universalizar e ajustar os serviços de limpeza pública;
III - Remediar o Aterro do Raso da Catarina e transformá-lo em área verde;
IV - Implantar Central de Tratamento de Resíduos para tratar todas as
tipologias de resíduos sólidos geradas no município;
V - Promover, nos seus locais de origem, o tratamento dos resíduos sólidos
produzidos nas localidades distantes;
VI - Elaborar e executar projeto permanente de educação ambiental através
da rede de ensino regular e com a participação de instituições parceiras;
VII - Capacitar os trabalhadores responsáveis pela limpeza pública do
município, inclusive o corpo gerencial e demais atores sociais;

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VIII - Formar e habilitar fiscais e agentes ambientais, para atuarem na área


de fiscalização, monitoramento e conscientização das atividades relacionadas
à gestão dos resíduos sólidos;
IX - Elaborar, com auxílio e aprovação do COMDEMA, Poder Legislativo e
demais órgãos públicos ambientais, uma legislação específica sobre os
resíduos sólidos, associada aos propósitos do Plano citado no inciso I;
X - Apoiar as Associações e Cooperativas de Agentes Ambientais;
XI - Criar uma empresa municipal de serviços públicos;
XII - Elaborar, no prazo de 12 (doze) meses a partir da aprovação do Plano
Diretor, um plano de coleta seletiva e reciclagem, com a inclusão dos
catadores e/ou agentes ambientais.
Seção V
Da Energia, Telefonia e Comunicações
Art. 24 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e
investimentos relativos à gestão de energia, telefonia e comunicações para a
área urbana e rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro):
I - Elaborar plano de eletrificação para a área rural (ribeirinha, irrigada e de
sequeiro);
II - Fazer gestões junto ao Governo do Estado, Governo Federal, empresas
fornecedoras e operadoras para ampliar e universalizar o atendimento do
sistema elétrico e de comunicações no município;
III - Fazer gestão junto ao Ministério das Comunicações para regularizar as
rádios comunitárias nos principais distritos;
IV - Fazer gestões junto ao Governo do Estado e Governo Federal, ONGs e
outros organismos nacionais e internacionais para obtenção de recursos
financeiros;
V - Garantir iluminação pública nas vilas habitacionais das áreas rurais.
Seção VI
Da Mobilidade Urbana e Rural
Art. 25 A mobilidade é o resultado de um conjunto de políticas de circulação e
transporte e de infra-estruturas destinadas a garantir o acesso amplo a todas
as regiões e localidades do município, considerando todas as modalidades,
tais como a circulação de pedestres, o transporte individual, o coletivo e o
não motorizado, utilizados para o deslocamento de pessoas, bens e animais.
Art. 26 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para ações e
investimentos relativos ao sistema de mobilidade na área rural (ribeirinha,
irrigada e de sequeiro):
I - Executar obras de pavimentação de estradas e implantar a sinalização
viária;
II - Executar obras de construção, encascalhamento e patrolamento de
estradas vicinais, para acesso às vilas e distritos;

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III - Executar obras de asfaltamento do km 45 da BR 407 até o distrito de


Lagoas, de Rajada a Caititu, e de Caititu, passando por Cristália, até à divisa
de Lagoa Grande;
IV - Implementar melhorias no transporte coletivo entre as comunidades, com
implantação de linhas diárias, ajustes de horários para atender à demanda,
garantia de transporte escolar legalizado, vale transporte para agentes de
saúde e viabilização de linhas para acesso à Universidade;
V - Implantar transporte alternativo para áreas desassistidas, através de
associações e cooperativas;
VI - Regulamentar o serviço de mototáxi, através de associações e
cooperativas;
VII - Implantar sinalização indicativa das localidades do município.
Art. 27 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e
investimentos relativos ao sistema de mobilidade na área urbana:
I - Implementar um sistema integrado de transporte coletivo;
II - Ampliar o número de empresas municipais e estaduais de transporte e
respectiva frota;
III - Melhorar a sinalização e as condições das vias urbanas e rurais;
IV - Legalizar e fiscalizar os transportes alternativos;
V - Ampliar e estruturar a frota para transporte escolar;
VI - Garantir o atendimento do transporte coletivo para todos os
empreendimentos públicos e privados;
VII - Ampliar a rede de ciclovias nas principais vias urbanas e nas saídas da
cidade para a área rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro);
VIII - Garantir que, nos projetos para construção de novos empreendimentos
de loteamentos privados e públicos, em áreas vizinhas ou muito próximas às
rodovias Federais e Estaduais, constem e sejam devidamente executadas as
sinalizações, a posteação e iluminação dos acessos, assim como implementar
o acesso de transporte coletivo;
IX - Garantir, aos conselheiros do Conselho Municipal da Cidade, acesso aos
cálculos tarifários do sistema de transporte público, de forma clara e objetiva;
X - Criar incentivo para a utilização de ônibus movidos a gás ou outros
sistemas menos poluentes.
Seção VII
Do Desenvolvimento Econômico
Art. 28 A política de desenvolvimento econômico do Município de Petrolina,
conforme definição do art. 13, tem por objetivo a promoção do
desenvolvimento econômico e social, de forma sustentável, solidária e
articulada com as demais políticas setoriais, com fins de inclusão social,
melhoria da qualidade de vida da população e ampliação das oportunidades
de trabalho, emprego e renda.

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Art. 29 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e


investimentos relativos à política de desenvolvimento econômico do Município
de Petrolina para a área urbana e rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro):
I - Disponibilizar assistência técnica permanente aos pequenos produtores
rurais, para melhor instrução das atividades agrícolas, da caprino-
ovinocultura e da piscicultura;
II - Instalar terminal fluvial apropriado ao escoamento da produção das ilhas;
III - Articular mecanismos, por meio de programas e projetos das esferas
Federal, Estadual e Municipal, para criar condições de aquisição de barcos de
grande porte para transporte de pessoal e escoamento da produção das ilhas;
IV - Incentivar a implantação de agroindústrias e mini-distritos industriais não
poluentes nas comunidades urbanas e rurais;
V - Estimular o desenvolvimento sustentável com utilização de matéria-prima
e mão-de-obra da região;
VI - Estimular a organização da produção através do cooperativismo;
VII - Incentivar a implantação de apicultura e beneficiamento do mel e
derivados;
VIII - Divulgar e implantar tecnologias desenvolvidas pela Embrapa;
IX - Apoiar as atividades informais, através de programas integrados de
qualificação, estruturação e incentivo ao trabalho coletivo de catadores,
agricultores, artesãos, dentre outros;
X - Incentivar a realização de programas de responsabilidade social dos
empresários da irrigação, especialmente nas relações com os trabalhadores
temporários;
XI - Criar e ampliar feiras populares;
XII - Implantar programas de capacitação para inserção dos jovens e adultos
nas políticas de fomento;
XIII - Incentivar implantação de cerâmicas;
XIV - Propiciar a retomada das atividades de irrigação, por meio de
gotejamento, na localidade de Cruz de Salinas, com a implantação de uma
adutora do canal do Projeto Pontal até a barragem de Cruz de Salinas;
XV - Construir mercados públicos que atendam à comercialização de produtos
agrícolas no município;
XVI - Implantar camelódromos, com equipamentos padronizados e condições
de transporte público e alternativo;
XVII - Padronizar os equipamentos das feiras e prover as respectivas
instalações elétricas e hidro-sanitárias;
XVIII - Criar mercado público no bairro José e Maria com espaço e instalações
adequadas.
CAPÍTULO III
DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Art. 30 Para fins desta Lei entende-se por Políticas Sociais a:
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I - Segurança;
II - Educação;
III - Educação Profissionalizante;
IV - Saúde das Pessoas e Saúde Pública;
V - Acessibilidade Urbana;
VI - Habitação;
VII - Turismo, Cultura e Lazer;
VIII - Assistência Social;
IX - Geração de Renda.

Seção I
Da Segurança
Art. 31 Ficam definidas como diretrizes prioritárias para as ações e
investimentos relativos à política de segurança municipal de Petrolina,
abrangendo a área urbana e a área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro):
I - Estabelecer parcerias com o Governo do Estado para:
a) Implementação de ações para melhoria das condições de segurança social;
b) Implantação de núcleos de segurança comunitários, devidamente
equipados, especialmente nas áreas de maior índice de violência;
c) Implementação de melhorias na estrutura dos postos policiais existentes;
d) Implantação de rondas nas vilas, assentamentos e povoados da área rural
(ribeirinha, irrigada e de sequeiro);
e) Implantação de postos móveis, com rondas freqüentes de policiais nos
bairros da área urbana e da área rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro);
f) Instalação das delegacias do idoso e da criança e adolescente, com seleção
de equipes técnicas especializadas através de concurso público;
g) Realização de concurso público para agentes femininas da delegacia da
mulher, garantindo atendimento de plantão 24 horas, assim como
implantação de juizado especial da mulher.
h) Efetivação dos programas de ressocialização, com atividades de trabalho
para presidiários, adolescentes infratores e/ou em situação de vulnerabilidade
pessoal e social;
i) Implantação da Lei Seca em todos os bairros da área urbana e da área rural
(ribeirinha, irrigada e de sequeiro).
II - Implementar melhorias na segurança dos equipamentos sociais, com
ampliação e qualificação da equipe da guarda municipal;

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III - Implementar ações preventivas e educativas integradas de segurança,


para prevenir o agravamento da violência;
IV - Aumentar sistematicamente o efetivo da guarda municipal.
Seção II
Da Educação
Art. 32 A educação deve ser entendida como o processo que se institui na
convivência humana e familiar e nas instituições de ensino, tendo por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando no campo da ética, da
cidadania e da qualificação profissional.
Art. 33 A política municipal de educação deverá assegurar o acesso à
educação infantil e ao ensino fundamental, em regime de colaboração com o
Governo Estadual e Federal, e abranger a área urbana e a área rural
(ribeirinha, irrigada e de sequeiro).
Art. 34 A educação municipal será gerida por uma secretaria exclusiva e
autônoma, atendendo o que preceitua a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
Art. 35 A política municipal de educação observará as seguintes diretrizes,
respeitadas as competências do demais entes federativos:
I - Implantação, ampliação e melhoria de equipamentos complementares às
escolas: biblioteca, quadra poliesportiva e laboratório de informática na área
urbana e na área rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro), garantindo o
número de computadores de acordo com a demanda da escola;
II - Implementação de melhorias, manutenção, reformas e ampliações
sistemáticas de escolas e creches;
III - Aumento do número de escolas e creches na área rural (ribeirinha,
irrigada e de sequeiro);
IV - Seleção de professores capacitados, através de concurso público;
V - Reformulação qualitativa e quantitativa da rede escolar de ensino médio;
VI - Implantação de cursos pré-vestibulares gratuitos na área rural
(ribeirinha, irrigada e de sequeiro), e ampliação do serviço na área urbana;
VII - Construção e implantação de bibliotecas públicas nas regionais das
áreas urbana e rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro), equipadas com
laboratório de informática;
VIII - Regularidade no fornecimento da merenda escolar, com regionalização
do cardápio, atendendo à nutrição e segurança alimentar, priorizando a
agricultura familiar;
IX - Ampliação, criação e produção de atividades cívicas, esportivas e
culturais nas escolas, tais como rádios, cinema, fotografia, fanfarras, cursos
de teatro, dança, artesanato e reciclagem;
X - Fazer cumprir a Lei Federal da criação de Grêmios Estudantis nas escolas.
XI - Incremento dos quadros de pessoal, com qualificação, para creches e
escolas, inclusive ampliando a gestão democrática;

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XII - Implantação de escolas rurais agropecuárias no ensino fundamental e


médio, com pedagogia adaptada à realidade do semi-árido, envolvendo teoria
e prática;
XIII - Promoção ao estímulo precoce de crianças com deficiência nas creches
e na educação infantil;
XIV - Estimular a descentralização e implantação de cursos de formação
superior na área rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro);
XV - Realização de gestões junto aos Centros Universitários, objetivando
incluir na matriz curricular dos cursos universitários, no município,
conhecimentos da área de geriatria e gerontologia;
XVI - Emissão da carteira de estudante pelo órgão estudantil municipal,
fiscalizando sua aceitação obrigatória em todos os shows e eventos culturais;
XVII – Incrementar ao quadro de pessoal qualificado, a função de “interprete”
de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – Decreto nº 5.626/05;
XVIII – Delimitar o distanciamento por m2 do aluno em sala de aula.
Art. 36 A gestão administrativa das creches municipais, urbanas e rurais,
deverá ficar a cargo da secretaria municipal de educação.
Seção III
Da Educação Profissionalizante
Art. 37 A educação profissionalizante tem por objetivo principal a inserção do
educando no mercado de trabalho, através de profissão ou ofício,
especialmente nas cadeias produtivas da região econômica de Petrolina.
Art. 38 A política municipal de educação profissionalizante observará as
seguintes diretrizes, aplicáveis à área urbana e à área rural (ribeirinha,
irrigada e de sequeiro):
I - Incentivar o conhecimento e a prática das artes e do artesanato,
especialmente daquele típico da região;
II - Articular parcerias com os Governos Federal e Estadual e com a iniciativa
privada, para incremento do ensino técnico e profissionalizante, com foco nas
oportunidades de emprego e potencialidades econômicas do município.
Seção IV
Da Saúde das Pessoas e da Saúde Pública
Art. 39 A política municipal de Saúde tem por objetivo a erradicação dos
riscos de doenças e outros agravos, bem como proporcionar a todos os
cidadãos o acesso, universal e igualitário, às ações e aos serviços preventivos
e curativos, individuais e coletivos.
Art. 40 A política municipal de Saúde deverá abranger a área urbana e a área
rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro), será executada respeitando os
princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS:
I - Elaborar mapeamento das situações de risco de saúde no município;
II - Fortalecer parcerias com entidades, tais como a Pastoral da Criança e o
Instituto de Saúde Holística Madre Paulina, para combater a desnutrição;

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III - Construir e melhorar as instalações, manutenção, funcionamento e


ampliação da rede de postos de saúde em toda área urbana e rural (irrigada,
ribeirinha e de sequeiro), de acordo com os parâmetros preconizados pelo
Ministério da Saúde;
IV - Ampliar o número de ambulâncias e pronto atendimento do SAMU, para
atender a todo município, promovendo campanhas educativas para melhor
uso do serviço e informando sua verdadeira finalidade;
V - Ampliar a rede de farmácias populares e propiciar maior abrangência do
elenco dos remédios;
VI - Implantar pronto atendimento nas regionais das áreas urbana e rural
(irrigada, ribeirinha e de sequeiro), com ampliação de cotas para consultas e
exames especializados;
VII - Consolidar a política de humanização e formação continuada em toda a
rede de saúde do município;
VIII - Ampliar as unidades do Programa Saúde da Família e prover cobertura
dos agentes comunitários de saúde a toda a população;
IX - Implementar melhoramentos nas campanhas educativas de Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST) e de planejamento familiar, propiciando
maior acesso aos métodos contraceptivos;
X - Construir novos cemitérios, inclusive regularização dos existentes, através
dos órgãos municipais competentes;
XI - Prover fiscalização mais efetiva da vigilância sanitária nos cemitérios
existentes, regulares e clandestinos;
XII - Providenciar a extinção dos matadouros clandestinos;
XIII - Ampliar e estruturar as equipes de vigilância sanitária;
XIV - Fazer cumprir o Estatuto do Idoso, proporcionando o atendimento
prioritário às pessoas da terceira idade;
XV - Priorizar o atendimento materno-infantil e do idoso no Hospital Dom
Malam;
XVI - Incluir as terapias alternativas na rede pública de saúde municipal;
XVII - Fazer gestões para garantir o cumprimento das competências das três
esferas do Poder Público;
XVIII - Estabelecer parcerias com as instituições universitárias para a
realização de programas do tipo Hospital Escola.
XIX - Providenciar a renovação da licença dos postos de medicamentos do
interior do município pela Secretaria Municipal de Saúde, desde que
solicitados, conforme parecer da ANVISA;
XX - Realizar concurso público para seleção de profissionais para substituir as
terceirizações de serviços, com vistas à sua extinção, no prazo de 01 (um)
ano, após a aprovação do Plano Diretor;

XXI - Promover o mapeamento e o cadastro, por bairros e localidades, dos


casos de atendimentos médicos às mulheres agredidas e violentadas;
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XXII - Intensificar programas de combate a insetos maléficos, principalmente


em áreas degradadas, lagoas de estabilização e esgotos a céu aberto;
XXIII - Realizar o mapa de risco na área de saúde do trabalhador no
município;
XXIV - Fazer gestões para a implantação de policlínicas em cada regional,
mantidas pelo SUS;
XXV - Atualizar o Plano Municipal de Saúde de Petrolina.
Seção V
Da Acessibilidade Urbana
Art. 41 A acessibilidade urbana é o conjunto de possibilidades e condições de
alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e
autonomia, de espaços, edificações e equipamentos urbanos.
Art. 42 Na promoção da acessibilidade urbana deverão ser observadas as
regras específicas previstas na legislação federal, estadual e municipal, assim
como as normas técnicas editadas pelos órgãos competentes, dentre as quais
as normas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT.
Art. 43 As políticas públicas relativas à acessibilidade urbana devem ser
orientadas para a inclusão social, com o objetivo de assegurar e preservar os
direitos fundamentais da pessoa humana, em especial das pessoas com
deficiência e mobilidade reduzida.
Art. 44 A política municipal de Acessibilidade Urbana observará as seguintes
diretrizes:
I - Garantir a acessibilidade aos equipamentos, prédios de uso público e
logradouros existentes e futuros, com eliminação de barreiras físicas e de
comunicação que dificultem a locomoção das pessoas com deficiência, idosos,
mulheres gestantes, pessoas com mobilidade reduzida permanente ou
temporariamente, obedecendo às orientações da NBR 9050;
II - Garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência aos eventos
educativos, sociais, culturais e esportivos;
III - Obrigatoriedade de adaptação dos transportes coletivos para pessoas
com deficiências, conforme legislação específica;
IV - Adaptação das calçadas às normas de acessibilidade e mobilidade,
vinculando a aprovação do projeto de construção ou reforma à apresentação
de projeto da calçada pública, de acordo com as normas pertinentes
obedecendo o grid da rua definido pela Prefeitura;
V - Fazer cumprir a Lei Federal nº 10.048/00, que estabelece a prioridade
para o atendimento às pessoas com deficiência, a Lei Federal nº 10.098/00,
que estabelece normas gerais para acessibilidade das pessoas com
deficiência, o Decreto nº 5.296/04, que regulamenta as citadas leis, e ainda as
deliberações do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com
Deficiência;

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VI - Incluir ciclovias e passarelas para pedestres nas principais vias urbanas e


nas vias de acesso à área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro).
Seção VI
Da Habitação
Art. 45 A política municipal de Habitação tem por objetivo universalizar o
acesso à moradia com condições adequadas de habitabilidade, priorizando os
segmentos sociais vulneráveis, mediante instrumentos e ações de regulação
normativa, urbanística e jurídico-fundiária, em conformidade com as
deliberações do Conselho Municipal da Cidade.
Art. 46 Habitação de interesse social é toda a moradia destinada à população
de baixa renda, com condições adequadas de habitabilidade, em
conformidade com as deliberações do Conselho Municipal da Cidade.
Art. 47 A política municipal de Habitação deverá abranger a área urbana e a
área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), e observará as seguintes
diretrizes, em conformidade com as deliberações do Conselho Municipal da
Cidade:
I - Promover a construção de habitações de interesse social, erradicando as
casas de taipa;
II - Promover a criação de programas de habitação de interesse social;
III - Garantir assistência técnica gratuita para a elaboração de projetos
residenciais de autoconstrução, para pessoas com rendas até 3 (três) salários
mínimos e residências de até 80 (oitenta) metros quadrados;
IV - Elaborar e executar a Política Municipal de Habitação Popular, em
conformidade com as deliberações do Conselho Municipal da Cidade;
V - Promover gestões para conseguir a concessão de direito real de uso nas
ilhas localizadas no município de Petrolina;
VI - Promover a criação de um Fundo Municipal de Habitação Popular e
Regularização Fundiária;
VII - Implementar um banco de dados com os seguintes informações:
a) Relação de todas as pessoas já beneficiadas com a doação de casas
populares;
b) Criação de lista de espera única, garantindo que as casas doadas não
sejam comercializadas ou repassadas;
c) Mecanismo para repasse do imóvel ao próximo candidato da lista de
espera, em caso de comercialização ou repasse indevido.
VIII - Instituir Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS, mediante legislação
específica, nos termos definidos neste Plano Diretor.
IX - Utilizar os instrumentos de política urbana previstos no Estatuto da
Cidade e no Plano Diretor, para fins de implantar programas de habitação de
interesse social e de regularização jurídica e fundiária.
Art. 48 As áreas de preservação ambiental, as destinadas a usos públicos
imprescindíveis, as que ofereçam situações de risco ou ainda as “non

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aedificandi” são consideradas inviáveis para implantação de programas


habitacionais e para a regularização urbanística e jurídico-fundiária.
Seção VII
Do Turismo, Cultura e Lazer
Art. 49 As políticas municipais voltadas para o turismo, cultura e lazer
deverão abranger a área urbana e a área rural (irrigada, ribeirinha e de
sequeiro), e observarão as seguintes diretrizes:
I - Promover o turismo rural na área (irrigada, ribeirinha e de sequeiro),
através de ações integradas com a dinâmica das atividades econômicas,
sociais e culturais;
II - Formatar parcerias para fortalecer o turismo, inclusive elaborar estudos
específicos para identificar as potencialidades e locais atrativos;
III - Fortalecer o potencial turístico da região, destacando a paisagem do rio
São Francisco, o artesanato, o agro-negócio e seus produtos, inclusive de
forma integrada com outros municípios;
IV - Implantar e regularizar equipamentos na área rural (irrigada, ribeirinha e
de sequeiro), para lazer da população local, tais como balneários, praças,
quadras poliesportivas cobertas, campos de futebol e centros sócio-culturais;
V - Promover e apoiar a realização de eventos culturais nas áreas rurais, com
atividades de teatro, música, dança, cinema, literatura, festas populares,
programas esportivos, incluindo atividades para a terceira idade e pessoas
com deficiência;
VI - Promover a melhoria e ampliação da rede de equipamentos culturais e
esportivos na área urbana, prioritariamente através de:
a) Construção de um teatro municipal;
b) Ampliação do estádio esportivo;
c) Construção de praças da cidadania, quadras poliesportivas cobertas,
campos de areia e espaços de lazer permanentes nos bairros;
d) Promoção de programas para a terceira idade e pessoas com deficiência;
VII - Promover a ampliação dos quadros públicos para agentes esportivos e
culturais;
VIII - Propiciar a criação de oficinas de artes integradas nas praças e ruas,
especialmente direcionadas às crianças e adolescentes que moram nas ruas e
periferias, em parceria com a sociedade civil, artistas profissionais e
amadores, com o objetivo de disciplinar, socializar e formar cidadãos;
IX - Dar visibilidade, estimular e valorizar a produção cultural local,
proporcionando o desenvolvimento da cultura e afirmação da identidade;
X - Implementar o Conselho Municipal de Cultura;
XI - A política Cultural do município será gerida por órgão específico;
XII - Coibir o turismo sexual e predatório;
XIII – Criar a Secretaria de Cultura;
XIV – Criar a Secretaria de Turismo.
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Seção VIII
Da Assistência Social
Art. 50 A política municipal de assistência social deve ser realizada de forma
integrada às demais políticas setoriais, visando ao enfrentamento das
desigualdades sócio-territoriais, à garantia dos mínimos sociais, ao
provimento de condições para atender contingências sociais e à
universalização dos direitos sociais, conforme os princípios e diretrizes do
Sistema Único de Assistência Social - SUAS.
Art. 51 A política municipal de assistência social deverá abranger a área
urbana e a área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), e observará as
seguintes diretrizes:
I - Promover a implantação de Centros de Referência da Assistência Social –
CRAS, nas regionais;
II - Promover a implantação do Centro de Referência Especializado da
Assistência Social – CREAS, nas regionais;
III - Consolidar e ampliar as ações dirigidas aos idosos (grupos e Centros de
Convivência de Idosos – CCI’s);
IV - Ampliar o apoio às instituições não governamentais e sem fins lucrativos
que atuam na área de assistência social;
V - Realizar mapeamento e diagnóstico social do município, inclusive com
atualização permanente, sob coordenação da Secretaria de Desenvolvimento
Social, Juventude e Cidadania – SEDESC;
VI - Garantir a consolidação do Sistema Único da Assistência Social – SUAS;
VII - Realizar gestões junto ao Governo Federal para ampliação das metas dos
programas federais, como Programa de Erradicação do Trabalho Infantil -
PETI, Agente Jovem, Sentinela e Bolsa Família, bem como para a ampliação
de recursos financeiros para melhoria da infra-estrutura destes programas;
Seção IX
Da Geração de Renda
Art. 52 A política municipal voltada para a geração de renda deverá abranger
a área urbana e a área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro) e observará
as seguintes diretrizes:
I - Realizar gestões junto ao Governo Federal para ampliação das metas do
Programa Bolsa Família;
II - Implementar a Lei do Primeiro Emprego;
III - Assegurar apoio às associações, cooperativas, clubes de mães e centros
desportivos, inclusive com espaço para exposições;
IV - Implementar o Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal,
de forma a garantir a aquisição de alimentos da agricultura familiar para a
merenda escolar das escolas municipais.

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CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA AMBIENTAL
Seção I
Das Normas Gerais da Política Ambiental
Art. 53 A Política Ambiental do Município de Petrolina é entendida como um
conjunto de diretrizes, instrumentos e mecanismos de política pública que
orienta a gestão ambiental do município, na perspectiva de fomentar o
desenvolvimento sustentável e a elevação da qualidade do meio ambiente.
Art. 54 A Política Ambiental do Município de Petrolina deverá ser aplicada na
área urbana e rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), na forma do que
dispõe a Lei Federal nº. 4.771/1965 - Código Florestal, a Lei Municipal nº
1.199/2002 – Código Municipal do Meio Ambiente, e resoluções pertinentes
dos órgãos de meio-ambiente e demais instrumentos legais aplicáveis.
Seção II
Da Proteção Ambiental das Margens e das Ilhas do Rio São Francisco
Art. 55 A proteção ambiental das margens e das ilhas do Rio São Francisco
deve ser aplicada, na área urbana e rural, de acordo com a legislação citada
no art. 54 desta Lei.
Parágrafo Único - Além daquelas preconizadas na Lei Municipal nº
1.199/2002 – Código Municipal do Meio Ambiente, são diretrizes para a
proteção ambiental das margens e das ilhas do Rio São Francisco:
I - Fiscalizar a aplicação da legislação vigente e promover o seu respectivo
aprimoramento;
II - Executar o reflorestamento das margens continentais e das ilhas,
objetivando o combate à erosão nas referidas margens e assoreamento no
leito do rio.
III - Criar acesso público ao rio, em locais identificados como necessários
para fins de travessia e visitação, mediante desapropriação, pelo Poder
Público, quando se tratar de área privada, com instituição de corredores
dotados de infra-estrutura.
Seção III
Da Infra-Estrutura das Ilhas do Rio São Francisco
Art. 56 A infra-estrutura das ilhas do Rio São Francisco deverá ser
beneficiada, através de ações e implementação de serviços públicos,
mediante as seguintes prioridades:
I - Levantamento cadastral das ilhas;
II - Levantamento fito-sociológico das ilhas;
III - Implementação de serviços públicos de esgotamento sanitário,
abastecimeto de água tratada, provisão de energia, instalação de telefones
públicos, coleta de lixo, segurança publica, acesso seguro e sinalização;
IV - Construção de banheiros públicos.
Seção IV
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Da Sustentabilidade Ambiental
Art. 57 A sustentabilidade ambiental deve ser entendida como resultado de
um conjunto de medidas de preservação, proteção, conservação e
recuperação de forma sustentável e estratégica dos recursos naturais, da
paisagem e dos ecossistemas de todo o território municipal.
Art. 58 Para fins de Sustentabilidade Ambiental, são diretrizes gerais da
Política Ambiental do Município de Petrolina, aplicáveis na área urbana e na
área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro):
I - Atender às prerrogativas do Código Municipal do Meio Ambiente, Lei
Municipal n° 1.199/2002, inclusive implantar e instrumentalizar o quadro de
agentes ambientais, conforme Art. 95, para exercício das suas funções;
II - Implementar as medidas corretivas e preventivas contra a salinização dos
solos, degradação da mata ciliar;
III - Coibir ações predatórias ao meio ambiente, tais como: extração ilegal de
areia nas margens das estradas, riachos e no entorno das vilas, pesca
predatória, degradação do solo (desmatamento e queimadas) e desmatamento
desordenado;
IV - Fiscalizar as empresas agrícolas quanto ao uso de agrotóxicos e adubos
químicos, de forma a evitar a poluição dos solos e mananciais, através de
receituário agronômico;
V - Fiscalizar as atividades poluidoras, tais como usinas de cana-de-açúcar,
matadouros, curtumes e outras, com imputação das penalidades aplicáveis;
VI - Criar corredores ecológicos interligando as reservas legais, com proteção
da fauna e da flora mediante levantamento e mapeamento das referidas áreas
de caatinga nativa, de mata ciliar dos rios existentes no município, dos
projetos de irrigação e assentamentos, visando à formação de mosaicos;
VII - Implementar o monitoramento permanente das condições ambientais do
município;
VIII - Instituir programas permanentes de revitalização do rio São Francisco e
da Caatinga;
IX - Implementar a autorização prévia dos órgãos responsáveis pelo meio-
ambiente para liberação de eventos em áreas públicas, avaliando o impacto
ao meio-ambiente e à vizinhança, inclusive instituir cobrança de taxa para
utilização eventual de áreas públicas, excluídos da cobrança de taxa os
eventos sem fins lucrativos de interesse social;
X - Promover e incentivar a educação ambiental, com campanhas educativas
para população, escolas e catadores de lixo;
XI - Elaborar Lei Municipal proibindo o banho nos canais e reservatórios das
áreas irrigadas e açudes públicos da área de sequeiro;
XII - Criar o Fórum Municipal de Defesa do Bioma Caatinga na jurisdição do
município;
XIII - Implantar o Fundo Municipal de Meio Ambiente, já instituído pela Lei
Municipal nº. 1.603, de 14 de dezembro de 2004, com a criação da Secretaria
Executiva;
23
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XIV - Destinar os recursos obtidos por meio de alienação de imóveis públicos


municipais a implantação, preservação e manutenção de áreas verdes no
território do município, conforme estabelecido na Lei Municipal nº 1.551, 15
de outubro de 2004;
XV - Promover a implantação da Agenda Ambiental em todas as escolas da
rede municipal, segundo os ditames da Agenda 21 Local;
XVI - Implantar em todas as unidades municipais a Agenda Ambiental na
administração pública;
XVII - Realizar o levantamento e mapeamento das áreas não degradadas,
degradadas (salinizadas, antropizadas, etc.) e em processo de degradação,
para fins de conservação;
XVIII - Promover programas de recuperação de solos degradados;
XIX - Estimular a intensificação de práticas agroecológicas (adubação verde,
captação de água “in natura”, curva de nível, etc.);
XX - Apoiar o desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre proteção de
superfície do solo contra a ação dos agentes erosivos;
XXI - Proibir desmontes ilegais de rochas.
XXII - Instituir grupamento do meio ambiente na guarda municipal com
objetivo de proteger o patrimônio ecológico do município, apoiar ações
fiscalizatórias dos agentes ambientais e demais atividades pertinentes;
XXIII – Fazer gestão junto ao Governo do Estado de Pernambuco para a
instituição de grupamento de polícia ambiental no município com objetivo de
combater os crimes ambientais em conjunto com a Guarda Municipal e
Agentes Ambientais do Município.

Seção V
Do Zoneamento Ambiental
Art. 59 Nos termos da Lei Municipal nº. 1.199/2002 - Código Municipal de
Meio Ambiente, o Zoneamento Ambiental consiste na definição de áreas do
território do município, de modo a regular atividades e definir ações para a
proteção e melhoria da qualidade do ambiente, considerando as
características ou atributos das respectivas áreas.
Parágrafo Único – Para cumprimento do disposto no art. 14 da lei citada no
caput, com objetivo de constituir legalmente o zoneamento ambiental no
Município de Petrolina, deverão ser adotadas as seguintes medidas:
I - Realização de zoneamento agroecológico e econômico do município,
buscando identificar as áreas indicadas para uso agrícola, áreas ecológicas e
áreas degradadas ou em processo de degradação;
II - Realizar e Apoiar estudos e pesquisas que visem à definição de
indicadores de sustentabilidade;
III - Utilização de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e de Relatório de
Impacto ao Meio Ambiente – RIMA, como instrumentos orientadores das
atividades empreendedoras;
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IV - Junto às fontes de fomento local e regional, criação de editais que visem o


desenvolvimento de pesquisas voltadas para a recuperação de ambientes
degradados ou em processo de degradação, com especial ênfase para áreas
ameaçadas ou em processo de desertificação;
V - Definição de novos indicadores de uso sustentável dos recursos naturais e
para a sustentabilidade de empreendimentos pesqueiros do Rio São
Francisco;
VI - Realização de inventário das fontes poluidoras e seus níveis de riscos
ambientais, com os respectivos cadastros no Sistema Municipal de
Informações do Cadastro Ambientais – SICA;
VII - Adoção de incentivos fiscais por meio de legislação municipal específica.
Seção VI
Das Unidades de Conservação
Art. 60 Nos termos da Lei Municipal nº. 1.199/2002 - Código Municipal de
Meio Ambiente, as Unidades de Conservação são parcelas do território
municipal, incluindo as áreas com características ambientais relevantes de
domínio público ou privado legalmente constituídas ou reconhecidas pelo
poder público, com objetivos e limites definidos, sob regime especial de
administração, as quais se aplicam garantias adequadas de proteção.
Parágrafo Único – Para cumprimento do disposto no art. 19 da lei citada no
caput, com objetivo de constituir legalmente unidades de conservação no
Município de Petrolina, deverão ser adotadas as seguintes medidas:
I - Levantamento e mapeamento das áreas potenciais para a criação de
unidades de conservação;
II - Catalogação das unidades existentes no município;
III - Adoção de incentivos fiscais por meio de legislação municipal específica,
atendendo deliberações dos conselhos municipais pertinentes.
Seção VII
Da Proteção para o Meio Ambiente por meio do Manejo Integrado dos
Recursos Hídricos e dos Resíduos Líquidos e Sólidos
Art. 61 A Política Ambiental do Município de Petrolina deverá proteger o meio
ambiente através do manejo integrado dos recursos hídricos e dos resíduos
líquidos e sólidos, na área urbana e na área rural (irrigada, ribeirinha e de
sequeiro), de acordo com a legislação ambiental vigente nas esferas Federal,
Estadual e Municipal.
Parágrafo Único – Para atender ao disposto no caput, deverão ser adotadas as
seguintes diretrizes:
I - Promover o uso racional da água, principalmente utilizada na agricultura
irrigada;
II - Desenvolver programas eficazes de prevenção, redução e eliminação das
fontes poluidoras;
III - Estabelecer padrões adequados para o despejo de efluentes no Rio São
Francisco;
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IV - Estimular a redução de desperdício de água, visando à redução da


geração de esgotos;
V - Promover o reflorestamento de mata ciliar, nascentes, barragens, açudes e
áreas de caatinga degradadas, visando à proteção dos recursos hídricos;
VI - Promover a proteção e manejo de aterros sanitários de forma segura,
considerando os aspectos hidrológicos;
VII - Incentivar a reciclagem e reutilização das águas residuais e dos resíduos
sólidos, como forma de aumentar a disponibilidade de água;
VIII - Promover a implantação de programas eficientes de drenagem pluvial;
IX - Elaborar diagnóstico da potencialidade das fontes hídricas no município
(poços, açudes, barreiros, barragens, lagoas e cisternas), informando à
população e possibilitando o seu acesso a esse bem público;
X - Elaborar diagnóstico nas propriedades rurais, ouvidos os produtores,
trabalhadores e moradores, sobre os efeitos nocivos à saúde derivados do uso
de agro-químicos e implementação de medidas preventivas e assistenciais.
Seção VIII
Do Combate aos Focos de Exploração Ilegal dos Recursos Minerais
Art. 62 Os órgãos responsáveis pela Política Ambiental do Município de
Petrolina deverão identificar e combater os focos de exploração ilegal dos
recursos minerais, desburocratizando seus principais entraves e adotando,
para tal, as seguintes medidas:
I - Realização de inventário das fontes de extração dos recursos minerais do
município, principalmente as referentes à extração de areia, pedra e barro;
II - Concessão de benefícios fiscais às empresas que adotarem práticas de
recuperação de áreas degradadas, mediante aprovação dos Conselhos
pertinentes;
III - Elaboração de critérios para exploração e uso dos recursos minerais
conforme determina a Lei Municipal nº 1.199/2002 - Código Municipal de
Meio Ambiente;
IV - Implementação da representação do órgão competente para avaliar a
exploração dos recursos minerais.
Seção IX
Da Conservação das Populações de Espécies da Flora e Fauna
Art. 63 A Política Ambiental deverá assegurar a conservação das populações
da flora e fauna com especial atenção às espécies ameaçadas de extinção,
abrangendo seus habitats na área urbana e na área rural (irrigada, ribeirinha
e de sequeiro), segundo normas da legislação ambiental vigente nas esferas
federal, estadual e municipal, e dos tratados nacionais e internacionais.
Parágrafo Único – Para atender ao disposto no caput, deverão ser observadas
as seguintes diretrizes:
I - Criação de leis municipais de proteção às espécies ameaçadas e de
extinção existentes no município, por intermédio da proteção de áreas de

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importância biológica, manutenção e fiscalização das áreas de preservação


natural e permanente;
II - Criação de programas de parceria com a participação de organismos
internacionais, nacionais, regionais, estaduais e municipais disponíveis.
Seção X
Da Utilização de Produtos Geneticamente Modificados no Mercado
Art. 64 A Política Ambiental deverá assegurar a identificação e avaliação de
produtos geneticamente modificados, de acordo com a legislação pertinente
em vigor.
Parágrafo Único – Para atender ao disposto no caput, deverá ser elaborada
legislação específica para a introdução e uso de produtos geneticamente
modificados no Município de Petrolina.
Seção XI
Do Programa Oficial Permanente de Distribuição de Mudas de Espécies
Nativas
Art. 65 A Política Ambiental deverá criar programas permanentes de
distribuição e orientação para o plantio de mudas de espécies nativas e
exóticas adaptadas à região, contemplando a área urbana e a área rural
(irrigada, ribeirinha e de sequeiro).
Parágrafo Único – Para atender ao disposto no caput, deverão ser observadas
as seguintes diretrizes, a serem incorporadas ao Plano Diretor de Arborização
e Áreas Verdes de Petrolina:
I - Implementação de parcerias com instituições dos setores público e
privado, ONG’s e instituições afins;
II - Implantação e implementação de viveiros para produção de mudas de
espécies nativas e exóticas que serão adotadas para arborização na área
urbana e na área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), observando o
disposto na Lei Estadual nº. 12.857/2005 e legislação municipal vigente;
III - Implantação de viveiros em pontos estratégicos da área ribeirinha para
produção de mudas de espécies nativas e exóticas para o reflorestamento das
áreas de mata ciliar do Rio São Francisco, atualmente degradadas ou em
processo de degradação;
IV - Concessão de incentivos fiscais para empresas e produtores que
adotarem iniciativas para a recuperação de áreas antropizadas;
V - Instituição do Selo Verde Ambiental e criação do prêmio de preservação e
conservação ambiental municipal.
Seção XII
Do Combate à Comercialização Ilegal de Animais e Plantas Nativas
Art. 66 A Política Ambiental deve combater a venda ilegal de animais e
plantas nativas em todo o território municipal, segundo a legislação
ambiental vigente nas esferas federal, estadual e municipal.

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Parágrafo Único - Para atender ao disposto no caput, de foram efetiva e


eficaz, devem ser adotadas medidas educativas, reparativas e punitivas, além
de:
I - Incremento e fiscalização nos pontos de entrada e de vendas de animais e
plantas nativas no município;
II - Parcerias com o Ministério Público (Curadoria do Meio Ambiente), IBAMA,
CPRH e ONG`s da área ambiental, para a execução de programas educativos
de sensibilização para redução do desmatamento e combate ao tráfico de
animais silvestres;
III - Criação do disque-denúncia ambiental no município;
IV - Criação de representações de órgãos fiscalizadores no município para
recebimento de animais silvestre apreendidos, para serem recuperados e
devolvidos aos respectivos habitats, e, no caso de animais abatidos, fazer
doação às instituições beneficentes mediante registro de entrega.
Seção XIII
Da Garantia de Oferta de Água
Art. 67 A Política Ambiental deverá garantir a oferta de água para os
diferentes usos, compatibilizando desenvolvimento com proteção dos
recursos naturais, principalmente os recursos hídricos, segundo a
Constituição Federal de 1988, Lei Federal nº 9.433/1997, e demais
legislações pertinentes das esferas federal, estadual e municipal.
Parágrafo Único – Para atender ao disposto no caput, deverão ser adotadas,
na área urbana e na área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), as
seguintes diretrizes:
I - Garantir o abastecimento de água potável, o saneamento básico, a coleta e
disposição de resíduos sólidos;
II - Disponibilizar alternativas tecnológicas para aumentar a oferta de água
para consumo humano, dessedentação animal e produção de alimentos;
III - Promover o manejo de forma integrada do solo e água nas áreas
agrícolas, visando o controle da erosão e salinização;
IV - Regular o uso do solo de forma compatível com a sua aptidão.
Seção XIV
Das Variações Edafoclimáticas sobre os Recursos Hídricos e sobre a
Ocorrência de Calamidades
Art. 68 A Política Ambiental, através de instrumento legal, buscará
compreender, prevenir e quantificar as ameaças dos impactos das variações
edafoclimáticas sobre os recursos hídricos e sobre a ocorrência de
calamidades na área urbana e na área rural (irrigada, ribeirinha e de
sequeiro).
Parágrafo Único – Para atender ao disposto no caput, deverão ser observadas
as seguintes diretrizes:
I - Criação de comissão multidisciplinar para análise do ambiente
atmosférico, com o objetivo de identificar as principais fontes emissoras de
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gases poluentes na atmosfera e definir normas de posturas para o ambiente


atmosférico municipal;
II - Promoção de programas específicos, visando à qualidade do ar em
estabelecimentos que promovam qualquer tipo de combustão;
III - Incentivo à adoção de energias alternativas sustentáveis (solar, eólica,
etc.);
IV - Desenvolvimento de estudos de modelagem climática e de simulação do
balanço hídrico das bacias hidrográficas situadas no território do município,
com base em modelos digitais de elevação do terreno e imagens de satélite;
V - Incentivo às atividades de pesquisa que avaliem com precisão a influência
da substituição da vegetação nativa por cultivos irrigados e seu impacto no
clima, divulgando os resultados para conhecimento da população;
VI - Implantação de sistema de monitoramento climático, administrado pelo
órgão municipal de Meio Ambiente;
VII - Desenvolvimento de sistemas de informações com banco de dados
relacionados às bases cartográficas;
VIII - Criação de modelos matemáticos para estudos hidrológicos que
facilitem o gerenciamento dos recursos hídricos;
IX - Implantação de um laboratório para o monitoramento da qualidade das
águas superficiais e subterrâneas, quanto à potabilidade, à balneabilidade e
outros usos.
Seção XV
Da Arborização do Município de Petrolina
Art. 69 O Poder Executivo Municipal deverá concluir o Plano Diretor de
Arborização e Áreas Verdes do Município de Petrolina, conforme determina a
Lei Municipal nº 1.199/2002 - Código Municipal de Meio Ambiente, e
submetê-lo à aprovação legislativa.
Parágrafo Único – Nos termos do disposto no caput, na elaboração do Plano
Diretor de Arborização e Áreas Verdes do Município de Petrolina deverão ser
adotadas as seguintes medidas, abrangendo a área urbana e rural (irrigada,
de sequeiro e ribeirinha):
I - Elaboração de diagnóstico do acervo arbóreo atualmente existente;
II - Levantamento e mapeamento das áreas disponíveis para criação de áreas
verdes;
III - Levantamento de bairros e ruas, da cidade e dos povoados, cuja
cobertura arbórea é deficitária;
IV - Implementação da Lei Municipal nº 1.838/2006, que dispõem sobre
proteção às árvores urbanas;
V - Tornar obrigatório a inserção de 50% de espécies nativas do bioma
caatinga e de Pau-Brasil na arborização da cidade e dos povoados do
município, em atendimento ao que determina a Lei Estadual nº 12.857, de 05
de julho de 2005.
Seção XVI
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Da Municipalização do Licenciamento, Controle e Fiscalização


Ambiental de Empreendimentos Causadores de Impacto Ambiental
Local
Art. 70 A municipalização do licenciamento, controle e fiscalização ambiental
de empreendimentos causadores de impacto ambiental local deverá abranger
a área urbana e a área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro) conforme
disposto na Lei Municipal nº 1.199/2002 - Código Municipal de Meio
Ambiente e na Lei Estadual nº 12.916/05, Art. 30, e demais leis pertinentes.
Parágrafo Único – Para atender ao disposto no caput, o Poder Executivo
Municipal deverá regulamentar os artigos da Lei Municipal nº 1.199/2002 -
Código Municipal de Meio Ambiente, relativos ao licenciamento ambiental
que ainda se encontram pendentes de regulamentação.
TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
Art. 71 O ordenamento territorial tem por finalidade definir as diretrizes e os
instrumentos necessários para o desenvolvimento do município de Petrolina
nas áreas urbana e rural, buscando, como objetivos gerais, a redução das
desigualdades sócio-espaciais, o controle do uso e ocupação do solo e a
qualificação ambiental, e como objetivos específicos:
I - A definição de uma nova divisão territorial, compatível com as atuais
funções sociais da cidade, a infra-estrutura e as expectativas de crescimento;
II - A indicação da necessidade de uma nova divisão política-administrativa
dos distritos;
III - A indicação da necessidade de delimitar zonas urbanas dentro do
perímetro da área rural, de forma a atender às demandas da população e aos
usos e funções ali estabelecidas;
IV - A regulação do uso e da ocupação do solo na área urbana, através de
parâmetros urbanísticos;
V - A indução do adensamento e da expansão da urbanização em regiões de
baixa densidade ou com presença de áreas vazias ou subtilizadas, através do
zoneamento e dos instrumentos de política urbana;
VI - A promoção da regularização fundiária e a inserção das ocupações
irregulares na cidade formal;
VII - A ordenação do uso do solo com vistas a respeitar e qualificar as
condições ambientais e as diversas paisagens naturais do município;
VIII - A utilização dos espaços públicos e equipamentos comunitários, com
base nas relações de vizinhança e na qualidade de vida.
CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO
Art. 72 O território do Município de Petrolina está dividido em duas
macrozonas, denominadas:
I - Área Urbana;
II - Área Rural.
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Art. 73 O perímetro da Área Urbana do Município de Petrolina é definido pela


Lei Complementar nº. 001, de 26 de outubro de 2004.
Art. 74 A Área Rural é subdivida em três áreas, em função das características
geográficas e de seu aproveitamento econômico, denominadas:
I - Área Ribeirinha;
II - Área Irrigada;
III - Área de Sequeiro.
Parágrafo Único – O território da Área Rural e a subdivisão das áreas deverão
ter seus perímetros delimitados em lei específica, no prazo de 2 (dois) anos a
contar da publicação desta Lei.
Art. 75 Deverá ser revista a divisão política-administrativa dos Distritos do
Município de Petrolina, em lei específica, no prazo de 12 (doze) meses a
contar da publicação desta Lei, de forma a atender às demandas sociais
levantadas no processo participativo deste Plano Diretor e, em especial, às
seguintes questões específicas:
I - Redefinição do perímetro dos Distritos Petrolina, Cristália, Curral
Queimado e Rajada, devolvendo a área de Terra Nova reintegrando ao novo
distrito sede que será criado.
II - Demarcação de perímetros que apresentem ocupação com características
urbanas, com fins de aplicação de legislação de uso e ocupação do solo e
demais normas pertinentes.
Art. 76 Deverão ser delimitados núcleos urbanos na Área Rural, através de lei
específica, com o objetivo de regular os adensamentos populacionais
consolidados e atender às demandas sociais.
Parágrafo Único – O Poder Público, no prazo de 2 (dois) anos a contar da
publicação desta Lei, deverá editar a lei específica que tratará da delimitação
dos perímetros urbanos dentro do território da Área Rural, que considerará
as seguintes questões:
I - Elaboração de estudos prévios para levantamento e demarcação dos
perímetros dos núcleos urbanos;
II - Definição de responsabilidades entre as esferas de gestão municipal e
federal, quanto à implantação e manutenção de infra-estruturas, serviços
públicos e equipamentos comunitários, nas vilas urbanas dos projetos de
irrigação.
III - Estabelecimento de prazo de 6 (meses) após a publicação da lei
específica para a implantação da nova ordem de responsabilidades,
atribuições e competências dos órgãos públicos envolvidos nas vilas urbanas
dos projetos de irrigação.
IV - Aplicação de legislação municipal pertinente, em especial quanto a uso e
ocupação do solo, códigos de obras e posturas e normas para o parcelamento
do solo, inclusive aplicação de tributos e taxas municipais.
V - Participação da população afetada e dos segmentos sociais
representativos.

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CAPÍTULO II
DO ZONEAMENTO DA ÁREA URBANA
Art. 77 O território da área urbana do Município de Petrolina fica, através do
zoneamento, dividido em Zonas, classificadas em função das suas
especificidades, dos padrões urbanísticos e paisagísticos, das tipologias
construtivas, do sistema viário, dos recursos naturais, das potencialidades de
cada localidade e da intensidade de ocupação desejada.
Art. 78 As Zonas referidas no artigo anterior classificam-se em 7 (sete) tipos,
discriminados a seguir:
I - Zona de Atividades Múltiplas (ZAM);
II - Zonas Residenciais (ZR1, ZR2, ZR3, ZR4);
III - Zona de Patrimônio Histórico (ZPH);
IV - Zona de Preservação e Proteção Ambiental (ZPA);
V - Zonas de Interesse ao Desenvolvimento Urbano (ZIDU1 e ZIDU2);
VI - Zona Industrial e de Serviços (ZIS);
VII - Zona Portuária (ZP).
Parágrafo único - Os limites das zonas, com a descrição dos perímetros, estão
definidos no Anexo I desta Lei.
Art. 79 A Zona de Atividades Múltiplas (ZAM) é caracterizada pela
concentração de atividades diversificadas, com raio de influência urbano-
regional, notadamente comércio, serviços e equipamentos públicos, além do
uso residencial consolidado, configurando-se como o centro expandido da
cidade.
Art. 80 A Zona Residencial 1 (ZR1) é caracterizada pela predominância do
uso habitacional, inclusive multifamiliar, de padrão construtivo alto, pela
valorização imobiliária dos terrenos à beira-rio, bem dotada de infra-estrutura
e propícia a uma ocupação de densidade alta.
Art. 81 A Zona Residencial 2 (ZR2) é caracterizada pela predominância do
uso habitacional unifamiliar de padrão construtivo médio-alto, pela presença
de vários terrenos ainda vazios, pela boa localização geográfica com
incidência de ventilação, bem dotada de infra-estrutura e propícia a uma
ocupação de densidade média-baixa.
Art. 82 A Zona Residencial 3 (ZR3) é caracterizada pela predominância do
uso habitacional unifamiliar de padrão construtivo médio-baixo,
principalmente oriundo de conjuntos habitacionais, pela intensidade da
ocupação dos lotes, bem dotada de infra-estrutura e propícia a uma ocupação
de densidade média.
Art. 83 A Zona Residencial 4 (ZR4) é caracterizada pelo predominância do
uso habitacional unifamiliar de padrão construtivo baixo, pela presença de
loteamentos de habitação popular ainda não ocupados, assentamentos
irregulares e loteamentos clandestinos, dispõe de vazios urbanos entre os
loteamentos e em meio às áreas já urbanizadas, pouco servida de infra-

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estrutura, com problemas ambientais, especialmente pela presença do lixão,


e propícia a uma ocupação de densidade média.
§ 1º - No território da ZR4 sobrepõe-se parte da Zona Especial Aeroportuária,
cujos limites, restrições e condições de uso e ocupação do solo estão definidos
na Lei Municipal nº 635/1996.
§ 2º - No território da ZR4 serão delimitadas áreas prioritárias para
transformação em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), aprovada pelo
Conselho Municipal da Cidade e regulamentada através de lei específica.
Art. 84 A Zona de Patrimônio Histórico (ZPH) é a área do sítio histórico da
cidade, caracterizada pela diversidade de usos e atividades urbanas, inclusive
uso habitacional de diversos padrões construtivos, pelas significativas
mudanças de tipologias e usos acarretando a desfiguração das construções,
pelo adensamento excessivo dos lotes nas áreas comerciais, pela obstrução
visual da área histórica com edificações verticais na orla, zona bem dotada de
infra-estrutura e propícia a uma ocupação de densidade média-baixa que
resguarde os valores do conjunto histórico.
Art. 85 A Zona de Preservação e Proteção Ambiental (ZPA) é a faixa lindeira
às margens do Rio São Francisco, de riqueza natural e paisagística,
caracterizada pela presença de áreas de uso público na orla, de loteamentos e
condomínios de uso habitacional de padrão construtivo alto, de chácaras,
além de algumas atividades inadequadas, tais como curtume, indústria,
presídio, e clubes recreativos, com disponibilidade de terrenos para expansão
da urbanização, constituindo-se propícia a uma ocupação de densidade baixa
compatível com a sustentabilidade ambiental.
§ 1º - Na ZPA, qualquer uso ou atividade urbana, instalada nos terrenos
lindeiros à margem do rio, deverá respeitar a faixa “non aedificandi” de
100,00 metros (cem metros) de largura, observando o que determina a Lei
Federal nº 4.771/65 (Código Florestal) e resoluções pertinentes dos órgãos de
meio-ambiente, devendo, quando verificada a necessidade da travessia de
ilhéus para localidades existentes, permitir faixa de acesso ao rio.
Art. 86 A Zona de Preservação Ambiental (ZPA) corresponde a uma área de
propriedade e uso do Exército, caracterizada pela baixíssima densidade
populacional e construtiva, sem urbanização, com vegetação significativa e
espécimes endêmicas do bioma caatinga, constituindo-se num entrave à
expansão da malha urbana, cujo entorno é ocupado por loteamentos e
habitações de mercado popular, e de estrito interesse do Município.
§ 1º - O território da ZPA, de que trata o caput deste artigo, é
prioritariamente propício à utilização dos instrumentos da política urbana e
ambiental aplicáveis, com fins de:
I - Criação de unidades de conservação ou proteção ambiental;
II - Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
III - Implantação de equipamentos urbanos e comunitários afins;
§ 2º Para efetivar a utilização do território da ZPA e integrá-lo à malha
urbana, deverão ser adotadas, sucessivamente, as seguintes medidas:

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I - Gestões municipais no sentido de pactuar com a União as providências


para a disponibilização do território e sua urbanização;
II - Elaboração de estudo de impacto ambiental;
III - Delimitação de áreas para instituição de espaços públicos de lazer e
áreas verdes, e de preservação ambiental, com igual proporcionalidade entre
elas;
IV - O disposto no inciso III deverá ser regulamentado através de lei
específica e com a participação da sociedade através dos Conselhos
Municipal da Cidade e do Meio Ambiente e Fóruns pertinentes.
§ 3º As condições de uso e ocupação do solo, inclusive as mudanças de uso,
ficarão sujeitas à análise especial dos órgãos municipais competentes,
devendo respeitar os parâmetros urbanísticos dispostos nesta Lei.
Art. 87 A Zona de Interesse ao Desenvolvimento Urbano 1 (ZIDU1)
corresponde a uma área com uso industrial instalado, com potencialidade
para expansão da urbanização e para instalação de atividades
impulsionadoras do turismo, inclusive fluvial, constituindo-se de estrito
interesse do Município para implantação de projetos estruturadores, tais
como a via de integração à Rota da Uva e do Vinho e a Sobradinho/Bahia.
§ 1º O território da ZIDU1 é prioritariamente propício à utilização dos
instrumentos da política urbana aplicáveis.
§ 2º As condições de uso e ocupação do solo, inclusive as mudanças de uso,
ficarão sujeitas à análise especial dos órgãos municipais competentes,
devendo respeitar os parâmetros urbanísticos dispostos nesta Lei.
Art. 88 A Zona de Interesse ao Desenvolvimento Urbano 2 (ZIDU2)
corresponde a uma área com usos institucionais e públicos instalados, com
potencialidade para atividades e equipamentos sócio-culturais de abrangência
urbano-regional, desde que respeitadas as faixas de domínio rodoviário e
ferroviário, bem dotada de infra-estrutura e de relevante importância para o
sistema viário, constituindo-se de estrito interesse do Município para
requalificação urbana.
§ 1º O território da ZIDU2 é propício à utilização dos instrumentos da política
urbana aplicáveis, em especial das Operações Urbanas Consorciadas.
§ 2º As condições de uso e ocupação do solo, inclusive as mudanças de uso,
ficarão sujeitas à análise especial dos órgãos municipais competentes,
devendo respeitar os parâmetros urbanísticos dispostos nesta Lei.
Art. 89 A Zona Industrial e de Serviços (ZIS) corresponde ao Distrito
Industrial, é destinada exclusivamente ao uso industrial e suas atividades de
apoio, ao comércio atacadista e aos grandes equipamentos de serviços, e sua
ocupação fica sujeita às normas urbanísticas desta Lei e daquelas ditadas
pela Agência de Desenvolvimento de Pernambuco – AD-DIPER, bem como às
disposições legais instituídas pela União, pelo Estado e pelo Município sobre
a matéria.
Art. 90 A Zona Portuária (ZP) corresponde à área do Porto Fluvial de
Petrolina e futura expansão, é destinada exclusivamente às suas instalações e

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atividades de apoio, e sua ocupação fica sujeita às disposições relativas à


atividade portuária instituídas pela União e pelo Estado.
CAPÍTULO III
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL
Art. 91 As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são áreas ocupadas por
população de baixa renda, constituídas por assentamentos espontâneos,
loteamentos irregulares, loteamentos clandestinos, empreendimentos
habitacionais de interesse social, imóveis com solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado localizados em áreas dotadas de infra-estrutura
urbana, considerados de interesse público para fins de habitação de interesse
social e de regularização urbanística e fundiária.
Art. 92 Serão identificadas áreas prioritárias para transformação em Zonas
Especiais de Interesse Social – ZEIS, preferencialmente no território da ZR4,
posterior a este Plano Diretor, que serão aprovadas pelo Conselho Municipal
da Cidade, e regulamentada através de lei específica.
Parágrafo Único - Os limites das zonas definidas no caput deste artigo serão
estabelecidos na legislação específica.
Art. 93 Na ZR4, as áreas que forem desapropriadas pelo instrumento de
desapropriação compulsória, para fins de moradia popular deverão ser
transformadas em ZEIS.
Art. 94 A instituição das Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS, deve
atender às seguintes diretrizes:
I - Utilização para Habitação de Interesse Social;
II - Melhoria das condições urbanísticas;
III - Integração à estrutura da cidade legal, com introdução de serviços e
infra-estrutura urbana;
IV - Participação direta dos moradores para definir investimentos prioritários
na urbanização;
V - Garantia de não remoção da população, salvo casos especiais;
VI - Implantação de mecanismos de proteção contra as ações especulativas,
através do estabelecimento de lotes com dimensões limitadas e da proibição
do remembramento;
VII - Regularização do pagamento de impostos e taxas públicas;
VIII - Regularização jurídica através dos instrumentos do usucapião especial
de imóvel urbano, concessão de uso especial para fins de moradia ou
concessão do direito real de uso;
Art. 95 Podem ser instituídas como Zonas Especiais de Interesse Social –
ZEIS, as seguintes áreas:
I - Loteamentos irregulares e agrupamentos irregulares onde existe interesse
público em promover a regularização fundiária do parcelamento,
complementação da infra-estrutura e recuperação ambiental;
II - Terrenos não edificados para implantar programas de habitação de
interesse social.
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Art. 96 O planejamento e a regularização urbanística das ZEIS deverão ser


efetuados através de um plano de urbanização específico, com objetivo de
implantar um padrão urbanístico próprio e adequado às especificidades de
cada local, e que deve conter, no mínimo:
I - Levantamento e diagnóstico da área;
II - Projetos e intervenções urbanísticas necessárias à recuperação física e
ambiental da área;
III - Definição do parcelamento, condições de uso do solo e parâmetros
urbanísticos;
IV - Delimitação de áreas “non aedificandi”, quando pertinente;
V - Ações específicas de relocações, mutirões e outras iniciativas necessárias;
VI - Formas de participação da população;
VII - Formas de integração dos diversos setores do poder público envolvidos;
VIII - Fontes de recursos;
IX - Plano de ação social.
Art. 97 As áreas de preservação ambiental, as destinadas a usos públicos
imprescindíveis, as que ofereçam situações de risco ou ainda as “non
aedificandi” são consideradas inviáveis para implantação de programas
habitacionais, para a regularização urbanística e jurídico-fundiária e
instituição de ZEIS.

CAPÍTULO IV
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Seção I
Dos Usos e Atividades Urbanas
Art. 98 Para os fins desta Lei, os usos urbanos classificam-se nas seguintes
categorias:
I - Uso habitacional;
II - Uso não habitacional;
III - Uso misto.
§ 1º Considera-se habitacional o uso destinado à moradia, nas seguintes
tipologias:
I - Habitacional unifamiliar, cuja edificação é destinada a uma família;
II - Habitacional multifamiliar, cuja edificação é destinada a mais de uma
família, podendo ser um edifício vertical, um conjunto habitacional de vários
edifícios verticais ou um conjunto habitacional com várias habitações
unifamiliares, justapostas ou não, apart-hotéis, flats e congêneres.
§ 2º Considera-se não habitacional o uso destinado ao exercício de atividades
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urbanas, comerciais, de serviços, industriais e outras.


§ 3º Considera-se uso misto aquele constituído de mais de um uso
(habitacional e não habitacional) ou mais de uma atividade urbana (não
habitacional e habitacional) dentro do mesmo lote.
Art. 99 Todos os usos poderão instalar-se na área urbana do Município de
Petrolina, desde que obedeçam às restrições de localização definidas nesta
Lei, aos parâmetros urbanísticos fixados para cada zona e às demais normas
urbanísticas aplicáveis.
Art. 100 São considerados usos geradores de ruído ou incômodo à vizinhança
aqueles potencialmente geradores de tráfego, poluição sonora, poluição
atmosférica e aqueles que envolvem riscos sanitários e de segurança,
segundo a lei Municipal 1164/2002, destinados às seguintes atividades
urbanas:
I - Comércio varejista e atacadista:
a) Shopping center, lojas de departamento, hipermercados e similares;
b) Revendas de veículos e acessórios com oficinas e/ou serviços de instalação
de som;
c) Lojas de material de construção inacabado (areia, tijolos e similares);
d) Comércio, manuseio e estocagem de produtos químicos, inflamáveis,
explosivos, armas, munições, fogos de artifício, gás GLP e similares;
II - Serviços de reparação e manutenção:
a) Oficinas de veículos, máquinas, motores e similares;
b) Serviços de lanternagem, borracharia, pintura, solda e similares;
c) Lavagem e lubrificação de veículos, lava-jatos e similares;
d) Postos de abastecimento de combustíveis.
III - Serviços de diversão e afluência de público:
a) Cinemas, teatros, auditórios, estúdios de TV ou rádio e similares;
b) Clubes recreativos, esportivos, parques de diversão, e outros
estabelecimentos de entretenimento em geral;
c) Bares, boates, casas de shows, restaurantes, pizzarias, churrascarias,
estabelecimentos com música ao vivo e similares.
IV - Grandes equipamentos:
a) Centrais de cargas e de abastecimento, transportadoras e similares;
b) Estações de tratamento de água, de esgoto, de energia elétrica e similares;
c) Terminais de transportes rodoviários, ferroviários, aeroviários e similares;
d) Garagens de veículos de transportes de passageiros;
e) Hospitais, necrotérios, cemitérios e similares;
f) Presídios e similares;
g) Quartéis, corpo de bombeiros e instalações militares;
h) Aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos;
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i) Estádios esportivos, autódromos, hipódromos e similares;


j) Jardim zoológico, jardim botânico e similares.
l) Indústrias inócuas e toleráveis:
m) Indústrias de pequeno porte, cujo funcionamento resulta em níveis de
incomodidade toleráveis à vizinhança, não se constituem em ameaça à saúde
e não apresentam perigo de vida para a população do entorno;
n) Indústrias de pequeno porte de confecção de roupas, acessórios do
vestuário, bijuterias, ourivesarias, calçados, e similares.

V - Indústrias Incômodas e/ou poluentes:


a) Toda e qualquer fabricação ou serviço que utilize máquinas, ferramentas e
equipamentos de força motriz, rotativos, ar comprimido, vapores e geradores
de ruídos, trepidações e similares;
b) Toda e qualquer fabricação ou serviço que gere aerodispersóides, gases,
vapores, odores, fuligem, resíduos sólidos ou líquidos.
c) Indústrias de produtos minerais, químicos, têxteis, de borracha, de papel e
celulose, de bebidas, de alimentos, de abate e frigorificação, de explosivos, de
inflamáveis, metalúrgicas, madeireiras, de artefatos de pedras, gesso,
cimento, vidro, cerâmica, e similares que gerem os poluentes especificados
nas alíneas anteriores.
d) Indústrias de pequeno porte de preparo de alimentos, de padaria,
confeitaria e similares.
e) Indústrias de pequeno porte de fabricação de móveis de madeira, vime,
junco, artigos de marcenaria, estofados e similares.
§ 1º Os usos e atividades citados no caput deverão atender às restrições
quanto aos afastamentos, definidas na Seção II deste Capítulo.
§ 2º Alguns dos usos e atividades citados nos incisos I, II, III, IV, V e VI são
Empreendimentos de Impacto, ficando portanto sujeitos, cumulativamente, às
exigências do Estudo de Impacto de Vizinhança, definidas na Seção VIII do
Capítulo V deste Título.
§ 3º Os usos e atividades citados nos incisos I, II, III, e V não poderão se
instalar nas vias locais e secundárias do sistema viário na ZAM, nas Zonas
Residenciais, ZR1, ZR2, ZR3, ZR4, na ZPH nem na ZPA, nem nos locais de
vizinhança predominantemente residencial.
§ 4º Os usos e atividades citados no inciso IV não serão permitidos nas zonas
ZAM, ZR1, ZR2, ZPH e ZPA.
§ 5º Os usos e atividades citados no inciso VI serão permitidos apenas na ZIS.
§ 6º Para aprovação, os usos e atividades citados nos incisos I, II, III, IV e V
deverão ter seus projetos submetidos a uma análise especial prévia, por parte
dos órgãos competentes do município, que verificarão a localização e a
vizinhança do entorno, para opinar quanto à possibilidade de instalação no
local pretendido.
Art. 101 Os usos citados no art. 100 deverão dotar as suas instalações de
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equipamentos, materiais, isolamento acústico e outras providências cabíveis


para evitar transtornos e incomodidade à vizinhança.
§ 1º A liberação do alvará de funcionamento fica condicionada à comprovação
das medidas citadas no caput, perante os órgãos competentes do município.
§ 2º Os usos e atividades em funcionamento deverão, no prazo de 06 (seis)
meses a contar da publicação desta Lei, adaptar as suas instalações para
sanar os transtornos causados à vizinhança, especialmente aos vizinhos
residenciais.
Art. 102 São considerados Empreendimentos de Impacto aqueles usos e
atividades que podem causar impacto ou alteração no ambiente natural ou
construído, sobrecarga na capacidade de atendimento da infra-estrutura
básica, ou ter repercussão ambiental significativa, quer sejam construções
públicas ou privadas, habitacionais, não-habitacionais ou mistas.
Parágrafo Único – A classificação como Empreendimento de Impacto e a
obrigação de apresentar o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) estão
definidas na Seção VIII do Capítulo VI deste Título.
Art. 103 Com o objetivo de disciplinar as interferências no tráfego, os usos e
atividades urbanas deverão dispor de vagas de estacionamento de veículos,
internas ao lote ou ao empreendimento, conforme as seguintes exigências
mínimas:
I - Uso habitacional – 1 (uma) vaga de estacionamento para cada 150 m2
(cento e cinqüenta metros quadrados), considerando-se a área da unidade
habitacional.
II - Uso não habitacional, limitados a Centros Empresariais, Galerias,
Shopping Centers, Hotéis, Centros Médicos, Bancos e Escolas:
a) Construções de até 500 m2 (quinhentos metros quadrados) - 1 (uma) vaga
de estacionamento para cada 100 m2 (cem metros quadrados), considerando-
se a área total de construção.
b) Construções com mais de 500 m2 (quinhentos metros quadrados) - 1 (uma)
vaga de estacionamento para cada 100 m2 (cem metros quadrados) ou
fração, considerando-se a área total de construção.
III - Uso misto – Somatório das exigências para cada uso, proporcionalmente.
§ 1º Para efeito do disposto no inciso II, não serão computadas as áreas de
estacionamento coberto e as áreas destinadas ao abrigo de frota de veículos.
§ 2º Deverá ser previsto local para carga e descarga de mercadorias, quando
houver demanda em função do uso ou atividade urbana.
Seção II
Dos parâmetros urbanísticos
Art. 104 As condições de aproveitamento e ocupação dos terrenos ficam
definidas, em função das diversas Zonas, conforme os seguintes parâmetros
urbanísticos reguladores do uso e da ocupação do solo urbano:
I - Coeficiente de Aproveitamento (CA);
II - Taxa de Ocupação (TO);
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III - Taxa de Solo Natural (TSN);


IV - Afastamento Frontal (AF), Afastamentos Laterais e de Fundos (ALF).
Art. 105 Coeficiente de Aproveitamento é o índice que, multiplicado pela área
do terreno, resulta na área máxima de construção permitida em cada zona da
cidade, estabelecendo o total de metros quadrados que podem ser
construídos nesse terreno.
Art. 106 Para efeito desta Lei e da aplicação dos instrumentos de política
urbana, ficam estabelecidos os seguintes coeficientes de aproveitamento:
I - Coeficiente de Aproveitamento (CA) Mínimo: determina a área mínima de
construção para aferir a efetiva utilização do imóvel, abaixo da qual se
estabelecem as condições de aplicação dos instrumentos urbanísticos do
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, do IPTU progressivo no
tempo e da desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;
II - Coeficiente de Aproveitamento Básico: é o índice que determina a área de
construção permitida para cada zona da área urbana, em função da área do
terreno;
III - Coeficiente de Aproveitamento Máximo: é o índice que determina a área
máxima de construção permitida em cada zona da área urbana, sendo o
resultado do somatório entre o coeficiente básico e o acréscimo de áreas de
construção obtidas a partir da transferência do direito de construir e/ou da
outorga onerosa.
Parágrafo Único – Os coeficientes de aproveitamento permitidos para as
Zonas estabelecidas nesta Lei, estão definidos na tabela do Anexo II desta
Lei.
Art. 107 O cálculo da área total de construção permitida pelo Coeficiente de
Aproveitamento computará todos os pavimentos e áreas cobertas da
edificação, com todos os elementos e compartimentos que a compõem.
Parágrafo Único – Nas edificações de uso habitacional multifamiliar, para
efeito da área de construção permitida pelo Coeficiente de Aproveitamento,
não serão computadas as seguintes áreas:
I - As áreas destinadas à casa de máquinas de elevadores e reservatórios de
água elevados, e escadarias;
II - As áreas de uso comum destinadas a estacionamento e lazer condominial.
Art. 108 A Taxa de Ocupação (TO) indica a área máxima de ocupação do
terreno e é definida pelo percentual expresso pela relação entre a área de
projeção da edificação, ou edificações, sobre o plano horizontal, e a área do
lote ou terreno.
§ 1º Nas edificações que apresentem pavimentos com taxas de ocupação
diferenciadas, a Taxa de Ocupação máxima permitida se refere à projeção do
pavimento que apresentar maior área de projeção sobre o plano horizontal,
devendo ser considerados inclusive os pavimentos destinados a
estacionamento.
§ 2º Para efeito da aferição da Taxa de Ocupação máxima serão considerados
todos os pavimentos da edificação, com exceção dos beirais da cobertura

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desde que não ultrapassem 2,00m (dois metros) de extensão horizontal.


§ 3º Os percentuais máximos de Taxa de Ocupação (TO) permitidos para cada
Zona estabelecida nesta Lei, estão definidos na tabela do Anexo II desta Lei.
Art. 109 A Taxa de Solo Natural (TSN) é o percentual mínimo da área do
terreno a ser mantida nas suas condições naturais, sem impermeabilização ou
pisos, tratada com vegetação, e variável por Zona.
Parágrafo Único – Os percentuais mínimos de Taxa de Solo Natural (TSN)
exigidos para cada Zona estabelecida nesta Lei, estão definidos na tabela do
Anexo II desta Lei.
Art. 110 Os Afastamentos representam as distâncias que devem ser mantidas
entre a edificação e as linhas divisórias do terreno, constituindo-se em
afastamentos frontal, lateral e de fundos.
§ 1º Os afastamentos frontal, lateral e de fundos serão medidos segundo uma
perpendicular à linha divisória, traçada a partir do ponto médio de cada
segmento da linha poligonal definida pela projeção da edificação no plano
horizontal.
§ 2º Nenhum ponto das linhas poligonais que formam a projeção da edificação
poderá estar situado a uma distância menor que o afastamento mínimo
exigido.
Art. 111 Os Afastamentos frontal, lateral e de fundos serão definidos em
função do tipo de uso da edificação e do número de pavimentos, observados
os critérios dispostos nesta Lei e a tabela constante do Anexo II desta Lei.
Art. 112 As edificações com até 2 (dois) pavimentos, destinadas aos usos
habitacional, unifamiliar e multifamiliar, usos não habitacionais e mistos,
deverão apresentar os seguintes afastamentos:
I - Nas Zonas ZAM, ZR1, ZR2, ZR3, ZPH e ZIS, deverão ser mantidos o
afastamento frontal mínimo de 3,00m (três metros) e afastamentos laterais e
de fundos mínimos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).
II - Na Zona ZR4 e nas ZEIS a serem definidas, deverão ser mantidos o
afastamento frontal mínimo de 2,00m (dois metros) e afastamentos laterais e
de fundos mínimos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).
III - Nas Zonas ZIDU1 e ZIDU2, deverão ser mantidos o afastamento frontal
mínimo de 5,00m (cinco metros) e afastamentos laterais e de fundos mínimos
de 3,00m (três metros).
§ 1º As edificações dispostas no caput poderão colar em duas das divisas
laterais e/ou de fundos, obedecendo às seguintes condições:
I - Quando colarem em 02 (duas) divisas laterais, deverão manter um
afastamento mínimo de 3,00m (três metros) para a divisa de fundos;
II - Quando colarem em uma divisa lateral e uma divisa de fundos, deverão
manter um afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) para a outra divisa lateral;
III - A altura total das edificações coladas nas divisas laterais e/ou de fundos
não poderá exceder à cota de 7,00m (sete metros) medida a partir do nível do
meio-fio.
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IV - Em qualquer das hipóteses, deverá ser respeitado o limite máximo da


Taxa de Ocupação definida para a Zona.
§ 2º Os usos geradores de ruído ou incômodo à vizinhança não poderão colar
em nenhuma das divisas.
Art. 113 As edificações com mais de 02 (dois) e até 04 (quatro) pavimentos,
destinadas exclusivamente ao uso habitacional, unifamiliar e multifamiliar,
deverão apresentar o afastamento frontal mínimo de 5,00m (cinco metros) e
afastamentos laterais e de fundos mínimos de 2,00m (dois metros), em todas
as Zonas da área urbana.
§ 1º As edificações dispostas no caput não poderão colar nas divisas laterais
nem na divisa de fundos.
§ 2º Deverá ser respeitado o limite máximo da Taxa de Ocupação definida
para a Zona.
Art. 114 As edificações destinadas aos usos habitacional multifamiliar com
mais de 04 (quatro) pavimentos e as edificações destinadas aos usos não
habitacionais e mistos com mais de 02 (dois) pavimentos, deverão apresentar,
em todas as Zonas da área urbana, os seguintes afastamentos:
I - Afastamentos Iniciais: afastamento frontal inicial (AFI) de 5,00m (cinco
metros) e afastamentos laterais e de fundos iniciais (ALFI) de 2,00m (dois
metros).
II - Afastamentos Resultantes, aplicáveis a todas as partes da edificação e
progressivos em função do número de pavimentos, que serão calculados de
acordo com as seguintes fórmulas:
a) AFR = AFI + (n-4) x 0,20
b) ALFR = ALFI + (n-4) x 0,20
III - Para efeito das fórmulas do inciso anterior, considera-se:
a) n = número de pavimentos tipo da edificação
b) AFR = Afastamento Frontal Resultante
c) ALFR = Afastamento Lateral e de Fundos Resultante
d) AFI = Afastamento Frontal Inicial
e) ALFI = Afastamento Lateral e de Fundos Inicial
§ 1º As edificações dispostas no caput poderão colar os dois primeiros
pavimentos em duas das divisas laterais e/ou de fundos, desde que obedeçam
às seguintes condições:
I - Quando colarem em 02 (duas) divisas laterais, deverão manter um
afastamento mínimo de 2,00m (dois metros) para a divisa de fundos;
II - Quando colarem em uma divisa lateral e uma divisa de fundos, deverão
manter um afastamento mínimo de 2,00m (dois metros) para a outra divisa
lateral;
III - A altura total das edificações coladas nas divisas laterais e/ou de fundos
não poderá exceder à cota de 7,00m (sete metros) medida a partir do nível do
meio-fio.

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IV - Em qualquer das hipóteses, deverá ser respeitado o limite máximo da


Taxa de Ocupação definida para a Zona.
§ 2º Os usos geradores de ruído ou incômodo à vizinhança não poderão colar
em nenhuma das divisas.
Art. 115 Em qualquer das hipóteses previstas nesta Lei, no caso de existir
qualquer tipo de abertura nas fachadas das edificações, deverá ser mantido o
afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para as
divisas laterais e/ou de fundos.
Parágrafo Único – Em paredes levantadas sobre a divisa do lote, não poderá
haver abertura voltada para o outro lote.
Art. 116 Nos conjuntos de valor histórico situados na Zona ZPH, as
edificações com até 02 (dois) pavimentos poderão adotar o afastamento
frontal dominante na testada da quadra, desde que apresentem estudo
específico elaborado para o local.
Parágrafo Único – Para aprovação, o estudo específico e a proposta de
afastamento frontal conforme alinhamento dominante, citados no caput,
deverão ser submetidos a uma análise especial por parte dos órgãos
municipais responsáveis.
Art. 117 Nas edificações construídas antes da vigência desta Lei, serão
permitidas obras de reforma, reconstrução parcial, acréscimos ou consertos,
desde que sejam observadas as condições estabelecidas nesta Lei.
§ 1º As reformas com mudança de uso e/ou acréscimo de área construída,
entendidas como aquelas onde poderá haver alteração do perímetro, da área
ou da volumetria da edificação existente, resultando em acréscimo de área,
deverão atender aos seguintes requisitos:
I - Respeitar o Coeficiente de Aproveitamento e a Taxa de Ocupação definidos
para a Zona onde se situa, nos termos desta Lei;
II - Atender às exigências de afastamentos para as divisas, sendo facultado
manter o alinhamento da edificação original aonde os afastamentos exigidos
nesta Lei forem superiores aos existentes.
III - Atender às exigências de Taxa de Solo Natural e de vagas de
estacionamento de veículos, conforme a Zona onde se situa e o uso
pretendido, respectivamente.
§ 2º As reformas que não apresentem mudança de uso nem acréscimo de área
construída, entendidas como aquelas onde poderá haver alteração do
perímetro, da área ou da volumetria da edificação existente, sem implicar em
acréscimo de área, deverão atender aos seguintes requisitos:
I - Manter o Coeficiente de Aproveitamento e a Taxa de Ocupação existentes
antes da reforma, ficando dispensado de apresentar Taxa de Solo Natural;
II - Atender às exigências de afastamentos para as divisas, sendo facultado
manter o alinhamento da edificação original aonde os afastamentos exigidos
nesta Lei forem superiores aos existentes.
III - Manter o número de vagas de estacionamento de veículos existentes
antes da reforma;

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§ 3º A prerrogativa de manter os parâmetros urbanísticos existentes nas


edificações a serem reformadas só será concedida às construções
devidamente legalizadas perante os órgãos competentes do município, que
poderão vistoriar a edificação para efeito de verificar a regularidade das
mesmas.
CAPÍTULO V
DA LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA
Seção I
Do parcelamento do solo
Art. 118 O parcelamento do solo e as demais modificações da propriedade
urbana serão regidos por lei específica, que deverá obedecer às diretrizes
estabelecidas nesta Lei e em consonância com a estrutura fundiária da área
urbana do Município de Petrolina.
Parágrafo Único – O Poder Executivo, no prazo de 12 (doze) meses a contar
da vigência desta Lei, deverá promover a revisão da Lei Municipal nº
08/1983, que trata do parcelamento do solo.
Art. 119 A lei específica de Parcelamento do Solo tem por objetivo ordenar as
funções da cidade relativas a habitação, trabalho, lazer e circulação,
mediante as seguintes diretrizes:
I - Garantia da função social da cidade e da propriedade urbana;
II - Preservação do meio-ambiente e do equilíbrio ecológico;
III - A adequação ao sistema de circulação e de transportes;
IV - Garantia das condições de acessibilidade para todos;
Art. 120 A Lei de Parcelamento do Solo deverá atender, no que couber, às
condições exigíveis pela legislação federal e estadual, inclusive as normas
legais e regulamentares de natureza civil e penal.
Parágrafo Único – Respeitadas as legislações federal e estadual pertinentes, a
lei de Parcelamento do Solo definirá as áreas consideradas “non aedificandi”.
Art. 121 A frente e as dimensões mínimas dos lotes deverão ser definidas na
lei específica de Parcelamento do Solo, respeitadas as seguintes condições:
I - Os lotes deverão ter área mínima de 200,00 metros quadrados (duzentos
metros quadrados) e testada mínima de 10,00 metros (dez metros), salvo nos
casos de urbanização de interesse social, em que serão permitidas condições
especiais definidas pelo Conselho Municipal da Cidade.
II - Os lotes de esquina deverão ter sua medida frontal acrescidas de 20%
(vinte por cento).
Art. 122 Todo o projeto de loteamento deverá destinar, no mínimo, 35%
(trinta e cinco por cento) da área do terreno para as áreas públicas, na forma
a ser estabelecida na Lei de Parcelamento do Solo.
Art. 123 A Lei de Parcelamento do Solo disciplinará as condições de
apresentação dos projetos de parcelamento, em qualquer das suas
modalidades, estabelecendo os requisitos indispensáveis à elaboração dos
mesmos, assim como os procedimentos técnicos e administrativos
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necessários, de acordo com as diretrizes dos órgãos competentes do


Município.
Parágrafo Único – A aprovação dos projetos de loteamento fica condicionada
à apresentação dos projetos e demais documentos previstos na legislação e
ainda dos projetos específicos de micro-drenagem e estudo de impacto
ambiental considerando a convivência com o semi-árido.
Art. 124 Será de exclusiva responsabilidade do parcelador a instalação de
redes internas de abastecimento de água, energia elétrica, na forma
estabelecida pela ANEEL, redes de drenagem pluvial interna, quando
necessária pela topografia do terreno, rede interna de esgotos sanitários,
quando determinado pelo CPRH, cascalhamento de ruas, demarcação de
lotes, meio-fio para demarcação de quadras e logradouros, constantes dos
projetos aprovados e que serão fiscalizados pelos órgãos competentes do
Município.
Art. 125 As glebas localizadas à margem do rio que venham a ser objeto de
parcelamento do solo, devem ser loteadas e convenientemente dotadas de via
para acesso público à beira-rio, quando se verifique a necessidade de
travessia para localidades previamente existentes, nos termos da legislação
municipal, estadual e federal.
§ 1º No parcelamento do solo, cujas glebas margeiem o rio, deverá ser
reservada uma faixa “non aedificandi” de 100,00 metros (cem metros) de
largura na beira-rio, com espécies nativas e estudo de impacto ambiental.
§ 2º Na Lei de Parcelamento do Solo, deverão ser estabelecidas condições
urbanísticas diferenciadas para o parcelamento do solo e construções em
loteamentos à beira-rio, observando o que determina a Lei Federal nº
4.771/65 (Código Florestal) e resoluções pertinentes dos órgãos de meio-
ambiente.
Art. 126 O Poder Executivo Municipal deverá atuar para fiscalizar e garantir
as áreas públicas, conforme aprovadas nos projetos de parcelamento do solo,
inclusive dos equipamentos urbanos e comunitários, assegurando a sua
finalidade pública.
§ 1º Os usos e equipamentos a serem implantados nas áreas públicas
destinadas ao uso comunitário deverão ser definidos através de consulta
formal à população do entorno, ficando vedada a doação de áreas sem
aplicação deste procedimento.
§ 2º A doação de áreas nas quadras comunitárias dos loteamentos só poderá
ser efetuada após o levantamento da demanda local de equipamentos de uso
comum.
§ 3º O Poder Executivo Municipal deverá, no prazo de 120 (cento e vinte) dias
após a vigência desta Lei, regulamentar os procedimentos da consulta citada
no parágrafo anterior.
Art. 127 A Lei de Parcelamento do Solo definirá as infrações e as penalidades
pelo descumprimento das normas legais e regulamentares pertinentes à
repartição do solo no Município do Petrolina.
Seção II

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Das Leis Urbanísticas Complementares


Art. 128 O Poder Executivo, no prazo de até 24 (vinte e quatro) meses a
contar da vigência desta Lei, deverá promover a elaboração e revisão das leis
urbanísticas que tratam do controle do uso e ocupação do solo, das obras e
posturas e do patrimônio cultural, com a participação da sociedade através
dos Conselhos pertinentes.
Parágrafo Único – A legislação de que trata o caput deverá estar em
consonância com os princípios, diretrizes e parâmetros urbanísticos de uso e
ocupação do solo definidos nesta Lei.
Art. 129 A legislação urbanística complementar terá por objetivo o
ordenamento das atividades e serviços no Município, o estabelecimento dos
requisitos para as obras e instalações, dos procedimentos para licenciamento
e das penalidades, e deverá dispor, notadamente, sobre as seguintes ações:
I - Disciplinar o uso e ocupação dos logradouros públicos;
II - Estabelecer critérios de organização de eventos, atividades econômicas
e/ou sociais, temporárias ou permanentes, em espaços públicos;
III - Disciplinar a realização de eventos e o uso de veículos de comunicação,
visando a preservação da paisagem urbana e o controle da poluição visual e
sonora;
IV - Disciplinar a instalação dos usos potencialmente geradores de incômodo
à vizinhança, em especial postos de gasolina, bares e outros estabelecimentos
congêneres causadores de poluição sonora;
V - Disciplinar as medidas de proteção e preservação do patrimônio histórico-
cultural e natural;
VI - Disciplinar a implantação de pontos de embarque e desembarque de
passageiros de transporte público, considerando as necessidades de abrigo e
elementos facilitadores às pessoas com deficiências ou necessidades
especiais;
VII - Disciplinar a construção de calçadas permitindo acessibilidade para
todos, de acordo com as normas técnicas pertinentes;
VIII - Atualizar e incorporar as normas relativas à inspeção e fiscalização
sanitária, à proteção ao meio ambiente e à limpeza urbana;
IX - Regular e estabelecer penalidades para o (a) proprietário (a) de animais
soltos nas ruas;
X - Disciplinar as normas de funcionamento para as diversas atividades de
comércio, indústria e prestação de serviços;
XI - Definir normas e condições para as obras em geral, compartimentos das
edificações, instalações prediais, ventilação e iluminação dos ambientes;
Art. 130 O Poder Executivo deverá operacionalizar os órgãos municipais de
forma a melhor exigir e fazer cumprir a legislação urbanística vigente nas
três esferas públicas, em prol do bem-estar de toda a sociedade,
especialmente nas seguintes questões:
I - Fiscalização das construções irregulares, exigindo o licenciamento prévio;

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II - Fiscalização da poluição sonora, aparelhando os órgãos competentes com


equipamentos adequados, tais como decibelímetros, e medidas coercitivas
para sanar os incômodos;
III - Fiscalizar o cumprimento das prerrogativas do código municipal do meio
ambiente (lei municipal nº 1.199/2002), código sanitário e demais leis
pertinentes, para controle da poluição das águas, do ar e do solo, da emissão
de ruídos e da poluição visual, inclusive com a aplicação das penalidades
previstas.
Art. 131 O Poder Executivo deverá incentivar a valorização, a proteção, a
conservação e a preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural e
imaterial, através de legislação específica que contemple as seguintes
diretrizes:
I - Elaboração e aprofundamento dos estudos e inventários acerca do
patrimônio cultural do município, abrangendo o patrimônio edificado, bens
móveis e patrimônio imaterial.
II - Preservação das características originais dos imóveis de relevância
histórica, arquitetônica e cultural, inclusive estabelecendo normas e critérios
de intervenção;
III - Preservação da ambiência urbana dos conjuntos de valor histórico
edificado e do seu entorno, através de normas de uso e ocupação do solo;
IV - Proposição de instrumentos de preservação, tais como o tombamento
municipal.
CAPÍTULO VI
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA
Seção I
Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios;
Do IPTU Progressivo no Tempo;
Da Desapropriação com Pagamento em Títulos da Dívida Pública
Art. 132 São sucessivamente passíveis de parcelamento, edificação ou
utilização compulsórios, da incidência de imposto predial e territorial urbano
progressivo no tempo e da desapropriação com pagamento mediante títulos
da dívida pública os imóveis urbanos não edificados, subutilizados ou não
utilizados, de modo a fazer cumprir a função social da propriedade,
priorizando o adensamento populacional para melhor aproveitamento da
infra-estrutura, dos equipamentos sociais e dos serviços públicos existentes,
mediante lei específica.
§ 1º O parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, o imposto predial
e territorial urbano progressivo no tempo e a desapropriação com pagamento
mediante títulos da dívida pública poderão incidir nas zonas ZR1, ZR2, ZR3 e
ZPH.
§ 2º O projeto de lei que regulamentará o parcelamento, a edificação ou
utilização compulsórios, o IPTU progressivo no tempo, e a desapropriação
com pagamento mediante títulos da dívida pública deverá ser elaborado no
prazo de até 01 (um) ano, contado a partir da vigência da presente lei.
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§ 3º Será facultado aos proprietários dos imóveis de que trata este artigo
propor ao Poder Executivo municipal o estabelecimento de consórcio
imobiliário, nos termos do art. 46 da Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da
Cidade.
Art. 133 A lei municipal específica, citada no artigo anterior, determinará o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os
prazos para implementação da referida obrigação.
§ 1º Considera-se subutilizado o imóvel cujo coeficiente de aproveitamento
seja inferior a 0,20 (zero vírgula vinte).
§ 2º O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para
cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de
registro de imóveis.
§ 3º A notificação far-se-á:
I - Por funcionário do órgão competente do Poder Executivo municipal, ao
proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha
poderes de gerência geral ou administração;
II - Por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na
forma prevista pelo inciso I.
§ 4º Os prazos a que se refere o caput não poderão ser inferiores a:
I - Um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto da
edificação ou do parcelamento dos imóveis não edificados ou subutilizados,
no órgão municipal competente;
II - Dois anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do
empreendimento.
III - Um ano, a partir da notificação, para que os proprietários dos imóveis
não utilizados, garantam o uso das suas propriedades e o cumprimento da sua
função social.
§ 5º Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a lei
municipal específica a que se refere o caput poderá prever a conclusão em
etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o
empreendimento como um todo.
Art. 134 A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis,
posterior à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento,
edificação ou utilização previstas no art. 133º desta Lei, sem interrupção de
quaisquer prazos.
Art. 135 Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na
forma do art. 133 desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no §
5º do art. 133 desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre
a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo,
mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
§ 1º O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica
a que se refere o caput do art. 133 desta Lei e não excederá a duas vezes o

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valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por


cento.
§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em
cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se
cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 136
desta Lei.
§ 3º É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação
progressiva de que trata este artigo.
§ 4º A aplicação da alíquota progressiva de que trata este artigo será
suspensa imediatamente, por requerimento do contribuinte, a partir da data
em que seja iniciado o processo administrativo de licenciamento da edificação
ou comprovação de utilização, sendo restabelecida em caso de fraude ou
interrupção, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal e civil do
contribuinte.
Art. 136 Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o
proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou
utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com
pagamento em títulos da dívida pública.
§ 1º Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e
serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis
por cento ao ano.
§ 2º O valor real da indenização:
I - Refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante
incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o
mesmo se localiza após a notificação de que trata o §2º do art. 133 desta Lei;
II - Não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros
compensatórios.
§ 3º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para
pagamento de tributos.
§ 4º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo
máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio
público.
§ 5º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder
Público para fins de habitação popular ou equipamentos urbanos, ou por meio
de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido
procedimento licitatório.
§ 6º Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do §5º as
mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no
art. 133 desta Lei.
Seção II
Do Usucapião Especial de Imóvel Urbano
Art. 137 O usucapião especial de imóvel urbano poderá ser exercido nos
termos dos artigos 9, 10, 11, 12, 13 e 14 da Lei Federal nº 10.257/2001 –
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Estatuto da Cidade e conforme disposições contidas na Lei Federal nº


10.406/2002 – Código Civil.
Art. 138 Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e
sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á
o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§ 2º O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo
possuidor mais de uma vez.
§ 3º Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno
direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião
da abertura da sucessão.
Art. 139 As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros
quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível
identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de
serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam
contínuas.
§ 2º A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz,
mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de
registro de imóveis.
§ 3º Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada
possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe,
salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações
ideais diferenciadas.
§ 4º O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de
extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos
condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do
condomínio.
§ 5º As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão
tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também
os demais, discordantes ou ausentes.
Art. 140 Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão
sobrestadas quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a
ser propostas relativamente ao imóvel usucapiendo.
Art. 141 São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião
especial urbana:
I - O possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou
superveniente;
II - Os possuidores, em estado de composse;

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III - Como substituto processual, a associação de moradores da comunidade,


regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde que
explicitamente autorizada pelos representados.
§ 1º Na ação de usucapião especial urbana é obrigatória a intervenção do
Ministério Público.
§ 2º O autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita,
inclusive perante o cartório de registro de imóveis.
Art. 142 A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como
matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para
registro no cartório de registro de imóveis.
Art. 143 Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito
processual a ser observado é o sumário.
Seção III
Da Concessão de Uso Especial para fins de Moradia e da Concessão de
Direito Real de Uso
Art. 144 A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser
concedida, de forma individual ou coletiva, nos termos, condições e
procedimentos estabelecidos na Medida Provisória nº 2.220, de 04 de
setembro de 2001.
Art. 145 A concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá ser
concedida nos termos do art. 48 da Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da
Cidade.
Seção IV
Do Direito de Superfície
Art. 146 O direito de superfície poderá ser exercido em todo o território
municipal, nos termos dos artigos 21, 22, 23 e 24 da Lei Federal nº
10.257/2001 – Estatuto da Cidade e conforme disposições contidas na Lei
Federal nº 10.406/2002 – Código Civil.
Art. 147 O proprietário urbano e rural poderá conceder a outrem o direito de
superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado,
mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis.
§ 1º O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o
espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato
respectivo, atendida a legislação urbanística.
§ 2º A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.
§ 3º O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que
incidirem sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda,
proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva, com os encargos e
tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície, salvo
disposição em contrário do contrato respectivo.
§ 4º O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os
termos do contrato respectivo.

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§ 5º Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus


herdeiros.
Art. 148 Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o
superficiário e o proprietário, respectivamente, terão direito de preferência,
em igualdade de condições à oferta de terceiros.
Art. 149 Extingue-se o direito de superfície:
I - Pelo advento do termo;
II - Pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo
superficiário.
Art. 150 Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno
domínio do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no
imóvel, independentemente de indenização, se as partes não houverem
estipulado o contrário no respectivo contrato.
§ 1º Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se
o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for
concedida.
§ 2º A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro
de imóveis.
Art. 151 O Poder Público municipal poderá conceder onerosamente o direito
de superfície do solo, subsolo ou espaço, nos imóveis e áreas públicas
integrantes do seu patrimônio, para fins de concessão de serviços públicos ou
implantação de usos eventuais ou temporários.
Seção V
Do Direito de Preempção
Art. 152 O direito de preempção confere ao Poder Público municipal
preferência para a aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa
entre particulares, conforme o disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal
nº 10.257/2001 – Estatuto da Cidade.
§1º O direito de preempção poderá ser exercido em todas as zonas da área
urbana e área rural, definidas nos termos de lei específica, que delimitará as
áreas e todas as demais condições para aplicação do instrumento.
§2º O direito de preempção poderá ser exercido em prazo não superior a 5
(cinco) anos, renovável a partir de 1 (um) ano após o decurso do prazo inicial
de vigência, independentemente do número de alienações referentes ao
mesmo imóvel.
Art. 153 O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público
necessitar de áreas para:
I - Regularização fundiária;
II - Execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - Constituição de reserva fundiária;
IV - Ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - Implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

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VI - Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;


VII - Criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII - Proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Parágrafo único – A lei municipal prevista no §1º do artigo anterior deverá
enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais
das finalidades enumeradas por este artigo.
Art. 154 O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para
que o Município, no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu
interesse em comprá-lo.
§ 1º À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra
assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão
preço, condições de pagamento e prazo de validade.
§ 2º O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal
local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida
nos termos do caput e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da
proposta apresentada.
§ 3º Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o
proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da
proposta apresentada.
§ 4º Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a
apresentar ao Município, no prazo de trinta dias, cópia do instrumento
público de alienação do imóvel.
§ 5º A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é
nula de pleno direito.
§ 6º Ocorrida a hipótese prevista no § 5º o Município poderá adquirir o imóvel
pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta
apresentada, se este for inferior àquele.
Seção VI
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir e da Alteração de Uso
Art. 155 O Poder Público municipal exercerá a faculdade de outorgar
onerosamente o direito de construir, acima do coeficiente de aproveitamento
(CA) básico estabelecido para a respectiva Zona, mediante contrapartida a
ser prestada pelo beneficiário, de acordo com critérios, forma de cálculo e
procedimentos definidos em lei específica.
Parágrafo Único - A outorga onerosa do direito de construir poderá ser
aplicada na zona ZR1, apenas nas quadras da Avenida Cardoso de Sá e
Avenida José Theodomiro Araújo, no trecho compreendido entre o Viaduto
Barranqueiro e a Avenida Ricardo Soares Coelho, e nas zonas ZR2, ZR3, ZR4,
ZIS, ZIDU1 e ZIDU2, até o limite do coeficiente de aproveitamento (CA)
máximo estabelecido para cada uma das Zonas, conforme o disposto na
tabela do Anexo II desta Lei.

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Art. 156 Na área rural, o Poder Público municipal exercerá a faculdade de


outorgar onerosamente alteração de uso para fins urbanos, mediante
contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
Art. 157 Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem
observadas para a outorga onerosa do direito de construir e da alteração de
uso, determinando:
I - A fórmula de cálculo para cobrança;
II - Os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III - A contrapartida do beneficiário.
Art. 158 Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de
construir a da alteração de uso serão aplicados com as finalidades previstas
nos incisos I a VIII do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da
Cidade.
Seção VI
Das Operações Urbanas Consorciadas
Art. 159 O Poder Público municipal poderá, através de operação urbana
consorciada, coordenar um conjunto de intervenções e medidas suficientes e
necessárias com o objetivo de promover transformações urbanísticas
estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental, podendo para tanto
atuar em conjunto com proprietários, moradores, usuários permanentes e
investidores privados.
Art. 160 Lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar
área para aplicação de operações consorciadas dentro do perímetro das zonas
ZR4, ZPH, ZIS, ZIDU1, ZIDU2 e ZPA definidos nos termos desta lei.
Art. 161 Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre
outras medidas:
I - A modificação de índices e características de parcelamento, uso e
ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias,
considerado o impacto ambiental delas decorrente;
II - A regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em
desacordo com a legislação vigente.
Art. 162 Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada
constará o plano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo:
I - Definição da área a ser atingida;
II - Programa básico de ocupação da área;
III - Programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada pela operação;
IV - Finalidades da operação;
V - Estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI - Contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e
investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos
incisos I e II do artigo anterior.

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VII - Forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com


representação da sociedade civil.
§ 1º Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI
deste artigo serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana
consorciada.
§ 2º A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as
licenças e autorizações a cargo do Poder Público municipal expedidas em
desacordo com o plano de operação urbana consorciada.
Art. 163 A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá
prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados
de potencial adicional de construção, que serão alienados em leilão ou
utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à própria
operação.
§ 1º Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente
negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área
objeto da operação.
§ 2º Apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencial
adicional será utilizado no pagamento da área de construção que supere os
padrões estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite
fixado pela lei específica que aprovar a operação urbana consorciada.
Seção VII
Da Transferência do Direito de Construir
Art. 164 Lei municipal, com base neste Plano Diretor, poderá autorizar o
proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local,
ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto neste
diploma legal ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido
imóvel for considerado necessário para fins de:
I - Implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II - Preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico,
ambiental, paisagístico, social ou cultural;
III - Servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas
ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social.
§ 1º A transferência do direito de construir poderá ser concedida ao
proprietário que doar ao Poder Público seu imóvel, ou parte dele, para os fins
previstos nos incisos I a III deste artigo.
§ 2º A lei municipal referida no caput estabelecerá os procedimentos e as
condições de aplicação da transferência do direito de construir, disciplinando
a forma dos atos ou certificados que autorizam o seu exercício, os prazos e os
registros da transferência do potencial construtivo.
Art. 165 Poderão transferir o seu potencial construtivo, através deste
instrumento os imóveis situados nas zonas ZR3, ZR4 e ZPH, delimitadas nos
termos do Anexo I desta lei.
§ 1º O potencial construtivo passível de ser transferido para outros imóveis
em decorrência deste instrumento se dará até o limite de metros quadrados
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obtidos através da multiplicação do Coeficiente de Aproveitamento (CA)


básico pela área do terreno originário.
§ 2º O total de metros quadrados obtidos conforme cálculo citado no
parágrafo anterior poderá ser transferido, total ou parceladamente, para os
imóveis localizados na zona ZR1, apenas nas quadras da Avenida Cardoso de
Sá, Avenida José Theodomiro Araújo no trecho compreendido entre o Viaduto
Barranqueiro e a Avenida Ricardo Soares Coelho, e nas zonas ZR2, ZR3, ZR4,
ZIS, ZIDU1 e ZIDU2, até o limite do coeficiente de aproveitamento (CA)
máximo do terreno receptor, conforme estabelecido para cada uma das
Zonas, tal como disposto na tabela do Anexo II desta Lei.
Seção VIII
Do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
Art. 166 São considerados Empreendimentos de Impacto aqueles usos e
atividades que podem causar impacto ou alteração no ambiente natural ou
construído, sobrecarga na capacidade de atendimento da infra-estrutura
básica, ou ter repercussão ambiental significativa, quer sejam construções
públicas ou privadas, habitacionais, não-habitacionais ou mistas.
Art. 167 São considerados empreendimentos de impacto:
I - As edificações situadas em terrenos com área igual ou superior a 3,0 ha
(três hectares) ou com área construída igual ou superior a 20.000 m² (vinte
mil metros quadrados);
II - As escolas de qualquer modalidade, colégios, universidades e templos
religiosos em terrenos com área igual ou superior a 1,0 ha (um hectare),
mesmo que não se enquadrem nas condições acima;
III - O desmembramento de imóveis e glebas com área superior a 3,0 ha (três
hectares);
IV - Os usos que, por sua natureza ou condições, requeiram análise ou
tratamento específico por parte do Poder Executivo Municipal, conforme
dispuser a Lei de Uso e Ocupação do Solo.
§ 1º Independentemente do disposto nos incisos anteriores e da área
construída, são considerados empreendimentos de impacto para os fins
previstos no caput deste artigo:
I - Shopping center, lojas de departamento, hipermercados e similares;
II - Centrais de cargas e de abastecimento, transportadoras e similares;
III - Estações de tratamento de água, de esgoto, de energia elétrica e
similares;
IV - Terminais de transportes rodoviários, ferroviários, aeroviários e similares;
V - Garagens de veículos de transportes de passageiros;
VI - Centros de diversões, casas de shows, centros culturais e similares;
VII - Hospitais, necrotérios, cemitérios e similares;
VIII - Matadouros, abatedouros, curtumes e similares;
IX - Presídios e similares;

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X - Quartéis, corpo de bombeiros e instalações militares;


XI - Aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos;
XII - Estádios esportivos, autódromos, hipódromos e similares;
XIII - Jardim zoológico, jardim botânico e similares;
XIV - Depósitos de produtos inflamáveis, explosivos, tóxicos e similares;
XV - Postos de gasolina e similares;
XVI - Indústrias incômodas e/ou poluentes.
§ 2º A aprovação dos empreendimentos de impacto fica condicionada ao
cumprimento dos dispositivos previstos na legislação urbanística e à
apresentação, por parte do interessado, de Estudo de Impacto de Vizinhança
– EIV, a ser apreciado pelos órgãos competentes da Administração Municipal.
Art. 168 O Estudo de Impacto de Vizinhança deverá considerar o sistema de
transportes, meio ambiente, infra-estrutura básica, estrutura sócio-econômico
e os padrões funcionais e urbanísticos de vizinhança e contemplar os efeitos
positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de
vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise,
dentre outros, das seguintes questões:
I - Adensamento populacional;
II - Equipamentos urbanos e comunitários;
III - Uso e ocupação do solo;
IV - Valorização imobiliária;
V - Geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - Ventilação e iluminação;
VII - Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;
VIII - Impactos do empreendimento no sistema de saneamento e
abastecimento de água;
IX - Proteção acústica e outros procedimentos que minimizem incômodos da
atividade à vizinhança;
X - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, bem como
daquelas potencializadoras dos impactos positivos;
Parágrafo único. O órgão competente do Poder Executivo municipal poderá
exigir requisitos adicionais, em face das peculiaridades do empreendimento
ou da atividade, bem como das características específicas da área, desde que
tecnicamente justificados.
Art. 169 O Poder Executivo, baseado no Estudo de Impacto de Vizinhança,
poderá condicionar a aprovação do empreendimento à execução de medidas,
às expensas do empreendedor, para eliminar ou minimizar impactos negativos
a serem gerados pelo empreendimento, bem como propor melhorias na infra-
estrutura urbana e de equipamentos comunitários, proporcionais ao porte do
empreendimento, tais como:
I - Ampliação das redes de infra-estrutura urbana;

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II - Ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, pontos


de ônibus, faixas de pedestres, semaforização;
III - Manutenção de elementos considerados de interesse paisagístico,
histórico, artístico ou cultural, bem como recuperação ambiental da área;
IV - Recuperação ou implantação de áreas verdes.
§ 1º Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do Estudo de Impacto
de Vizinhança – EIV que ficarão disponíveis para consulta no órgão municipal
competente para quaisquer interessados.
§ 2º A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV não substitui o
licenciamento ambiental requerido nos termos da legislação ambiental do
município.
TÍTULO V
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DOS ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Art. 170 Para fins desta Lei, entende-se por Gestão Democrática o processo
decisório no qual há participação da população e das associações
representativas dos vários segmentos da comunidade, na formulação,
execução, acompanhamento e controle das políticas públicas municipais,
relativas à área urbana e à área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro).
Art. 171 Para garantir a Gestão Democrática do Município de Petrolina,
deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:
I - Orçamento Participativo;
II - Conferências Municipais sobre assuntos de interesse urbano e rural;
III - Órgãos colegiados das políticas municipais;
IV - Debates, audiências e consultas públicas;
V - Iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de
desenvolvimento municipal;
Art. 172 No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa incluirá a
realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do
plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual,
como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal,
conforme preceituam as Leis Federais do Estatuto da Cidade e da
Responsabilidade Fiscal.
Art. 173 A Gestão Democrática do Município de Petrolina deverá abranger a
área urbana e área rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro) e observará as
seguintes diretrizes:
I - Garantir a participação da sociedade na formulação, implementação,
fiscalização, acompanhamento e controle das ações da política de
desenvolvimento urbano e ambiental do município, prescritas no Plano
Diretor, na Agenda 21 e nas leis municipais urbanísticas;

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II - Implementar o Orçamento Participativo para definição das prioridades da


ação municipal, com foco no “empoderamento”;
III - Instituir o Conselho Municipal da Cidade, órgão colegiado de caráter
permanente, deliberativo e fiscalizador, com composição em consonância com
o Conselho Nacional das Cidades e Resolução nº 09/2006 do CONCIDADE,
cujo número de participantes será definido em lei específica municipal:
IV - Divulgar de forma sistemática as ações municipais, com as respectivas
receitas e despesas, nos meios de comunicação, inclusive via Internet e
através de impresso próprio da Prefeitura;
V - Instrumentalizar os Conselhos de políticas públicas setoriais legalmente
instituídos, promovendo a integração entre as diversas instâncias
democráticas de participação popular;
VI - Instituir os fundos específicos de desenvolvimento para a habitação
popular, saneamento e meio ambiente, que deverão ser geridos e
acompanhados pelo Conselho Municipal da Cidade, ouvidas cada câmara
temática, conforme disposições em lei específica;
VII - Divulgar sistematicamente a legislação municipal.
Parágrafo Único - O Conselho Municipal da Cidade, de que trata o inciso III,
será composto por câmaras temáticas de desenvolvimento e controle urbano
e rural, de habitação, de sistema ambiental e de transporte/mobilidade.
Art. 174 Para assegurar a participação produtiva na gestão municipal, deverá
ser garantido um processo de formação continuada aos membros dos
Conselhos Municipais.
CAPITULO II
DA MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL
Art. 175 As ações de modernização da gestão municipal deverão abranger as
áreas urbana e rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), e atender aos
princípios de participação através de conferências, de discussões em órgãos
colegiados, de debates, de audiências, de projetos de lei de iniciativa popular
e consultas públicas.
Art. 176 A modernização da gestão municipal tem por objetivos:
I - Garantir a eficácia, eficiência e efetividade das ações e políticas
municipais;
II - Coletar, sistematizar e disponibilizar dados e informações imprescindíveis
ao planejamento das ações municipais;
III - Incorporar métodos, processos e procedimentos apropriados para a
melhoria da produtividade dos serviços públicos municipais.
Art. 177 O Município deverá instituir o Sistema de Informações
Georeferenciadas (SIG) Municipal contendo a integração da arrecadação, do
planejamento e dos Cadastros Técnicos Multifinalitários para o
acompanhamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas
municipais, mediante as seguintes diretrizes:

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I - As informações de arrecadação do SIG municipal deverão conter a


legislação tributária e planta de valores.
II - As informações do planejamento do SIG municipal deverão incorporar a
Agenda 21, o Planejamento Estratégico, o Plano Diretor, o Plano Plurianual, a
Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento anual;
III - Os Cadastros Técnicos Multifinalitários do SIG municipal deverão conter
indicadores econômicos, sociais e ambientais.
IV - O SIG municipal deverá ser aprovado pelo Conselho Municipal da Cidade.
Art. 178 O Município deverá instituir parcerias com o Governo Federal,
Governo Estadual, Agências de Desenvolvimento nacionais e internacionais,
Universidades, Fundações, Escolas Técnicas e ONGs para a obtenção de
recursos, desenvolvimento de sistemas de informatização e geração de
conhecimento técnico-científico.
Parágrafo Único - As parcerias a serem estabelecidas deverão ser
previamente aprovadas pelo Conselho Municipal da Cidade.
Art. 179 A alocação de recursos nas áreas administrativas, urbana e rural
(irrigada, ribeirinha e de sequeiro), deverá seguir critérios baseados nas
informações sobre:
I - População a ser beneficiada;
II - Carência de infra-estrutura básica e social;
III - Baixo nível de renda;
IV - Relevância estratégica;
V - Abrangência geográfica.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 180 O Poder Executivo Municipal, no prazo de até 12 (doze) meses a
contar da vigência desta Lei, deverá submeter ao Poder Legislativo Municipal
o Projeto de Lei de revisão da Lei Municipal nº 08/1983, que trata do
parcelamento do solo;
Art. 181 O Poder Executivo Municipal, no prazo de até 24 (vinte e quatro)
meses a contar da vigência desta Lei, deverá submeter ao Poder Legislativo
Municipal os Projetos de Lei relativos à legislação urbanística, que tratam do
controle do uso e ocupação do solo, das obras e posturas e do patrimônio
cultural.
Art. 182 O Poder Executivo Municipal, no prazo de até 24 (vinte e quatro)
meses a contar da vigência desta Lei, deverá submeter ao Poder Legislativo
Municipal os Projetos de Lei que atualizarão a legislação ambiental às
disposições constantes neste Plano Diretor.

Art. 183 O Poder Executivo Municipal, no prazo máximo de 24 (vinte e


quatro) meses a contar da vigência desta Lei, deverá submeter ao Poder
Legislativo Municipal as leis específicas que regulamentam os instrumentos
da Política Urbana, citados no Capítulo V do Título IV desta Lei, salvo
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expressa disposição em contrário.


Art. 184 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 185 Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete da Presidência, 14 de novembro de 2006.

FERNANDO BEZERRA COELHO


Prefeito

cas

ANEXO I

Perímetros das zonas da Área Urbana de Petrolina

Zona de Atividades Múltiplas (ZAM)

Inicia no encontro da Avenida Nilo Coelho com a Avenida da Integração e


segue por esta última, no sentido leste, até encontrar a Avenida Monsenhor
Ângelo Sampaio, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida
Guararapes, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Rua
Engenheiro Carlos Pinheiro, deflete à direita e segue por esta até encontrar a
Rua Antonio Santana Filho, deflete à esquerda e segue por esta até encontrar
a Avenida Joaquim Nabuco, deflete à direita e segue por esta até encontrar a
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Rua Coronel Amorim, deflete à esquerda, e segue por esta até encontrar a
Avenida Souza Filho, deflete à esquerda e segue por esta até encontrar a Rua
Dom Vital, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Rua Abílio Dias,
deflete à esquerda e segue por esta até encontrar a Avenida Souza Júnior,
deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida das Nações, deflete
à direita e segue por esta até encontrar a Rua Conde D’Eu, deflete à esquerda
e segue por esta até encontrar a Avenida Nilo Coelho, deflete à direita e
segue por esta até encontrar a Avenida da Integração, que foi o ponto inicial,
fechando assim o polígono que delimita a área em questão.

Zonas Residenciais
Zona Residencial 1 (ZR 1)

Oeste:

Inicia no encontro da Avenida Ricardo Soares Coelho com a Avenida Coronel


Clementino Coelho, segue por esta última, no sentido leste, até encontrar a
Rua São Vicente de Paula, que é seu prolongamento, e segue por esta até
encontrar o Viaduto Barranqueiro, deflete à direita e segue por este até
encontrar a Avenida Cardoso de Sá, deflete à direita até encontrar a Avenida
José Theodomiro Araújo, que é seu prolongamento, e segue por esta até
encontrar a Avenida Ricardo Soares Coelho, deflete à direita e segue por esta
até encontrar a Avenida Coronel Clementino Coelho, que foi o ponto inicial,
fechando assim o polígono que delimita a área em questão.

Leste:

Inicia no encontro da Avenida Joaquim Nabuco com a Avenida Guararapes e


segue por esta última, no sentido leste, até a Avenida da Integração, segue
por esta até encontrar a Rua Hortêncio Joaquim de Araújo, deflete à direita e
segue por esta até encontrar a Avenida Cardoso de Sá, deflete à direita e
segue por esta até encontrar a Avenida Joaquim Nabuco, deflete à direita e
segue por esta até encontrar a Avenida Guararapes, que foi o ponto inicial,
fechando assim o polígono que delimita a área em questão.

Zona Residencial 2 (ZR 2)

Inicia no encontro da Rua Hortêncio Joaquim de Araújo com a Avenida da


Integração, segue por esta última, no sentido leste, até encontrar a Rua
Imperatriz, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida João
Pernambuco, que é seu prolongamento e segue por esta até encontrar a
Avenida das Madeiras, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Rua
Jatobá, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida Cardoso de
Sá, deflete à esquerda e segue por esta até encontrar a Rua Hortêncio
Joaquim de Araújo, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida
da Integração, que foi o ponto inicial, fechando assim o polígono que delimita
a área em questão.

Zona Residencial 3 (ZR 3)

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Inicia no encontro da Avenida Mário R. Coelho com a Avenida Dr. Ulisses


Guimarães, segue por esta última, no sentido sul, até encontrar a Avenida
Sete de Setembro, deflete à esquerda e segue por esta até encontrar a
Avenida Cardoso de Sá, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Rua
Imperatriz, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida da
Integração, deflete à esquerda e segue por esta até encontrar a Avenida
Monsenhor Ângelo Sampaio, deflete à direita e segue por esta até encontrar a
Avenida da Integração, deflete à esquerda e segue por esta até encontrar a
Avenida Nilo Coelho, deflete à esquerda e segue por esta até o girador que
leva à Rua Padre Sizenando, deflete à esquerda e segue por esta até
encontrar a Rua São Vicente de Paula, deflete à direita e segue por esta até a
Avenida Coronel Clementino Coelho, que é seu prolongamento, e por fim
encontrar a Rua José Santana, deflete à esquerda e segue por esta até
encontrar a Rua – O, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Rua –
T, deflete à esquerda e segue por esta até a encontrar a Rua R, deflete à
esquerda e segue por esta até encontrar a Rua José Santana, deflete à direita
e segue por esta até encontrar a Avenida Mário R. Coelho, deflete à direita e
segue por esta até encontrar a Avenida Dr. Ulisses Guimarães, que foi o ponto
inicial, fechando assim o polígono que delimita a área em questão.

Zona Residencial 4 (ZR 4)

Oeste-Leste:

Inicia no encontro da Rua S/D com o Riacho Vitória sobe pelo mesmo até
encontrar a cerca limite do Projeto Senador Nilo Coelho; segue em direção
Leste e distância de 2.612,80m; segue em direção Nordeste e distância
1.447,32m; segue em direção Noroeste e distância de 476,10m; segue em
direção Nordeste e distância de 619,03m; segue em direção Sudeste e
distância de 63,88m; segue em direção sudoeste e distância de 83,99m; segue
em direção Sul e distância de 127,10m; segue em direção Sudeste e distância
de 82,04m; segue em direção Sul e distância de 91,12m; segue em direção
Leste e distância de 171,45m; segue em direção Norte e distância de
1.909,47m; segue em direção leste e distância de 94,74m; segue em direção
Norte e distância de 386,61m; segue em direção Noroeste e distância de
423,89m; segue em direção Leste e distância de 2.208,78m; segue em direção
Noroeste e distância de 255,94 m; segue em direção Nordeste e distância de
6.550,28m; segue em direção Sudeste e distância de 360,00m; segue em
direção Nordeste e distância de 1.785,00m; segue em direção Sudeste e
distância de 1.057,64m; segue em direção Nordeste e distância de
1.221,14m; segue em direção Sudeste e distância de 2071,56m; segue em
direção Sul e distância de 1.424,29m; segue em direção Leste e distância de
278,09m; segue em direção Sudeste e distância de 1.042,95m; segue em
direção Nordeste e distância de 210,96m; segue em direção Noroeste e
distância de 910,25m; segue em direção Leste medindo 383,97m; segue em
direção Noroeste e distância de 725,95m; segue em direção Nordeste e
distância de 977,17m; segue em direção Sul e distância de 103,94m; segue
em direção Leste e distância de 925.79 m; segue em direção Norte e distância
de 200,00m; segue em direção Sudeste e distância de 2.770,00m; terminando
neste ponto a confrontação com a cerca do Projeto de Irrigação Senador Nilo
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Coelho; segue em direção Sul por estrada S/D até seu entroncamento com a
Estrada PE-020 e segue em direção Oeste pela PE-020 até seu entroncamento
com a Avenida João Pernambuco e a cerca da Área Militar; segue por esta em
direção Norte até encontrar a Avenida 02, deflete à esquerda e segue até
encontrar a Avenida Cardoso de Sá, deflete à direita e segue passando pelo
girador até encontrar a Avenida Sete de Setembro, deflete à esquerda e
segue por esta até o girador e encontrar a Avenida Dr. Ulisses Guimarães,
dobra à direita e segue por esta até encontrar a Avenida Mario R. Coelho,
deflete à esquerda e segue por esta até a Rua S/D, deflete à direita e segue
por esta até encontrar o Riacho Vitória, que foi o ponto inicial, fechando
assim o polígono que delimita a área em questão.

Leste:

Inicia no encontro da Avenida das Madeiras com a Avenida João Pernambuco,


segue por esta última, no sentido leste, até encontrar a Rua Jatobá, deflete à
direita e segue por esta até encontrar a Avenida das Madeiras, deflete à
direita e segue por esta até encontrar a Avenida João Pernambuco, que foi o
ponto inicial, fechando assim o polígono que delimita a área em questão.

Zona de Patrimônio Histórico (ZPH)

Inicia no encontro da Rua Abílio Dias com a Rua Dom Vital, segue por esta
última, no sentido leste, até encontrar a Avenida Souza Filho, deflete à
esquerda e segue por esta até encontrar a Rua Coronel Amorim, deflete à
direita e segue por esta até encontrar a Avenida Joaquim Nabuco, deflete à
direita e segue por esta até encontrar a Rua Antonio Santana Filho, deflete à
esquerda e segue por esta até encontrar a Rua Engenheiro Carlos Pinheiro,
deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida Guararapes, deflete
à direita e segue por esta até encontrar a Avenida Joaquim Nabuco, deflete à
esquerda e segue por esta até encontrar a Avenida Cardoso de Sá, deflete à
direita e segue por esta até encontrar o Viaduto Barranqueiro (margeando a
Rua João Cigano), deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida
das Nações, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida Souza
Júnior, deflete à direita e segue até encontrar a Rua Abílio Dias, deflete à
esquerda e segue por esta até encontrar a Rua Dom Vital, que foi o ponto
inicial, fechando assim o polígono que delimita a área em questão.

Zona de Proteção e Preservação Ambiental (ZPA)

Oeste:

Inicia no encontro da margem do Riacho Vitória com a Rua S/D, segue por
esta última, no sentido leste, até encontrar outra Rua S/D, deflete à direita e
segue por esta até encontrar a margem de Rio São Francisco, deflete à direita
e segue por esta até encontrar a margem do Riacho Vitória, deflete à direita e
segue por esta até encontrar a Rua S/D, que foi o ponto inicial, fechando
assim o polígono que delimita a área em questão.

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Leste:

Inicia no encontro da Rua S/D com a Avenida Projetada, segue por esta última
até o encontro com a Avenida Ricardo Soares Coelho, onde a Avenida
Projetada passará a ser denominada Avenida José Theodomiro Araújo, segue
por esta última, no sentido leste, até a Avenida Cardoso de Sá, seu
prolongamento, e continua até encontrar a Rua Jatobá, deflete à direita e
segue por esta até encontrar a Avenida João Pernambuco, deflete à direita e
segue pela Estrada Petrolina/Pedrinhas que é o prolongamento desta última
até encontrar (o limite da área urbana), deflete à direita e segue por esta até
encontrar a margem do Rio São Francisco, deflete à direita e segue por esta
até encontrar o que seria o prolongamento da Rua S/D, fechando assim o
polígono que delimita a área em questão.

Zona de Proteção e Preservação Ambiental (ZPA) - ÁREA DO


EXÉRCITO

Inicia no encontro da Avenida Cardoso de Sá com a Avenida – 2, segue por


esta última, no sentido leste, até o fim desta, que coincide com o limite da
área militar, deflete à direita, (seguindo a cerca limite da área militar) até
encontrar a Avenida João Pernambuco, deflete à direita e segue por esta até
encontrar a Avenida Cardoso de Sá, deflete à direita e segue por esta até
encontrar a Avenida – 2, que foi o ponto inicial, fechando assim o polígono
que delimita a área em questão.

Zona de Interesse ao Desenvolvimento Urbano 1 (ZIDU 1)

Inicia no encontro da Rua S/D com a Avenida Coronel Clementino Coelho,


segue por esta última, no sentido leste, até encontrar a Avenida Ricardo
Soares Coelho, deflete à direita e segue por esta até encontrar a Avenida José
Theodomiro Araújo, deflete à direita e segue por Avenida Projetada até
encontrar a Rua S/D, deflete à direita e segue por esta até encontrar a
Avenida Coronel Clementino Coelho, que foi o ponto inicial, fechando assim o
polígono que delimita a área em questão.

Zona de Interesse ao Desenvolvimento Urbano 2 (ZIDU 2)

Inicia no encontro da Avenida Nilo Coelho com a Rua Conde D’Eu, segue por
esta última, no sentido leste, até encontrar a Avenida das Nações, deflete à
direita e segue por esta até encontrar o Viaduto Barranqueiro, deflete à
esquerda e segue por este até encontrar a Avenida Cardoso de Sá, neste
ponto retorna pelo Viaduto Barranqueiro (desta vez pelo lado oposto do
mesmo), segue por este margeando a Rua Padre Sizenando passa pelo
girador para encontrar a Avenida Nilo Coelho, deflete à direita e segue por
esta até encontrar a Rua Conde D’Eu, que foi o ponto inicial, fechando assim
o polígono que delimita a área em questão.

Zona Industrial e de Serviços (ZIS)

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Inicia no encontro da Avenida Mário Rodrigues Coelho com a Rua José


Santana, segue por esta última, no sentido leste, até encontrar a Rua – R,
deflete à esquerda e segue por esta até encontrar a Rua – T, deflete à direita
e segue por esta até encontrar a Rua – O, deflete à direita e segue por esta
até encontrar a Rua José Santana, deflete à esquerda e segue por esta até
encontrar a Avenida Coronel Clementino Coelho, segue por esta até
encontrar a Rua S/D, deflete à direita e segue por esta até encontrar a
Avenida Mário Rodrigues Coelho, deflete à direita e segue por esta até
encontrar a Rua José Santana, que foi o ponto inicial, fechando assim o
polígono que delimita a área em questão.

Zona Portuária (ZP)

Inicia no encontro da Rua S/D com a Rua S/D, segue por esta última no
sentido leste até o encontro com outra Rua S/D, deflete à direita e segue por
esta até a margem do Rio São Francisco, deflete à direita e segue por esta até
o encontro com a Rua S/D, segue por esta até outra Rua S/D, fechando assim
o polígono que delimita a área em questão.

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PLANO
DIRETOR

LEI Nº 1.875/06

Petrolina, 14 de novembro de
2006

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