LOAS - Assistência Social

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Direito Previdenciário

Assistência Social – Disposições Constitucionais


Assistência Social
A base da assistência social, é o art. 203 e 204 da Constituição Federal. No art. 203
entrará em detalhes sobre os destinatários, as características e os objetivos da
assistência social. E no art. 204, sobre as diretrizes da Assistência Social. Então o art.
203 e 204 estudaremos na LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social). A famosa LOAS
regulamenta os destinatários, princípios, diretrizes e objetivos da assistência
social, por tanto, os art. 203 e 204 são mencionados dentro da LOAS.

Conceito: A assistência social é um direito social destinado a vulnerabilidade social,


ou seja, necessitados.

Característica: - Democrática a sociedade promove e administra.


- Descentralizada

- Solidariedade

- Não contributiva a assistência social não tem caráter contribuitivo.

Se nós somos obrigados a promover a assistência social através da seguridade, temos


o direito de participar da gestão administrativa. É possível observar isso através do
Conselho Nacional de Assistência Social.

A assistência social é descentralizada, o poder público na seguridade social é obrigado


a promover as ações de seguridade social.

Destinatários: - Necessitados são pessoas abaixo da linha da pobreza.


Tanto Brasileiro
- Vulnerabilidade social
quanto estrangeiro
residente no Brasil.

O art. I da LOAS cita, pessoas necessitadas, no art. 203 da Constituição fala, a quem
dela necessitar, no entanto, por denominação tecnicamente, é classificada
tecnicamente os destinatários da assistência social como pessoas em vulnerabilidade
social ou pessoas necessitadas, de uma forma mais genérica.

Então, os destinatários da assistência são as pessoas em vulnerabilidade social, são os


necessitados, pessoas que estão abaixo da linha da pobreza, pessoas que usam
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drogas, pessoas sem teto, pessoas que não têm vínculos familiares e comunitários.

Se os destinatários da assistência são pessoas abaixo da linha da pobreza, seria


incongruente cobrar para que esses tenham acesso, por tanto, a assistência social não
tem caráter contributivo.

Disposições Constitucionais
CF/88 - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e
ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com
recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras
fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera
federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e
municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio
à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida,
vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 42, de 19.12.2003)
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)

II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
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LOAS: Princípios, Diretrizes e Objetivos


Princípios: art. 4 da LOAS
Os princípios, são regulamentados pelo art. 4 da LOAS. Eles são o começo, a diretriz é
o caminho na qual a assistência social toma para chegar aos seus objetivos, sua
finalidade/meta.

A assistência social é composta por 5 princípios, utilize o macete SURID para auxiliar
na sua memorização:

Supremacia

Universalização

Respeito

Igualdade

Divulgação

A supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre a exigência de


rentabilidade econômica. Para ter acesso à assistência social, primeiro precisa provar
a necessidade dela, provar que é uma pessoa em vulnerabilidade social, e uma das
formas de comprovar é através da sua rentabilidade econômica.

Primeiramente a assistência social irá te atende, porque é uma situação urgente,


depois ela começa a avaliar a sua rentabilidade econômica. Se você não estiver
enquadrado em uma situação de vulnerabilidade social, a assistência social
simplesmente para de atender. Mas primeiro ela vai atender, pois a supremacia do
atendimento está sobre a exigência de rentabilidade econômica.

O segundo o princípio, a universalização dos direitos sociais combinada com a


divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos sócio assistenciais.
Basicamente a universalização dos direitos sociais é o seguinte, a assistência social não
promover somente os seus benefícios e serviços, vai muito além. As pessoas que
atuam dentro da assistência social que fazem parte do SUAS, o Sistema Único de
Assistência Social, promovem todos os direitos sociais. E vão divulgar, primeiro, todos
os programas, serviços, benefícios e projetos da assistência social, dizendo a
população todo os tipos de conteúdo oferecidos, além disso, através dos servidores e
pessoas que promoverão a assistência, a assistência social também vai universalizar o
acesso aos direitos sociais, ou seja, além de promover os direitos de assistência social,
todos os direitos sociais previstos no art. VI da Constituição.
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O respeito à dignidade do cidadão e a sua autonomia é muito importante. É por


causa desse princípio que não se pode obrigar um sem-teto a ficar no abrigo, por
exemplo. Não pode obrigar um morador de rua a se submeter a um tratamento contra
o uso de drogas, porque a assistência social respeita a dignidade do cidadão e sua
autonomia.

A igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação,


independente da etnia ou opção sexual, todos serão atendidos e acesso pela
assistência social de forma igualitária.

O último princípio, divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e


projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão.

Em resumo, os princípios são, a supremacia do atendimento sobre a rentabilidade


art 4. Lei 8742/93

econômica, a universalização dos direitos sociais, o respeito à dignidade do cidadão e


a sua autonomia, a igualdade no direito ao acesso sem discriminação e divulgação
ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais.

Diretrizes: art. 5 da LOAS


As diretrizes da assistência social, são previstas no art. V da Lei 8.742 também estão
presentes no art. 204 da Constituição Federal. São as diretrizes da assistência:

Descentralização (político/administrativa)
Participação (da população na formulação de políticas públicas de assistência
social)
Primazia (de responsabilidade do Estado na condução da política pública)

A descentralização político/administrativa, com o comando único em cada esfera de


governo. Todas as esferas de governo são obrigadas a promover a assistência social.

OBS.: Hoje quem exerce o comando das ações assistenciais a nível federal é o
MINISTÉRIO DA CIDADANIA.
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Objetivos: art. 2 da LOAS


Os objetivos previstos no art. 2 e 203 da LOAS são:

Proteção social

Vigilância Sócio Assistencial

Defesa e Garantia de Direitos

A Proteção social é proteger a sociedade, como mencionado no art. 2, proteger a


família, maternidade, infância, adolescência, velhice, ou seja, todas as fases da vida, a
assistência vai proteger desde o feto até um moribundo. Além de proteger e proteger
em todas as fases da sua vida, vai amparar crianças e adolescentes carentes, promover
a integração ao mercado de trabalho. Vai habilitar e reabilitar pessoas com deficiência,
promovendo a integração do deficiente, a comunidade e a sociedade em geral.

A Vigilância Sócio Assistencial é uma análise, uma identificação das vulnerabilidades


sócio assistenciais em um determinado território, numa determinada localidade.

Então, em cada área tem as vulnerabilidades, as necessidades específicas, e quem vai


analisar isso para que a assistência social proteja de forma eficaz e eficiente, é
Vigilância Sócio Assistencial.

E a defesa de direitos é garantir o acesso a todos os direitos sócio assistenciais, ou


seja, garantir que o necessitado, a pessoa em vulnerabilidade social tenha acesso aos
benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais. Sendo o dever da Defesa,
orientar e informar as pessoas para que elas tenham acesso aos direitos sócio
assistenciais.
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VUNESP – Asoc (CODEN)/CODEN/2021

Entre as mudanças estabelecidas pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS)


está a instituição do Plano de Assistência Social, instrumento programático das
ações de enfrentamento às necessidades de proteção social. Outra mudança diz
respeito à vinculação da ação estatal planejada com a qualidade dos resultados,
por meio de uma gestão que deixa de ser reativa para ingressa na atuação
proativa.

A LOAS rompe, ainda, com os modelos de gestão unilaterais e autoritários e que


reproduziam a assistência social como a face humanitária do governante; cria espaços
de decisão democrática, cuja área de festão estatal e pública é operada diretamente
e com

a) Objetividade.

b) Honestidade.

c) Eficácia

d) Presteza.

e) Parecerias.

Gabarito: e
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SUAS
Sistema Único de Assistência Social: art. 6 da LOAS.
O Sistema Único de Assistência Social tem um objetivo básico de transformar direito
de assistência social em realidade, transformar em praticidade. E quem vai promover,
propriamente dito, a assistência social no Brasil, é o SUAS que, como todo e qualquer
sistema, é composto por um conjunto de pessoas e coisas.

PESSOAS
FISICAS
PESSOAS
PESSOAS
JURÍDICAS
SUAS
MÓVEIS
COISAS
IMÓVEIS

As pessoas físicas de direito privado como cidadãos, pessoas que trabalham em


organizações não governamentais que trabalham em entidades beneficentes de
assistência social, voluntários, são pessoas físicas de direito privado, que integram
SUAS, ou pessoas físicas de direito público, que são os servidores públicos,
principalmente do INSS. Os técnicos e analistas do seguro social são pessoas físicas
de direito público, que integram o SUAS porque por que operacionaliza o BPC
mencionado no decreto 6.214/2007.

O INSS que vai operacionalizar o BPC, mesmo que não é um benefício da Previdência,
e sim um benefício da assistência social, é o INSS que operacionaliza o requerimento,
que analisa e concede o dinheiro. Esse dinheiro não vem do cofre, porque não é um
benefício da Previdência. Por tanto, esse dinheiro vem do Fundo Nacional de
Assistência Social, da União. O Decreto 6.214 regulamenta esse processo, onde a
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União mantém o BPC e o INSS operacionaliza.

Das pessoas jurídicas de direito privado, que são as entidades da assistência social e
temos as pessoas jurídicas de direito público, que são os órgãos, as autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, que promovem a
assistência social. Além de pessoas físicas e jurídicas, o SUAS é composto também por
coisas móveis como carro, van e ônibus, micro-ônibus, cadeira, computador, mesa,
armário e também coisas imóveis. Então, todo esse patrimônio e essas pessoas,
juntos, formam um sistema chamado Sistema Único de Assistência Social. E todas as
esferas de governo participarão do SUAS.

Entidades Beneficentes de Assistência Social: art. 3 da LOAS.


A União, os Estados, o DF e os Municípios participaram do SUAS, onde existem
pessoas jurídicas de direito privado que integram SUAS, que promoveram o Sistema
Único de Assistência Social. São as entidades de assistência social, previstas no art. 3
do LOAS.

É importante saber quem são as entidades de assistência social, pois no financiamento


da seguridade social, prevista no art. 195, regulamenta que algumas empresas são
isentas da contribuição sobre a Folha, faturamento e lucro. São elas as entidades
beneficentes de assistência social, que cumpram requisitos previstos em lei.

Art. 3o Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem


fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e
assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam
na defesa e garantia de direitos.

§ 1o São de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente


e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem
benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos
em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e
respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de
que tratam os incisos I e II do art. 18.

§ 2o São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e


planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados
prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações
de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política
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de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS,


de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

§ 3o São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada,


permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos
voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais,
construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das
desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos,
dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e
respeitadas as deliberações do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art.
18. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

As entidades beneficentes de assistência social são pessoas jurídicas sem finalidade


lucrativa, que promovem o atendimento da assistência social, o assessoramento
de assistência social ou promovem a defesa e garantia de direitos sócio
assistenciais.

Então, uma entidade de assistência social não tem finalidade lucrativa, e vai promover
o atendimento ou assessoramento ou defesa e garantia de direitos sócio assistenciais
ou todas as opções juntas, por tanto, se promover o atendimento de assistência social
e não tiver finalidade lucrativa é considerado uma entidade de assistência, se
promover o assessoramento, ou seja, auxiliar/assessorar alguns movimentos de
representação social, se promover o assessoramento dentro da assistência é uma
entidade de assistência social, se promover a defesa e garantia de direitos a uma
entidade de assistência social.

Então, entidades de assistência social são pessoas jurídicas sem finalidade lucrativa
(primeiro requisito) e que tenha como atividade o atendimento, assessoramento ou
defesa e garantia de direitos.

Proteção Social: art. 6-A da Lei 8742/93 da LOAS.


Já sabemos o que é a proteção social, que proteger toda a sociedade dede o
nascimento até a morte, e ainda protegendo adolescente e crianças carentes,
protegendo integrando deficientes ao mercado de trabalho. Mas através de quais
ferramentas? As ferramentas de proteção social, estão previstas no art. 6-A da lei
8442/93 da LOAS, onde cita que temos a proteção social básica, a proteção social
especial e temos a vigilância sócio assistencial.
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a. Proteção social básica: visa a prevenção.


b. Proteção social especial: visa a reconstrução.
c. Vigilância sócio assistencial: análise/estudo/identificação das vulnerabilidades
sociais.

Então a vigilância sócio assistencial, além de ser um objetivo da assistência, é uma


ferramenta de proteção social. Ela vai prevenir situações de vulnerabilidade social e
evitar o rompimento dos vínculos familiares e comunitários, evitar a violação dos
direitos sócio assistenciais.

E a proteção social especial visa a reconstrução, por mais que tente prevenir,
incidentes acontecem. Então, se teve violação aos direitos sócio assistenciais, se já se
encontra numa situação de vulnerabilidade social, vem a proteção social especial e
restabelece o direito e reconstrói seus vínculos familiares e comunitários.

Após a violação do direito, após o rompimento dos vínculos familiares e comunitários


e a vigilância sócio assistencial. A vigilância sócias especial, nada mais é do que a
análise, o estudo, a identificação das vulnerabilidades sociais em determinada
localidade, em determinado território, para que a assistência social tenha eficácia
naquela área periférica.

CRAS/CREAS: art. 6-C da LOAS.


Onde eu vou buscar a proteção social?

O CRAS e CREAS, citado no art. 6-C da LOAS, Lei 8742/93.

O CRAS é o Centro de Referência de Assistência Social, ele promove a proteção social


básica. E o CREAS, Centro de Referência Especializado em Assistência Social promove
a proteção social especial. E o Município tem a obrigação de promover, instalar,
administrar e bancar a gestão do CRAS. E quem vai gerir, instalar e tocar um CREAS,
pode ser municipal, estadual ou regional. Pode ser administrado por um único, pelo
município ou pelo Estado, ou por uma região. Essa é primeira diferença entre CRAS e
CREAS, o CRAS promove a proteção social básica e o CREAS Proteção Social Especial.
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proteção

CRAS Básica Municipal

Municipal
proteção

CREAS Especial Estadual

Regional

Não se esqueça! As entidades de assistência social também dão proteção social básica
e especial. Então, o necessitado, a pessoas em vulnerabilidade social pode buscar a
proteção social, básica ou especial, em uma entidade de assistência social, como uma
ONG, ou vai buscar a proteção social, básica ou especial nos CRAS e CREAS. As
entidades de assistência social são consideradas setores privados promovendo a
assistência, enquanto o CRAS e CREAS são setores público promovendo a assistência.
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Competências e Financiamento
Art. 11 da LOAS

As ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma
articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios. Obs.: O benefício de prestação continuada compete a União.
Auxílios Natalidade e Funeral quem paga é o DF e Municípios.
Competência: Art. 12, 13, 14, 15 da LOAS
Benefícios eventuais quem financia é o DF e Municípios.

O art. 12, menciona as atribuições da união, a de planejar a política de assistência


social, planejar a União ter competência mental, em resumo, o planejamento.

Art. 12. Compete à União:

I - responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação


continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal;

II - cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da


gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito
nacional; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

III - atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às


ações assistenciais de caráter de emergência.

IV - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e


assessorar Estados, Distrito Federal e Municípios para seu
desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

O art. 13 vai falar sobre as atribuições dos Estados dentro da assistência. Os Estados
vão coordenar, auxiliarão a União nesse planejamento e auxiliarão os municípios na
execução da política pública de assistência. Por tanto, o Estado fica no meio termo,
ajudando a União e o município, então a palavra-chave é coordenação. A coordenação
da política pública de assistência e coordenação com os municípios na execução.

Art. 13. Compete aos Estados:

I - destinar recursos financeiros aos Municípios, a título de participação no custeio


do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios
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estabelecidos pelos Conselhos Estaduais de Assistência Social; (Redação dada pela


Lei nº 12.435, de 2011)

II - cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da


gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito
regional ou local; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

III - atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de


emergência;

IV - estimular e apoiar técnica e financeiramente as associações e consórcios


municipais na prestação de serviços de assistência social;

V - prestar os serviços assistenciais cujos custos ou ausência de demanda


municipal justifiquem uma rede regional de serviços, desconcentrada, no âmbito
do respectivo Estado.

VI - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e


assessorar os Municípios para seu desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 12.435,
de 2011)

O art. 15 vai regulamentar a competência dos municípios, de executar. Então a União


planeja, o Estado coordena, e o Município executa, principalmente concedendo
benefícios como auxílio natalidade e auxílio funeral.

Art. 15. Compete aos Municípios:

I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios


eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos
Municipais de Assistência Social; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

II - efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;

III - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com


organizações da sociedade civil;

IV - atender às ações assistenciais de caráter de emergência;

V - prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.


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VI - cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os


projetos de assistência social em âmbito local; (Incluído pela Lei nº 12.435, de
2011)

VII - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em


seu âmbito. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

O art. 14, dispõe da competência do Distrito Federal. O Distrito Federal, é um


amálgama, uma mistura, o Distrito Federal tem a competência de um Estado e
também de um Município que tem as duas competências. Por tanto, os artigos 12, 13,
14 e 15, demonstram essa diretriz de descentralização política/administrativa.

Art. 14. Compete ao Distrito Federal:

I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios


eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos
de Assistência Social do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de
2011)

II - efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;

III - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com


organizações da sociedade civil;

IV - atender às ações assistenciais de caráter de emergência;

V - prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.

VI - cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os


projetos de assistência social em âmbito local; (Incluído pela Lei nº 12.435, de
2011)

VII - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em


seu âmbito. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

Tome cuidado, em cada uma das esferas tem que ter um comando único para
comandar as ações, por uma questão administrativa.
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Financiamento da assistência social: (Recursos da Seguridade Social e próprios.

Ele aparece a partir do art. 27 da lei 8742/93, que fala sobre a LOAS, o financiamento.

Art. 28. O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos


estabelecidos nesta lei far-se-á com os recursos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, das demais contribuições sociais previstas
no art. 195 da Constituição Federal, além daqueles que compõem o Fundo
Nacional de Assistência Social (FNAS).

E ainda foi criado um Fundo Nacional de Ação Comunitária FUNAC, transformado no


Fundo Nacional de Assistência Social. Ou seja, uma ferramenta para financiar e
promover a assistência o Fundo Nacional de Assistência Social ou FNAS.

Um detalhe importante sobre o financiamento, como a União não tem o dever de


execução, ela tem a obrigação de repassar o dinheiro da assistência social para os
Estados, Distrito Federal e para o município, para promover a assistência social no
Brasil. Ou seja, como a União só tem a competência de planejamento, de criação da
política, então, ela tem a obrigação do repasse financeiro para as esferas
governamentais que executam que promovem a assistência social, mencionado no
art. 30.

Art. 30. É condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao Distrito
Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituição e funcionamento
de:

I - Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo e


sociedade civil;

II - Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos


Conselhos de Assistência Social;

III - Plano de Assistência Social.

Parágrafo único. É, ainda, condição para transferência de recursos do FNAS aos


Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a comprovação orçamentária dos
recursos próprios destinados à Assistência Social, alocados em seus respectivos
Fundos de Assistência Social, a partir do exercício de 1999. (Incluído pela Lei
nº 9.720, de 1998)

O art. 30 relata que o dinheiro que a União arrecadar, decorrente da seguridade social
e destinado à assistência, porque a União recebe um dinheiro que será destinado para
Direito Previdenciário

a assistência. No entanto, como a União não promove a assistência, apenas planeja a


política de assistência, mandará o dinheiro para quem irá promover.

Os DFs, Estados e Municípios, precisam cumprir três requisitos cumulativos. Se faltar


um dos três, não recebe o repasse. O primeiro requisito, é que precisam de uma
política de assistência social. Então, o município tem que ter uma política municipal
de assistência social, o Estado tem que ter uma política estadual de assistência social
e o Distrito Federal precisa de uma política distrital de assistência social. O segundo
requisito, precisa ter um fundo de assistência social, então o município tem que criar
o fundo Municipal de assistência. E o Estado tem que ter o Fundo Estadual de
Assistência e o Distrito Federal tem que ter um fundo distrital de assistência. E o
terceiro requisito, conter um conselho de assistência social de composição paritária,
ou seja, igual número de representantes.

Então, o dinheiro que sai da União e vai para o Estado ou para o DF ou para o
Município, é um repasse de fundo a fundo para evitar que esse dinheiro se perca. Por
tanto, esse dinheiro sai do Fundo Nacional e vai para o Fundo Estadual de Assistência
ou Fundo Municipal de Assistência ou Fundo Distrital de Assistência. É importante
porque se esse dinheiro fosse para o orçamento do município, se perderia e o
município gastaria com educação, com segurança e/ou com qualquer outro assunto
que não seja a assistência. Por tanto, como esse dinheiro vai para o fundo de
assistência, não tem como se perder e ser gasto em outra finalidade.

Conselho Nacional de Assistência Social: art. 17 do LOAS.


Órgão máximo, colegiado e deliberativo.

E o Conselho de Assistência Social é importante, pois é esse conselho que vai fiscalizar
o uso desse fundo e o cumprimento da política de assistência social. Ou seja, é o
conselho que acompanha a aplicação do dinheiro na assistência. E é ele que
acompanha a promoção da política de assistência dentro daquele Estado, município
ou dentro do Distrito Federal.

Composição: 18 membros: - 9 do governo

- 9 da sociedade: Entidades, profissionais e usuários.

Nomeação: pelo Presidente da República

Mandato do Presidente do CNAS: 1 ano permitida uma recondução.


Direito Previdenciário

A composição do Conselho de Assistência Social, em qualquer Estado, Distrito Federal


ou em qualquer Município, a composição tem que ser paritária, igual número de
representantes entre poder público e sociedade. Ou seja, se tem três que representam
o poder público, tem que ter três representando a sociedade, isso em todos os
conselhos de assistência social, seja o Conselho Municipal, Estadual Distrital, inclusive
o Conselho Nacional.

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