Apostila 3 - Os Sistemas Mágicos
Apostila 3 - Os Sistemas Mágicos
Apostila 3 - Os Sistemas Mágicos
APOSTILA III
OS SISTEMAS MÁGICOS
Sumário
A História..........................................................................................................................3
Definições..........................................................................................................................6
PRINCÍPIOS DA UMBANDA.........................................................................................6
Credo Umbandista.............................................................................................................8
Apontamentos....................................................................................................................9
Seqüência de Banhos.........................................................................................................9
Constituições...................................................................................................................11
A Corrente De Tibiriçá....................................................................................................14
Os Perigos da Mediunidade.............................................................................................17
O Gongá Ou Congá.........................................................................................................20
Exu e Pomba-Gira...........................................................................................................20
Fontes bibliográficas:......................................................................................................22
A História
Ela nasceu aqui mesmo em Niterói, mais precisamente em Neves, ou seja, São
Gonçalo, como forma de culto oficialmente, em 15 novembro de 1908.
Um rapaz, chamado Zélio de Moraes, estava doente, a mãe levou-o ao médico, o
rapaz não dormia e comia direito há três dias. Acordava assustado e tinha
“alucinações”. Os médicos não conseguiram diagnosticar a “doença”.
A mãe resolveu levá-lo a um Centro Espírita. Lá chegando, o jovem foi
convidado pelo dirigente dos trabalhos a ficar na mesa junto com os outros médiuns e
não na assistência. Estavam todos já na oração inicial, quando subitamente Zélio se
levanta e diz, está faltando uma flor aqui. Saiu e voltou com a flor, colocou-a sobre a
mesa e sentou-se. Criou-se com isto, certo tumulto, pois não estavam acostumados a
estas manifestações repentinas.
Passado um tempo, Zélio novamente levantou-se, agora incorporado e diversos
médiuns da corrente incorporaram vários Pretos e Pretas Velhas e Caboclos.
O médium Zélio incorporado, disse: Que a Paz de Oxalá esteja presente.
O dirigente, percebendo (por vidência) tratar-se de um Caboclo, convidou-o a se
retirar, dizendo que ali trabalhavam somente com espíritos de luz e solicitou que levasse
com ele todos os outros espíritos que o acompanhavam.
Ao que o Caboclo respondeu: Vimos aqui hoje, para fazer caridade em nome do
bem e de Jesus, se as nossas vestimentas e maneiras de nos apresentarmos os
incomodam, iremos, mas afirmo que amanhã mesmo voltarei a casa deste aparelho e
criarei uma nova religião que aceitará todos os espíritos que desejarem trabalhar para o
bem.
E no dia seguinte o Caboclo compareceu à casa do médium e determinou a
criação da Umbanda, as vestimentas, e rituais de trabalho. E que a Umbanda trabalharia
com todos os espíritos que desejassem fazer o bem e que não estivessem sendo aceitos
em outras religiões e que não estivessem se adaptando as orientações do Candomblé.
Desde que os negros foram tirados de sua terra, na África, vieram para o Brasil
com o rancor e o ódio em seus corações, pois muitos foram enganados pelo homem
branco e feitos prisioneiros e escravos, feridos em sua dignidade, distantes da pátria e
dos que amavam. Foram transcorrendo os anos de lutas e dores, e o negro mantinha, em
seus costumes e na religião, a invocação das forças da natureza, as quais chamavam de
Orixás, espécie de deuses a quem cultuavam com todo o fervor de suas vidas.
Aprenderam com o tempo a se vingar dos seus senhores e déspotas, através de pactos
com entidades perversas e com a magia negra, que outra coisa não era, senão as
energias magnéticas empregadas de forma equivocada.
Dessa maneira, o culto inicial aos Orixás foi-se transformando em métodos de
vingança, em pactos com entidades trevosas, que assumiam o papel dessas forças da
natureza ou Orixás, disseminando o que se chamava de Candomblé, que, na época, era
um disfarce para uma série de atividades menos dignas no campo da magia.
Com o tempo, foi-se formando uma atmosfera psíquica indesejável no campo
áurico do Brasil, que havia sido destinado a ser a pátria do evangelho redivivo, onde
estava sendo transplantada a árvore abençoada do Cristianismo pelas bases eternas do
espiritismo. A psicosfera criada no ambiente espiritual da nação foi de tal maneira
violenta, que entidades ligadas aos lugares de sofrimento nas senzalas encarnavam e
desencarnavam conservando o ódio nos corações, com exceção daquelas que entendiam
o aspecto espiritual da vida. Assim, a magia negra foi-se espalhando em forma de culto
pelas terras brasileiras. Do Norte ao Sul do país, as oferendas, os despachos ou os Ebós
eram oferecidos pelos Pais de Santo, pelos mestres do Catimbó ou de outros cultos que
proliferavam a cada dia, criando uma crosta mental sobre os céus da nação. Nos planos
etéreos da vida, reuniram-se então entidades de alta hierarquia com o objetivo de
encontrar uma solução para desfazer a egrégora negativa que se formava na psicosfera
do Brasil. A magia negra deveria ser combatida, e seus efeitos destrutivos haveriam de
ser desmanchados de maneira a transformar os próprios centros de atividades dos cultos
degradantes em lugares que irradiassem o amor e a caridade, única forma de se
modificar o panorama sombrio. Havia necessidade de que espíritos esclarecidos se
manifestassem para realizar tal cometimento. E, assim, foram se apresentando, uma a
uma, aquelas entidades iluminadas que haveriam de modificar suas formas
perispirituais, assumindo a conformação de Pretos Velhos e Caboclos, e levariam a
mensagem de caridade através da Umbanda, cujo objetivo inicial seria o de desfazer a
carga negativa que se abatia sobre os corações dos homens no Brasil. A Umbanda seria
o elo de ligação com o alto; penetraria aos poucos nos redutos de magia negra ou nos
terreiros de Candomblé, os quais ainda se mantinham enganados quanto às leis de amor
e caridade, e iria transformando, com as palavras de um Preto Velho ou as advertências
do Caboclo, os sentimentos das pessoas. E, para isso era necessário que elevados
companheiros da vida maior renunciassem a certos métodos de trabalho considerados
mais elevados e se dedicassem às atividades que a Umbanda se propunha. A esses
companheiros de elevada hierarquia espiritual juntaram-se espíritos de antigos escravos
e índios, que serviram por muito tempo nas fazendas e nos arraiais da Terra do Cruzeiro
e, em sua simplicidade e boa vontade, propuseram-se a trabalhar para mostrar ao
homem branco e civilizado as lições sagradas da Umbanda. Manifestavam-se aqui e
acolá ensinando suas rezas, mandigas e beberagens, auxiliando a curar doenças e dando
lições de amor e humildade. Na verdade, a Umbanda tem conseguido seu intento, e, aos
poucos, vão sumindo dos corações dos oprimidos o desejo de vingança, o ódio e o
rancor. Os cultos afros, em sua essência, vão se transformando, auxiliando o progresso
daqueles que sintonizam com tais expressões de religiosidade. A Umbanda está
modificando o aspecto desses cultos de origem africana e transformando-os
gradativamente, numa religião mais espiritualizada.
Na palavra de um Caboclo ou de um Preto Velho a lei de causa e efeito é
ensinada por meio de Xangô, que simboliza a Justiça; a reencarnação torna-se mais
compreensível às pessoas mais simples quando o Preto fala de sua outra vida como
escravo e da oportunidade de voltar à Terra em novo corpo, para ajudar seus filhos. A
força das matas, das ervas, é ensinada na fala de Oxoce; o amor é personificado em
E quanto a esses Pais no Santo e Centros de Umbanda que se espalham pelo país,
será que estão conscientes disso tudo?
Não podemos esperar a mesma compreensão por parte de todos. Existe muita
ignorância no meio, e os próprios responsáveis pelos Terreiros e Tendas Umbandistas
concorrem para que o povo tenha uma idéia errada da Umbanda. Em seus fundamentos,
a Umbanda nada tem a ver com o Espiritismo, o que não é bem esclarecido nos meios
umbandistas. Começa aí a confusão. Tomou-se emprestado o nome “espírita”, como se
ele designasse todas as expressões de mediunismo, e descaracterizou-se muito a
Umbanda. Por outro lado, espíritos tem baixado ao mundo com a missão de esclarecer e
de certa forma dar um corpo doutrinário a Umbanda, escrevendo livros sérios a respeito
do assunto, os quais são ignorados por muitos adeptos. Aos poucos, a verdade irá se
espalhando, e, quem sabe, num futuro próximo haveremos de ver abolidos os sacrifícios
de animais, as oferendas e uma série de outras coisas que nada tem a ver com a
Umbanda, mas com outras expressões de cultos de origem afro, e que diferem dos
objetivos da VERDADEIRA UMBANDA.
Pais e Mães de Santo, que vivem enganando as pessoas, Ciganas e ledoras de
sorte que cobram por seus trabalhos, não tem nenhuma relação com os objetivos
elevados que os mentores da Umbanda programaram. São pessoas ignorantes das
verdades eternas e responderão a seu tempo por suas ações inescrupulosas.
A Caridade é lei universal e nós que trabalhamos nas Searas Umbandistas
devemos ter nela o guia infalível de nossas atividades. Assim como nem todos os
Centros Espíritas que dizem adotar a codificação de Allan Kardec são, na realidade,
espíritas, também muitas tendas e terreiros não representam os conceitos sagrados da
Umbanda. Acredito que Allan Kardec permanece ainda grandemente desconhecido
entre aqueles que se dizem adeptos da doutrina espírita, como também, muitos
umbandistas permanecem ignorantes das verdades e fundamentos da sua religião.
Temos que trabalhar unidos pelo bem e esperar; o tempo haverá de corrigir todos os
equívocos de nossas almas, através das experiências que vivenciarmos.
Definições
UMBANDA
Palavra oriunda do Sânscrito, a mais antiga língua da Terra, raiz mestra dos
demais idiomas existentes no Mundo, cujo registro do vocábulo é encontrado no
UPANISHADS, Textos Sagrados da Índia, que se pode traduzir por “Deus ao
nosso lado” ou “O lado de Deus”, ou ainda “UM” – Deus o Supremo Espírito;
“BANDA” – Povo da Terra – grupo ou facção. Religião constituída pelas
influências das raças ameríndias, negras e européias. É a manifestação do
espírito para a caridade.
PRINCÍPIOS DA UMBANDA
Invocação e Evocação
Comentários:
Na Umbanda se verifica a presença de muitos espíritos diferentes, porque
mobiliza muitas forças magnéticas e astrais. Essas forças são imanentes as correntes
fluídicas que percorrem o espaço. Todos os espíritos que se encontram no campo de
ação dessas forças são trazidos por ela, inclusive, espíritos sofredores (quiumbas), para
serem doutrinados e esclarecidos da sua própria condição atual.
Na Umbanda é realmente onde se encontra a doutrina que trata do
aperfeiçoamento dos espíritos de qualquer classe ou ordem, encarnados ou
desencarnados, de suas comunicações com o mundo corpóreo e, de um modo mais
objetivo que qualquer outra, da solução dos problemas que assoberbam a humanidade.
Comentários:
A nossa religião deve ser tratada com carinho, amor, seriedade e estudo,
sobretudo com renovação de caráter, para que a mesma possa espelhar a grandeza de
sua doutrina. “Umbanda é coisa séria, para gente séria”.
Comentários:
A nossa Umbanda é Divina. Divina, porque para ela só foram aproveitadas
influências boas das outras religiões (raças), jogando fora o que não era bom. Desse
lado bom, a Umbanda reuniu, herdou e recebeu:
nada, se faz algum tipo de trabalho social, e se tem como objetivo principal a Caridade e
o Amor incondicional ao próximo.
Isto é a Umbanda! Simplesmente Umbanda!
Credo Umbandista
Creio em Deus, Onipotente e Supremo; Creio nos Orixás e nos Espíritos Divinos que
nos trouxeram para a Vida por Vontade de Deus. Creio nas Falanges Espirituais,
orientando os homens na vida terrena; Creio na reencarnação das almas e na Justiça
divina, segundo a Lei do Retorno; Creio na comunicação dos Guias Espirituais,
encaminhando-nos para a Caridade e a prática do Bem; Creio na invocação, na Prece e
na Oferenda, como atos de fé e Creio na Umbanda, como religião redentora, capaz de
nos levar pelo caminho da evolução até o nosso Pai Oxalá.
Apontamentos
Seqüência de Banhos
Segunda-feira:
Orixá regente do dia: Oxum. Orixá de equilíbrio: Oxoce.
Erva da Oxum: Erva de Santa Maria ou Colônia (erva).
Erva de Oxoce: Arruda ou Guiné.
Terça-feira:
Orixá regente do dia: Ogum. Orixá de equilíbrio: Iemanjá.
Erva de Ogum: Espada de São Jorge.
Erva de Iemanjá: Colônia (erva) ou sal grosso.
Quarta-feira:
Orixás regentes do dia: Iansã e Xangô. Par de equilíbrio.
Erva de Iansã: Espada de Santa Bárbara.
Erva de Xangô: Para-raio ou Guiné.
Quinta-feira:
1
Preceito s.m. 1. aquilo que se recomenda praticar; regra, norma (preceito moral) 2. aquilo que se
ensina; lição, doutrina 3. determinação, ordem, prescrição 4. palavra ou sentença curta que resume um
ideal, um objetivo; lema; divisa.
Modo de preparo:
Colocar água para ferver, quando entrar em ebulição apague o fogo e coloque as
ervas. Tampe e deixe esfriar até alcançar uma temperatura agradável para o banho, se
houver necessidade pode misturar com água do chuveiro, para esfriar mais rápido.
Acenda uma vela comum e branca para o Orixá Regente do dia e faça os seus
pedidos de harmonização e dentro da especialidade de cada Orixá.
Separe as ervas e jogue fora, embrulhadas num jornal. Não jogue as ervas no
corpo.
Tome um banho normal, com sabonete e shampoo e depois jogue do pescoço
para baixo o banho de erva.
Observação 1:
A segunda-feira é também o dia das Almas que vibram em segundo plano com
Oxum, portanto antes de acender a vela para Oxum e tomar o seu banho de ervas,
acenda uma vela para as Almas do lado de fora de casa. Caso more em apartamento,
acenda numa Igreja. Isto objetiva lhe proporcionar maior tranqüilidade enquanto não
estiver com sua banda toda firmada, pois a vibração das Almas pode gerar um estado de
angústia ou melancolia em você. Pode, por exemplo, acender a vela para as Almas indo
para o trabalho e quando chegar a noite tomar o seu banho e acender a sua vela para
Oxum.
nem estardalhaço. Digo apenas que são sintomas de mediunidade. Caso a pessoa
pergunte como resolver, aí dou toda a explicação. Devemos levar em consideração
alguns fatores, e o primeiro deles é a idade da pessoa.
Lembre-se tudo explicado e esclarecido facilita a compreensão da pessoa que
normalmente acha que “aquilo” que sente é exclusivo dela. Quando percebe que ela não
é nenhum ser do outro mundo, ou que não se trata de “doença grave”, alguns se frustram
pois queriam destaque (muitos dos sintomas levam pessoas desequilibradas a um estado
quase histérico), outras pessoas se assustam e temem a responsabilidade. Então... muita
calma nessa hora.
Constituições
evoque IFÁ como Deusa Protetora do Parto. Na região Norte da África, há mais
de uma congregação de Sacerdotes de IFÁ (os adivinhos). Como se vê, a
denominação IFÁ é muito variada.
ELEMENTOS ELEMENTAIS
Terra Gnomos
Fogo Salamandras
Ar Silfos ou Sílfides
Água Ondinas
******
OMULU: Similitude de São Lázaro. Dia de Força: Sábado, em segundo fluxo com as
Almas, na segunda-feira. Hora forte de Descarga: Crepúsculo. Hora Forte na Conquista:
Alvorada. Cores: Preto e Branco em porções iguais. Comemorado dia 17 de dezembro.
XANGÔ: Similitude de São Jerônimo. Dia de Força: Quarta-feira. Hora Forte: Treze
horas. Cores: Cinza, marrom ou roxo, qualquer uma acompanhada de branco.
Comemorado dia 30 de setembro.
OGUM: Similitude de São Jorge. Dia de Força: terça-feira. Hora forte: Meio-dia.
Cores: Vermelho e Branco. Comemorado dia 23 de abril.
OXOCE: Similitude de São Sebastião. Dia de Força: quinta-feira. Hora forte: Sete
horas. Cores: verde em todos os tons e branco. Comemorado dia 20 de janeiro.
IANSÃ: Similitude de Santa Bárbara. Dia de força: quarta-feira. Hora forte: dezesseis
horas. Cores: amarelo ouro e branco. Comemorado dia 4 de dezembro.
Obs. Os dias da semana tem origem no calendário de algumas línguas latinas, através da
similitude feita entre os Orixás e os deuses da mitologia romana.
Omulu – Atotô!
Apesar de não ser Orixá, EXU, tem sua própria saudação, Laroyê Exu ê.
Curiosidades:
Nas nações africanas são usadas saudações para Oxalá (Epa Babá ou Xeuetá Babá).
Outras saudações: Nanã - Saluba Nanã, Oxum Marê - Arropopô.
Ogum de Lei: Similitude de São Miguel. Muito afeito às almas. Harmônico com
Omulu, Oxum e Ogum Iara. Cruzamento vibratório com Xangô. Horas tardias. Cor de
vinho.
Ogum Beira-mar: Orixá do litoral. Harmônico com Iansã e Iemanjá. Cor: coral. Horas
fortes de Ogum.
Ogum Iara: Cruzamento vibratório com Oxum. Cores: vermelha, azul e branco. Horas
fortes de Ogum.
Ibeje: Similitude de Cosme e Damião. Cor: rosa. Hora forte: quatorze horas.
Comemorado em 27 de setembro.
Obaluaê: similitude de São Roque. Segunda vibração de Omulu, com parte de seus
valores. Desdobramento de Omulu, conhecido como Omulu novo, ou vibração jovem
de Omulu. As mesmas cores de Omulu e comemorado no dia 16 de agosto.
Iemanjá da Coroa: Similitude de Santa Rita de Cássia. Cores azul e branco transparente.
Ogin: Similitude de Santo Antônio vibra com Ogum ou Xangô, recebendo o nome neste
caso de Xangô Abomi.
Nanã: Similitude com N. S. Sant’Anna. Orixá soberano das águas. Fora do sistema
quanto a comando (regência de coroa) e presente quanto à grandeza específica.
A Corrente De Tibiriçá
Por Iassan Ayporê Pery
2
Desagregar - 1. Separar(-se) em partes; decompor(-se) em suas partes constitutivas; fragmentar(-
se), dividir-(se); 2. arrancar das raízes; desarraigar (alguém de seu meio); 3. causar ou sofrer
dissolução, desorganização, deterioração; 4. PSICOP desestruturar(-se) [o psiquismo]; fragmentar(-se),
desorganizar(-se), desestabilizar(-se).
que se afaste das companhias que estava, diga eu aceito e siga os irmãos
desta corrente”.
Caso ele insista, invoca-se o guia ou protetor do médium que está
fazendo a atração para que converse com ele, incorporado no médium.
Dê um tempo. E se mesmo após as argumentações daquele que é o
protetor do aparelho que o obsessor está usando, não ceder é que
entregamos novamente a Corrente para que ela dê o tratamento em nível
de médio astral e conseqüentemente o encaminhamento.
Caso ele desacate e diga que permanecerá no lugar onde está, ou se
perceba que vai ficar sem controle, passa-se para o dirigente dos
trabalhos para que, sob as ordens do diretor astral tome as medidas
cabíveis.
Inteligência Chefe. São os do exemplo anterior, mas que têm outros
obsessores inteligentes sob seu comando ou submissão. São mais difíceis
de se apresentarem e quando o fazem devem ser cuidados pelo próprio
diretor dos trabalhos.
Os Perigos da Mediunidade
Por João Coutinho
assim elas são totalmente incompreensíveis nas trevas, assim como há coisas nas trevas
que somente podem ser compreendidas nas trevas e são incompreensíveis na luz.
Por esse motivo na tentativa de se praticar a caridade, ao achar que esta fazendo
o bem para alguém se pode estar na verdade fazendo o mal para si próprio ou para este
alguém. É como benzer uma criança com desequilíbrio energético e por ignorância e
despreparo transmitir a ela um pouco de sua energia interior sendo alvo da prática do
vampirismo incondicional.
A diferença de um médium que conhece a magia e é preparado é que ao
enveredar no mundo dos espíritos procura-se conhecer, experimentar e descobrir
usando conhecimentos literalmente aprendidos dentro de seu ritual por um mestre
ou zelador de santo confiável. As armadilhas são intensas, ao tentar fazer o bem
para uma pessoa pode-se ganhar muitos inimigos, adquirir Karma, etc.
Mas não é por isso que o médium deve desistir de sua sina, deve-se
aprender, estudar, saber o porque das coisas, jamais deve se garantir apenas na
intuição, pois a partir do momento que está sendo guiado e ensinado não há apenas
intuição, mas também percepção. É de grande relevância saber se os espíritos que traz
consigo não são espíritos enganadores que com seu fascínio e postura de espíritos de luz
trazem a sua destruição. Desconfie sempre quando mesmo seguindo corretamente a
doutrina, sua vida não vai bem, acontece de tudo como polêmicas e intrigas.
Lembre-se ninguém aprende apenas pela dor ou pelo amor, existe uma interação
entre ambas nas suas diferentes variáveis. Por isso quem sofre ama e quem ama sofre.
Dentro deste pressuposto o médium deve desconfiar se está freqüentado o lugar e
fazendo as coisas certas, é necessário conhecer os princípios, os rituais e o porque das
coisas, se viver no mundo do eu acho, vive então na ignorância dos seus erros e
certamente será alvo de alguém ou algo que o espreita para derrubá-lo.
Os perigos não estão apenas nos espíritos enganadores, larvas e senhores do
baixo astral. Os perigos podem estar com o próprio médium. Sua ignorância é uma
delas. O fato de não poder enxergar com os olhos comuns leva-o a imaginação e a
fantasias. Desta maneira inventam e misturam conceitos, sem ao menos perceberem,
acabam achando que podem tudo, inclusive incorporar com Jesus Cristo.
A mediunidade é algo incrível, deve-se ter a consciência de sua importância,
inclusive no meio científico. Hoje colegas biólogos físicos e químicos, espíritas e não
O Gongá Ou Congá
Exu e Pomba-Gira
Quero deixar clara esta questão de uma vez por todas. Exu não faz o mal! Exu
não se “vinga”!
Exu é ENTIDADE DE LUZ (em evolução) COM PROFUNDO
CONHECIMENTO DAS LEIS MAGÍSTICAS E DE TODOS OS CAMINHOS E
TRILHAS DO ASTRAL INFERIOR.
Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos,
com chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no
ambiente.
São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que
emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem
profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e
disciplina.
Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que
lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa
vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das
vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se
impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à
mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente
comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam.
São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina
por várias e várias encarnações.
Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se
manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é lei maior, e esses espíritos, com aspectos mais
bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades,
espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de
obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas
vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos. Além
disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos
inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes,
exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de
energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de
espíritos delinqüentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados
na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores
tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que
aguardamos neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos
desconhecem a sua verdadeira situação.
Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se
dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e
pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes
Portanto não há que se temer e nem há que se idolatrar Exu, há que se amar e
respeitar.
Buscamos, em nossa Casa, que Exu e Pomba Gira evoluam e possam assim
alcançar a possibilidade de um dia virem a trabalhar como enviados de Orixá (caboclos
ou pretos velhos).
Precisa-se acabar de uma vez por todas com as historinhas a respeito deles, do
tipo que todo “Zé Pelintra” que incorpora em nossos terreiros tenha morrido esfaqueado
*******
Fontes bibliográficas:
Tambores de Angola de Robson Pinheiro Santos ditado pelo espírito de Ângelo Inácio.
Universidade de Umbanda de Edyr Rosa Guimarães e Almir S. M. de Lima
Apostilas do Centro Espírita Irmã Pêpa – Autor Nilo M. Pery.
Apostila 2 – CECP – Centro Espiritualista Caboclo Pery