Parametros Analise Óleo Alliance

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Por que é importante monitorar os

lubrificantes em uso?

Ao utilizarmos técnicas proativas para


monitoramento do óleo em uso e controle da
contaminação, podemos estender
significativamente a vida útil dos lubrificantes
bem como de equipamentos e de
componentes lubrificados

Conhecer, Monitorar e Controlar a qualidade


dos lubrificantes instalados e os níveis de
contaminação é um passo importante para a
construção da confiabilidade através da
lubrificação.
O que é análise de óleo ?

Uma técnica de manutenção preditiva focada


em obter informações completas sobre:

✓ A saúde do óleo – Propriedades físico-


químicas;
✓ A contaminação presente no lubrificante;
✓ A saúde do equipamento – Desgastes dos
componentes lubrificados
Ensaios realizados atualmente

Espectrometria – Esse ensaio comumente e feito por absorção atômica, e


identifica todos os elementos químicos presentes nos lubrificantes, exemplo
(ferro, cobre, cromo, alumínio e outros), além disso fornecem informações
importantes como conteúdo de substâncias metálicas, assim como
contaminações externas e aditivação.

Embora o ideal seja acompanhar a tendência do aumento de partículas de


desgaste, existem alguns parâmetros usados por laboratórios que são
provenientes de históricos de equipamentos dos mais diversos segmentos,
esses parâmetros podem ser utilizados como valor de alerta ou ponto de
partida para traçar tendência.
Contaminantes detectados pela espectrometria

➢ Silício (Si): Comumente proveniente de poeiras, terra e outras particular suspensas,


para inicio de acompanhamento pode ser adotado 30 ppm como numero de alerta.
Nesse caso as ações a serem tomadas, são verificação de respiros, vedações e o
nível de limpeza do óleo que esta sendo utilizado.

➢ Sódio (Na) e Potássio (k): As possíveis fontes são, líquidos refrigerantes, água em
alguns casos, e partículas suspensas. Para início de acompanhamento podemos
utilizar como alerta a faixa de 30 a 40 ppm.

➢ Alumínio (Al): As possíveis fontes são rolamentos, Blocos, Buchas, Pistões,


Sopradores, Bombas, embreagens, Vedações e Contaminações. Considera-se
parâmetro de alerta 30 ppm.
Ref. - Princípios da Lubrificação & Lubrificantes (Carreteiro);
- Teste Oil;
Materiais de desgaste detectados pela espectrometria

➢ Ferro (Fe): Esse metal existe em praticamente todos os componentes, engrenagens,


pistões, válvulas etc. Da mesma forma que os contaminantes os materiais de
desgastes necessitam de acompanhamento em tendência, porém muitos
laboratórios utilizam 200 ppm como valor de alerta. Ação recomendada, filtragem,
Flushing do sistema ou troca da carga de lubrificante.

➢ Cobre (Cu): Normalmente encontrados em Rolamentos, Buchas, Vedações, Bomba.


Parâmetro a ser utilizado como alerta 50 ppm. Ação recomendada, filtragem ou
troca da carga de lubrificante.
Ref. - Princípios da Lubrificação & Lubrificantes (Carreteiro);
- Teste Oil;
Materiais de desgaste detectados pela espectrometria

➢ Chumbo (Pb): Quase sempre encontrados em rolamentos. Parâmetro de alerta 100


ppm.

➢ Cromo (Cr): Pode ser encontrado em Rolamentos, Anéis, Roletes, Barramentos,


Válvulas, Selos, Eixos . Parâmetro de alerta 30 ppm.

OBS: Outros elementos de desgastes encontrados neste ensaio devem ser


acompanhados como tendência.
Ref. - Princípios da Lubrificação & Lubrificantes (Carreteiro);
- Teste Oil;
Números de aditivação detectados pela espectrometria

Os números de aditivação encontrados nesse ensaio devem ser comparados


com os números do mesmo lubrificantes novo, e havendo uma queda de 50% a
60% é considerado um numero de alerta, pois esse nível pode fazer com que o
lubrificante comece a perder suas propriedades lubrificantes bem como
características especiais, a ação a ser tomada nesse caso é a troca completa da
carga de lubrificante. Existe a pratica de se fazer a readitivação de lubrificantes
degradados, porém não recomendamos esse procedimento, pois é um pratica
que demanda cálculos, e condições controladas, sendo assim não seria viável a
menos que fosse para grandes volumes, nesse caso poderia ser contratada
empresa especializada para fazer esse processo.
Ref. – Lubrifat & Laborfat;
- Teste Oil;
Teste de FTIR

➢ Glicol : A presença dessa substancia é encontrada na maioria dos líquidos de arrefecimento,


podendo indicar passagem do mesmo ao sistema de lubrificação e causando aparecimento de
fuligem e óxidos no óleo, caso ocorra verificar possíveis danos no trocador de calor;

➢ Fuligem: Em óleo de motores a combustão pode ser proveniente de contaminação com água
ou líquidos de arrefecimento durante a queima. Em outros tipos de óleo são provenientes de
contaminações externas ao sistema, o limite máximo é 1,5% mas dependendo do
equipamento esse numero pode variar.

➢ Oxidação e Nitração: Ambos são resultantes do processo de combustão de motores, podem


causar entupimento de filtros e alterações de viscosidade. Os Parâmetros utilizados são:
Oxidação alerta quando maior que 12 e Nitração alerta quando maior que 6;
Ref. – Lubrifat & Laborfat;
- Teste Oil;
TBN (Basicidade): É a massa em miligramas de ácido clorídrico ou perclórico,
expressa em termos de quantidade equivalente de hidróxido de potássio,
necessária para neutralizar todas as substâncias presentes num grama de óleo
que reagem com esses ácidos. Este teste é normalmente feito em óleos que
contém aditivos alcalinos (reserva alcalina do produto) e indica a reserva
alcalina remanescente, que enquanto existir não permitirá a presença de ácidos
fortes.

Limites BN: Nos óleos automotivos este índice normalmente inicia-se entre 10 e
17 m/KOH, a medida que é consumido os aditivos, tende a diminuir alarmando
quando estiver entre 3 e 5.
Em lubrificantes com TAN considerar critico acima de 2.
Limites de contaminação com água

A água pode estar como contaminante no óleo de três formas, dissolvida,


emulsionada e livre. O Teste mais eficiente para a detecção de água é por Karl
Fisher.

Fabricantes de rolamento dizem que a partir de 300 PPM de água no óleo, já é


suficiente para causar redução significativa da vida útil de rolamento.

Recomendado consultar fabricantes de equipamentos para estipular


parâmetros.

OBS: lembramos que para motor de combustão interna os parâmetros podem


ser maiores chegando a 0,2%.
Parâmetros típicos de contaminação com água:

Os valores abaixo são parâmetros globais de laboratórios e experiências, lembramos que


para maior assertividade é necessário consultar o fabricante do equipamento.

Objetivo de limpeza típicos para óleos lubrificantes e hidráulicos


Equipamento ISO Água
Rolamento de esfera 16/13/11 300 PPM
Rolamento de roletes 17/14/12 300 PPM
Mancais 18/15/12 400 PPM
Caixa de engrenagens Industriais 18/15/12 250 PPM
Caixa de engrenagens de autos 18/16/13 250 PPM
Motores Diesel 18/16/13 2000 PPM
Fluídos Hidráulicos 16/15/13 300 PPM

Tabela:1 Ref. Amrri;


Laudos de amostras de Óleo (Sugestão de melhoria)

Parâmetros para
contaminação com água
acima do indicado pelos
fabricantes.

Atualmente no laudo de amostra de óleo é utilizado como parâmetro de contaminação com


água 3000 PPM para todos os equipamentos. Sugerimos solicitar ao laboratório que altere
esses parâmetros de acordo com a exigência de cada equipamentos, caso não consiga
indicação do fabricante quanto ao nível de contaminação com água, utilizar a tabela 1.
Exemplos de Pontos de Coleta

Ponto Primário:
Após todos os itens do sistema e antes do
filtro de retorno. É a amostra que irá
apresentar todo o desgaste atual do sistema.
Ponto S1
Pontos Secundários:
Como mencionado anteriormente os pontos
Ponto P
secundários servem para pesquisarmos de
onde vem o desgaste quando detectado
através de análise do ponto primário.
S1: Desgaste da Bomba
S2: Desgaste das Válvulas
S3: Desgaste do Cilindro
Observações Gerais
Para assegurar maior confiabilidade nas análises, sugerimos designar pessoas especificas para realizarem
as coletas e que as mesmas participem de treinamentos sobre conceitos básicos de contaminação, análise
de óleo e procedimentos de coleta de amostra de óleo, todos estão contemplados na grade de
treinamentos oferecidos pela SIL. Durante nossa visita em campo para acompanhar as coletas verificamos
que os responsáveis pela execução das coletas não possuíam treinamentos e nem seguiam
procedimentos padrão para esse tipo de atividade, é válido ressaltar que é de extrema importância a
instalação de tomadores de amostras onde for possível, pois estes além te tornar a atividade mais simples
de serem executadas também minimizam os riscos de contaminação.

Dicas para as Coletas

Procure sempre um ponto onde todo o óleo que já circulou pela máquina esteja retornando ao tanque,
este seria o ponto considerado primário, preferível para a amostragem inicial quando se quer ter uma
idéia geral da saúde da máquina e de sua contaminação. Procure coletar após a bomba e se antes dos
filtros. Também dê sempre preferência para cotovelos ou curvas, onde o óleo sofre uma maior
turbulência. Por fim se o dreno ou a lateral da máquina forem inevitáveis, procure instalar tubos de pitot
a fim de não capturar a borra e resíduos localizada no fundo dos tanques.

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