O Lúdico No Processo de Aprendizagem e de Desenvolvimento Da Criança
O Lúdico No Processo de Aprendizagem e de Desenvolvimento Da Criança
O Lúdico No Processo de Aprendizagem e de Desenvolvimento Da Criança
Brasília, 2006
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Brasília, 2006
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
À Deus, pelo dom da vida e por nos guiar mais uma vez nesta eterna busca do
conhecimento.
À Professora Orientadora Odiva, pela paciência e dedicação.
À todos os professores que contribuíram para a construção do nosso
conhecimento durante o curso;
Aos nossos familiares: pais, irmãos, cunhados, sobrinhos, pela paciência,
confiança e ausências impostas em decorrência deste trabalho.
À nossa amiga Tatiana Ferreira dos Santos, pelas sugestões de leituras sugeridas
para o desenvolvimento deste trabalho;
Aos colegas do Projeto Professor Nota 10, pelo companheirismo, amizade e
trocas de experiências.
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RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................08
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................10
3. OBJETIVOS...................................................................................................... 18
4. METODOLOGIA................................................................................................ .19
5. ORGANIZAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS .............................. .21
5.1. Proposta piagetiana de desenvolvimento da criança ............................... .21
5.2. As implicações da atividade lúdica no processo de aprendizagem
da criança......................................................................................................... .25
5.3. A influência do lúdico no desenvolvimento e na formação da
criança.............................................................................................................. .29
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. .34
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. .36
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1. INTRODUÇÃO
2 . FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ensinado, mas sim, que a educação deve ter uma visão do aluno como pessoa
inteira, com sentimentos e emoções.
Já Dewey (1967) concorda com Freire quando desperta em sua teoria a
idéia de “aprender fazendo, de trabalho cooperativo, de relação teoria e pratica, de
um método de iniciar o trabalho cooperativo pela fala (linguagem) dos alunos”
(Dewey, 1967, p. 75). Desta maneira, as finalidades da educação numa ótica
libertadora, liga-se a mudança estrutural da sociedade considerando-se, em
especial, a realidade da criança dentro e fora de ambiente escolar.
O principal precursor do movimento educacional conhecido como Escola
Nova foi Rousseau, que influenciou outros teóricos como Pestalozzi, Froebel,
Montessori e Decroly. Estes contribuíram significativamente para a superação de
uma visão tradicionalista de ensino, passando a perceber a criança como um ser
ativo, deixando de ser objeto da educação e tornando-se sujeito dela. Para eles,
as brincadeiras têm sentido de atividade orientada para o físico, o social e o
cognitivo. Assim, “o jogo destina-se ao desenvolvimento integral da criança que
manifesta o prazer na ação desenvolvida” (Kishimoto, 1993, p. 109).
Diante dos avanços em geral, da evolução cientifica e tecnológica , a
criança deste século XXI também está evoluindo. O parto, os cuidados com o
recém-nascido, os estímulos que o bebê recebe hoje são muito deferentes dos
cuidados de algumas décadas atrás. No começo do século, por exemplo, “os
recém nascidos levavam pelo menos cinco dias para abrir os olhos, eram
enfaixados inteiros e assim permaneciam por meses, só tomavam banho depois
aque caísse o umbigo etc.” (Lopes , 2000, p.17). A mudança de hábitos e atitudes
dos adultos para com a criança ocasionou alterações em todo o desenvolvimento
infantil. As diferentes áreas do cérebro humano desenvolvem-se por meio de
estímulos recebidos ao longo dos sete anos de vida, portanto, como os estímulos
são diferentes, conseqüentemente as reações também. Os padrões de
comportamento se modificaram gerando respostas diferentes e nem sempre
esperadas. As famílias menos numerosas, pais que trabalham fora, crianças que
freqüentam berçários, creches e ou escolinhas maternais recebem estímulos
distintos daquelas que eram criadas em casa, com irmãos e que só saiam para a
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escola aos sete anos. É, portanto, com esta criança que o educador tem de saber
lidar, tem de reconhecer suas necessidades e procurar atendê-las dentro do
contexto educacional atual.
Se a criança hoje parece ser mais esperta e desenvolve-se antes do tempo
previsto, pode-se considerar que algumas habilidades foram estimuladas
precocemente, e também pode se ter dado permissão para expressar suas
vontades e assim seu intelecto é mais estimulado. Neste sentido, “o
desenvolvimento infantil precisa acontecer concomitantemente nas diferentes
áreas para que haja o equilíbrio necessário entre elas e o indivíduo como um todo”
(Rosamilha, 1979, p.56).
Acredita-se, pois, que grandes pensadores como os anteriormente citados
já reconheciam, mesmo que de maneira sistematizada, a importância da atividade
lúdica no processo de ensino aprendizagem. De certo, supunham que “o jogo em
si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do
indivíduo, que se torna sujeito ativo do processo” (Beaucair, 2004, p. 72).
A criança sempre brincou, independentemente de épocas ou de
estruturas da civilização.
3 – OBJETIVOS
Objetivo geral
Objetivos especificos
4. METODOLOGIA
a) escolha do tema;
b) elaboração do plano de trabalho;
c) identificação;
d) localização;
e) compilação;
f) fichamento;
g) análise e interpretação dos dados;
h) redação.
fantasia para a realidade em que o aprendiz faz uso de diversos materiais, dando
passagem de uma construção mais individual para um momento de maior
cooperação, encaminhando-se para o terceiro estágio.
O terceiro estágio é o operatório concreto (7 a 11 anos, chamado de
jogos de regra) em que a criança realiza operações mentais, usando a lógica e o
raciocínio, contudo necessita se utilizar de materiais concretos. Pode-se observar
uma coordenação cada vez mais estreita de papéis e um florescimento da
socialização, que se desenvolve e subsiste durante toda a vida.
Esta fase é marcada pela transição da atividade individual para a
socializadora. Este jogo não ocorre antes de 4 a 7 anos e predomina no período
de 7 a 11 anos. Para Piaget, o jogo de regras pressupõe a interação de dois
indivíduos e sua função é regular e integrar o grupo social. O autor distingue dois
tipos de regras: as que vêm de fora e as que são construídas espontaneamente. O
contraste entre os dois tipos de ações governadas é focalizada nos jogos
espontâneos com regras baseadas em concordância temporária. Ele vê tais jogos
espontâneos como representando os resultados da socialização proveniente de
jogos de exercícios e simbólicos.
Jogos como : “quebra-cabeças, xadrez, jogo da memória, etc.” são
próprios para os 3º e 4º estágios, uma vez que ajudam no desenvolvimento da
lógica e do raciocínio da criança com o sustento de materiais concretos e além
disso ainda proporciona um ambiente de socialização da criança com diversos
grupos.
É possível a confecção de diversas formas de quebra-cabeça, com
aplicação em diferentes áreas e com objetivos distintos. Variando-se a forma dos
recortes, seu tamanho e a figura. Pode-se aplicar a confecção e montagem do
quebra-cabeça em todas as idades, sendo sempre possível trabalhar diferentes
aspectos das áreas afetiva, cognitiva e motora.
Para as crianças maiores, podem-se usar a mesma estratégia, mudando-se
o material, pois a figura deve ser adequada a faixa etária e os cortes do quebra-
cabeça poderão ter formas variadas, de acordo com o objetivo.
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Piaget; “os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para
gastar energia, mas meios que enriquecem o desenvolvimento intelectual.”
(Rosamilha, 1979, p. 25). A atividade lúdica torna-se mais significativa a medida
em que ocorre o desenvolvimento da criança pois, a partir da livre manipulação de
materiais variados, a criança passa a reconstruir objetos, reinventar as coisas, o
que exige uma adaptação a ser realizada na infância.
é servir de ponte entre o que o aprendiz já sabe e o que ele deve saber, a fim de
que o material possa ser aprendido de forma significativa.
Outra questão importante é a de onde esta brincadeira, propiciadora da
construção do conhecimento, deva acontecer. Na escola, “os professores que
trabalham com brinquedos costumam chamar a atenção para o fato de que as
crianças precisam receber algum tipo de ajuda, ao menos perguntas apropriadas,
no inicio da brincadeira.” (Piaget, 1970, p. 72). Se as crianças, por si mesmas,
pudessem desenvolver idéias científicas apenas brincando com os seus
brinquedos, haveria pouca necessidade de trazê-los para a Escola. É necessário,
portanto, decidir quais questões deveriam ser direcionadas e, certamente, as
discussões que se seguiriam.
Na verdade, “é na escola que acontece o processo pedagógico com
excelência e, portanto, é aí que se proporá a luta entre o novo e o velho, o
estabelecido e o não-reconhecido.” (Alonso, 2003, p. 16). Em suma, o autor retrata
toda contradição entre o que deve ser preservado e o que necessita ser alterado.
Por certo, esse confronto inevitável que permeia o trabalho pedagógico gera
insegurança no grupo escolar, notadamente no educador. Daí, a sua reserva e
desconfiança sempre que se propõe mudanças para as quais ele não está
preparado.
Uma outra questão a ser colocada é a de até que ponto deveria ir a
intervenção do educador na resolução de situações diversas propostas pela
atividade lúdica. Na verdade, “não se deveria elucidar de forma imediata e gratuita
o mistério para os que nele se iniciam” (Almeida, 1998, p. 30). Ao contrário, há a
necessidade de manter viva a chama do mistério e da curiosidade, aproximando o
aluno gradativamente de sua solução, permitindo ao educando a iniciativa própria
e, se necessário, uma ajuda, seja de seu professor, seja de seus colegas.
Nessa concepção, “o ensino é um conjunto de atividades
cuidadosamente planejadas onde conteúdo e forma articulam-se” (Alonso, 2003,
p. 21). Segundo o autor, é neste processo que professor e aluno compartilham
parcelas cada vez maiores de significados. O educador guia as ações para que o
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6 . CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, Myrtes. Formar professores para uma nova escola. São Paulo:
Pioneira, 2003.
CERVO, Amado Luís. Metodologia científica. 5ª ed. São Paulo; Prentice Hall,
2002.
GADOTTI, Moacir. Convite à leitura de Paulo freire. São Paulo: scipione, 1989.
LOPES, Maria da gloria. Jogos na educação: criar , fazer, jogar. 3 ed. São
Paulo: Cortez, 2000.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 5ª
ed. São Paulo: Atlas, 2002.