Artigo - Intervenção de Educação Alimentar e Nutricional e Parâmetros Antropométricos Dos Adolescentes Escolares
Artigo - Intervenção de Educação Alimentar e Nutricional e Parâmetros Antropométricos Dos Adolescentes Escolares
Artigo - Intervenção de Educação Alimentar e Nutricional e Parâmetros Antropométricos Dos Adolescentes Escolares
NATAL-RN
2022
ANNY KAROLINY PINHEIRO FERNANDES
Trabalho de Conclusão de
Curso, apresentado ao Curso de
Graduação em Nutrição, da
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, como requisito final para
obtenção do grau de Nutricionista.
NATAL-RN
2022
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Profª. Drª. Gidyenne Christine Bandeira Silva de Medeiros
_____________________________________________________________
Profª. Drª. Grasiela Piuvezam
_____________________________________________________________
Profª. Drª. Ádala Mata
A princípio, venho por intermédio desta externar a minha felicidade por cumprir
com determinação e êxito a fase acadêmica, na qual vivenciei de forma leve e ao mesmo
tempo intensa. Por experenciar tudo isso, agradeço primeiramente ao meu Deus, o Todo
Poderoso, à minha Mãe Santíssima e aos meu anjos celestes, que intercederam
veementemente para que muitas bênçãos e luzes fossem derramadas sobre meu ser.
Aos meus pais, José Walter Fernandes e Joelsa Fernandes, por todo empenho e
dedicação destinados ao meu crescimento pessoal e profissional, tendo em vista que não
mediram esforços para oferecer o melhor ensino e todos os subsídios para que ao longo
desses 25 anos eu dedicasse inteiramente somente aos meus estudos. Gratidão mainha e
painho por todo zelo e amor. Como também, agradeço a minha irmã, Luiza Valéria, por
toda paciência e compreensão nos momentos em que precisava me concentrar para
estudar, ser a minha parceira nas horas de lazer e, também, por disponibilizar parte do seu
tempo para sempre ir me deixar e pegar na faculdade. E ao meu irmão, Walter Filho por
todo carinho e preocupação, visto que ao me encontrar estudando sempre perguntava:
“Está precisando de alguma coisa?” Vocês são tudo para mim!
Aos meus avós maternos e paternos pelo incentivo, zelo e oração para que todos
os meus dias fossem tranquilos e abençoados. Às minhas tias Josilene, Joseane, Joelma e
titio Mazinho (in memoriam), meu muito obrigada pela torcida e incentivo diário, vocês
me inspiraram e apoiaram em toda minha caminhada do início ao fim.
Quero agradecer também as minhas amigas por toda torcida, pelas palavras de
conforto e de conselho, quando necessário. Principalmente as minhas amigas de
faculdade, Carol Brandão, Maria Luiza, Maria Vitória, Raquel Praxedes, Raymara e
Talita Peixoto, por toda cumplicidade, atenção, aprendizado e, acolhida, sem dúvidas,
vocês favoreceram para que a vivência da faculdade fosse leve, divertida e feliz. Sentirei
muita falta de tudo isso.
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 10
2.1 O cenário do Consumo Alimentar e seu reflexo no Estado Nutricional do público
juvenil no Brasil ...................................................................................................... 10
2.2 Conhecer, aprender e aplicar a Educação Alimentar Nutricional ........................ 11
2.3 EAN e o seu reflexo na ciência biológica ........................................................... 12
2.4 Parâmetros antropométricos em adolescentes .................................................... 13
2.5 O nutricionista e a comunidade como educadores e promotores da saúde .......... 14
3. OBJETIVOS ...................................................................................................... 17
3.1 Objetivo geral.................................................................................................... 17
3.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 17
4. METODOLOGIA .............................................................................................. 18
4.1 Registro do estudo ............................................................................................. 18
4.2 Critério de elegibilidade .................................................................................... 18
4.3 Métodos de pesquisa para identificação dos estudos .......................................... 18
4.4 Seleção dos estudos ........................................................................................... 19
4.5 Extração de dados.............................................................................................. 19
4.6 Risco de viés ..................................................................................................... 20
4.7 Análise de dados ............................................................................................... 20
5. RESULTADOS .................................................................................................. 21
Identificação ........................................................................................................... 21
Triagem .................................................................................................................. 21
Elegibilidade ........................................................................................................... 21
Incluído ................................................................................................................... 21
6. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 43
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 46
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 47
9
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
Nos dias atuais, frente ao perfil epidemiológico nutricional traçado por Josué de
Castro que consistiam em carências nutricionais, sobrepuseram-se as doenças crônicas
não transmissíveis (VASCONCELOS, 2008). Isto é, para além da fome, flagelos como
obesidade, diabetes e hipertensão estão condicionadas ao ato de comer e, para isso, urge
a Educação Alimentar e Nutricional, uma prática indispensável ao longo de 90 anos de
história.
Nesse sentido, tal ação educativa e nutricional lança luz de estratégias aplicáveis e
efetivas, dentro da comunidade social, escolar e profissional, com o propósito de
promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis, frente ao
contexto do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da Segurança
Alimentar e Nutricional (CIDADANIA, 2020).
A contemplação da EAN, sigla que remete a educação alimentar nutricional na
atualidade, não foi fácil, mas muitas perspectivas e horizontes saíram do abstrato e
passaram a ganhar forma, cuja essência transcende da informação, educação e orientação.
Assim, para além do bioquímico, a nutrição e sua aplicabilidade pedagógica, passa a ter
notoriedade por meio dos aspectos sociais, econômicos e, sobretudo, culturais, visto que
a comensalidade é um ato simbólico.
E assim, para entender sua essência e torná-la aplicável, é necessário, portanto,
abarcar sob a dimensão coletiva, como também individual, uma vez que, a educação é um
fenômeno social com dimensões e abordagens grupais, mas que compilam o
conhecimento e sensibilidade intrínseca à individualidade de cada ser humano.
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
Para se dar início ao processo de estudo, dessa forma, estratégias de buscas foram
elaboradas de acordo com a população de adolescentes, segundo a definição da
Organização Mundial da Saúde para pessoas de 10 a 19 anos, bem como, com os estudos
baseados na implementação de intervenções de educação alimentar e nutricional no
âmbito escolar, os quais apresentaram resultados referentes ao índice de massa corporal
(IMC), circunferência da cintura (CC), razão cintura-estatura (RCE), dobras cutâneas e
gordura corporal total. Vale salientar que os estudos inclusos são de características
ensaios clínicos randomizados (RCT) (incluindo agrupados), não-RCT ou estudos
controlados antes e depois.
Foram excluídos estudos cujos participantes são adolescentes com deficiência física,
deficiência intelectual, distúrbios endócrinos, doenças crônicas não transmissíveis e
grávidas; sejam crianças e adolescentes sem análise do subgrupo do adolescente; não
apresentaram descrição da intervenção em educação alimentar e nutricional na
metodologia e estudos que não avaliaram o alimento em si, mas somente o nutriente.
nutricional, sobre o desfecho dos parâmetros biológicos, por exemplo o índice de massa
corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), razão cintura-estatura (RCE), dobras
cutâneas, gordura corporal total.
Ademais, as buscas foram filtradas a partir das bases de dados MEDLINE (via
PubMed), Embase (via OVID), Scopus (via Elsevier), Education Resources Information
Centre (ERIC), Science Direct (via Elsevier), Web of Science- Main Collection (Clarivate
Analytics), Cochrane Central Register of Controlled Studies (CENTRAL), LILACS (via
Virtual Health Library) e ADOLEC (via Virtual Health Library). Salienta-se que, não há
limitação quanto ao tempo e idiomas, desde que seja relevante à pesquisa.
É válido mencionar que não foi realizado o risco de viés dos estudos não
randomizados.
Uma abordagem narrativa foi usada para resumir o efeito das intervenções nos
parâmetros biológicos dos adolescentes. Foram apresentadas as medidas de tendência
central e de dispersão no baseline, e pós-intervenção no grupo de intervenção e controle,
bem como a diferença de médias e sua significância.
21
5. RESULTADOS
De acordo com as buscas realizadas, em sua totalidade, identificou-se 5024 artigos.
Dentre eles, após a análise das duplicatas, 4256 foram destinados a seleção, por meio da
análise de títulos e resumos. Ao longo da triagem, 342 foram incluídos para leitura
completa.
Após a realização da filtragem criteriosa dos parâmetros, realizado a partir da leitura
completa, inseriu-se, 16 publicações na Revisão Sistemática, pois contemplavam os
desfechos relacionados a antropometria, conforme pode ser observado na Figura 1.
Intervenção (136)
Artigos de texto
completo avaliados para Outros (1266)
elegibilidade
(n = 342) Artigos de texto completo
excluídos (n=295)
Desenho do estudo (74)
População (99)
Estudos incluídos na
Incluído
Tabela 1 - Descrição dos estudos que apresentam o desfecho antropométrico como parâmetro da intervenção em educação alimentar e nutricio nal,
quanto ao país, objetivos, metodologia e seus principais resultados.
ESTUDO ANO PAÍS OBJETIVO METODOLOGIA PRINCIPAIS
Público Período Tipo do Intervenção Follow- Teoria/ Modelo RESULTADOS
Alvo Estudo up
Amaro et al 2006 Itália Testar a 153 6 meses. RCT Aplicação de Não Não informado. O jogo Kalèdo é
eficácia do estudantes questionário um instrumento
Jogo Kalèdo do grupo com válido na
sobre as intervenção conhecimento ampliação do
mudanças no e 88 geral sobre conhecimento
comportament estudantes nutrição e do nutricional,
o e do grupo jogo Kalèdo, trazendo, assim,
conhecimento controle, além da mudanças
nutricional. com a faixa realização de significativas do
etária de 11 aferições IMC z-score, após
a 14 anos. antropométrica a intervenção.
s.
Ask et al 2006 Noruega Avaliar se os 26 4 meses. RCT Aplicação de Não Não informado. O estudo não
hábitos estudantes questionário apresentou
alimentares e, do grupo com diferença
consequenteme intervenção conhecimento estatística
nte, o perfil e 28 geral sobre significativa,
antropométrico estudantes nutrição e acerca do peso,
melhoram com do grupo aferições do altura e IMC.
a introdução do controle, peso e altura
café da manhã. com a faixa antes e depois
etária de 15 da intervenção.
anos.
24
Casazza et al 2010 EUA Determinar um 2565 4 meses. RCT Aplicação de Sim Não informado. Notou-se que
método estudantes questionário métodos
educação, com ensino com tradicionais
baseado em e conhecimento limitam a
tecnologia, que tecnologia, geral sobre evolução da
auxilie na 2573 nutrição e intervenção, em
melhora do estudantes aferições do comparação com
comportament com ensino peso e altura métodos que
o alimentar, básico, antes e depois utilizam
onde reflita no 1599 da intervenção. tecnologias.
IMC. estudantes
do grupo
controle,
com faixa
etária entre
13 a 18
anos.
Chen et al 2011 EUA Examinar a 54 8 meses. RCT Aplicação de Sim Modelo Trans A intervenção
viabilidade da estudantes e questionário Teórico – Fases resultou em pouca
eficácia de um suas com da mudança e na redução do IMC.
programa (Web respectivas conhecimento teoria cognitiva
ABC Study) de famílias, geral sobre social.
base teórica e com faixa nutrição, com
familiar, etária de 12 intervalo de 2
promovendo a 15 anos. meses, 6
estilos de vida meses, 8
e estado meses. Acerca
nutricional dos pais, os
25
saudáveis em mesmos
adolescentes. preencheram
questionários
relativos à
informação
demográfica e
níveis
culturais.
Sevinc et al 2011 Turquia Determinar a 6847 8 meses. RCT O grupo de Sim Não informado. Não houve
eficácia de dois estudantes, intervenção 1 diferença
programas de os quais recebeu significativa entre
intervenção 1932 da questionário, as medidas
diferentes intervenção mensuração do primárias do IMC
(educação 1, 1989 IMC, educação dos três grupos.
nutricional intervenção nutricional e
saudável e/ou 2, 2926 do atividade
educação física grupo física. O grupo
e/ou educação controle, de intervenção
física) para com faixa 2 recebeu
prevenir a etária de 7 a questionário,
obesidade dos 13 anos. mensuração do
alunos. IMC e
educação
nutricional. E o
grupo controle
recebeu
questionário e
mensuração do
IMC.
26
Grydelan et 2013 Noruega Investigar os 784 Não RCT A intervenção Não Teoria O melhor efeito da
al efeitos do estudantes informad (The HEIA Socioecológica. intervenção foi
programa de do grupo o. Study) contou observado no
intervenção intervenção com a parceria público feminino.
(The HEIA e 1381 dos pais, corpo
Study), estudantes escolar e
baseado em do grupo serviço de
multicompone controle, saúde. Logo,
ntes escolares, com faixa aplicou-se
visando a etária de 11 atividades com
atividade anos. abordagens
física, nutricionais e
sedentarismo e verificou-se as
comportament medidas
o dietético antropométrica
sobre os s.
resultados
antropométrico
s.
Melnyk et al 2013 EUA Avaliar a 374 24 RCT Baseou-se na Sim Teoria Os adolescentes
eficácia do estudantes meses. aplicação do Cognitiva. do programa
programa do grupo programa COPE
COPE intervenção COPE, apresentaram IMC
(Creating e 433 do focando nas inferior,
Opportunities grupo competências diminuindo,
for Personal controle, cognitivas- assim, a proporção
Empowerment, com faixa comportament de adolescentes
sobre o ais, por meio
27
Nichols et al 2014 Tobago Promover 280 18 RCT Aplicação de Sim Não informado. Adolescentes do
hábitos estudantes meses. um grupo de
saudáveis, do grupo questionário de intervenção
acerca da intervenção frequência apresentaram
alimentação e e 299 do alimentar para menor ingesta de
atividade física grupo coletar alimentos fritos e
entre os controle, informações bebidas
adolescentes. sem sobre os açucaradas,
especificaçã padrões de melhorando o
o da faixa consumo dos estado nutricional,
etária. participantes, por meio da
bem como a análise do IMC.
aferição das
medidas
antropométrica
28
s. Vale
salientar que
semanalmente
eram realizadas
reuniões com
os aplicadores
da intervenção,
a fim de
garantir a
qualidade das
medidas.
Viggiano et 2014 Itália Confirmar a 1663 6 meses. RCT Aplicação do Sim Não informado. Kalèdo melhorou
al eficácia do estudantes jogo com o conhecimento
Kalèdo na do grupo sessão de 15 a nutricional e o
melhoria do intervenção 30 minutos, comportamento
conhecimento e 1447 uma vez por dietético em 6
nutricional e na estudantes semana, meses, e teve um
promoção de do grupo durante 20 efeito sustentado
um controle, semanas. Após no IMC z-score,
comportament com faixa a realização do demostrando sua
o dietético etária de 9 a jogo, aplicou- importância na
saudável a 19 anos. se o prevenção da
longo prazo, questionário obesidade.
prevenindo, alimentar, além
assim, os casos da medição da
de obesidade. altura e peso,
de acordo com
protocolos
padronizados.
29
Sessões extras
de jogo
ocorreram
entre as
crianças que
estavam
ausentes
durante uma
sessão para
minimizar o
viés devido à
ausência da
escola.
Lazorick et 2015 EUA Analisar a 189 7 meses. N-RCT Aplicação do Sim Teoria A intervenção
al efetividade na estudantes programa Sociocognitiva. resultou na
melhoria do do grupo MATCH no diminuição das
estado intervenção âmbito escolar, medidas de IMC,
nutricional, a e 173 com intuito de com melhorias
partir do estudantes aproveitar o sustentadas ao
programa do grupo processo de longo de 1 ano.
MATCH. controle, aprendizagem,
com faixa inserindo a
etária de 13 temática
anos. nutricional.
Vale salientar
que o programa
MATCH
moldou as
aulas, de
30
acordo com as
necessidades
das
abordagens.
Ardic et al 2016 Turquia Aplicar um 45 3 meses e RCT A intervenção Sim Teoria Cognitiva A intervenção
programa (T- estudantes três consistiu em 15 do proporcionou
COPE Healthy do grupo semanas. sessões que Comportamento. melhoras nos
teen) que intervenção incluíram hábitos saudáveis,
analise o e 42 do informação refletindo
comportament grupo educacional positivamente
o múltiplo, controle, sobre como sobre o estado
combinado com faixa liderar um nutricional e a
com etária entre estilo de vida gestão do estresse.
alimentação 12 a 15 saudável e a
saudável, anos. construção de
atividade competências
física, gestão cognitivas-
do stress e um comportament
esquema de ais.
acompanhame
nto a longo
prazo.
Ermetici et 2016 Itália Avaliar a 262 24 N-RCT Intervenção Sim Não informado. A intervenção
al aplicabilidade estudantes meses. pautada nas proporcionou
de um do grupo respostas dos melhoras nos
programa intervenção questionários, hábitos saudáveis,
educativo - e 225 nos resultados refletindo
EAT project estudantes das aferições positivamente
31
Lazorick et 2016 EUA Analisar a 189 48 N-RCT Os alunos das Não Não informado. O programa
al efetividade na estudantes meses. escolas de MATCH afirma
melhoria do do grupo intervenção que os
estado intervenção receberam adolescentes em
nutricional, a e 173 atividades alto risco de
partir do estudantes MATCH como obesidade podem
programa do grupo parte das suas alterar a sua
MATCH. controle, aulas regulares, trajetória de peso,
com faixa enquanto os a partir de um
etária entre alunos da programa
13 anos. escola de intencional e
controle direcionado,
receberam um
32
currículo fornecido no
padrão. Todos âmbito escolar.
os alunos
tinham altura e
peso aferidos
antes e depois
do programa.
Ochoa- 2017 Equador Melhorar os 702 28 RCT A intervenção Sim O estudo cita A intervenção
Avilés et al parâmetros estudantes meses. aconteceu em vários modelos demonstrou
nutricionais, do grupo duas fases, teóricos, porém efeitos positivos
acerca do intervenção onde a primeira não especifica- sobre o consumo,
consumo e da e 728 foi em 17 os. refletindo sobre os
antropometria, participante meses e a parâmetros de
por meio do s do grupo segunda em 11 antropometria e os
Programa controle, meses, ambas perfis fisiológicos,
ACTIVITAL. com faixa multicompone com diminuição
etária entre ntes na tendências às
12 a 14 (estudantes, DCNT’s.
anos. pais e agentes
escolares). As
ações
englobavam
estratégias para
garantir a
adesão dos pais
e dos próprios
alunos, como
também inserir
conteúdo
33
acessível sobre
nutrição, por
meio de
workshops e
atividades
escolares.
El Harake et 2018 Líbano Analisar as 6 a 14 anos. 6 meses. N-RCT A intervenção Não Teoria As descobertas
al intervenções baseou-se, a Sociocognitiva. sugerem um
capazes de partir da impacto positivo
aliviar a distribuição de desta intervenção
insegurança módulos sobre nutricional
alimentar, educação baseada na escola,
melhorar o nutricional, sobre o
estado como também conhecimento
nutricional de a oferta de dietético, atitude e
adolescentes lanches estado nutricional
residentes em nutritivos dos adolescentes.
ambientes de produzidos no
baixa renda e local. A equipe
afetados por de pesquisa
conflitos. realizou
observações da
viagem de
campo,
reuniões com
supervisores
escolares, e
pequenas
pesquisas de
34
avaliação com
crianças para
avaliar a
fidelidade ao
projeto.
Wadolowska 2019 Polônia Determinar a 319 9 meses. RCT A intervenção Sim Não informado. A intervenção
et al sustentabilidad estudantes foi pautada no proporcionou o
e da educação do grupo programa aumento
escolar sobre intervenção educativo significativo na
sedentarismo e e 145 (ABC of pontuação do
estilo de vida, estudantes Healthy conhecimento
qualidade da do grupo Eating), nutricional;
dieta e controle, relacionado diminuição da
composição com faixa com dieta e prática física;
corporal dos etária entre estilo de vida, diminuição da
pré- 11 a 12 por meio de circunferência da
adolescentes anos. palestras e cintura. Salienta-
polacos, num workshops. se que a educação
estudo de Além da escolar
acompanhame aplicação de relacionada com a
nto a médio questionário de dieta e o estilo de
prazo. frequência vida pode reduzir
alimentar e de a adiposidade nos
questões sobre pré-adolescentes,
conhecimentos apesar de uma
em nutrição. diminuição da
atividade física.
Fonte: Autoria própria (2022).
35
Tabela 2 - Demonstração dos dados quantitativos, acerca dos indicadores do IMC, IMC z-score.
GRUPO DE INTERVENÇÃO GRUPO CONTROLE
ESTUDO IMC N-EXP LINHA DE PÓS DT- DP- N- LINHA DE PÓS DT- DP-
BASE EXP EXP EXP BASE CON CON
MÉDIA DP MÉDIA DP MÉDIA DP MÉDIA DP
Ermetici et al
(2016)
IXC Kg/m2 262 20,4 3,6 * * * * 225 20,5 3,6 * * * *
Score 262 0,41 1,05 * * * * 225 0,48 0,99 * * * *
Wadolowska et al
(2019)
IXC Kg/m2 319 -0,09 * -0,10 * 0,01 * 145 0,18 * 0,23 * -0,05 *
Grydelan et al
(2013)
IXC Kg/m2 465 17,8 2,5 18,8 * -1 * 859 17,9 2,6 18,9 * -1 *
Score 465 0,06 1,03 -0,04 * 0,1 * 859 0,13 1,08 -0,01 * 0,014 *
Lazorick et al
(2015)
IXC Kg/m2 189 24,8 2,5 18,8 * -1 * 173 23,4 5,66 0,31 * 23,09 *
Score 189 1,10 1,07 -0,06 * 1,16 * 173 0,92 1,03 0,02 * 0,90 *
Chen et al (2011)
IXC Kg/m2 27 20,79 3,12 20,76 3,08 0,03 0,04 27 20,25 3,21 20,21 3,13 0,04 0,08
Ardic et al (2016)
IXC Kg/m2 45 22,33 4,89 22,10 4,72 0,23 0,17 42 20,97 3,97 20,81 3,75 0,16 0,22
Lazorick et al
(2016)
IXC Kg/m2 189 24,82 6,43 2,66 3,60 22,16 2,83 173 23,42 5,66 4,03 3,61 19,39 2,05
Score 189 1,10 1,07 -0,15 0,60 1,25 0,47 173 0,92 1,03 0,04 0,52 0,88 0,51
Amaro et al (2006)
IXC Score 153 0.47 – * * * * * 88 0.15 – * * * * *
0.93 0.88
38
Melnyk et al
(2013)
IXC Kg/m2 358 24,93 6,18 24,57 * 0,36 * 421 24,01 5,65 24,77 * -0,76 *
Casazza et al
(2010)
IXC Kg/m2 2565 23,1 0,7 22,9 0,7 0,2 0 1599 23,7 0,6 23,9 0,6 0,2 0
TECNOLOGIA
IXC Kg/m2 2573 25,0 0,6 24,9 0,6 0,1 0 1599 23,7 0,6 23,9 0,6 0,2 0
S/TECNOLOGIA
El Harake et al
(2018)
IXC Score 114 68,22 1,43 0,10 0,06 68,12 1,37 89 66,10 2,02 -0,10 0,08 66,20 2,10
Ask et al (2006)
IXC (F) Kg/m2 11 21,8 * 22,1 * 0,3 * 14 21,6 * 22,1 * 0,5 *
Nichols et al
(2014)
IXC Kg/m2 100 18,5 * * * * * 93 19,1 * * * * *
Sevinc et al (2011)
IXC Kg/m2 1932 18,42 3,45 18,79 3,54 0,37 0,09 2926 18,35 3,52 18,86 3,70 0,51 0,18
INTERVENÇÃO
1
IXC Kg/m2 1989 18,46 3,42 18,81 3,50 0,35 0,08 * * * * * * *
INTERVENÇÃO
2
Viggiano et al
(2014)
IXC PÓS 6 Score 1663 0.58 * 0,49 * 0,09 * 1447 0.59 * 0,58 * 0,01 *
MESES
IXC PÓS 18 Score 1663 0.58 * 0,40 * 0,18 * 1447 0.59 * 0,57 * 0,02 *
MESES
Fonte: Autoria própria (2022).
39
Tabela 3 - Demonstração dos dados quantitativos, acerca dos indicadores da circunferência da cintura.
GRUPO DE INTERVENÇÃO GRUPO CONTROLE
STUDY CC N-EXP LINHA DE PÓS DT- DP- N- LINHA DE PÓ DT- DP-
BASE EXP EXP EXP BASE CON CON
MÉDIA DP MÉDIA DP MÉDIA DP MÉDIA DP
Ochoa-Avilés et al
(2017)
IXC Cm 591 68,9 * * * * * 692 68,3 * * * * *
Ermetici et al
(2016)
IXC Cm 262 71 9,2 * * * * 225 70.6 9,6 * * * *
Wadolowska et al
(2019)
IXC Cm 319 0,16 * 0,11 * 0,05 * 145 -0,34 * -0,25 * -0,09 *
Grydelan et al
2013)
IXC Cm 465 62,7 6,1 66,4 * -3,70 * 859 63,3 6,5 66,2 * -2,9 *
El Harake et al
(2018)
IXC Cm 114 143,86 1,98 * * * * 89 138,82 2,89 * * * *
Fonte: Autoria própria (2022).
40
Tabela 4 - Demonstração dos dados quantitativos, acerca dos indicadores da razão cintura-estatura.
GRUPO DE INTERVENÇÃO GRUPO CONTROLE
ESTUDO RCE N-EXP LINHA DE PÓS DT- DP- N- LINHA DE PÓS DT- DP-
BASE EXP EXP EXP BASE CON CON
MÉDIA DP MÉDIA DP MÉDIA DP MÉDIA DP
Ermetici et al
(2016)
IXC Cm 262 0,461 0,05 * * * * 225 0,458 0,05 * * * *
6 9
Wadolowska et al
(2019)
IXC Cm 319 0,16 * 0,08 * 0,08 * 145 -0,32 * -0,20 * -0,12 *
Grydelan et al
(2013)
IXC Cm 465 0,42 0,04 0,42 * 0 * 859 0,43 0,04 0,42 * 0,01 *
El Harake et al
(2018)
IXC Cm 114 0,48 0,00 -0,01 0,00 0,49 -0,002 89 0,48 0,00 -0,02 0,008 0,50 -0,001
6 8 7
Fonte: Autoria própria (2022).
41
Geral
Medição do resultado
Processo de aleatorização
0 2 4 6 8 10 12
Figura 2 – Gráfico em barra do RoB 2.0 com representação em porcentagem dos artigos
randomizados.
6. DISCUSSÃO
O presente estudo é resultado da compilação de 16 artigos, cuja abordagem resulta da
avaliação de métodos educacionais e nutricionais, por meio de jogos lúdicos,
questionários e avaliações diretas, como é o caso da aferição do peso e altura, capazes de
refletirem sobre os parâmetros antropométricos dos adolescentes. Algumas referências
lançaram em suas intervenções, programas autorais, a fim de sistematizar a metodologia,
sendo eles o Programa Web ABC Study (CHEN et al, 2011), Programa The HEIA Study
(GRYDELAN et al, 2013), Programa COPE – Creating Opportunities for Personal
Empowerment (MELNYK et al, 2013), Programa MATCH (LAZORICK et al,
2015/2016), Programa T-COPE Healthy Teen (ARDIC et al, 2016), Programa EAT
Teenagers Nutritional Education (ERMETICI et al, 2016), Programa ACTIVITAL
(OCHOA-AVILÉS et al, 2017), Programa ABC of Healthy Eating (WADOLOWSKA et
al, 2019), como também o Jogo Kalèdo (AMARO et al, 2006; VIGGIANO et al, 2014).
Ademais, o perfil de estudo desta revisão está baseado na antropometria, e todos os
artigos incluídos apresentaram em sua metodologia competências referentes as aferições
do peso, altura e circunferência da cintura, que, a posteriori foram utilizados para calcular
o IMC, IMC z-score e a razão cintura-estatura. Dessa forma, com a efetividade
metodológica, tais resultados têm norteado o estudo sob a perspectiva positiva, e os dados
informados dependiam somente do espaço amostral e da adesão dos grupos.
Diante dessas abordagens, os estudos afirmaram mudanças nos valores
antropométricos, principalmente no IMC, como resultado da resposta positiva às
intervenções aplicadas nas escolas. Tais efeitos foram mais perceptíveis quando houve
um período de acompanhamento satisfatório, no qual oscilavam entre 4 e 28 meses,
variável de extrema importância para avaliar os resultados obtidos, pois uma intervenção
com o intervalo de tempo maior, proporcionam interações permanentes entre os
componentes, conforme a sugestão do documento do Marco de Referência de Educação
Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas (BRASIL, 2012).
Nessa análise, Melnyk et al (2013) e Lazorick et al (2015;2016) afirmam que o
Programa COPE e MATCH, respectivamente, são estratégias valiosas para captar
adolescentes com alto risco de obesidade, proporcionando uma alteração na trajetória do
peso, por meio do desenvolvimento da autonomia alimentar e nutricional.
Acerca do público escolhido para intervir, os estudos de Ask et al (2006), Chen et al
(2011), Grydelan et al (2013), Ochoa-Avilés et al (2017) e El Harake et al (2018),
lançaram luz de um projeto aplicado em multicomponentes, isto é, os estudantes, os pais
44
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No que tange a essência do estudo, é indubitável a importância das práticas da EAN,
sob o viés da antropometria, uma vez que, os indicadores do IMC, IMC z-score,
circunferência da cintura e relação cintura-estatura apresentaram resultados satisfatórios
em intervenções com a periodicidade em quatro meses, como também em 48 meses.
Nessa perspectiva, o ambiente escolar é um fator preponderante na dinâmica das
ações, ao favorecer a promoção educacional e a aplicação lúdica do aprendizado, de forma
concomitante, proporcionando, maior envolvimento e estímulo aos participantes. Acerca
dos componentes, faz-se necessário integrar na intervenção, a família como agente
colaborador e influenciador na construção dos hábitos saudáveis dos seus filhos, por meio
da participação em palestras, workshops, e também no preenchimento de questionários
sobre nutrição, a fim de demonstrar o nível de conhecimento frente aos assuntos
cotidianos ligados à área.
Ademais, é válido ressaltar a urgência e importância na realização de mais estudos
com intervenções multicomponentes, no âmbito escolar, a fim de demonstrar informações
e dados que fomentem na implementação de estratégias eficientes à garantia do bem estar
dos envolvidos a longo prazo.
Vale mencionar as limitações no estudo, no tocante as medidas antropométricas, uma
vez que, que se percebeu ausência dos indicadores das dobras cutâneas e gordura corporal
total, como também, a falta de registros dos dados quantitativos. Com isso, faz necessário
atentar a esses quesitos nas próximas análises.
Portanto, o presente estudo é de suma relevância, visto que contempla uma faixa etária
susceptível as transformações comportamentais e temperamentais: a adolescência. Logo,
pode-se concluir que, intervenções pautadas na Educação Alimentar e Nutricional,
contemplando adolescentes, família e corpo escolar, estimulam efeitos positivos sobre o
perfil fisiológico, em especial o desfecho antropométrico, promovendo a prevenção de
DCNT.
47
REFERÊNCIAS
AMARO, Salvatore. Kalèdo, um novo jogo de tabuleiro educacional, fornece rudimentos
nutricionais e incentiva a alimentação saudável em crianças: um estudo piloto
randomizado em grupo. Kalèdo, Itália; p. 630-635, 2006.