Introduçã1 Renovado

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho de fim de curso apresentado ao Instituto Superior Politécnico


Intercontinental de Luanda (ISPIL) é um dos requisitos parcial para a aquisição do grau de
licenciado em Enfermagem Geral. O mesmo subordina-se ao tema “O papel do Enfermeiro
em Bloco Cirúrgico”.

Nos últimos anos, temos vindo a constatar muitas realizações de procedimentos cirúrgicos
por varios problemas de saúde da atualidade e os enfermeiros têm um papel assistencial
muito importante dentro do centro cirurgico. Trata-se de um profissional da linha de frente
em estabelecimentos de saúde. A atuação dos enfermeiros é multidisciplinar e abrange, por
exemplo, a atualização de prontuários, a preparação de pacientes para exames, a realização de
prescrições, a preparação de instrumentais, o planejamento de medidas para o controle e a
prevenção de infecções hospitalares e a prestação de assistência aos médicos.

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Problemática

Nos últimos anos, temos vindo a constatar situações alarmantes no campo da Saúde que
tornou-se a agravar com o Advento da Covid-19, isso pelo elevado número de pacientes que
procuram pelos serviços médicos e como se não bastasse o aumento da taxa de mortalidade
nos hospitais. Face ao acima exposto apresentamos a seguinte pergunta de partida:

a) Como funciona a actuação dos enfermeiros no centro cirúrgico?

Objectivos do estudo

Os objetivos constituem a finalidade de um trabalho científico, ou seja, a meta que se


pretende atingir com a elaboração da pesquisa. São eles que indicam o que um pesquisador
realmente deseja fazer, para depois resolvermos como proceder para chegar aos resultados
pretendidos. Desta forma, se percebe que os objetivos estão vinculados com todo o trabalho;
problema, metodologia, justificativa, etc.

Objetivo geral

Desenvolver de um modo geral o papel e o nível de actuação dos Enfermeiros e meios usados
no centro Cirúrgico.

Objetivos específicos

 Mencionar o papel do enfermeiro dentro de um centro cirúrgico;


 Mencionar os técnicos de enfermagem que participam em um centro cirúrgico;
 Enumerar os meios usados no Centro Cirúrgico;
 Identificar os instrumentos de suporte na atuação dos Enfermeiros.

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Hipótese

As hipóteses são pressupostos úteis para explicar provisoriamente, antes da demonstração, o


fenómeno observado, tal como formulado dentro da problemática. As hipóteses resultam
“não da obra do acaso”, mas do próprio curso da investigação, da analogia, da indução, da
dedução, das reflexões (Rampazzo, 2004: 36-38). As hipóteses são enunciadas porque
estabelecem relações entre duas ou mais variáveis apresentadas de forma dedutiva ou
indutiva condicional; são espécies de soluções provisórias, provável do problema. (TAMO,
2012).

H1 O campo de atuação de um enfermeiro é amplo. Mesmo para quem decide atuar em


nichos específicos. A actuação do enfermeiro não se restringe apenas a fornecer os
instrumentos ao médico cirurgião, ele é imprescindível nos cuidados de pacientes que
precisam de assistência. Sua presença é necessária nos casos em que não há
tratamento curativo para determinada doença e também quando o objetivo é garantir
qualidade de vida ao doente e sua família.

Importância do estudo

Enquanto estudante finalista do curso superior de Enfermagem, outro assunto poderia abordar
na esfera da elaboração do TFC (trabalho de fim – de - curso), porém assumo que a
abordagem sobre o tema em causa, dar-me-á a possibilidade de expressar um dos aspectos
mais marcantes para mim durante os Cinco anos de formação, e que de certa forma poderei
estar ajudando a preencher um vazio, na senda da abordagem sobre: O papel do Enfermeiro
em Bloco Cirúrgico..

O interesse por essa pesquisa, surgiu durante as aulas da disciplina de esterilização, onde
observei a importância do enfermeiro na assistência dos pacientes dentro do Centro
Cirúrgico. A mesma trará maior reforço no Centro Cirúrgico no que diz respeito à melhoria
de uma assistência qualificada para os doentes.

Para o Instituto e meio académico em particular, poderá ser a qualquer momento um material
disponível em sala de aulas e não só para consulta e esclarecimento sobre os mais variados
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aspectos em torno dos Factores que afetam a atuação do Enfermeiro em Centro
Cirúrgico.

Delimitação do estudo

O tema está limitado a uma abordagem teórico-prática relativo ao Papel do Enfermeiro em


um Centro Cirúrgico: um estudo realizado no Hospital Maria Pia no Iº (Primeiro) Semestre
de 2020.

Definição de conceitos

a) Enfermagem

Enfermagem é uma profissão que tem como objectivo “prestar cuidados de enfermagem ao
ser humano, são ou doente, ao longo do ciclo vital, e aos grupos sociais em que ele está
integrado, de forma que mantenham e recuperem a saúde, ajudando-os a atingir a sua máxima
capacidade funcional tão rapidamente quanto possível” (OE, 2003, p.19). Os campos de
competência dos enfermeiros definidos pela Ordem dos Enfermeiros (OE) no domínio da
prestação de cuidados, encontra-se contemplado como competência a PS. É por isso essencial
o papel do enfermeiro na PS, pois este detém um lugar privilegiado na equipa
multidisciplinar por ser o profissional que, devido à sua prática diária, mais tempo passa com
o utente e sua família, tendo por isso mais oportunidades de conhecer os seus estilos de vida e
necessidades em termos de saúde, e mais oportunidades formais e/ou informais, surgem de
exercer EPS. Não obstante à inerência do papel de educador para a saúde de qualquer
enfermeiro, é necessário possuir diferentes competências para o desempenho efectivo desse
papel de educador para a saúde (Bernardino et al, 2009). Para um enfermeiro, prevenir a
doença torna-se pouco para quem de tão perto conhece a saúde e a realidade dos cuidados.
Assim, o enfermeiro é um profissional na mudança dos estilos de vida, o que se torna uma
maisvalia na prática da EPS, (Decreto-Lei nº 161/96, de 4 de Setembro de 1998, referente ao
Regulamento do Exercício profissional dos Enfermeiros (REPE), Artº 4º ponto 1).

b) Centro Cirúrgico

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Segundo Possar, João Francisco (2007) Centro Cirúrgico é o setor destinado à realização de
intervenções cirúrgicas, e possui estrutura complexa, com a utilização de equipamentos de
tecnologia avançada direcionados para o desenvolvimento da cirurgia, sendo seu principal
objetivo prestar assistência de qualidade e segura ao paciente que será submetido a
procedimento cirúrgico, seja em caráter eletivo, urgência ou emergência.

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CAPITULO I FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO/CIENTÍFICA

1.1 História da cirurgia

A cirurgia faz parte da vida do homem desde praticamente o início de sua história. Há
evidências de que trepanação, um procedimento extremamente sangrento e doloroso, em que
uma porção circular do osso do crânio é removido, já era realizado desde 10.000 a.C.,
(ROMANI, 2013).

Os primeiros registros documentados de cirurgias vêm da Grécia. Alcmeon de Croton (500


a.C.) é considerado o primeiro escritor grego em medicina. Cirurgias na antiguidade eram
acompanhadas de instrumentos altamente rudimentares pela própria tecnologia da época. Em
cerca de 600 a.C. Susruta, o pai da cirurgia Hindu, produziu várias obras descrevendo
métodos e mais de 120 instrumentos usados em suas cirurgias, que incluíam rinoplastias em
pessoas acidentadas ou mutiladas (SCHOR & FREITAS, 1992).

Em 130 d.C. nasceu Galeno. Tinha como hábito ferver seus instrumentos cirúrgicos entre os
procedimentos, o que o colocava séculos a frente de seu tempo em alguns sentidos.
preconizada por Abw’l Qasim al Zahrawai (930-1013), primeiro cirurgião a escrever um
livro ilustrado de cirurgia, a cauterização de ferimentos à ferro em brasa foi amplamente
utilizada neste período. Fora dos monastérios as cirurgias aconteciam em qualquer lugar, na
casa do paciente, do cirurgião, em um campo de batalha ou no convés de navios (ROMANI,
2013).

No entanto, a cirurgia teve seus primeiros desenvolvimentos científicos no século XVI, com
Ambroise Paré – “o pai da cirurgia moderna”, que, além de esclarecer inúmeras questões de
anatomia, fisiologia e terapêutica, substituiu a cauterização com ferro em brasa pela ligadura
das artérias depois de uma amputação de membro (REZENDE, 2009).

1.2 Terminologia cirúrgica

A terminologia pode ser definida como sendo um conjunto de termos, de palavras peculiares
de uma determinada, arte, ciência ou profissão, nomenclatura. Assim, a terminologia
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cirúrgica é o conjunto de termos utilizados para identificar o tratamento cirúrgico a ser
realizado, a nomenclatura, neste caso, é formada por um prefixo ou radical que designa a
parte do corpo relacionada com a cirurgia e por um sufixo que indica o ato cirúrgico
realizado. Ao fazer uso da terminologia cirúrgica é possível fornecer informação sobre o
procedimento que será realizado, descrever os tipos de cirurgia e assim permitir o preparo
adequado dos instrumentais e equipamentos cirúrgicos apropriados a cada tipo de cirurgia.
Classicadas em: Radicais ou prefixos, Ectomia, Rafia, Pexia, Scopia, Otomia, Ostomia
Eplastia.

1.3 Estrutura Física e Áreas do centro cirúrgico

Segundo MAURA, Maria Assis (1996), A Unidade de Centro Cirúrgico consiste atualmente
num importante sector dentro do ambiente hospitalar, tendo em vista o elevado número de
procedimentos cirúrgicos realizados para o tratamento de doenças, desta forma, podemos
conceituar esta Unidade como o setor destinado à realização de intervenções cirúrgicas, e
possui estrutura complexa, com a utilização de equipamentos de tecnologia avançada
direccionados para o desenvolvimento da cirurgia, sendo seu principal objetivo prestar
assistência de qualidade e segura ao paciente que será submetido a procedimento cirúrgico,
seja em caráter eletivo, urgência ou emergência.

As principais finalidades da Unidade de Centro Cirúrgico são proporcionar a realização de


intervenções cirúrgicas garantido à integridade do paciente, fornecer subsídios e informações
para pesquisa e aprimoramento técnico-científico, e oferecer campo de estágio para
aperfeiçoamento e aprendizagem de novos profissionais da área da saúde. Considerando o
objetivo e as finalidades as quais se destina a Unidade de Centro Cirúrgico, a estrutura física
deste setor está dividida em áreas de acordo com o risco:

Áreas não restritas: são aqueles espaços de circulação livre, como vestiários, corredor de
entrada e sala de espera de acompanhantes.

Áreas semirrestritas: aquelas em que é permitida circulação tanto do pessoal como de


equipamentos, desde que não causem prejuízo às rotinas, controle e manutenção da assepsia,
são as salas de guarda de material, administrativo, copa.

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Áreas restritas: área onde há limitação de circulação tanto de pessoas quanto de
equipamentos e materiais para evitar ou minimizar a incidência de infecção, são o corredor
interno, a sala operatória, os lavabos (degermação das mãos).

A localização desta Unidade no contexto hospitalar também deve seguir orientação, assim,
esta deve estar localizada em área livre da circulação geral de pessoas e materiais, ou seja,
livre de trânsito estranho ao serviço, e também deve ter acesso facilitado às Unidades de
Pronto Socorro e Terapia Intensiva, a fim de facilitar o transporte do paciente entre essas
áreas.

Embora a estrutura física adequada de um Centro Cirúrgico esteja baseada nas informações
citadas anteriormente, nem todas as Unidades são constituídas da mesma forma, assim, serão
descritas algumas áreas e elementos que podem estar presentes em uma Unidade de Centro
Cirúrgico:

Área de recepção do paciente: destinada à recepção e transferência do paciente, deve dispor


de espaço para o recebimento de maca, de forma que não haja prejuízo à circulação e risco ao
paciente.

Lavabos ou área de degermação das mãos: área onde é realizada a escovação/degermação


das mãos da equipe cirúrgica e anestésica, o local deve ser próximo às salas de cirurgias, para
minimizar a exposição da área escovada ao meio ambiente, as torneiras devem ser operadas
por meio de pedais ou com o cotovelo.

Sala de cirurgia ou sala operatória: local onde se realizam as intervenções cirúrgicas, de


acordo com determinação do Ministério da Saúde, a quantidade de salas de cirurgias deve ser
relativa com a capacidade de leitos do hospital, assim, está preconizado duas salas para cada
50 leitos não especializados ou a cada 15 leitos cirúrgicos, e devem possuir dimensões
adequadas aos tipos de intervenções a serem realizadas, bem como com a quantidade de
equipamentos necessários, por se tratar de área restrita, a movimentação desnecessária nesta
sala deve ser evitada, contudo as portas deverão permanecer fechadas durante o ato cirúrgico.

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Sala de medicamentos e material médico-hospitalar (ou farmácia “satélite”): local onde
ficam estocados e são dispensados os medicamentos e materiais de consumo descartáveis.

Sala de espera para acompanhantes e familiares: deve ser provida de poltronas e


sanitários.

Sala de armazenamento de equipamentos e materiais: local destinado a guarda de


equipamentos que são utilizados em determinadas cirurgias, evitando que estes fiquem
dispersos pelos corredores prejudicando a circulação interna.

Sala administrativa: pode estar inserida neste ambiente a secretaria, a coordenação de


enfermagem e o agendamento cirúrgico.

Rouparia: área onde ficam armazenadas as roupas a serem utilizadas na Unidade.

Sala de material de limpeza: guarda de materiais e equipamentos utilizados na limpeza da


Unidade, deverá dispor de pia ou tanque com torneira.

Expurgo: área onde são eliminados os resíduos de matéria orgânica como secreções dos
pacientes que estão em sala operatória.

Área de transferência para macas: a finalidade dessa área é a de evitar a circulação interna
de macas que transitam por outras áreas do hospital.

Corredores: os corredores internos devem ser amplos de forma que possa permitir a
circulação de pessoas, equipamentos e materiais pertinentes ao serviço.
Vestiários: devem dispor de sanitários, chuveiros e armários individuais, devendo estar
localizados na entrada do Centro Cirúrgico, favorecendo para as pessoas que venham da área
de circulação externa, somente tenham acesso ao setor após a colocação de roupa privativa
para o local.

Copa: local destinado a refeições dos profissionais que atuam nesta Unidade, evitando assim
o uso inadequado de outros ambientes para este fim.

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Sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA): ambiente destinado à permanência do
paciente após o ato anestésico-cirúrgico, até que o mesmo se recupere dos efeitos da
anestesia e tenha condições de retornar ao setor de origem. O número de leitos deve ser
correspondente ao número de salas operatórias da Unidade, sendo no mínimo um leito de
RPA para cada uma.

Equipamentos utilizados em Centro Cirúrgico: Podemos considerar atualmente que a


Unidade de Centro Cirúrgico é a que mais equipamentos utiliza para a realização das
atividades diárias, tendo em vista a evolução tecnológica, e a introdução cada vez mais
intensa de procedimentos cirúrgicos videolaparoscópicos, cirurgias minimamente invasivas e
até cirurgias que utilizam a robótica. Desta forma, serão apresentados os equipamentos
básicos mais comumente utilizados na sala de cirurgia, e para efeitos de classificação, estes
são divididos em equipamentos fixos e móveis.

Os equipamentos fixos são aqueles que se encontram adaptados à estrutura física da sala
cirúrgica. Podemos citar o foco central; negatoscópio; sistema de canalização de ar e gases
(painel de gases); prateleiras (podendo estar ou não presentes).

Os equipamentos móveis são aqueles que podem ser deslocados de uma sala operatória para
outra com a finalidade de atender ao ato cirúrgico a ser realizado de acordo com a sua
especificidade ou até mesmo serem colocados durante a realização do procedimento. Dentre
os diversos equipamentos móveis podemos citar:

Mesa cirúrgica e acessórios: é importante considerar que com a evolução da tecnologia,


alguns Centros Cirúrgicos dispõem de salas equipadas com mesas eletrônicas, ou seja, as
quais podem mudar de posição, com acessórios incorporados ou não, isso facilita o
posicionamento do paciente para o ato cirúrgico minimizando a necessidade de deslocamento
deste equipamento.

Aparelho ou “carrinho” de anestesia: pode estar composto ou não por acessórios que são
utilizados no procedimento anestésico, dependendo da rotina e organização da unidade.

Mesas auxiliares para instrumental cirúrgico, mesas de Mayo e outras que servem de apoio
ao ato cirúrgico;

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 Bisturi elétrico ou termocautério;
 Aspirador de secreções portátil;
 Focos auxiliares;
 Bancos e cadeiras;
 Balde, e lixeiras;
 Estrado;
 Carro para materiais de consumo e carro para materiais esterilizados;
 Monitores multiparâmetros, capnógrafo;
 Balança para pesar compressas, gazes e peças anatômicas;
 Microscópio, equipamento de circulação extracorpórea, e outros específicos a
determinados procedimentos cirúrgicos.

As especificidades das atividades desenvolvidas na Unidade de Centro Cirúrgico exigem uma


equipe capacitada, qualificada e principalmente que tenha consciência da importância do
trabalho em equipe para alcançar os resultados, e prestar uma assistência de qualidade e
segura ao paciente.

Em relação à organização e gestão do Centro Cirúrgico, o desenvolvimento do trabalho em


equipe é fundamental, cada profissional que atua no setor deve ser habilitado para as
atividades que desempenha, de acordo com as responsabilidades e funções definidas. As
principais equipes que atuam na Unidade de Centro Cirúrgico são a equipe cirúrgica,
composta por médico cirurgião, médico assistente e instrumentador cirúrgico; a equipe de
anestesiologia, composta pelo médico anestesista e auxiliar de anestesia e a equipe de
enfermagem, composta pelo enfermeiro coordenador da unidade, enfermeiro assistencial e
técnico de enfermagem. Além dessas equipes, podemos citar a equipe administrativa,
composta por escriturário, secretária, recepcionista; e a equipe de limpeza, sendo também
comum em alguns Centros Cirúrgicos outros profissionais como perfusionista, técnico em
raio X, técnico de laboratório, e outros que possam estar presentes na unidade para a
realização de alguma atividade específica.

As atribuições de cada profissional membro das equipes que atuam no Centro Cirúrgico estão
definidas de acordo com as competências e determinações dos respectivos códigos

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profissionais e conforme Lei do exercício profissional. A seguir as principais atribuições das
equipes que atuam no Centro Cirúrgico:

Cirurgião titular: é o responsável pelo planejamento e execução do ato cirúrgico, devendo


compor a equipe cirúrgica e conduzir a cirurgia, procurando manter a organização, ordem e
harmonia durante todo o ato operatório.

Cirurgião assistente: o primeiro assistente tem a função de auxiliar o cirurgião titular no


desenvolvimento do ato cirúrgico e substituí-lo caso seja necessário, e além disso, deve
colaborar com o instrumentador na montagem da mesa de instrumentais, quando o
procedimento cirúrgico é de grande porte ou devido à especificidade, pode ser necessária a
participação de um segundo médico assistente.

Instrumentador cirúrgico: é o membro da equipe cirúrgica responsável em verificar e


organizar todos os materiais e equipamentos necessários ao ato cirúrgico, e além disso,
auxiliar na paramentação do cirurgião e cirurgião auxiliar, compor a mesa com instrumentais
e outros materiais pertinentes ao ato cirúrgico, auxiliar na colocação dos campos operatórios,
disponibilizar instrumentais ao cirurgião e assistente de acordo com os tempos cirúrgicos, e
realizar o controle destes observando para que nenhum permaneça em campo operatório, e
também realizando a contagem e conferência ao término do procedimento.

Médico anestesista: é responsável em avaliar o paciente no período pré-operatório,


planejando e executando a assistência, além de prescrever a medicação pré-anestésica, e
controlar as condições clínicas do paciente durante todo ato anestésicocirúrgico, e após a
cirurgia, deve lhe prestar assistência na sala de recuperação pós-anestésica.

Auxiliar de anestesia: este profissional pode ou não compor a equipe de anestesiologia,


dependendo da instituição, porém, quando inserido na equipe, ele é responsável em verificar
todo os itens do carro de anestesia e demais materiais necessários ao ato anestésico, bem
como realizar a checagem e a conferência dos equipamentos e a desinfecção destes ao
término do procedimento, além disso, deve auxiliar no procedimento de punção venosa e
fixação do acesso venoso, e auxiliar no posicionamento do paciente quando necessário.

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Enfermeiro coordenador: dentre outras atribuições, o enfermeiro coordenador do Centro
Cirúrgico é responsável em planejar e gerenciar ações administrativas e assistenciais, realizar
o controle de recursos humanos e materiais, supervisionar e avaliar o desempenho do pessoal
sob sua responsabilidade, planejar, executar e avaliar programas de treinamento e capacitação
à equipe de enfermagem, elaborar escalas da equipe de enfermagem e também colaborar no
desenvolvimento do ensino e pesquisa.

Enfermeiro assistencial: este profissional é responsável em organizar as ações assistenciais


da equipe de enfermagem na Unidade, devendo receber e passar o plantão, realizando as
condutas necessárias às atividades administrativas e assistenciais, recepcionar o paciente,
identificando e atendendo suas necessidades, coordenar a assistência de enfermagem prestada
pela equipe de enfermagem, elaborar e coordenar a programação cirúrgica (mapa),
supervisionar a limpeza das salas operatórias e realizar a visita pré-operatória. Além das
atribuições assistenciais e administrativas, o enfermeiro assistencial também é responsável
em evitar a infecção da ferida operatória, devendo avaliar o preparo do paciente realizado no
pré-operatório, verificar a incidência da infecção de ferida operatória, controlar a circulação
de pessoas e equipamentos desnecessários ao ato cirúrgico, e o uso da roupa privativa de
todos os profissionais e demais pessoas provenientes da área externa, realizar avaliação
periódica das condições de uso dos instrumentais e equipamentos e trabalhar em conjunto
com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

Técnico de enfermagem: este profissional assume a função de circulante de sala operatória,


desta forma, é responsável em verificar as condições de funcionamento dos aparelhos e
solicitar a manutenção destes quando necessário, realizar a checagem dos equipamentos que
serão utilizados no procedimento cirúrgico antes do início, identificar e encaminhar peças
cirúrgicas, provisionar recursos necessários ao paciente e às especificidades de cada
intervenção cirúrgica a ser realizada, proceder a montagem e desmontagem da sala
operatória, auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica e também o anestesiologista na
indução e reversão do procedimento anestésico, realizar o registro de todas as informações
referentes ao transoperatório no prontuário do paciente e também o controle de gastos de
materiais utilizados, encaminhar o paciente para a sala de recuperação anestésica, auxiliar o
enfermeiro sempre que necessário e comunicar a este situações imprevistas, solicitando a
presença em casos de emergência.

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Auxiliar administrativo ou escriturário: este profissional fica responsável em auxiliar na
assistência administrativa e suas atribuições estão relacionadas à rotina do Centro Cirúrgico e
da instituição, assim, estão entre as atividades desenvolvidas, o registro de pedidos de
cirurgia, e confecção do “mapa” cirúrgico com a programação cirúrgica diária, bem como o
encaminhamento deste para as demais Unidades do Hospital, realizar estatísticas e
indicadores de cirurgias realizadas, suspensas, entre outras.

Serviço de limpeza: essa equipe é fundamental para o controle de infecção na Unidade de


Centro Cirúrgico, ela deve se capacitada e treinada para o desenvolvimento das atividades,
assim a função do profissional de limpeza é realizar a limpeza das salas operatórias, bem
como das demais áreas em conformidade com as normas estabelecidas pela comissão de
controle de infecção hospitalar.

1.4 Enfermagem em Centro Cirúrgico

Embora atualmente a intervenção cirúrgica seja uma conduta comum para o tratamento de
doenças, mesmo que com o auxílio de novas tecnologias os riscos relacionados sejam
menores, realizar uma cirurgia ainda causa impacto no paciente, nos aspectos físico,
psicológico, emocional, e também familiar e social, pois o pós-operatório pode trazer
mudanças no estilo de vida, sequelas e, às vezes, alterações da imagem corporal. O
enfermeiro assume papel importante dentro deste contexto, transmitindo segurança ao
paciente, informando sobre as ações e procedimentos a serem realizados com ele,
considerando o medo da cirurgia, da anestesia, além do constrangimento da nudez e o medo
do desconhecido POSSARI, João ( 2004).

Assim, o enfermeiro que atua em Centro Cirúrgico deve ter conhecimento técnico-científico
específico para prestar assistência ao paciente cirúrgico de forma qualificada e segura durante
todo o período operatório. Desta forma, conheceremos a partir de agora conceitos
fundamentais para compreensão da classificação do tratamento cirúrgico de acordo com o
seguinte:

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Momento operatório: a indicação cirúrgica depende da evolução do quadro clínico do
paciente, da possibilidade de espera, considerando as vantagens e desvantagens. Nesta
classificação a cirurgia pode ser:

Eletiva: quando o tratamento cirúrgico é programado, pois é possível aguardar a realização,


ex: mamoplastia, herniorrafia simples.

Urgência: requer pronta atenção, podendo ser realizada no prazo de 24 a 36 horas no


máximo, ex.: apendicectomia, abdome agudo.

Emergência: neste caso o tratamento cirúrgico requer atenção imediata, pois há risco de
morte, ex.: ferimento por arma de fogo, hemorragias, lesão de grandes vasos.

Requerida: o tratamento cirúrgico é necessário, mas pode ser planejado em algumas


semanas ou meses, ex: hiperplasia prostática sem obstrução da bexiga, catarata.

Opcional: quando o tratamento cirúrgico é uma opção pessoal, não sendo necessária a sua
realização, ex.: cirurgias estéticas.

Finalidade: a indicação do procedimento cirúrgico está relacionada à finalidade do


tratamento, qual o objetivo e o resultado desejado a ser alcançado.

Diagnóstica ou exploratória: procedimento realizado para visualizar órgãos internos com a


finalidade de extrair fragmentos de tecidos para realização de exames (biopsias) com fins
diagnósticos, ex.: laparotomia exploradora.

Curativa: tem a finalidade de corrigir alterações orgânicas, por exemplo, quando uma massa
tumoral (tumor), ou o órgão é removido, ex: apendicectomia.

Paliativa: intervenção cirúrgica com a finalidade de aliviar ou diminuir a intensidade da


doença e também compensar distúrbios para melhorar as condições do paciente, ex.:
colocação de uma sonda de gastrostomia para compensar a incapacidade de deglutir
alimentos.

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Reconstrutiva ou reparadora: procedimento destinado a reconstruir um tecido ou uma
estrutura corpórea lesada com a finalidade de restabelecer a sua função, ex.: reconstrução de
valva aórtica.

Radical ou ablativa: remoção parcial ou total de um órgão, ex.: nefrectomia.

Reconstrutora ou cosmética: tem finalidade corretiva, quando se processa uma


reconstituição ou estética, ex.: ritidoplastia.

Transplante: substituição de órgãos ou estruturas não funcionantes.

Grande porte: quando o procedimento apresenta grande probabilidade de perda de fluidos e


sangue, ex.: aneurisma.

Médio porte: quando apresenta média probabilidade de perda de fluidos e sangue, ex.:
cirurgia ortopédica.

Pequeno porte: quando apresenta pequena probabilidade de perdas de fluidos e sangue, ex.:
timpanoplastia.
Potencial de contaminação:

Cirurgia limpa: procedimentos cirúrgicos realizados em tecidos estéreis ou passíveis de


descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou de falhas
técnicas, e que não ocorrem penetrações de trato digestivo, respiratório ou urinário, ex.:
mamoplastia, cirurgia de ovário.

Cirurgia potencialmente contaminada: aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora


bacteriana em pequena quantidade ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas superficiais no transoperatório.
Cirurgias limpas com drenagem também estão inseridas nesta categoria, ocorre penetração
nos tratos digestivo, respiratório ou urinário, ex.: gastrectomia, colecistectomia.

Cirurgias contaminadas: são procedimentos realizados em tecidos traumatizados, abertos a


pouco tempo, colonizados por flora bacteriana abundante que possui descontaminação difícil

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ou impossível, e também aquelas cirurgias em que tenham ocorrido falhas técnicas
grosseiras, na ausência de supuração local, ex.: colectomia, obstrução biliar ou urinária.

Cirurgias infectadas: são as intervenções cirúrgicas realizadas em tecido ou órgão, com


presença de processo infeccioso (supuração local) instalado, presença de tecido necrótico,
corpos estranhos e feridas de origem suja, ex.: apêndice supurado, cirurgia de reto e ânus com
secreção purulenta, fraturas expostas.

Duração do ato cirúrgico:

 Porte I: com duração máxima de 2 horas;


 Porte II: com duração de 2 a 4 horas;
 Porte III: com duração de 4 a 6 horas;
 Porte IV: com duração acima de 6 horas.

Além das classificações do tratamento cirúrgico já apresentadas é importante que você, como
enfermeiro do Centro Cirúrgico, tenha conhecimento a respeito da classificação de risco
cirúrgico utilizada pela equipe de anestesiologia, implantada pelo American Society Of
Anesthesiologists – ASA, que sugere o uso de um algoritmo na avaliação do risco cirúrgico,
considerando o risco para o paciente, baseado na natureza da condição clínica pré-operatória
do paciente e a natureza do procedimento cirúrgico, assim também baseada na análise da
mortalidade.

Sistema de classificação dos pacientes segundo a ASA (1941):

 ASA 1: Sem distúrbios fisiológicos, bioquímicos ou psiquiátricos;


 ASA 2: Leve a moderado distúrbio fisiológico, controlado. Sem comprometimento da
atividade normal. A condição pode afetar a cirurgia ou anestesia;
 ASA 3: Distúrbio sistêmico importante, de difícil controle, com comprometimento da
atividade normal e com impacto sobre a anestesia e cirurgia;
 ASA 4: Desordem sistêmica severa, potencialmente letal, com grande impacto sobre a
anestesia a cirurgia;
 ASA 5: Moribundo. A cirurgia é a única esperança para salvar a vida.

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Para utilização dessa classificação é necessário que o paciente passe por avaliação pré-
operatória, podendo ser avaliado no próprio dia da cirurgia, utilizando dados do pré-
operatório disponíveis, dependendo da condição de base e do procedimento proposto.

O acto cirúrgico é dividido em tempos, trata-se de procedimentos consecutivos e sequenciais


realizados pelo cirurgião, desde o início até o término da cirurgia, que também são utilizados
para montagem da mesa de instrumental e servem para orientar o auxílio e entrega destes ao
cirurgião, assim, as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro tempos básicos:

Diérese: separação dos planos anatômicos ou tecidos para abordagem de um órgão ou


cavidade, através do rompimento da continuidade dos tecidos. Corte ou separação dos
tecidos, que pode ser realizada manualmente ou por intervenção manual ou de instrumental,
assim, pode ser cruenta: incisão por lâmina, divulsão ou descolamento com a utilização de
tesouras e outros instrumentais específicos; ou incruenta, utilizando-se bisturi elétrico,
criobisturi, argônio, laser e outros equipamentos e instrumentais.

Hemostasia: procedimento realizado com a finalidade de conter ou prevenir sangramento e


hemorragia, também impedir a circulação de sangue em determinado local em um período de
tempo, tal ação pode ser realizada por aspiração ou pela secagem com gaze, realizada
manualmente ou com instrumental. Um quadro hemorrágico pode ocorrer por
extravasamento de sangue arterial, venoso e de capilares, dependendo da abordagem
cirúrgica, essa situação pode dificultar o andamento do ato cirúrgico devido ao prejuízo em
relação à visualização das estruturas no transoperatório, trazer ameaça à integridade e à vida
do paciente, além de retardar o processo de cicatrização, recuperação e favorecer processo
infeccioso no pós-operatório.

Exérese: é a cirurgia propriamente dita, tempo cirúrgico onde realmente é realizado o


tratamento cirúrgico no órgão ou tecido desejado, visando o diagnóstico, o controle ou a
resolução da irregularidade, restaurando a área, procurando deixá-la da forma mais anatômica
e fisiológica possível.

Síntese: consiste na aproximação das bordas da ferida operatória, com a finalidade de


estabelecer a continuidade do processo de cicatrização, a união dos tecidos pode ser feita por
meio de sutura permanente ou removível, com a utilização de agulhas e fios de sutura, ou

18 | P á g i n a
adesivos, gesso e ataduras. A aproximação das bordas da lesão pode ser completa, quando é
realizada em toda a extensão da incisão cirúrgica, ou incompleta, quando é mantida uma
pequena abertura para colocação de um dreno. O resultado da síntese será mais bem-sucedido
quanto mais anatômica for realizada a diérese.

1.5 O papel do enfermeiro dentro do centro cirúrgico

Todos os aspectos vivenciados pelos pacientes durante a experiência cirúrgica devem ser
visualizados e minimizados pelo enfermeiro e pela equipe de enfermagem, considerando a
importância do paciente no processo. Durante a realização do estudo foi possível observar
que os participantes da pesquisa têm o entendimento da relevância de sua participação na
experiência cirúrgica dos pacientes, sendo esclarecidas e proativas no desenvolvimento de
sua função, buscando sempre atender as necessidades dos pacientes sejam eles eletivos ou
urgências/emergências.

Os momentos que antecedem o acto anestésico é o período onde o medo, insegurança e a


instabilidade emocional (Rocha et al, 2016) tomam conta do paciente, e aliado a essas
condições emocionais, o ambiente estranho e frigido, pessoas estranhas a ele e diversos
equipamentos o que acabam se tornando fatores negativos que podem comprometer a
recuperação no pós-operatório. Identificou-se, entretanto, no decorrer das observações de
campo que existe uma ausência de enfermeiros desempenhando funções de cuidado e atenção
aos pacientes, sendo que os mesmos atuam integralmente nas questões administrativas.
Destaca-se que o bloco cirúrgico é organização complexa que vai muito além da estrutura,
equipamentos ou aparelhos. Entende-se então que ao planejar e desenvolver ações junto ao
paciente cirúrgico, independentemente do período operatório que se encontra, o enfermeiro
deve estar aberto, disposto e disponível para perceber as necessidades e as carências
apresentadas pelos pacientes, entendendo sua individualidade e atendendo-os em sua
integralidade, articulando as acções com os demais membros da equipe estimulando o
trabalho interprofissional (Amthauer & Souza, 2014).

As condutas dos enfermeiros refletem diretamente no paciente, seja de forma negativa ou


positiva. A conduta do Enfermeiro (a) possibilita a minimização do estresse, da ansiedade e
do desgaste bio/psico/emocional/espiritual que o paciente vivencia no processo cirúrgico,
proporciona segurança, tranquilidade se torna a referência. Sendo a doença o fator
19 | P á g i n a
desencadeante da fragilidade dos pacientes e tendo este que se submeter a uma cirurgia para
tratamento, importa ao cuidador em ambiente cirúrgico considerar igualmente os desgastes
físico e psicológico que afloram sensivelmente no ser humano que enfrenta um processo
cirúrgico, independentemente da fase perioperatória vivida (Dorneles et al, 2010).

Cuidado perioperatório: dispositivos possíveis no cotidiano A equipe de enfermagem busca


trabalhar e prestar assistência individualizada ao paciente, estabelecendo e desenvolvendo
estratégias de ação no cuidado com o paciente tendo em vista as particularidades de cada
procedimento cirúrgico ao qual o paciente será exposto, baseando esse cuidado em
conhecimentos especializados, de forma crítica e reflexiva em sua integralidade (Koch et al,
2018).

Observou-se durante o estudo, que tais aspectos relatados não se fazem presentes em sua
integralidade, pois, durante a coleta de dados não foi possível observar a presença do
enfermeiro, exercendo o cuidar diretamente com o paciente, contemplando a individualidade
do paciente, na tentativa de minimização dos anseios, do estresse durante a permanência do
paciente no setor.

A assistência ao paciente cirúrgico em todas as etapas perioperatória, implica em várias ações


que os profissionais precisam observar, frente a segurança do paciente. O cuidado no pré,
trans e pós-operatório determina a qualidade da assistência prestada e a recuperação do
paciente submetido ao procedimento cirúrgico (Silva et al. 2019). Na segurança do paciente e
na qualidade da assistência perioperatória, o enfermeiro é um profissional com potencial para
desenhar processos de melhoria contínua da assistência, atuando no planejamento e criação
de estratégias com vistas a diminuição de erros por parte de toda a equipe, buscando as boas
práticas na assistência ao paciente (Guitierres et al, 2018).

Percepção dos enfermeiros frente ao cuidado no centro cirúrgico Ao considerar os avanços


técnicos e científicos na área perioperatória, a qual propicia de maneira abrangente infinitas
possibilidades, no entanto, a ação humana ainda é fundamental durante o tratamento
cirúrgico. O cuidado que a enfermagem propicia ao paciente e o vínculo criado através
afetividade e confiança, fazem a diferença na ação de cuidar efetiva.

20 | P á g i n a
A ausência de capacitação técnica do enfermeiro em CC foi perceptível, existindo também
dificuldades na implementação de uma assistência qualificada pelos enfermeiros no setor,
justificadas pelas características diferenciais e específicas de cada paciente cirúrgico ou
mesmo a rotinas adotadas na instituição (Gomes et al, 2014).

Dentre todas as falas dos enfermeiros participantes da pesquisa a principal dificuldade


encontrada pelos enfermeiros referiu-se à ausência de êxito nas atividades gerenciais e
assistenciais, de forma concomitante. Referindo a falta com relação ao dimensionamento e
alocação de pessoal e também a sobrecarga de atividades administrativas, o que diminui o
tempo do enfermeiro no processo de cuidado. Assim, os enfermeiros atribuíram a dificuldade
na realização da gerência do cuidado à grande quantidade de atribuições gerenciais (Gouveia
et al, 2020).

Observou-se também o sentimento de impotência e incapacidade de operacionalizar as suas


atribuições gerenciais e do cuidado. Falam sobre o conflito de papéis no que tange o cuidado,
eles demonstram que os enfermeiros em suas atribuições enfrentam um conflito entre o
desejo de prestar cuidados e as reais cobranças da instituição: as atividades gerenciais.
Observaram que os enfermeiros têm dificuldades em gerenciar o cuidado (Reis et al, 2019).

Nesse sentido, os enfermeiros do centro cirúrgico afastam-se do cuidado direto ao paciente


dando prioridade a suprimento de materiais e equipamentos para a unidade, e cuidados
técnicos (Ribeiro, 2018).

É notável a exigência nesses cenários, de prática de um cuidado diferenciado, especialmente


no centro cirúrgico por suas particularidades, sendo nesse sentido necessária a aplicação de
um maior conhecimento por parte do enfermeiro. O cuidado prestado pelo enfermeiro em
centro cirúrgico resulta da união de saberes acerca do manuseio do maquinário, da
fisiopatologia da doença, da semiologia, dos elementos fundamentais e da subjetividade do
cuidado (Ribeiro et al, 2017).

As limitações do estudo estão relacionadas ao número restrito de participantes e pode refletir


apenas a realidade local onde a pesquisa foi desenvolvida, no entanto, o objetivo da proposta
do estudo foi alcançada, visto que permitiu evidenciar a compreensão dos enfermeiros,
atuantes no CC, sobre sua prática.

21 | P á g i n a
1.6 Papel do enfermeiro na Central de Material e Esterilização

O enfermeiro é o profissional que atualmente assume a gestão do Centro de Material e


Esterialização (CME), devido ao conhecimento técnico das ações da assistência de
Enfermagem, visualizando a utilização de todos os artigos processados.
De acordo com a Resolução da RDC 15, são atribuições do responsável técnico do serviço
de saúde e da empresa processadora de materiais esterilizados:

 Garantir a implementação das normas de processamento de produtos para saúde;


 Prever e prover os recursos humanos e materiais necessários ao funcionamento da
unidade e ao cumprimento das disposições desta resolução;
 Garantir que todas as atribuições e responsabilidades profissionais estejam
formalmente designadas, descritas, divulgadas e compreendidas pelos envolvidos nas
atividades de processamento de produtos para saúde;
 Prover meios para garantir a rastreabilidade das etapas do processamento de produtos
para saúde.

Ainda em conformidade com a Resolução da Regulação da Diretoria Colegiada 15 (RDC), o


enfermeiro que atua como responsável técnico do CME em serviços de saúde tem a
atribuição de qualificar a empresa terceirizada de processamento de produtos para saúde, que
irá prestar serviços à Instituição. Além disso, compete também ao enfermeiro do CME:

 Coordenar todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para saúde;


 Avaliar as etapas dos processos de trabalho para fins de qualificação da empresa
processadora, quando existir terceirização do processamento;
 Definir o prazo para recebimento pelo CME dos produtos para saúde que necessitem
de processamento antes da sua utilização e que não pertençam ao serviço de saúde;
 Participar do processo de capacitação, educação continuada e avaliação do
desempenho dos profissionais que atuam no CME;
 Propor os indicadores de controle de qualidade do processamento dos produtos sob
sua responsabilidade;
 Contribuir com as ações de programas de prevenção e controle de eventos adversos
em serviços de saúde, incluindo o controle de infecção;
22 | P á g i n a
 Participar do dimensionamento de pessoal e da definição da qualificação dos
profissionais para atuação no CME;
 Orientar as unidades usuárias dos produtos para saúde processados pelo CME quanto
ao transporte e armazenamento destes produtos;
 Avaliar a empresa terceirizada segundo os critérios estabelecidos pelo Comitê de
Processamento de Produtos para Saúde.

O Ambientes que devem compor uma CME são:

Área de recepção e limpeza (setor sujo): a área para recepção dos materiais contaminados
deve estar localizada dentro da sala de recepção e limpeza. Ela deve ter ao menos uma
bancada de tamanho suficiente para que seja realizada a conferência destes materiais,
garantindo a segurança do processo. Também é indispensável que contenham recipientes para
descarte de materiais perfurocortantes e resíduos biológicos. Os equipamentos utilizados para
a limpeza dos materiais devem estar instalados de forma que não prejudiquem a circulação no
ambiente.

Área de preparo e esterilização (setor limpo): esta área deve dispor de equipamento para
transporte dos materiais em quantidade suficiente para atender a demanda de trabalho.
Secadora automatizada e/ou ar comprimido medicinal, para que seja realizada a secagem dos
materiais, além de seladoras de embalagens. As bancadas devem ser ergonômicas assim
como cadeiras ou bancos que devem possuir altura regulável.

Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo): deve conter em sua
estrutura, bancada com duas cubas, sendo uma delas destinada à limpeza e a outra para
enxágue com tamanho e profundidade que permitam a imersão total do material ou
equipamento, com distância suficientemente adequada de maneira que não haja a
transferência acidental de líquidos de uma para a outra.

Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo): esta área deve ser
dimensionada em conformidade com a quantidade e dimensão dos equipamentos utilizados
para esterilização.

23 | P á g i n a
Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo): esta área
deve conter, além de equipamento de transporte com rodízio, escadas, quando necessário, e
prateleiras ou cestos aramados. Ela deve ser dimensionada de acordo com a quantidade de
materiais a serem estocados e tamanho dos mobiliários utilizados para armazenamento. Além
disso, essa área deve estar centralizada em local privativo e de acesso restrito, não devendo
estar localizada em área de circulação. As prateleiras não devem ser constituídas de material
poroso, que impeça a limpeza e a utilização de produtos saneantes.

O fluxo de processamento dos materiais deve ser unidirecional, ou seja, não deve haver
cruzamento do material sujo e contaminado com as áreas limpas. Desta forma também se faz
necessário a existência de barreira física, já que de acordo com a legislação é obrigatória a
separação física da área de recepção e limpeza das demais áreas. A área de limpeza que
recebe instrumental cirúrgico e produtos consignados deve possuir bancadas que permitam a
conferência destes. Além disso, deve possuir ainda recipientes para descarte de materiais
perfurocortantes e de resíduo biológico.

Embora atualmente a intervenção cirúrgica seja uma conduta comum para o tratamento de
doenças, mesmo que com o auxílio de novas tecnologias os riscos relacionados sejam
menores, realizar uma cirurgia ainda causa impacto no paciente, nos aspectos físico,
psicológico, emocional, e também familiar e social, pois o pósoperatório pode trazer
mudanças no estilo de vida, sequelas e, às vezes, alterações da imagem corporal. O
enfermeiro assume papel importante dentro deste contexto, transmitindo segurança ao
paciente, informando sobre as ações e procedimentos a serem realizados com ele,
considerando o medo da cirurgia, da anestesia, além do constrangimento da nudez e o medo
do desconhecido.

Assim sendo, as primeiras atividades a serem desenvolvidas são a recepção, limpeza e


desinfecção dos artigos hospitalares que são realizadas na área de recepção e limpeza,
também considerada como área suja ou contaminada. A limpeza e desinfecção dos artigos
dependem da utilização a que foram destinados e seu grau de contaminação. Desta forma, são
classificados como:

24 | P á g i n a
Artigos críticos: são aqueles utilizados em procedimentos invasivos, que são introduzidos
em tecidos subepiteliais, no sistema vascular ou em outros órgãos isentos de flora microbiana
própria. Ex.: instrumental cirúrgico.

Artigos semicríticos: aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e/ou mucosa
íntegra. Ex.: máscaras para inaloterapia.

Artigos não críticos: aqueles que entram em contato com a pele íntegra e os que não entram
em contato com o paciente.

Desta forma, a limpeza dos artigos hospitalares pode ser realizada manualmente com a
utilização de solução detergente ou desincrustante, em cuba de pia funda e com a ajuda de
escovas próprias e adequadas conforme especificação. Ou por meio de equipamentos
específicos para este fim como as lavadoras ultrassônicas que são geralmente utilizadas na
lavagem dos instrumentais cirúrgicos, através da vibração com solução desincrustante, o que
promove uma limpeza mais eficaz, ou as termodesinfectadoras, que são máquinas que
utilizam além de produtos químicos, alta temperatura. Entretanto, independentemente do
método utilizado para a limpeza dos materiais, é indispensável que todo resíduo de matéria
orgânica e/ou sujidade sejam removidos previamente, através da utilização de processo
químico onde o artigo permanece em imersão total por 30 minutos em produtos químicos em
recipientes adequados, conforme especificação, sendo que a troca da solução desinfetante
deve obedecer às recomendações do fabricante. Antes de submeter os artigos hospitalares a
qualquer processo de desinfecção/esterilização, deve-se remover, com água e sabão ou com
desincrustantes, toda a matéria orgânica que possa impedir os processos.

1.7 Cuidados necessários para preservar a saúde dos enfermeiros

Sabemos que os hospitais são propícios à proliferação de microrganismos que causam


infecções. Por esse motivo, é preciso rigor nesses espaços, realizando a limpeza,
a higienização e a desinfecção de instrumentos, equipamentos e do próprio ambiente em
conformidade com as normas de segurança vigentes.

Quando falamos em centros cirúrgicos, os cuidados devem ser redobrados para evitar


complicações no quadro de pacientes, mas também para prevenir a saúde de toda a equipe
25 | P á g i n a
médica, incluindo os profissionais de enfermagem. Logo, a recomendação é que os
colaboradores sejam capacitados e treinados continuamente para adotar as boas práticas na
realização de procedimentos hospitalares.

Além disso, é fundamental destacar a importância da correta higienização das mãos e


também do uso apropriado dos equipamentos de proteção individual (EPI’s). Por falar nisso,
os principais itens que precisam ser empregados durante os procedimentos cirúrgicos,
para proteger a saúde da equipe de enfermagem e dos demais profissionais, são os seguintes:
Luvas cirúrgicas: são imprescindíveis para que os colaboradores de saúde se protejam e para
evitar a transmissão de qualquer agente infeccioso ao paciente;

Máscaras de proteção: protege as vias respiratórias e o rosto contra contaminantes presentes


no ar e encontrados no sangue;

Pijama e avental cirúrgico: são indumentárias apropriadas para proteger a equipe de


cirurgia de agentes contaminantes e do contato com fluidos corporais;

Touca: evita que fios de cabelo caiam sobre o paciente ou na sala de cirurgia, que deve estar
devidamente higienizada e livre de contaminação externa;

Propé: é fundamental para evitar que agentes infecciosos entrem em contato com o chão da
sala cirúrgica e se disseminem por todo o ambiente, representando um risco à saúde,
principalmente ao paciente.

26 | P á g i n a
CAPITULO II METODOLOGIA DE ESTUDO

3.1 Modos de Investigação

A metodologia da origem ao método, e é o método que possibilita a pesquisa. Conforme


Lakatos e Marconi (2003 p. 63) método é o conjunto de atividades sistemáticas, e racionais
que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos
e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detetando erros e auxiliando as decisões do
pesquisador.

O presente estudo, classifica-se como abordagem qualitativa. Quanto aos objetivos a pesquisa
é exploratória, e quanto aos procedimentos é um estudo de caso e bibliográfico.

3.2 Variáveis

De acordo com Marconi (1996) o termo variável pode ser considerado como uma
classificação ou medida, uma quantidade que varia, conceito operacional que expressa
valores, especto, propriedade ou fator, que pode ser distinguido em um objeto examinado que
seja suscetível à medição.

3.2.1 Variável dependente

Enfermeiros.

3.2.2 Variável independente

Papel do Enfermeiro no Cenro Cirúgico.

3.2.3 População e Amostra

27 | P á g i n a
A população ou universo é o conjunto de todos os elementos, indivíduos ou objetos, que
possuem determinadas características em comum. Distingue-se uma população, alvo da
população acessível. Uma pequena parte, isto é um subgrupo não vazio dessa, constitui uma
amostra procurando a sua representatividade com vista à exploração. (TAMO, 2012 pág.
142).

3.3 O sujeito da pesquisa ou Participante da pesquisa.

Para o presente trabalho, teremos como sujeito de pesquisa o Enfermeiro coordenador do


hospital Maria Pia.

O sujeito é a realidade a respeito da qual se deseja saber alguma coisa. É o universo de


referência. Pode ser constituída de objetos, factos, fenómenos ou pessoas a cujo respeito faz-
se o estudo com dois objetivos principais: ou de melhorar aprende-los ou com intenção de
agir sobre eles. “O objeto de um assunto é o assunto é o tema propriamente dito.”
Corresponde àquilo que se desejam saber ou realizar a respeito do sujeito. “É o conteúdo que
se focaliza, em torno do qual gira toda a discussão ou indagação” (MARCONI e LAKATOS,
p. 45).

3.4 Instrumentos de Investigação

Quanto aos procedimentos, a pesquisa classifica-se como bibliográfica, por embaçar-se


documentos publicados e por aplicar índices e cálculos sobre os demonstrativos divulgados
pela entidade. Assim, utilizou-se dado secundários, que se complementaram com dados
primários levantados no estudo.

28 | P á g i n a
CAPITULO III APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
DE RESULTADOS

Amostra é o conjunto de elementos extraídos de um conjunto maior, chamado População. É


um conjunto constituído de indivíduos (famílias ou outras organizações), acontecimentos ou
outros objetos de estudo que o investigador pretende descrever ou para os quais pretende
generalizar as suas conclusões ou resultados. A dimensão da amostra é significativamente
inferior à dimensão da população, de forma a justificar a constituição da amostra. A
amostragem é, por sua vez, um conjunto de procedimentos através dos quais se seleciona
uma amostra de uma população.

Neste trabalho utilizamos a técnica de amostragem não intencional - amostragem não


probabilística regida por critérios de conveniência e/ou de disponibilidade dos inquiridos.

Este trabalho apresenta uma população de 20 profissionais de Enfermagem, na qual


trabalhamos com o valor de 50% que é equivalente a 10 amostra.

Durante a pesquisa no hospital Maria Pia no período do Iº (primeiro) Semestre fez-se os


seguintes tipos de operações:

 Cirúrgias neurológica;
 Cirúrgia de otorrinolaringologia;
 Cirúrgia do aparelho digestivo;
 Cirúrgia de circuncisão

Teve-se a oportunidade de entrevistar 10 profissionais de saúde, e observou-se que é uma


unidade hospitalar muito frenquetada tanto por pessoas com alguma enfermidade e por
familiares de pacientes, durante a entrevista fez-se as seguintes questões:

1. Como profissionais de Enfermagem dentro do centro cirúrgico, quais são as


difilcudades que têm enfrentado nos exercícios das vossas funções?

29 | P á g i n a
R: Por unanimidade os enfermeiros entrevistados responderam o seguinte: Falta de
enquadramento correcto das tarefas, faz com que um profissional exerça varias funções.

2. O hospital Maria Pia segue com as orientações de localização?

R: Por unanimidade os enfermeiros entrevistados responderam que sim, porque o Centro


Cirúrgico encontra-se em uma ária de pouca circulação e de trânsito.

3. Qual foi a cirúrgia que lhe marcou como profissional de enfermagem no I Semestre
de 2020?

R: 7 Enfermeiros responderam que foi uma cirúrgia de pequena circuncisão feito em um


jovem de aproximadamente 30 anos, porque actualmente no mundo globalizado em que
estamos esses cirúrgias são feitas enquanto criança, casos desses não são comuns na capital.

R: 3 responderam que foi uma cirurgia de otorrinolaringologia, porque nunca haviam


participado numa cirúrgia dessa especialidade.

4. Mesmo com certas difilcudades que têm encontrado no exercício da vossa função,
quais são os factores que influenciam a vossa permanência nessa profissão?

R: 5 responderam que por ser a sua arreia de formação não tinham como deixar mesmo
havendo alguns motivos que os fariam desistir.

R: 5 Enfermeiros responderam que permanecem por paixão a profissão, que


independentemente as difilcudades que têm enfrentado o amor à profissão sempre falou mais
alto.

Obsevação: Entre as pessoas entrevistadas 3 tinham curso superior completo, 2 curso


superior incompleto, 4 ensino médio completo e 1 ensino médio incompleto.

30 | P á g i n a
CONCLUSÕES

Quando se trata do Centro Cirúrgico, a equipe precisa trabalhar conjuntamente, de forma


eficaz, pois a segurança cirúrgica requer forte comprometimento e utilizar o que tem de
melhor nos seus conhecimentos e capacidades para evitar danos em prol do paciente.

Através deste estudo percebe-se que há poucos trabalhos sobre a atuação do Enfermeiro em
centro cirúrgico com foco na segurança do paciente. O papel do enfermeiro no centro
cirúrgico não se restringe apenas à sala de cirurgia no momento da realização do
procedimento, mas envolve também funções no pré e no pós-operatório, além de tarefas de
gestão, essenciais para que os padrões de segurança sejam cumpridos. Portanto, cabe
ao profissional do ramo estar preparado para atender a todas essas demandas.

31 | P á g i n a
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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OE, Padrão de qualidade dos cuidados de enfermagem 2003, p.19
(Decreto-Lei nº 161/96, de 4 de Setembro de 1998, referente ao Regulamento do Exercício
profissional dos Enfermeiros (REPE), Artº 4º ponto 1).
POSSARI, João Francisco, prontuário do paciente, 2007
POSSARI, João, centro cirúrgico, planejamento, organização e gestão, 2004
REZENDE, Joffre.M.de. À Sombra do Plátano: Crônicas de História de Medicina. São
Paulo: Unifesp, 2009.
BOHORNOL, E; TARTALI, J. de A. Eventos adversos em pacientes cirúrgicos:
conhecimento dos profissionais de enfermagem. Acta Paul Enfermagem. 2013;
ASA, risco de cirúrgia 1941
GOUVEIA, Ribeiro at al, Satisfação profissional de enfermeiros que atuam no bloco
cirúrgico de um hospital de excelência, 2020
Minayo, M. C. S. & Costa, A. P. Fundamentos teóricos das técnicas de investigação
qualitativa. Revista Lusófona de Educação, 2019.
AMTHAUER, C. & Souza, Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Berlin, 2014.
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2008
BAGGIO, Nascimento et al,. Cuidado perioperatório sob o olhar do cliente cirúrgico. (2014).
Klein, S., Aguiar, D. C. M., Moser, G. A. S., Hanauer, M. C. & Oliveira, S. R. Segurança do
paciente no contexto da recuperação pós-anestésica: (2019).
SILVA, Teixeira, Indicadores gerenciais do mapa cirúrgico de um hospital universitário. Rev
Sobecc, 2019,
ROCHA, Silva, et al. Sentimentos vivenciados por pacientes no pré-operatório, 2016.
SILVA, Mendonça, Percepção da equipe de enfermagem quanto as contribuições da
utilização do checklist de cirurgia segura. 2019,

32 | P á g i n a
ÍNDICE

INTRODUÇÃO....................................................................................................................................1
Problemática..........................................................................................................................................2
Objectivos do estudo.............................................................................................................................2
Objetivo geral........................................................................................................................................2
Objetivos específicos.............................................................................................................................2
Hipótese................................................................................................................................................3
Importância do estudo...........................................................................................................................3
Delimitação do estudo...........................................................................................................................4
Definição de conceitos..........................................................................................................................4
CAPITULO I FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO/CIENTÍFICA...........................................................6
1.1 História da cirurgia..........................................................................................................................6
1.2 Terminologia cirúrgica....................................................................................................................6
1.3 Estrutura Física e Áreas do centro cirúrgico....................................................................................7
1.4 Enfermagem em Centro Cirúrgico.................................................................................................14
1.5 O papel do enfermeiro dentro do centro cirúrgico.........................................................................19
1.6 Papel do enfermeiro na Central de Material e Esterilização..........................................................22
CAPITULO II METODOLOGIA DE ESTUDO.................................................................................27
3.1 Modos de Investigação..................................................................................................................27
3.2 Variáveis.......................................................................................................................................27
3.2.1 Variável dependente...................................................................................................................27
3.2.2 Variável independente................................................................................................................27
3.2.3 População e Amostra..................................................................................................................27
3.3 O sujeito da pesquisa ou Participante da pesquisa.........................................................................28
3.4 Instrumentos de Investigação........................................................................................................28
CAPITULO III APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS......................29
CONCLUSÕES...................................................................................................................................31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................32

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