Introduçã1 Renovado
Introduçã1 Renovado
Introduçã1 Renovado
Nos últimos anos, temos vindo a constatar muitas realizações de procedimentos cirúrgicos
por varios problemas de saúde da atualidade e os enfermeiros têm um papel assistencial
muito importante dentro do centro cirurgico. Trata-se de um profissional da linha de frente
em estabelecimentos de saúde. A atuação dos enfermeiros é multidisciplinar e abrange, por
exemplo, a atualização de prontuários, a preparação de pacientes para exames, a realização de
prescrições, a preparação de instrumentais, o planejamento de medidas para o controle e a
prevenção de infecções hospitalares e a prestação de assistência aos médicos.
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Problemática
Nos últimos anos, temos vindo a constatar situações alarmantes no campo da Saúde que
tornou-se a agravar com o Advento da Covid-19, isso pelo elevado número de pacientes que
procuram pelos serviços médicos e como se não bastasse o aumento da taxa de mortalidade
nos hospitais. Face ao acima exposto apresentamos a seguinte pergunta de partida:
Objectivos do estudo
Objetivo geral
Desenvolver de um modo geral o papel e o nível de actuação dos Enfermeiros e meios usados
no centro Cirúrgico.
Objetivos específicos
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Hipótese
Importância do estudo
Enquanto estudante finalista do curso superior de Enfermagem, outro assunto poderia abordar
na esfera da elaboração do TFC (trabalho de fim – de - curso), porém assumo que a
abordagem sobre o tema em causa, dar-me-á a possibilidade de expressar um dos aspectos
mais marcantes para mim durante os Cinco anos de formação, e que de certa forma poderei
estar ajudando a preencher um vazio, na senda da abordagem sobre: O papel do Enfermeiro
em Bloco Cirúrgico..
O interesse por essa pesquisa, surgiu durante as aulas da disciplina de esterilização, onde
observei a importância do enfermeiro na assistência dos pacientes dentro do Centro
Cirúrgico. A mesma trará maior reforço no Centro Cirúrgico no que diz respeito à melhoria
de uma assistência qualificada para os doentes.
Para o Instituto e meio académico em particular, poderá ser a qualquer momento um material
disponível em sala de aulas e não só para consulta e esclarecimento sobre os mais variados
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aspectos em torno dos Factores que afetam a atuação do Enfermeiro em Centro
Cirúrgico.
Delimitação do estudo
Definição de conceitos
a) Enfermagem
Enfermagem é uma profissão que tem como objectivo “prestar cuidados de enfermagem ao
ser humano, são ou doente, ao longo do ciclo vital, e aos grupos sociais em que ele está
integrado, de forma que mantenham e recuperem a saúde, ajudando-os a atingir a sua máxima
capacidade funcional tão rapidamente quanto possível” (OE, 2003, p.19). Os campos de
competência dos enfermeiros definidos pela Ordem dos Enfermeiros (OE) no domínio da
prestação de cuidados, encontra-se contemplado como competência a PS. É por isso essencial
o papel do enfermeiro na PS, pois este detém um lugar privilegiado na equipa
multidisciplinar por ser o profissional que, devido à sua prática diária, mais tempo passa com
o utente e sua família, tendo por isso mais oportunidades de conhecer os seus estilos de vida e
necessidades em termos de saúde, e mais oportunidades formais e/ou informais, surgem de
exercer EPS. Não obstante à inerência do papel de educador para a saúde de qualquer
enfermeiro, é necessário possuir diferentes competências para o desempenho efectivo desse
papel de educador para a saúde (Bernardino et al, 2009). Para um enfermeiro, prevenir a
doença torna-se pouco para quem de tão perto conhece a saúde e a realidade dos cuidados.
Assim, o enfermeiro é um profissional na mudança dos estilos de vida, o que se torna uma
maisvalia na prática da EPS, (Decreto-Lei nº 161/96, de 4 de Setembro de 1998, referente ao
Regulamento do Exercício profissional dos Enfermeiros (REPE), Artº 4º ponto 1).
b) Centro Cirúrgico
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Segundo Possar, João Francisco (2007) Centro Cirúrgico é o setor destinado à realização de
intervenções cirúrgicas, e possui estrutura complexa, com a utilização de equipamentos de
tecnologia avançada direcionados para o desenvolvimento da cirurgia, sendo seu principal
objetivo prestar assistência de qualidade e segura ao paciente que será submetido a
procedimento cirúrgico, seja em caráter eletivo, urgência ou emergência.
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CAPITULO I FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO/CIENTÍFICA
A cirurgia faz parte da vida do homem desde praticamente o início de sua história. Há
evidências de que trepanação, um procedimento extremamente sangrento e doloroso, em que
uma porção circular do osso do crânio é removido, já era realizado desde 10.000 a.C.,
(ROMANI, 2013).
Em 130 d.C. nasceu Galeno. Tinha como hábito ferver seus instrumentos cirúrgicos entre os
procedimentos, o que o colocava séculos a frente de seu tempo em alguns sentidos.
preconizada por Abw’l Qasim al Zahrawai (930-1013), primeiro cirurgião a escrever um
livro ilustrado de cirurgia, a cauterização de ferimentos à ferro em brasa foi amplamente
utilizada neste período. Fora dos monastérios as cirurgias aconteciam em qualquer lugar, na
casa do paciente, do cirurgião, em um campo de batalha ou no convés de navios (ROMANI,
2013).
No entanto, a cirurgia teve seus primeiros desenvolvimentos científicos no século XVI, com
Ambroise Paré – “o pai da cirurgia moderna”, que, além de esclarecer inúmeras questões de
anatomia, fisiologia e terapêutica, substituiu a cauterização com ferro em brasa pela ligadura
das artérias depois de uma amputação de membro (REZENDE, 2009).
A terminologia pode ser definida como sendo um conjunto de termos, de palavras peculiares
de uma determinada, arte, ciência ou profissão, nomenclatura. Assim, a terminologia
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cirúrgica é o conjunto de termos utilizados para identificar o tratamento cirúrgico a ser
realizado, a nomenclatura, neste caso, é formada por um prefixo ou radical que designa a
parte do corpo relacionada com a cirurgia e por um sufixo que indica o ato cirúrgico
realizado. Ao fazer uso da terminologia cirúrgica é possível fornecer informação sobre o
procedimento que será realizado, descrever os tipos de cirurgia e assim permitir o preparo
adequado dos instrumentais e equipamentos cirúrgicos apropriados a cada tipo de cirurgia.
Classicadas em: Radicais ou prefixos, Ectomia, Rafia, Pexia, Scopia, Otomia, Ostomia
Eplastia.
Segundo MAURA, Maria Assis (1996), A Unidade de Centro Cirúrgico consiste atualmente
num importante sector dentro do ambiente hospitalar, tendo em vista o elevado número de
procedimentos cirúrgicos realizados para o tratamento de doenças, desta forma, podemos
conceituar esta Unidade como o setor destinado à realização de intervenções cirúrgicas, e
possui estrutura complexa, com a utilização de equipamentos de tecnologia avançada
direccionados para o desenvolvimento da cirurgia, sendo seu principal objetivo prestar
assistência de qualidade e segura ao paciente que será submetido a procedimento cirúrgico,
seja em caráter eletivo, urgência ou emergência.
Áreas não restritas: são aqueles espaços de circulação livre, como vestiários, corredor de
entrada e sala de espera de acompanhantes.
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Áreas restritas: área onde há limitação de circulação tanto de pessoas quanto de
equipamentos e materiais para evitar ou minimizar a incidência de infecção, são o corredor
interno, a sala operatória, os lavabos (degermação das mãos).
A localização desta Unidade no contexto hospitalar também deve seguir orientação, assim,
esta deve estar localizada em área livre da circulação geral de pessoas e materiais, ou seja,
livre de trânsito estranho ao serviço, e também deve ter acesso facilitado às Unidades de
Pronto Socorro e Terapia Intensiva, a fim de facilitar o transporte do paciente entre essas
áreas.
Embora a estrutura física adequada de um Centro Cirúrgico esteja baseada nas informações
citadas anteriormente, nem todas as Unidades são constituídas da mesma forma, assim, serão
descritas algumas áreas e elementos que podem estar presentes em uma Unidade de Centro
Cirúrgico:
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Sala de medicamentos e material médico-hospitalar (ou farmácia “satélite”): local onde
ficam estocados e são dispensados os medicamentos e materiais de consumo descartáveis.
Expurgo: área onde são eliminados os resíduos de matéria orgânica como secreções dos
pacientes que estão em sala operatória.
Área de transferência para macas: a finalidade dessa área é a de evitar a circulação interna
de macas que transitam por outras áreas do hospital.
Corredores: os corredores internos devem ser amplos de forma que possa permitir a
circulação de pessoas, equipamentos e materiais pertinentes ao serviço.
Vestiários: devem dispor de sanitários, chuveiros e armários individuais, devendo estar
localizados na entrada do Centro Cirúrgico, favorecendo para as pessoas que venham da área
de circulação externa, somente tenham acesso ao setor após a colocação de roupa privativa
para o local.
Copa: local destinado a refeições dos profissionais que atuam nesta Unidade, evitando assim
o uso inadequado de outros ambientes para este fim.
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Sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA): ambiente destinado à permanência do
paciente após o ato anestésico-cirúrgico, até que o mesmo se recupere dos efeitos da
anestesia e tenha condições de retornar ao setor de origem. O número de leitos deve ser
correspondente ao número de salas operatórias da Unidade, sendo no mínimo um leito de
RPA para cada uma.
Os equipamentos fixos são aqueles que se encontram adaptados à estrutura física da sala
cirúrgica. Podemos citar o foco central; negatoscópio; sistema de canalização de ar e gases
(painel de gases); prateleiras (podendo estar ou não presentes).
Os equipamentos móveis são aqueles que podem ser deslocados de uma sala operatória para
outra com a finalidade de atender ao ato cirúrgico a ser realizado de acordo com a sua
especificidade ou até mesmo serem colocados durante a realização do procedimento. Dentre
os diversos equipamentos móveis podemos citar:
Aparelho ou “carrinho” de anestesia: pode estar composto ou não por acessórios que são
utilizados no procedimento anestésico, dependendo da rotina e organização da unidade.
Mesas auxiliares para instrumental cirúrgico, mesas de Mayo e outras que servem de apoio
ao ato cirúrgico;
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Bisturi elétrico ou termocautério;
Aspirador de secreções portátil;
Focos auxiliares;
Bancos e cadeiras;
Balde, e lixeiras;
Estrado;
Carro para materiais de consumo e carro para materiais esterilizados;
Monitores multiparâmetros, capnógrafo;
Balança para pesar compressas, gazes e peças anatômicas;
Microscópio, equipamento de circulação extracorpórea, e outros específicos a
determinados procedimentos cirúrgicos.
As atribuições de cada profissional membro das equipes que atuam no Centro Cirúrgico estão
definidas de acordo com as competências e determinações dos respectivos códigos
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profissionais e conforme Lei do exercício profissional. A seguir as principais atribuições das
equipes que atuam no Centro Cirúrgico:
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Enfermeiro coordenador: dentre outras atribuições, o enfermeiro coordenador do Centro
Cirúrgico é responsável em planejar e gerenciar ações administrativas e assistenciais, realizar
o controle de recursos humanos e materiais, supervisionar e avaliar o desempenho do pessoal
sob sua responsabilidade, planejar, executar e avaliar programas de treinamento e capacitação
à equipe de enfermagem, elaborar escalas da equipe de enfermagem e também colaborar no
desenvolvimento do ensino e pesquisa.
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Auxiliar administrativo ou escriturário: este profissional fica responsável em auxiliar na
assistência administrativa e suas atribuições estão relacionadas à rotina do Centro Cirúrgico e
da instituição, assim, estão entre as atividades desenvolvidas, o registro de pedidos de
cirurgia, e confecção do “mapa” cirúrgico com a programação cirúrgica diária, bem como o
encaminhamento deste para as demais Unidades do Hospital, realizar estatísticas e
indicadores de cirurgias realizadas, suspensas, entre outras.
Embora atualmente a intervenção cirúrgica seja uma conduta comum para o tratamento de
doenças, mesmo que com o auxílio de novas tecnologias os riscos relacionados sejam
menores, realizar uma cirurgia ainda causa impacto no paciente, nos aspectos físico,
psicológico, emocional, e também familiar e social, pois o pós-operatório pode trazer
mudanças no estilo de vida, sequelas e, às vezes, alterações da imagem corporal. O
enfermeiro assume papel importante dentro deste contexto, transmitindo segurança ao
paciente, informando sobre as ações e procedimentos a serem realizados com ele,
considerando o medo da cirurgia, da anestesia, além do constrangimento da nudez e o medo
do desconhecido POSSARI, João ( 2004).
Assim, o enfermeiro que atua em Centro Cirúrgico deve ter conhecimento técnico-científico
específico para prestar assistência ao paciente cirúrgico de forma qualificada e segura durante
todo o período operatório. Desta forma, conheceremos a partir de agora conceitos
fundamentais para compreensão da classificação do tratamento cirúrgico de acordo com o
seguinte:
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Momento operatório: a indicação cirúrgica depende da evolução do quadro clínico do
paciente, da possibilidade de espera, considerando as vantagens e desvantagens. Nesta
classificação a cirurgia pode ser:
Emergência: neste caso o tratamento cirúrgico requer atenção imediata, pois há risco de
morte, ex.: ferimento por arma de fogo, hemorragias, lesão de grandes vasos.
Opcional: quando o tratamento cirúrgico é uma opção pessoal, não sendo necessária a sua
realização, ex.: cirurgias estéticas.
Curativa: tem a finalidade de corrigir alterações orgânicas, por exemplo, quando uma massa
tumoral (tumor), ou o órgão é removido, ex: apendicectomia.
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Reconstrutiva ou reparadora: procedimento destinado a reconstruir um tecido ou uma
estrutura corpórea lesada com a finalidade de restabelecer a sua função, ex.: reconstrução de
valva aórtica.
Médio porte: quando apresenta média probabilidade de perda de fluidos e sangue, ex.:
cirurgia ortopédica.
Pequeno porte: quando apresenta pequena probabilidade de perdas de fluidos e sangue, ex.:
timpanoplastia.
Potencial de contaminação:
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ou impossível, e também aquelas cirurgias em que tenham ocorrido falhas técnicas
grosseiras, na ausência de supuração local, ex.: colectomia, obstrução biliar ou urinária.
Além das classificações do tratamento cirúrgico já apresentadas é importante que você, como
enfermeiro do Centro Cirúrgico, tenha conhecimento a respeito da classificação de risco
cirúrgico utilizada pela equipe de anestesiologia, implantada pelo American Society Of
Anesthesiologists – ASA, que sugere o uso de um algoritmo na avaliação do risco cirúrgico,
considerando o risco para o paciente, baseado na natureza da condição clínica pré-operatória
do paciente e a natureza do procedimento cirúrgico, assim também baseada na análise da
mortalidade.
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Para utilização dessa classificação é necessário que o paciente passe por avaliação pré-
operatória, podendo ser avaliado no próprio dia da cirurgia, utilizando dados do pré-
operatório disponíveis, dependendo da condição de base e do procedimento proposto.
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adesivos, gesso e ataduras. A aproximação das bordas da lesão pode ser completa, quando é
realizada em toda a extensão da incisão cirúrgica, ou incompleta, quando é mantida uma
pequena abertura para colocação de um dreno. O resultado da síntese será mais bem-sucedido
quanto mais anatômica for realizada a diérese.
Todos os aspectos vivenciados pelos pacientes durante a experiência cirúrgica devem ser
visualizados e minimizados pelo enfermeiro e pela equipe de enfermagem, considerando a
importância do paciente no processo. Durante a realização do estudo foi possível observar
que os participantes da pesquisa têm o entendimento da relevância de sua participação na
experiência cirúrgica dos pacientes, sendo esclarecidas e proativas no desenvolvimento de
sua função, buscando sempre atender as necessidades dos pacientes sejam eles eletivos ou
urgências/emergências.
Observou-se durante o estudo, que tais aspectos relatados não se fazem presentes em sua
integralidade, pois, durante a coleta de dados não foi possível observar a presença do
enfermeiro, exercendo o cuidar diretamente com o paciente, contemplando a individualidade
do paciente, na tentativa de minimização dos anseios, do estresse durante a permanência do
paciente no setor.
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A ausência de capacitação técnica do enfermeiro em CC foi perceptível, existindo também
dificuldades na implementação de uma assistência qualificada pelos enfermeiros no setor,
justificadas pelas características diferenciais e específicas de cada paciente cirúrgico ou
mesmo a rotinas adotadas na instituição (Gomes et al, 2014).
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1.6 Papel do enfermeiro na Central de Material e Esterilização
Área de recepção e limpeza (setor sujo): a área para recepção dos materiais contaminados
deve estar localizada dentro da sala de recepção e limpeza. Ela deve ter ao menos uma
bancada de tamanho suficiente para que seja realizada a conferência destes materiais,
garantindo a segurança do processo. Também é indispensável que contenham recipientes para
descarte de materiais perfurocortantes e resíduos biológicos. Os equipamentos utilizados para
a limpeza dos materiais devem estar instalados de forma que não prejudiquem a circulação no
ambiente.
Área de preparo e esterilização (setor limpo): esta área deve dispor de equipamento para
transporte dos materiais em quantidade suficiente para atender a demanda de trabalho.
Secadora automatizada e/ou ar comprimido medicinal, para que seja realizada a secagem dos
materiais, além de seladoras de embalagens. As bancadas devem ser ergonômicas assim
como cadeiras ou bancos que devem possuir altura regulável.
Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo): deve conter em sua
estrutura, bancada com duas cubas, sendo uma delas destinada à limpeza e a outra para
enxágue com tamanho e profundidade que permitam a imersão total do material ou
equipamento, com distância suficientemente adequada de maneira que não haja a
transferência acidental de líquidos de uma para a outra.
Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo): esta área deve ser
dimensionada em conformidade com a quantidade e dimensão dos equipamentos utilizados
para esterilização.
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Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo): esta área
deve conter, além de equipamento de transporte com rodízio, escadas, quando necessário, e
prateleiras ou cestos aramados. Ela deve ser dimensionada de acordo com a quantidade de
materiais a serem estocados e tamanho dos mobiliários utilizados para armazenamento. Além
disso, essa área deve estar centralizada em local privativo e de acesso restrito, não devendo
estar localizada em área de circulação. As prateleiras não devem ser constituídas de material
poroso, que impeça a limpeza e a utilização de produtos saneantes.
O fluxo de processamento dos materiais deve ser unidirecional, ou seja, não deve haver
cruzamento do material sujo e contaminado com as áreas limpas. Desta forma também se faz
necessário a existência de barreira física, já que de acordo com a legislação é obrigatória a
separação física da área de recepção e limpeza das demais áreas. A área de limpeza que
recebe instrumental cirúrgico e produtos consignados deve possuir bancadas que permitam a
conferência destes. Além disso, deve possuir ainda recipientes para descarte de materiais
perfurocortantes e de resíduo biológico.
Embora atualmente a intervenção cirúrgica seja uma conduta comum para o tratamento de
doenças, mesmo que com o auxílio de novas tecnologias os riscos relacionados sejam
menores, realizar uma cirurgia ainda causa impacto no paciente, nos aspectos físico,
psicológico, emocional, e também familiar e social, pois o pósoperatório pode trazer
mudanças no estilo de vida, sequelas e, às vezes, alterações da imagem corporal. O
enfermeiro assume papel importante dentro deste contexto, transmitindo segurança ao
paciente, informando sobre as ações e procedimentos a serem realizados com ele,
considerando o medo da cirurgia, da anestesia, além do constrangimento da nudez e o medo
do desconhecido.
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Artigos críticos: são aqueles utilizados em procedimentos invasivos, que são introduzidos
em tecidos subepiteliais, no sistema vascular ou em outros órgãos isentos de flora microbiana
própria. Ex.: instrumental cirúrgico.
Artigos semicríticos: aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e/ou mucosa
íntegra. Ex.: máscaras para inaloterapia.
Artigos não críticos: aqueles que entram em contato com a pele íntegra e os que não entram
em contato com o paciente.
Desta forma, a limpeza dos artigos hospitalares pode ser realizada manualmente com a
utilização de solução detergente ou desincrustante, em cuba de pia funda e com a ajuda de
escovas próprias e adequadas conforme especificação. Ou por meio de equipamentos
específicos para este fim como as lavadoras ultrassônicas que são geralmente utilizadas na
lavagem dos instrumentais cirúrgicos, através da vibração com solução desincrustante, o que
promove uma limpeza mais eficaz, ou as termodesinfectadoras, que são máquinas que
utilizam além de produtos químicos, alta temperatura. Entretanto, independentemente do
método utilizado para a limpeza dos materiais, é indispensável que todo resíduo de matéria
orgânica e/ou sujidade sejam removidos previamente, através da utilização de processo
químico onde o artigo permanece em imersão total por 30 minutos em produtos químicos em
recipientes adequados, conforme especificação, sendo que a troca da solução desinfetante
deve obedecer às recomendações do fabricante. Antes de submeter os artigos hospitalares a
qualquer processo de desinfecção/esterilização, deve-se remover, com água e sabão ou com
desincrustantes, toda a matéria orgânica que possa impedir os processos.
Touca: evita que fios de cabelo caiam sobre o paciente ou na sala de cirurgia, que deve estar
devidamente higienizada e livre de contaminação externa;
Propé: é fundamental para evitar que agentes infecciosos entrem em contato com o chão da
sala cirúrgica e se disseminem por todo o ambiente, representando um risco à saúde,
principalmente ao paciente.
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CAPITULO II METODOLOGIA DE ESTUDO
O presente estudo, classifica-se como abordagem qualitativa. Quanto aos objetivos a pesquisa
é exploratória, e quanto aos procedimentos é um estudo de caso e bibliográfico.
3.2 Variáveis
De acordo com Marconi (1996) o termo variável pode ser considerado como uma
classificação ou medida, uma quantidade que varia, conceito operacional que expressa
valores, especto, propriedade ou fator, que pode ser distinguido em um objeto examinado que
seja suscetível à medição.
Enfermeiros.
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A população ou universo é o conjunto de todos os elementos, indivíduos ou objetos, que
possuem determinadas características em comum. Distingue-se uma população, alvo da
população acessível. Uma pequena parte, isto é um subgrupo não vazio dessa, constitui uma
amostra procurando a sua representatividade com vista à exploração. (TAMO, 2012 pág.
142).
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CAPITULO III APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO
DE RESULTADOS
Cirúrgias neurológica;
Cirúrgia de otorrinolaringologia;
Cirúrgia do aparelho digestivo;
Cirúrgia de circuncisão
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R: Por unanimidade os enfermeiros entrevistados responderam o seguinte: Falta de
enquadramento correcto das tarefas, faz com que um profissional exerça varias funções.
3. Qual foi a cirúrgia que lhe marcou como profissional de enfermagem no I Semestre
de 2020?
4. Mesmo com certas difilcudades que têm encontrado no exercício da vossa função,
quais são os factores que influenciam a vossa permanência nessa profissão?
R: 5 responderam que por ser a sua arreia de formação não tinham como deixar mesmo
havendo alguns motivos que os fariam desistir.
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CONCLUSÕES
Através deste estudo percebe-se que há poucos trabalhos sobre a atuação do Enfermeiro em
centro cirúrgico com foco na segurança do paciente. O papel do enfermeiro no centro
cirúrgico não se restringe apenas à sala de cirurgia no momento da realização do
procedimento, mas envolve também funções no pré e no pós-operatório, além de tarefas de
gestão, essenciais para que os padrões de segurança sejam cumpridos. Portanto, cabe
ao profissional do ramo estar preparado para atender a todas essas demandas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
32 | P á g i n a
ÍNDICE
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................1
Problemática..........................................................................................................................................2
Objectivos do estudo.............................................................................................................................2
Objetivo geral........................................................................................................................................2
Objetivos específicos.............................................................................................................................2
Hipótese................................................................................................................................................3
Importância do estudo...........................................................................................................................3
Delimitação do estudo...........................................................................................................................4
Definição de conceitos..........................................................................................................................4
CAPITULO I FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO/CIENTÍFICA...........................................................6
1.1 História da cirurgia..........................................................................................................................6
1.2 Terminologia cirúrgica....................................................................................................................6
1.3 Estrutura Física e Áreas do centro cirúrgico....................................................................................7
1.4 Enfermagem em Centro Cirúrgico.................................................................................................14
1.5 O papel do enfermeiro dentro do centro cirúrgico.........................................................................19
1.6 Papel do enfermeiro na Central de Material e Esterilização..........................................................22
CAPITULO II METODOLOGIA DE ESTUDO.................................................................................27
3.1 Modos de Investigação..................................................................................................................27
3.2 Variáveis.......................................................................................................................................27
3.2.1 Variável dependente...................................................................................................................27
3.2.2 Variável independente................................................................................................................27
3.2.3 População e Amostra..................................................................................................................27
3.3 O sujeito da pesquisa ou Participante da pesquisa.........................................................................28
3.4 Instrumentos de Investigação........................................................................................................28
CAPITULO III APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS......................29
CONCLUSÕES...................................................................................................................................31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................32
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