UME EDMEA LADEVIG

ANO: 6° A
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
PROFESSOR: LUIZ ANTONIO CANUTO DOS SANTOS
PERÍODO: 31 de julho a 14 de agosto de 2020
HABILIDADE:
(EF06HI11) Caracterizar o processo de formação da
Roma Antiga e suas configurações sociais e
políticas nos períodos monárquico e
republicano.

ROTEIRO DE ESTUDOS
FORMAÇÃO DA ROMA ANTIGA
EXERCÍCIO 1:REGISTRE SUAS RESPOSTAS NO CADERNO
Observe a imagem a seguir:

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1 Você já viu essa imagem em algum lugar?
2 Sabe o que essa imagem representa?

Na atividade da quinzena de 17 a 31 de julho,

estudamos a formação da Grécia Antiga a partir
da pólis e do conceito de cidadania,
comparando inclusive a cidadania grega com a
cidade romana.
Na atividade desta quinzena, estudaremos o
processo de formação da Roma Antiga e os dois
primeiros períodos de sua história, o
monárquico e a república.

A imagem com a qual iniciamos nossos

estudos é a de uma loba amamentando duas
crianças. Essa imagem representa a lenda da
fundação de Roma:

A Lenda da Fundação de Roma

Clique no ícone ao lado para ouvir o

podcast A Lenda da Fundação de Roma .

Esta lenda é contada pelo poeta Romano

Virgílio em sua obra Eneida (essa obra conta
a história do herói troiano Enéias) .
A História começa com o nascimento de dois
irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, filhos do Deus
Marte com uma mortal descenden te de Enéias.
A mãe das duas crianças era Reia Sílvia,
filha de Numitor, governante do Reino de Alba
Longa.
 Quando Amúlio, irmão do Rei de Alba Longa,
usurpou o trono, procurou acabar com os
descendentes de seu irmão. O rei usurpador
desejou a morte dos filhos de Reia Sílvia. Como
ele não teve coragem de assassinar as duas
crianças, ordenou que eles fossem botados numa
cesta e jogados no Rio Tibre.
Rômulo e Remo foram encontrados as margens
do rio por uma loba que os amamentou como se
fosse sua própria cria.
Um pastor chamado Fáustolo avistou, pegou
e criou os gêmeos até a idade adulta. Passados
alguns anos, Rômulo e Remo sentiram -se
preparados e voltaram a Alba Longa para
destronar o rei usurpador. Eles mataram Amúlio
e reconduziram o avô Numitor novamen te ao
trono da cidade.
Com o consentimento do Rei Numitor, Rômulo
e Remo em homenagem à loba que os amamentou,
fundaram uma cidade no mesmo lugar em que ela
os encontrou. A cidade fundada por eles ficou
conhecida como Roma que segundo alguns
historiadores foi fundada em 753 a.C.
Anos mais tarde, Rômulo teria matado Remo
pela liderança da cidade e transformou-se no
Primeiro Rei de Roma.
As origens de Roma
As dúvidas sobre as origens de Roma são
muitas. No entanto, com base em pesquisas
históricas e arqueológicas, sabe-se que por
volta dos séculos IX a VIII a.C., populações
de origem latina, provenientes de Alba Longa,
se fixaram nas colinas próximas ao rio Tibre.
Aos poucos, essas aldeias formaram uma liga
sagrada para se protegerem dos sabinos e
fundaram a cidade de Roma.
 A história de Roma divide-se em três
períodos:

Monarquia (753-509 a.C.)

República (509-27 a.C.)

Império 27 a.C.-476 d.C.)

Prof ess or: Lu i z A nton io C. San to s

Monarquia (753-509 a.C.)

No início da Monarquia, Roma era apenas um
local onde ficavam os templos religiosos e
onde os chefes das famílias se reuniam para
discutir assuntos de seu interesse.
Por volta de 600 a.C., os etruscos se
estabeleceram em Roma e transformaram a cidade
de um modesto centro agropastoril em uma
grande cidade-Estado. Durante o governo dos
reis etruscos, Roma foi modernizada: drenaram -
se pântanos, construíram-se redes de esgotos,
e uma grande muralha foi construída em torno
da cidade. Dos etruscos, os romanos
assimilaram conhecimentos de engenharia, o uso
do arco e da abóboda nas construções e a crença
de que era possível conhecer a vontade dos
deuses por meio da adivinhação.
 Porta de’Arco, em
Volterra (Itália)
Século II a.C.

Sociedade romana na monarquia

Durante a monarquia, a sociedade romana
era formada por quatro camadas sociais :

Patrícios Plebeus
Escravizados
eram os eram a maioria
nobres; da população; Clientes eram
donos de eram pequenos prisioneiros de
eram servidores
agricultires, guerra, pessoas
terras e gado; do chefe
artesãos ou que não
os únicos a (patrono) de
mercadores. conseguiam
uma família;
possuir Não tinham
possuíam poder
saldar suas
direitos direitos políticos dívidas ou
e prestígio
políticos. e podiam ser condenados
escravizados por pela justiça.
dívidas.

Prof ess or Lui z An toni o C . S ant os

 Estátua de um
patrício romano
carregando dois
bustos de membros de
sua família. (Século
I a.C.)

A política na monarquia
Na monarquia, o rei era a maior autoridade
em Roma, mas não governava sozinho. Além dele
havia o Senado (formado pelos chefes das
principais famílias patrícias), e uma
Assembleia, composta por soldados com até 45
anos de idade.
Na Roma antiga, o cargo de rei não passava
de pai para filho; quando um rei morria, o
Senado escolhia quem iria sucedê-lo e a
Assembleia se manifestava contra ou a favor da
escolha. Portanto, o rei tinha o seu poder
limitado pelo Senado e pela Assembleia.
Os patrícios, que controlavam o Senado
romano, nunca se conformaram com o domínio
etrusco sobre Roma. Em 509 a.C., aproveitando -
se do enfraquecimento dos etruscos por causa
das guerras com os povos vizinhos, derrubaram
o rei etrusco Tarquínio, O Soberbo, e fundaram
a República.

EXERCÍCIO 2:REGISTRE SUAS RESPOSTAS NO CADERNO

1 Pesquisas históricas e arqueológicas,
indicam que a cidade de Roma pode ter sido
fundada por pulações de origem:_____________.
2 Por volta de 600 a.C., eles se estabeleceram
em Roma e transformaram a cidade de um modesto
centro agropastoril em uma grande cidade -
Estado. Estamos falando dos
( ) Latinos
( ) Persas
( ) Etruscos
( ) Egípcios

3 Durante a monarquia, a sociedade romana era

formada por quatro camadas sociais. Relacione
a camada social às suas características.
(A)Patrícios
(B)Plebeus
(C)Clientes
(D)Escravizados

( )Não tinham direitos políticos e podiam ser

escravizados por dívidas
( )Eram prisioneiros de guerra, devedores ou
condenados pela justiça
( )Eram os únicos a possuir direitos políticos
( )Eram servidores do patrono de uma família.
Possuíam poder e prestígio

4 Na monarquia, o rei era a maior autoridade

em Roma, mas não governava sozinho. O seu poder
eram limitado pelo_____________________ e
pela______________________.

5 Qual motivo levou os etruscos a fundarem a

República em Roma?
A República

EXERCÍCIO 3: REGISTRE SUA RESPOSTA NO CODERNO

• Você conhece a origem e o significado da
palavra REPÚBLICA? Faça uma pesquisa e
registre a resposta em seu caderno.

O fim da Monarquia e o início da República,

no começo do século VI a.C., levaram a grandes
transformações na vida política romana. Com os
patrícios na liderança das decisões políticas,
os cargos políticos se diversificaram :
Senadores Elaboravam e aprovavam as leis. O
cargo era vitalício
Cônsules Aplicavam as leis aprovadas pelo
Senado, organizavam os cultos
religiosos e comandavam os
exércitos
Pretores Zelavam pela aplicação das leis.
Eram subordinados aos dois
Cônsules
Edis Responsáveis pelo abastecimento,
policiamento e organização das
festas
Questores Arrecadavam os tributos e
observavam os gastos da
administração civil e militar
Censores Zelavam pelos bons costumes e por
realizar a contagem dos cidadãos
e de seus bens, que poderiam ser
utilizados em tempos de guerra
para comprar armas
Ditador A ditadura era uma função legal.
Era adotada em momentos de crise
social ou política, quando o
Senado indicava um dos dois
censores para exercê-la. O
ditador prestava contas do seu
trabalho ao Senado
 As principais decisões e atividades
políticas e públicas de Roma ocorriam no fórum
romano, que era um tribunal – uma praça que
exercia função semelhante à ágora, na Grécia
antiga. Era o principal local em que a vida
política acontecia em Roma .

Ruínas do fórum romano.

EXERCÍCIO 4: REGISTRE SUA RESPOSTA NO CODERNO

1 Pesquise a origem e o significado da palavra
SENADO.
2 Vimos como agia o Senado romano. Agora, vamos
ver como é no Brasil atual? Faça uma pesquisa
sobre as funções do Senado brasileiro e como
ocorrem as eleições para o cargo de senador.

Lutas sociais
Os plebeus eram maioria em Roma. Como
cidadãos, pagavam impostos e serviam ao
exército. Apesar disso, eles não podiam
exercer nenhum cargo importante no governo. O
casamento entre plebeus e patrícios também era
proibido. Além disso, ao serem convocados para
ir à guerra, os plebeus eram forçados a deixar
suas pequenas propriedades e, com iss o se
endividavam; quando não conseguiam pagar sias
dívidas, perdiam a terra e eram escravizados.
Dispostos a lutar por igualde de direitos,
os plebeus promoveram várias revoltas. Uma
tática muito usada por eles era se retirar de
Roma e ameaçar não participar mais do exército
romano. Como os plebeus eram a maioria dos
trabalhadores e dos solados, os patrícios
tinham de ceder. Assim, aos poucos , os plebeus
foram conquistando mais direit os:
Os plebeus ganham o direito de
Tribunato da Plebe eleger um tribuno da plebe,
(494 a.C.) magistrado que tinha o poder de
anular leis contrárias aos
plebeus.
As primeiras leis escritas da
Lei das Doze história de Roma. Com leis
Tábuas escritas, ficava mais difícil
(450 a.C.) para os patrícios interpretá -
las conforme seus interesses.
Lei Canuleia Permitia o casa mento entre
(445 a.C.) patrícios e plebeus.
Uma das leis determina va que um
Leis Licínias- dos dois cônsules tinha de ser
Séxtias plebeu. A outra cancelava parte
(367 a.C.) da dívida que os plebeus tinham
com os patrícios.

Posteriormente, os plebeus conseguiram uma

lei que proibia a escravidão por dívidas e
outra que dava a eles o acesso a todas as
magistraturas. Mas, como apenas os plebeus
ricos tinham posses suficientes para fazer
carreira política, somente eles chegavam ao
poder. Formou-se, então, uma nova
aristocracia, composta de patrícios e plebeus
enriquecidos.

A expansão romana
A partir do século V, os romanos iniciaram
a expansão de seu território, primeiro na
região do Lácio, onde Roma se localiza,
seguindo em direção ao norte da península
Itálica, e depois ao sul (Magna Grécia. No
início do século III a.C., depois de ocupar
toda a península Itálica, o exército romano
iniciou a conquista de outras regiões do mar
Mediterrâneo. A primeira dessas regiões foi a
Sicília, também ambicionada por Cartago.
Cartago era uma antiga colônia fenícia
localizada no norte do continente
africano, onde hoje é a Tunísia. Os
cartagineses eram poderosos comerciantes
marítimos e seus navios circulavam
principalmente na parte ocidental do mar
Mediterrâneo. Roma, entretanto, desejava se
tornar uma potência marítima. Assim, entre 264
a.C. e 146 a.C., romanos
e cartagineses, ao
disputarem o controle do
comércio marítimo,
iniciaram um longo
conflito que ficou
conhecido como Guerras
Púnicas (os romanos chamavam os fenícios de
“púnicos”).
As Guerras Púnicas ocorreram em três
fases, todas elas vencidas pelos ro manos. Com
o fim desse conflito, a República romana
assegurou a posse da Sicília e de uma parte do
norte da África. Nas décadas seguintes, os
romanos se apoderaram da península Ibérica, do
sul da atual França, da Grécia, do Egito e da
Ásia Menor.
Expansão territorial romana (séculos IV a III
a.C.)

https://antoniocv.files.wordpress.com/2015/10/expansc3a3o-
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As conquistas provocaram mudanças profundas na

vida dos romanos:
• O enriquecimento do Estado romano
(impostos, terras, joias, ouro, prata e
outros bens obtidos nas províncias);
• Fortalecimento de um novo grupo social, o
dos cavaleiros, homens enriquecidos com o
comércio, a cobrança de impostos nas áreas
conquistadas e os serviços prestados ao
governo de Roma;
• Aumento do escravismo;
• Concentração das terras conquistadas nas
mãos de poucos.

A luta pela terra

Os homens ricos, como vimos, apossavam -se
das terras obtidas nas conquistas e nelas
montavam fazendas escravistas. Já para os
pequenos agricultores, a guerra geralmente
significava prejuízo. Muitos deles morriam
 combatendo a pé e nas primeiras fileiras; os
que conseguiam voltar para casa, depois de
anos de ausência, encontravam sua
propriedade devastada ou invadida.
Além disso, com o aumento da quantidade de
escravos, muitos camponeses ficaram sem
trabalho e tiveram de se mudar para as
cidades. Assim, o número de pobres nas
cidades e nos campos aumentou muito.
Diante disso, em 133 a.C., o tribuno da
plebe, Tibério Graco, propôs uma reforma
agrária que limitava o tamanho da terra que
um indivíduo podia ter e distribuía lotes de
terra aos pobres. A reforma foi mal recebida
por uma parte dos ricos e gerou um tumulto
em uma assembleia na qual Tibério foi morto.
Em 123 a.C., Caio Graco, irmão de Tibério,
foi eleito tribuno da plebe e deu
continuidade à reforma iniciada pelo irm ão.
Caio Graco conseguiu aprovar duas
importantes leis: uma que estendia a
cidadania romana a alguns povos aliados, e
outra que obrigava o governo a pa gar o
equipamento dos soldados que iam para a
guerra. Caio acabou atraindo inimigos
poderosos, e, ao perceber que ia ser morto
em uma cilada, pediu que um escravo o
matasse.

Os irmãos Tibério
e Caio Graco
A ascensão dos militares
Além do problema da terra, outro sinal da
crise da República provinha do exército. Em
107 a.C., o cônsul Mário promoveu uma reforma
militar instituindo o pagamento de salário
àqueles que se alistassem no exército
voluntariamente. Com isso, muitos homens
pobres alistaram-se como soldados permanentes;
além do salário, recebiam dos seus generai s
parte do saque e das terras conquistadas. Com
isso, esses novos soldados se ligaram aos seus
generais por laços de lealdade e
solidariedade.
Apoiados por suas tropas, os generai s
ganharam força e passaram a disputar o poder
político. Um dos generais que destacou na
época foi Júlio César, o conquistador da
Gália.
Aproveitando de sua enorme popularidad e,
Júlio César juntou-se aos generais Pompeu e
Crasso e formou com eles o Primeiro
Triunvirato, um acordo entre eles, pelo qual
um se comprometia a ajudar o outro para
controlar o poder em Roma.
Com a morte de Crasso, abriu-se uma guerra
entre César e Pompeu. Vitorioso, César tomou
o poder em Roma e promoveu reformas como a
doação de terras a milhares de ex-soldados e
plebeus empobrecidos. Os senadores acusaram
César de trair a República e desejar a volta
da Monarquia e, com base nisso, o assassinaram
em 44 a.C.
Com a morte de César, formou-se o Segundo
Triunvirato, integrado pelos generais Otávio,
Marco Antônio e Lépido. A disputa pelo poder
opôs as tropas de Otávio às de Marco Antônio
e Cleópatra, rainha do Egito. Otávio saiu
vitorioso e, ao retornar a Roma, pressionou o
Senado a lhe dar vários títulos, entre eles o
de Príncipe (líder do Senado e o mais
importante cidadão de Roma); o de Augusto
(venerado); e o de Imperador (comandante
supremo do exército), fato ocorrido em 27 a.C.
Com isso teve início o Império.

EXERCÍCIO 5: REGISTRE SUA RESPOSTA NO CODERNO

1 Complete o quadro com a lei a que se refere
seu conteúdo
Conteúdo da Lei Lei
O tribuno da plebe era o
magistrado que tinha o
poder de anular leis
contrárias aos plebeus.
Permitia o casamento entre
patrícios e plebeus
Uma das leis determina va
que um dos dois cônsules
tinha de ser plebeu. A
outra cancelava parte da
dívida que os plebeus
tinham com os patrícios.
Foram as primeiras leis
escritas da história de
Roma. Com elas, ficava mais
difícil para os patrícios
interpretá-las conforme
seus interesses.

2 Quem foi Tibério Graco e o que ele pro pôs?

3 Quais leis Caio Graco consegui u aprovar no
Senado?
4 Explique o que foi o Primeiro Triunvirato.
5 Por que César foi assassinado?