Direito Do Trabalho
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Direito do Trabalho
2020
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GRUPO: AUTÔNOMOS
Equipe:
TEMAS:
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3.5. Da jornada de trabalho.
3.6. Acordo de prorrogação de horas e sistema de compensação de horas.
3.7. Horas extras ilícitas.
3.8. Redução da jornada com diminuição do salário.
3.9. Intervalos.
3.10. Adicionais mínimos.
A legislação trabalhista estabelece, salvo os casos especiais, que a jornada normal de trabalho
é de 08 (oito) horas diárias e de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
A legislação dispõe ainda que não sejam computados na jornada normal diária os 5 (cinco)
minutos antes e 5 (cinco) minutos depois da jornada de trabalho, observado o limite máximo
de 10 (dez) minutos diários.
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ACORDO - CONTRATO COLETIVO DE TRABALHO
Nos termos da CLT, art. 59, § 2º, e da Constituição Federal/1988, art. 7º, XIII, a compensação
de horas de trabalho deverá ser formalizada por meio de acordo ou convenção coletiva de
trabalho. Entretanto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) por meio da Súmula nº 85,
consubstanciou seu entendimento no sentido de validar também, para a compensação de
horas, o acordo individual escrito.
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Segundo a CLT, a compensação de horas exige acordo escrito entre empregado e empregador
ou contrato coletivo de trabalho, muito embora a Constituição Federal/88, em seu artigo 7º,
XIII, estabelece que a compensação de horas deve ser realizada mediante acordo ou
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO.
Conceito
“Horas extras são aquelas que ultrapassam a jornada normal fixada por Lei, Convenção
Coletiva, Acordo Coletivo, Sentença Normativa ou Contrato Individual de Trabalho.”
(Amauri Mascaro Nascimento)
Nota:
As horas extras lícitas podem ser compensadas, já as horas extras ilícitas não pode ser
compensada deve ser efetivamente paga.
Adicional
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A ilicitude pode caracterizar-se por mais de um aspecto.
Primeiro: o excesso da limitação das horas, hipótese mais comum e que é coibida com
sanções administrativas sem prejuízo do direito do empregado ao respectivo pagamento.
Conceito
Há uma exceção, porém, prevista na própria Constituição Federal, permitindo que o salário
seja reduzido se assim for estipulado em convenção ou acordo coletivo. Dessa forma, a
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redução salarial, para ser lícita, necessita da participação do sindicato profissional. A reforma
trabalhista, por sua vez, não alterou essas regras.
Cabe observar, também, que, em sua origem, a CLT permitia a redução geral dos salários dos
empregados em até 25%, respeitado o salário mínimo regional, em caso de força maior ou
prejuízos comprovados da empresa. Mas com o advento da atual Constituição Federal, essa
possibilidade deixou de existir, sendo indispensável que a redução no salário seja negociada
com o sindicato profissional.
A partir desse momento na história, observa-se que o tempo passa a ser entendido como algo
que deveria ser consumido, utilizado racionalmente e de forma permanente, para se atingir a
riqueza e o lucro. Quase todo o tempo passou a ser dedicado ao trabalho, até mesmo o tempo
do sono e do esporte que passam a ter como finalidade o restabelecimento da eficiência do
corpo para a continuidade do trabalho.
Essa nova forma de pensar causou muitos conflitos entre aqueles que detinham o capital e os
trabalhadores, antigos artesãos. Estes últimos foram perdendo seus instrumentos de produção,
sua autonomia e a possibilidade de trabalhar para si próprios e suas famílias conforme suas
necessidades, sendo obrigados a trabalhar para os donos do capital, cujo objetivo é atingir
lucros cada vez maiores. Ao longo da história, várias foram as formas introduzidas pelos
detentores do capital para construir esse novo pensamento sobre o trabalho e o tempo a ele
dedicado, ou simplesmente para obrigar os trabalhadores a exercerem suas tarefas
profissionais todos os dias e de forma regular.
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A Lei nº 4.923/65 estabelece em seu art. 2º que a empresa que, em face de conjuntura
econômica devidamente comprovada, se encontrar em condições que recomendem,
transitoriamente, a redução da jornada normal ou do número de dias do trabalho, poderá fazê-
lo, mediante prévio acordo com a entidade sindical representativa dos seus empregados.
A legislação prevê ainda que o acordo deva ser homologado pela Delegacia Regional do
Trabalho, mediante as seguintes condições:
Prazo certo, não excedente de 03 meses;
Possibilidade de prorrogação, nas mesmas condições, se ainda indispensável;
Que a redução do salário mensal resultante não seja superior a 25% (vinte e cinco por
cento) do salário contratual - consoante o disposto no art. 503 da CLT;
Deve ser respeitado o salário mínimo regional; e
Deve haver a redução proporcional da remuneração e das gratificações de gerentes e
diretores.
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Nestes períodos não são raros os casos em que, para se manterem "vivas" no mercado, as
empresas acabam por reduzir, além de outros gastos, o custo com salários e encargos sociais,
ou seja, o quadro de pessoal da empresa.
Como a economia é composta de "um todo", ou seja, só se produz algo quando se vislumbra a
expectativa de que será consumido ou utilizado por alguém (pessoa ou empresa), podemos
entender que este processo só terá sucesso se o consumidor (trabalhador) tiver seu emprego
garantido e consequentemente à manutenção de sua renda mensal, fazendo com que aquela
expectativa seja concretizada.
A Constituição Federal estabelece que seja garantido a todo trabalhador, dentre outros, o
direito à irredutibilidade salarial e a duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias
e 44 semanais (art. 7º, VI e XIII).
Assim, para a manutenção da empresa e dos vínculos de emprego gerados por sua atividade,
nada obsta que, uma vez comprovada a situação de dificuldade financeira, a empresa possa
estabelecer junto ao sindicato dos trabalhadores representativos da respectiva categoria
profissional, um acordo que possa garantir, mediante o sacrifício da redução salarial ou de
jornada de trabalho, a manutenção do emprego e da própria atividade empresarial.
Portanto, como condição de sua validade, a redução salarial deverá estar prevista em Acordo
ou Convenção Coletiva de Trabalho assinada pelo respectivo sindicato representativo da
categoria profissional.
Se não for comprovado o benefício ou se tal redução for realizada de forma unilateral, ou seja,
por determinação somente da empresa, o empregado poderá reaver toda a diferença da
redução, além dos reflexos nas demais verbas salariais, em posterior reclamação trabalhista.
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INTERVALOS
Intervalo Intrajornada
Assim, de acordo com a CLT, em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis
horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no
mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá
exceder de duas horas.
Dessa forma, a regra é o intervalo intrajornada de, ao menos, uma hora, e, no máximo, 2
horas, para todo emprego cuja duração seja maior que 6 horas. Em se tratando de jornadas de
mais de 4 horas e menores ou iguais a 6 horas, é de 15 minutos o intervalo intrajornada
habitual.
Intervalo interjornada
O intervalo interjornada, por sua vez, refere-se ao período em que o colaborador tem de
repousar entre duas jornadas de trabalho seguidas.
A partir disso, com o intuito de não só assegurar saúde física e mental como também certo
grau de convivência familiar e social ao empregado fora do tempo voltado à atividade
profissional, o artigo 66 da CLT dispõe que entre duas jornadas de trabalho haverá um
período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso.
ADICIONAIS MINIMOS
Espécies de adicionais:
Adicional de Horas Extras - Conforme determina o art. 59 da CLT, as horas que excedem a
jornada normal de trabalho será considerado hora extraordinária, que deve ser remunerada
com acréscimo de, no mínimo de 50% (art. 7°, XVI, da CF/88). Se não houver acordo escrito,
norma coletiva ou necessidade imperiosa (art. 61,CLT), o empregado não estará obrigado a
prestar o serviço extraordinário. O valor das horas extras integra o aviso prévio indenizado e
também são devidos os reflexos do DSR sobre o adicional.
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e o período vai entre as 21hs de um dia ás 5 hs do dia seguinte, porém na pecuária o adicional
permanece no mesmo percentual, sendo executado no horário das; 20hs de um dia até as 04 hs
do dia seguinte. O adicional integra o salário para todos os fins trabalhista no teor da Súmula
60 TST. Nos centros urbanos, pago com habitualidade, tomando para cálculo o 13º salário,
férias e demais direitos, já que integra a remuneração-base (art. 73 § 2°, CLT). A legislação
definiu que 7 (sete) horas noturnas trabalhadas equivalem a 8 (horas). Destarte, o empregado
trabalha 7 (sete) horas, mas recebe 8 (oito) horas para todos os fins legais. Foi uma forma
encontrada pelo legislador para repor o desgaste biológico que enfrenta quem trabalha à noite,
sendo considerado um período penoso de trabalho.
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Referências:
http://www.tst.jus.br/jornada-de-trabalho
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/acordo_compensacao_horas.htm
https://duduhvanin.jusbrasil.com.br/noticias/182194140/adicional-de-hora-extra#:~:text=
%C3%89%20considerada%20Hora%20Extra%20Il%C3%ADcita,compensada%20deve
%20ser%20efetivamente%20paga.
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/intervalos_descanso.htm
https://duduhvanin.jusbrasil.com.br/artigos/191277424/breve-resumo-de-adicionais-
clt#:~:text=59%20da%20CLT%2C%20as%20horas,m%C3%ADnimo%20de
%2050%25%20(art.&text=O%20valor%20das%20horas%20extras,do%20DSR%20sobre
%20o%20adicional.
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