Glossário de Lógica - 2022

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GLOSSÁRIO DE RACIOCÍNIO LÓGICO – PROF: SAMUEL

1. LÓGICA: As evidencias devem existir para a sustentação das afirmações. Uma afirmação que está
apoiada pela evidencia é a conclusão de um argumento, a lógica elabora técnicas para análise dos
argumentos examinando as relações que existem entre uma conclusão e a evidencia que lhe serve de apoio.

2. PROPOSIÇÕES: Uma proposição é uma afirmação que é ou verdadeira ou falsa. A proposição é o


significado da afirmação, não o arranjo preciso de palavras usadas para exprimir esse significado.

3. PRINCIPIO DO TERCEIRO EXCLUIDO: O princípio do terceiro excluído enuncia que quando duas
proposições se opõem contraditoriamente não podem ser ambas falsas. Na formulação tradicional diz-se
que se s é p é verdadeiro, se não é p é falso e vice-versa.

4. PRINCÍPIO DA NÃO-CONTRADIÇÃO: foi formulado por Aristóteles e diz-nos que uma proposição
verdadeira não pode ser falsa e uma proposição falsa não pode ser verdadeira. Nenhuma proposição,
portanto, pode ser os dois ao mesmo tempo. O princípio da não-contradição é representado do seguinte

modo:
Exemplo: Não ("a bola é redonda" e "a bola não é redonda")

5. PREMISSAS :Um argumento dedutivo sempre requer um numero de suposições centrais. Essas são
chamadas premissas, e são as suposições onde o argumento é construído; ou para olhar de outra forma,
as razões para aceitar o argumento.

6. SENTENÇAS ABERTAS: Supondo que U seja um conjunto e x um elemento desse conjunto, podemos
considerar que:
- U é um conjunto-universo e x a variável.
- a proposição p(x) será uma sentença aberta em U quando p(a) for verdadeira ou p(a) for falsa, ∀a ∈ U.
- se a ∈ U e p(a) for verdadeira, nesse caso a confirma p(x) ou a é a solução de p(x).
- O conjunto-verdade de p(x), em U, é formado por todos e somente os elementos de a ∈ U, onde p(a) é uma
sentença verdadeira. Veja a representação deste conjunto: {a ∈ U| p(a) é V}.
Exemplos:

7. TABELA VERDADE, TABELA DE VERDADE OU TABELA VERITATIVA: é um tipo de tabela


matemática usada em Lógica para determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é correto. As
tabelas verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege, Charles Peirce e outros da década de 1880, e
tomaram a forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e Ludwig Wittgenstein. A publicação
do Tractatus Logico-Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para classificar funções veritativas
em uma série. A vasta influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de tabelas verdade.

8. TABELA DA NEGAÇÃO: A operação de disjunção lógica está relacionada à


Negação (não p)

P ~P
V F
F V

9. TABELA DA DISJUNÇÃO: A operação de disjunção lógica está relacionada à união de conjuntos. Uma
ideia tem de ser verdadeira (igual a 1) em pelo menos uma das situações (conjuntos) para que o resultado
seja verdadeiro. O resultado só será falso (igual a 0) se em nenhuma dos conjuntos o valor for verdadeiro.
Disjunção (p ou q)

P Q (P v Q)
V V V
V F V
F V V
F F F

10. TABELA DA CONJUNÇÃO: A operação de conjunção lógica é relacionada à interseção de


conjuntos. Uma ideia tem de ser verdadeira (igual a 1) em ambas as situações (conjuntos) para que o
resultado seja verdadeiro. Em outras situações, o resultado será falso (igual a 0).

Conjunção (p e q)

P Q (P ^ Q)
V V V
V F F
F V F
F F F

11. TABELA DA CONDICIONAL: O conectivo condicional, também conhecido como implica e


representado pelo símbolo “→” une proposições criando uma estrutura condicional onde apenas uma
das possibilidades resulta em F o valor lógico da expressão.

Condicional (se p então q)

P Q (P  Q)
V V V
V F F
F V V
F F V

12. TABELA DA BICONCICIONAL: é lido como “se, e somente se” e é representado pelo símbolo “↔”,
ele une proposições onde o resultado lógico da expressão é verdadeiro apenas se os valores lógicos forem
iguais.
Exemplo:
Considere as proposições p e q (Bi-condicional). “Se p, e somente se q”

Bicondicional (p se e somente se q)

P Q (P  Q)
V V V
V F F
F V F
F F V

13. TABELA DA DISJUNÇÃO EXCLUSIVA: O conectivo ou exclusivo, chamado também de


disjunção exclusiva, é representado pelo símbolo “V”. Podemos dizer que ele significa: um ou outro, mas
não ambos. Exemplo: Ou o gato é macho ou o gato é fêmea, mas não ambos. A tabela verdade do ou
exclusivo esta representada abaixo.

Disjunção exclusiva (ou p ou q)


P Q (P v Q)
V V F
V F V
F V V
F F F

14. TABELA DA INCOMPATIBILIDADE: esta operação não permite que p e q sejam conjuntamente
verdadeiros

Incompatibilidade (p é incompatível reciprocamente com q)

P Q (P | Q)
V V F
V F V
F V V
F F V

15. NUMERO DE LINHAS DA TABELA VERDADE:

 Podemos construir tabelas-verdade de qualquer fórmula. O numero de linhas da tabela é


determinado pelo número de letras sentenciais na fórmula considerada.
 O número de linhas distintas de uma tabela-verdade é dado por 2n, onde n é o número de proposições
simples componentes e 2 representa o número de valores lógicos possíveis.

16. TAUTOLOGIA: Quando uma proposição composta é sempre verdadeira, então teremos uma
tautologia. Ex: .
Numa tautologia, o valor lógico da proposição composta
será sempre verdadeiro.

17. CONTRADIÇÃO: Há contradição quando se afirma e se nega simultaneamente algo sobre a


mesma coisa. O princípio da contradição informa que duas proposições contraditórias não podem ser
ambas falsas ou ambas verdadeiras ao mesmo tempo. Existe relação de simetria, não podem ter o
mesmo valor de verdade. Dessa forma, ocorre uma contradição quando uma afirmação é falsa e a outra
é verdadeira. Se forem ambas verdadeiras ou falsas, não existe contradição.

18. CONTINGENCIA: proposições contingentes, que não são necessariamente verdadeiras nem
necessariamente falsas (exemplos: Há apenas três planetas; Há mais que três planetas).

19. EQUIVALÊNCIA DE MORGAN: sejam duas proposições p e q seguem as leis:

20. EQUIVALÊNCIA DA CONDICIONAL: sejam duas proposições p e q seguem as leis:

p → q = ~p v q = ~q → ~p

21. INFERÊNCIA: O processo pelo qual uma conclusão é inferida a partir de múltiplas observações
é chamado processo dedutivo ou indutivo, dependendo do contexto. A conclusão pode ser correta ,
incorreta, correta dentro de um certo grau de precisão, ou correta em certas situações. Conclusões
inferidas a partir de observações múltiplas podem ser testadas por observações adicionais.

exemplo:

 Todos os frutos são doces.


 A banana é uma fruta.
 Portanto, a banana é doce.
Para a conclusão ser necessariamente verdadeira, as premissas precisam ser verdadeiras.

22. ARGUMENTO: um argumento pode ser definido como uma afirmação acompanhada de
justificativa (argumento retórico) ou como uma justaposição de duas afirmações opostas, argumento e
contra-argumento (argumento dialógico). Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou mais
sentenças declarativas, também conhecidas como proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de
uma outra frase declarativa conhecida como conclusão.

Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma conclusão é uma consequência lógica das
premissas que a antecedem.

Um argumento indutivo afirma que a verdade da conclusão é apenas apoiada pelas premissas.

23. CONCLUSÃO: A conclusão de um argumento é aquela proposição que se afirma como base nas
outras proposições do mesmo argumento enunciadas como provas ou razões para aceitar a conclusão.

24. VALIDADE E VERDADE: A Lógica ocupa-se da correção dos argumentos e não da verdade ou
falsidade das premissas e das conclusões. Um argumento é válido quando as premissas se relacionam
com a conclusão. A conclusão será verdadeira se as premissas o forem. Verdade é propriedade de um
argumento.

25. FALÁCIA: Os argumentos falaciosos são não válidos. Um argumento é não válido se as
premissas forem verdadeiras e a conclusão, falsa.

26. SILOGISMO: argumento formado por duas premissas e uma conclusão.

27. PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS: Aristóteles, filósofo grego do século IV A.C., é considerado o


pioneiro no estudo da Lógica. Em seus estudos, procurava um instrumento para o uso da razão, na
busca da verdade. Para isso, classificou as proposições categóricas (proposições simples e diretas na
forma de sujeito-predicado) em quatro tipos:

A: Todo M é N. (Se M, então N.)


E: Nenhum M é N. (Todo M não é N.)
I: Algum M é N.
O: Algum M não é N. (Algum M é não N.)

28. DIAGRAMA DE VENN-EULER: Euler, por volta de 1770, complementou o trabalho de


Aristóteles, introduzindo o uso de diagramas, que foram aprimorados um século mais tarde por
Venn.Utilizando o diagrama de Venn-Euler para melhor entender o significado das quatro proposições
categóricas, temos:

QUANTIFICADORES.
29. QUANTIFICADOR UNIVERSAL: Seja p(x) uma sentença aberta em um conjunto não vazio A(A 
) e seja V o seu conjunto verdade: V = { x / x  A  p(x) }
todos os elementos de A satisfazem a sentença aberta p(x), podemos, então, afirmar:

(i) “Para todo elemento x de A, p(x) é verdadeira (V)”


(ii) “Qualquer que seja o elemento x de A, p(x) é verdadeira (V)”

30. QUANTIFICADOR EXISTENCIAL: Seja p(x) uma sentença aberta em um conjunto não vazio
A(A  ) e seja V o seu conjunto verdade:

V = { x / x  A  p(x) }

Um elemento, pelo menos, do conjunto A satisfaz a sentença aberta p(x), e podemos afirmar:

(i) “Existe pelo menos um x A tal que p(x) é verdadeira (V)”


(ii) “Para algum x A, p(x) é verdadeira (V)”

O simbolismo da Lógica Matemática indica este fato, abreviadamente, de uma das seguintes maneiras:

(1) (x, x  A ) (p(x))


(2) x, x  A, p(x)
(3)  x  A: p(x)

31. NEGAÇÃO DE QUANTIFICADORES: Todo quantificador pode ser negado, isto é, pode ser
antecedido pelo conectivo da negação, o “~”. Por exemplo, no universo H dos seres humanos, as
expressões:

Sentença Negação da sentença


Todo o aluno da turma B é mal comportado. Existe pelo menos um aluno da turma B que
não é mal comportado.
Existe pelo menos um aluno da turma B que Qualquer que seja o aluno da turma B, ele
está feliz. não está feliz.
Existe um animal que é violento. Nenhum animal é violento.
~ ( x R) (x2 < 0) (∀ x R) (x2 ≥ 0)
~ (∀ x R) ( | x | ≥ 0) ( x R) ( | x | < 0)

32. CONJUNTO : coleção de seres matemáticos, denominados elementos. É designado por uma letra
maiúscula e seus elementos aparecem entre chaves.
Ex.: A = {1, 2, 3}, B = {a, b, c}.

33. SUBCONJUNTOS: São conjuntos formados por um número qualquer de elementos do conjunto
principal. Apresentam a seguinte propriedade: todo conjunto é subconjunto de si próprio. Ex.: A = {1,
2, 3} e B = {1,2}, então B é subconjunto de A.

34. RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA: Relaciona elementos com conjuntos. O símbolo de pertinência é


 e lê-se: “é elemento de” ou “pertence a”, embora a primeira forma seja preferível. Ex.: Se A = {1, 2, 3},
então 2  A.
35. RELAÇÕES DE INCLUSÃO: São as que relacionam subconjuntos com conjuntos. Os símbolos
de inclusão são:  que se lê: “é subconjunto de” ou “está contido em” e  que se lê: “contém”, sendo que
é preferível usar sempre o primeiro símbolo. Ex.: Se A = {1, 2, 3} e B = {2, 3}, então B  A. Obs.:
Se os símbolos, tanto de pertinência como de inclusão, forem cortados por uma barra transversal, o
significado será a negação do que o símbolo representa. Ex.:  lê-se: “não é elemento de”,  lê-se: “não
é subconjunto de”.

36. INTERSECÇÃO (): A intersecção de dois conjuntos é um terceiro conjunto formado pelos
elementos comuns aos dois conjuntos. Equivale ao operador lógico e, isto é, os elementos do conjunto-
intersecção devem pertencer ao primeiro e ao segundo conjuntos. Ex.:
Sejam os conjuntos A = {1,3,5,7e 9} B = {1,2,3,4,5 e 6} e C = {6,8 e10}.
A  B = {1,3 e 5}
AC={ }
B  C = {6}

37. UNIÃO (): A união de dois conjuntos é um terceiro conjunto formado por todos os elementos
pertencentes ao primeiro e ao segundo conjuntos. Equivale ao operador lógico ou, isto é, os elementos
do conjunto - união devem pertencer ao primeiro ou ao segundo conjunto. Ex.:

Sejam os conjuntos:

A={a,b,c,d,e,f]
B= {e,f,g,h,i}
A  B = {a,b,c,d,e,f,g,h,i}

38. DIFERENÇA (–) :A diferença entre dois conjuntos é um terceiro conjunto formado pelos
elementos do primeiro conjunto que não pertençam ao segundo conjunto, isto é, A - B = {x / x  A  x
 B}.
Ex.: Sejam A={1,2 ,3} ; B={1,3,4, 5} e C={1,2,3, 4}

A - B = {2} B - A = {4,5}
A-C={} C - A = {4}
B - C = {5} C - B = {2}

Note que a diferença de dois conjuntos não é comutativa, isto é, em geral, A - B  B - A.


39. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM: Dados dois conjuntos  = {a,b,c} e  = {d,e}, defini-
se o Produto Cartesiano desses conjuntos como sendo o conjunto formado pelos pares ordenados
formados com os elementos de  e  ordenados da seguinte forma:

 x  = {a,b,c} x {d,e} = {(a,d),(a,e),(b,d),(b,e),(c,d),(c,e)}

que é o produto cartesiano dos conjuntos  e .

Observamos que nos dois casos existem 6 pares ordenados ou seja, 3 x 2,

“Dados dois conjuntos ,sendo o conjunto A com m elementos e o conjunto B com n elementos, o número de
elementos do Produto Cartesiano A x B é dado pela Multiplicação m.n”

40. FATORIAL: O fatorial de um número inteiro é dado pela multiplicação deste número por todos
os números naturais, diferentes de 0, menores que este número.
Exemplo:
1) 4! = 4  3  2  1 = 24
2) 3! = 3  2  1 = 6
3) 7! = 7  6  5  4  3  2  1 = 5.040

Convenções
 O fatorial de 1 é 1  1! = 1
 O fatorial de 0 é 1  0! = 1

41. ARRANJO SIMPLES: Consideremos o conjunto formado por quatro algarismos


{1,2,3,4}.Quantos números de três dígitos podemos formar sem repetir os dígitos. Vejamos:

123, 124, 132, 134, 142, 143,


213, 214, 231, 234, 241, 243,
312, 314, 321, 324, 341, 342,
412, 413, 421, 423, 431, 432.
Portanto são 24 possibilidades.
Para arranjarmos N elementos K a K , sem repetir os elementos, devemos utilizar a seguinte fórmula

42. ARRANJO COM REPETIÇÃO: Para arranjarmos os mesmos números da situação, podendo
porém repetir os dígitos, devemos ter :
No primeiro dígito são 4 possibilidades
No segundo dígito são 4 possibilidades
No terceiro dígito são 4 possibilidades.
No total teremos 4 × 4 × 4 = 64.
Para arranjarmos N elementos K a K , com repetição os elementos, devemos utilizar a seguinte fórmula

43. PERMUTAÇÕES SIMPLES: Trata-se de um caso particular de arranjo de n elementos tomados


n a n. Seja A um conjunto com n elementos, as sucessões ordenadas de n elementos distintos de A,
usando cada um deles uma só vez, são chamadas de permutações de A (a ordem dos elementos é
importante, {a,b}  {b,a}. O número de permutações possíveis é dado por:

Pn = n!
Exemplo: Qual é o numero de palavras possíveis de se fazer com as letras da palavra REI, sem
repetir nenhuma letra.
REI, RIE, EIR,ERI, IER, IRE. Portanto são 6 possibilidades. P3 = 3!=3 × 2 × 1=6.

44. PERMUTAÇÕES COM REPETIÇÃO: Se tivermos n elementos a arranjar, com p elementos


repetidos entre si.
Exemplo: Numa urna temos 5 bolas , 3vermelhas e 2 brancas. De quantas maneiras podemos tirar
essas bolas.
A urna é formada pelas seguintes bolas B, B, B, V, e V, onde B é ’bola branca e V é bola vermelha.

Possibilidades: BBBVV BBVBV BBVVB VVBBB


BVBBV BVBVB BVVBB
VBBBV VBBVB VBBBV

N º de possibilidades = 5!/(3!× 2!) = 5 × 4/2.


As permutações de n elementos, repetidos entres si r elementos, s elementos, t elementos... de forma
que r + s + t + ... = n são calculadas pela fórmula:
Pn (r,s,t...)= n!/(r! × s! × t!...

45. PERMUTAÇÕES CIRCULARES: Para o cálculo do número de permutações circulares,


utilizaremos a seguinte fórmula.

n!
PCn   (n  1)!
n
46. COMBINAÇÕES: Uma combinação é um tipo de arranjo onde a ordem dos elementos não é
importante, isto é {a,b} = {b,a}. O número de combinações possíveis é dado pela fórmula:
Cn,p = n! / (n – p)! × p! lê-se combinação de n elementos, p a p

Exemplos:
1. De uma urna contendo 6 bolas de cores diferentes, retiram-se 2 bolas aleatoriamente. Quantos pares
de cores é possível formar ?
C6,2 = 6!/(6–2)! × 2! = 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 / 4 × 3 × 2 × 1 × 2 × 1  C6,2 = 15

47. ANAGRAMAS: são os possíveis arranjos de um conjunto de letras agrupadas ordenadamente (a


ordem importa) .

48. EXPERIMENTOS ALEATÓRIOS: Denominam-se experimentos aleatórios os experimentos cujos


resultados não podem ser previstos.

Exemplos:
a) Resultado dos jogos da loteria esportiva.
b) Ao se lançar um dado, qual a face que está voltada para cima.

49. EVENTOS: Denomina-se evento a qualquer subconjunto do espaço amostral S. Para reconhecer
os diversos tipos de eventos, vamos considerar uma caixa com 4 bolas, cada uma delas com um número:
1, 2, 3 ou 4.
50. EVENTOS COMPLEMENTARES: Considere um evento A e seu espaço amostral S.
Denomina-se complementar de A em relação a S ao conjunto A, tal que:
a) A  A = S b) A  A = 
O evento A pode ser interpretado como a negação de A.
Imagine que A: números pares  A = {2, 4}
Então: A: números de S que não são pares  A = {1, 3}
Para obtermos o evento A devemos tomar os elementos de S que não estão em A.

51. EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS :Dois eventos A e B são mutuamente exclusivos


quando A  B = .
Exemplo: A: números pares
B: números ímpares  A  B =

52. PROBABILIDADE DE UM EVENTO:

A probabilidade de um evento é calculada pela fórmula: P( A )  n (A ) onde


n (S)
P(A) é a probabilidade de ocorrer o evento A.
n(A) é o número de elementos do evento A.
n(S) é o número de elementos do evento S.

Exemplo: No lançamento de um dado, onde S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, determine a probabilidade de ocorrer


um número primo  A = {2, 3, 5}  n(A) = 3 e n(S) = 6
n (A) 3 1
P(A) =   ou 0,5 = 50%
n (B) 6 2

53. SOMA DE PROBABILIDADES: Sejam A e B dois eventos de um mesmo espaço amostral S. Da


teoria de conjuntos, temos que:
n(A  B) = n(A) + n(B) – n(A  B)
Podemos dividir os dois membros de uma equação por um mesmo número, obtendo assim uma equação
equivalente. Vamos, então, dividir por n(S):
n (A  B) n (A) n (B) n (A  B)
  –  P(A  B) = P(A) + P(B) – P(A  B)
n (S) n (S) n (S) n (S)
Essa fórmula deve ser usada quando queremos obter a probabilidade de ocorrerem dois eventos, sempre
separados pela palavra ou. Quando os eventos são separados pela palavra e calcula-se P(A  B).
Exemplo: Lançando-se um dado qual é a probabilidade de se obter um número par ou múltiplo de
3.

P(A  B) = P(A) + P(B) – P(A  B)


1 1 1 3 2 –1 4 2
P(A  B) =  –    ou 0,666 = 66,7%
2 3 6 6 6 3

54. MULTIPLICAÇÃO DE PROBABILIDADES: Dois eventos são considerados independentes


quando a ocorrência de um deles não interferir na ocorrência do outro. Se A e B forem eventos
independentes, então a probabilidade de ocorrer A e B é calculada por:
P(A  B) = P(AP  P(B)

Exemplo: Uma urna contém 6 bolas amarelas e 9 bolas brancas. Calcule a probabilidade de, ao se
retirar sucessivamente 2 bolas, sem reposição, obtermos a 1ª amarela e a 2ª branca.
Temos que n(S) = 15
6 2
A: amarelas  n(A) = 6  P(A) = 
15 5
9
B: brancas  n(B) = 9  P(B) =
14
2 9 9
A  B: 1ª amarela e 2ª branca  P(A  B) =   ou 0,257 = 25,7%
5 14 35

55. PRINCÍPIO DA CASA DOS POMBOS: O princípio do pombal ou princípio da casa dos pombos é
a afirmação de que se n pombos devem ser postos em m casas, e se n > m, então no mínimo uma casa
irá conter mais de um pombo. É também conhecido como princípio das gavetas de Dirichlet, pois se
supõe que o primeiro relato deste principio foi feito por Dirichlet em 1834, com o nome
de Schubfachprinzip ("princípio das gavetas"). O princípio do pombal é um exemplo de um argumento de
calcular que pode ser aplicado em muitos problemas formais, incluindo aqueles que envolvem
um conjunto infinito.

Exemplo . Qual é o número mínimo de pessoas que devemos reunir para que tenhamos certeza de que
entre elas há três que fazem aniversário no mesmo mês?

Solução: A resposta é 25. Se houvesse apenas 24 pessoas, seria possível que cada uma delas fizesse
aniversário em um par de meses diferente. Com 15 pessoas, há, obrigatoriamente, pelo menos um mês
com mais de dois aniversários.

56. NÚMEROS TRIÂNGULARES: Os números triângulares têm um número de pontos necessários


para formar um triângulo equilátero.

Assim, os termos
1, 3, 6, 10, 15, ...
formam a sequência dos números triangulares.

57. NÚMEROS QUADRADOS: Os números quadrados são a sequência dos números de pontos
necessários para formar uma sequência de quadrados.
 O 1º termo desta sequência (1) é a área do quadrado de lado 1;
 O 2º termo (4) é a área de um quadrado de lado 2;
 ...
 O termo de ordem n é a área do quadrado de lado n, ou seja "n elevado ao quadrado".

Assim, os termos
1, 4, 9, 16, ...
formam a sequência dos números quadrados.
Todos estes números figurados/ pentagonais são inteiros do tipo:
[n+(n.(n-1).b)]/2,
onde:
- quando b = 1, temos os números triangulares;
- quando b = 2, temos os quadrados;
- quando b = 3, temos os pentagonais;
e assim sucessivamente...

58. ANO BISSEXTO:

 São bissextos todos os anos múltiplos de 400, p.ex: 1600, 2000, 2400, 2800
 Não são bissextos todos os múltiplos de 100 e não de 400, p.ex: 1700, 1800, 1900, 2100, 2200, 2300,
2500…
 São bissextos todos os múltiplos de 4 e não múltiplos de 100, p.ex: 1996, 2004, 2008, 2012, 2016…
 Não são bissextos todos os demais anos.

59. ARITMÉTICA DO CALENDÁRIO: considerando que um ano não bissexto ou seja, com 365 dias , tem – se 365 =
7 * 52 + 1

na divisão de 365 por 7 , o quociente é 52 e o resto vale 1, pode – se destacar que temos 52 semanas completas no ano
e mais um dia.

Pode – se concluir que esse dia a mais é o primeiro e o último dia do ano.

Exemplo 1: O ano de 2010 não é bissexto, este ano possui 53 sextas – feiras , conclui – se que o primeiro dia de janeiro
(01/01/2010) e o último dia de dezembro (31/12/2010) caem numa sexta-feira.
Podemos concluir que o ano de 2011 começará num sábado e o ano de 2012 começará num domingo.

Extendendo o raciocínio para o ano bissexto ou seja , com 366 dias, temos :

366 = 7 * 52 + 2

Pode – se concluir que todo ano bissexto começa em determinado dia e termina num dia imediatamente posterior ao dia
que inicia esse ano

60. ARGUMENTOS SEMPRE VÁLIDOS:

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