Importancia Das Emoções Na Aprendizagem

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Importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem

neuropsicopedagógica.

Graciely Nunes Santana

O artigo a importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem


neuropsicopedagógica foi publicado na revista Psicopedagogia em 2016 pelo
autor Vitor Fonseca, sua escrita defende entre outros o conceito de que a
escola não deveria focar toda a sua atenção ao desenvolvimento intelectual,
mas também assumir a responsabilidade de uma desenvoltura em seus
desenvolvimentos emocional e social.
Para o autor, os seres humanos são animais sociais e dispõem de cognição
social e inteligência emocional, as emoções são fonte para a aprendizagem já
que as crianças buscam por atividades que as façam se sentir bem, isso traz
motivação o que favorece o equilibro de atenção em sala de aula, as crianças
geralmente evitam atividades ou situações em que se sintam mal.
A razão para que o cérebro humano integre inúmeros e complexos processos
neurais de produção e de regulação é exatamente para que aconteçam canais
de auto regulação, evitando que as decisões sejam tomadas apenas em base
do drama, agindo de forma impulsiva, eufórica e desfreada.
Para Fonseca 2016, muitos problemas de saúde mental na escola podem
decorrer de estressores crônicos e de sofrimento emocional, porque muitos
alunos com dificuldades de aprendizagem não conseguem corresponder às
expectativas socias porque sua neurodiversidade não é respeitada nem é
compatibilizada com as exigências das aprendizagens escolares.
Está ai uma realidade muito encontrada dentro do ambiente escolar, para uma
escola padronizada onde a afirmação de qualidade está firmada no padrão de
notas, as habilidades passam a ser escolhidas, dentro de uma divisão do que é
“útil e o que não é útil” para uma aprendizagem de qualidade, descartando
muitas vezes aqueles que apresentam inteligências distintas, sem falar que
crianças expostas a muitos estresses no ambiente escolar estão mais sujeitas
a sofrer de problemas emocionais como depressão, desmotivação, baixa
produtividade...
O funcionamento emocional ocorre em todo o cérebro, porem o sistema límbico
desenvolve uma relação importante com o organismo e seu desenvolvimento
presente e passado, integrando estruturas nervosas importantes para a
memória e a aprendizagem, que, ocorrendo adequadamente estabelece
circuitos neuronais no cérebro do indivíduo, transformando a sua mente e o
sentimento de si próprio.
O autor afirma ainda que os desafios ou as tarefas de aprendizagem não
devem gerar no individuo qualquer vestígio emocional de ameaça, de
desconforto, de insegurança, receio ou medo, pois neste caso a acessibilidade
as funções cognitivas ficam bloqueadas e comprometem o funcionamento
mental adaptado.
Cabe assim ao professor a criação, a gestão, o planejamento e a gestão do
envolvimento social da sala de aula para que se criem condições emocionais e
afetivas ótimas para que a aprendizagem, como ato cognitivo construído e co-
construido, aconteça efetivamente.
É impossível pensar em separar a emoção da aprendizagem ou da emoção,
razão, cognição... temos que pensar na individualidade do professor e do aluno
já que alunos e professores interagem socialmente e aprendem juntos. As
praticas educacionais que ocorrem numa instituição como a escola ou numa
sala de aula não são neutras, não se concebem sem estar incorporadas social
e emocionalmente.
A emoção e a afetividade ocorrem em primeiro lugar na espécie humana e no
desenvolvimento da criança, a emoção é uma premissa psicofisiológica e
psicomotora da vida afetiva da criança. Como definição mais pedagógica,
podemos acrescentar que a emoção é um impulso neurobiológico que impele o
organismo para a ação.
O autor explica ainda que o cérebro precisa se organizar segundo três eixos
principais: de baixo para cima, de trás para frente e da direita para a esquerda.
Visto que o cérebro se encontra dividido em dois hemisférios, o direito e o
esquerdo, esses dois hemisférios se encontram em permanente comunicação
um com o outro por via do corpo caloso, cada um deles possui a sua
especificidade, não são espelhos um do outro. O hemisfério direito é mais
propenso a processar informações novas já o hemisfério esquerdo de
processar informações de rotina. Por esta razão, a dominância manual, a
especialização hemisférica e a consciencialização da lateralização corporal e
nos outros interferem com as aprendizagens escolares.
De acordo com o mesmo autor, tais necessidades do emocional, relacional e
social são fundamentais para atingir a auto regulação pessoal.
Os alunos ou estudantes auto realizados, chamados bons alunos, vivem de
acordo com o seu potencial de aprendizagem, sentem-se realizados porque
precisam de estudar para atingir os seus objetivos e satisfazer os seus sonhos.
A luz das neurociências, como temos vindo a apresentar, as funções
cognitivas, emocionais ou afetivas estão intimamente agregadas,
neurofuncionalmente e sistematicamente, as funções cognitivas e as funções
executivas.
Finalizamos com algumas estratégias de aprendizagem emocional para os
professores sendo elas: Fomentar as conexões emocionais com as matérias a
serem aprendidas, os conteúdos a serem aprendidos, com formas cooperativas
e criativas, com a participação ativa dos alunos, estratégias podem ser
concretizadas como a pratica de apresentação e debate em sala quanto ao
conteúdo a ser estudado, um modo mais inovador pode ser a apresentação de
Power Point ou vídeo, integrando dados de pesquisa na Internet, leituras
criticas de livros, revistas, jornais, ou mesmo, com base em entrevistas com
pessoas especializadas nos temas em estudo.
Desta forma responsável e comprometida, os estudantes tendem a investir
mais em termos emocionais e em termos de competências de participação, de
comunicação e de busca de pesquisas de conexões inter e transdisciplinares.
Importante também é estimular os estudantes a desenvolver instituições
escolares inteligentes potencializando a sua criatividade e o seu raciocínio
critico e gerir intencionalmente e ativamente o clima emocional e social de aula,
enfocando a possibilidade de cometer erros e aprender com eles, algo só
possível de ocorrer numa atmosfera de confiança e de respeito.

Referencias:
FONSECA, Vitor. Importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem
neuropsicopedagógica. Rev. Psicopedagogia versão impressa ISSN 0103-
8486., v.33, n.102 São Paulo 2016.

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