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ISSN: 2594-5343

Volume 3, Número 3, p. 85-100


O perfil do agressor sexual infantil: uma revisão bibliográfica Maio/Agosto, 2019
DOI:

O PERFIL DO AGRESSOR SEXUAL INFANTIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Child sex profile profile: a bibliographic review

Alaniane Souza Freire Santos – Centro Universitário Maurício de Nassau /Brasil


Ana Catarina Correia Mesquita – Centro Universitário Maurício de Nassau /Brasil

RESUMO: Este artigo diz respeito a uma revisão bibliográfica acerca do perfil
psicológico do agressor sexual infantil, sobre as influencias negligentes ambientais,
fatores familiares e culturais que na infância desperta o ser ao ato futuro de ofensa sexual
como busca de alívio e prazer. Objetivo: Nesta análise, procurou-se entender a sua
construção biopsicossocial desde a infância até a prática da violência. Métodos: por meio
de discussão de literatura dos materiais aqui citados retirados de plataformas pontuadas
no decorrer deste estudo. Resultados: através das apresentações de diversos olhares de
estudiosos acerca do violento sexual contra crianças, analisando até mesmo o seu
pensamento sobre a vítima, entendendo também que o ato ocorre em diversas classes
sociais. Conclusão: Muitos estudos investigam a vítima, poucos estudam o agressor
sexual infantil, neste contexto está a importância de averiguar a formação do perfil
psicológico do ofendedor, pois esta área ainda é carente de estudo.
Palavras-chave: Abuso infantil. Agressor sexual infantil. Perfil do agressor.

ABSTRACT: This article is about a bibliographical review about the psychological


profile of the child sexual aggressor, about the negligent environmental influences, family
and cultural factors that awakens being to the future act of sexual offense as a search for
relief and pleasure. Objective: In this analysis, we sought to understand its
biopsychosocial construction from childhood to the practice of violence. Methods: by
discussing the literature of the materials cited here taken from punctuated platforms
during this study. Results: through the presentation of diverse perspectives of scholars
about sexual violence against children, analyzing even their thinking about the victim,
also understanding that the act occurs in various social classes. Conclusion: Many studies
investigate the victim, few study the child sex offender, in this context is the importance
of ascertaining the formation of the psychological profile of the offender, as this area is
still lacking in study.
Keywords: Child Abuse. Child sex offender. Profile of the aggressor.

1. INTRODUÇÃO

O pensamento formulado por Michaud (1989) retrata a agressão como um


acontecimento que, muitos sujeitos através de relação direta ou indireta com o próximo,
provoca perdas machucando não somente em sua dignidade corpórea e moral, como
também riquezas, costumes, crenças, comportamentos e compreensão.

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Segundo Gomes et al. (2002) é comprovado que a cada ano cresce em nosso país
a agressão contra crianças e jovens, se constituindo num grave problema de saúde pública,
inclusive nos anos 60 os delitos sexuais a criminologia refletia pouca atenção. Entretanto,
depois disto, essa temática foi ponto de pesquisa da psicologia e da psiquiatria, tendo sido
efetuados várias pesquisas na tentativa de entender essa problemática
(BLACKBURN,1993). Mas, há lacuna no que diz respeito a pesquisas sobre os
agressores, visto que a maior parte deleas tem como foco as vítimas de ofensa sexual
(MOURA, 2007).
A carência de análises sobre os agressores, demonstrado a relevância de se
desenrolar conceitos sobre o que leva os ofendedores a cometer tais atos, qual o seu perfil
e incitação. Relevante compreender os arcabouços conceituais para as intervenções com
os ofendedores, em um aspecto de precaução e tratamento, pois não se pode agir sem ter
conhecimento dos aspectos essenciais onde intervir (WARD; BEECH, 2006).
Logo, recomenda-se nesta pesquisa o entendimento dos agressores violentos
sexuais no meio da psicologia social. Esta abordagem entende que a compreensão dos
elos constitutivos que o indivíduo forma no decorrer da sua trajetória são relevantes, pois
não é a existência de uma característica inata, uma inclinação biológica que define a
pessoa que comete o delito (CAMINO; ISMAEL, 2004; GUARESCHI et al. 2006).
Portanto, o objetivo deste artigo é descrever o que impulsiona o ofendedor a prática de
agressão sexual infantil, considerando o seu perfil psicológico e o seu sentimento em
relação a ofensa sexual infantil, para isso realizou uma pesquisa de revisão bibliográfica.
Para realização desse estudo bibliográfico organizou-se esquemas dos materias
lidos sobre o tema ofendedores sexuais infantis. Para Sampaio e Mancini (2007) as
conclusões presentes ou em estudos de determinado tema são mais robustas quando se
consegue demonstrar que diferentes estudos investigam as mesmas características e
fornecem dados que suportam constatações semelhantes.
Para efetuar este trabalho, foi realizado uma pesquisa nos bancos de dados do
Google acadêmico, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), periódicos eletrônicos em psicologia (PEPSIC), visto que são meios que
disponibilizam pesquisas realizadas com diferentes enfoques teóricos e metodológicos.
Os relatores em português aplicados para a catalogação foram: Agressor sexual,
ofendedor sexual, estuprador, abusador, violentador e insultador. Foram realizadas 15

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buscas, identificados 37 artigos, dos quais 22 foram descartados. Ao final, foram 15


artigos selecionados com base nos critérios, não havendo títulos repetidos apresentados a
seguir.
Os critérios de inclusão foram: artigos de base de dados do Googlo acadêmico,
LILACS, PEPSIC publicados entre os anos de 2013 até 2019, como também os trabalhos
de conclusão de curso, tese e dissertações em psicologia que abrange o tema pesquisado
e no idioma português. Enquanto os critérios de exclusão foram: materiais que
abordassem apenas a pedofilia, abuso de mulheres, abuso de idosos e adolescentes e que
relatassem, apenas, sobre o ofendido.
Quanto ao procedimento e a coleta de dados, a procura dos materiais para este
estudo começou em 18 de setembro de 2018 à 18 de abril de 2019, partindo de uma
procura organizada, a revisão bibliográfica foi feita em ordem sequencial, em que os
artigos foram organizados em pastas.

2. INVESTIGAÇÃO DOS TRAÇOS DA PERSONALIDADE DO AGRESSOR

Nos estudos de Allard-Dansereau et al. (1997), Brewster et al. (1998), Craissatti


e McClurg (1997) observou-se que, atualmente, existe criação compacta, ampla e
diferenciada sob a condição biopsicossocial dos ofendedores sexuais infantil. No Brasil a
criação técnica sobre os transgressores sexuais de crianças e jovens ainda é iniciante
quando igualada a quantidade de pesquisas em contexto mundial e cabe pontuar que dos
elementos que influência a sexualidade humana é a cultural, abarcando os padrões de
vontades, atitudes e ideias sexuais criados nas variadas sociedades e grupos sociais
(TELES,1999), a experiência de uma sexualidade conforme os padrões esperados pela
sociedade deve levar em conta esse aspecto.
Contudo, é notável que há vivências da sexualidade que fogem dos padrões sociais
esperados se constituindo como delitos e violência, assim é relevante distinguir abuso
sexual de pedofilia. O abuso sexual diz respeito a um comportamento marcado pela
inevitável vontade de praticar o poder sobre a criança, já a pedofilia é vista como um
transtorno sexual, uma parafilia, e como tal conceituada por protótipos de fetiches e ações
sexuais exageradas e constantes envolvendo crianças, o que traz consequência maléfica
para o sujeito e dano potente para outros indivíduos. O pedófilo não experiência desejo

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sexual por pessoas da mesma idade, mas por gênero infantil impúberes
(DALGALARRANDO, 2008).
De acordo com Araújo (2004), a violência sexual de crianças é marcada pela
exposição infantil a exibições sexuais inadequadas para a sua idade, em que a pessoa
madura ou juvenil mais amadurecida propõe ao sofredor com a sua vontade ou não, a
realizar prazer ou estimular suas vontades eróticos, requerendo pela força corporal,
constrangimento, encantando com palavras e oferecendo objetos de agrado.
A agressão sexual contra gênero infanto-juvenil, tornou-se uma questão de saúde
pública na década de 1980 (FERRARI, VACINA, 2002), e a partir deste marco, várias
análises de conhecimento têm tido como apreciação, principalmente, o pagante ou os
responsáveis que não praticaram a impetuosidade. Nestas análises, os praticantes de
violência sexual habitualmente têm sido descuidados (AZEVEDO, GUERRA,1988;
FALEIROS, 2003; HABIGZANG et al. 2005).
Ao averiguar e compreender o comportamento libidinoso afrontoso, estudos tem
tem sinalizado sobre a atuação e os sinais da personalidade de causadores da ação abusiva
sexual (PRENTKY, KNIGHT; LEE, 2008). O assunto traz, ademais, uma rancidez
histórica e sociável dos inúmeros prejulgamentos que frisou a análise sociológica,
antropológica, psicológica, entre outras repartições da compreensão (MORAIS et al.
2007; MOURA, 2007).
Mohr, Turner e Jerry (1964 apud QUINSEY; LALUMIÈRE, 2001) realizaram
uma averiguação arquetípica na década de 60 na qual qualificaram 55 agressores sexuais
de crianças supramencionado pelos tribunais. Os autores perceberam que os violentadores
sexuais infantis dificilmente tinham transtornos psicóticos e não eram menos intelectuais
e nem menos alfabetizados que os cidadãos da totalidade. Meloy, Gacono e Kenney
(1994), estudando assassinos sexuais, perceberam o aparecimento de irritação constante,
sentimentos nulos e ideias fixas. As afeições são costumeiras ligadas a importantes
refreamentos no apoio de suas demandas sentimentais, à reflexão intima indisposição e à
desordem da ideia fixa. Contudo, Para Cohen e Gobbetti (2002 apud MARQUES, 2005),
os sujeitos que realizam a agressão sexual apresentam desordem de categoria integra,
grupal e psicológica, fazendo-se indignos para compreender as demonstrações, emoções
e as reflexões do próximo, tornando-se então como indivíduos inertes de recurso
terapêutico. Salter (2009) relata que certas análises designam o ponto ao nível maior de

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hormônios do homem androgênicos, que suportariam a violência. Classificar tais traços


é um difícil obstáculo, prioritariamente no âmbito do Brasil, de modo que são deficientes
as tarefas e os meios de exames de transtornos do ego (CARVALHO, BARTHOLOMEU,
SILVA, 2010).
O Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-5), considera a parafilia
como “[...] algum empenho sexual vivo e constante que não aquele tornado para a
excitação genital ou carinhos preliminares com companheiros afetuosos que admitem e
ofereçam fenótipo natural e amadurecimento corporal [...]” (AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014, p.665), no entanto, a análise de Miler trazido
por Jesus (2006), destaca que pelo menos uma criança dentre oito que sofrem agressão
sexual, transformam-se em abusadores quando crescido. Neste sentido, é importante
distinguir violência sexual de pedofilia para não se considerar como tal, algum obra
avulso de abuso sexual (FAGAN et al. 2002 apud BARLOW; DURAN, 2008), pois, o
sujeito que sofre desordem pedofílica alarga uma mitomania, isso significa que, uma
ampla competência em mentir, envolvendo, persuadindo e difundindo a criança de feitio
fascinante e afetuoso, o que colabora para que 90% dos acontecimentos não sejam
desvendados e acabem por alongados períodos em andamento, ao passo que para o
agressor sexual não faz uso dessas astúcias, aproveitando ao passo que o ofendedor sexual
usando muitas vezes de brutalidade corporal para com a vítima, que pode ser uma criança,
com vistas à sua satisfação sexual (ORLANDELI; GRECCO, 2012).

3. A NOÇÃO DO OUTRO PARA O AGRESSOR

A escolha sexual de um afrontoso sexual pode ser mensurada pelas medidas


falométricas, tal como o pletismógrafo peniano, que define a fisionomia ocasional de um
coletivo de incentivos audiovisuais, realizado por motivações sexualmente divergente e
incitamento sexualmente normais (imparcial) (CHAPLIN, RICE, HARRIS,1995 apud
CARVALHO, 2011). Ressaltando sobre isso, Padilha e Gomide (2004) afirmam que a
construção do arcabouço psicopatológico do agressor sexual se desencadeia geralmente
diante de experiências de sofrimento na infância.
No entanto, Marshall (2001), aponta que adolescentes abusadores sexuais não
necessariamente foram abusados sexualmente, embora esse seja um fator formidável no
desenvolvimento da conduta agressiva. Mas esse autor compreende que outros aspectos

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concorrem para o cometimento de atos ofensivos, como: experiências de maltrato físico


na infância; ambiente familiar agressivo, contundente e transgressor que propicia um
relacionamento destrutivo entre pais e filhos; experiências emocionais que desenvolvem
baixa autoestima no adolescente; bem como falta de acolhimento afetivo familiar. Essas
características do relacionamento familiar desenvolvem no adolescente, fantasias de
dominação e força sobre o outro, como forma de enfrentamento de relações sociais e
afetivas, e estratégias de “solução” de problemas. Segundo Geneviève e Tardif (2014) os
défices de intimidade nos agressores sexuais são percebidos como dificuldades
interpessoais, estando na origem da ansiedade social e do medo de intimidade, juntamente
aos sentimentos de insatisfação nas relações e à incapacidade de alterar este padrão,
provocam sentimentos de solidão que motivam estes agressores a procurar formas
alternativas de satisfação na intimidade.
Na perspectiva Sociocultural há uma predisposição para alguns desempenhos
sexuais e inibição para outros (VIEIRA, 2011). Deste modo, a agressão sexual torna-se
apreendida pelas influências culturais, apreendidas sob determinadas atitudes,
estereótipos sexuais e aprendizagem da socialização masculina face à agressão física e ao
ato sexual (MARIA, 2004 apud BALAIAS et. al. 2012). Vale ressaltar que um dos
aspectos constituintes da sexualidade humana é a dimensão cultural, que se refere aos
padrões de desejos, comportamentos e fantasias sexuais criados pelas diversas sociedades
e grupos sociais. A vivência de uma sexualidade “normal” deve considerar esse aspecto
(TELES, 1999). A análise confirma ainda o posicionamento teórico de Sanderson (2005),
bem como pontua a precisão de uma imprescindível desmistificação sobre as pessoas que
cometem violência sexual contra crianças e adolescentes. Existe uma menor
probabilidade de o agressor ser psicopata quando a vítima é um elemento da família, do
que quando a vítima não é da família do agressor. Portanto existe uma maior
probabilidade de haver psicopatas em agressores extrafamiliares do que intrafamiliares
(VIEIRA, 2010).
Abusadores sexuais de menores extrafamiliares têm défices de competências de
relacionamento íntimo, a solidão também aparece de forma significativa nos ofensores
sexuais (SEIDMAN et al. 1994). Esses indivíduos não são, em grande parte, estranhos,
nem loucos, e nem podem ser reconhecidos por atributos físicas, como se acredita. Eles
provêm de todos os tipos de classes sociais, grupos étnicos e faixas etárias. O conceito de

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“monstro” cria uma demonização dos abusadores, e passa-se a tratá-los como doentes e
maus, enquanto os que não violentam seriam sadios e bons.
Na presença de distorções cognitivas, os indivíduos podem então tornar-se
incapazes de interpretar as situações interpessoais e de compreender as outras pessoas, e
essa incapacidade para inferir com precisão crenças, desejos, emoções, intenções e
necessidades dos outros dificulta o estabelecimento de uma relação empática com os
outros e a resolução eficaz dos conflitos relacionais (GOPNIK, MELTZOFF, 1997).
Contudo, a grande vantagem do modelo reside no fato de incluir variáveis para além das
distorções cognitivas, como sendo as predisposições do próprio sujeito, as suas
experiências, a falta de empatia e de autocontrole, indo de encontro à ideia de que o ato
da ofensa sexual não é determinado por apenas um fator, mas sim pela integração de
vários (THAKKER, WARD, 2012; WARD, BEECH, 2006). Contrariando a afirmativa,
Burn e Brown (2006, p. 231), ao contradizem a conjectura dos déficits de empatia, de tal
modo se posicionam:

Se os ofendedores sexuais infantis são meditados como deficientes em


sentimentos, então a violência ficaria instigada pela precisão de
domínio e autoridade; o cometimento sexual do ofensor deve ser
saciado, independente das emoções de suas vítimas. Apesar disso, não
se trata diste, pois, diversos abusadores de crianças sentem-se atraídos
emocionalmente por uma criança e são capazes de manipular e atrair
suas vítimas. Isto possivelmente mostra uma consciência sensitiva dos
sentimentos e crenças das crianças.

Apesar de saberem que estão a agir mal, convencem-se de que o seu


comportamento é aceitável (KOCSIS, COOKSEY, IRWIN, 2002) e que a criança quer
relacionar-se sexualmente com ele, projetando nela os pensamentos e sentimentos que ele
quer que ela tenha sobre ele e de que seu comportamento abusivo não causa estragos nem
é prejudicial para a criança (LANNING, 1991). Existem, no entanto, alguns ofensores
que não aparentam dificuldades na avaliação do estado mental das vítimas, muito pelo
contrário, são precisos e revelam uma extraordinária capacidade em ler as outras pessoas,
os seus sentimentos, crenças e expetativas, utilizando isso em seu proveito, manipulando-
as para alcançarem o que pretendem, revelando uma representação de psicopatia (WARD
et al. 2000).

4. PESQUISAS SOBRE O PERFIL DO AGRESSOR SEXUAL INFANTIL

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Visando obter resultados, foram empregados 15 estudos e/ou averiguação tendo


como embasamento artigos entre outras formas. Baseando-se nos alicerces de dados
SCIELO, LILACS e PEPSIC, onde foi aproveitado pontos admiráveis que colaboraram
para a efetivação deste trabalho. Posteriormente a leitura esmiuçadora acerca do assunto
escolhido, foram classificados os conhecimentos relatados aos artigos designados no
quadro a seguir.

Quadro: Acervo elegido de concordata com autor e título, revista e ano de publicação e
principais desfechos.
Autor/ Título e Fonte Principais desfechos
Jeane Lessinger Borges e Este artigo diz respeito a uma observação qualitativa que
Veranice Tatiane Zingler. mirou acomodar os fatores de arrojo e de auxílio em
Fatores de risco e de proteção Acontecimentos de brutalidade sexual na mocidade.
em adolescentes vítimas de Constituíram para as entrevistas duas garotas adolescentes
abuso sexual vítimas de abuso sexual, de uma localidade Interna do Rio
Psicologia em estudo, 2013. Grande do Sul. Os subsídios dos encontros foram
avaliados por meio da Apreciação do Teor (Bardin, 1977).
Alexandre Martins Valença, As desordens mentais e do acréscimo mais repetidamente
Isabella Nascimento, Antônio e pertinentes à perpetração de crimes sexuais foram:
Gidio Nardi. esquizofrenia, perturbação bipolar e retardo mental. São
admiráveis a detecção e o terapêutica da morbidade
Relação entre crimes sexuais e psiquiátrica dentre agressores sexuais nos preceitos de
transtornos mentais e do saúde e de justiça criminosa, o que pode colaborar para
desenvolvimento: uma revisão. menor risco de reincidência desse conduta sexual.
Rev Psiq Clin, 2013.
Camila Cortellete Pereira da Acredita-se ser imprescindível a estruturação de artifícios
Silva, Daniela Devico Martins notórias voltadas para tais sujeitos, oferecendo psicoterapia
Pinto e Rute Grossi Milani. aos próprios, como meio de abater a sua reincidência,
Pedofilia, quem a comete? Um conscientizando-os dos agravos ocasionados à vítima.
estudo bibliográfico do perfil do
agressor.
Cesumar, 2013.

Liana Fortunato Costa, Eika Uma melhor análise da agressão atual nas afinidades
Lôbo Junqueira, Fernanda domésticas desse jovem é essencial, porque uma qualidade
Figueiredo Falcomer Meneses e desses jugulados é a falta de agilidade social, e esse feitio
Lucy Mary Cavalcanti Stroher. procede de um procedimento pobre de conexão com seus
pais.
As relações familiares do
adolescente ofensor sexual
Psico-usf-2013
Daniela Castro dos Reis, Arthur As análises sobre agressão sexual têm deixado lacunas em
Aliverti Saltori de Barros e Lília vários assuntos, especialmente em esboços relacionados
Iêda Chaves Cavalcante. com a condição biopsicossocial do atacante.
Agressor sexual de crianças e
adolescentes: uma discussão
sobre o gênero dos participantes
na literatura

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Psicologia em revista, 2014.


Silvana Alba Scortegagna e Os resultados apontam a presença de baixo amor-próprio e
Deise Matos do Amparo. perdas na autoimagem, na adaptação perceptiva e na
Avaliação psicológica de avaliação do fato, além de mortificação na competência de
ofensores sexuais com o método estabelecer junções, de empatia e na permanência das
de Rorschach. assimilações. A sensibilidade ao humano e as experiências
Psicologia em revista, 2014. de tortura privada adaptaram diferenças nos
acontecimentos discutidos. Os fundamentais encontrados
remetem os atributos psicológicas comumente retratadas na
bibliografia e vivificam a inexistência de um fato
psicológico exclusivo do ofendedor sexual.
Ana Maria Franchi Pincolini, As consequências aconselharam que entre agressores
Cláudio Simon Hutz. crescidos prevaleceu a agressão sexual dentro das famílias
Abusadores Sexuais Adultos e contra ofendidos do sexo feminino, sendo os fundamentais
Adolescentes no Sul do Brasil: agressores pais e padrastos das vítimas. Entre ofendedores
Pesquisa em Denúncias e juvenis houve preponderância da agressão sexual fora da
Sentenças Judiciais. família versus vítimas do sexo masculino, principalmente
Temas em psicologia, 2014. próximos. Estes sequelas aconselham que pode haver
altercações no perfil dos ofendidos e no tipo de abuso
perpetrado por adultos e adolescentes, hipótese que merece
ser testada em estudos futuros.
Amailson Sandro de Barros e Partindo da investigação dos conteúdos, surgiram
Maria de Fátima Quintal de determinadas classes, onde duas expressadas aqui e serão
Freitas debatidas: as decorrências da agressão familiar contra
Violência Doméstica contra meninos (a) e jovens e as táticas de intromissão com grupo
Crianças e Adolescentes: de pais ofendedores.
Consequências e Estratégias de
Prevenção com Pais Agressores
Pensando em famílias, 2015.
Hellen Cordeiro Oliveira, Elzo Entre os anos estudados, 2005 (29%) apresentou maior
Pereira Pinto Junior, Lívia assiduidade de notas. O sexo feminino apresentou máximo
Teixeira Tavares, Marina Aguiar identificador de ofendidos (83,9%) e os acontecimentos
Pires Guimarães e Maria Nice aconteceram especialmente entre a idade de 11 a 15 anos
Dutra de Oliveira. (52,5%). Os fundamentais atacantes eram do sexo másculo
Notificação compulsória de (91,8%) e indivíduos próximos da família (59,2%). A
violência sexual contra crianças maior parte dos episódios de agressão sobreveio na
e adolescentes residência (52,5%) e 76,5% das acusações foram confiadas
Arq. Ciênc. Saúde, 2015. por familiares.
Larissa Rossi da Silva. A medida que o “agressor” é percebido como uma pessoa
O lugar do desejo na criança desenvolvido e, consequentemente, capaz
sexualmente abusada. psicologicamente e biologicamente para cultivar relações
Editora Champagnat,2015. sexuais (BRANDÃO JR., 2008).
Lana dos Santos Wolff, Deise Este estudo investiga a hipótese narcísica-indenitária de
Matos do Amparo, Roberto jovens que fizeram violência sexual. Saindo da conjectura
Menezes de Oliveira e Jean de que é perante as transposições psíquicos calhados na
Yves Chagnon. juventude e dos problemas do aparelho psíquico em
Problemática narcísica- desempenhar o papel de paraexcitação que pode acontecer
identitária em adolescentes no caminho ao ato impetuoso.
abusadores sexuais:
contribuições do Rorschach
Escola de Paris.
Avaliação psicológica, 2016.

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Dalcyra Aparecida Silva. A agressão é pertinente ao manejo da energia corporal,


O olhar do agressor sexual sobre enquanto que a violência sexual está catalogada ao
o abuso sexual infantil. desmoralização e desgoverno das investidas sexuais. Deste
Centro Universitário católico de jeito, os perfis de violência sexual são objetivados como
vitória, 2016. não-agressão. A despeito disso, os atacantes sexuais
entendem como desonesto e depravado o crime que
cometeram, e para fugir do prejuízo direcionado aos
criadores de agressão sexual contra crianças, preferem em
sua maior parte em não admitir A ação incumbida.

Juliane Magda Casarin,Os efeitos dessa manifestação mostram indícios de


Elizabeth Hertel Lenhardt problemas em lidar com investidas físicas na procura pela
Botelho, Rosangela Kátia satisfação chegada das precisões, de modo inclusivo e,
Sanches Mazzorana Ribeiro. principalmente, sexuais. Esses traços foram reentrantes em
Ofensores sexuais avaliados pelodeterminados subsídios das representações, como do ponto
Desenho da Figura Humana. de vista em analogia à localização na folha, o tronco
Avaliação psicológica, 2016. excluído e carência de pupila nos olhares. Os fundamentais
efeitos autenticam as qualidades de traços típicos faladas
frequentemente na bibliografia e aprovam a inexistência do
aspecto psicológico para o agressor sexual.
Maria das Mercês Maia Muribec. Perceber a vontade expressa no procedimento dos atacantes
Psicopatia, violência e sexuais sádicos metódicos ou hiperviolentos não é trabalho
crueldade: agressores sexuais simples, principalmente quando entramos na seara dos
sádicos e sistemáticos. assassinatos, onde a brutalidade e a atrocidade se fazem
Estudos de psicanálise, 2017. notar tão cruamente envolvidas em sua analogia com a
sexualidade e a morte. O conhecimento psicanalítico é
convidado a se ocupar do que motiva ou causa a angústia e
a interação das atitudesdos indivíduos, a qual é
sucessivamente de cunho contemplativo e particular.
Ana Rita Chagas Rodrigue. Os efeitos adquiridos comprovam que os violentos sexuais
Caracterização psicopatológica de menores fora da família diferenciam-se por consistir em
dos abusadores sexuais de mais descontrolados cognitivamente, tiveram experiências
menores intra versus extra de maiores afetos contrários, tiveram uma máxima intenção
familiar. para o neuroticismo e por constituírem indivíduos com
Universidade Lusófona de mais sintomatologia psicopatológica comparado com
Humanidades e Tecnologias, agressores sexuais dentro de ambientes familiares.
Escola de Psicologia e ciências
da vida, 2017.
Fonte: Dados da Pesquisa

Foi alcançado como resultado deste estudo pontos relevantes, a exemplo que não
necessariamente os agressores sexuais infantis sofrem com transtornos psicóticos,
carência de intelectualidade e sejam menos alfabetizados do que os cidadãos da
totalidade. Mas, apresentam desorganização psicológica com relação ao outro,
demonstrando então serem brutos ao que diz respeito ao assunto.
Foi observado também outros fatores que dizem respeito aos ofendedores como a
falta de boa vinculação com a mãe, gerando então revolta e agressividade; a busca de

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vingança pelo sentimento não saciado, punindo então o seu objeto; a sexualidade precoce
e perversão nos laços afetivos, para a garantia do narcisismo; a fragmentação do que é ser
bom; traumas relacionados com a vivência doméstica; significou que são muitos os
fatores que levam o ser a se comportar como agressor sexual, a escolher o seu ofendido,
podendo ser mensurado pelas medidas falométricas tal como o pletismógrafo peniano que
incentivam o estuprador até a descoberta da sua preferência.
O perfil do agressor se desenvolve na meninice, onde o mesmo provavelmente
tenha sofrido experiências de abuso de várias espécies, negligência, conflitos familiares,
más experiências com relações interpessoais e pensamentos machistas influenciados pela
cultura e crenças, não sendo estas pontuações incontestáveis e decisórias, mas, um
arcabouço para a tal motivação. No desfecho deste trabalho os agressores foram julgados
como inaptos a entender o outro, manter boas relações interpessoais, deduzir as emoções
alheias e de que esses traços citados dificultem a noção de empatia e autocontrole
influenciado não apenas por um fator, mas sim por vários fatores. Além disso, foi
analisado a necessidade de controle e desejo pelas vítimas.
Neste estudo, os ofendedores criam a noção de que a vítima sente se atraído por
eles, e alguns demonstram grande capacidade em analisar o objeto desejado e seus
sentimentos, demonstrando mais uma vez a capacidade de distinguir a emoção do outro.
Diante do exposto, o analisado foi entendido como alguém que sente, mesmo que
seja a atração pela escolha do agredido, isso mostra uma noção de quem seja a vítima e
sua caracterização e raciocínio de quem é, fazendo então uma análise do objeto desejado.
Neste estudo foi feito uma análise dos fatores que levam o ser a torna se um
agressor sexual infantil, pontuando pontos importantes da sua jornada até o ato, buscando
ao máximo o entendimento do seu comportamento, pensamento sobre a ação.
De acordo com Scortegagna e Amparo (2013), a estimativa das feições de traços
típicos dos agressores sexuais é um desafio na realidade do brasil., pois existe carência
de estudos e de ferramentas de abalançamento. Apesar da bibliografia internacional
apontar para a heterogeneidade dos atributos de personagem e psicopatológicas dos
ofendedores sexuais, possuiu comprovação de algumas características psicodinâmicas,
tais como problemas em dominar os impulsos e em constituir afinidades de familiaridade,
traços típicos imaturos e instáveis, agressividade diante das frustações, antipatia e amor-
próprio inferior. Diante desta ressalva, sugiro um maior estudo capaz de classificar a

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fundo traços da personalidade dos estudados e exames complementares que comprovem


transtornos do ego dos indivíduos.
Ponderando o abuso sexual contra crianças algo muito atinado e presumindo que
os abusos sexuais atentando na meninice possa ser uma morbidade de precipitação para
posteriores abuso sexuais na fase crescida (Acosta & Barker, 200; Araújo, 2008),
significaria principal um ambiente psicoterápico, de caráter preventiva e/ou interventiva.
Compete salientar que ofendedores juvenis necessitam, também, de cuidados e de lugares
nos quais possam resinificar a ação abusivo e colocar para fora anseios, tremores e o
imaginário (ARAÚJO, 2008; COSTA et al. 2011).
Chagnon (2008) nomeia como violência sexual cometida por jovens em
decorrência de aprendizados educacionais inconvenientes, como aquelas fundamentadas
em autoritarismo e selvageria. De outro modo, apresento o que Minuchin, Colapinto e
Mincuchin (1999) descrevem como especialidades das raízes de renda rebaixada: a
coordenação doméstica se volta diretamente para a sobrevivência com delegação de
afazeres e encargos, e amplo direcionamento das forças para o alcance de solução
financeira.
A apreciação dos fenômenos concorre com as rotinas apresentadas na bibliografia
sobre a não vivência de um aspecto homogêneo e/ou atributos sociais, financeiros e de
traços típicos dos ofensores sexuais (AZEVEDO, GUERRA, 2011; CHAGNON, 2011;
CHAGNON, 2014; MORREL, BURTON, 2014; PASSETTI, 1999; RIVEIRA et al.
2013; SCORTEGAGNA, AMPARO, 2013). Todavia, algumas particularidades do
personagem foram mais repetidas neste esboço e pedem algumas exposições. Existiu,
nestas criaturas, indícios de apresentarem mais problemas em lidar com investidas
corpóreas na procura pelo contentamento imediato de suas precisões, especialmente de
caráter sexual, formatos infrequentes ou alteradas de entender o espaço que podem
cooperar para um mau entendimento de uma circunstância, como por exemplo, ter a noção
que uma criança pode conseguir avanços sexuais e se favorecer de tal relação (RYAN et
al. 2008). McGlone e Viglione (2002) referem que a maior parte dos clérigos ofendedores
sexuais acreditam satisfazer as necessidades emocionais da criança por meio da
camaradagem sexual.
Quanto aos dados sobre os trabalhos com agressor, o escore alto está concentrado
em trabalhos com adultos do gênero masculino. Tais dados corroboram o estudo de

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O perfil do agressor sexual infantil: uma revisão bibliográfica

Williams (2012), o qual ressalta que os trabalhos cientifico sobre agressores mulheres
ainda são insuficientes. Essa tese é também confirmada por Huss (2011), cujas
investigações com agressores sexuais concentram- se no sexo masculino. Segundo Araújo
(2008) é formidável levar em conta o assunto em que é cometido o abuso sexual por
jovens, uma vez que a inclusão de pessoais poderia entusiasmar esses comportamentos.
A mocidade é uma etapa de experimento e autoafirmação em afinidade sexual, de maneira
que a influência do grupo de pessoais é aconselhada como um fator predisponente a
pratica da ofensa sexual como forma de manifestação de virilidade para os inclusos no
grupo (ARAÚJO, 2008; PRINT, MORRISON, 2002).
A dificuldade de conter impulsos e carência de intimidade e espaços de diálogo e
continência afetiva nas relações familiares e sociais contribuem para a ocorrência do
abuso sexual (COSTA et al. 2011). Oportunizar tais espaços e, quando possível, inserir a
família do adolescente nesse processo, pode prevenir a recorrência de abuso sexual no
futuro.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com a pesquisa feita, foi possível concluir neste trabalho que, o que
impulsiona o ofendedor sexual infantil a prática do ato são as percepções e construções
das experiências que ele passou desde a infância até o ato, incluindo nesta afirmativa os
fatores sócios culturais entre outros meios que fizeram parte da sua formação como
indivíduo. Ressaltando então que é formidável intensificar investigações do perfil
psicológico e comportamental do agressor sendo ele ou ela adolescente ou adulto. Visto
que a sua construção histórica não é de um ser menos intelectual que os demais não
agressores da sociedade, e o seu sentimento em analogia ao ato feito para com a criança
pode alterar entre múltiplas acepções.
Como também avaliação psiquiátrica de seus traços mentais, só após essa análise
será possível a assimilação da personalidade do agressor e um planejamento de tratamento
subjetivos, como também evitar que novos atos de agressão possam ser cometidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Credenciais da/os autora/es

SANTOS, Alaniane Souza Freire. Centro Universitário Maurício de Nassau /Brasil. E-


mail: [email protected]

MESQUISTA, Ana Catarina Correia. Professora no Centro Universitário Maurício de


Nassau /Brasil. specialista em Gestão Estratégica de Pessoas pela Universidade Federal
do Piauí. E-mail: [email protected]

Endereço para correspondência: Alaniane Souza Freire Santos. E-mail:


[email protected]

Como citar este artigo (Formato ABNT): SANTOS, Alaniane Souza Freire;
MESQUISTA, Ana Catarina Correia. O perfil do agressor sexual infantil: uma revisão
bibliográfica. Educação, Psicologia e Interfaces, v. 3, n.3, p. 85-100, 2019.

Recebido: 07/05/2019.
Aceito: 20/06/2019.

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