Relatório Caldeiras A Vapor

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Caldeiras a vapor

O que são?

Equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior a atmosférica.

Classificação

Classificação das Caldeiras


Preção de Operação Volume
Categoria
Kpa kgf/cm² L
A Po ≥ 1960 Po ≥ 19,98 > 100

B 60 < Po < 1960 0,61< Po < 19,98 > 100

Obs: na categoria B O produto entre a pressão de operação em Kpa


e o volume interno em m³ deve ser superior a 6 (Seis). 1m³=1000L

Itens necessários

 Válvula de segurança: A válvula deve ser ajustada em valor igual ou inferior a PMTA (
Pressão Máxima de Trabalho Admissível;
 Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;
 Injetor ou sistema de alimentação de água, independente do principal que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente acima da temperatura do projeto;
 Sistema de drenagem rápida de água em caldeiras de álcalis, com funcionamento
automatizado após acionado por um operador;
 Sistema automático de controle do nível de água com Inter travamento que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente.

Toda Caldeira deve ter fixada em seu corpo placa de identificação indelével, em local
de fácil acesso e visível as seguintes informações: nome do fabricante, número de ordem dado
pelo fabricante da caldeira, ano de fabricação, pressão máxima de trabalho admissível, pressão
de teste hidrostático de fabricação, capacidade de produção de vapor, área de superfície de
aquecimento, código de projeto e ano de edição.

Além da placa de identificação deve estar visível na caldeira a sua categoria (A ou B)


além do seu código de identificação.

Todas estabelecimento onde existe uma caldeira deve possuir a documentação


devidamente regularizada.

Instalação de Caldeira a vapor

A instalação da caldeira é de responsabilidade de PH e devem atender e obedecer os


aspectos segurança, saúde e meio ambiente previsto em normas regulamentadoras,
convenções e disposições legais aplicáveis.
Qualquer caldeira deve ser instalada em casa de caldeira ou em local especifico para
tal fim, denominado área de caldeiras. Quando instalada em canto aberto a área das caldeiras
deve seguir os seguintes requisitos:

- Estar afastada de, no mínimo, 3,0 m (três metros) de: - outras instalações do
estabelecimento, de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com
até 2 000 L (dois mil litros) de capacidade, do limite de propriedade de terceiros e do limite
com as vias públicas.
- Dispor de duas saídas amplas, desobstruídas, devidamente sinalizada e em direções distintas.
- Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo
que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de
pessoas
- Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da
combustão, para fora da área de operação atendendo às normas ambientais vigentes;
- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes, caso exista o funcionamento
noturno deve ter sistema de iluminação de emergência.
Quando a caldeira estiver instalada em ambiente fechado, a casa de caldeiras deve
satisfazer os seguintes requisitos:
- Constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas
uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes
afastadas de, no mínimo, 3,0 m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade
de terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se
reservatórios para partida com até 2.000 L (dois mil litros) de capacidade;
- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e
dispostas em direções distintas;
- Dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
- Dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de caldeira a
combustível gasoso;
- Não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
- Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo
que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de
pessoas;
- Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da
combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes;
- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de iluminação de
emergência.
As caldeiras classificadas na categoria A devem possuir painel de instrumentos
instalados em sala de controle, construída segundo o que estabelecem as Normas
Regulamentadoras aplicáveis.

Inspeção de segurança de caldeiras.

As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária;


A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em
funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo compreender exame interno,
seguido de teste de estanqueidade e exame externo.
As caldeiras devem obrigatoriamente ser submetidas a Teste Hidrostático - TH em sua
fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado por PH, e ter o valor da
pressão de teste afixado em sua placa de identificação.
Na falta de comprovação documental de que o Teste Hidrostático - TH tenha sido
realizado na fase de fabricação, se aplicará o disposto a seguir:
- Para as caldeiras fabricadas ou importadas a partir da vigência da Portaria do MTE n.º 594, de
28 de abril de 2014, o TH deve ser feito durante a inspeção de segurança inicial;
- Para as caldeiras fabricadas ou importadas a partir da vigência da Portaria do MTE n.º 594, de
28 de abril de 2014, o TH deve ser feito durante a inspeção de segurança inicial;
A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, deve ser
executada nos seguintes prazos máximos:
- 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A e B;
- 15 (quinze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria;
- 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 (doze) meses sejam
testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança.
Estabelecimentos que possuam SPIE, conforme estabelecido no Anexo II, podem
estender seus períodos entre inspeções de segurança, respeitando os seguintes prazos
máximos:
- 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras de recuperação de álcalis;
- 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras da categoria B;
- 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A.
O empregador deve comunicar formalmente à representação sindical da categoria
profissional predominante do estabelecimento a implementação dos novos prazos de inspeção
de segurança destas caldeiras
As caldeiras que operam de forma contínua podem ser consideradas com SIS quando
todas as condições a seguir forem satisfeitas:
- Estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam SPIE Certificado citado no Anexo II;
- Possuírem análise formal realizada por responsável técnico identificando os riscos que
podem ser mitigados por funções instrumentadas de segurança e quantificando o nível de
integridade de segurança (SIL) requerido para mitigar cada um dos riscos identificados,
conforme normas internacionais;
- Disponham de SIS em conformidade com os subitens 13.4.4.6.3 a 13.4.4.6.6 da NBR 13;
- O SIS seja testado conforme estudo específico de confiabilidade das funções instrumentadas
de segurança;
- Exista parecer técnico do PH e do responsável técnico sobre o SIS fundamentando a decisão
de extensão de prazo;
- Atender ao que consta no subitem 13.4.3.3, quanto à qualidade da água;
- Exista controle de deterioração dos materiais que compõem as principais partes da caldeira.

As caldeiras devem dispor de SIS com projeto baseado em estudo de confiabilidade


para este fim, que garanta execução segura da sequência de acendimento e o bloqueio
automático dos combustíveis em casos de perda do controle de combustão ou da geração de
vapor.
O proprietário deve comprovar, através de toda a documentação de projeto e de seu
comissionamento, que o SIS da caldeira foi projetado, adquirido, instalado e testado
adequadamente pelos responsáveis técnicos.
O proprietário deve comprovar, através de registros, que o SIS da caldeira é mantido
adequadamente de acordo com procedimentos específicos definidos pelo fabricante ou seus
responsáveis técnicos para a inspeção, testes e manutenção. Esses eventos devem ser
executados e aprovados pelos responsáveis técnicos próprios ou contratados.
O proprietário deve comprovar, através de registros, que o SIS da caldeira é mantido
adequadamente de acordo com procedimentos específicos definidos pelo fabricante ou seus
responsáveis técnicos para a inspeção, testes e manutenção. Esses eventos devem ser
executados e aprovados pelos responsáveis técnicos próprios ou contratados.
O proprietário deve comunicar ao Órgão Regional do Ministério do Trabalho e ao
sindicato dos trabalhadores da categoria predominante do estabelecimento, até 30 (trinta)
dias após o comissionamento da caldeira, o enquadramento com SGC.
As novas caldeiras categoria B com queima de combustíveis líquidos ou gasosos devem
dispor de SGC definido no projeto pelo fabricante para este fim, que garanta a execução
segura da sequência de acendimento e o bloqueio automático dos combustíveis em casos de
perda do controle de combustão ou da geração de vapor, prevendo as seguintes funções de
segurança:
- Proteção de nível baixo de água;
- Sequenciamento de purga e acendimento;
- Teste de estanqueidade de válvulas de bloqueio de combustível;
- Proteção de pressão alta ou baixa do combustível líquido ou gasoso;
- Proteção de falha de chama.
As novas caldeiras categoria B com queima de combustíveis sólidos devem dispor de
SGC definido no projeto pelo fabricante para este fim, que garanta o controle automático do
nível de água e da geração de vapor.
O proprietário deve comprovar, através de toda a documentação de projeto e de
comissionamento, que o SGC da nova caldeira categoria B foi projetado, adquirido, instalado e
testado adequadamente pelos responsáveis técnicos.
O proprietário deve comprovar, através de registros, que o SGC da caldeira categoria B
é mantido adequadamente de acordo com procedimentos específicos definidos pelo
fabricante para a inspeção, testes e manutenção. Esses eventos devem ser executados e
aprovados pelos responsáveis técnicos próprios ou contratados e devem ser anotados no
Registro de Segurança.
No máximo, ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subsequente,
as caldeiras devem ser submetidas a uma avaliação de integridade com maior abrangência
para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda
estejam em condições de uso.
As válvulas de segurança de caldeiras devem ser desmontadas, inspecionadas e
calibradas com prazo adequado a sua manutenção, porém, não superior ao previsto para a
inspeção de segurança periódica das caldeiras por elas protegidos, de acordo com os subitens
13.4.4.4 e 13.4.4.5.
As válvulas de segurança soldadas devem ser testadas no campo, com uma frequência
compatível com o histórico operacional das mesmas, sendo estabelecidos como limites
máximos para essas atividades os períodos de inspeção estabelecidos nos subitens 13.4.4.4 e
13.4.4.5.
As caldeiras com SIS, conforme subitem 13.4.4.6.2, devem ter as válvulas de segurança
testadas na pressão de abertura a cada 12 (doze) meses;
As válvulas de segurança instaladas em caldeiras de categoria B devem ser testadas
periodicamente conforme segue:
- Pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca durante a
operação de caldeiras sem tratamento de água conforme o subitem 13.4.3.3, exceto para
aquelas que vaporizem fluido térmico;
- As caldeiras que operem com água tratada devem ter a alavanca acionada manualmente
quando condições anormais forem detectadas.
Adicionalmente aos testes prescritos nos subitens 13.4.4.9 e 13.4.4.10, as válvulas de
segurança instaladas em caldeiras podem ser submetidas a testes de acumulação, a critério do
PH.
A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
- Sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de
comprometer sua segurança;
- Quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante capaz de alterar suas
condições de segurança;
- Antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais
de 6 (seis) meses;
- Quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
A inspeção de segurança deve ser executada sob a responsabilidade técnica de PH.
Imediatamente após a inspeção da caldeira, deve ser anotada no seu Registro de
Segurança a sua condição operacional, e, em até 60 (sessenta) dias, deve ser emitido o
relatório, que passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo ser estendido
para 90 (noventa) dias em caso de parada geral de manutenção.
O empregador deve informar à representação sindical da categoria profissional
predominante do estabelecimento, num prazo máximo de 30 (trinta) dias após o término da
inspeção de segurança, a condição operacional da caldeira.
Mediante o recebimento de requisição formal, o empregador deve encaminhar à
representação sindical predominante do estabelecimento, no prazo máximo de 10 (dez) dias
após a sua elaboração, a cópia do relatório de inspeção.
A representação sindical da categoria profissional predominante do estabelecimento
pode solicitar ao empregador que seja enviada de maneira regular cópia do relatório de
inspeção de segurança da caldeira em prazo de 30 (trinta) dias após a sua elaboração, ficando
o empregador desobrigado a atender os subitens 13.4.4.15 e 13.4.4.15.1.
O relatório de inspeção de segurança, mencionado na alínea “e” do subitem 13.4.1.6,
deve ser elaborado em páginas numeradas contendo no mínimo:
- dados constantes na placa de identificação da caldeira;
- categoria da caldeira;
- tipo da caldeira;
- tipo de inspeção executada;
- data de início e término da inspeção;
- descrição das inspeções, exames e testes executados;
- registros fotográficos do exame interno da caldeira;
- resultado das inspeções e providências;
- relação dos itens desta NR, relativos a caldeiras, que não estão sendo atendidos;
- recomendações e providências necessárias;
- parecer conclusivo quanto à integridade da caldeira até a próxima inspeção;
- data prevista para a nova inspeção de segurança da caldeira;
- nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH e nome legível
e assinatura de técnicos que participaram da inspeção.
O relatório de inspeção de segurança pode ser elaborado em sistema informatizado do
estabelecimento com segurança da informação, ou em mídia eletrônica com utilização de
assinatura digital, desde que a assinatura seja validada por uma Autoridade Certificadora – AC.
As recomendações decorrentes da inspeção devem ser registradas e implementadas
pelo empregador, com a determinação de prazos e responsáveis pela execução.
Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados de projeto,
a placa de identificação e a documentação do prontuário devem ser atualizadas.

Segurança na operação de caldeiras


Toda caldeira deve possuir manual de operação atualizado, em língua portuguesa, em
local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
- Procedimentos de partidas e paradas;
- Procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
- Procedimentos para situações de emergência;
- Procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas
condições operacionais.
A inibição provisória dos instrumentos e controles é permitida, desde que mantida a
segurança operacional, e que esteja prevista nos procedimentos formais de operação e
manutenção, ou com justificativa formalmente documentada, com prévia análise técnica e
respectivas medidas de contingência para mitigação dos riscos elaborada pelo responsável
técnico do processo, com anuência do PH.
A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados,
quando necessários, para compatibilizar suas propriedades físico químicas com os parâmetros
de operação da caldeira definidos pelo fabricante.
Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de
operador de caldeira.
É considerado operador de caldeira aquele que satisfizer o disposto no item “A” do
Anexo I desta NR.

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