Análises Ambientais Aplicadas À Biociência

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ECOLOGIA E

ANÁLISES
AMBIENTAIS

Carolina Rossi de Oliveira


Análises ambientais
aplicadas à biociência
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Definir o papel do analista ambiental no monitoramento ambiental.


 Listar as atividades profissionais aplicadas ao analista ambiental.
 Descrever os mecanismos de proteção e gestão da qualidade
ambiental.

Introdução
Desde o surgimento dos primeiros seres vivos, mudanças constan-
tes nas formas de vida sempre ocorreram, até o estabelecimento da
complexidade dos organismos atuais. Com base em conceitos como
biodiversidade, ecossistema, equilíbrio e manutenção da vida, e com
objetivo de estabelecer um elo entre esses conceitos e saúde e quali-
dade de vida, a atuação de um profissional capacitado para analisar e
mensurar atividades de impacto ao meio ambiente se faz necessária.
Por meio de planejamento ambiental, técnico, organizacional e estra-
tégico, e de acordo com políticas públicas de saúde e bem-estar para
a preservação do meio biótico e abiótico, o analista ambiental executa
e viabiliza estudos e avaliações para implantação e desenvolvimento
sustentável de diversos ecossistemas.
Neste capítulo, você conhecerá os conceitos e características das ati-
vidades desempenhadas pelo analista ambiental, examinará as atividades
profissionais cumpridas por esse profissional e estudará aspectos gerais
e mecanismos de proteção e gestão da qualidade ambiental.
2 Análises ambientais aplicadas à biociência

1 Aspectos gerais das análises ambientais


Atualmente, o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental são temas
de bastante evidência e de grande interesse para pesquisadores e especialistas
ambientais. O padrão de vida cada vez mais consumista, tecnológico e indus-
trializado e as desigualdades na distribuição global da riqueza representam dois
pontos extremos dessa balança. Nesses termos, é tarefa árdua compreendermos
e dependermos de sistemas econômicos e ecológicos.
A visão dominante dos sistemas econômicos pode subestimar a impor-
tância de cuidar dos sistemas ecológicos a longo prazo, mas, por outro lado,
a visão ecológica dominante pode subestimar a importância da organização
econômica no atendimento das necessidades humanas vitais. Os seres humanos
precisam tanto de desenvolvimento quanto de sustentabilidade para seu
progresso e isso gera a crescente necessidade de implementação de práticas
de desenvolvimento econômico de forma sustentável.
Nas últimas décadas, a ciência da biodiversidade — campo de estudo que
engloba inúmeras subdisciplinas relacionadas e bem definidas — cresceu em
número de publicações e em amplitude, ou seja, variedade de subdisciplinas
(LOREAU, 2010). Na esteira desse crescimento, há uma série de problemas
científicos complexos, centrados na descrição e previsão de padrões e pro-
cessos de biodiversidade, envolvendo dados de indivíduos, comunidades e
ecossistemas em escalas temporais e espaciais, bem como suas implicações
e vínculos com outros desafios políticos e sociais globais, como mudanças
climáticas, saúde humana e pobreza (STROBEN; OEHLMANN; FIORONI,
1992; LOREAU, 2010).
Os principais avanços tecnológicos em poder computacional, sensoriamento
remoto e ciências ômicas (genômica, proteômica, metabolômica e outras
subdisciplinas terminadas pelo radical “-ômica”, que estudam componentes
em sistemas celulares visando elucidar vias de interações mecanísticas) for-
neceram novas ferramentas para analisar os padrões de biodiversidade e como
conservá-los, mas lacunas e vieses significativos nos dados de biodiversidade
podem limitar nossa capacidade de fazê-lo (HORTAL et al., 2015).
Análises ambientais são ferramentas utilizadas para identificação, compre-
ensão e mitigação de riscos relacionados à saúde humana, em todos os aspectos,
de forma ecologicamente consciente. Para isso, são utilizados conhecimentos
técnicos específicos de interações entre o possível agressor ou contaminante
ambiental e os sistemas do corpo, em prol do bem-estar de seres vivos do
ecossistema em questão (BRASIL, 1999). Dentre as atividades desempenha-
das junto ao meio ambiente em função da saúde, as análises ambientais mais
Análises ambientais aplicadas à biociência 3

frequentes visam a homeostasia dos ecossistemas. Essas atividades colocam


em prática diversas técnicas, como análise da qualidade e mitigação da po-
luição, análises e tratamento da água e do esgoto, averiguações bioquímicas e
microbiológicas dos alimentos, estudo de microrganismos, gestão de ambientes
hidroelétricos, minerais e urbanos, etc.
De acordo com Harwell et al. (2010), durante o último meio século, muitos
países se transformaram de uma economia rural agrária em uma economia
urbana industrial. Como consequência, várias atividades humanas nesses
países agora emitem partículas nocivas e gases (ozônio, dióxido de nitrogênio)
e, portanto, poluem severamente o ar (DUKUNDE et al., 2019). A Organização
Mundial da Saúde (OMS) observou que a cada ano a má qualidade do ar causa
mais de sete milhões de mortes prematuras em todo o mundo, com impactos
mais altos nos países em desenvolvimento, como Indonésia, Índia e China
(LOREAU, 2010). Zinabu et al. (2019) afirmam que os impactos prejudiciais
à saúde humana estão fortemente correlacionados com o ambiente poluído, o
que reduz a qualidade de vida e bem-estar.
Análises ambientais de emissão de poluentes atmosféricos são baseadas em
emissões estimadas em cenários urbanos e/ou situações específicas de emissão
de poluentes. Tal como acontece com outros países em desenvolvimento, a
Malásia, por exemplo, experimentou um rápido desenvolvimento industrial
e urbanização, e pretende se tornar um país desenvolvido até o final de 2020
(LYONS et al., 2019). Esse processo de desenvolvimento economicamente
benéfico, no entanto, também poluiu a atmosfera, especialmente em áreas
urbanas. Essas aglomerações urbanas contêm cerca de um terço da população
geral do país. Embora os dados abrangentes sobre as emissões de poluentes
sejam limitados, as fontes móveis foram identificadas como o principal contri-
buinte (70 a 75%) à poluição do ar urbano (MATTHIESSEN; GIBBS, 2009).
Em relação a análises ambientais de água, principalmente potável, estão
intimamente ligadas à sua qualidade e pureza. Oriunda na maior parte de
aquíferos superficiais e subterrâneos, próximos a rios ou canais, a qualidade
da água superficial está caindo rapidamente devido à adição de efluentes
municipais e industriais brutos e escoamento agrícola nos recursos hídri-
cos (RUDD et al., 2014). Além disso, a qualidade da água em ecossistemas
aquáticos de forma geral deve ser monitorada com frequência, uma vez que
a contaminação desses ecossistemas não favorece a vida aquática.
Muitas vezes, sem um planejamento de descarte de efluentes esses corpos
d'água são contaminados por microrganismos patogênicos e precisam de
processamento adequado para libertá-los de contaminantes para uso humano.
A poluição da água é a deterioração da qualidade hídrica devido à adição de
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resíduos provenientes de indústrias, residências e propriedades agrícolas.


A utilização dessa água para uso benéfico causa efeitos contrários ao meio
ambiente e à saúde pública. A industrialização e o surgimento de unidades
urbanas exerceram imenso estresse e descarga de águas residuais em recursos
hídricos naturais, o que diminui a qualidade da água subterrânea e superficial
(PERREIRA; FILIZOLA; AMAZONAS, 2012).
Os poluentes mais graves em termos de saúde humana em todo o mundo são
os organismos patogênicos. No total, ocorrem pelo menos 25 milhões de mortes
por ano devido a doenças causadas por microrganismos relacionados à falta de
saneamento básico. Doenças vinculadas à ausência de tratamento de água são
responsáveis por quase dois terços das mortes de crianças menores de cinco
anos. A principal fonte de agentes biológicos é o tratamento não processado e
não convencional dos resíduos humanos (BETTIN; OEHLMANN; STROBEN,
1996). Cerca de 70% da água para consumo humano vêm de aquíferos.
A diminuição da qualidade das águas subterrâneas se deve ao bombeamento
excessivo de água salina e sua adição à água doce. Além disso, em formações
subterrâneas, contaminantes químicos também podem tornar a água contami-
nada e imprópria para o consumo, ocasionando graves acidentes. Exemplos de
substâncias de ocorrência natural que podem ser encontradas em formações
que contêm óleo e gás são exibidas a seguir. Por isso, a ausência de testes
e análises ambientais em ecossistemas aquáticos variados pode aumentar o
risco de contaminação da água (GOLDSTEIN et al., 2014).

 Inorgânicos (ou íons comuns) — sais (cloreto de sódio, brometo, entre


outros).
 Gases — gás natural (metano, etano), dióxido de carbono, sulfeto de
hidrogênio, nitrogênio e hélio.
 Elementos traçados — mercúrio, chumbo e arsênico.
 Ocorrência natural de material radioativo — rádio, tório e urânio.
 Material orgânico — ácidos orgânicos, hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos, compostos orgânicos voláteis e semivoláteis.

Por sua vez, análises de solos dos ecossistemas florestais são importantes
para o ciclo global do carbono. A identificação de decompositores micro-
bianos ativos é essencial para entender a transformação da matéria orgânica
nesses ecossistemas. Por meio de análises independentes de material genético,
comunidades inteiras de bactérias e fungos e seus membros ativos podem
ser comparados no solo superficial de uma floresta durante o período de
decomposição da matéria orgânica. Os fungos dominam quantitativamente a
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comunidade microbiana no horizonte da serapilheira, enquanto o horizonte


orgânico exibe quantidades comparáveis de biomassa fúngica e bacteriana
(HUANG et al., 2013).
Bactérias e especialmente fungos são frequentemente associados a um
horizonte particular do solo. As comunidades de fungos são menos uniformes
que as bacterianas e mostram maiores abundâncias relativas de espécies
dominantes. Enquanto as espécies bacterianas dominantes são distribuídas
pelo ecossistema estudado, a distribuição de fungos dominantes geralmente
é restrita espacialmente, pois são recuperados apenas em alguns locais. Aná-
lises enzimáticas podem ser realizadas, como da enzima celobiohidrolase
(exocelulase), uma enzima essencial para a decomposição da celulose. A
decomposição da celulose é mediada por populações de fungos altamente
diversas entre os horizontes do solo. Espécies de baixa abundância contri-
buem de maneira importante para os processos de decomposição nos solos
(HEIJDEN; BARDGETT; STRAALEN, 2008).

Interdisciplinaridade e atuação do analista ambiental


no monitoramento do ecossistema ambiental
O interesse pela pesquisa interdisciplinar e a quantificação da interdisci-
plinaridade nas biociências têm crescido consideravelmente nos últimos 30
anos (LYONS et al., 2019). Cada vez mais instituições acadêmicas e agências
de financiamento reconhecem que as soluções para problemas complexos
frequentemente se encontram na fronteira entre as disciplinas (NATIONAL
RESEARCH COUNCIL, 2004), e há evidências de que campos bem estabe-
lecidos de pesquisa, como física, matemática e medicina, estão se tornando
mais interdisciplinares (MATTHIESSEN; GIBBS, 2009).
A ciência da biodiversidade tem superado uma crescente gama de desafios,
preenchendo lacunas tradicionais entre suas áreas de estudos em relação ao
aumento da interdisciplinaridade, como a diversidade de conceitos e interações
entre conceitos e subdisciplinas. Definimos diversidade de conceitos como a
variedade de tópicos e ideias entre áreas de estudo e diversidade de subáreas
com disciplinas associadas a conceitos definidos (GOLDSTEIN et al., 2014).
Nesse sentido, consideramos que ocorrem interações entre conceitos e subáreas
quando uma subárea de estudo utiliza técnicas ou metodologias de uma deter-
minada área ou um conceito específico (POSTEL; DAILL; EHRLICH, 1996).
A crescente interdisciplinaridade na ciência da biodiversidade, por-
tanto, pode ser uma condição necessária para os pesquisadores produzirem
pesquisas de alto impacto, desde que mantenham uma gama diversificada
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de abordagens. As tendências temporais na homogeneização conceitual e


interdisciplinaridade em áreas científicas que se sobrepõem podem refletir
que a ciência da biodiversidade é uma disciplina relativamente jovem, que
se tornará mais interdisciplinar com crescente apoio de profissionais quali-
ficados e iniciativas científicas (DUKUNDE et al., 2019).

Muitas atividades relacionadas ao profissional de análises ambientais influenciam


fortemente a área de saúde e bem-estar. Entre as áreas correlacionadas, destacam-se
as atividades de conservação ambiental desenvolvidas pelas áreas de engenheira
ambiental e florestal. Profissionais dessas áreas podem desenvolver atividades voltadas
à área da saúde, como atuação em estratégias de apoio e suporte de florestas, planos
de regeneração de matas e espécies nativas, campanhas de prevenção de incêndios
florestais e monitoramento faunístico de locais específicos.
Outra área de interdisciplinaridade relacionada à saúde ambiental é a segurança e
saúde ocupacional. Essa disciplina apresenta grande comunicabilidade com a área
de análise ambiental, uma vez que visa inspecionar e analisar ambientes de local de
trabalho para garantir que sejam seguros para os trabalhadores e obedeçam aos
padrões e normas de proteção ambiental.

2 Atividades profissionais cumpridas pelo


analista ambiental
Nas últimas décadas, o crescimento acelerado da população humana, aliado à
consequente necessidade de alimentos, bens materiais e energia, tem gerado
cada vez mais buscas por técnicas de maximização e geração de bens de con-
sumo de qualidade. Atualmente, os conceitos de qualidade de vida e boa saúde
são amplos e englobam mais do que o bem-estar individual e físico. A busca
pelo equilíbrio saudável e a harmonia entre os seres vivos de um determinado
sistema envolve diferentes áreas do conhecimento, como ciências médicas,
física, biologia, química e ciências ambientais. Nesse contexto, destaca-se o
meio ambiente, uma vez que envolve todos componentes bióticos e abióticos
e suas mútuas relações.
O profissional habilitado na área de análises ambientais está capacitado
para a realização técnicas de análises físico-químicas e microbiológicas vol-
tadas para o saneamento do meio ambiente, incluindo as análises de água,
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ar e esgoto. Além disso, o profissional dessa área dispõe de conhecimento


para diversas análises microbiológicas voltadas para a alimentação, visando
a proteção e a qualidade da dieta da população. Estratégias ambientais são
empregadas nesses estudos, uma vez que a contaminação de solos, água e ar
pode afetar significativamente recursos de plantio e produção de alimentos.
Por isso, há uma crescente necessidade de análises ambientais de qualidade
a fim de elucidar os determinantes ambientais da dieta e otimizar tanto os
recursos de saúde pública quanto o bem-estar coletivo (LYONS et al., 2019).
Analistas ambientais, também chamados cientistas ou especialistas am-
bientais, examinam alimentos, solo, água e ar na tentativa de proteger, limpar
e/ou preservar tais elementos em benefício da população e do ecossistema em
questão. Muitos focam seu trabalho em uma área específica do campo, como
as mudanças climáticas, os efeitos de fatores ambientais na saúde humana ou
planos de restauração para locais poluídos. Com base em suas análises, eles
podem desenvolver pesquisas científicas, relatórios e análises para diversas
áreas voltadas a biociências, saúde e bem-estar coletivo, a fim de aumentar a
conscientização sobre questões ambientais.
Dentre as principais responsabilidades desse profissional destacam-se
atividades como coleta e análise de dados de um ecossistema, desenvolvi-
mento de planos de mitigação de desastres ambientais, desenvolvimento de
legislação ambiental e análises técnicas para certificação de qualidade. Em
agências governamentais, analistas ambientais colaboram no desenvolvimento
de legislação voltada à proteção do meio ambiente contra contaminação por
materiais perigosos, químicos inorgânicos e poluentes orgânicos. Assim,
visam garantir a conformidade de materiais e ecossistemas vinculados ou
não a empresas privadas, de acordo com os regulamentos governamentais
(POSTEL; DAILY; EHRLICH, 1996).
Atividades como a identificação e erradicação de fontes de poluição e de
substâncias perigosas em ecossistemas também podem ser realizadas por
profissionais ligados à área de análises ambientais. Sistemas de especializações
também são muito procurados por profissionais do ramo. Programas de pós-
-graduação em biociências ambientais podem compreender subáreas como
petrologia, evolução, ecologia, gerenciamento de resíduos perigosos, fisiologia
de plantas e animais, ciências do solo, estatística e direito/legislação ambiental,
em sua maioria subáreas com ênfase em trabalho de laboratório ou de campo.
Tais profissionais apresentam ainda competência e habilidades para coor-
denar inspeções ambientais, participando ativamente de práticas de monitora-
mento de solo, visando a qualidade de vegetações e/ou produção de alimentos
em relação à exposição de agentes nocivos. Também há a possibilidade de se
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licenciar para atuar no controle e atualização de licenças ambientais junto a


órgãos de fiscalização ambiental e vigilância sanitária, além de desenvolver e
implantar projetos que visam a diminuição do impacto e destruição do meio
ambiente.
A Figura 1 resume possibilidades de atividades e metodologias empregadas
pelo profissional de análises ambientais. Em caso de formação bastante sólida
em recursos ecológicos, analistas ambientais também podem realizar trabalhos
de assessoria e consultoria em questões relacionadas a impactos gerados por
contaminantes e agentes estressores de ecossistemas em situações específicas,
como lavagem e desinfestação de áreas em hospitais, controle sanitário de
comércios e indústrias e monitoramento de agentes químicos.

Figura 1. Atividades exercidas pelo profissional de análises ambientais.

Em relação às qualificações e habilidades que podem ser necessárias


durante o exercício da profissão, podemos citar que a função de analista
ambiental requer habilidades de comunicação e execução de trabalho com
equipes técnicas de diversos segmentos, como engenheiros, gestores e ma-
temáticos, o que pode exigir habilidades na área de ciências exatas. Dados
oriundos das análises realizadas costumam ser tabulados com a ajuda desses
profissionais para posterior aplicação em pesquisas e implicações sistemati-
zadas. A familiaridade com análise de dados, mapeamento digital e técnicas
de modelagem por computador também pode ser benéfica. Um bom exemplo
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dessas competências é a compreensão de Sistemas de Informação Geográfica


(SIG), que podem colaborar com a análise de dados.
Por fim, outro fator relevante para a atuação do analista ambiental diz
respeito a situações administrativas em organizações, uma vez que ele pode
administrar processos para obtenção de licenças e autorizações ambientais
municipais, estaduais e federais. A elaboração de diagnósticos, pareceres e
relatórios de controle para os órgãos ambientais pode envolver ainda cargos
de agente de fiscalização, como licenciamento e auditoria ambiental. Nesse
contexto, o profissional também pode ministrar treinamentos e desenvolver
programas de educação ambiental e tecnologias voltadas ao monitoramento
ambiental.

O profissional de análises ambientais deve conhecer bem a legislação que regulamenta


a segurança do trabalho e prevenção ao meio ambiente. Além disso, é fundamental
que tenha noções das normas técnicas de proteção ao meio ambiente e do serviço
de vigilância sanitária vigente no Brasil. Para se tornar um analista ambiental, é preciso
ter curso superior completo em biomedicina, ciências biológicas, química ou gestão
ambiental. Além das leis ambientais, que variam de acordo com o órgão, o candidato
deve estudar também as disciplinas de português, noções de direito constitucional
e administrativo, história e geografia. Como se não bastasse, muitos editais exigem
conhecimentos relacionados a economia e meio ambiente.

Análises ambientais comumente empregadas


no monitoramento ambiental
O analista ambiental tem a capacidade de compreender mecanismos de surgi-
mento de doenças, principalmente por seu conhecer as relações entre ecossiste-
mas ambientais e seus desafios. Um dos problemas ambientais de maior impacto
para a população humana atualmente é o crescimento populacional e os novos
modos organizacionais da população, associados a condições precárias de vida
e saúde. Muitas famílias vivem em condições insalubres, com esgoto a céu
aberto, sem tratamento de água potável e à mercê de agentes contaminantes,
fatores que geram epidemias que comprometem a saúde coletiva.
Com atuação específica em interações entre a população e o meio ambiente,
fica evidente que cabe ao analista ambiental gerir a melhor maneira de mitigar
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e eliminar riscos e promover o bem-estar populacional e do meio ambiente,


buscando e/ou reestabelecendo seu equilíbrio. Dentre as diversas situações
de interação e riscos entre o ser humano e o meio ambiente, destacam-se
atividades que envolvem biossegurança e boas práticas ambientais. Efeitos
sobre a saúde e a patogênese são complexos, devido a interações de fatores de
risco, como reações aditivas, sinérgicas ou cumulativas (RUDD et al., 2014).
Diversas técnicas são empregadas em avaliações ambientais sistêmicas.
Os solos florestais, por exemplo, são matrizes biológicas essenciais nas quais
as comunidades microbianas executam as principais funções do ecossistema,
como o ciclo biogeoquímico, por meio de processos de decomposição e mine-
ralização mediados por procariontes e fungos (LYONS et al., 2019). Fatores
que influenciam a estrutura da comunidade microbiana do solo são cruciais
para prever como os processos mediados por bactérias conduzem as respostas
do ecossistema às mudanças ambientais (SILVA; CRISPIM, 2011).
O solo é um componente vital dos ecossistemas florestais, responsável
por processos que apoiam a produção de biomassa e o sequestro de carbono
(ZINABU et al., 2019). A saúde do solo florestal é sensível a vários fatores
naturais e antropogênicos, e uma deterioração da qualidade do solo geralmente
leva a uma deterioração da qualidade do local (HARWELL et al., 2019). Assim,
é importante estabelecer índices adequados de qualidade do solo para medir
suas várias propriedades. Um índice de qualidade do solo é definido como
o conjunto mínimo de parâmetros que, quando inter-relacionados, fornecem
dados numéricos sobre a capacidade de um solo de executar uma ou mais
funções (LYONS et al., 2019).
Um índice de qualidade do solo, em certa medida, deve ser dependente do
uso, para que possa ser aplicável em uma escala maior. Índices atuam na seleção
de um conjunto mínimo de indicadores que possam abordar a qualidade geral
do solo de uma região específica (GOLDSTEIN et al., 2014). A necessidade de
avaliar as propriedades do solo recentemente aumentou, devido ao crescente
interesse público em determinar as consequências das práticas de manejo
em relação à sustentabilidade das funções do ecossistema florestal, além da
produtividade das plantas (RUDD et al., 2014).
Para Soomro et al. (2011), o conceito de qualidade do solo inclui ainda
avaliações e diagnósticos das propriedades e processos do solo, pois se rela-
cionam com sua capacidade de funcionar efetivamente como componente de
um ecossistema saudável. Segundo Harwell et al. (2019), as funções especí-
ficas e os valores subsequentes fornecidos pelos ecossistemas florestais são
variáveis e dependem de inúmeras propriedades e processos do solo. Assim,
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o entendimento das propriedades e da biota do solo é imprescindível para a


classificação precisa do nível de degradação da floresta (SILVA; CRISPIM,
2011). A seguir são listados alguns dos métodos mais utilizados em análises
físico-químicas e microbiológicas em amostras de solo (RAMACHANDRAN
et al., 2016):

 pH do solo — potenciometria 1: 25 (água no solo);


 condutividade elétrica — condutometria (suspensão de água no solo 1: 2);
 nitrogênio total — analisador elementar CHSN-O;
 potássio total — fotometria de chama;
 fósforo total — método de Pemberton;
 total de oligoelementos (Fe, Mn, Zn, Cu) — extrato de HCl no espec-
trofotômetro de absorção atômica (PerkinElmer modelo 380);
 carbono orgânico do solo (SOC) — analisador elementar CHSN-O;
 nitrogênio disponível — método de permanganato alcalino;
 fósforo disponível — extrator de Olsen (NaHCO3 0,5 M) a pH 8,5;
 potássio disponível — método NH4OAc neutro;
 carbono microbiano de biomassa — método de extração de fumigação;
 nitrogênio de biomassa microbiana — método de extração de fumigação;
 micróbios totais e funcionais — método de placa de vazamento.

Análises ambientais de solo incluem o conhecimento dos microrganismos presentes


nesse ecossistema. As comunidades bacterianas do solo são moldadas por vários
fatores edáficos, incluindo a textura e a química do solo, além de fatores bióticos,
como raízes das plantas e atividade micorrízica associada, serapilheira acima do solo e
outras matérias orgânicas em decomposição. Experimentos envolvendo a população
microbiológica do solo em mesocosmos (sistema experimental ao ar livre que examina
o ambiente natural — ar, água ou solo — sob condições controladas) têm evidenciado
que a riqueza em espécies e uniformidade da comunidade bacteriana do solo são
fortemente influenciadas pelas espécies arbóreas. Um estudo sobre a intensidade do
uso da terra e a co-ocorrência microbiana indicou que as comunidades do solo da
floresta formam redes muito mais ricas do que as de prados ou solos agrícolas. Embora
as características do solo (particularmente o pH) tenham sido frequentemente relatadas
como fortes fatores da diversidade microbiana, as espécies arbóreas demonstraram
ter um impacto mais intenso na estrutura da comunidade do que no ambiente do
solo (DUKUNDE et al., 2019).
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3 Mecanismos de proteção e gestão


da qualidade ambiental
A bioacumulação, ou seja, o acúmulo de produtos químicos em um organismo
em relação ao seu nível no meio ambiente, é uma grande preocupação ambiental.
Assim, o monitoramento das concentrações químicas na biota é amplo e cada
vez mais utilizado para avaliar o status químico dos ecossistemas aquáticos.
Para isso, vários aspectos científicos e regulatórios são discutidos sobre a
bioacumulação em diferentes ecossistemas. De acordo com Soomro et al.
(2011), o monitoramento das concentrações químicas na biota pode ser usado
para verificar a conformidade com as diretrizes regulatórias, identificar fontes
químicas ou avaliar riscos ambientais relacionados a eventos.
Avaliar a bioacumulação em campo é desafiador, pois muitos fatores
podem afetar o acúmulo de um produto químico em um organismo. A amos-
tragem passiva pode complementar o monitoramento da biota, uma vez que
os amostradores com propriedades padronizadas de partição podem ser
usados em ampla faixa temporal e geográfica. A bioacumulação também é
avaliada quanto à regulamentação de produtos químicos de interesse ambien-
tal, na qual são utilizados principalmente dados de estudos de laboratório
(RAMACHANDRAN et al., 2016).
Dados de campo podem, no entanto, fornecer informações adicionais im-
portantes para os reguladores. As estratégias para avaliação da bioacumulação
ainda precisam ser caracterizadas para diferentes regulamentações e grupos
de produtos químicos. Segundo Postel, Daily e Ehrlich (1996), para estimular
a conscientização sobre questões críticas e tirar proveito da experiência técnica
e das descobertas científicas, é necessário melhorar a comunicação entre as
comunidades de avaliação e monitoramento de riscos.
Os analistas ambientais/cientistas podem apoiar o estabelecimento de
novos programas de monitoramento para bioacumulação, tal como no âmbito
da Diretiva da Norma Europeia de Qualidade Ambiental. Dentre os ecossis-
temas monitorados, sistemas aquáticos sempre apresentam questões críticas
relevantes. Os contaminantes ambientais são monitorados em organismos
aquáticos, principalmente em peixes, para verificar a conformidade com as
diretrizes regulatórias. Na Europa, existem limites para peixes, produtos da
pesca e frutos do mar, de acordo com as leis alimentares europeias, como o
Regulamento Europeu de Contaminação (HARWELL et al., 2019) e recomen-
dação da Comissão Europeia. Além disso, diretivas nacionais quanto a níveis
toleráveis de contaminantes nos alimentos (SOOMRO et al., 2011) também
definem concentrações máximas permitidas nos alimentos.
Análises ambientais aplicadas à biociência 13

O monitoramento de produtos químicos na biota aquática para fins de vigi-


lância alimentar difere do monitoramento ambiental: na vigilância alimentar,
o objeto de proteção é apenas o ser humano como consumidor. Normalmente,
peixes, produtos da pesca ou frutos do mar são obtidos em mercados comerciais,
de modo que a alocação ao ecossistema geralmente permanece incerta. Em
geral, os produtos químicos são medidos no tecido muscular e referem-se ao
novo peso da amostra (POSTEL, DAILY, EHRLICH, 1996).
Bacias hidrográficas são ecossistemas complexos. A natureza não é está-
tica, mas se ajusta e se adapta às tensões climáticas e antropogênicas naturais
(HARWELL et al., 2019). Em ambientes aquáticos, nem toda a poluição da
água é proveniente de uma entrada externa, pois também pode se originar de
entradas internas, como lençóis d´água e subsolo. A poluição também pode
advir dos materiais armazenados em áreas ribeirinhas e pantanais, devido a
seus atributos, processos físicos e funções (ZINABU et al., 2019).
Em relação a materiais orgânicos, quando uma abundância de nutrientes,
aumento do calor, maior salinidade e luz estão disponíveis, podem ocorrer
explosões de cianobactérias prejudiciais. As estratégias de controle de poluição
por uma fonte pontual, como em cianobactérias, foram muito eficazes durante
as primeiras décadas da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
(USEPA), quando o sucesso foi atribuído a estruturas de controle regulatório
capazes de romper o caminho da contaminação por fonte pontual para um
coorte de parâmetros (isto é, humanos, peixes, etc.) e atingir os padrões de
qualidade da água (RAMACHANDRAN et al., 2016).
Como a ênfase no controle da poluição passou de fontes pontuais para
fontes não pontuais, o sucesso tem sido esporádico (RUDD et al., 2014),
porque uma única solução ou estrutura de controle não dá conta de conter a
poluição por fontes não pontuais (NPS). Acima de tudo, investimentos federais
em recursos hídricos devem refletir prioridades nacionais, proteger o meio
ambiente, maximizar o desenvolvimento econômico sustentável, evitar o uso
excessivo de várzeas e áreas propensas a inundações e proteger e restaurar
as funções dos sistemas naturais. Depois que um corpo de água é designado
como prejudicado, é necessária uma avaliação da fonte de carga diária máxima
total (TMDL), alocação de carga e, na maioria dos locais, um documento do
plano de implementação (POSTEL; DAILY; EHRLICH, 1996).
A criação de uma TMDL de NPS é muitas vezes desafiadora, porque um
plano requer contabilidade viável de cargas de poluentes de NPS permitidas e
métodos de controle regulatório e de monitoramento (SOOMRO et al., 2011).
Os principais indicadores medem o desempenho das condições ecológicas
atuais e futuras que impulsionam a poluição. A Figura 2 indica a estrutura
14 Análises ambientais aplicadas à biociência

conceitual de um sistema ecológico saudável. Fracassos no enfrentamento da


poluição por NPS ocorrem em parte porque a qualidade da água e as medidas
do organismo aquático são tipicamente indicadores de atraso (HARWELL
et al., 2019).

Figura 2. Estrutura conceitual de um sistema ecológico saudável.


Fonte: Adaptada de Harwell et al. (2019).

Outro exemplo de fonte química contaminante foi verificado em uma pesquisa de


monitoramento de trifenilestanho (TPT) por Bettin, Oehlmann e Stroben (1996). Após
encontrar altas concentrações de tributilestanho (TBT) e TPT em sedimentos e biota
marinha, as concentrações de ambos produtos químicos foram medidas em peixes
a cerca de 100 quilômetros do local avaliado em 1996. O TPT, usado até meados da
década de 1990 como componente em tintas anti-incrustantes e fungicidas, apresentou
níveis elevados em fígados de peixes contaminados com o agente químico. Como os
níveis estavam mais altos que os toleráveis, iniciou-se o monitoramento e recuperação
da área afetada e a eliminação de sua aplicação como fungicida.
Análises ambientais aplicadas à biociência 15

Neste capítulo, vimos que são diversas as análises ambientais implicadas


na área de biociências, a qual, pela sua característica interdisciplinar, pode
ser fortemente influenciada por outras áreas correlatadas descritas. Vimos
ainda que as aplicações de gestão de qualidade ambiental apresentam soluções
eficientes para controle de ecossistemas. Essa função é cada vez mais explorada
por profissionais ligados aos estudos biocientíficos, inclusive da área de saúde,
como as ciências biomédicas. Muitos estudos sobre a biodiversidade e meca-
nismos de proteção ambiental têm sido realizados na busca pela homeostasia
do meio ambiente, procurando sempre propor respostas para sua manutenção
e preservação da saúde.
De forma geral, as análises ambientais desenvolvem funções específicas
na manutenção da saúde, bem-estar e qualidade de vida dos seres vivos de
um ecossistema. A compreensão dos mecanismos envolvidos nesse sistema
ajuda o profissional da área a tomar decisões sobre como atuar em diversos de
seus ramos, além de auxiliar em análises e interações que buscam minimizar
impactos no meio ambiente.

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Leitura recomendada
BARRETT, G. W.; VAN DYNE, G. M.; ODUM, E. P. Stress ecology. BioScience, v. 26, p. 192–194,
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