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INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS E DE
COMUNICAÇÃO
Sistemas de
proteção contra
descargas
atmosféricas
Leonardo Broering Groff

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Definir descarga atmosférica.


>> Descrever as características das malhas de aterramento.
>> Identificar os principais equipamentos de proteção contra descargas at-
mosféricas.

Introdução
As descargas atmosféricas são um fenômeno natural impressionante e perigoso.
Por um lado, é provável que elas possuam um papel fundamental na formação
das moléculas orgânicas necessárias para a formação da vida na Terra (RAKOV;
UMAN, 2003). Por outro, os raios são responsáveis por mais de 5.000 mortes por
ano, em média, em todo o mundo (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS
[INPE], 2020). Sendo assim, desenvolver sistemas de proteção contra descargas
atmosféricas é fundamental para a segurança de qualquer tipo de instalação
suscetível a esse tipo de descarga.
Ao longo da história, algumas construções foram repetidas vezes danificadas
por descargas elétricas. Por exemplo, o Campanário de São Marcos, em Veneza, foi
destruído em 1417, novamente em 1489, e danificado com mais ou menos severidade
2 Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas

em 1548, 1565, 1653 e 1745. Com a instalação de para-raios, em 1766, inventados por
Benjamin Franklin em 1752, a igreja nunca mais sofreu danos (UMAN, 1987). Outras
construções, como a Catedral de Genebra, foram construídas acidentalmente com
proteções contra raios, ao ter, em seus telhados, estruturas metálicas aterradas.
Hoje em dia, a utilização de medidas de proteção contra descargas atmosféricas
é praticamente onipresente.
Neste capítulo, você vai conhecer os tipos e as etapas de uma descarga at-
mosférica, as características das malhas de aterramento e sua importância em
uma instalação elétrica, bem como os principais equipamentos e técnicas de um
sistema de proteção contra descargas atmosféricas.

Descargas atmosféricas
As descargas atmosféricas sempre intrigaram os seres humanos, inspirando
medo e respeito, e tendo um papel fundamental na mitologia. Os gregos atri-
buíram os raios a Zeus, o deus dos céus e dos trovões, que os utilizava como
forma de punição ou contra seus inimigos, e o mesmo pode ser dito sobre
seu equivalente romano, Júpiter. Já na mitologia nórdica, o responsável era
o deus Thor, que gerava raios quando batia em sua bigorna com o martelo.
Os povos indígenas brasileiros, por sua vez, acreditavam que os raios eram
lançados por Tupã sobre homens dominados por maus espíritos (MEDEIROS;
SOUZA; SABA, 2019).
Na Europa medieval, os sinos das igrejas comumente traziam a inscrição
em latim fulgura frango, que, em tradução livre, significa “eu quebro relâm-
pagos”, e era uma prática comum soar esses sinos durante tempestades para
dispersar os raios. Essa prática, no entanto, era bastante perigosa, visto que
em um período de apenas 33 anos, 386 campanários de igrejas teriam sido
atingidos, levando ao óbito 103 tocadores de sinos, segundo Schonland (1964,
apud RAKOV; UMAN, 2003).
Foi apenas com os avanços no estudo do eletromagnetismo que os fenôme-
nos de descargas atmosféricas começaram a ser mais bem compreendidos. No
século XVIII, Benjamin Franklin demonstrou, por meio de diversos experimen-
tos, que os raios eram descargas elétricas e que eram atraídos por condutores
pontiagudos aterrados, inventando assim o para-raios, em 1750, que pode
ser visto como a primeira aplicação prática do estudo do eletromagnetismo,
cerca de 50 anos antes da invenção da bateria elétrica (UMAN, 1987). Na Figura
1, vemos para-raios aplicados nas torres de uma igreja.
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas 3

Figura 1. Igreja com para-raios atingida por uma descarga atmosférica.


Fonte: Adaptada de Audet (2014).

Tipos de descargas
As descargas atmosféricas podem ser primariamente classificadas como
descargas nuvem-nuvem e descargas nuvem-solo. As descargas nuvem-nuvem
são aquelas que ocorrem sem interação com o solo, seja no interior de uma
nuvem ou partindo de uma nuvem para outra (BAZELYAN; RAIZER, 2000). Como
esse tipo de descarga representa poucos riscos às edificações, será dado um
enfoque maior às descargas nuvem-solo.
As descargas atmosféricas nuvem-solo podem ser classificadas de acordo
com a sua polaridade e a sua direção, podendo ser descendentes, quando
se originam nas nuvens, ou ascendentes, quando se originam no solo, e
negativas, quando transportam cargas negativas para o solo, ou positivas,
quando transportam cargas positivas para o solo (Figura 2).
4 Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas

Figura 2. Tipos de descargas atmosféricas: (a) descarga descendente negativa; (b) descarga
ascendente negativa; (c) descarga descendente positiva; (d) descarga descendente positiva.

As descargas descendentes negativas são as mais comuns, devido à


tendência de acúmulo de cargas negativas na parte inferior das nuvens e de
cargas positivas na parte superior, e são responsáveis por cerca de 90% do
total de descargas atmosféricas nuvem-solo. As descargas descendentes
positivas são mais raras.
Já as descargas ascendentes ocorrem apenas a partir de edifícios muito
altos, em geral, que possuem mais de 100 m de altura. No caso das descargas
ascendentes, a carga transportada é inversa à polaridade assumida, ou seja,
uma descarga ascendente negativa transporta carga positiva do solo para
as nuvens, enquanto uma descarga ascendente positiva transporta carga
negativa do solo para as nuvens. Isso se deve ao fato de que a polaridade
assumida da descarga se refere à carga efetiva transferida da nuvem para o
solo; assim, a saída de cargas negativas do solo para a nuvem é equivalente
à entrada de cargas positivas no solo, vindas da nuvem, e vice-versa.

Características e etapas de uma descarga


atmosférica
Segundo Bazelyan e Raizer (2000), uma descarga atmosférica nuvem-solo é
composta por diversas etapas, descritas a seguir.
Primeiro, ocorre a formação e a propagação de um canal de plasma, por
meio de um líder escalonado. Nessa etapa, que se inicia em uma região onde o
campo elétrico é suficiente para ionizar o ar por meio de colisões de elétrons,
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas 5

o líder segue um caminho tortuoso através de uma intensa ionização do ar


à sua frente, transformando o ar isolante em plasma altamente condutivo.
Esse processo é relativamente lento, podendo levar mais de 20 ms para que
o líder se aproxime do solo, e comumente várias ramificações podem surgir,
como pode ser visto nas Figuras 3a e 3b. Durante essa etapa, a corrente
média é da ordem de 100 A, e a velocidade de propagação é da ordem de 2 ×
105 m/s (RAKOV; UMAN, 2003).
Quando o líder se aproxima do solo, um intenso campo elétrico é formado,
levando à quebra da rigidez dielétrica do ar, permitindo a formação de um ou
mais contralíderes ascendentes no solo. O contato entre esses dois líderes
inicia a descarga de retorno, uma poderosa descarga com um elevado pico
de corrente, que percorre o canal de plasma formado pelo líder escalonado.
Devido à grande corrente, ocorre aumento de temperatura, dando origem a
um intenso clarão (relâmpago) e uma forte onda de choque (trovão) devido à
expansão dos gases em torno do raio. A descarga de retorno pode ser vista
na Figura 3c. Durante essa etapa, a corrente média pode ultrapassar os 100
kA, e a velocidade de propagação da descarga é da ordem de um terço da
velocidade da luz (RAKOV; UMAN, 2003).
Finalmente, após a descarga de retorno, o raio pode chegar ao seu final,
ou um novo líder pode se formar enquanto ainda há um canal de plasma
formado, caso ocorram movimentações de carga suficientes dentro da nu-
vem. Quando isso ocorre, o novo líder percorre diretamente o caminho de
gás ionizado do líder anterior, e por isso é denominado líder contínuo, em
vez de líder escalonado.
Os raios ascendentes, diferentemente, não apresentam descargas de
retorno. Enquanto o canal se propaga, o potencial elétrico vai aumentando
gradativamente até que o líder cesse o seu desenvolvimento no interior da
nuvem. No entanto, caso haja descargas subsequentes, da nuvem para o
solo, estas darão origem a descargas de retorno normalmente (BAZELYAN;
RAIZER, 2000).
6 Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas

Figura 3. Etapas de uma descarga: (a) início da descarga; (b) propagação do líder escalonado;
(c) descarga de retorno; (d) líder contínuo.
Fonte: Adaptada de Anke (2020).

Malhas de aterramento
As malhas de aterramento de uma instalação elétrica são uma proteção fun-
damental contra choques elétricos e têm um importante papel na proteção
contra descargas atmosféricas. Quando uma estrutura ou um equipamento
encontra-se aterrado, qualquer possível corrente de falta percorrerá o cami-
nho até a terra, evitando que essa corrente circule através do corpo de uma
pessoa (GEBRAN; RIZZATO, 2017). Além disso, o aterramento (Figura 4) serve
para sensibilizar equipamentos de proteção (que podem não detectar uma
falta caso todas as partes estejam isoladas, criando uma situação perigosa).
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas 7

Figura 4. Eletrodo e condutores de aterramento.


Fonte: RachenStocker/Shutterstock.com.

Subsistema de aterramento
O subsistema de aterramento é composto por todos os eletrodos e condutores
de aterramento, independentemente de estarem ou não interligados. Para
dispersar a corrente de descargas atmosféricas para a terra, a geometria e
as dimensões do aterramento são fundamentais. É recomendado obter-se
a menor resistência de aterramento possível, compatível com o arranjo do
eletrodo, a topologia e a resistividade do solo, de modo a minimizar sobre-
tensões potencialmente perigosas. De acordo com Gebran e Rizzato (2017),
os principais métodos de aterramento incluem:

„„ haste simples crava no solo;


„„ hastes alinhadas;
„„ hastes em triângulo;
„„ placas enterradas;
„„ malha de terra.

Além disso, o autor citado também afirma que a opção mais eficiente é
a malha de terra.
8 Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas

A NBR 5419-4 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS [ABNT], 2015d),


por sua vez, indica que é adequado um sistema combinado de aterramento
e de equipotencialização, conforme apresentado na Figura 5.

Figura 5. Aterramento e equipotencialização.


Fonte: Adaptada de ABNT (2015d).

Assim, o subsistema de aterramento dispersa a corrente da descarga


enquanto a malha de equipotencialização minimiza as diferenças de potencial
na estrutura e reduz os campos magnéticos, aumentando a segurança e redu-
zindo o risco de danos a equipamentos ou indivíduos no interior da estrutura.

Integração dos aterramentos


Tendo em vista que as opções de eletrodos de aterramento e os métodos de
equipotencialização da NBR 5410 (ABNT, 2004) e da NBR 5419-3 (ABNT, 2015c)
são compatíveis, é recomendada a utilização conjunta dos aterramentos para
a proteção contra choques e contra descargas atmosféricas. Segundo Creder
(2016), a integração desses sistemas traz diversos benefícios, entre eles:

„„ a equipotencialização de massas metálicas;


„„ a unificação de referência da terra;
„„ a redução da resistência de aterramento, tendo em vista uma maior
área da malha.
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas 9

No entanto, Creder (2016) reforça que a integração deve ser feita com os
cuidados necessários para que não ocorram interferências indesejadas entre
os sistemas integrados.

Sistema de proteção contra descargas


atmosféricas
A NBR 5419-3 (ABNT, 2015c) prevê quatro classes de sistemas de proteção
contra descargas atmosféricas (SPDA), de acordo com o nível de proteção
conferida, indo da classe I, que proporciona a maior proteção, até a classe IV,
que proporciona a menor proteção. Os valores numéricos para os diferentes
métodos de projeto de SPDA dependem da classe de proteção adotada no
projeto.

A escolha da classe de proteção adequada costumava ser realizada


com base no tipo de edificação, mas, a partir da revisão da NBR 5419
em 2015, essa escolha passou a ser feita por meio de cálculos de gerenciamento
de risco.

De acordo com a NBR 5419-3 (ABNT, 2015c), os elementos que compõem


um SPDA são os subsistemas de captação, os subsistemas de descida e os
subsistemas de aterramento. A seguir, os subsistemas de captação e descida
são abordados com maior detalhe.

Subsistema de captação
O subsistema de captação é composto por hastes, condutores suspensos
e condutores em malha distribuídos de forma a interceptar as descargas
atmosféricas e minimizar a probabilidade de que elas penetrem na estrutura
da instalação. Assim, é importante ressaltar que as hastes, também chama-
das de para-raios, são apenas uma parte do subsistema, complementadas
pelos outros condutores. Os captores mais comumente utilizados são os do
tipo Franklin, que são constituídos de uma haste com quatro pontas em sua
extremidade, como você pode ver na Figura 6.
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Figura 6. Captor Franklin e condutores de captação.


Fonte: MRYOUNGRISK/Shutterstock.com.

Além deles, são também utilizadas hastes sem as quatro pontas na sua ex-
tremidade e os captores ionizantes. Os captores ionizantes buscam antecipar
a geração do contralíder ascendente em caso de uma descarga para garantir
maior proteção. No entanto, é importante ressaltar que a NBR 5419-3 (ABNT,
2015c) não faz qualquer distinção entre os tipos de captores e não contempla
métodos de aumento do raio de proteção dos captores.
Para garantir uma proteção adequada, é necessário seguir rigorosamente
os critérios de posicionamento de captores apresentados na NBR 5419-3 (ABNT,
2015c). Os captores devem ser sempre posicionados em cantos salientes,
pontas expostas ou beiradas, em particular no nível superior de qualquer
edificação. Segundo a norma, o posicionamento pode ser feito de acordo
com três métodos distintos:

1. método do ângulo de proteção;


2. método da esfera rolante;
3. método das malhas.

O posicionamento de acordo com o método do ângulo de proteção será


considerado adequado quando a estrutura a se proteger estiver totalmente
contida no volume protegido, dado por um cone circular conforme a Figura 7.
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas 11

Figura 7. Volume de proteção — método do ângulo de proteção.

O ângulo α é obtido em função da altura H e da classe de proteção do


sistema, de acordo com o gráfico da Figura 8.

Figura 8. Ângulo de proteção α.


Fonte: ABNT (2015c, p. 31).

Caso a altura H seja superior ao valor final da curva de cada classe, o


método do ângulo de proteção não é admitido.
O posicionamento de acordo com o método da esfera rolante será con-
siderado adequado caso uma esfera fictícia, cujo raio depende da classe do
SPDA, de acordo com o Quadro 1, rolando ao redor e sobre a estrutura a ser
protegida, não tocar em nenhum ponto dessa estrutura, apenas no subsistema
de captação, conforme ocorre na Figura 9. Observe que ao se rolar a esfera
ao longo da estrutura, apenas os pontos em vermelho, que são os captores,
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tocam na esfera fictícia. Nesse caso, o posicionamento está adequado, e a


estrutura azul está protegida.

Figura 9. Método da esfera rolante. A estrutura azul não é tocada pela esfera, apenas os
captores.

Por fim, o método das malhas consiste em utilizar uma malha de condutores
sobre uma superfície plana, com dimensões apresentadas no Quadro 1. Nesse
caso, devem ser instalados condutores de captação em toda a periferia da
estrutura, nas saliências da cobertura e nas cumeeiras dos telhados. Além
disso, os condutores do sistema de captação devem ser projetados de forma
que a corrente sempre encontre pelo menos dois caminhos para o subsistema
de aterramento, e devem seguir o caminho mais curto e retilíneo possível
da instalação.

Quadro 1. Valores máximos para métodos de posicionamento de captores

Classe de SPDA I II III IV

Raio da esfera (m) 20 30 45 60

Afastamento 5×5 10 × 10 15 × 15 20 × 20
da malha (m)

Fonte: Adaptado de ABNT (2015c).


Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas 13

Subsistema de descida
O subsistema de descida é o responsável por fornecer um caminho para a
corrente fluir dos captores até o subsistema de aterramento. De acordo com
a NBR 5149-3 (ABNT, 2015c), eles devem ser arranjados de modo a garantir
diversos caminhos paralelos para a corrente elétrica e o menor comprimento
possível para o caminho da corrente. Além disso, um condutor de descida
deve ser instalado, preferencialmente, em cada canto saliente da estrutura.
Um ponto importante no projeto de instalações elétrica é o aproveita-
mento de condutores naturais como condutores de descida, respeitando os
requisitos da norma. Nesse sentido, os seguintes condutores naturais podem
ser aproveitados:

„„ instalações metálicas com continuidade durável;


„„ armaduras das estruturas de concreto armado eletricamente contínuas;
„„ vigamento de aço da estrutura;
„„ elementos metálicos da fachada com continuidade durável.

Necessidade da proteção contra descargas


atmosféricas
O SPDA é um conjunto de medidas que visam reduzir os riscos associados a
essas descargas. Assim, a necessidade da utilização de um sistema de pro-
teção é realizada levando-se em conta os riscos de perdas de valor social,
que, segundo a NBR 5419-1 (ABNT, 2015a) são:

„„ R1 — risco de perda de vidas humanas (ou danos permanentes);


„„ R2 — risco de perda de serviço ao público;
„„ R3 — risco de perda de patrimônio cultural.
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Esses riscos de perdas sociais, que podem ser calculados utilizando os


procedimentos apresentados na NBR 5419-2 (ABNT, 2015b), são então compa-
rados com os riscos toleráveis (RT), e medidas de proteção devem ser tomadas
sempre que os riscos excederem os valores toleráveis. De forma simplificada,
o valor numérico de cada tipo de risco R X é dado por:

R X = NX × PX × L X

Onde:

„„ NX é o número médio de eventos perigosos por ano;


„„ PX é a probabilidade de danos devido a um evento perigoso;
„„ L X é a perda consequente do dano.

Além disso, há ainda a perda L4, associada a perdas econômicas (danos


à estrutura e aos equipamentos). Embora seja recomendado que as perdas
financeiras sejam avaliadas para se adotar uma medida de proteção econo-
micamente viável, a obrigatoriedade de um SPDA depende apenas dos riscos
de perdas sociais.

O procedimento completo para o cálculo de riscos e a composição


de cada tipo de risco podem ser encontrados na NBR 5419-2 (ABNT,
2015b), incluindo o método de cálculo do número médio de eventos (anexo A),
a probabilidade de danos (anexo B) e os parâmetros de perdas (anexo C).

Referências
ANKE, P. [Descargas]. [S. l.], 2020. Disponível em: https://www.pexels.com/pt-br/vi-
deo/4159523/. Acesso em: 1 fev. 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5410: instalações elétricas
de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5419-1: proteção contra
descargas atmosféricas–parte 1. Rio de Janeiro: ABNT, 2015a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5419-2: proteção contra
descargas atmosféricas–parte 2. Rio de Janeiro: ABNT, 2015b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5419-3: proteção contra
descargas atmosféricas–parte 3. Rio de Janeiro: ABNT, 2015c.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5419-4: proteção contra
descargas atmosféricas–parte 4. Rio de Janeiro: ABNT, 2015d.
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas 15

AUDET, P. [Relâmpago igreja]. [S. l.], 2014. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/


rel%C3%A2mpago-igreja-%C3%A1rvore-paisagem-552038/. Acesso em: 1 fev. 2021.
BAZELYAN, E. M.; RAIZER, Y. P. Lightning physics and lightning protection. Boca Raton:
CRC Press, 2000.
CREDER, H. Instalações elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017.
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Grupo de Eletricidade Atmosférica
(ELAT). Proteção contra raios. Brasília, DF: INPE, 2020. Disponível em: http://www.inpe.br/
webelat/docs/Cartilha_Protecao_Contra_Raios_Brasil_2020.pdf. Acesso em: 1 fev. 2021.
MEDEIROS, D. S. F.; SOUZA, P. V. S.; SABA, M. M. F. A física dos relâmpagos: uma sequência
didática referenciada na aprendizagem significativa de Ausubel. Latin-American Journal
of Physics Education, Cidade do México, v. 13, n. 1, p. 9, 2019.
RAKOV, V. A.; UMAN, M. A. Lightning: physics and effects. Cambridge: Cambridge Uni-
versity Press, 2003.
UMAN, M. A. The lighting discharge. Mineola: Dover Publications, 1987.

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