Juris ECA
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DICAS
AULA 31
NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS!
JURISPRUDÊNCIA
- 03) O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à
imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente (Súmula 492 do STJ, DJe
13/08/2012). Todavia, essa medida é cabível em casos excepcionais, notadamente quando
as circunstâncias do caso concreto demonstram se tratar da única medida socioeducativa
adequada à sua ressocialização, nos termos do art. 100, c/c o art. 113, do ECA – AgRg no HC
567.090/SC, DJe 30/06/2020.
- 04) Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou
adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B
da Lei nº 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de computadores – RE
628624/MG, DJe 06/04/2016. A internacionalidade do delito exige, primeiro, que a
publicação do material pornográfico tenha sido em “ambiência virtual de sítios de amplo e
fácil acesso a qualquer sujeito, em qualquer parte do planeta, que esteja conectado à
internet”, mas não só isso, é preciso também que “o material pornográfico envolvendo
crianças ou adolescentes tenha estado acessível por alguém no estrangeiro, ainda que não
haja evidências de que esse acesso realmente ocorreu.” (STJ, RHC 125.440/SE, DJe
15/06/2020).
- 07) A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção
do menor, por se tratar de delito formal (Súmula 500 do STJ).
- 08) O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em proveito
de criança ou adolescente independentemente do exercício do poder familiar dos pais, ou
do fato de o menor se encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca da existência ou
eficiência da Defensoria Pública na comarca (Súmula 594 do STJ, DJe 06/11/2017).
- 09) O juízo especializado da Justiça da Infância e da Juventude é competente para o
cumprimento e a efetivação do montante sucumbencial por ele arbitrado (REsp
1.859.295/MG, DJe 29/05/2020).
- 16) Consoante o ECA, em todos os recursos, salvo os embargos de declaração, o prazo será
decenal (art. 198, II, ECA) e a sua contagem ocorrerá de forma corrida, excluído o dia do
começo e incluído o do vencimento, vedado o prazo em dobro para o Ministério Público (art.
152, § 2°, do ECA) – HC 475.610/DF, DJe 03/04/2019).
- 17) O menor sob guarda tem direito à concessão do benefício de pensão por morte do seu
mantenedor, comprovada sua dependência econômica, nos termos do art. 33, § 3º do
Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda que o óbito do instituidor da pensão seja
posterior à vigência da Medida Provisória 1.523/96, reeditada e convertida na Lei n.
9.528/97. Funda-se essa conclusão na qualidade de lei especial do Estatuto da Criança e do
Adolescente (8.069/90), frente à legislação previdenciária (REsp 1.411.258/RS, DJe
21/02/2018).
- 18) A conduta de emissora de televisão que exibe quadro que, potencialmente, poderia criar
situações discriminatórias, vexatórias, humilhantes às crianças e aos adolescentes configura
lesão ao direito transindividual da coletividade e dá ensejo à indenização por dano moral
coletivo – REsp 1.517.973/PE, DJe 01/02/2018
- 19) A prática de crimes em concurso com dois adolescentes dá ensejo à condenação por
dois crimes de corrupção de menores – REsp 1.680.11/GO, DJe 16/10/2017.
- 20) O grande interesse por material que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente é ínsito ao crime descrito no art. 241-A da Lei n.
8.069/1990, não sendo justificável a exasperação da pena-base a título de conduta social ou
personalidade (REsp 1579578/PR, DJe 17/02/2020
- 21) O delito do art. 240 do ECA [produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar,
por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou
adolescente] é classificado como crime formal, comum, de subjetividade passiva própria,
consistente em tipo misto alternativo – STJ, HC 438.080/MG, DJe 02/09/2019
- 22) A ordem cronológica de preferência das pessoas previamente cadastradas para adoção
não tem um caráter absoluto, devendo ceder ao princípio do melhor interesse da criança e
do adolescente, razão de ser de todo o sistema de defesa erigido pelo ECA, que tem na
doutrina da proteção integral sua pedra basilar (HC 505730/SC, julgado em 05/05/2020).
- 23) A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem
na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida,
enquanto não atingida a idade de 21 anos (Súmula 605 do STJ, DJe 19/03/2018).
- 24) A Defensoria Pública pode ter acesso aos autos de procedimento verificatório instaurado
para inspeção judicial e atividade correicional de unidade de execução de medidas
socioeducativas (RMS 52.271/SP, DJe 29/06/2018).
- 28) A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas (Súmula 338 do STJ)
- 31) O marco inicial para a contagem do prazo prescricional para a cobrança da multa
administrativa imposta, em razão de infração prevista no ECA, é o trânsito em julgado para
efeito de pagamento da multa e não a data da infração administrativa (REsp 1655163/SC,
DJe 01/09/2020).
- 32) A suspeita da prática de crime sexual contra criança e adolescente justifica a sua
inquirição na modalidade do “depoimento sem dano”, respeitando-se a sua condição
especial de pessoa em desenvolvimento, em ambiente diferenciado e por profissional
especializado (AgRg no AREsp 1682899/DF, DJe 13/08/2020).
- 33) O art. 184 do ECA dispõe que, oferecida a representação, a autoridade judiciária deve
designar audiência especialmente para a apresentação do adolescente, tratando-se de
norma especial em relação à prevista no art. 400 do Código Penal, não havendo nulidade
quanto à oitiva do adolescente antes do depoimento das testemunhas (AgRg no AREsp
1689954/GO, DJe 10/08/2020).
- 37) A internação provisória, antes da sentença, poder ser determinada pelo prazo máximo
de 45 dias, se indicados, em dados concretos dos autos, indícios de autoria do ato
infracional e a necessidade da cautela, à luz do art. 122 do ECA – HC 580.480/SP, DJe
23/06/2020).
- 40) A diferença etária mínima de 16 (dezesseis) anos entre adotante e adotado pode ser
flexibilizada à luz do princípio da socioafetividade (REsp 1.785.754/RS, DJe 11/10/2019).
- 41) Segundo o texto expresso do ECA, em todos os recursos, salvo os embargos de
declaração, o prazo será decenal (art. 198, II) e a sua contagem ocorrerá de forma corrida,
excluído o dia do começo e incluído o do vencimento, vedado o prazo em dobro para o
Ministério Público (art. 152, § 2º). Desse modo, por força do critério da especialidade, os
prazos dos procedimentos regulados pelo ECA são contados em dias corridos, não havendo
que se falar em aplicação subsidiária do art. 219 do CPC/2015, que prevê o cálculo em dias
úteis. STJ. 6ª Turma. HC 475.610/DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/03/2019
(Info 647).
“NINGUÉM EDUCA NINGUÉM,
NINGUÉM EDUCA A SI MESMO,
OS HOMENS SE EDUCAM ENTRE
SI, MEDIATIZADOS PELO
MUNDO”.
PAULO FREIRE