Folhetos Aula Odontologia para o Bebê

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Aulas 16 e 17 Disciplina de Odontopediatria

Profa. Dra. Luciana Monti Lima Rivera

MUDANÇA DE FILOSOFIA
ODONTOLOGIA PARA O BEBÊ

Busca pelo profissional


para tratamento prevenção

- Filhos desejados
- Pais preocupados, informados,
- Pai e Mãe: divisão nos cuidados com a criança/bebê.
Prof. Dra. Luciana Monti Lima Rivera

PROGRAMAS EDUCATIVOS E
ABORDAGEM PRECOCE
PREVENTIVOS

- Prevenção - Educação/ Orientação/Acompanhamento/ Prevenção


- Primeira Bebê-Clínica – UEL -1986.
- Desenvolvimento de hábitos saudáveis em
saúde bucal
- PAIS /GESTANTES Cepae (FOP-Unicamp): Centro
- Orientações pré,
pré, neo e pós-
pós-natal. de Pesquisa e Atendimento
Odontológico para Pacientes
Especiais

QUANDO DEVE SER A PRIMEIRA PRIMEIRA CONSULTA DO BEBÊ


CONSULTA DO BEBÊ?

• Do nascimento aos 3 anos de idade


Antes de irromperem os
• Abordagem preventiva: orientações (hábitos
primeiros dentes nocivos, dieta, higienização)
• Abordagem curativa: atendimento clínico

Entre 6 e 12 meses de
idade

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Aulas 16 e 17 Disciplina de Odontopediatria
Profa. Dra. Luciana Monti Lima Rivera

ANAMNESE ANAMNESE
História Médica História Dental
• Cronologia e sequência de irrupção dos dentes decíduos
• Período gestacional • Sintomatologias locais ou sistêmicas durante irrupção
• Parto (intercorrências
(intercorrências?)
intercorrências?) dental
• Histórico de doenças virais ou bacterianas • Hábitos de higiene bucal, alimentação,
alimentação, sucção nutritiva e
• Hospitalização não nutritiva
- Cirurgias • Alterações bucais /
- Internações dentárias hereditárias?
hereditárias?

GUEDES PINTO, 2009 GUEDES PINTO, 2009

ANAMNESE
EXAME CLÍNICO
Abordagem Psicológica
Posições:
• Choro
Choro:: fome,
fome, raiva,
raiva, sono,
sono, dor,
dor, frustração
• Técnica: Falar
Falar-
-Mostrar-
Mostrar-Fazer Joelho – Joelho
Na cadeira – colo dos pais
Adaptadores para a cadeira

EXAME CLÍNICO Easy Baby


Macri
• Diagnosticar alterações - tratamento precoce
• Diagnosticar possíveis doenças sistêmicas - manifestações bucais

GUEDES PINTO, 2009 GOOGLE IMAGES

EXAME CLÍNICO EXAME CLÍNICO

• Exame extrabucal • Exame intrabucal

- Simetria crânio facial - Forma e integridade dos rodetes gengivais


- Músculos da expressão - Inserção dos freios labiais e lingual
- Existência de nódulos ganglionares - Forma do palato
- Grau de mobilidade da mandíbula - Faces internas da mucosa jugal,
jugal, assoalho bucal e
língua
- Integridade dos dentes e sequência de erupção

GUEDES PINTO, 2009 GUEDES PINTO, 2009

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Aulas 16 e 17 Disciplina de Odontopediatria
Profa. Dra. Luciana Monti Lima Rivera

CARACTERÍSTICAS BUCAIS DO BEBÊ CARACTERÍSTICAS BUCAIS DO BEBÊ

• Rodete gengival • Sequência de irrupção


- Boca edêntula com tecido gengival rosado
firmemente aderido.
aderido.
• Maxila
• Apresenta pouca profundidade com rugosidades
palatinas pronunciadas
• Cordão Fibroso de Robin e Magitot
- Localiza-
Localiza-se na região de incisivos e caninos em ambos
rodetes
- Bem desenvolvido no recém nascido, auxilia na
amamentação
- Involui com as irrupções dentárias
WALTER, 2014

CARACTERÍSTICAS BUCAIS DO BEBÊ CARACTERÍSTICAS BUCAIS DO BEBÊ

• Freio labial superior


Extende- • Calo de amamentação ou “Sucking pad”
pad”
Extende-se até a papila palatina auxiliando na
amamentação.
amamentação. Após desenvolvimento da maxila e - Localiza-
Localiza-se na porção média do lábio superior
irrupções,
irrupções, é deslocado alguns milímetros da margem - Auxilia no aleitamento
gengival.
gengival. - Mais proeminente nos bebês que mamam no peito

• Retrognatismo mandibular
- Fisiológico no primeiro ano de vida
• Freio labial persistente
- Necessita de amamentação natural para o
Inserção do freio permanece na papila ou na margem
desenvolvimento
gengival .

GUEDES PINTO, 2009 GUEDES PINTO, 2009

ALTERAÇÕES NA CAVIDADE BUCAL


CARACTERÍSTICAS BUCAIS DO BEBÊ
DO BEBÊ
• Freio lingual
• Alterações de irrupção
• Examinar espessura,
espessura, consistência e extensão pois pode
limitar a protrusão e interferir na fonação e
amamentação.
amamentação. - Dentes natais

- Dentes neo-
neo-natais
Freio curto = anquiloglossia
- Cisto/Hematoma
Cisto/Hematoma de irrupção

GUEDES PINTO, 2009

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Profa. Dra. Luciana Monti Lima Rivera

ALTERAÇÕES NA CAVIDADE BUCAL DO


DENTES NATAIS E NEO-
NEO-NATAIS
BEBÊ

DENTES NATAIS Freqüência de seu


1/2000 nascimentos
Dentes que aparecem na cavidade bucal aparecimento
ao nascimento do bebê
95% da série normal 5% extranumerários
DENTES NEO-
NEO-NATAIS
Dentes que aparecem na cavidade bucal gênero
nas primeiras semanas de vida 3X1

77% prevalência nas meninas


RONK, 1982

DENTES NATAIS E NEO-


NEO-NATAIS DENTES NATAIS E NEO-
NEO-NATAIS

CAUSAS MAIS FREQÜENTES: CONSEQUÊNCIAS:

Origem familiar Lesões no bico do peito da mãe

Hipovitaminoses Lesões na base da língua


(Riga Fede)
Posição superficial do germe dentário
Aspirado ou deglutido causando
Associação com síndromes complicações pulmonares ou digestivos

DENTES NATAIS E NEO-


NEO-NATAIS CISTO/HEMATOMA DE IRRUPÇÃO

- Lesão com aspecto translúcido ou azulado causado


QUAL A CONDUTA CLÍNICA ?
por hemorragia dentro do folículo de um dente em
irrupção.
irrupção.
Extração dos dentes imaturos de
- Normalmente regride espontaneamente.
espontaneamente.
implantação e extranumerários
após a primeira semana de vida - Excisão cirúrgica está indicada quando se prolonga
sua existência.
existência.
Preservação para dentes normais e
maduros, polimento suave

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Aulas 16 e 17 Disciplina de Odontopediatria
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ALTERAÇÕES NA CAVIDADE BUCAL NÓDULOS DE BOHN, PÉROLAS DE EPSTEIN E


DO BEBÊ CISTO DA LÂMINA DENTÁRIA
• são alterações semelhantes a pequenas
• Remanescentes epiteliais
erupções branco-amareladas

• consideradas remanescentes de
- Nódulos de Bohn estruturas embrionárias epiteliais
- Pérolas de Epstein
• desaparecem no primeiro mês de vida
- Cisto da lâmina dentária
• quando aumentam de volume podem dar
a falsa impressão de abcesso

• 92% em crianças recém-natas (1 a 2 dias)

NÓDULOS DE BOHN PÉROLAS DE EPSTEIN

Localização: porções vestibulares ou linguais dos roletes Localização: ao longo da rafe palatina mediana
gengivais
Freqüência: arco superior Freqüência: arco superior

Diagnóstico diferencial: dentes de erupção precoce ou ectópica Prevalência: menor que


Conduta clínica: massagem digital suave Nódulos de Bohn
Conduta: observação

CISTO DA LÂMINA DENTÁRIA CISTO DA LÂMINA DENTÁRIA

Localização: crista alveolar de rebordo gengival Conduta clínica:


Acompanhar o desenvolvimento, que é
Freqüência: região posterior dos arcos
involutivo, e aconselhar massagem suave
Diagnóstico diferencial: dentes natais
Volume exagerado

Marsupialização

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MUCOCELE / RÂNULA MUCOCELE E RÂNULA EM BEBÊS

CISTO DE EXTRAVAZAMENTO DE MUCO


TRATAMENTO
FENÔMENO DE EXTRAVAZAMENTO DE MUCO - Aguardar involução/ observar possível
causa (trauma)
- Ruptura do ducto de uma glândula salivar
menor associada à trauma ou mordida no - Micromarsupialização
lábio, bochecha ou língua.
- Remoção cirúrgica
- Aumento de volume com consistência mole
e coloração normal ou levemente azulada da
lesão.

EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÕES AOS PAIS CÁRIE DENTÁRIA E PREVENÇÃO

• Cárie dentária e sua prevenção • Cárie dentária é uma DOENÇA!


• Dieta alimentar do bebê • Responsabilidade pela saúde bucal da criança
• Amamentação natural X Mamadeira
• Higiene bucal
• Hábitos de sucção nutritiva e não nutritiva
• Importância da dentição decídua

ASSED, 2005 ASSED, 2005

CONCEITO REFORMULADO DA CÁRIE CONCEITO REFORMULADO DA CÁRIE


DENTÁRIA DENTÁRIA

- O acúmulo de bactérias sobre os dentes na forma de biofilme é


fator NECESSÁRIO para o desenvolvimento de lesões de cárie,
porém NÃO SUFICIENTE.

Cárie dentária: doença biofilme-açúcar dependente: - A exposição frequente a açúcares da dieta é o FATOR
DETERMINANTE NEGATIVO para o desenvolvimento da doença.
- Acúmulo de biofilme dentário (placa),
- Exposição ao açúcar (fator determinante negativo). - As pessoas não são perfeitas para escovarem os dentes e em
acréscimo usam produtos açucarados, sendo o fluoreto o
FATOR DETERMINANTE POSITIVO para tentar equilibrar o
Flúor possui papel importante no controle das lesões,
lesões, atuando processo des-re.
como fator determinante positivo na redução de perda mineral
quando está disponível na cavidade bucal.
bucal.

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Aulas 16 e 17 Disciplina de Odontopediatria
Profa. Dra. Luciana Monti Lima Rivera

CONCEITO REFORMULADO DA CÁRIE CONCEITO REFORMULADO DA CÁRIE


DENTÁRIA DENTÁRIA
Evolução da Microbiota Bucal Evolução da Microbiota Bucal
- Ao nascimento - Formação da Microbiota
•geralmente cavidade é estéril; •Com 3 meses de vida: microbiota instalada:
•inoculação com a flora normal do trato genital materno: Streptococcus, lactobacillus, coliformes, enterococcus,
lactobacillus, coliformes, streptococcus, leveduras, stafilococcus, neisserias.
protozoários, vírus.

- Formação da Microbiota - 1º Ano de Vida


•Predomínio de microrganismos anaeróbios: Streptococcus
•Cerca de 8h de vida: colonização inicia-se com – 70% dos viáveis, stafilococcus, veillonellas, neisserias
streptococcus (salivarius e mitior).

CONCEITO REFORMULADO DA CÁRIE CONCEITO REFORMULADO DA CÁRIE


DENTÁRIA DENTÁRIA
Evolução da Microbiota Bucal Evolução da Microbiota Bucal
- Erupção dentária x Colonização - Colonização bucal na adolescência
•S. sanguis: relacionado com a irrupção dos incisivos
- P. melaninogenicus (indica que microbiota está
inferiores
completa)
•S. mutans: colonização esporádica
- Colonização bucal na infância
Durante a infância, microbiota semelhante à do adulto,
exceto por:
- Prevotella melaninogenicus
- Espiroquetas

CONCEITO REFORMULADO DA CÁRIE DIETA ALIMENTAR DO BEBÊ


DENTÁRIA
Transmissibilidade
alimentação líquida
- Assoprar a papinha do bebê?? Primeiros meses
grande freqüência de
- Beijar a boca do bebê?? ingestão

Transmissibilidade da doença cárie


- Hábitos alimentares
Após os 6 alimentação pastosa
- Cuidados em higiene bucal meses /pegajosa
- Visitas periódicas preventivas
ASSED, 2005

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Aulas 16 e 17 Disciplina de Odontopediatria
Profa. Dra. Luciana Monti Lima Rivera

DIETA ALIMENTAR DO BEBÊ DIETA ALIMENTAR DO BEBÊ

Os hábitos adquiridos na infância, formam a base para AÇÚCAR


o futuro padrão alimentar do indivíduo
• O consumo precoce do açúcar irá predispor à um maior
Com o tempo ocorre uma adaptação dos hábitos risco de cárie
alimentares da criança à dieta familiar • Cuidado com frequência de ingestão e horários (fora do
AÇÚCAR horário de escovação)

• Alimentos altamente calóricos com valor nutricional • Consumo precoce: crianças irritadas e dificuldade
baixo. de concentração
• Maior tendência a obesidade, diabetes e outras • Efeitos negativos são mais evidentes quando o
doenças consumo é com estômago vazio
• Viciante: papilas gustativas e neurotransmissores • Açúcar deve ser evitado até os 2 anos de idade
(sensação de bem-estar).
ASSED, 2005 ASSED, 2005

AMAMENTAÇÃO NATURAL AMAMENTAÇÃO ARTIFICIAL

- possui anticorpos e todos os nutrientes necessários - não deve ser adoçada


- temperatura exata
- bico e furo pequenos
- reduz a chance de ingerir alimentos
- importante no desenvolvimento físico e emocional da - deve ser oferecida com
criança carinho
- permite um desenvolvimento facial harmônico;
- incidência maior de hábitos
- cria hábitos corretos de deglutição; de sucção não nutritivos
- favorece respiração nasal (chupeta e dedo)

AMAMENTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

POR QUE A AMAMENTAÇÃO


“Cárie de Mamadeira”
NOTURNA PODE GERAR CÁRIE ?
Cárie precoce da Infância
Diminuição da salivação, do
 primeiros anos de vida reflexo de deglutição,
 amamentação favorecendo retenção do
 noturna
ausência de limpeza e ou escovação alimento ao dente
Mc Donald, 1977

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Aulas 16 e 17 Disciplina de Odontopediatria
Profa. Dra. Luciana Monti Lima Rivera

AMAMENTAÇÃO CÁRIE DENTÁRIA E HIGIENE BUCAL

QUANDO COMEÇAR A LIMPAR A BOCA E


LEITE MATERNO OS DENTES DO BEBÊ?
É CARIOGÊNICO?
• Antes da presença dos dentes:
- Acostumar o bebê à manipulação da cavidade
“Não existem evidências científicas que suportem
bucal
a afirmação de que o aleitamento materno está
associado com a Cárie Precoce da Infância.” - Massagear gengivas

LEMOS et al., Pesq Bras Odontoped Clin Integr, 2012 ASSED, 2005

CÁRIE DENTÁRIA E HIGIENE BUCAL CÁRIE DENTÁRIA E HIGIENE BUCAL

Antes e depois de irromper os dentes Escovação: a partir da irrupção dos


 Limpeza com gaze/fralda e água filtrada dentes
• Mucosas Dentifrício fluoretado (1000-1100ppm)
• Rebordos
• Língua

 Dedeira de silicone - massagem

Creme dental sem flúor


Dificuldade de supervisão
ASSED, 2005

ESCOVAÇÃO/LIMPEZA HÁBITOS DE SUCÇÃO

Fio dental
- Hábito de sucção no bebê é inato, reflexo primitivo
 Pelo menos 2 dentes - Papel nutritivo e emocional
 Manipulação da cavidade bucal - Mordida aberta anterior
 Criação do hábito - Chupeta - Atresia maxilar
- Dedo - Mordida cruzada
 Dentição com diastemas - Mamadeira - Palato ogival
- Lábio hipotônico

- Sucção digital: estimular o uso da chupeta

ASSED, 2005

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EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÕES AOS PAIS EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÕES AOS PAIS

Sinais e sintomas comuns associados à erupção dos


Funções dos dentes decíduos: dentes decíduos
- Mastigação
- Fonética - Salivação intensa - Lesões de pele
- Estética - Irritabilidade - Febre
- Guia de erupção - Diarréia - Objetos e mãos na boca
- Psico-emocional - Perda de apetite - Sono intranquilo

ASSED, 2005 ASSED, 2005

EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÕES AOS PAIS

ALÍVIO dos sinais e sintomas comuns associados à


erupção dos dentes decíduos

- Mordedores gelados
- Alimentos consistentes
- Massagem digital nas gengivas
- Fitoterápicos (camomila)
- Anestésicos locais ???

ASSED, 2005

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