Auto Regulação Da Aprendizagem
Auto Regulação Da Aprendizagem
Auto Regulação Da Aprendizagem
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Conclusão..................................................................................................................................13
Bibliografia...............................................................................................................................14
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Introdução
O ser humano é auto-regulado por natureza e esta aptidão natural é uma das mais importantes
características humanas. A auto-regulação é a competência do indivíduo autogerir
pensamentos, sentimentos e acções que são planejadas e ciclicamente adaptadas para a
obtenção de metas e de objectivos pessoais.
A metodologia usada para a construção deste trabalho consistiu numa análise da literatura
especializada sobre os eixos temáticos relacionados a auto-regulaçao da aprendizagem. Para
estudos posteriores, as referências dos autores consultados na elaboração deste trabalho, estão
patentes na página reservada.
Quanto a organização, o trabalho segue uma estrutura propostos pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) obedecendo uma sequência lógica dos elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais.
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De acordo com PRINTRICH (1999, cit em Freitas, 2005), ela pode ser definida como
estratégias que os estudantes utilizam para regular sua cognição, assim como o uso de
estratégias de gestão de recursos que os estudantes utilizam para controlar seu aprendizado.
SILVA (2004 apud PEREIRA,2012) considera que a auto-regulação pode ser definida, diz ele
que uma acção dinâmica, temporal, intencional, planeada e complexa (porque é o resultado da
inter-relação de diferentes variáveis, isto é, está dependente de aspirações e intenções, de
valores e resultados, de competências e estratégias, dos contextos e das pressões sociais)"
(pág.16).
aprendizagem para outro, podendo posteriormente ser aplicadas aos diversos contextos de
trabalho. É importante salientar que uma aprendizagem significativa e auto-regulada necessita
de vontade “will” e de destreza “skill” e, nesse sentido, os alunos devem ser ajudados a ter
consciência do seu pensamento, a serem estratégicos e a dirigir a sua motivação em direcção a
meta.
1.2. Teorias da aprendizagem auto-regulada
São varias as toeorias de aprendizagem auto-regulada que apresentam diferentes conceitos e
ideias, contudo, partilhando, algumas características comuns relativas, tanto á à
aprendizagem, como à auto-regulação, nomeadamente:
O aluno visto como ativo e construtivo da sua aprendizagem;
Os estudantes conseguem controlar, monitorizar e regular alguns aspeto relativos à sua
cognição, motivação e comportamento e ambiente;
Os alunos necessitarem de critérios, isto é, objetivos ou valores de referência, que lhes
possibilitem avaliar os processos pelos quais optam face à realização das diversas
tarefas escolares;
As atividades de aprendizagem auto-regulada são mediadoras entre a concretização
presente e as características pessoais e contextuais.
São várias as teorias que abordam aspectos relativos à auto-regulação da aprendizagem dos
alunos, designadamente: a perspectiva operante; a psicologia fenomenológica; as teorias
cognitivo-construtivistas; a perspectiva do processamento da informação; as teorias volitivas e
a perspectiva de vygotsky.
Segundo o autor acima citado o modelo operante foca nas respostas dos indivíduos, considera
que os comportamentos autorregulatórios estão intimamente relacionados com o reforço
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externo. Valoriza ainda a relação entre o comportamento dos indivíduos e o contexto em que
são produzidas, atribuindo um papel fundamental ao reforço, à modelagem e aos estímulos do
meio. Os três grandes processos em que a auto-regulação se base-a são:
Auto-monitorização: observação e registo dos comportamentos do sujeito;
A auto-instrução: processo de controlo que inclui a reorganização do meio para
propiciar o contacto com o estímulo fomentador da resposta desejada;
Auto-reforço: estímulo que aumenta a probabilidade de repetição de determinado
comportamento.
1.2.2. Teoria fenomenológica
Constitui uma abordagem centrada no estudante a qual atribui pouca relevância ao meio físico
e social, ou perspectiva fenomenológica atribui um papel predominante às auto-percepções
do comportamento defendo que a auto-regulação depende do desenvolvimento do auto-
conceito do aluno, enquanto agente activo responsável pelo controlo do comportamento e dos
resultados da aprendizagem.
Para (Costa, 2001, apud SOUSA, 2006) existem cinco aspectos fundamentais da aprendizagem
auto-regulada, nomeadamente:
Teoria da auto-competência (que inclui facetas como controlo, domínio e capacidade);
Teoria do esforço (que se refere à percepção do esforço que é necessário realizar);
Teoria das tarefas (que envolve percepções de objectivos, da estrutura da tarefa e
procedimentos a utilizar);
Teoria das estratégias (que diz respeito ao conhecimento que o aluno possui sobre
estratégias e de quando, como e porquê as utilizar);
Os alunos são vistos como capazes de planear, estabelecer objectivos esforçarem-se e
empenharem-se nas tarefas, de uma maneira optimista e positiva, sendo, contudo,
necessário que tenham tido acesso a um variado número de estratégias de aprendizagem.
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Portanto essa teoria define os educandos como aprendizes envolvidos em práticas socioculturais
de ensino e aprendizagem. Vygotsky explica que o conhecimento é mediado por signos
(linguagem, esquemas, figuras) e instrumentos (livros, filmes, material didático, jogos...). Destaca
que o sujeito desenvolve-se e aprende, na medida em que participa das diversas formas de
interação social, utilizando-se de instrumentos físicos e psicológicos.
A motivação para a auto-regulação foi pouco desenvolvida por esta perspectiva, assim como a
autoconsciência, não foi muito explorada mas incluiria a distinção entre operações (influenciadas
pelas condições contextuais da tarefa) e acções (dirigidas pelos objectivos dos sujeitos).
Porém existem estudantes que não apresentam processos auto-regulatórios funcionais, sendo
assim necessário, por parte dos docentes, promover aprendizagens significativas e o controlo
consciente dos seus processos de aprendizagem, incrementando nos alunos as competências auto-
regulatórias. Neste sentido, com base na teoria sociocognitiva, Zimmerman (2000 cit em Pereira,
2012) propõe o modelo cíclico da aprendizagem auto-regulada, procurando um melhor
entendimento face a um constructo complexo.
contexto escolar para que possam transferir os seus e esforços e estratégias para outros
contextos.
O conhecimento experienciado das componentes cognitivas ou metacognitiva, motivacional
ou volitiva, em interacção com o contexto, constitui uma ferramenta única para os
profissionais desenhem e desenvolvam experiências de aprendizagem com os seus alunos. O
objectivo é que os profissionais ajudem os alunos a auto-regularem a sua aprendizagem,
devendo-se promover que eles auto-regulem também a sua própria aprendizagem.
E para tal, a necessidade de ensinar os alunos a empregarem estrategicamente os seus
recursos, sendo necessário que, previamente, o professor seja capaz de aprender e ensinar,
também estrategicamente, os conteúdos curriculares.
O caminho passa pela transferência para o processo formativo dos diversos profissionais dos
princípios subjacentes ao constructo da auto-regulação e à concepção das estratégias de
aprendizagem, que implicam consciência, intencionalidade, sensibilidade ao contexto,
controle e regulação das actividades.
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Conclusão
A autoregulaçao da aprendizagem pode ser definida como estratégias que os estudantes
utilizam para regular sua cognição, assim como o uso de estratégias de gestão de recursos que
os estudantes utilizam para controlar seu aprendizado. A aprendizagem auto-regulada está
associada à melhor retenção do conteúdo, maior envolvimento com os estudos e melhor
desempenho académico, o modelo operante saliente a auto-monitorização, instrução e reforço,
enquanto que o teoria fenomenológica aponta o estabelecimento de metas, a planificação e
selecção de estratégias e a execução de tarefas e avaliação para a auto-regulação, dentre
outras. Embora elas defendam que este processo ocorre de maneiras distintas, salientam o
papel do aluno como agente principal de sua aprendizagem e sublinhando que a auto-
regulação pode ser desenvolvida em qualquer etapa do ensino, do básico ao superior.
A aprendizagem auto-regulada pressupõe que os alunos sejam capazes de criar um plano com
vistas a alcançar um determinado objectivo, seleccionar estratégias adequadas para execução
dos mesmos, revisar sistematicamente suas estratégias, bem como seus objectivos e fazer
redireccionamentos quando julgarem necessário. Resumidamente o processo de auto-
regulação compreende três aspectos principais nomeadamente as estratégias metacognitivas
para planejamento, monitoramento e modificação da cognição, o controle e a gestão dos
esforços e as estratégias cognitiva e as estratégias cognitivas que os estudantes usam para
aprender.
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Bibliografia
PEREIRA, H. M. P. Abordagens da aprendizagem e a auto-regulação da aprendizagem
"história" de alunos de 9° ano de escolaridade. Dissertação, Universidade de Lisboa,
2012.
VEIGA SIMÃO, A. M. FRISON, L. M. B. Auto-regulação da aprendizagem: abordagens
teóricas e desafios para as práticas em contextos educativos. Pelota, cadernos educativo,
42, 02-20, 2013.
SOUSA, P. M. L. Aprendizam auto-regulada no contexto escolar: uma abordagem
motivacional. Universidade de Coimbra, 2006.
LOPES DA SILVA, A. Auto-regulação da aprendizagem: a demarcação de um campo de
estudo e de intervenção. In A. Lopes da Silva, A. M. Duarte, I. Sá, A. M. & Veiga Simão
(Orgs.). Aprendizagem auto-regulada pelo estudante: perspectivas psicológicas e
educacionais. Porto: Porto Editora. 2004.
ROSÁRIO, P. (Des)venturas do Testas: Estudar o Estudar. Porto: Porto Editora, 2004.
MOTA, M. S. G. PEREIRA, F. E. L. Desenvolvimento e aprendizagem: Processo de
construção do conhecimento e desenvolvimento mental do indivíduo, 2014.