1º Trabalho de Psicologia Geral - UCM

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Pertinência da Psicologia no Estudo da Motivação e Emoções e


Personalidade dos Alunos

Zaqueu Jorge Titosse - 708222005

Beira, Outubro, 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Pertinência da Psicologia no Estudo da Motivação e Emoções e


Personalidade dos Alunos

Zaqueu Jorge Titosse - 708222005

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Psicologia Geral
Ano de frequência: 1° Ano
Turma: C

Docente: Dra. Laurinda Guacha

Beira, Outubro, 2022


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
✓ Índice 0.5
✓ Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais ✓ Discussão 0.5
✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
✓ Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
✓ Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
✓ Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 3.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
✓ Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos
2.5
dados
✓ Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
✓ Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª
✓ Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Feedback dos tutores:

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ÍNDICE

1. Introdução ............................................................................................................................... 3

1.2. Objectivos ............................................................................................................................ 4

1.2.1. Objectivo geral ................................................................................................................. 4

1.1.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 4

1.3. Metodologias ....................................................................................................................... 4

2. Breve Resumo de Surgimento de Psicologia Científica ......................................................... 5

2.1.1. Contextualização de Psicologia e Sua Pertinência ........................................................... 6

2.1.2. Fenómenos Psicológicos: Motivação e Emoções e Personalidade ................................... 6

2.1.2.1. Motivação ..................................................................................................................... 7

2.1.2.2. Emoção .......................................................................................................................... 7

2.1.2.3. Personalidade ................................................................................................................. 8

3. As Fases do Desenvolvimento Psicossexual .......................................................................... 8

4. Os Mecanismos Cerebrais do Comportamento: A fisiologia das emoções e Adaptação ..... 12

4.1. Raiva .................................................................................................................................. 12

4.2. Nojo ................................................................................................................................... 13

4.3. Medo .................................................................................................................................. 13

4.4. Tristeza .............................................................................................................................. 13

4.5. Alegria ............................................................................................................................... 14

Conclusão ................................................................................................................................. 15

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 16


1. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito do comprimento exigido pela Universidade Católica de
Moçambique para aquisição de alguns créditos académicos de modo a fazer a cadeira de Psicologia
Geral, tem como tema “A Pertinência da Psicologia no Estudo da Motivação e Emoções e
Personalidade dos Alunos”, por sua vez justifica-se a escolha do tema pelo fato deste apresentar um
conteúdo rico de informações que poderá enriquecer o conhecimento do pesquisador.

O trabalho apresenta-se estruturado em 4 partes onde temos: 1ª parte inclui introdução, objectivos, a
metodologias usada na elaboração do trabalho. A 2ª é apresentada a fundamentação teóricas. A 3ª parte
é apresenta a conclusão da presente pesquisa. Finalmente a 4ª parte apresenta as referências
bibliográficas.

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


• Conhecer a Pertinência da Psicologia no Estudo da Motivação e Emoções e Personalidade dos
Alunos.

1.1.2. Objectivos específicos


• Apresentar um breve resumo de surgimento de psicologia científica;
• Contextualizar e demostrar a Pertinência da Psicologia;
• Explicar os Fenómenos Psicológicos: Motivação e Emoções e Personalidade;
• Descrever as fases do desenvolvimento psicossexual;
• Explicar os Mecanismos Cerebrais do Comportamento: A fisiologia das emoções e Adaptação.

1.3. Metodologias
O trabalho baseou-se no método de pesquisa bibliográfica, isto é, a partir de livros, artigos científicos
publicados na internet, dos quais que tratam das temáticas do presente trabalho. Portanto, os usos
destas fontes foram associados a conhecimento e experiências da autora que permitiu fazer uma análise
e relação dos conteúdos com a realidade actual.

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2. Breve Resumo de Surgimento de Psicologia Científica
Castro (s/d, p.21) a Psicologia Científica surgiu no XIX, século marcado pelo advento de muitas
ciências e pelo recuo da Filosofia. Com a crise econômica e social causada pela emergência do modo
de produção capitalista, o indivíduo também entrava em crise, questionando vários aspectos da sua
existência. Surgiu, então, a necessidade de uma ciência que explicasse os aspectos individuais e
subjetivos do ser humano.

Castro (s/d, p.21) “Charles Darwin, fundador da moderna doutrina genética e da hereditariedade, quem
contribuiu com o método de observação e experiência. As suas ideias permitiram a construção do
fundamento para muitos campos da moderna Psicologia, como a Psicologia do Desenvolvimento e a
Psicologia Animal, o estudo da expressão dos movimentos afetivos, a investigação das diferenças entre
os diversos indivíduos, o problema da influência da hereditariedade em comparação com a influência
do meio ambiente, o problema do papel da consciência, entre outros.”

Castro (s/d) “outra contribuição veio do filósofo e físico Gustav Fechner que mostrou como os métodos
científicos podiam ser aplicados ao estudo dos processos mentais.” (p.21).

Castro (s/d, p.22) afirma que “Wilhelm Wundt é considerado o idealizador da Psicologia como ciência,
pois fundou em 1879, o primeiro laboratório experimental de Psicologia, na universidade de Leipzig,
na Alemanha,sendo este o marco histórico da Psicologia como ciência. Dedicouse a investigar os
processos elementares da consciência (experiência imediata), além das experiências sensoriais, através
do método da introspecção analítica. O método propunha que o psicólogo se concentrasse em seus
próprios movimentos psíquicos internos tentando descobrir e relacionar as estruturas que revelassem
a consciência.”

Para essa autora “outra ciência que contribuiu para o desenvolvimento da Psicologia Científica foi a
Psiquiatria, surgida a partir da medicina e, com sua origem moderna, datada em 1793 com o médico
Filipe Pinel. A Psiquiatria trouxe uma série de ideias e metodologias para o campo da Psicologia,
principalmente à Psicologia Clínica e Psicopatologia, por estas tratarem e lidarem com doenças
mentais.”

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2.1.1. Contextualização de Psicologia e Sua Pertinência
Segundo Castro (s/d) “A palavra Psicologia tem sua origem em duas palavras gregas: psyché (alma) e
logos (estudo, razão, discurso), significando originalmente o estudo da alma. Assim: psyché + logos =
Psicologia.” (p.12).

Castro (s/d, p.13) “A origem da Psicologia, ainda ligada aos estudos da Filosofia, pode ser localizada
no quinto e quarto séculos A.C., principalmente com as ideias de filósofos gregos como Sócrates,
Platão e Aristóteles, que levantaram hipóteses sobre o funcionamento da alma ou mente humana.”

Castro (s/d) “a Psicologia Científica foi construída a partir de métodos e princípios teóricos que podiam
ser aplicáveis ao estudo e tratamento de diversos aspectos da vida humana. Nesse momento, a
Psicologia apareceu atrelada, principalmente, à Biologia.” (p.13).

Nesse sentido, embora tendo nascido dentro da Filosofia, desenvolveu-se para se constituir em uma
ciência, com objeto de conhecimento e métodos próprios.

Para Castro (s/d) “característica bastante marcante da Psicologia é sua multiplicidade de enfoques,
correntes teóricas, paradigmas e metodologias específicas, que apresentam, muitas vezes, grandes
divergências entre si.” (p.13).

Portanto, a Psicologia é a ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento. Entende-se por


comportamento uma estrutura vivencial interna que se manifesta na conduta.

A Psicologia busca a compreensão acerca de como o ser humano cria a sua história, e o papel do
psicólogo é utilizar essa ciência para conduzir uma pessoa à autodescoberta, à compreensão sobre as
suas dificuldades e a forma com que se relaciona com o seu “mundo interior” e exterior.

2.1.2. Fenómenos Psicológicos: Motivação e Emoções e Personalidade


Castro (s/d, p.54) considera fenômenos psicológicos como sendo processos que acontecem no mundo
interior dos indivíduos, que constituem a subjetividade e que são construídos de maneira contínua ao
longo do desenvolvimento humano. Através deles que é possível pensar e sentir o mundo, construir

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comportamentos diferenciados diante das demandas do meio, adaptando-se à realidade e, até mesmo,
transformando-a.

2.1.2.1. Motivação
Castro (s/d, p.54) defini motivação como sendo um conjunto de forças internas que orientam o
comportamento de um indivíduo para determinado objetivo na tentativa de suprir uma necessidade.
Portanto, os diferentes motivos explicam a diferença de desempenho e atitude de cada pessoa.

Castro (s/d) “os motivos humanos são razões que explicam os modos de se comportar de cada
indivíduo, ou como é impulsionado a realizar algo. O processo motivacional é cíclico e apresenta
três etapas: necessidade; impulso; e resposta. A necessidade é a manifestação de um estado de
carência orgânica, o que desencadeia um impulso. O impulso é a força que conduz o
comportamento em direção a um objetivo. A resposta é formada pelas ações desenvolvidas que
possibilitam suprir a necessidade.” ( p.54).

Castro (s/d, p.54) os motivos humanos agrupam-se em:


• Os motivos fisiológicos fazem parte da estrutura biológica do organismo e têm como função a
manutenção do equilíbrio orgânico e a sobrevivência do indivíduo.
• Os motivos sociais não são inatos e sim adquiridos através do processo de socialização, que
determina a sua intensidade e importância.
• Os motivos combinados têm características dos dois anteriores. Apesar de depender dos fatores
orgânicos não são essenciais à sobrevivência. São aprendidos através dos padrões culturais
vigentes.

2.1.2.2. Emoção
Castro (s/d) refere que “a emoção pode ser definida como um impulso de origem nervosa que leva o
indivíduo a uma determinada ação. São consideradas como emoções fundamentais: a alegria; a
tristeza; o medo; e a raiva.” (p.55).

Ainda segundo essa autora em termos fisiológicos, a emoção é uma experiência de cunho afetivo
desencadeada por um objeto ou situação excitante, provocando reações motoras e glandulares.

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Portanto, Castro (s/d) “as emoções são geralmente acompanhadas por reações motoras ou glandulares,
por exemplo, a taquicardia, provocada pelo medo ou o choro, que pode aparecer junto com emoções
diferenciadas. Essas e outras reações orgânicas são desencadeadas a partir da interpretação sobre
natureza do objeto e suas consequências.” (p.56).

2.1.2.3. Personalidade
Castro (s/d, p.56) refre que "para a Psicologia, no entanto, personalidade refere-se a uma organização
de vários aspectos constitutivos, como o aspecto físico, psíquico, moral, social, que interagem e
determinam o ajustamento do indivíduo ao seu meio ambiente.

Bock (1999, cit. por Castro, s/d, p.57), a personalidade pode ser entendida como um modo
relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir e agir do indivíduo, como estes aspectos
se integram e organizam, o que confere singularidade de peculiaridade a cada um.

Aguiar (2005, cit. por Castro, s/d, p.57 ), oestudo da personalidade permite compreender, que: as
pessoas são únicas e possuem características psicológicas peculiares; existem traços de personalidade
que são estáveis, o que permite certa regularidade de atitudes e comportamentos; para entender a
personalidade, aspectos genéticos e ambientais deverão ser considerados.

Castro (s/d) “As características pessoais, que um indivíduo apresenta num determinado momento,
devem ser entendidas como uma associação entre a sua herança genética e a influência ambiental a
que foi submetido. Desta forma, consideramos que a personalidade é composta por elementos
constitucionais e de elemento ambientais.” (p.57)

3. As Fases do Desenvolvimento Psicossexual


Freud apresentou as fases psicossexuais, na qual mostrou que o desenvolvimento do ser homem se dá
por estágios, estágios estes que foram denominados por:
• Estágio oral,
• Anal, fálico,
• Latência,
• Estágio genital.

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Hall e Lindzey (1984), no estágio oral que acontece do 0 aos 18 meses da criança, comer é a atividade
mais prazerosa e que é produzida pela boca, comer estimula os lábios e a cavidade oral, podendo ser
jogado fora o alimento que não agradar. Quando acontece o crescimento dos dentes, a boca também
servirá para morder e fazer a mastigação dos alimentos.

Já uma pessoa que morde ou agride oralmente tem tendências a ser sarcástico e a discussões. Sobre tal
característica do estágio oral, Marcondes (1992) traz que os traços orais que forem mantidos estarão
sempre ligados às características predominantes do homem.

Marcondes (1992) caracteristicamente há traços orais da personalidade, mas que a estrutura destes
pode ser completamente inversa, dependendo do tipo de situação que levou à fixação, do tipo de
resposta da criança a tal situação desequilibradora e da inter-relação desses dois fatores. É isso que
justifica tantas possibilidades diferentes de manifestações sintomaticamente orais.

Pode ser compreendido que parte da personalidade do homem é resultado das situações vivenciadas
durante o período oral, e pode ser responsável por contrastes entre a personalidade de um homem a
outro.

No Estágio Oral, Hall e Lindzey (1984) surge a dependência, pois a criança neste período é quase que
totalmente dependente da mãe, já que é ela quem o alimenta e protege do que lhe possa fazer mal.
Esse sentimento de dependência permanece durante fases da vida, como exemplo quando a pessoa
está angustiada e insegura. Freud acreditava que o maior nível de dependência é quando se é desejado
a volta para o útero da mãe. (p. 40 a 41).

Hall e Lindzey (1984, p.41) refere que o Estágio Anal ocorre dos 18 meses aos 3 anos de vida da
criança, e é nesse estágio que após ocorrer a digestão dos alimentos, os mesmos ficam acumulados no
intestino, para depois ser expelido. As fezes quando são expulsas levam junto o que dá desconforto
promovendo certa sensação de alivio ao sujeito. Os esfíncteres começam a ser controlados a partir dos
dois anos de vida, e é nesse momento que a criança tem a sua primeira experiência de decidir o controle
de um impulso que vem de seu próprio instinto, pois ela começa a aprender a segurar sua necessidade
de aliviar as tensões anais. O modo como à criança é educada e o jeito que a mãe encara as situações

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de proscrição das fezes pode produzir nas crianças efeitos que dizem respeito com a formação de
valores da criança.

Vindo ao encontro dos autores já citados, Marcondes diz que as situações de como foram tratadas as
crianças durante o Estágio Anal podem ser percebidas durante seu período escolar, pois como já dito
os cuidados das mães, como a excessiva higienização da criança, a severidade em impor que as
crianças controlem seus esfíncteres muito cedo e o nervosismo ao tratar a criança quando suas
tentativas não derem certo, ou os maus cuidados como a total falta de atenção com a criança nesse
período, a falta de higiene da criança e também a falta de vontade de retirar as fraldas podem sim ser
responsáveis por características importantes da personalidade:
Hall e Lindzey (1992) esses caracteres anais presentes de forma exagerada e preocupante,
quando a criança: (a) é excessivamente meticulosa, organizada, regular, teimosa e rabugenta,
impedindo a espontaneidade e a criatividade que também podem ser dificultadas quando a
criança é excessivamente desregrada, esbanjadora ou descuidada nas tarefas; (b) apresenta
obsessão neurótica por limpeza ou, completamente ao inverso, é relapsa quanto à higiene
pessoal e ambiental; (c) em relação aos colegas, é impulsiva, irascível e agressiva, ou
completamente apática e dominável; (d) pode ainda apresentar características possessivas, de
mesquinhez avareza ou ciúme desmedido. (p. 41-42).

O Estágio Fálico acontece dos 3 aos 6 anos da criança, e Hall e Lindzey (1992, p. 42) é nele que surge
as primeiras sensações sexuais e uma certa agressividade no que diz respeito ao funcionamento dos
genitais. É nesse estágio que aparece o complexo de Édipo, que decorre do início da masturbação e de
fantasias que a criança produz em sua vida. Os autores ainda salientam que, Freud considerou que
identificar o Complexo de Édipo se tornou uma de suas maiores descobertas no estudo da sexualidade.
A denominação desse complexo se deu por conta do Rei de Tebas que haveria matado o próprio pai,
e após teria se casado com a própria mãe. O complexo de Édipo, se caracteriza pelo fato de o menino
desejar a mãe e a menina desejar o pai, e com isso segue-se o desejo do menino de afastar o pai e a
menina de afastar a mãe.

Freud (cit. por Miranda, 2013, p. 261) “apaixonar-se por um dos pais e odiar o outro figuram entre os
componentes essenciais do acervo de impulsos psíquicos que se formam nessa época”.

Esses sentimentos aparecem nos momentos da masturbação e nos momentos em que se alternam os
sentimentos em relação aos pais, ora amor ora ódio. Tanto o menino quanto a menina amam as mães,
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pois é ela que satisfaz as suas necessidades básicas, e assim acabam por ressentindo-se com o
personagem paterno por acreditar que o pai possa talvez “roubar” a atenção de sua mãe. Esse
sentimento ainda de acordo com os autores permanece no menino, enquanto nas meninas mudam por
causa do complexo de Édipo.

Após o Estágio Fálico temos o Período da Latência Nunes e Silva (2000) acontecem geralmente dos
seis aos nove anos da criança, e esse estágio também marca consideravelmente o que diz respeito ao
desenvolvimento sexual da criança, mas podemos ver que nesse período existem interrupções, que de
acordo com Freud, “Nada de certo se pode dizer sobre a regularidade e periodicidade das oscilações
deste desenvolvimento, mas parece que a vida sexual da criança, por volta do terceiro ou quarto ano,
já se manifesta de uma forma que a torna acessível à observação.” (p. p.48).

Portanto, Nunes e Silva (2000, p.48 a 49) o Período da Latência pode se dar por completo ou
parcialmente. Nesse período o psicológico ganha mais força, podendo fazer com que mais adiante no
processo de desenvolvimento sexual da criança aconteçam obstáculos a serem vencidos, pois é ai que
aparecem as inibições sexuais, que fazem com que nessa fase aconteça o desgosto, a moralidade, o
pudor e o desejo estético. É considerado que a infância acontece do nascimento da criança até o Período
da Latência, que pode ser tida como o intermédio da infância com a puberdade.

Estágio Genital, Hall e Lindzey dizem que estas que antecedem o período Genital são Narcisistas em
relação ao caráter, pois neles os indivíduos podem adquirir satisfação estimulando o próprio corpo, e
a satisfação com outras pessoas pode se dar por que apresentam outras maneiras de prazer físico a
criança. Quando chega o período da adolescência o narcisismo vai sendo deixado de lado, canalizado,
pois o adolescente começa a aprender a amar outras pessoas, e esse amor não é apenas de forma pessoal
ou de maneira egoísta. Na adolescência aparecem às primeiras manifestações de atração sexual a outras
pessoas, é maior a socialização do indivíduo, cresce o interesse profissional, e também aparece a
preparação para o casamento e para a constituição de família. Quando a adolescência chega ao fim,
esses interesses se tornam estáveis e é então que o indivíduo deixa para trás a ideia de criança narcisista
que só pensa nela mesma e passa a se tornar um adulto socializável, que está preparado para enfrentar
as realidades e obstáculos da vida adulta.

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Mesmo com a chegada do período Genital, as fases que o indivíduo passou anteriormente não são
apagadas e nem substituídas, pois os mesmos se juntam para formar os impulsos genitais. Como já
citado, no período Genital a pessoa está em momento de preparação para constituir uma família, sendo
que o principal exercício do Estágio Genital é a reprodução. Para que isso aconteça o psicológico
trabalha de uma forma que lhe dê segurança e estabilidade para tal responsabilidade.

Ainda de acordo com as palavras de Hall e Lindzey (1984, p. 43), Freud mostrou que há certa distinção
entre os estágios Oral, Anal, Fálico e Genital, mas não mostrou com clareza e certeza que exista
separação ou até mesmo que o estágio seguinte seja algo inesperado para o desenvolvimento. Pois no
fim, o desenvolvimento da personalidade humana se dá a partir das contribuições de cada um dos
quatro estágios apresentados.

4. Os Mecanismos Cerebrais do Comportamento: A fisiologia das emoções e Adaptação


Stemmler (2004) salienta que Walter Cannon (1915) foi um dos primeiros em estudar a fisiologia das
emoções. Partindo dos seus respectivos contextos, cada emoção gerada terá distintos objetivos e
portanto irá requerer diferentes atividades autonômicas para proteção do corpo e definição de
comportamentos.

Shiota et al. (2011) existem controvérsias no que se refere ao papel do sistema nervoso autônomo na
expressão das emoções positivas e negativas. Enquanto alguns dados afirmam que as emoções
positivas geram respostas autonômicas bastante sutis, outros sugerem que essas emoções estão
associadas à hiperexcitabilidade do sistema nervoso simpático.

4.1. Raiva
De acordo com Levenson (1992), a raiva é uma emoção que está muito vinculada à um programa
motor relacionado à “luta”. Para atender a uma significante demanda metabólica no contexto de
luta/raiva é necessário o aumento da taxa de batimentos cardíacos por ativação simpática, bem como
o aumento da atividade respiratória. […] há também aumento da pressão sistólica e diastólica
sanguínea. Kreibig (2010) nota-se efeitos vasoconstritores na periferia e aumento da circulação
sanguínea em alguns locais no rosto.

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Kreibig (2010) em relação à atividade eletrodérmica, percebe-se o aumento de sua atividade, o que
implica em níveis mais altos de condutância da pele devido à ação da acetilcolina liberada por fibras
nervosas simpáticas que inervam as glândulas sudoríparas.

4.2. Nojo
Levenson (1992) refere que comparado a outras emoções negativas como o medo, a raiva e a tristeza,
o nojo apresenta uma discrepância em relação à frequência cardíaca: desaceleração ou ausência de
aceleração. Durante esse tipo de experiência emocional, a ativação parassimpática provoca aumento
da salivação e da atividade gastrointestinal.

Esse tipo de emoção, segundo Sherwood (2008), quando é desencadeada por imagens ou situações
que envolvam contaminação e poluição, é caracterizada por uma co-ativação simpática e
parassimpática responsável pela aceleração da taxa cardíaca e diminuição da inspiração. Tais respostas
fisiológicas estão associadas ao vômito. Já o nojo provocado por algo relacionado a mutilação,
ferimento e sangue se caracteriza por um padrão de desativação simpática cardíaca, aumento da
atividade eletrodérmica e aceleração da respiração. Ao comparar o nojo com outras emoções negativas,
outro aspecto fisiológico peculiar ao contexto do nojo é a diminuição do débito cardíaco.

4.3. Medo
Levenson (1992) afirma que uma das manifestações fisiológicas mais evidentes durante o medo é a
aceleração dos batimentos cardíacos. Esse tipo de resposta do organismo, muito provavelmente, está
vinculada à necessidade de execução de um programa motor de ação de “fuga”. Estudos citados por
Kreibig (2010) sobre o medo apontam, em geral, uma ativação simpática, incluindo não apenas a
aceleração cardíaca, como também o aumento da contratilidade miocárdica, vasoconstrição periférica
com considerável direcionamento do fluxo sanguíneo para os músculos da locomoção e aumento da
atividade eletrodérmica. Outras diferenças presentes na emoção do medo e ausentes na raiva são uma
menor pressão diastólica sanguínea, temperatura da superfície do corpo mais baixa, vasoconstrição
periférica mais intensa.

4.4. Tristeza
Levenson (1992) salienta que a tristeza também está associada à aceleração dos batimentos cardíacos,
embora não haja relação disso com uma pretensa ativação motora vinculada à prováveis situações de
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“luta ou fuga” como ocorre na raiva e no medo. Essa alta estimulação cardiovascular pode ser
altamente estressante para o organismo, sendo o contato social uma das maneiras de diminuí-la.

Essa emoção apresenta componentes fisiológicos que integram um heterogêneo padrão de coativação
simpática e parassimpática.

4.5. Alegria
Kreibig (2010) o padrão autonômico de resposta fisiológica para a alegria é identificado pelo aumento
da atividade cardíaca devido à inibição da ação do nervo vago sobre coração, pela vasodilatação
periférica, pelo aumento da atividade eletrodérmica e pela estimulação da atividade respiratória.

Portanto, segundo Kreibig (2010) a alegria compartilha o componente de ativação cardíaca com várias
emoções negativas, porém difere dessas pela ocorrência da vasodilatação periférica, ausente nas
demais emoções.

As duas formas de conceituar adaptação, como característica e como processo, encontradas em


Futuyma (1993, p. 266), um dos textos didáticos mais adotados em disciplinas de evolução no ensino
superior, serve para exemplificar esta perspectiva:

[...] uma adaptação é uma característica que devido ao aumento que confere no valor
adaptativo, foi moldada por forças específicas de seleção natural atuando sobre a variação
genética. Algumas vezes a palavra se refere ao processo pelo qual uma população é alterada
de modo a se tornar mais adequada ao seu ambiente. [...] A análise de adaptações favorece,
então, a demonstração de que a característica foi desenvolvida por seleção natural e a
especificação da natureza do agente seletivo (ou agentes) que favoreçam o traço.

O modo como o conceito de adaptação é formulado na perspectiva da teoria sintética implica a idéia
de que qualquer característica funcional com valor adaptativo é resultante necessariamente da ação
direta da seleção natural, bem como que este processo leva a um estado ótimo da estrutura orgânica e
de sua relação com o ambiente.

Assim, adaptação fisiológica é: “Uma capacidade funcional que permite a integração entre fatores
genéticos e do meio ambiente, resultando em respostas fisiológicas previsíveis, segundo critérios pré-
definidos como o tipo de exercício e a dose de esforço”

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Conclusão
Com base nas pesquisas, conclui-se que a Psicologia surgiu como uma disciplina científica pelo
estabelecimento do primeiro Instituto de Psicologia em 1879, em Leipzig, na Alemanha, por Wilhelm
Wundt (1832-1920). É aqui que os primeiros psicólogos profissionais adquiriram as competências de
trabalho experimental para estudar a mente. Conclui-se também que, ao término deste estudo torna-se
de extrema, necessidade o conhecimento sobre a psicossexualidade, pois a passagem por essas fases é
inevitável na vida de todos, visto que estas fases e períodos fazem parte do desenvolvimento físico e
psicológico de cada criança.

Contudo, as emoções podem ser consideradas cruciais para se compreender o processo de


aprendizagem dos indivíduos. Os aspectos cognitivos e afetivos, embora sejam diferentes, são também
indissociáveis.

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Referências bibliográficas
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