Resolução - Lista 2 Introdução À Mecânica Newtoniana

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2a Lista de exercícios de Mecânica Clássica CTJ216

Aluno(a):______________________________________________________ Matrícula: ____________

Professor: Paulo Alliprandini Filho

Exercícios retirados do livro Dinâmica Clássica de Partículas e Sistemas de Stephen T. Thornton e


Jerry B. Marion

1. Se um projétil é disparado da origem do sistema de coordenadas com uma velocidade


inicial 𝑣0 , em uma direção que faz um angulo α com a horizontal, calcule o tempo
necessário para que o projétil cruze uma linha que para pela origem e faz um angulo β
a com a horizontal
Resolução

A equação de movimento é
F= m a (1)
A força gravitacional é somente aplicada à força; portanto,
Fx = m x = 0 
 (2)
Fy = m y = − m g 

Integrando essas equações e utilizando as condições iniciais,


x ( t = 0 ) = v0 cos  
 (3)
y ( t = 0 ) = v0 sen  

Encontramos
x ( t ) = v0 cos  
 (4)
y ( t ) = v0 sen  − gt 

Assim as equações para x e y são


x ( t ) = v0t cos  

1  (5)
y ( t ) = v0t sen  − gt 2 
2 
Suponha que leve um tempo t0 para chegar ao ponto P. Então,
cos  = v0t0 cos  

(6)
1 2 
sen  = v0t0 sen  − gt0 
2 
Eliminando entre estas equações,
1  2v sen  2v0 
gt0  t0 − 0 + cos  t g   = 0 (7)
2  g g 
a partir do qual
2v0
t0 = ( sen  − cos  t g  ) (8)
g

2. Uma partícula de massa m tem seu movimento restrito sobre a superfície de uma esfera
de raio R por uma força aplicada 𝐹(𝜃, ∅). Escreva a equação de movimento.
Resolução
Utilizando as coordenadas esféricas, podemos escrever a força aplicada para as partículas como
F = Frer + F e + F e (1)

Mas, uma vez que a partícula é forçada a mover-se sobre a superfície de uma esfera, deve haver
uma força de reação − Frer que atua sobre a partícula. Por isso, a força total que atua sobre a
partícula é
Ftotal = F e + F e = m r (2)

O vetor posição da partícula é


r= R er (3)
onde R é o raio da esfera e é constante. A aceleração da partícula é
a = r= R er (4)
Devemos expressar agora er na proporção de er , e , e e . Uma vez que os vetores unitários
nas coordenadas retangulares, e1 , e2 , e3 , não alteram com o tempo, é conveniente fazer os
cálculos na proporção destas quantidades. Utilizando a Fig. F-3, Apêndice F, vemos que
e r = e1 sen  cos  + e 2 sen  sen  + e3 cos  

e = e1 cos  cos  + e 2 cos  sen  − e3 sen   (5)


e = −e1 sen  + e 2 cos  
Então
( ) (
er = e1 − sen  sen  +  cos  cos  + e2  cos  sen  +  sen  cos  − e3  sen )
(6)
= e  sen  + e 

Do mesmo modo,
e = −er  + e  cos (7)

e = −e r  sen  − e  cos  (8)

E, além disso,
( ) ( ) (
e r = −e r  2 sen 2  +  2 + e  −  2 sen  cos  + e 2 cos  +  sen  ) (9)

que é o tempo necessário apenas da segunda derivada.


A força total que atua sobre a partícula é
Ftotal = m r= m R er (10)
e os componentes são

(
F = mR  −  2 sen  cos  )
(11)
(
F = mR 2 cos  +  sen  )

3. Um piloto de jato sabe que é capaz de suportar 9g antes de perder os sentidos. Ele aponta
a sua aeronave voando verticalmente para baixo em velocidade Mach 3 e pretende
arremeter em uma manobra circular antes de colidir com o solo. (considere Mach 1 =
330m/s)

a) Onde ocorre a aceleração máxima da manobra?


b) Qual o raio mínimo que o piloto pode usar?
Resolução
a) A partir do diagrama de força temos e N − m g = ( m v2 R ) er . A aceleração que o piloto sente
que é N m = g + ( m v2 R ) er , que possui uma magnitude máxima na parte inferior da manobra.

b) Se a aceleração sentida pelo piloto for menor que 9g, então temos

R
v2
=
(
3 330 m  s−1 ) 12.5 km (1)
8g 8 9.8 m  s−2

Um círculo menor que este resultará em uma perda de consciência do piloto.

4. Um projétil é disparado com velocidade 𝑣0 , de modo a passar entre dois pontos a uma
distância acima da horizontal. Mostre que, se a arma for ajustada para alcance máximo,
a separação entre os pontos é:
𝑣0
𝑑 = √𝑣02 − 4𝑔ℎ
𝑔
Resolução

A partir do problema 2-3 as equações para as coordenadas são


x = v0tcos (1)
1
y = v0t sen  − gt 2 (2)
2
Para calcular o tempo quando uma projeção atinge o solo, nós deixamos y = 0 no (2):
1
v0t sen  − gt 2 = 0 (3)
2
2v0
t= sen  (4)
g

Substituindo (4) em (1) encontramos a relação entre o alcance e o ângulo como


v02
x= sen 2 (5)
g

 
O alcance é máximo quando 2 = , i.e.,  = . Para este valor de as coordenadas tornam-
2 4
se
v0 
x= t 
2
 (6)
v 1 
x = 0 t− gt2 
2 2 

Eliminando t entre essas produções de equações


v02 v2
x2 − x+ 0 y = 0 (7)
g g

Podemos encontrar a coordenada-x do projétil quanto se esta na altura h colocando y = h em


(7):
v02 v2h
x2 − x+ 0 = 0 (8)
g g

Esta equação possui duas soluções:


v02 v02 
x1 = − v02 − 4gh 
2g 2g 
 (9)
2
v0 v0 2

x2 = + v0 − 4gh 
2

2g 2g 
onde x1 corresponde ao ponto P e x2 para Q no diagrama. Por isso,
v0
d = x2 − x1 = v02 − 4gh (10)
g

5. Considere um projétil disparado verticalmente em um campo gravitacional constante.


Para as mesmas velocidades iniciais, compare os tempos necessários para que o projétil
alcance sua altura máxima
a) Para força resistiva igual a zero
b) Para uma força resistiva proporcional à velocidade instantânea do projétil.
Resolução
Força resistente nula ( Fr = 0 ):
A equação de movimento para o movimento vertical é:
dv
F = m a= m = −m g (1)
dt
Integração de (1) produção
v = − gt+ v0 (2)
onde v0 é a velocidade inicial do projétil e t = 0 é o tempo inicial.
O tempo tm requerido para o projétil alcançar usa altura máxima é obtido de (2). Uma vez que
tm corresponde ao ponto de velocidade zero,

v(tm ) = 0 = v0 − gtm , (3)


obtemos
v0
tm = (4)
g

b) Força resistente proporcional a velocidade ( Fr = − km v) :


A equação de movimento para este caso é:
dv
F=m = − m g − km v (5)
dt
onde –kmv uma força descendente para t tm e é uma força ascendente para t tm .
Completando, obtemos
g kv0 + g − kt
v( t) = − + e (6)
k k
Para t= tm , v(t) = 0, então de (6),

v0 =
k
(
g ktm
e −1 ) (7)

que pode ser reescrito como


 kv 
ktm = ln 1+ 0  (8)
 g 

Uma vez que, para pequenos valores de z (𝑧 ≪ 1) a expansão


1 1
ln (1+ z) = z − z2 + z3 (9)
2 3
é válida, (8) pode ser expresso aproximadamente como

v  kv 1  kv  
2

tm = 0 1− 0 +  0  −  (10)
g 2g 3  2g  

que dá o resultado correto, como no (4) para o k → 0 limite.

6. Uma partícula se move em um meio sob a influência de uma força de retardo igual a
𝑚𝑘(𝑣 2 + 𝑎2 𝑣), onde k e a são constantes. Mostre que para qualquer valor da velocidade
𝜋
inicial, a partícula nunca se moverá por uma distância maior que e que ela entra em
2𝑘𝑎
repouso somente para 𝑡 → ∞.
Resolução
A equação de movimento da partícula é

m
dv
dt
(
= − m k v3 + a2v ) (1)

Completando,
dv
 v( v2 + a2 ) = −k  dt (2)

e utilizando a Eq. (E.3), Apêndice E, encontramos


1  v2 
l
n = − kt+ C (3)
2a2  a2 + v2 

Por isso, encontramos


v2
= C  e− A t (4)
a2 + v2
onde A  2a2k e onde C é uma nova constante. Podemos avaliar C utilizando a condição inicial
v = v0 em t = 0:

v02
C = (5)
a2 + v02

Substituindo (5) em (4) e reorganizando, encontramos


12
 a2C e− A t  dx
v=  −At
= (6)
 1− C e  dt

Agora, a fim de completar (6), introduzimos u  e− At de modo que du = –Au dt. Então,

 
12 12
 a2C e− A t  a  C u  du
x=  1− C e− A t  dt=  1− C u 
   A u


a C du
=− (7)
A −C u2 + u

Utilizando a Eq. (E.8c), Apêndice E, encontramos


a
x= sen −1 (1 − 2C u ) + C  (8)
A
Novamente, a constante C pode ser avaliado pela configuração x = 0 em t = 0; por exemplo,
x = 0 em u = 1:
a
C  = − sen −1 (1 − 2C  ) (9)
A
Portanto, temos
x=
a  −1
A
( )
sen −2C  e − At + 1 − sen −1 ( −2C  + 1) 

Utilizando (4) e (5), podemos escrever


1  −1  −v 2 + a 2  −1  −v0 + a 
2 2

x=  sen  2 2 
− sen  2 2 
(10)
2ak   v +a   v0 + a  

De (6) observamos que v → 0 assim t → . Por isso,


 −v 2 + a 2  
lim sen −1  2  = sen −1 (1) = (11)
 v +a 
t → 2
2

Também, para grandes velocidades iniciais,


 −v 2 + a 2  
lim sen −1  20 2  = sen −1 ( −1) = − (12)
v0 →
 v0 + a  2

Portanto, utilizando (11) e (12) em (10), temos



x( t→  ) = (13)
2ka
e a partícula pode nunca mover uma distância maior que  2ka para qualquer velocidade
inicial.

7. Um barco com velocidade inicial é empurrado em um lago. Ele tem a sua velocidade
reduzida pela água por uma força 𝐹 = −𝛼𝑒 𝛽𝑣 .
a) Determine uma expressão para a velocidade 𝑣(𝑡)
b) Determine o tempo a distância percorrida pelo barco até parar.
Resolução
a) F = − e v

dv 
= − ev
dt m

e  dt
− v
dv = −
m
1 
− e− v = − t+ C
 m

v = v0 em t = 0, assim
1
− e− v0 = C



1

(e − v
)
− e− v0 = −
m
t

Para resolver v obtemos


1  t − v0 
v( t) = − ln  +e 
  m 

b) Para resolver t quando v = 0


t
+ e−  v0 = 1
m
m
t= 1− e− v0 
 

c) A partir de a) temos
1 t − v0 
dx = − ln  + e  dt
  m 
ax + b
Utilizando  ln ( ax + b) dx = a
ln ( ax + b) − x obtemos

   t −  v0    t −  v0  
+ e  ln  +e  
1   m   m  − t
x+ C = − 
  m 
 

Avaliando C utilize x = 0 em t = 0 resulta em


v0m
C= e−  v0

Assim
m v0 t m  t − v0   t − v0 
x= − e− v0 + − + e  ln  +e 
   2  m   m 
Substituindo o tempo necessário para parar de b) resulta na distância necessária para parar
m  1 − v0  1
x=  − e v0 +  
     

𝑘𝑥 3
8. Uma partícula se encontra sob a influência de uma força 𝐹 = −𝑘𝑥 + , onde k e α
𝛼2
são constantes e k é positivo. Determine 𝑈(𝑥) e discuta o movimento. O que ocorre
1
quando 𝐸 = 𝑘𝛼 2
4

Resolução
F = −kx + kx3  2

1 2 1 x4
U ( x) = −  F dx = kx − k 2
2 4 
1 2
Para esboçar U(x), observamos que para x menores, U(x) comporta-se como a parábola kx .
2
1 x4
Para um x maior, o comportamento é determinado por − k
4 2

1
E = m v2 + U ( x)
2
Para E = E0 , o movimento é ilimitado; a partícula pode estar em qualquer lugar.
Para E = E1 (no máximo em U(x)) a partícula esta num ponto de equilíbrio instável. Pode
permanecer repouso onde está, mas se for perturbado levemente, ele vai se afastar do equilíbrio.
dU
Qual é o valor de E1 ? Encontramos o valor de x por meio de = 0.
dx
0 = kx − kx3  2

x = 0,   são os pontos de equilíbrio


1 2 1 2 1 2
U (  ) = E1 = k − k = k
2 4 4
Para E = E2 , a partícula ou é delimitada e oscila entre −x2 e x2 ; ou a partícula vem de  to
 x3 e retorna para .
Para E3 = 0 , a partícula ou esta no ponto de equilíbrio x = 0, ou além x =  x4 .
Para E4 , a partícula vem de  to  x5 e retorna.

9. Considere uma partícula se movendo na região 𝑥 > 0 sob influência do potencial


𝑎 𝑥
𝑈 = 𝑈0 ( + )
𝑥 𝑎
Onde 𝑈0 = 1𝐽 e 𝑎 = 2𝑚. Faça o gráfico do potencial, determine os pontos de equilíbrio e se
eles são máximos ou mínimos.
Resolução
Estamos dando U (x)= U 0 ( a x + x a) para x  0 . Os pontos de equilíbrio são definidos por
dU dx = 0 , com a estabilidade determinada por d2U dx2 naqueles pontos. Aqui temos
dU  a 1
= U 0 − 2 +  (1)
dx  x a
que desaparece em x = a. Agora avaliaremos
 d2U   2U 0 
 dx2  =  a3   0 (2)
 a
indicando que o ponto de equilíbrio é estável.

10. Quais das forças a seguir são conservativas? No caso de serem conservativas, determine
a energia potencial 𝑈(𝑟⃗)
a) 𝐹𝑥 = 𝑎𝑦𝑧 + 𝑏𝑥 + 𝑐, 𝐹𝑦 = 𝑎𝑥𝑧 + 𝑏𝑧, 𝐹𝑧 = 𝑎𝑥𝑦 + 𝑏𝑦
𝑦
b) 𝐹𝑥 = −𝑧𝑒 −𝑥 , 𝐹𝑦 = ln 𝑧, 𝐹𝑧 = 𝑒 −𝑥 +
𝑧
𝑎
c) 𝐹 = 𝑒̂𝑟
𝑟
Onde a, b e c são constantes.
Resolução
O F é uma força conservadora quando existe uma função de potencial não singular U(x)
corresponde a F(x) = –grado (U(x)). Assim se F é conservativo, seus componentes
correspondem as seguintes relações
Fx Fy
=
y x

e assim por diante.


a) Nesta caso todas as relações acima são satisfatórias, assim F é de fato força conservadora.
U bx2
Fx = − = ayz + bx + c U = − ayzx − − cx + f1(y,z) (1)
x 2
onde f1(y,z) é uma função somente de y e z
U
Fy = − = axz + bz  U = − ayzx − byz + f2(x,z) (2)
y

onde f2(x,z) é uma função somente de x e z


U
Fz = − = axy + by + c U = − ayzx − byz + f3(y,z) (3)
z
em seguida (1), (2), (3) encontramos que
bx2
U = − axyz − byz − cx2 − +C
2
onde C é uma constante arbitrária.
b) Utilizando o mesmo método encontramos que F neste caso é uma força conservadora, e
seu potencial é
U = − zexp(− x)− yln z+ C

c) Utilizando o mesmo método encontramos que F neste caso é uma força conservadora, e
seu potencial é ( utilizando o resultado do problema 1-31b):
U = −aln r

11. Uma partícula de massa m se encontra em repouso na extremidade de uma mola


(constante de força = k) suspenso a partir de um suporte fixo. Em 𝑡 = 0, uma força para
baixo constante F é aplicada a massa e atua por um tempo 𝑡0 . Demonstre que, após a
remoção da força, o deslocamento da massa a partir de sua posição de equilíbrio (𝑥 =
𝑥0 , onde x é para baixo) é:
𝐹
𝑥 − 𝑥0 = {cos[𝜔0 (𝑡 − 𝑡0 )] − cos(𝜔0 𝑡)}
𝑘
Resolução
A equação de movimento para 0  t t0 é
m x = −k( x − x0 ) + F = −kx + ( F + kx0 ) (1)
enquanto para t t0 , a equação é
m x = −k( x − x0 ) = −kx + kx0 (2)
É conveniente definir
 = x − x0
que transforma (1) e (2) em
m  = −k + F ; 0  t t0 (3)
m  = − k ; t t0 (4)
As soluções homogêneas para ambas (3) e (4) são de forma familiar  (t) = Aei t + Be−i t , onde
 = k m . Uma solução particular para (3) is  = F k. Então as soluções gerais para (3) e (4)
são
F
− = + A ei t + Be− i t ; 0  t t0 (5)
k
+ = Cei t + D e−i t ; t t0 (6)
Para determinar as constantes, usamos as condições iniciais: x(t= 0) = x0 e x(t = 0) = 0. Assim,

− (t= 0) = − (t= 0) = 0 (7)


As condições fornecem duas equações para A e B:
F 
0= +A +B 
k (8)

0 = i ( A − B) 

Então
F
A =B=−
2k
e, de (5), temos
F
− = x − x0 =
k
(1− cos t) ; 0  t t0 (9)

Uma vez que para qualquer movimento físico, x e x devem ser contínuos, os valores de
− ( t= t0 ) e − ( t= t0 ) são condições iniciais para + (t) que são necessárias para determinar C e
D:
F 
 + ( t = t0 ) = (1 − cos  t0 ) = Cei t0 + De−i t0 
k
 (10)
F 
 + ( t = t0 ) =  sen  t0 = i Cei t0 − De −i t0  
k 
As equações em (10) podem ser reescritas como:

(1 − cos  t0 ) 
F
Cei t0 + De −i t0 =
k
 (11)
−iF 
Cei t0 − De −i t0 = sen  t0 
k 

Então, adicionando e subtraindo um por outro, obtemos

C=
F − i t0
2k
e (

1− ei t0  )
 (12)

D=
F i t0
2k
(
e 1− e− i t0 

)
a substituição de (12) em (6) rendimentos

+ =
F
( ) ( )
 e− i t0 − 1 ei t + ei t0 − 1 e− i t
2k  

F  i (t− t0 )
= e − ei t + e− i (t− t0 ) − e− i t
2k 
F
= cos ( t− t0 ) − cos t (13)
k
Assim,
F
x − x0 = cos ( t− t0 ) − cos t ;t t0 (14)
k

12. Derive as expressões da energia e da perda de energia mostradas na figura abaixo para
o oscilador amortecido. Para um oscilador ligeiramente amortecido, calcule a taxa
média na qual o oscilador amortecido perde energia (isto é, calcule uma média temporal
sobre um ciclo).
Resolução
1 1
E ( t) = m x( t) + kx( t)
2 2
(1)
2 2
onde
x(t) = Ae− t cos(1t−  ) (2)

x ( t ) = Ae −  t −  cos (1t −  ) − 1 sen (1t −  )  (3)

k
 1 =  02 −  2 , 0 =
m
Substituindo (2) e (3) em (1), temos
A2 −2  t 
E (t ) =
2
e ( 2
)
 m + k cos (1t −  ) + m1 sen (1t −  )
2 2 2

(4)
+ 2m1 sen (1t −  ) cos (1t −  ) 

Reescrevendo (4), encontramos a expressão para E(t):


mA2 −2  t  2
E (t ) = e  cos 2 (1t −  ) +  02 −  2 sen2 (1t −  ) + 02  (5)
2  

dE
Considerando o derivativo de (5), encontramos a expressão para :
dt

dE mA2 −2  t 
dt
=
2
e 2
( 3
)
 2 0 − 4 cos 2 (1t −  ) (6)
− 4  2 02 −  2 sen2 (1t −  )0 − 2 2 

As fórmulas acima para E e dE dt reproduzem as curvas mostradas na Figura 3-7 do texto.


Para encontrar a taxa média de perda de energia para um oscilador levemente amortecido,
vamos considerar  0 . Isso significa que o oscilador tem tempo para completar alguns
períodos antes de sua amplitude ser consideravelmente reduzida, isto é, o termo e−2t não se
altera muito no tempo que leva para completar um período. Os termos de seno e coseno terão
média próxima a zero, comparados ao termo constante em dE dt, e obtemos nesse limite
dE
− m  02A 2e−2t (7)
dt

13. Um pendulo simples consiste de uma massa m suspensa a partir de um ponto fixo por
uma haste de peso e extensão desprezíveis de comprimento l. Obtenha a equação de
movimento e, na aproximação onde sin 𝜃 ≅ 𝜃, demonstre que a frequência natural e

𝜔0 = √ . onde ℊ é a intensidade do campo gravitacional. Discuta o movimento no caso

de ele ocorrer em um meio viscoso com força de retardo igual a 2𝑚√ℊℓ𝜃̇.


Resolução

A equação de movimento é
−m  = mg sen  (1)
g
 =− sen  (2)

Se  é suficientemente pequeno, nós podemos aproximar sen    , e (2) se torna


g
=−  (3)

que possui uma solução oscilatória


 (t) = 0 cos0t (4)

onde  0 = g e onde  0 é a amplitude. Caso haja a força de atraso 2m g  , a equação de


movimento se torna
− m  = mg sen  + 2m g  (5)
ou ajustando sen    e reescrevendo, temos
 + 20 + 02 = 0 (6)
Comparando esta equação com a equação padrão para o movimento amortecido [Eq. (3.35)],
x + 2 x + 02x = 0 (7)
identificamos 0 =  . Este é o caso de amortecimento crítico, então a solução para  (t) é [ver
Eq. (3.43)]
 (t) = ( A + Bt) e−0t (8)

Para as condições iniciais  ( 0) = 0 e (0) = 0, encontramos

 ( t) =  0 (1+  0t) e−0t

14. Demonstre que a equação 𝑥(𝑡) = (𝐴 + 𝐵𝑡)𝑒 −𝛽𝑡 é, na realidade, a solução para o
amortecimento crítico, supondo uma solução da forma 𝑥(𝑡) = 𝑦(𝑡)𝑒 −𝛽𝑡 e determinando
a função 𝑦(𝑡).
Resolução

x + 2 x +  2x = 0 (1)
Se considerarmos uma solução de forma
x(t) = y(t) e−  t (2)
temos
x = ye−  t −  ye−  t 
 (3)
− t − t − t 
x = ye − 2 ye +  ye 
2

Substituindo (3) em (1), encontramos


ye−  t − 2 ye−  t +  2ye−  t + 2 ye−  t − 2 2ye−  t +  2ye−  t = 0 (4)
ou,
y= 0 (5)
Portanto,
y(t) = A + Bt (6)
e
x( t) = ( A + Bt) e−  t (7)

que é somente Eq. (3.43).

𝜔0
15. Para um oscilador ligeiramente amortecido, demonstre que 𝑄 ≅
∆𝜔

Resolução
A amplitude de um oscilador amortecido é [Eq. (3.59)]
A
D= (1)
( )
2
2
0 − 2 + 4 2 2

Na frequência de ressonância,  =  R =  02 −  2 , D se torna


A
DR = (2)
2  02 −  2

1
Vamos encontrar a frequência,  =  , na qual a amplitude é DR:
2
1 1 A A
DR = = (3)
2 2 2  02 −  2
( 02 −   2 ) + 4  2 
2

resolvendo esta equação para  , encontramos


12
 2 
  =  − 2  2 0 1− 2 
2 2 2
(4)
 0 
0

Para um oscilador levemente amortecido,  é pequeno e os termos em  2 podem ser ignorados.


Portanto,
  2  02  20 (5)
ou,
  
    0 1
 0 
(6)

resultando em
 = (0 +  ) − (0 −  ) = 2 (7)
Também podemos aproximar R para um oscilador levemente amortecido:

 R =  02 − 2 2   0 (8)
Portanto, Q para um oscilador levemente amortecido se torna
0 0
Q   (9)
2 

16. Um oscilador linear amortecido, original mente no repouso em sua posição de


equilíbrio, está sujeito a uma força constante:
0, 𝑡<0
𝐹(𝑡) 𝑡
= {𝑎 × , 0 < 𝑡 < 𝜏
𝑚 𝜏
𝑎, 𝑡>𝜏
Determine a função resposta. Considere 𝜏 → 0 e demonstre que solução se torna aquela de uma
função degrau
Podemos reescrever a função de força para que consista de duas funções de força para t >  :

0 t 0

F ( t) 
=  a( t  ) 0  t  (1)
m

 a( t−  )
 a( t  ) − t 
 
Durante o intervalo 0 < t < , a equação diferencial que descreve o movimento é
at
x + 2 x +  02x = (2)

A solução particular é xp = Ct+ D , e substituindo isto em (2), encontramos

at
2 C +  02Ct+  02D = (3)

do qual

2 C +  02D = 0 

 (4)
a
C 02 − = 0 
 
Portanto, temos
2 a a
D =− , C= (5)
 04  02
o que nos dá
a 2 a
xp = t− (6)
2
0  04
Assim, a solução geral para 0 < t <  é
a 2 a
x ( t ) = e−  t  A cos 1t + B sen 1t  + t− (7)

2
0 04
e então,
a
x ( t ) = −  e −  t  A cos 1t + B sen 1t  + 1e −  t  − A sen 1t + B cos 1t  + (8)
02
As condições iniciais, x(0) = 0, x( 0) = 0, implicam
2 a 
A= 
 
4
0

 (9)
a  2 2  
B= 2 
− 1 
 1 0   0
2
 
Portanto, a função de resposta é

a  2 −  t e−  t  2 2  2 
x (t ) =  e cos  t +  2 − 1 sen 1t + t − 2  (10)
0  0
2 2 1
1  0  0 

a( t−  )
Para a função de força − em (1), temos a resposta similar para (10). Assim,

adicionamos estas duas equações para obter a função de resposta total:

a  2 −  t e−  t  2 2 
x (t ) = 2  2
0   0
e (
cos 1t − e  t cos 1 ( t −  ) + ) 
1  02
− 1
 (11)
 sen 1t + −e t
sen 1 ( t −  )  +  

Quando  → 0, podemos aproximar e como 1 + , e também sen 1  1 , cos1  1.
Então,

a  2 −  t e−  t  2 2 
x ( t ) ⎯⎯⎯
 →0
→ 2  2
e cos 1t − (1 +  )( cos 1t + 1 sen 1t ) +  − 1
0  0 1  02 

 sen 1t − (1 +  )( sen 1t − 1 cos 1t )  +  

a  − t −  t  2 1  2 3  
= 2 
1 − e cos  t − e  2 − + 2
sen 1t  (12)
0 
1
 0 1 10  

Se usarmos 12 = 02 −  2 , o coeficiente de e−  t sen 1t se torna  1 . Portanto,

a   
x ( t ) ⎯⎯⎯
 →0
→ 2 
1 − e−  t cos 1t − e −  t sen 1t  (13)
0  1 

Esta é só uma resposta de uma função de degrau.

17. Obtenha a expansão de Fourier da função:


𝜋
−1, − <𝑡<0
𝐹(𝑡) = { 𝜔
𝜋
+1, 0<𝑡<
𝜔
Resolução
Uma vez que F(t) é uma função ímpar, F(–t) = –F(t), de acordo com Eq. (3.91) todos os
coeficientes an desaparecem igualmente, e os bn são dados por


bn =  
 F ( t  ) sen n t  dt 
 −


  0 
=  − 
− sen n t  dt  +   sen n t  dt 

  
0

  

0

=   1 cos n t  +  − 1 cos n t  0 
   n    n
− 
 

  

2
= ( cos 0 − cos n )
n

 4
 para n par
=  n (1)
 0 para n impar

Então,
4 
b( 2n+1) =
( 2n + 1)   n = 0,1,2, (2)

b( 2n) =0 

Então, temos

4 4 4
F (t ) = sen  t + sen 3 t + sen 5 t + (3)
 3 5
18. Um relógio de parede do vovô tem um pendulo de comprimento 0,7 m e prumo de massa
0,4 kg, Uma massa de 2 kg cai 0,8 m em sete dias para manter a amplitude (a partir do
equilíbrio) de oscilação do pendulo estacionaria em 0,03 rad. Qual é o valor de Q do
sistema?
Resolução
m gl 2
Energia de um pêndulo simples é  onde  é a amplitude.
2
Para uma oscilação levemente amortecida ()
t   exp(−t).
m gl 2
A energia inicial do pêndulo é  .
2
l
A energia de pêndulo após um período, T = 2 ,é
g

m gl m gl 2
 (T )2 =  exp (−2 T )
2 2
Então a energia perdida em um período é
m gl 2 m gl 2
 ( 1− exp ( −2T ) )   2T = m gl 2T
2 2
E energia perdida após 7 dias é
(7 dias)
mgl 2  T = mgl 2  (7 dias )
T
A energia deve ser compensada por energia potencial da massa M enquanto ela cai h metros:
Mh
Mgh = mgl 2  (7 dias)   = = 0.01s −1
ml (7 dias)
2

Conhecendo  podemos facilmente encontrar o coeficiente Q (ver Equação (3.64))


g
− 2 2
  02 − 2 2 l
Q= R = = = 178
2 2 2

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