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Decreto-Lei n.

º 244/71
Convenção entre Portugal e a República Federativa do Brasil para Evitar a
Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada
em Lisboa em 22 de Abril de 1971

Usando da faculdade conferida pela 2.ª parte do n.º 2.º do artigo 109.º da
Constituição, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte:
Artigo único. É aprovada, para ratificação, a Convenção entre Portugal e a
República Federativa do Brasil para Evitar a Dupla Tributação em Matéria de
Impostos sobre o Rendimento, assinada em Lisboa em 22 de Abril de 1971, cujo
texto vai anexo ao presente decreto-lei.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros. - Marcello Caetano - Rui Manuel de
Medeiros d'Espiney Patrício.
Promulgado em 19 de Maio de 1971.
Publique-se.
O Presidente da República, AMÉRICO DEUS RODRIGUES THOMAZ.

Convenção entre Portugal e a República Federativa do Brasil para Evitar a Dupla


Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento

Portugal e a República Federativa do Brasil, considerando os laços especiais


existentes entre os dois países e desejando concluir uma Convenção para Evitar a
Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, acordaram nos
artigos seguintes:

CAPÍTULO I
Âmbito da aplicação da Convenção

ARTIGO 1.º
Pessoas visadas

A presente Convenção aplica-se às pessoas residentes de um ou de ambos os


Estados Contratantes.

ARTIGO 2.º
Impostos visados

1. Os impostos actuais a que esta Convenção se aplica são:

a) Relativamente a Portugal:

1.º A contribuição predial;

2.º O imposto sobre a indústria agrícola;

3.º A contribuição industrial;

4.º O imposto de capitais;

5.º O imposto profissional;

6.º O imposto complementar;


7.º O imposto para a defesa e valorização do ultramar;

8.º O imposto de mais-valias;

9.º Os adicionais dos impostos referidos nos n.os 1.º a 8.º desta alínea;

10.º Os outros impostos estabelecidos para as autarquias locais, cujo quantitativo


seja determinado em função dos impostos referidos nos n.os 1.º a 8.º desta alínea
e os respectivos adicionais;

a seguir referidos pela designação de «imposto português».

b) Relativamente à República Federativa do Brasil:

O imposto federal sobre a renda e proventos de qualquer natureza, com exclusão


das incidências sobre remessas excedentes e sobre actividades de menor
importância, a seguir referido pela designação de «imposto brasileiro».

2. A Convenção será também aplicável aos impostos futuros, de natureza idêntica


ou similar, que venham a acrescer aos actuais ou a substituí-los.

CAPÍTULO II
Definições

ARTIGO 3.º
Definições gerais

1. Na presente Convenção, a não ser que o contexto exija interpretação diferente:

a) As expressões «um Estado Contratante» e «o outro Estado Contratante»


significam Portugal ou a República Federativa do Brasil, consoante resulte do
contexto;

b) O termo «Portugal» significa Portugal europeu, que compreende o território do


continente e os arquipélagos dos Açores e da Madeira;

c) O termo «Brasil» significa a República Federativa do Brasil;

d) O termo «pessoa» compreende uma pessoa singular ou física, uma sociedade ou


qualquer outro agrupamento de pessoas;

e) O termo «sociedade» significa qualquer pessoa colectiva ou jurídica ou qualquer


entidade que é tratada como pessoa colectiva ou jurídica para fins tributários;

f) As expressões «empresa de um Estado Contratante» e «empresa do outro Estado


Contratante» significam, respectivamente, uma empresa explorada por um
residente de um Estado Contratante e uma empresa explorada por um residente do
outro Estado Contratante;

g) A expressão «autoridades competentes» significa:

1.º Relativamente a Portugal: o Ministro das Finanças, o director-geral das


Contribuições e Impostos, ou os seus representantes autorizados;
2.º Relativamente à República Federativa do Brasil: o Ministro da Fazenda, o
Secretário da Receita Federal, ou os seus representantes autorizados.

2. Para a aplicação da Convenção por um Estado Contratante, qualquer expressão


não definida terá, a não ser que o contexto exija interpretação diferente, o
significado que lhe é atribuído pela legislação desse Estado Contratante relativa aos
impostos que são objecto da Convenção.

ARTIGO 4.º
Domicílio fiscal

1. Para efeitos da presente Convenção, a expressão «residente de um Estado


Contratante» significa qualquer pessoa que, por virtude da legislação desse Estado,
está aí sujeita a imposto devido ao seu domicílio, à sua residência, ao local de
direcção ou a qualquer outro critério de natureza similar.

2. Quando, por virtude do disposto no n.º 1, uma pessoa singular ou física for
residente de ambos os Estados Contratantes, a situação será resolvida de acordo
com as seguintes regras:

a) Será considerada residente do Estado Contratante em que tenha uma habitação


permanente à sua disposição. Se tiver uma habitação permanente à sua disposição
em ambos os Estados Contratantes, será considerada residente do Estado
Contratante com o qual sejam mais estreitas as suas relações pessoais e
económicas (centro de interesses vitais);

b) Se o Estado Contratante em que tem o centro de interesses vitais não puder ser
determinado, ou se não tiver uma habitação permanente à sua disposição em
nenhum dos Estados Contratantes, será considerada residente do Estado
Contratante em que permanecer habitualmente;

c) Se permanecer habitualmente em ambos os Estados Contratantes ou se não


permanecer habitualmente em nenhum deles, será considerada residente do Estado
Contratante de que for nacional;

d) Se for nacional de ambos os Estados Contratantes ou se não for nacional de


nenhum deles, as autoridades competentes dos Estados Contratantes esforçar-se-
ão por resolver o caso de comum acordo.

3. Quando, por virtude do disposto no n.º 1, uma pessoa, que não seja uma pessoa
singular ou física, for residente de ambos os Estados Contratantes, será
considerada residente do Estado Contratante em que estiver situada a sua direcção
efectiva.

4. A empresa individual situada no Brasil e explorada por pessoa singular residente


de Portugal poderá ser considerada por este Estado, para efeitos da presente
Convenção, como seu residente.
ARTIGO 5.º
Estabelecimento estável ou estabelecimento permanente

1. Para efeitos da presente Convenção, a expressão «estabelecimento estável» ou


«estabelecimento permanente» significa uma instalação fixa onde a empresa
exerça toda ou parte da sua actividade.

2. A expressão «estabelecimento estável» compreende, nomeadamente:

a) Um local de direcção;

b) Uma sucursal;

c) Um escritório;

d) Uma fábrica;

e) Uma oficina;

f) Uma mina, uma pedreira ou outro local de extracção de recursos naturais;

g) Um local ou um estaleiro de construção ou de montagem cuja duração exceda


seis meses.

3. A expressão «estabelecimento estável» não compreende:

a) As instalações utilizadas unicamente para armazenar, expor ou entregar


mercadorias pertencentes à empresa;

b) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa, mantido unicamente para


as armazenar, expor ou entregar;

c) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa, mantido unicamente para


serem transformadas por outra empresa;

d) Uma instalação fixa mantida unicamente para comprar mercadorias ou reunir


informações para a empresa;

e) Uma instalação fixa mantida unicamente para fazer publicidade, fornecer


informações, realizar investigações científicas ou desenvolver outras actividades
similares que tenham carácter preparatório ou auxiliar para a própria empresa,
desde que não aufira quaisquer rendimentos do exercício dessas actividades.

4. Uma pessoa que actue num Estado Contratante por conta de uma empresa do
outro Estado Contratante, desde que não seja um agente independente, a que é
aplicável o n.º 5, será considerada como estabelecimento estável da empresa no
Estado primeiramente mencionado, se tiver e exercer habitualmente neste Estado
poderes para concluir contratos em nome da empresa, a não ser que a actividade
dessa pessoa se limite à compra de mercadorias para a empresa.

5. Não se considera que uma empresa de um Estado Contratante tem um


estabelecimento estável no outro Estado Contratante pelo simples facto de exercer
a sua actividade nesse outro Estado por intermédio de um corretor, de um
comissário-geral ou de qualquer outro agente independente, desde que essas
pessoas actuem no âmbito normal da sua actividade.

6. O facto de uma sociedade residente de um Estado Contratante controlar ou ser


controlada por uma sociedade residente do outro Estado Contratante ou que exerce
a sua actividade nesse outro Estado, quer seja através de um estabelecimento
estável, quer de outro modo, não é, por si, bastante para fazer de qualquer dessas
sociedades estabelecimento estável da outra.

7. Uma empresa de um Estado Contratante que exerça no outro Estado Contratante


actividade que consista na prestação de serviços próprios das pessoas a que se
refere o artigo 16.º será considerada como possuindo um estabelecimento estável
neste último Estado.

CAPÍTULO III
Tributação dos rendimentos

ARTIGO 6.º
Rendimentos dos bens imobiliários

1. Os rendimentos provenientes de bens imobiliários podem ser tributados no


Estado Contratante em que esses bens estiverem situados.

2. a) A expressão «bens imobiliários», salvo o disposto na alínea b), é definida de


acordo com o direito do Estado Contratante em que tais bens estiverem situados;

b) A expressão «bens imobiliários» compreende sempre os acessórios, o gado e o


equipamento das explorações agrícolas e florestais, os direitos a que se apliquem
as disposições do direito privado relativas à propriedade de bens imóveis, o
usufruto de bens imobiliários e os direitos a retribuições variáveis ou fixas pela
exploração ou pela concessão da exploração de jazigos minerais, fontes e outros
recursos naturais; os navios, barcos e aeronaves não são considerados bens
imobiliários.

3. A disposição do n.º 1 aplica-se aos rendimentos derivados da utilização directa,


do arrendamento ou de qualquer outra forma de utilização dos bens imobiliários.
Essa disposição aplica-se igualmente aos rendimentos derivados dos bens que, de
acordo com a legislação fiscal do Estado Contratante em que tais bens estiverem
situados, sejam assimilados aos rendimentos derivados dos bens imobiliários.

4. O disposto nos n.os 1 e 3 aplica-se igualmente aos rendimentos provenientes


dos bens imobiliários de uma empresa e aos rendimentos dos bens imobiliários
utilizados para o exercício de profissões liberais.

ARTIGO 7.º
Lucros das empresas

1. Os lucros de uma empresa de um Estado Contratante só podem ser tributados


nesse Estado, a não ser que a empresa exerça a sua actividade no outro Estado
Contratante por meio de um estabelecimento estável aí situado. Se a empresa
exercer a sua actividade deste modo, os seus lucros podem ser tributados no outro
Estado, mas unicamente na medida em que forem imputáveis a esse
estabelecimento estável.
2. Quando uma empresa de um Estado Contratante exercer a sua actividade no
outro Estado Contratante por meio de um estabelecimento estável aí situado, serão
imputados, em cada Estado Contratante, a esse estabelecimento estável os lucros
que este obteria se fosse uma empresa distinta e separada que exercesse as
mesmas actividades ou actividades similares, nas mesmas condições ou em
condições similares e transaccionasse com absoluta independência.

3. Na determinação do lucro de um estabelecimento estável é permitido deduzir as


despesas devidamente comprovadas que tiverem sido feitas para realização dos
fins prosseguidos por esse estabelecimento estável, incluindo as despesas de
direcção e as despesas gerais de administração, igualmente comprovadas e
efectuadas com o fim referido.

4. Nenhum lucro será imputado a um estabelecimento estável pelo facto da simples


compra de mercadorias, por esse estabelecimento estável, para a empresa.

5. Quando os lucros compreendam elementos do rendimento especialmente


tratados noutros artigos da presente Convenção, as respectivas disposições não
serão afectadas pelas deste artigo.

ARTIGO 8.º
Navegação marítima e aérea

1. Não obstante o disposto nos n.os 1 a 4 do artigo 7.º, os lucros provenientes da


exploração de navios ou aeronaves no tráfego internacional só podem ser
tributados no Estado Contratante em que estiver situada a direcção efectiva da
empresa.

2. Se a direcção efectiva de uma empresa de navegação marítima se situar a bordo


de um navio, a direcção efectiva considera-se situada no Estado Contratante em
que se encontra o porto onde esse navio estiver registado, ou, na falta do porto de
registo, no Estado Contratante de que é residente a pessoa que explora o navio.

3. Para os efeitos da presente Convenção, a expressão «tráfego internacional»


inclui qualquer viagem de um navio ou aeronave que não seja uma viagem apenas
entre lugares do Estado Contratante que não é o Estado Contratante do qual é
residente a pessoa que obtém os lucros da exploração do navio ou aeronave.

ARTIGO 9.º

Quando:

a) Uma empresa de um Estado Contratante participar, directa ou indirectamente,


na direcção, no contrôle ou no capital de uma empresa do outro Estado
Contratante; ou

b) As mesmas pessoas participarem, directa ou indirectamente, na direcção, no


contrôle ou no capital de uma empresa de um Estado Contratante e de uma
empresa do outro Estado Contratante;

e, em ambos os casos, as duas empresas, nas suas relações comerciais ou


financeiras, estiverem ligadas por condições aceites ou impostas que difiram das
que seriam estabelecidas entre empresas independentes, os lucros que, se não
existissem essas condições, teriam sido obtidos por uma das empresas, mas não o
foram por causa dessas condições, podem ser incluídos nos lucros dessa empresa
e, consequentemente, tributados.

ARTIGO 10.º
Dividendos

1. Os dividendos atribuídos ou pagos por uma sociedade residente de um Estado


Contratante a um residente do outro Estado Contratante podem ser tributados
nesse outro Estado.

2. Esses dividendos podem, no entanto, ser tributados no Estado Contratante de


que é residente a sociedade que paga os dividendos e de acordo com a legislação
desse Estado, mas o imposto assim estabelecido não excederá 15 por cento do
montante bruto dos dividendos.

As autoridades competentes dos Estados Contratantes estabelecerão, de comum


acordo, a forma de aplicar este limite.

3. O termo «dividendos», usado neste artigo, significa os rendimentos provenientes


de acções, acções ou bónus, de fruição, partes de minas, partes de fundador ou
outros direitos, com excepção dos créditos, que permitam participar nos lucros,
assim como os rendimentos derivados de outras partes sociais assimilados aos
rendimentos das acções pela legislação fiscal do Estado de que é residente a
sociedade que os distribui. O termo inclui também os lucros auferidos pelo sócio
oculto, em regime de conta em participação.

4. Serão também considerados dividendos os lucros remetidos ou pagos por um


estabelecimento estável situado num Estado Contratante à empresa do outro
Estado Contratante a que este pertence, sendo aplicável o disposto no n.º 2.

Aos lucros do estabelecimento estável situado no Brasil, de empresa de Portugal,


que forem reinvestidos no primeiro Estado, será aplicável o tratamento tributário
dispensado aos lucros de empresas do Brasil incorporados no capital, sem que,
todavia, a tributação de tais lucros possa vir a exceder o limite estabelecido no n.º
2.

5. O disposto nos n.os 2 e 4 não afectará a tributação da sociedade ou do


estabelecimento estável no tocante aos lucros que derem origem aos dividendos ou
à parte reinvestida dos lucros.

6. O disposto nos n.os 1 e 2 não é aplicável se o beneficiário dos dividendos,


residente de um Estado Contratante, tiver, no outro Estado Contratante de que é
residente a sociedade que paga os dividendos, um estabelecimento estável a que
estiver efectivamente ligada a participação que dá origem aos dividendos. Neste
caso, são aplicáveis as disposições do artigo 7.º

ARTIGO 11.º
Juros

1. Os juros provenientes de um Estado Contratante e atribuídos ou pagos a um


residente do outro Estado Contratante podem ser tributados nesse outro Estado.

2. No entanto, esses juros podem ser tributados no Estado Contratante de que


provêm e de acordo com a legislação desse Estado, mas o imposto assim
estabelecido não excederá 15 por cento do montante bruto dos juros. As
autoridades competentes dos Estados Contratantes estabelecerão, de comum
acordo, a forma de aplicar este limite.

3. A limitação estabelecida no n.º 2 não se aplica aos juros provenientes de um


Estado Contratante atribuídos ou pagos a um estabelecimento estável de um
residente do outro Estado Contratante situado em terceiro Estado.

4. Não obstante o disposto nos n.os 1 e 2, os juros provenientes de um Estado


Contratante e atribuídos ou pagos ao outro Estado Contratante, a uma sua
subdivisão política ou autarquia local, e bem assim a agências e instituições
pertencentes exclusivamente a esse outro Estado, não serão tributados em
qualquer dos Estados Contratantes.

5. O termo «juros», usado neste artigo, significa os rendimentos da dívida pública,


de obrigações com ou sem garantia hipotecária e com direito ou não a participar
nos lucros e de outros créditos de qualquer natureza, bem como quaisquer outros
rendimentos assimilados aos rendimentos de importâncias emprestadas pela
legislação fiscal do Estado de que provêm os rendimentos.

6. O disposto nos n.os 1 e 2 não é aplicável se o beneficiário dos juros, residente de


um Estado Contratante, tiver, no outro Estado Contratante de que provêm os juros,
um estabelecimento estável a que estiver efectivamente ligado o crédito que dá
origem aos juros. Neste caso, são aplicáveis as disposições do artigo 7.º

7. Os juros consideram-se provenientes de um Estado Contratante quando o


devedor for esse próprio Estado, uma sua subdivisão política ou autarquia local ou
um residente desse Estado. Todavia, quando o devedor dos juros, seja ou não
residente de um Estado Contratante, tiver num Estado Contratante um
estabelecimento estável em relação com o qual haja sido contraída a obrigação que
dá origem aos juros e esse estabelecimento estável suporte o pagamento desses
juros, tais juros são considerados provenientes do Estado Contratante em que o
estabelecimento estável estiver situado.

8. Quando, devido a relações especiais existentes entre o devedor e o credor ou


entre ambos e qualquer outra pessoa, o montante dos juros pagos, tendo em conta
o crédito pelo qual são pagos, exceder o montante que seria acordado entre o
devedor e o credor, na ausência de tais relações, as disposições deste artigo são
aplicáveis apenas a este último montante. Neste caso, o excesso pode continuar a
ser tributado de acordo com a legislação de cada Estado Contratante, tendo em
conta as outras disposições da presente Convenção.

ARTIGO 12.º
«Royalties»

1. As royalties provenientes de um Estado Contratante e atribuídas ou pagas a um


residente do outro Estado Contratante podem ser tributadas nesse outro Estado.

2. Todavia, essas royalties podem ser tributadas no Estado Contratante de que


provêm e de acordo com a legislação desse Estado, mas o imposto assim
estabelecido não excederá:

a) 10 por cento do montante bruto das royalties relativas a obras literárias,


artísticas ou científicas, incluindo os filmes cinematográficos, bem como os filmes e
gravações para transmissão pela rádio ou pela televisão, desde que tais filmes e
gravações sejam produzidos por empresas de qualquer dos Estados Contratantes;

b) 15 por cento do montante bruto das royalties não compreendidas na alínea


anterior.

As autoridades competentes dos Estados Contratantes estabelecerão, de comum


acordo, a forma de aplicar estes limites.

3. O termo royalties, usado neste artigo, significa as retribuições de qualquer


natureza atribuídas ou pagas pelo uso ou pela concessão do uso de um direito de
autor sobre uma obra literária, artística ou científica, incluindo os filmes
cinematográficos, bem como os filmes e gravações para transmissão pela rádio ou
pela televisão, de uma patente, de uma marca de fabrico ou de comércio, de um
desenho ou de um modelo, de um plano, de uma fórmula ou de um processo
secretos, bem como pelo uso ou pela concessão do uso de um equipamento
industrial, comercial ou científico e por informações respeitantes a uma experiência
adquirida no sector industrial, comercial ou científico.

4. O disposto nos n.os 1 e 2 não é aplicável se o beneficiário das royalties,


residente de um Estado Contratante, tiver, no outro Estado Contratante de que
provêm as royalties, um estabelecimento estável a que estiver efectivamente ligado
o direito ou bem que dá origem às royalties. Neste caso, são aplicáveis as
disposições do artigo 7.º

5. As royalties consideram-se provenientes de um Estado Contratante quando o


devedor for esse próprio Estado, uma sua subdivisão política ou autarquia local ou
um residente desse Estado. Todavia, quando o devedor das royalties, seja ou não
residente de um Estado Contratante, tiver num Estado Contratante um
estabelecimento estável em relação com o qual haja sido contraída a obrigação de
pagar as royalties e esse estabelecimento estável suporte o pagamento dessas
royalties, tais royalties são consideradas provenientes do Estado Contratante em
que o estabelecimento estável estiver situado.

6. Quando, devido a relações especiais existentes entre o devedor e o beneficiário


das royalties ou entre ambos e qualquer outra pessoa, o montante das royalties
pagas, tendo em conta a prestação pela qual são pagas, exceder o montante que
seria acordado entre o devedor e o beneficiário, na ausência de tais relações, as
disposições deste artigo são aplicáveis apenas a este último montante. Neste caso,
o excesso pode continuar a ser tributado de acordo com a legislação de cada Estado
Contratante, tendo em conta as outras disposições da presente Convenção.

ARTIGO 13.º
Mais-valias

1. Os ganhos provenientes da alienação de bens imobiliários conforme são definidos


no artigo 6.º, podem ser tributados no Estado Contratante em que tais bens
estiverem situados.

2. Os ganhos provenientes da alienação de bens mobiliários que façam parte do


activo de um estabelecimento estável que uma empresa de um Estado Contratante
tenha no outro Estado Contratante ou de bens mobiliários afectos a uma instalação
fixa de que um residente de um Estado Contratante disponha no outro Estado
Contratante para o exercício de uma profissão liberal, incluindo os ganhos
provenientes da alienação global desse estabelecimento estável, isolado ou com o
conjunto da empresa, ou dessa instalação fixa, podem ser tributados nesse outro
Estado.

3. Não obstante o disposto no n.º 2, os ganhos provenientes da alienação de navios


e aeronaves utilizados no tráfego internacional, bem como dos bens mobiliários
afectos à sua exploração, podem ser tributados no Estado Contratante onde está
situada a direcção efectiva da empresa.

4. Os ganhos provenientes da alienação de quaisquer outros bens ou direitos,


diferentes dos mencionados nos n.os 1, 2 e 3, podem ser tributados em ambos os
Estados Contratantes.

5. As disposições deste artigo não impedem Portugal de tributar no imposto de


mais-valias em vigor à data da assinatura da presente Convenção os ganhos
provenientes da incorporação de reservas no capital das sociedades com sede ou
direcção efectiva em Portugal e da admissão de acções com reserva de preferência
para os sócios de tais sociedades.

ARTIGO 14.º
Profissões independentes

1. Os rendimentos obtidos por um residente de um Estado Contratante pelo


exercício de uma profissão liberal ou de outras actividades independentes de
carácter similar só podem ser tributados nesse Estado, a não ser que esse
residente disponha, de forma habitual, no outro Estado Contratante, de uma
instalação fixa para o exercício das suas actividades. Se dispuser dessa instalação,
os rendimentos podem ser tributados no outro Estado, mas unicamente na medida
em que o respectivo devedor for esse Estado, uma sua subdivisão política ou
autarquia local ou um residente desse Estado, ou o pagamento dos rendimentos for
suportado por um estabelecimento estável situado nesse Estado.

2. A expressão «profissões liberais» abrange, em especial, as actividades


independentes de carácter científico, literário, artístico, educativo ou pedagógico,
bem como as actividades independentes de médicos, advogados, engenheiros,
arquitectos, dentistas e contabilistas.

ARTIGO 15.º
Empregos

1. Com ressalva do disposto nos artigos 17.º, 18.º e 19.º, os salários, ordenados e
remunerações similares obtidos de um emprego por um residente de um Estado
Contratante só podem ser tributados nesse Estado, a não ser que o emprego seja
exercido no outro Estado Contratante. Se o emprego for aí exercido, as
remunerações correspondentes podem ser tributadas nesse outro Estado.

2. Não obstante o disposto no n.º 1, as remunerações obtidas por um residente de


um Estado Contratante de um emprego exercido no outro Estado Contratante só
podem ser tributadas no Estado primeiramente mencionado se:

a) O beneficiário permanecer no outro Estado durante um período ou períodos que,


no ano fiscal em causa, não excedam no total cento e oitenta e três dias;
b) As remunerações forem pagas por uma entidade patronal ou em nome de uma
entidade patronal que não seja residente do outro Estado; e

c) As remunerações não forem suportadas por um estabelecimento estável ou por


uma instalação fixa que a entidade patronal tenha no outro Estado.

3. Não obstante as disposições anteriores deste artigo, as remunerações de um


emprego exercido a bordo de um navio ou de uma aeronave no tráfego
internacional podem ser tributadas no Estado Contratante em que estiver situada a
direcção efectiva da empresa.

ARTIGO 16.º
Artistas e desportistas

Não obstante o disposto nos artigos 14.º e 15.º, os rendimentos obtidos pelos
profissionais de espectáculo, tais como artistas de teatro, cinema, rádio ou
televisão e músicos, bem como pelos desportistas, provenientes das suas
actividades pessoais exercidas nessa qualidade, podem ser tributados no Estado
Contratante em que essas actividades forem exercidas.

ARTIGO 17.º
Pensões

1. Com ressalva do disposto no n.º 2 do artigo 18.º, as pensões e remunerações


similares pagas a um residente de um Estado Contratante em consequência de um
emprego anterior só podem ser tributadas nesse Estado.

2. Às pensões não previstas no n.º 1 aplica-se o disposto no artigo 20.º

ARTIGO 18.º
Funções públicas

1. As remunerações pagas por um Estado Contratante ou por uma das suas


subdivisões políticas ou autarquias locais, quer directamente, quer através de
fundos por eles constituídos, a uma pessoa singular ou física, em consequência de
serviços prestados a esse Estado ou a essa subdivisão ou autarquia, no exercício de
funções públicas, podem ser tributadas nesse Estado.

2. Não obstante o disposto no n.º 1, as remunerações, incluindo as pensões, pagas


por um Estado Contratante ou por uma das suas subdivisões políticas ou autarquias
locais, quer directamente, quer através de fundos por eles constituídos, a uma
pessoa singular ou física que tenha a nacionalidade desse Estado, em consequência
de serviços prestados a esse Estado ou a essa subdivisão ou autarquia, no exercício
de funções públicas, só podem ser tributadas nesse Estado.

3. O disposto nos artigos 15.º e 17.º aplica-se às remunerações e pensões pagas


em consequência de serviços prestados em relação com uma actividade comercial
ou industrial exercida por um Estado Contratante ou por uma das suas subdivisões
políticas ou autarquias locais.
ARTIGO 19.º
Professores e estudantes

1. Uma pessoa que é, ou foi antes, residente de um Estado Contratante e que se


desloca ao outro Estado Contratante, a convite do Governo desse outro Estado, ou
de entidade sem fins lucrativos, ou de uma Universidade ou de outra instituição de
ensino ou de pesquisa científica, pertencentes a esse Estado ou a essa entidade,
com vista unicamente a ensinar ou fazer pesquisas científicas nas ditas instituições,
durante um período não excedente a dois anos, é isenta de impostos em ambos os
Estados Contratantes pelas remunerações recebidas em consequência desse ensino
ou investigação.

2. Uma pessoa que é, ou foi antes, residente de um Estado Contratante e que


permanece temporariamente no outro Estado Contratante unicamente para aí
prosseguir os seus estudos ou a sua formação:

a) Como estudante de uma Universidade, colégio ou escola; ou

b) Como estagiário; ou

c) Como beneficiário de subsídio, pensão, prémio ou bolsa de estudo concedidos


por uma organização religiosa, caritativa, científica ou educativa;

não será tributada nesse outro Estado relativamente às quantias recebidas para
fazer face à sua manutenção, estudos ou formação, desde que provenham de
fontes situadas fora dele.

3. Os estudantes de uma Universidade ou de outro estabelecimento de ensino


superior ou técnico de um Estado Contratante que tenham um emprego no outro
Estado Contratante por um período que não exceda um ano não são tributados
neste outro Estado pelas remunerações provenientes de tal emprego, desde que
este tenha o fim da sua formação prática relativa aos seus estudos.

ARTIGO 20.º
Rendas vitalícias

1. As rendas vitalícias pagas a um residente de um Estado Contratante só podem


ser tributadas nesse Estado.

2. Se o montante bruto de tais rendas exceder, durante um ano fiscal, o


equivalente, em moeda nacional do Estado Contratante de que são provenientes, a
US $6000,00 (seis mil dólares dos Estados Unidos da América), a parcela que
exceder o referido montante pode ser tributada nesse Estado.

3. As autoridades competentes de ambos os Estados Contratantes poderão, a


pedido de qualquer delas e de comum acordo, proceder, em Janeiro de cada ano, à
revisão do limite referido no n.º 2.
ARTIGO 21.º
Rendimentos não expressamente mencionados

1. Os rendimentos de um residente de um Estado Contratante não expressamente


mencionados nos artigos anteriores da presente Convenção e provenientes do outro
Estado Contratante podem ser tributados nesse outro Estado.

2. Sem prejuízo do disposto em artigos anteriores, os rendimentos de um residente


de um Estado Contratante e que sejam rendimentos de fontes situadas fora de
qualquer dos Estados Contratantes só podem ser tributados nesse Estado.

O disposto neste número não pode, porém, ser interpretado no sentido de afectar a
tributação dos rendimentos imputáveis a um estabelecimento estável que um
residente de um Estado Contratante tenha no outro Estado Contratante.

CAPÍTULO IV
Método para eliminar a dupla tributação

ARTIGO 22.º

1. Quando um residente de um Estado Contratante obtiver rendimentos que, de


acordo com o disposto na presente Convenção, possam ser tributados no outro
Estado Contratante, o primeiro Estado deduzirá do imposto sobre os rendimentos
desse residente uma importância igual ao imposto pago no outro Estado
Contratante. A importância deduzida não poderá, contudo, exceder a fracção do
imposto do primeiro Estado, calculado antes da dedução, correspondente aos
rendimentos tributados no outro Estado.

2. O disposto no n.º 1 não é aplicável aos juros previstos no n.º 3 do artigo 11.º

CAPÍTULO V
Disposições especiais

ARTIGO 23.º
Não discriminação

1. Os nacionais de um Estado Contratante não ficarão sujeitos, no outro Estado


Contratante, a nenhuma tributação ou obrigação com ela conexa diferente ou mais
gravosa do que aquela a que estejam ou possam estar sujeitos os nacionais desse
outro Estado que se encontrem na mesma situação.

2. O termo «nacionais» designa:

a) Todas as pessoas singulares ou físicas que tenham a nacionalidade de um Estado


Contratante;

b) Todas as pessoas colectivas ou jurídicas constituídas de harmonia com a


legislação em vigor num Estado Contratante;

c) Todas as entidades que, não sendo pessoas colectivas ou jurídicas, forem


tratadas como tais, para efeitos fiscais, pela legislação de um Estado Contratante.
3. A tributação de um estabelecimento estável que uma empresa de um Estado
Contratante tenha no outro Estado Contratante não será nesse outro Estado menos
favorável do que a das empresas desse outro Estado que exerçam as mesmas
actividades.

Esta disposição não poderá ser interpretada no sentido de obrigar um Estado


Contratante a conceder aos residentes do outro Estado Contratante as deduções
pessoais, abatimentos e reduções para efeitos fiscais atribuídos em função do
estado civil ou encargos familiares e concedidos aos seus próprios residentes.

4. As empresas de um Estado Contratante cujo capital, total ou parcialmente,


directa ou indirectamente, seja possuído ou controlado por um ou mais residentes
do outro Estado Contratante não ficarão sujeitas, no Estado Contratante
primeiramente mencionado, a nenhuma tributação ou obrigação com ela conexa
diferente ou mais gravosa do que aquela a que estejam ou possam estar sujeitas as
empresas similares desse primeiro Estado.

5. O termo «tributação» designa, no presente artigo, os impostos de qualquer


natureza ou denominação.

ARTIGO 24.º
Procedimento amigável

1. Quando um residente de um Estado Contratante considerar que as medidas


tomadas por um Estado Contratante ou por ambos os Estados Contratantes
conduzem ou poderão conduzir, em relação a si, a uma tributação não conforme
com a presente Convenção, poderá, independentemente dos recursos estabelecidos
pela legislação nacional desses Estados, submeter o seu caso à apreciação da
autoridade competente do Estado Contratante de que é residente.

O pedido deverá ser apresentado dentro de dois anos, a contar da data da


comunicação do imposto que tenha dado causa à reclamação, ou, no caso de
tributação nos dois Estados, da segunda tributação, ou, no caso de imposto devido
na fonte, da data do pagamento dos rendimentos que hajam sido tributados,
mesmo que se trate da segunda tributação.

2. Essa autoridade competente, se a reclamação se lhe afigurar fundada e não


estiver em condições de lhe dar uma solução satisfatória, esforçar-se-á por resolver
a questão através de acordo amigável com a autoridade competente do outro
Estado Contratante, a fim de evitar a tributação não conforme com a Convenção.

3. As autoridades competentes dos Estados Contratantes esforçar-se-ão por


resolver, através de acordo amigável, as dificuldades ou as dúvidas a que possa dar
lugar a interpretação ou a aplicação da Convenção.

4. As autoridades competentes dos Estados Contratantes poderão comunicar


directamente entre si, a fim de chegarem a acordo nos termos indicados nos
números anteriores.

ARTIGO 25.º
Troca de informações

1. As autoridades competentes dos Estados Contratantes trocarão entre si as


informações necessárias para aplicar a presente Convenção e as leis internas dos
Estados Contratantes relativas aos impostos abrangidos pela presente Convenção,
na medida em que a tributação nelas prevista for conforme com a presente
Convenção. Todas as informações deste modo trocadas serão consideradas
secretas e só poderão ser comunicadas às pessoas ou autoridades encarregadas do
lançamento, fiscalização ou cobrança dos impostos abrangidos pela presente
Convenção ou do julgamento das questões a eles relativas.

2. O disposto no n.º 1 nunca poderá ser interpretado no sentido de impor a um dos


Estados Contratantes a obrigação:

a) De tomar medidas administrativas contrárias à sua legislação ou à sua prática


administrativa ou às do outro Estado Contratante;

b) De fornecer informações que não possam ser obtidas com base na sua legislação
ou no âmbito da sua prática administrativa normal ou das do outro Estado
Contratante;

c) De transmitir informações reveladoras de segredos industriais, comerciais ou


profissionais, ou de processos comerciais ou industriais, ou informações cuja
comunicação seria contrária à ordem pública.

3. As autoridades competentes dos Estados Contratantes comunicarão uma à outra,


no início de cada ano, as modificações introduzidas nas respectivas legislações
fiscais no ano anterior.

4. Para os fins de mútua assistência e recíproco conhecimento em matéria de


política fiscal e sistemas tributários de ambos os Estados Contratantes, as
respectivas autoridades competentes poderão consultar-se mutuamente e
promover o intercâmbio de pessoal qualificado, informações, estudos técnicos e
sobre organização administrativa fiscal.

ARTIGO 26.º
Funcionários diplomáticos e consulares

O disposto na presente Convenção não prejudicará os privilégios fiscais de que


beneficiem os funcionários diplomáticos ou consulares, em virtude de regras gerais
de direito internacional ou de disposições de acordos especiais.

ARTIGO 27.º

A área de aplicação da presente Convenção poderá ser ampliada mediante acordo


entre os Estados Contratantes, por troca de notas diplomáticas ou segundo outro
processo conforme com as respectivas disposições constitucionais.

CAPÍTULO VI
Disposições finais

ARTIGO 28.º
Entrada em vigor

1. A presente Convenção será ratificada pelos Estados Contratantes em


conformidade com as respectivas exigências constitucionais e os instrumentos de
ratificação serão trocados em Brasília, o mais cedo possível.
2. A Convenção entrará em vigor um mês após a troca dos instrumentos de
ratificação e as suas disposições serão aplicáveis, pela primeira vez:

a) Em Portugal:

1.º Aos impostos devidos na fonte cujo facto gerador surja em ou depois de 1 de
Janeiro do ano civil seguinte ao da entrada em vigor da Convenção;

2.º Aos demais impostos sobre rendimentos, relativamente aos rendimentos


produzidos no ano civil seguinte ao da entrada em vigor da Convenção;

b) No Brasil:

Aos rendimentos obtidos durante o ano fiscal que começar em ou depois de 1 de


Janeiro do ano civil seguinte ao da entrada em vigor da Convenção.

3. Não obstante o disposto no n.º 2, o estabelecido no artigo 8.º e no n.º 3 do


artigo 13.º será aplicável aos impostos relativos ao ano de 1963 e aos anos
seguintes.

ARTIGO 29.º
Denúncia e revisão

1. A presente Convenção estará em vigor enquanto não for denunciada por um dos
Estados Contratantes. Qualquer dos Estados Contratantes pode denunciar a
Convenção, por via diplomática, mediante um aviso prévio mínimo de seis meses
antes do fim de qualquer ano civil. Nesse caso, a Convenção deixará de se aplicar:

a) Em Portugal:

1.º Aos impostos devidos na fonte cujo facto gerador surja em ou depois de 1 de
Janeiro do ano seguinte ao da denúncia;

2.º Aos demais impostos sobre os rendimentos, relativamente aos rendimentos


produzidos em ou depois de 1 de Janeiro do ano civil seguinte ao da denúncia;

b) No Brasil:

Aos rendimentos obtidos durante o ano fiscal que começar em ou depois de 1 de


Janeiro do ano seguinte ao da denúncia.

2. Sem prejuízo do disposto no n.º 1, a Convenção deverá ser revista trienalmente.

Feito em Lisboa, em dois exemplares, ambos em língua portuguesa, em 22 de Abril


de 1971.

Pelo Governo de Portugal:


Rui Manuel de Medeiros d'Espiney Patrício.

Pelo Governo da República Federativa do Brasil:


Luís António da Gama e Silva.

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