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António Mendes pascoela

Edson Millá Alfredo Mussacate

Isabel Arlindo Chongojo

Jochua Boaventura Ngonhamo

José Filipe Cossa

Voyane Rogério Chirindzane

Walter Eusébio Massango

2°Ano Laboral

Feitiçaria, Ciências e Racionalidade cultura, Tradição e religiosidade

no contexto Sociocultural do Moçambique Moderno

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
2

António Mendes pascoela

Edson Millá Alfredo Mussacate

Isabel Arlindo Chongojo

Jochua Boaventura Ngonhamo

José Filipe Cossa

Voyane Rogério Chirindzane

Walter Eusébio Massango

Feitiçaria, Ciências e Racionalidade cultura, Tradição e religiosidade

no contexto Sociocultural do Moçambique Moderno

Trabalho a ser apresentado na Faculdade de


Educação Física e Desporto, com vista na avaliação,
na Cadeira de Orientação de Antropologia Cultural
de Moçambique, sob orientação do Dr. Mafoia Paulo
Mafoia

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
3

Índice
Introdução......................................................................................................................................4

Objectivos.......................................................................................................................................5

Metodologia.....................................................................................................................................5

1.0. Feitiçaria..................................................................................................................................6

1.1. Forma de fazer feitiçaria em Moçambique...............................................................................7

1.2.1. Importânciada feitiçaria.........................................................................................................7

1.2.2. Âmbito moderno da feitiçaria................................................................................................8

2.0. Racionalidade..........................................................................................................................9

2.1.A Ciência.................................................................................................................................10

3.0. Cultura de Moçambique......................................................................................................11

3.1. Elementos dacultura................................................................................................................12

4.0. Religião..................................................................................................................................13

4.1. Características da religiosidade..............................................................................................14

4.2.1. A tradição e religiosidade do Moçambique Moderno.........................................................14

5.0.O Sincretismo religioso...........................................................................................................15

5.1.A origem do Sincretismo religioso..........................................................................................15

5.2.1. Origem do sincretismo religioso em Moçambique..............................................................16

Considerações finais....................................................................................................................18

Referencias bibliográficas...........................................................................................................19
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Introdução
Moçambique é um país africano localizado no sudeste da África. Possui uma superfície territorial
de 799.380 km2, sendo banhado pelo Oceano Índico em toda a faixa Leste. A Norte, o país faz
fronteira com a Tanzânia, a Oeste com o Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Swazilândia, e a Sul com
a África do Sul. É composto por 11 províncias: Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia,
Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo Província e Maputo Cidade que tem o estatuto
de província (INTIC - Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação, 2015).

Segundo Salemink (1994), no Moçambique independente vingou o desprimor da antropologia,


considerada como um caso extremo da ciência colonial, filiada a uma aplicabilidade colonialista
e vinculada a um culturalismo conservacionista, como se um primitivismo. Mais do que o efeito
de leituras críticas do seu legado, essa ideia adveio da apreensão local das modalidades do seu
exercício durante o período colonial.Enfim, a antropologia nos ensina a nos descentrarmos de
nós mesmos assim como de nossa própria sociedade e cultura. Isso é um exercício fantástico e
que nos abre as portas para novos universos, novas possibilidades e alternativas de aprendermos
com os outros e de nos vermos através dos outros, conhecendo-nos mais profundamente. Afinal,
como disse Sahlins “o homem apreende o mundo a partir de esquemas simbólicos que ordenam o
mundo, mas que jamais são os únicos possíveis” (VILANCULO, 2015).

O simbólicorepousa sobre umconjuntoderepresentaçõesquenósfazemosdo mundo


atravésdasquaisnósocompreendemos. Nossa inteligência nãotem acesso directamente ao mundo
real; a este só temos acesso através da mediação das representações. O presente trabalho, tem por
objectivo apresentar os conceitos e todas informações uteis sobre o domíniodo simbólico: A
feitiçaria, ciênciaeracionalidade, cultura, tradição e
religiosidadenocontextosocioculturaldeMoçambiquemoderno, modelos religiosos exógenosea
emergênciadossincretismosreligiososede igrejasevangélicasem Moçambique.
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Objectivos
Geral
Compreender a Feitiçaria, Ciências e Racionalidade cultura, Tradição e religiosidade no
contexto Sociocultural do Moçambique Moderno.

Específicos

I. Identificar a importância da Feitiçaria e seu contexto moderno;


II. Falar do contexto actual da Racionalidade e Ciência;
III. Descrever a Tradição e Religiosidade no contexto socio cultural;
IV. Apresentar a contextualização da religiosidade pelo secretismo, pentecostais e Zionistas.

Metodologia
O presente trabalho é do tipo exploratório, com finalidade de Apresentar, Feitiçaria, Ciências e
Racionalidade cultura, Tradição e religiosidade no contexto Sociocultural do Moçambique
Moderno; tem delineamento qualitativo, com enfâse a pesquisa documental e bibliográfica, a sua
pesquisa será fundamentada em ideias e pressupostos teóricos, para tal se fará uso de fontes
primária.
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1.0. Feitiçaria
Paula Meneses (2009. p.177) afirma que “com a emergência do moderno sistema colonial, a
feitiçaria transformou-se no símbolo do mundo selvagem, numa prática a ser abolida com
introdução de uma racionalidade moderna”. Com as medidas violentas de extermínio das práticas
religiosas, culturais e de magia nas sociedades africanas, as práticas de feitiçaria, aparentemente,
iriam desaparecer do seio de algumas estruturas sociais.

Etimologicamente, o termo feitiçaria surge do grego “farmakía”, que significa "drogueadores",


no sentido de preparadoresde drogas com finsterapêuticosapartirdeplantas. Para além da intenção
de curar, osfeiticeirostambém usavam drogas para induzirestadosalterados deconsciência para
ascender ao Mundo dos Espíritos.

Feitiçaria designaa práticaoucelebraçãoderituais, oraçõesoucultos com ou semusode amuletos ou


talismãs (objectos ao qual são atribuídos poderes mágicos), por parte de adeptos do
ocultismocomvistaàobtenção deresultados, favoresouobjectivosque, regrageral, nãosão da
vontade de terceiros. A feitiçaria pode serdescrita comoumaacçãomaliciosa,
levadaacaboatravésdorecursoa forças místicasoumesmopelaviolência,
resultantedeódiosetensõesintensaspresentesna sociedade,
equeaspessoasinterpretamcomoactuamsobresiindependentementedasuavontade, (ASHFORTH,
2005: 87).

Pode estar relacionada com cultos às forças da natureza ou aos antepassados já falecidos, sendo
que está também frequentemente relacionadacomousodeartesconsideradasmágicas, àinvocação
de entidades, comoporexemplo, espíritos, deuses, géniosoudemónios, ou oemprego de diversas
formasdeadivinhação. Os praticantese líderesdafeitiçaria, designadosde feiticeiros, gozavam de
uma considerável influência social em diversas comunidades, sendo encarados como líderes
religiosos ou conselheiros. Os espíritosdafeitiçariaactuamrecebendopagamentoscomo: sangue
deanimais, bebidas, perfumes e uma infinidadede objectos que valorizam, apesarda
dimensãoincorpóreaem que se encontram. São emgeralespíritosarrogantes,
agressivosemuitoautoconfiantes.
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A feitiçaria representa um comportamentoque sedesviadas normas aceitesnumasociedade:os


feiticeiros são maus e criam desarmonia nas relações sociais; eles representam um risco para
aestabilidade da comunidade. Portanto, chamar a alguém de feiticeiroequivaleapronunciaressa
pessoa como traiçoeira, situando-a num relacionamento antagónico com o resto da
comunidade/sociedade.

1.1. Forma de fazer feitiçaria em Moçambique


No seu livro Kupilikula, WEST (2009) traça-nos um cenário relativo ao planalto de Mueda em
que a feitiçariase desenrola nummundoinvisívelqueestáeminteracçãocomonosso, enoqual os
feiticeiros nefastosse projectam para praticarem as suas malfeitorias. Estas só poderão ser
neutralizadas ou revertidas por uma projecção semelhante por parte de feiticeiros benéficos que,
nesse mundo, actuem sobre aquilo que os malvados provocaram.

Tal actuação através de viagem espiritual, xamânica, é contrastante com as visões dominantes
nosul ecentrodopaís. Aí, sãoosespíritosque possuemosindivíduosvivos, ouqueestesúltimos
conseguem dominar, quem actua sobre arealidadepercetível através de formas a quechamaríamos
mágicas, nãoofazendonumoutromundoinvisível,mas, emborasejamelespróprios invisíveis, no
nosso mundo, que também habitam. Uma pessoaacusada de
serfeiticeirarepresentaumaameaçaàsolidariedadecomunitária, devendo ser descoberta e
combatida através de todos os meios de que a comunidade dispõe. É esta ideiade
traiçãoaopróprio grupo, umataqueàverdadeirabase da estruturasocialquetransforma a suspeita da
prática de feitiçaria num crime odioso (EVANS, 1992: 50).

No passado, aqueles quecometiamtraição, desobedeciamàsdecisõestomadas, cometiamassaltos,


ofensasverbaisparacom osmaisvelhos, incesto, sodomia, violação, homicídioefeitiçaria eram
considerados inimigos públicos. O castigo para estas ofensas variava desde uma multa
quepodiaserpagacomgado, atéàprópriamortedoacusado, passandoporcastigoscorporais, exílio e
confiscação de bens pertencentes à família do acusado.

1.2.1. Importânciada feitiçaria


Os boatos que circulam no espaço público retratam a feitiçaria como a forma mais comum deem
temposdecriseeconómicaededeclíniosocialdeoportunidades, seconseguirsucessopessoal, riqueza e
prestígio. Os líderes políticos são amplamente referenciados por recorrerem à feitiçaria a fim de
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assegurarem poder e sucesso eleitoral, e muitos usam engenhosamente esteconhecimento para


ganhar visibilidade e mesmo deferência. SANTOS, 2006). A feitiçaria fornece, assim,
ummeioparadarsentido àincertezaeaoaleatório, tornando-os explicáveis
epermitindoreintegrarosinfortúniosnãoapenascomocoisascognoscíveis, mastambém como
resultados da ação humana e, portanto, passíveis de serem manipulados por ela.

1.2.2. Âmbito moderno da feitiçaria


A transformação de uma feitiçaria tradicional para uma feitiçaria que Geschiere vai denominar
de “financeira”, podemos salientar o poder penetrante da modernização como sinônimo de
globalização, colocada em diferentes realidades na “sociedade global”. A feitiçaria como uma
prática tradicional e considerada primitiva, ganha força, pois será alimentada por contextos
sociais marcados por exclusão social, pelo predomínio de linha abissal, econômica, política e
intelectual (GESCHIERE, 2006).

Portanto para Santos(2009), esse movimento de transformações e “ressurgimento da feitiçaria” é


marcado por um contexto socioeconômico extremamente instável, onde as políticas públicas dos
Estados africanos não conseguem ou estão profundamente atreladas ao neocolonialismo.

Relacionar a feitiçaria e a modernidade não é, portanto, apenas um novo capricho acadêmico.


Essa ligação conceitual pode ajudar a compreender por que o discurso da feitiçaria impregna e
condiciona as formas pelas quais as pessoas tentam lidar com as desconcertantes mudanças
modernas. Pode ajudar também a elucidar a dinâmica moderna desse próprio discurso
(GESCHIERE, 2006, p. 30).

A crença é que o uso de partes do corpo humano produz medicamentos tradicionais muito fortes"
afirmou Simon Fellows. Em Moçambique, vários relatos têm associado o recurso a órgãos
humanos com a crença de que podem proporcionar riqueza e poderes sobrenaturais (AS DUAS,
2011).

Segundo Geschiere (2006), aos casos relatados sobre o sumiço de pessoas e/ou tráfico de órgãos
em Moçambique, foram destaques nos noticiários internacionais, ocupando as principais folhas,
manchetes nas cadeias nacionais e internacionais dos principais jornais do mundo. Como no caso
a abaixo: Órgãos genitais masculinos procurados para feitiçaria.
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Os órgãos genitais masculinos são a parte mais procurada em rituais de feitiçaria em


Moçambique e na África do Sul, revela um estudo da Liga dos Direitos Humanos de
Moçambique e da Linha da Criança da África do Sul. As duas organizações referem que, durante
as 14 semanas em que decorreu a pesquisa, entre 2008 e 2010, pelo menos uma pessoa era
mutilada em Moçambique e na África do Sul, em cada duas semanas, para a extração de órgãos
destinados a práticas de feitiçaria. "A África do Sul criou um mercado de órgãos humanos de
pessoas traficadas de Moçambique", indica o estudo. O director do projecto da pesquisa, Simon
Fellows, aponta no estudo que a maioria das mutilações é realizada em Moçambique, 89 por
cento, mas 75 por cento dos órgãos extraídos são enviados para a África do Sul. Estes dados, de
acordo com Fellows, indicam que a África do Sul está do lado da procura dos órgãos humanos e
Moçambique do lado da oferta. Além dos órgãos genitais masculinos, os autores das práticas de
feitiçaria procuram igualmente órgãos genitais femininos, a língua, ouvidos, cabeça e seios.
Muitas vezes, as vítimas ficam sem os seus órgãos humanos ainda vivas ou depois de mortas,
aponta o estudo. Durante a pesquisa, foram realizados 59 seminários, em que participaram 1.949
pessoas, abordados 48 grupos alvo e entrevistadas 327 pessoas. O director do projecto da
pesquisa afirmou que os entrevistados revelaram que os órgãos humanos são usados em
actividades relacionadas com a feitiçaria, rituais terapêuticos e práticas tradicionais dolorosas.

2.0. Racionalidade
Aracionalidade implicaaconformidadedesuascrençascomumasprópriasrazões paracrer, ou desuas
açõescomumasrazõesparaaação. “Racionalidade" tem significadosdiferentesespecializados em
economia, sociologia, psicologia, biologia evolutiva e ciência política. Uma decisão racional é
aquela que nãoé apenas fundamentada, mas também é ideal para alcançar um objetivo ou
resolver um problema.

A negação deumaúnicaformadeclassificaçãomarcaorompimentodeLévi-Strausscom atradição


logica que pretendi encontrar uma estrutura mínima do discurso enunciativo que dessa conta da
relação entre a linguagem, pensamento e mundo. Ele esta muito mais próximo de uma conceção
pluralistade formasdeclassificaçãoeordenaçãodomundo, concebidoestecomo uma
descontinuidadereal.O princípiofundamental darazãoedodiscursoenunciativonãoapenas esta salvo
como organiza toda a interpretação da actividade intelectual humana. Entretanto, razão, ratio,
significaamedidacomumpelaqualépossívelestabelecer um anexo entre termos. Apesar
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deapontarumasoluçãopara oproblemadoprojecto logicotradicional, da


qualseseguiriaorelativismoabsoluto, Lévi-Strauss mostra-se muitoconfiantequantoàsuficiência do
princípiouniversalda não contradição.

Eleé obrigado aassumi-lopara manter seu projecto de racionalidade. Incluir “lógicas concretas”
que se organizassem, p. Ex: admitindo a simultaneidade dos opostos (é contradição), implodiria
o próprio projecto estruturalista. Racionalidade A
racionalidadeimplicaaconformidadedesuascrençascomumaspróprias razões paracrer, ou
desuasaçõescomumasrazõesparaaação. “Racionalidade” tem significadosdiferentesespecializados
em economia, sociologia, psicologia, biologia evolutiva e ciência política. Uma decisão racional
é aquela que nãoé apenas fundamentada, mas também é ideal para alcançar um objetivo ou
resolver um problema. A negaçãode um a únicaformadeclassificaçãomarcaorompimentodeLévi-
Strauss coma tradição logica que pretendi encontrar uma estrutura mínima do discurso
enunciativo que dessa conta da relação entre a linguagem, pensamento e mundo. Ele esta muito
mais próximo de uma conceção pluralista de formas de classificaçãoeordenaçãodomundo,
concebidoestecomo uma descontinuidadereal.O princípio fundamental
darazãoedodiscursoenunciativonão apenas esta salvocomo organiza toda a interpretação da
actividade intelectual humana. Entretanto, razão, ratio,
significaamedidacomumpelaqualépossívelestabelecerum anexoentre termos. Apesar
deapontarumasoluçãoparaoproblemadoprojecto logicotradicional, da
qualseseguiriaorelativismoabsoluto, Lévi-Strauss mostra-se muitoconfiantequantoàsuficiência do
princípiouniversalda não contradição. Eleé obrigado a assumi-lopara manter seu projecto de
racionalidade. Incluir “lógicas concretas” que se organizassem, p. Ex: admitindo a
simultaneidade dos opostos (é contradição), implodiria o próprio projecto estruturalista.

2.1.A Ciência
Etimologicamente, o termoantropologiaderiva das palavras gregas “anthropos” (ser humano) e
“logos” (ciência, estudo, conhecimento) esignificaoestudodoserhumano. O
objetivodaAntropologia é buscar um entendimento amplo, comparativo e crítico dos seres
humanos, seusconhecimentos eformasdeser. A
antropologiasurgiucomociêncianoiníciodoséculoXX, com a sistematização dos estudos sobre
culturas consideradas “exóticas”.
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A antropologia abrange oestudo do ser humano como ser cultural, fazedor decultura. Investiga as
culturas humanas no tempo e noespaço, suas origens e desenvolvimento, suas semelhanças e
diferenças. Tem seu focodeinteressevoltadoparaoconhecimentodocomportamento cultural
humano, adquiridoporaprendizadosocial.A partir dacompreensãodavariedadedeprocedimentos
culturais dentrodoscontextosemquesãoproduzidos, aantropologia, como oestudo das culturas,
contribui para erradicar preconceitos derivados do etnocentrismo, fomentar o relativismo cultural
e o respeito à diversidade.

Apesar dagrandevariedadedosseuscamposdeinteresse, aantropologiaseconstituiucomoum campo


científico específico, que se articula teórica e metodologicamente com outras áreasdo
saber(como ahistória, filosofia, sociologia, psicologia, biologiaedireito), masconserva sua
unidade, umavezdesenvolveumétodosparticularesparainvestigaroserhumanoesuas diversas
formas culturais, comportamento e vida social.

3.0. Cultura de Moçambique


A culturadeMoçambiqueéumaamálgama, decorrentes, principalmente, desuahistóriadeBantu,
Swahili, einfluenciadaculturadocolonoPortuguês, eseexpandiudesdeaindependência em junho de
1975. Aampla gama de diversidade cultural, linguística e religiosa faz
deMoçambiqueumpaíscomumaimpressionantecultura. Há umavariedadedeculturas agrupadas
comaadosSwahiliesualíngua, aculturaislâmicaegruposdelínguaBantuquevivem nas regiões norte
e central.

A línguaoficial- a língua maisfaladadopaíséoPortuguês, faladopor50,3% dapopulação. É


impressionante quesempreexiste umtemacomumdeexpressãoculturaldinâmicaecriativa na
música, a poesia oral, dança e performance, apesar da grande variedade e mistura de línguas, as
relações sociais, as tradições artísticas, roupas e padrões de ornamentação são similares em todas
regiões.

As tradições- as tradições moçambicanas incluem música e dança. Artes performativas são


profundamente em relação comas práticasreligiosase sociaisdiárias. A músicade Moçambique
pode servira muitos propósitos, quevãodesdeaexpressãoreligiosaparacerimôniastradicionais. Os
instrumentos musicais são geralmente feitos à mão. A língua, a música, a arte, a arquitetura, o
vestuário, a culinária, o discurso, o conjunto de crenças, os idioletos e a paremiologia (ditados,
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provérbios e ditos), a literatura oral (lendas e mitos), as manifestações religiosas, os ritos de


passagem, as festas populares, a meteorologia popular, as relações locais com as modalidades de
trabalho e lazer, as formas de distribuição, e o exercício do poder local, entre outros, são
manifestações da cultura popular.

A literatura antropológica sugere-nos que a palavra cultura é de origem latina. Deriva do


verbocolere(cultivar ouinstruir) edo substantivo cultus (cultivo, instrução). Etimologicamente
tem muito avercomoambienteagrário, comocostumedetrabalharaterraparaqueelapossaproduzir
edarfrutos. Ainda hojesecostumausarapalavraculturaparadesignarodesenvolvimento da pessoa
humana por meio da educação e da instrução.

Tylor foi o primeiro a formular um conceito de cultura. Para ele essa “é aquele todo complexo
que incluio conhecimento, ascrenças, aarte, amoral, alei, oscostumesetodososoutroshábitos
eaptidõesadquiridospelohomemcomomembrodasociedade”. Poderíamos entãoafirmar quea
cultura, nãoénada mais, nadamenos, queoconjuntodesaberes (axiológicos estéticos, técnicos,
teológicos, epistemológicos, etc.) característicos de um determinado grupo humano ou deuma
sociedade, ouseja, o conjuntode comportamentos, saberes-fazeres adquiridas através de
aprendizagem e transmitidas ao conjunto de seus membros.

3.1. Elementosdacultura
DeacordocomMARCONIe PRESOTTO (2006),constituem-se comoelementosdacultura: as
ideias, acrença, osvalores, asnormas, asatitudesoucomportamentos, aabstracçãodo
comportamento, as instituições, as técnicas e os artefactos.Enquanto coisas reais e observáveis, a
cultura pode ser classificada em três tipos:

Cultura material-quando ela é formada por coisas ou objetos materiais, desde os machados

de pedra das antigas civilizações até os moderníssimos computadores;

Cultura imaterial- também chamada denãomaterialouespiritual, quando não tem substância


material, mas, assim mesmo, é algo real, como no caso das crenças, dos hábitos

e dos valores;
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Cultura ideal-aquela queéapresentadaverbalmentecomosendoaperfeitapara umdeterminado


grupo, masquenemsempreé praticada. Pode-se tomarcomoexemplodisso a cultura religiosa, a
qual nem sempre é assumida integralmente pelos que se dizem adeptos dela.

Para MARTINEZ (2009) a cultura possui as seguintes características fundamentais:


a) A culturaésimbólica-porque
éumconjuntodesignificadosevalorestransmitidosnecessariamente através dos símbolos e
sinais;
b) A cultura é social: visto que não existem manifestações culturais isoladas;
c) A cultura é selectiva: ela é um contínuo processo que implica sempre reformulações;
d) A cultura édinâmicae estável: Seu dinamismose manifesta no processode recriaçãoe
reinvenção cultural encarando novas mudanças;
e) A culturaéuniversaleregional:éuniversalnamedidaemqueéumfenómenouniversalenunca
ter sido constatada a existência de seres desprovidos de cultura.

Segundo Bernardo Bernardi(1974), quatrofactoresqueoperamconstanteeuniversalmente, em todas


as suas formas, quer por acção directa quer por efeitos condicionantes:

O anthropos-ouseja,ohomemnasuarealidadeindividualepessoal, ohomemcomoser

biológico, físico;

O ethnos-ou seja a comunidade ou povo entendido como associação estruturada de indivíduos.


Os factores sociais, históricos, económicos, políticos, religiosos.

O Oiko- Refere-se ao ambiente natural e cósmico dentro do qual o homem se encontra a actuar.
Da palavraoikosderivaapalavraecologia. São osfactoresnaturais, geográficos, ecológicos que
influem na cultura.

O Chronos-equivale aotempo, condiçãoaolongodaqualemcontinuidadedesucessão, se


desenvolve a actividade humana. A cultura nasce, desenvolve-se e vive no tempo.

4.0. Religião
Religião (do latimreligio, -onis)éumconjuntodesistemasculturaisedecrenças, alémdevisões
demundo, queestabeleceossímbolosquerelacionamahumanidadecom a
espiritualidadeeseusprópriosvaloresmorais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradiçõese
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histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo.
As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas
ouumestilodevidapreferidodesuasideiassobreo cosmos eanaturezahumana. Os
modelosreligiososexógenossão: o cristianismo; judaísmo; hinduísmo; islamismo; budismo;
xintoísmo; siquismo; bahai; jainismo.

4.1. Características da religiosidade


Existência de entidades sobrenaturais que criam e controlam o mundo natural e ordem
social;
Qualquer tempo (passado, presente e futuro), há um efectiva intervenção sobrenatural nos
assuntos do mundo, ou seja, as entidades sobrenaturais comandam o destino da
humanidade;
Crenças, rituais, acções e comportamentos individuais ou colectivos, regras socias ou
morais sãos prescritos e legitimados pela tradição religiosa ou pela revelação divina.

4.2.1. A tradição e religiosidade do Moçambique Moderno


Outra abordagemimportantesobreatradiçãoéadosociólogoamericanoEdwardShils, que, na
obraTradition(1981)mostra queotermotem, defacto, umasériedifusa, emuitasvezescontraditória,
de significados. A sua definição de“tradição" é muito ampla: a tradição seria um tractitum
“qualquer coisa que é transmitida ou passada do passado para o presente tendo sido criada
através de ações humanas de pensamento e da imaginação, ela é passada de uma geração para a
próxima "(SHILS,1981, p.12).

Em Moçambique actual,o CatolicismoRomano, Islamismo, religiõescristãsnão-católicas


ealgumas outrasreligiõesindígenasestãopresentes. Entre asreligiõespraticadasemMoçambique,
30% são cristãos, encontrados principalmente no sul.No Norte, 27% dosmoçambicanos
sãomuçulmanos. O restodapopulaçãoépraticantedediferentescrençasreligiosas. Comerciantes
árabes traziam o Islã e o Cristianismo foi trazido pelos Português.

Durkheim (1996), emborasetenhabaseadoemestudosantropológicosdesociedadesprimitivas,


consideravaa religiãocomo umfenómenouniversal; daíofactodeter estudadoo sistema
religiosoemdiferentescontextoshistóricos, sociaiseculturais, tentandoentendera essência
comumeasfunçõesqueareligiãodesempenhanasdiferentessociedadeseoqueexplica a sua origem.
15

Nãohásociedadesemreligiãoemuitomenos existesociedade, pormaisprimitiva queseja,


quenãoapresenteumsistemaderepresentaçõescolectivasrelacionadasà alma, à sua origeme ao seu
destino. Para o autor, a realidade simbólica dareligiãoéo núcleo da consciênciacolectivaecomo
actosocial, areligiãotranscendeoindivíduoeéacondição primordial da integração e da manutenção
da ordem social. Durkheim refere aindaque a religião é umsistemasolidáriode crençasedepráticas
relativas a coisassagradas, ouseja, separadas, proibidas,
crençasepráticasquereúnemnumamesmacomunidade moral todos aqueles que a ela aderem.

Portanto, por detrás de toda a manifestação religiosa (ritos, cultos, crenças adorações, etc.) está a
sociedade, poisfoielaquecrioua sua concepçãoreligiosa. Edward Tylor(1871) afirmava que para
oHomem primevo, tudo é dotado de alma, e esta crença fundamental e universal não só explica o
culto aos mortos e aos antepassados, mas também o nascimento de deuses. Para Radcliffe-Brown
(1999) areligiãoestabelecenormasconsuetudinárias(sanções legais), normais morais(sanção
daopiniãopública) enormassobrenaturais(sanção daconsciência), são estas três maneiras de
controlar o comportamento humano.

5.0.O Sincretismo religioso


Etimologicamente, sincretismoseoriginou a partir doGregosygkretismós, que significa reunião
das Ilhas de Cretacontraumadversárioemcomum. Para PRADO(2013,p.2), é formado
pordoutrinas deorigensdiversas, sejanoâmbitodascrençasreligiosasounascorrentes filosóficas.
Sincretismo éafusão de diferentes doutrinas para fusão de uma nova, seja de caracter filosófico;
cultural ou religioso.Este modelodesincretismo, assimcomoocultural,
nasceapartirdocontactodirectoou indirecto entre crendices e costumes distintos.

5.1.A origem do Sincretismo religioso


No Oriente, as misturas de civilizações de diferentes nações começaram
emumperíodomuitocedo, quando o Oriente foi Helenizada sob Alexandre e grande Diadochi no
século IV, a.C., os gregos e civilização Oriental entraram em contacto, e compreensivo em
grande medida efectuado. As divindades estrangeirasforamidentificadascomanativa(por exemplo,
Serapins-Zeu, Dionisio) éuma fusão de cultos sucedidos. Depois que os romanos conquistaram
os gregos, os vencedores, como se sabe sucumbiram a cultura dos vencidos e a religião
romanatornou-se completamente helenizada. Mais tardeos romanos gradualmente recebidos
todas as religiões dospovosqueRomatomoutodosostemplos. Sincretismo
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atingiuoseuaugenoséculo IIIdepoisdeCristo,
sobaCascallaimperadoresHeliogabálicoseSeveraAlexandre(211- 235) (KAEMER, s.d. p.1).
Podemos observar o fenómeno do sincretismo religioso desde a formaçãodasreligiõesmais
primitivasaté a actualidade. Ele surge por meiodo processo deenraizamento da culturanareligião,
ouseja, ospovosvãose organizando, gradualmente, e as crenças vão se tornando prática comum e
expressão cultural (SALES, s/d. p.5).

5.2.1. Origemdo sincretismo religioso em Moçambique


Para Moçambique osincretismoreligiosopode-se dizer que iniciouemtemposmuitoantigosestamos
a falar a partir dos séculos VII com a presença árabe em África e mais tarde no século XV com a
presença europeia (Portugueses), ate aos nossos dias, com a presença de vários povosde
diferentesregiõescomasuareligiãoeseusaspectos culturaisemparticular. Assim, deacordo
comvariasdefiniçõestrazidascomváriosautoressobreotermosincretismo religiosonas suas
abordagenstememcomuma frase“mistura ou combinaçãodecrenças religiosas”, apartir
destepressuposto, conclui-se queosincretismoinicianosuldopaíscomasigrejas messiânicas e Zione.

Segundo Honwana (2002), o uso dos termos tradição e modernidade para caracterizar o
fenómeno zionista é problemático por duas razões:

a) Primeiro, porque, como referimos no contexto do Sul de Moçambique, a natureza dinâmica


e mutável das crenças e tradições religiosas locais permite que os indivíduos e os grupos
desenvolvam novas expectativas e se abram para os desafios do mundo contemporâneo.
Como esta autora observa, as tradições mudam e nesse processo de mudança tornam-se
modernidade. Tradição, nesse sentido, é algo que se entrelaça com a modernidade;
b) Em segundo lugar, o uso do termo modernidade, carregado de conotações reformistas, é
especialmente enganador, pois a condição a que ele se refere é melhor entendida em termos
de uma arenainterligada entre os diversos actores sociais interagindo. Ora, as ambiguidades
que norteiam os termos pswikwembo e mimoia traduzem precisamente esta dificuldade.

Par Meyer (1998, p.183), o processo de ruptura com a tradição ou passado é feito através do
engajamento na dialéctica de recordação e esquecimento. Assim, as Igrejas Pentecostais
apresentam ideias religiosas que incluem uma elaboração do discurso sobre o mal e demónios,
oferecendo rituais durante os quais esse poder do mal se manifesta e é exorcizado – libertação.
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Aqui, a libertação é concebida como uma luta espiritual entre Deus e Satanás onde impera o
desejo das pessoas se libertarem de todas as formas de servidão.

Para os pentecostais é importante lutar contra Satanás, pois acredita-se que ele opera em
consonância com os espíritos tradicionais. No entanto, esta luta contra o mal não pode ser
entendida meramente em termos de quebra com a tradição. Pelo contrário, como demónios
cristãos, através das imagens dos maus espíritos, as divindades são integradas no universo de
discursos protestantes. A pré-condição para a ruptura com as crenças tradicionais, é a construção
das tradições enquanto fusão de ideias antigas e novas. Neste âmbito, a lembrança não tem como
objectivo restaurar a história a fim de servir como uma base identitária para configurar o futuro,
mas antes, para revelar a fonte oculta dos problemas do presente. A libertação é imaginada como
alcançável à custa da história e pela destruição de todas as ligações com o passado (Idem, 187).

A questão fundamental é que a ruptura com o passado pode ser somente feita pelo processo de
lembrança, meio com o qual os laços existenciais são desvendados. As pessoas são levadas a
reconhecer que os problemas que encontram no presente têm a sua origem nos laços passados. A
quebra com o passado pressupõe uma construção através da recordação. Aqui, os pentecostais
têm duas noções contraditórias de identidade. Por um lado, as pessoas são representadas como
produto do passado, por outro, esta identidade é vista como impeditiva para o alcance do ideal de
pessoa moderna que tem controlo de si mesmo (MEYER, 1998).

No contexto das Igrejas Zione do Sul de Moçambique a relação tradição e modernidade não pode
ser colocada em termos de ruptura. Pelo contrário, o discurso zionista tolera as ideias da tradição
e dos espíritos. Aqui, a questão fundamental colocasse precisamente na forma de lidar com esse
fenómeno. Enquanto os Nhanga lidam com os espíritos de forma directa, isto é, através da acção
de um outro espírito que se apossa no adivinho, as Igrejas Zione lidam com o mesmo fenómeno
através da acção do espírito santo. Esta ideia de Espírito Santo tem levado muitas pessoas a
iniciarem-se nas Igrejas Zione, pois considera-se que estas têm uma forma mais moderna no
sentido de que não incluem rituais pesados como os das escolas de iniciação dos Nhanga.
Todavia, quer os profetas zione, quer os Nhanga, têm a mesma ênfase – intermedeiam o discurso
entre os vivos e os mortos. Logo, a possessão espiritual permite às pessoas redefinirem e
desenharem identidades a partir dessa acção.
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Por isso, justificavam-se que um indivíduo acometido pela doença de chamamento para a
iniciação Nhanga pode decidir-se pela iniciação numa Igreja Zione. Devo enfatizar que, o poder
transformativo dos espíritos antepassados em anjos zione, que as Igrejas Zione têm, é visto por
muitas pessoas do Sul de Moçambique como um aspecto novo, logo pode ser conotado com a
modernidade. No entanto, toda a sua essência enquanto prática religiosa é tradicional, ao
sustentar-se na mesma base etiológica que a dos Nhanga– diálogo entre vivos e mortos,
reproduzindo uma série de continuidades, como temos vindo a explicar (MEYER, 1998).

Considerações finais
Depois de vasta leitura efectuada perante o domíniodosimbólico, percebe-se, que a feitiçaria se
torna um elemento chave nas novas relações sociais travadas num território dominado pelas
profundas chagas da colonização e minado pelas teorias eurocêntricas. A feitiçaria é o elo entre o
passado tradicional e uma África moderna, onde as tensões sociais ao passo que são produzidas
pelo capitalismo produzem também os elementos que lhe confere resistência. No contexto
moçambicano a feitiçaria serve como a
formamaiscomumdeemtemposdecriseeconómicaededeclíniosocialdeoportunidades,
seconseguirsucessopessoal, riquezaeprestígio. Os líderespolíticos são amplamente
referenciadosporrecorreremàfeitiçariaafimdeassegurarempoderesucessoeleitoral, e muitos usam
engenhosamente este conhecimento para ganhar visibilidade e mesmo deferência. E tambémse
anotouqueMoçambiqueé umPaísformadoporjuncãodeculturas, crenças, religiões, de todos os
povos que pelo Pais passaram na antiguidade, alguns a quando colonizadores (Portugal). Quanto
a religiosidadeanotou-se oscomerciantesárabestraziamoIslãeoCristianismofoitrazidopelos
Português. O sincretismoéa mistura, afusão, aassimilaçãodeumoumaiselementosculturais
entrereligiõesdiferentes, ouseja, determinadareligiãoseutilizadosmitoseritosreligiosos distintos
aos seus.
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Referencias bibliográficas
1. MARTINEZ, Francisco Lerma. Antropologia Cultural: Guia para estudo. Paulinas
Editorial. Ed. 5ª, Maputo, 2007.
2. MARCONI, Maria de Andrade & PRESOTTO, Zelia Maria Neves. Antropologia: uma
Introdução; São Paulo: Atlas. Ed. 7ª, 2010.
3. MAHUMANE, Jonas Alberto. Representações e Percepção sobre Crenças e Tradições
Religiosas no Sul de Moçambique. Ed. 1ª. Dicionário online; Maputo, 2008.
4. HAWANA, Alcinda. Espíritos vivos, Tradições Modernas: Possessão de Espíritos e
Reintegração Social Pós-guerra No sul de Moçambique. Promedia, Maputo.
5. LEVI-STARAUSS, Claude. O Pensamento Selvagem. Papirus editorial, Campinas, 1989.
6. SHILS, Edward. Traditio.Chigado. University of Chicago Press, 1981.

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