Conteudos Da Educacao Fisica Na Escola Nas Series Iniciais
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SUMÁRIO
3- O JOGO NA ESCOLA............................................................................................07
4 - A DANÇA NA ESCOLA..........................................................................................9
Coletivo de Autores (1992) defende que cada escola deve ter bem claro
em seu projeto pedagógico que tipo de aluno quer formar, e também de que este
questione a função social de cada disciplina no currículo. Os conteúdos devem buscar
uma contribuição para a explicação da realidade de forma que o aluno possa refleti-
la, já que, o conhecimento que temos na escola determina uma dimensão da realidade
e não a sua totalidade que só se constrói no momento em que se articulam
harmonicamente diversas áreas e disciplinas buscando um objetivo mútuo. Neste
contexto os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) foram criados para colaborar
para que escolas e professores traçassem seus objetivos de maneira mais clara e
coerente com a fase de desenvolvimento dos alunos e segundo eles cada escola deve
possuir o seu próprio projeto pedagógico e este deve ser adaptado a realidade em
que a mesma está inserida. Ainda segundo estes Parâmetros a Educação Física nas
séries iniciais deve-se buscar o desenvolvimento dos conteúdos através de
brincadeiras que com o tempo devem possuir regras mais complexas. (ETCHEPARE,
ET AL, 2003, s/p)
em relação à sua capacidade para seguir uma carreira universitária ou para obter
qualquer outro título de prestígio reconhecido, subvalorizando, deste modo, o valor
formativo dos processos que os meninos e as meninas seguem ao longo da
escolarização.
Física Infantil que por muitas vezes, na prática, negam todos universos da cultura
corporal, do lúdico, dos jogos e brincadeiras. É um grande equívoco reduzir todas as
Assim, segundo Santos, Kocian (2006, s/p) esta disciplina deve proporcionar
ao aluno diferentes práticas corporais, desenvolver a sociabilização, respeitar
características próprias e dos outros indivíduos do grupo, adotando atitudes de
respeito, dignidade e solidariedade, conhecendo, valorizando, respeitando e
desfrutando da cultura corporal, adotando hábitos saudáveis de higiene, educação
alimentar, para assim solucionar problemas de ordem corporal, conhecendo a
diversidade de padrões de saúde, beleza e estética, reconhecendo-as como uma
necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão. (BRASIL, 1997, apud
SANTOS, KOCIAN, 2006, s/p)
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Para Galvão (1996, p. 117) “(...) a escola, como instituição, parece não ter
absorvido a Educação Física e o esporte em seus objetivos de formação de um
homem livre, que se conhece, se experimenta, se vence, respeita o direito dos outros
e se mantém consciente de seus valores e responsabilidade.” (FERREIRA, 1994, p.
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currículo, a Educação Física, deixa de ser apenas instrução física e passa a assumir
um papel mais efetivo no processo de desenvolvimento e formação do indivíduo
exemplo.” Betti (1991, p. 165) afirma ser o jogo um dos elementos da cultura corporal
ou cultura física e cita Csikszentmihalyi que o considera de grande importância para
o indivíduo, pois “(...) ao jogar, o homem está relativamente livre da tirania das
necessidades”, portanto livre de pressões ambientais, já que jogar é um ato
relativamente espontâneo do organismo; além do que, para esse autor as pessoas
são mais humanas, integrais, livres e criativas quando jogam. Piaget (apud Carneiro,
1995), faz a seguinte classificação de jogo:
“As regras de acordo com Galvão (1996, p. 108) indicam que as coisas não
estão prontas, acabadas, mas devem ser descobertas e os obstáculos vencidos, e
isso estimula a investigação, a análise e o estabelecimento de relações” (CARNEIRO,
1995, p. 59). Segundo Freire (1989), a aquisição de uma nova forma de jogo - segundo
o princípio de Piaget - não exclui a outra, no jogo de regras, apesar de parecer uma
atividade séria, ela não escapa às fantasias e “aos voos da imaginação” e quanto à
atividade sensório motora do jogo com regras, fica visível na própria atividade. Na
nossa concepção e para esse trabalho, o jogo com regras fica evidenciado, como o
de maior importância. Toda criança brinca, toda criança joga; é sua característica a
atividade motora intensa e o faz de conta constante. Essas frases são comuns à
maioria dos livros que se referem à criança e ao seu comportamento. Mas será que a
escola se utiliza desses recursos?
um dos mais apropriados meios para se conduzir a essa autonomia, pois através dele
é possível formar sujeitos capazes de cooperar, de questionar, criticar e transformar.
O que é dança? Para Collier (2005, s/p) a dança apesar de sua origem
popular e rotineira é considerada Arte, sendo a mais antiga manifestação artística
criada pelo homem. No resgate da história da dança constatamos que as
manifestações dançadas (rituais e cultos primitivos) antecedem às formas de
comunicação verbal, ou seja, em sua evolução, “o ser humano dançou antes de falar.
Esta foi sua primeira manifestação social que sempre serviu para auxiliá-lo a afirmar-
se como membro da sociedade.” (FAHLBUSCH, 1990, p. 1, apud BREGOLATO,
1994, p. 57)
Ainda de acordo com Collier (2005, s/p) as atividades devem ser propostas
como tarefas ou desafios, possibilitando a criação individual ou do grupo na solução
dos problemas. Dieckert (1980, p. 5) sugere: “Os estímulos são dados através da
ato, os alunos acabam levando para escola, mais precisamente para as aulas de
Educação Física, este modelo de atividade. Conforme Coletivo de Autores (1992, p.
54) a influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que temos, então,
não o esporte da escola, mas sim o esporte na escola. Isso indica a subordinação da
educação física aos códigos/sentidos da instituição esportiva, caracterizando-se o
esporte na escola como um prolongamento da instituição esportiva: esporte olímpico,
sistema desportivo nacional e internacional. Esses códigos podem ser resumidos em:
princípios de rendimento atlético/desportivo, competição, comparação de rendimento
e recordes, regulamentação rígida, sucesso no esporte como sinônimo de vitória,
racionalização de meios e técnicas etc.
socializante, nem antissocializante, ele é conforme o que e fizer dele”. Portanto para
que possamos afirmar que o esporte educa é preciso uma interferência pedagógica
crítica e consciente por parte do professor de Educação física. Diante desta
perspectiva, esporte é um contexto interativo adequado, já que permite a aquisição e
interiorização de normas, regras e valores, talvez com uma maior facilidade que em
outros contextos. Santos (2000) afirma que é através do esporte que as pessoas
Para Ferreira (2006, p. 39) a prática da luta nas aulas de educação física
deve ser considerada, estando inclusa no bloco de conteúdos da disciplina, exposto
nos PCNs: os conteúdos estão organizados em três blocos, que deverão ser
desenvolvidos ao longo de todo o ensino fundamental. A distribuição e o
desenvolvimento dos conteúdos estão relacionados com o projeto pedagógico de
cada escola e a especificidade de cada grupo. Assim, não se trata de uma estrutura
estática ou inflexível, mas sim de uma forma de organizar o conjunto de
conhecimentos abordados, segundo enfoques que podem ser dados: esportes, jogos
lutas e ginástica; atividades rítmicas e corporais e conhecimentos sobre o corpo
(BRASIL, 1988).
Portanto, as lutas devem fazer parte dos conteúdos a serem ministrados nas
aulas de educação física, seja na educação infantil, ensino fundamental ou médio,
ressaltando-se que as lutas não são somente as técnicas sistematizadas como Caratê
e Judô. O braço de ferro, o cabo de guerra, as técnicas recreativas de empurrar, de
puxar, de deslocar o parceiro do local, as lutas representativas como a luta do sapo
(alunos agachados, um tentando derrubar o outro), a luta do saci (alunos de mãos
dadas, somente com um pé no chão, tentando provocar o desequilíbrio do parceiro,
forçando o colega a tocar com o pé que estava elevado no chão), são apenas alguns
exemplos de como se trabalhar as lutas de forma estimulante e desafiadora na aula
de educação física. Pode-se levar em visitas às escolas, especialistas, promovendo
palestras, ministrando pequenos cursos ou fazendo demonstrações específicas. Os
alunos podem visitar academias de lutas, assistir a filmes e documentários ou, ainda,
realizar pesquisas sobre o tema. Não se pode esquecer que, no ensino médio, a
filosofia das lutas, a prática competitiva das modalidades e o estudo dos clássicos de
Sun Tzu e Miyamoto Musashi, poderiam motivar e afirmar o sentido das lutas como
conteúdo.
Para Ramos (2007, p. 18) é possível dizer que a ginástica é uma atividade
corporal completa, pois contribui para nosso desenvolvimento humano nos seus
aspectos motor, cognitivo, social e afetivo. E suas capacidades requisitadas, que são:
flexibilidade, equilíbrio, força e agilidade, servem de base para a prática de outros
esportes e atividades. Os benefícios que podem ser obtidos através da ginástica,
tendo como referência os estudos de Souza (1997), são:
Coordenação: através do aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica,
o indivíduo desenvolve o equilíbrio, noção corporal e coordenação dos
movimentos;
Confiança: a ginástica proporciona confiança, pois são trabalhados os
movimentos numa sequência do mais simples para o mais complexo, onde se
respeitam as habilidades e capacidades de cada um, de forma que com o
progresso dos movimentos gímnicos (exercícios), o indivíduo se sentirá
realizado e confiante em suas habilidades;
Orientação de objetivos: como a melhora e aprendizado dos exercícios ocorrem
através de seus esforços e estabelecimento de objetivos, metas, a ginástica
traz esse valor ao indivíduo, que é “uma lição valiosa em qualquer idade;”
Disciplina: o progresso nos movimentos depende da disciplina e esforço de
cada um, onde a satisfação pessoal pelo resultado obtido é sua recompensa;
Organização: todos nós devemos ser organizados em nossa rotina diária, e
com a ginástica não é diferente. Através de sua prática, o indivíduo aprende a
se organizar, concentrar-se em seus objetivos e assim preparar-se para
enfrentar os desafios da vida;
Criatividade: a ginástica vem proporcionar ao indivíduo que ele use da sua
criatividade e imaginação em seus gestos, consiga se expressar melhor e seja
desafiado a tentar novos exercícios e desafios; (SOUZA, 1997, apud RAMOS,
2007, p. 19)
e Bertolini (2005), onde (Bertolini, 2005, p. 33) pontua esses benefícios em “(...)
princípios e valores que desejamos que apareçam em nossas atividades”.
São eles:
1) Valorização Cultural:
2) Diversidade:
3) Regras simples:
- Ausência de competição;
4) Criatividade:
- Oportunidade de utilizar materiais diversos como: acqua tub, papel crepom, cordas,
patins, entre outros;
- Proporciona a elaboração de coreografias;
- Possibilita a execução de coreografias de pequenas e grandes áreas;
5) Interação Social:
Ainda de acordo com Monteiro (s/d, s/p) atividades trabalhadas nas aulas de
Educação Física, realizadas de maneira integrada, tornando o aprendizado mais
prazeroso. Proporcionando ao aluno a participação em diferentes atividades
corporais, despertando-o para uma atitude cooperativa e solidária, sem que haja
discriminação entre os colegas pelo seu desempenho, utilizando-se de jogos simples
e brincadeiras, onde se busca autonomia para concretizar seu pensar, compreender
Assim, segundo Brasil (1998, p. 68, apud Borges, et al, 2009, s/p), o corpo
é: “compreendido como um organismo integrado e não como um amontoado de
“partes” e “aparelhos”, como um corpo vivo, que interage com o meio físico e cultural,
que sente dor, prazer, alegria, medo, etc. Para se conhecer o corpo abordam-se os
conhecimentos anatômicos, fisiológicos, biomecânicos e bioquímicos que capacitam
a análise crítica dos programas de atividade física e o estabelecimento de critérios
para julgamento, escolha e realização que regulem as próprias atividades corporais
saudáveis, seja no trabalho ou no lazer. São tratados de maneira simplificada,
abordando-se apenas os conhecimentos básicos.” Portanto, os conteúdos desse
bloco são contextualizados nas atividades corporais desenvolvidas, podendo ser
aprofundados e ampliados ao final do ciclo de escolaridade obrigatória.
Darido, Sousa Jr (2007, p. 15, apud Borges, et al, 2009, s/p) definem
conteúdo como uma: “seleção de formas ou saberes culturais, conceitos explicações,
raciocínios, habilidades, linguagens, valores, crenças, sentimentos, atitudes,
interesses, modelos de condutas, etc., cuja assimilação é considerada essencial para
que se produzam um desenvolvimento e uma socialização adequados aos alunos.”
Estes, por sua vez, são subdivididos em três dimensões: procedimentais, atitudinais
e conceituais.
A dimensão procedimental constitui-se em “ações e ou decisões que compõe
a elaboração ou a participação orientada para a consecução de uma meta.”
(ULASOWICZ, PEIXOTO, 2004, p. 67), ou seja, diz respeito ao que o aluno
deve “saber fazer” não se restringindo apenas na realização da atividade mas
procedendo também a uma reflexão de como realizá-las. Exemplos: realizar
alongamentos para as diferentes partes do corpo de forma correta, vivenciar e
experimentar diferentes formas de chutar e em quais momentos são mais
adequados sua utilização, etc;
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Continuando Borges, et al (2009, s/p) informam que vale ressaltar que estas
dimensões não são ensinadas separadamente, não impedindo, no entanto, que em
determinados momentos seja focado mais uma que a outra. Neste sentido, parece
pertinente se atentar ao conhecimento corporal em função de sua natureza e das
possibilidades de compreensão de sua organização, funcionamento e ação. A
dimensão conceitual apresenta papel importante sobre tal bloco a fim de tornar a
práxis pedagógica e o aprendizado das aulas de Educação Física um momento
significativo e possível de aplicações no cotidiano no aluno. Assim, se esses conceitos
relacionados ao bloco de conhecimento sobre o corpo forem desenvolvidos de forma
significativa na escola, a aproximação do conceito com a realidade se tornará cada
vez mais clara para os alunos, podendo ocasionar até em uma melhora da
aprendizagem.
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Ainda de acordo com Souza (s/d, s/p) a criança trata os brinquedos conforme
os receberam. Ela sente quando está recebendo por razões subjetivas do adulto, que
muitas vezes, compra o brinquedo que gostaria de ter tido, ou que lhe dá status, ou
ainda para comprar afeto e outras vezes para servir como recurso para livrar-se da
criança por um bom espaço de tempo. É indispensável que a criança sinta-se atraída
Finalizando Souza (s/d, s/p) aponta que brincar junto reforça os laços
afetivos. É uma manifestação do nosso amor à criança. Todas as crianças gostam de
brincar com os pais, com a professora, com os avós ou com os irmãos. A participação
do adulto na brincadeira da criança eleva o nível de interesse, enriquece e contribui
para o esclarecimento de dúvidas durante o jogo. Ao mesmo tempo, a criança sentese
prestigiada e desafiada, descobrindo e vivendo experiências que tornam o brinquedo
o recurso mais estimulante e mais rico em aprendizado. Guardar os brinquedos com
cuidado pode ser desenvolvido através da participação da criança na arrumação feita
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pelo adulto. O hábito constante e natural dos pais e da professora ao guardar com
zelo o que utilizou, faz com que a criança adquira automaticamente o mesmo hábito,
ocorrendo inclusive satisfação tanto no guardar como no brincar. “Os professores
podem guiá-las proporcionando-lhes os materiais apropriados mais o essencial é que,
para que uma criança entenda, deve construir ela mesma, deve reinventar. Cada vez
que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo que ela descubra por si
mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descubra por si mesma,
permanecerá com ela.” (JEAN PIAGET, apud SOUZA, s/d, s/p)
Explanando ainda mais sobre o assunto Campos (s/d, s/p) afirma que nesta
reflexão sobre Didática da Educação Física, entendeu que, em ambos os casos,
ensino informal e formal, a interação entre os dois é essencial para o desenvolvimento
do aprendiz, em qualquer circunstância e em qualquer faixa etária de sua vida. A
organização do ensino no contexto escolar depende de como esse ocorre no seio da
sociedade em que vive o aprendiz. (...) A Educação Física acontece no processo de
ensino informal. Por meio das interações sociais há o desenvolvimento de habilidades
motoras. Sendo assim, os resultados devem ser valorizados e estimuladas no
processo de ensino formal, ou seja, na Educação Física Escolar. Uma característica
que difere os profissionais da Educação Física dos professores das outras disciplinas
que compõem o currículo escolar é a sua atuação fora do contexto escolar,
desempenhando ações de ensino semelhante à escolar em academias, clubes
esportivos, personal training, etc. Os princípios didáticos que orientaram essas outras
práticas de ensino são os mesmos independentemente da faixa etária em que se
encontra o aprendiz.
No que diz respeito aos princípios educacionais, afirma Campos (s/d, s/p),
da Educação Física brasileira temos hoje um Conselho Federal que orienta a prática
de uma Educação Física, em qualquer ambiente, fundada em preceitos éticos bem
definidos. Pensando assim, o profissional deverá pautar-se por ensino de inclusão, de
respeito à etnia, raça, credo, à cultura do aprendiz, de incentivo à promoção da
cidadania. Dois estudos importantes devem ser considerados para orientação do
processo educacional. O primeiro é o Relatório da UNESCO elaborado por uma série
de pensadores, filósofos educacionais contemporâneos que estabeleceram que a
educação atualmente deve estar apoiada em quatro pilares: “aprender a aprender,
aprender a fazer, aprender a se relacionar e aprender a ser.” (DELORS, 1999).
Para Xavier (1986, apud Campos, s/d, s/p), por meio de um estudo, concluiu
que três são os métodos de ensino em Educação Física: método global, método
parcial e o método misto. No global o ensino se dá do jogo para os fundamentos. No
método parcial inicia-se pelos fundamentos do jogo até ao jogo e o método misto é a
combinação de ambos. Faria Junior, et al, (1982) em um estudo sobre prática de
ensino em Educação Física dedica um capítulo à discussão de vários estilos de
ensino. Podemos dizer que, na verdade, são métodos, por exemplo: o primeiro –
comando e o último proposto na escala, solução de problemas. Hildebrandt, Laging
(1986, p. 31) propôs um forma de ensinar a Educação Física Escolar numa concepção
aberta de ensino. Usou como conteúdo de ensino o handebol. O trabalho pode ser
considerado como um método bem atual, já que o aluno é o centro da aula. Na
concepção dos autores: “a aula de Educação Física está subordinada a uma
complexidade cognitiva, afetiva, motora e social.”
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Campos (s/d, s/p) aponta, ainda, que sem querermos cometer qualquer
injustiça, podemos afirmar que há poucas obras voltadas para discussão da
metodologia de ensino em Educação Física. Tornamos afirmar que há sim um grande
receituário tipo 1001 exercícios, isso inibe as discussões mais aprofundadas e
acomoda o profissional e, mais grave ainda, equipara o seu trabalho ao nível do leigo.
Metodologia e recursos são elementos importantes no contexto da didática. Devem
ser no mínimo criados para atender especificamente àquela realidade em que se está
processando o ensino. Só cria quem lê, quem estuda, analisa, registra e verifica
sistematicamente o desempenho de seu trabalho. A avaliação é fundamental no
processo de ensinar. É por meio dela que o profissional poderá detectar como o seu
processo de ensino está, qual é a necessidade de refazê-lo (feedback) e qual a
necessidade de incrementá-lo. Na Educação Física Escolar, historicamente, isso foi e
Além disso, conforme Campos (s/d, s/p) cremos que para se avaliar antes,
durante e depois o trabalho de Educação Física Escolar existem outras formas mais
em conta, que proporcionam resultados fidedignos e possibilitam ao professor um
melhor desempenho no seu processo de ensino e na sua didática. A relação
professor-aluno-disciplina em Educação Física é um tema interessante. Escutamos
nas rodas de profissionais da área uma afirmação comum: na aula de Educação
Física, seja ela escolar ou na academia, há uma proximidade muito grande entre
professor-aluno-disiciplina. Na Educação Física isso é fácil (sic). Mas, oposto a essa
afirmação percebemos que o professor é discriminado e tem sempre pela frente o
trabalho de um leigo opondo se ao seu. Pois bem, no aspecto disciplina a relação é
muito favorável. Até para o leigo o é. Na relação interpessoal professor-aluno é tanto
para o leigo como para o profissional. O que se estabelecerá como diferença a favor
do profissional neste caso? Ora, é simples, se o acesso a isso é fácil, devemos ter
uma postura realmente profissional e definida e entender que esta relação será um
ponto de partida e de chegada para a melhoria da qualidade de vida daquele aluno
que está em suas mãos, e pronto! Achamos que esta questão do relacionamento
deveria ser avaliada com mais profundidade cientifica e filosoficamente por todos os
profissionais da área. Temos a chance de estabelecer uma relação interpessoal
positiva e eficaz e não a aproveitamos como deveríamos fazê-lo. O planejamento é
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certeza, só terá o dom da arte de ensinar quem tiver o dom de planejar. O ato de
planejar não é simplesmente um ato de escrever algumas ideias. Requer estudos
científicos, filosóficos sobre tudo que será abordado. É pré-requisito entender o
aprendiz, o conteúdo técnico, científico e filosófico da área em questão. O aspecto
teórico que irá fundamentar o planejamento é mais importante que o estrutural.
Podemos afirmar que a estrutura de um planejamento será determinada pelo
conhecimento teórico sobre a área, sobre o aprendiz e as possibilidades de
interelações. Dominando tais conhecimentos o planejador cria a estrutura. (...)
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