Segunda Peça de Arquitetura Do Grau de Companheiro Maçom

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SEGUNDA PEÇA DE ARQUITETURA DO GRAU DE COMPANHEIRO MAÇOM.

FELIPE CRUZ FERNANDES


Esta 2ª instrução remete aos conhecimentos teóricos que obrigatoriamente
devem ser objetos de estudo e de compreensão.

Inicialmente, o companheiro deve conhecer o significado da letra “G” aplicada


às seguintes palavras: GEOMETRIA, GRAVIDADE, GÊNIO, GERAÇÃO, GNOSE E
GENERANTE, aquele que gera, portanto, Deus o brande Geômetra. Em algumas
línguas, como o inglês e o alemão, Deus é conhecido como “GOD” E “GOTT”.

Assim temos que Geometria tem significado aplicável à construção universal.


Aquela necessária a polir o indivíduo e torna-lo digno de ocupar o seu lugar no edifício
social.

A geração, pondo em ação sua energia vital e aprofundando nos mistérios da


existência. Cujas leis inspiraram as mais belas doutrinas da antiguidade.

A gravidade, a atração universal, que tende a aproximar os corpos da ordem


física. Corresponde à força que une os corações, que assegura a solidez do Edifício
Maçônico. O Amor Fraternal é um princípio vital de ordem, de harmonia e de
estabilidade, assim como a Gravidade o é dos corpos celestes.

O Gênio consiste na exaltação fecunda de nossas faculdades intelectuais e


imaginativas, desde que o espírito adquira posse de si mesmo, não saia dos limites do
talento que possa conter.

A gnose em grego quer dizer “conhecimento”. É o conjunto de noções comuns


a todos os iniciados que, à força de pesquisar, acabam por se encontrar na mesma
compreensão da causa das coisas.

Assim, com essas faculdades o Companheiro deve se afastar de seus hábitos de


disciplina racional, exercitando e sua imaginação e desenvolvendo sua sensibilidade
através da educação judiciosa de sua intuição, elevando assim seu pensamento às
causas dos fenômenos.

As ferramentas do Companheiro são o Maço e o Cinzel, em seguida a Régua e o


Compasso, e depois a Alavanca e o esquadro.
Maço para corrigir nossos defeitos, e o Cinzel nos auxilia a tomar resoluções
sábias e do Maço a executar com a devida força. Já a Régua, nos proporciona traçar
linhas retas, que podem ser prolongadas ao infinito, simbolizando o direito inflexível, a
lei social, no que ela tem de mais rigoroso e imutáveis.

A Alavanca significa o poder Irresistível de uma vontade inflexível, quando


aplicada inteligente. Deve ser juntado a Alavanca porque a vontade só é inflexível
quando posta ao serviço do direito absoluto.

O esquadro permite controlar o corte das pedras, que devem ser estritamente
retangulares para se ajustarem, com exatidão, entre si. Ele determina as condições de
solidariedade, nos ensina que a perfeição consiste, para o indivíduo, na justeza com
que se coloca na sociedade.

O Companheiro faz sua última viagem sem instrumentos sombolizando


que a PEDRA CÚBICA está completa e assim, não mais tem de se preocupar
com o seu aperfeiçoamento.

A espessura das Colunas segundo as tradições maçônicas é de quatro


polegadas, porque se as supõe ocas para guardar os tesouros e as ferramentas dos
Aprendizes e Companheiros.

O tesouro oculto nas Colunas representa a doutrina iniciática, cujo


conhecimento está reservado aos que não param na superfície e sabem aprofundar-se
nos estudos. A marcha do Companheiro comporta passos laterais porque indica que o
mesmo não está obrigado a seguir, invariavelmente, a mesma direção.

Para que possa colher a verdade, por toda a parte, lhe é permitido afastar-se do
caminho normalmente traçado.

A exploração do mistério, porém, não deve desorientá-lo, e, por isso, todo


afastamento momentâneo da imaginação deve ser seguido de uma pronta volta à
retidão do raciocínio.

Os ornamentos de uma Loja de Companheiro são: - o Pavimento de Mosaico,


- a Estrela Famígeras e - a Orla Dentada. O Pavimento de Mosaico é o assoalho de
grande pórtico; a Estrela famígera brilha ao centro da Loja para iluminá-la e a Orla
Dentada limita e decora as extremidades. Os ladrilhos de iguais dimensões,
alternativamente brancos e pretos do Pavimento de Mosaico, traduzem a rigorosa
exatidão que a tudo equilibra no domínio de nossos sentimentos, submetidos,
fatalmente, à lei dos contrastes.

A relação existente entre o Pavimento de Mosaico e o Companheiro é qual


operário aplicado à realização da Grande Obra, o iniciado no segundo grau deve estar
compenetrado do interesse de prosseguir na conquista de uma felicidade contínua e
sem mescla.

Uma felicidade que se perpetue e que não seja perturbada, não pode, como tal,
ser considerada; transforma-se em suplício, porque ela fatiga e conduz ao
aniquilamento, à morte.

A nossa vida consiste na ação, na luta contra todos os obstáculos, no trabalho


penoso, mas perseverante, empreendido por um ideal a realizar.

O esforço, sofrimento provocado, é o prêmio da vida, cujas alegrias são


exatamente proporcionais às ações empregadas para possuí-las.

A Estrela Flamígera é o símbolo do Companheiro porque ele é chamado a


tornar-se um foco ardente, fonte de luz e calor.

A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao devotamento sem


reservas, mas com discernimento, de uma inteligência verdadeiramente esclarecida,
porque está aberta a todas as compreensões.

Ela é de cinco pontas para figurar os quatro membros do homem e a cabeça


que os governa. Esta, como centro das faculdades intelectuais, domina o quaternário
dos elementos ou da matéria.

Assim, a Estrela Flamígera é mais particularmente emblema do poder da


vontade.

A Estrela Flamígera está colocada entre os corpos celestes, o Sol e a Lua,


porque irradia a luz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e compreensão
procedem igualmente da Razão e da Imaginação.
A Orla Dentada são os lambrequins que cercam o teto da Loja. Por cima desses
lambrequins corre a corda formada por uma série de nós - os laços do amor.

É a cadeia de União cujas extremidades, desfiadas em bordas, se reúnem


próximo às duas Colunas. O todo é o emblema dos laços que unem todos os Maçons
para construírem uma única família sobre Terra.

Existem outras jóias na Loja de Companheiro, sendo três móveis e três imóveis.
As móveis são: o Esquadro, insígnia do venerável mestre; o Nível, que decora o 1°
Vigilante, e o Prumo, que reveste o 2° Vigilante.

As jóias são móveis porque, além de passarem, anualmente, a novos


serventuários, o esquadro controla o talhe das pedras, de que o Nível assegura a
posição horizontal, enquanto que o Prumo permite que sejam colocadas
verticalmente.

Sob o ponto de vista Moral, o Esquadro nos induz a corrigirmos os defeitos que
nos impeçam de manter firme nossa posição na construção humanitária; o Nível exige
que o Maçom tenha como iguais a todos os homens, enquanto o Prumo incita a elevar-
se acima de todas as mesquinharias, fazendo-o conhecer o valor das coisas.

A Pedra Bruta é a matéria sobre a qual se exercitam os Aprendizes; a Pedra


Cúbica serve para os Companheiros ajustarem seus instrumentos e o Painel da Loja
permite aos Mestres traçarem seus planos.

A Pedra Bruta representa o homem grosseiro e ignorante, suscetível, porém, de


ser educado e instruído; a Pedra Cúbica figura o iniciado que livre de erros e de
preconceitos, adquiriu os necessários conhecimentos e a habilidade para participar
ultimamente da Grande Obra de Construções Universal; o Painel da Loja relaciona-se
com os Mestres, cuja autoridade se baseia no talento, de que dão provas, e no
exemplo que devem dar.

Na Loja de Companheiro existem três janelas que o iluminam e ficam situadas,


respectivamente, ao Oriente, ao Sul e ao Ocidente. No Setentrião não existe janela
porque a Luz nunca vem dessa direção e as janelas servem para iluminar os Obreiros,
quando entram ou saem da Loja.

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