Escândalo Na Classe Econômica

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Escândalo na classe econômica

PERSONAGENS : MANOELA -AEROMOÇA - NATÁLIA - COMANDANTE - CLÁUDIA - PASSAGEIROS

(Classe econômica de um avião. Passageiros embarcam e sentam em seus assentos. Manoela entra e procura seu
assento. Senta. )

Manoela (chamando):
Aeromoça!
Aeromoça: O que deseja, senhora?
Manoela: Uma garrafa d’água, por favor.
Aeromoça: Só um instante. (sai)
(Aeromoça sai. Entra Claudia, uma senhora de idade arrogante, e procura seu assento. Ao encontrá-lo senta e se
acomoda. Alguns segundos depois, uma jovem negra, Natália, entra no avião e senta-se ao seu lado. Na mesma
hora Cláudia encara Natalia. Aeromoça entra)

Aeromoça (servindo a água): Aqui está senhora.


Manoela: Obrigada.
Claudia (gritando, impaciente) Aeromoça! Pode vir aqui??
Aeromoça: Qual o problema, senhora?
Claudia (exalta-se, mas a partir da terceira frase começa a sussurrar):
Como assim, qual é o problema? Você não vê? Vocês me colocaram ao lado de uma negra. Exijo
outro assento e já! (Natália fica incomodada e recolhe-se em seu assento)

Aeromoça : Verei o que posso fazer, com licença, senhora.


(Aeromoça sai e fala com o capitão. Os dois conversam. Ambos se dirigem ao assento de Claudia)
Capitão: Bom dia, senhora. Infelizmente não temos outro
assento vago na classe econômica. Mas temos um lugar vazio na primeira classe..
Claudia (interrompendo): Ah! Que maravilha!
Capitão (retomando a frase):. Não é de nosso costume ceder um lugar na primeira classe, mas visto as
circunstâncias achei que seria um absurdo deixar um passageiro sentar na companhia de uma pessoa tão
desagradável. (para Natália) Portando, senhorita, se for de sua vontade, pode pegar suas coisas e me acompanhar
até a primeira classe onde um novo assento te aguarda.
(Natália, humildemente, pega suas coisas e segue o capitão.
Claudia, indignada, permanece em seu assento . Alguns passageiros que estavam ao redor, como Manoela,
aplaudem a atitude tomada pelo capitão.)
Nossa vida em família Oduvaldo Vianna Filho
(Jorge fala com seu patrão, srHonório, sobre aumento, pois está precisando ajudar os pais que foram despejados.)
HONÓRIO- Claro, senhor Jorge, a função do senhor é vender, claro, mas o senhor tem acertado dedetizações
demais, acima de nossa capacidade.
JORGE - Preciso de muito dinheiro, Dr. Honório. Nunca reclamam de mim porque estou trabalhando bem.
HONÓRIO - Mas eu sou uma indústria em instalação, senhor Jorge, dedetização sofre concorrência dessas firmas
enormes de inseticidas... tenho que vender com uma margem de lucro muito estreita, não tenho
capital para ampliar instalações ...
JORGE- Os senhores estão tirando parte de nossa comissão de vendedores
HONÓRIO- Senhor Jorge, vamos ver se nos entendemos, nós aumentamos a comissão de vocês.
JORGE - Não houve aumento. Os senhores agora nos pagam comissão verdadeira. E se vocês não podem atender
todas as vendas que eu faço, eu saio já, tenho um convite da Insetanil, sem limite de venda.
.HONÓRIO - Por favor, vamos ser um pouco mais amenos, senhor Jorge? (entra Lu)
LU- Jorge, me disseram que você estava aqui, a moça disse que eu tinha de esperar...
JORGE- Estou aqui numa reunião, mãe, por favor...
LU - Seu pai está doente, seu pai está...
JORGE- Este é o senhor Honório Lemos. Meu patrão.
LU - Encantada, senhor Onofre.
JORGE- Senhor Honório, mãe.
LU- Desculpe.me dá licença seu Osório?Ele está doente, quero ir pra São Paulo, me paga uma passagem, por favor
JORGE Mãe, por favor ...
LU Por favor, Jorge, seu Osório entende...
JORGE Honório, mãezinha.
LU Honório, Honório, Honório... hoje é aniversário dele seu Osório.
JORGE Mãezinha ...
HONÓRIO Parabéns.
LU Olha... pra você. São uns lenços. A Anita não compra lenço pra você.
JORGE Obrigado, mãe. Depois a gente conversa, está bem?
LU- Não vai abrir?
JORGE - Lá em casa eu abro, mãe. Agora, vai.
LU- Não me empurra, filhinho, deixa eu me despedir do moço... até logo... não vou acertar o seu nome ... é muito
fresquinho nessa saIa... parabéns... parabéns também pra você, meu filho, outra vez ...até logo, senhor, apareça
pra tomar um cafezinho. (saindo) Não me deixe sozinha, Jorge, por favor, por favor... (sai)
HONÓRIO- Bem, senhor Jorge, desde que nós passamos a pagar a comissão integral sofremos um baque,. Quero
lhe propor um acordo... Quero propor que esqueçamos esse aumento de comissão.
JORGE - Esquecer, como? Em qualquer vara do trabalho a gente ganha isso...
HONÓRIO- Senhor Jorge, a sua comissão eu continuo pagando... não é possível que um vendedor que está há
mais de dez anos na praça receba a mesma comissão que um menino ... você está com a zona de Flamengo-
Botafogo, pois eu lhe ofereço Copacabana ...
JORGE- Copacabana é do velho Martins. O senhor devia me conhecer bastante para saber que não pode me fazer
uma proposta assim. Se os senhores querem mais lucros, consigam isenção de impostos, financiamentos do
governo mas não desapertem em cima dos empregados...
HONÓRIO ... falar é fácil, me desculpe... mas usando a sua expressão, o senhor também não devia "desapertar",
desculpe, dentro da sua família.
JORGE Não entendi.
HONÓRIO Me pareceu, desculpe, que o senhor tem uma certa vergonha dos problemas que lhe traz sua família,
da senhora sua mãe... Desculpe, mas eu tenho que tratar os empregados como o senhor tratou a
senhora sua mãe.
JORGE- Senhor Honório, amanhã mesmo eu começo na Insetanil. E se o senhor fosse pouca coisa menos idoso, eu
lhe daria um murro na boca. (sai) HONÓRIO ?!?
Um homem entra no seu quarto e começa a falar sozinho.

Bob -Finalmente só! (vê a Morte)


O que você está fazendo aqui?
Morte- Esperando você… (olha pela janela) Eu sabia que você voltaria para cá.
Morte- eu vi voce sentado em um banco de praça alimentando pombos
BOB- Como você entrou aqui?
Morte - eu vi você… Maltratando outras pessoas…
BOB – eu? Como eu posso estar lá?
Morte - Eu sei que você sabe!
BOB -Eu tenho um irmão gêmeo?
Morte - Pense, Bob, pense!
BOB - Eu tenho um sósia! Que legal, um sósia! Nunca imaginei que eu teria um sósia na vida!
Bacana!
MORTE - (perdendo a paciência) Não, seu burro! Você não tem um sósia! Pense! Por que você
acha que está se vendo pela janela em momentos importantes da sua vida?
BOB - Por que eu estou em um programa de TV? “Esta é sua vida!” (cara feliz)
MORTE -Já viu algum programa assim com alguém desconhecido como você? Um pé-rapado, não
tem onde cair morto e iam fazer um programa de TV com você? Você é muito burro, Bob!
BOB - é a “Pegadinha do Mallandro”?
MORTE - Vou te dar uma dica: você mo… Você mo…
Bob - Eu mo… Eu mo… Eu momô?
MORTE - Você momô”?O que é momô? Não existe momô, seu estúpido! (se dirige à porta do
quarto) Quer saber do que mais? Foda-se! Não quero levar comigo um cara tão burro! Adeus! Fica
aí vivo! Vai incomodar a tua vó! (saindo do quarto) Eu desisto!
A morte vai embora. Bob pega alguma coisa no chão: é uma foice.
BOB - (gritando em direção à porta) Ei! esqueceu a foice! (olha a foice)
Ela esquece uma foice, que não serve para nada na cidade, e ainda acha que eu é que sou estúpido!
Enterro Atribulado
Personagens: Morto -Viúva – Padre – Homem – Mulher - Figurante(s)
Roteiro
Várias pessoas estão ao redor de um morto, incluindo a viúva, um padre e pessoas de luto. A cena é representada
por um clima de tristeza.
Padre: Irmãos! Estamos aqui para despedirmos do nosso amado Silvanor Silva. Ele foi um pai de família, irmão
querido e filho…
Há uma interrupção. Um homem e uma mulher entram no recinto, causando transtorno.
Mulher: Parem tudo!
Homem: Parem tudo!
Padre: Pelas barbas do meu saco! O que está acontecendo aqui?
Mulher: Jesus disse: “Aquele que tiver fé, tudo pode!”
Homem: Fé, tudo pode!
Mulher: Vocês não vão enterrar Silvanor Silva!
Homem: (fazendo “não” com a cabeça e com o dedo indicador de cada mão) Enterrar Silvanor Silva.
Viúva: (se abanando) Ai! Estou passando mal!
Padre: Em nome de quem vocês invadem este local?
Mulher: Em nome de Jesus. Viemos ressuscitar Silvanor!
Homem: Ressuscitar Salvanor!
Viúva: Socorro! Acho que vou desmaiar!
Várias pessoas acodem a viúva.
Padre: Vocês são loucos? Não podem fazer isso!
Mulher: Você é um homem de pouca fé!
Homem: Café! (vira-se e pega um cafezinho)
Mulher: (coloca as mãos sobre o morto e grita) Em nome de Jesus! Levanta e anda, Lázaro!
Homem: Anda, Lázaro!
Alguém no enterro: Não é Lázaro, é Silvanor!
Padre: Alguém chame a polícia!
Todos no enterro: Saiam daqui!
Mulher: Homens de pouca fé! (sai)
Homem: Café! (pega outro café e sai)
Padre: Meu Deus! Nunca vi isso! Vamos prosseguir!?
Alguém: A viúva está passando mal. Vamos levá-la a um médico!
Todos saem e deixam o morto sozinho.
Final opcional: depois que todos deixam a Igreja, o morto olha para os lados, levanta, pega um café e fala.
Morto: Para onde foi todo mundo? (vai atrás dos outros)
Se Ama, Não Bata!
Os personagens
Ricardo -João-Maria
Resumo
A cena ocorre em uma praça, à noite. Ricardo encontra Maria – ambos estão se escondendo de alguém. João
aparece para surpreender a namorada “traidora”.
Roteiro
Ricardo está sentado em um banco, nervoso, esperando.Após algum tempo, Maria chega apressada.

Maria: Então, o que é que você queria comigo?


Ricardo: (se aproxima) Ah, eu vi que surgiu uma química entre a gente… então, queria conversar em particular…
Maria: Eu tenho namorado…
Ricardo: Se ele estivesse lhe dando atenção você não estaria me olhando daquele jeito.
Maria: Eu? Estava só sendo simpática. Ele pode aparecer a qualquer momento… você não tem medo?
Ricardo: Eu? Deveria ter?
Maria: Acho que vou voltar…
Ricardo: Ah, ele nem vai saber… vamos conversar!
Maria: Mas… eu não tenho nada para conversar…
Ricardo: Ah, tá… então não precisamos conversar. (se aproxima para tentar um beijo)
Maria: (impede a investida, mas sem convicção) Espera… (atende o celular e fala com alguém ao telefone) Alô,
amor… o que foi? (enquanto escuta, vai ficando irritada) Pára de me vigiar, cara! Não posso nem sair para dar uma
volta e já acha que eu estou lhe traindo! Dá um tempo! Chega! Tchau!

Maria desliga o telefone. Ricardo espera um pouco antes de uma nova investida.

Ricardo: (se aproxima para tentar outro beijo) Prefere conversar um pouco? (abraça Maria e a beija no pescoço)
Maria: (aceita o beijo, mas se afasta um pouco depois) A gente nem se conhece direito!
Ricardo: Mas a gente pode se conhecer melhor…
Maria: (marota) Aqui?
Ricardo: É, tem algum problema?
Maria: (sensual) Não!

Maria se aproxima para abraçar Ricardo muito forte e tentar beijá-lo. João aparece na cena, de repente, com uma
arma na mão.

João: Sua safada, cadela! Eu sabia!

João bate com a arma em Maria, que cai no chão, desmaiada.

Ricardo: Calma aí, cara… tá maluco?


João: (bate em Ricardo, que “desaba”) Cala a boca! Meu melhor amigo… com minha namorada! Como puderam?
Acham que eu estou maluco, é? Safado! Idiota! Vou matar vocês! Não têm vergonha? Sua safada! Me trair com
meu melhor amigo! Eu sempre te dei tudo, cadela! Tira essa peruca falsa e ordinária, sua falsa e ordinária!

João puxa o cabelo de Maria e nada acontece.

João: Espera aí… esse cabelo… Silvia! Você está tão… diferente! Pedrão… você também! Espera aí… você não é
o Pedrão! E você não é a Silvia! A Silvia é (descreve alguém completamente diferente da atriz) gorda, baixinha,
morena, tem cabelo curto e usa óculos… (pausa) Aí, pessoal, desculpa. Foi mal! Eu acho que me enganei… (pausa)
Que coisa! Já é a terceira vez que eu erro essa semana! Preciso ir no oftalmologista! (pausa) Mas eu sei que aquela
cadela deve estar por aqui, em algum lugar! (sai gritando) Silvia! Silvia!
Guia Do Cirurgião Amador: O Programa
Os personagens Dr. James - Dr. Holmes – pacientes -camera men
Dois médicos apresentam um programa de televisão a cabo, para ensinar como fazer cirurgias em casa.
Cenário - Estúdio de televisão.
Roteiro -Dois médicos, na frente das câmeras, apresentam o seu programa.
James: Bem-vindos ao nosso programa: “Guia do Cirurgião Amador”!
Holmes: O único programa de televisão que ensina você a fazer em casa o que médicos reais fazem em hospitais!
Os dois aproximam-se de uma mesa central, cheia de frascos, algodões, substâncias derramadas (gelatina, etc).
James: Hoje teremos uma aula das técnicas básicas mais requisitadas por nossos telespectadores!
Holmes: “Transplantes de Cérebros em Animais de Estimação”!
James: Em primeiro lugar, lave bem as mãos…
Holmes: Medidas de higiene, comprovadamente, aumentam a sobrevida dos transplantados!
James: Use álcool puro…
Holmes: Na falta de álcool puro, use outra bebida alcoólica…
James: Uísque, rum ou cachaça!
Holmes: Sempre lave as mãos antes da bebida!
James: Atenção! O transplante de cérebros não deve ser realizado em animais em extinção!
Holmes: Operar animais silvestres é crime inafiançável!
James: Em primeiro lugar, corte o tampo da cabeça delicadamente… (mostrar com gestos) Para isso, use uma faca
de serrinha de cozinha, bem afiada!
Holmes: Depois,retire o cérebro, cortando todas as partes que prendem o cérebro ao crânio, com algo bemafiado.
James: Um estilete da escola deve servir! Ou uma tesourinha de unhas… é difícil transplantar um cérebro sem
perder algumas partes.
Holmes: Treine muito antes de fazer isso com animais de estimação!
James: Felizmente, você pode treinar com seus irmãos menores antes de fazer a operação definitiva!
Holmes: Agora a melhor parte!
James: Coloque o cérebro do crânio A, no crânio B, e vice-versa!
Holmes: Após trocar os cérebros, pressione os tampos de cada crânio sobre o cérebro transplantado…
James: …e retire os excessos com o estilete! Nada deve ficar para fora, porque pode infeccionar!
Holmes: Alguns animais têm o cérebro maior do que outros…
James: O cérebro do cachorro do seu melhor amigo pode ser maior do que o cérebro da galinha da irmã dele!
Holmes: Mas não se preocupem! Os restos não utilizados podem ser preparados no jantar!
James: Hummm! Sopa!
Holmes: Eu adoro canja de galinha!
James: (pega uma tesourinha e mostra) Não esqueça de cortar as unhas antes de ir para a cozinha!
Holmes: Eu corto sempre as minhas unhas… e também as da galinha!
James: Bom, junte bem os tampos dos crânios e costure tudo direitinho…
Holmes: Se estiver sem tempo, pode prender com esparadrapo.
James: Ou fita crepe!
Holmes: Mas atenção! O índice de sobrevivência entre transplantados é muito baixo, portanto, só faça transplante
em casa em casos de extrema necessidade!
James: E lembre-se: esta atividade deve ter a supervisão de um adulto!
Holmes: Ou, na falta deste, de um primo mais velho de mais de 12 anos!
James: Não deixem de filmar e enviar para nossa equipe, para mostrarmos em nosso próximo programa!
Holmes: E por falar nisso, não percam o programa “Guia do Cirurgião Amador” da semana que vem!
James: Os tópicos serão os seguintes…
Holmes: “Extração de dentes sem dor: vale à pena?”
James: “Morcegos! Eles podem ser usados para transfusões?”
Holmes: E o vídeo selecionado de nossos telespectadores…
James: “Operei minha irmã sem anestesia!”
Holmes: Até o próximo programa!
James: Tchau, pessoal!
Os dois terminam a cena se despedindo e lambendo (ou provando) partes do que estaria em cima da mesa…

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