02 Arritmia Cardíaca
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Arritmia Cardíaca
Também conhecida como disritmia ou "palpitação", a arritmia cardíaca é uma alteração nos batimen-
tos do coração. Se ele bater muito rápido, é chamado de taquicardia. Caso for muito lento, o nome
dado é bradicardia. Normalmente, um coração sadio e descansado tem de 60 a 100 batidas por mi-
nuto.
Quem tem esse problema de saúde pode sentir um desconforto com a mudança na cadência ou ter a
sensação de falta ou interrupção desses batimentos. A arritmia pode ser sentida no tórax, na gar-
ganta ou no pescoço.
As arritmias podem ser benignas, que causam apenas desconforto, ou malignas, com alto risco de
morte súbita. A doença pode fazer com que o coração não consiga bombear sangue suficiente para
suprir as necessidades do corpo, o que pode causar infarto.
A arritmia mais comum é a fibrilação atrial. Ela ocorre devido ao ritmo irregular proveniente dos átrios,
que mandam estímulos de forma desorganizada e rápida. Como resultado, há um ritmo irregular, que
pode fazer com que o sangue não circule como deveria, podendo gerar a formação de um trombo. O
problema de saúde aumenta com o avançar a idade.
Para realizar a irrigação sanguínea, o coração precisa de energia que vem das artérias coronárias.
Os batimentos ocorrem de forma organizada por meio de um impulso elétrico, fazendo com que a
contração do músculo seja efetiva para bombear o sangue para o corpo e pulmões.
Qualquer alteração que cause um funcionamento elétrico inadequado do sistema de condução ocasi-
ona as arritmias cardíacas.
Doenças Associadas
A arritmia, quando não tratada, pode causar outras doenças, como angina, ataque cardíaco, insufici-
ência cardíaca e derrame.
Diagnóstico
Ao ter algum sintoma de arritmia cardíaca, a pessoa deve procurar um cardiologista que avaliará o
histórico clínico do paciente, além de solicitar exames capazes de auxiliar na identificação do pro-
blema, como:
Eletrocardiograma: exame de rotina que integra o check-up cardiológico por meio de eletrodos colo-
cados sob a pele no tórax, nos braços e nas pernas. É usado para que o médico possa avaliar o ritmo
do coração do paciente e o número de batimentos por minuto. Em alguns casos, torna-se necessário
realizá-lo durante os sintomas, pois o resultado pode ser normal mesmo em casos de pessoas com
arritmia. O procedimento não exige nenhum tipo de preparo para o paciente.
Estudo eletrofisiológico: é um teste realizado por meio de cateteres que permite uma avaliação com-
pleta do sistema elétrico do coração. Também induz arritmias por meio de estimulação do coração,
em pacientes com predisposição.
Holter 24 horas: importante para monitorar a atividade cardíaca por 24 horas. Durante esse período, o
paciente mantém quatro eletrodos colados no tórax e conectados por meio de cabos ao gravador,
que fica fixado na cintura. Durante o exame, o paciente não deve usar cremes na região do tórax.
Monitores de eventos: são aparelhos que gravam o eletrocardiograma por 7 a 15 dias e são aciona-
dos pelo próprio paciente, quando a crise aparece.
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Teste ergométrico: é realizado para detectar arritmias que aparecem durante o esforço físico ou para
observar o comportamento da arritmia durante o esforço. Sendo assim, coletam-se dados do paciente
e depois colocam-se 10 eletrodos no tórax para registro do eletrocardiograma. A pessoa é colocada
em uma esteira rolante e o exercício é realizado conforme o protocolo escolhido. A pressão arterial e
traçados eletrocardiográficos são registrados antes do esforço e ao final de cada etapa.
Tilt-teste: indicado para pessoas que têm desmaios, tonturas, visão turva ou sudorese. O paciente é
deitado em uma mesa que se inclina e a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos são monitora-
dos. Se a frequência cardíaca ou a pressão apresentar queda, o exame é considerado positivo.
Sintomas
Os sinais de arritmia não são contínuos, podendo aparecer de forma repentina e desaparecer, vol-
tando depois. Esses sinais podem afetar pessoas com o coração saudável ou aqueles que já pos-
suem alguma doença cardíaca instalada. Confira os sintomas mais comuns:
Falta de ar
Dores no peito
Excesso de suor
Desmaio súbito
Palpitações
Tontura
Ansiedade
Palidez
Fatores de risco
Entre os fatores que podem levar uma pessoa a sofrer de arritmia cardíaca está o infarto. Pacientes
que já passaram por essa experiência estão mais propensas a terem arritmias.
Além desse fator, confira outros motivos que podem causar a doença e evite-os:
Alcoolismo: ainda sem evidências científicas claras, sabe-se que o uso de bebidas alcoólicas em ex-
cesso está associado a episódios agudos de arritmia em algumas pessoas.
Diabetes: pessoas com diabetes têm mais chances de desenvolver o problema de saúde aumen-
tando os riscos de sofrer um infarto ou derrames. Esse risco é maior para quem toma medicamento
para tratar diabetes e com controle glicêmico ruim.
Drogas e medicamentos: drogas ilícitas como cocaína, maconha, ecstasy e crack, podem causar di-
versos tipos de arritmias, inclusive levar à morte. Alguns medicamentos descongestionantes, antitus-
sígenos, suplementos nutricionais podem levar ao aceleramento do coração.
Estresse: em excesso, o estresse pode deixar a pessoa mais propensa a ter arritmias como a fibrila-
ção atrial. O estresse crônico causado, geralmente, pela apneia do sono, hipertensão arterial e insufi-
ciência cardíaca, pode levar à arritmia e até mesmo morte súbita.
Hipertensão: quem tem pressão alta possui maiores riscos de desenvolver doenças cardíacas. Sendo
assim, pessoas com a pressão acima de 12 por 8 precisam de tratamento adequado e acompanha-
mento médico.
Poluição do ar: um estudo da suécia demonstrou que a exposição à poluição pode rapidamente (em
apenas duas horas) induzir à arritmia ventricular.
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Tabagismo: o uso do tabaco pode levar ao aceleramento do coração (taquicardia sinusal), sentido ge-
ralmente por meio de palpitações. Além disso, o cigarro pode causar a doença coronariana, que pode
levar a arritmias.
Prevenção
A prevenção de arritmias cardíacas está associada ao que a pessoa faz para evitar os fatores de
risco. Para as doenças do coração, é indispensável o controle da pressão arterial, obesidade, manter
uma alimentação saudável, além de incluir atividades físicas no dia a dia.
A visita regular ao cardiologista também é fundamental para uma detecção precoce de doenças pré-
existentes. Assim, o paciente poderá ter atitudes específicas para os cuidados em relação às arrit-
mias.
Nutrição
O consumo excessivo de café, chocolate, refrigerante e bebidas alcoólicas está diretamente ligado ao
sistema nervoso e ao coração. Para quem já sofre de arritmia, o café pode gerar batimentos mais rá-
pidos do órgão e, por isso, a bebida não é indicada para quem sofre da doença.<
Em alguns casos, é liberado o consumo de 1 copo (300 ml) por dia de cafeína. Para quem quer per-
der peso, a dica é não se basear pelas dietas da moda, que apontam efeitos milagrosos.
Alimentos que contém ômega 3 e 6 são indicados na prevenção de arritmia e podem ser inseridos no
cardápio do dia a dia. Nozes, castanhas, milho, soja e peixes são alimentos que possuem essas pro-
priedades.
Cada organismo responde de uma maneira a diversos tipos de tratamento e alimentação. Para isso, é
indispensável o acompanhamento de um profissional da nutrição, que apontará a dieta ideal.
Atividades físicas
Exercícios físicos leves são indicados para quem tem arritmia cardíaca. Eles devem ser recomenda-
dos pelo médico e acompanhados por um preparador físico.
A prática também é recomendada para quem é sedentário e deseja prevenir a doença. A série de
exercícios indicados para seu amigo, por exemplo, nem sempre será adequada para seu porte físico
e condições clínicas.
Antes de começar a praticar qualquer tipo de exercício, é indispensável uma avaliação médica para a
liberação e indicação do que deve ou não ser praticado.
Tratamento
Há diversos tipos de tratamento para a arritmia cardíaca, e a escolha depende do tipo de arritmia, fre-
quência e gravidade da doença.
Ablação por cateter: é realizada uma cauterização por meio de radiofrequência no tecido cardíaco
responsável pela arritmia. É feito com cateteres introduzidos no coração.
Cardioversão elétrica: é um tipo de choque elétrico dado no tórax para restaurar o ritmo normal do co-
ração. Essa técnica é utilizada quando as medicações falham ou quando a pessoa apresenta sinto-
mas intensos.
Cirurgia cardíaca: intervenções cirúrgicas podem corrigir arritmias para tratar outras doenças no cora-
ção.
Desfibrilação: além de diagnosticar arritmias cardíacas, o desfibrilador automático externo pode parar
a arritmia. Isso acontece quando, por meio de uma desfibrilação, que é uma aplicação de corrente
elétrica, as batidas do coração retomam o ciclo cardíaco normal.
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Medicações: há várias drogas que podem ser utilizadas no tratamento das arritmias. Algumas são
usadas para converter a arritmia em um ritmo normal, outras controlam a frequência cardíaca e al-
guns podem ser usados para diminuir a formação de coágulos no coração.
Medicação intravenosa: é uma opção de tratamento com medicamentos que evitam a arritmia e impe-
dem as alterações nos batimentos do coração. Alguns medicamentos podem apresentar efeitos cola-
terais. O paciente geralmente precisa ingeri-los diariamente pelo período em que viver.
Perguntas frequentes
Ao contrário. Colocar o corpo em movimento previne a doença, e para quem sofre de arritmia, a indi-
cação também é fazer exercícios físicos para controlar a doença.
Não. Homens e mulheres de todas as idades correm o risco de desenvolver arritmias cardíacas.
Com o excesso de peso, o coração precisa trabalhar mais e isso pode causar arritmia.
Os efeitos do álcool do corpo fazem com que o coração acelere mais e isso causa o descontrole e
desregula os batimentos cardíacos.
Esse tipo de morte é caracterizada pelo óbito repentino, e na maioria das vezes, tem origem cardio-
vascular.
Na prática clínica as arritmias assintomáticas são consideradas benignas, em comparação com aque-
las sintomáticas, porém, tomando-se muito cuidado, pois algumas arritmias assintomáticas necessi-
tam de uma avaliação mais detalhada, em certos casos, até o início do tratamento.
Existem alguns dispositivos e acessórios que se tornaram disponíveis recentemente para ajudar na
avaliação da frequência cardíaca e ritmo cardíaco, auxiliando assim, o diagnóstico.
Devido ao fato de não existir muitos estudos em pacientes com arritmia assintomático, torna-se mui-
tas vezes algo mal compreendido, porém, existem vários fatores que podem ajudar a dar sintomas ou
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não, como por exemplo, disfunção ventricular sistólica ou diastólica e tempo de arritmia, sendo que as
curtas são menos prováveis que causem sintomas em relação às arritmias sustentadas.
Nas arritmias sintomáticas existe a influência do tempo de enchimento diastólico, o que pode contri-
buir para o aparecimento de sintomas hemodinâmicos, como redução da pressão arterial levando a
vertigem, sendo assim, quanto menor a fração de ejeção do ventrículo esquerdo, menor sua tolerabili-
dade frente às arritmias com frequências cardíacas maiores. Muito comum terem outras comorbida-
des cardiovasculares associadas à arritmia, piorando ao fazer o uso de medicamentos que podem
afetar a capacidade cardíaca de tolerar as alterações hemodinâmicas.
A tolerância à arritmia varia em cada paciente, mas ainda não se sabe ao certo a fisiopatologia dessa
variação e se tem influência genética associada.
As taquicardias atriais apesar de serem comuns, muitas vezes não causam sintomas nos pacientes,
fazendo com que o mesmo desconheça tal patologia.
Arritmias E Mortalidade
Estudos tentaram avaliar o risco de acidente vascular cerebral e morte em pacientes apresentando
muitas extrassístoles supraventriculares, usando-se do parâmetro mais de 30 por hora. O estudo
binici et al. Foi um deles, no qual obteve um aumento de 15%, em pacientes sem doença cardiovas-
cular conhecida após acompanhamento de 6,3 anos. Já larsen et al. Fez seguimento mediano de
14,4 anos constatando que ectopias atriais estão associadas ao aumento de duas vezes o risco de
avc.
Outro estudo comparando o escore de cha2ds2-vasc dos pacientes com excessivas ectopias atriais
versus pacientes portadores de fa, demonstrou-se que ambos os grupos apresentaram taxas seme-
lhantes de avc para os que pontuavam no escore acima de dois.
Muitas perguntas continuam sem resposta. O holter de 24 hs, 03 canais e digital é o padrão-ouro para
a avaliação da quantidade de ectopias atriais, sabendo-se que mais de 500 por dia aumenta a proba-
bilidade de fibrilação atrial (fa) em 9%, em relação aos que tiveram menos de 100 de ectopias atriais
por dia, e mais de 40% naqueles com mais de 1.500 ectopias atriais por dia. No entanto, a questão
da anticoagulação para esse grupo não está resolvida.
Sabe-se que a pré-excitação ventricular, também denominada de onda delta ou padrão de wolf-par-
kinson-white (wpw), é estimada de 0.1-0,3%, sendo que a morte súbita em pacientes sintomáticos va-
ria de 3-4%. Nesse caso existe a indicação de estudo eletrofisiológico como classe i de recomenda-
ção, visando a ablação da via acessória.
Nos portadores de pré-excitação, porém assintomáticos, sabe-se que têm menor risco de morte sú-
bita cardíaca, variando de 0 e 0,6% em diferentes estudos, deixando a terapêutica não tão simples,
sendo importante tópico de discussão nas últimas décadas.
Outra questão muito discutida e ainda sem uma conclusão definitiva é se devemos realizar estudo
eletrofisiológico e ablação em pacientes assintomáticos. Sabemos que uma avaliação inicial inclui
teste de esforço e/ou monitoramento por holter 24 hs, buscando condução pela via acessória.
Os pacientes assintomáticos, entretanto, de maior risco são aqueles com pouca idade, com indução
de taquicardia atrioventricular no estudo eletrofisiológico, uma via acessória com período refratário
menor que 240 ms e múltiplas vias acessórias, conforme quadro 1.
Idade jovem
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A fibrilação atrial quando assintomática, descoberta com um eletrocardiograma (ecg), geralmente são
em paciente com maior número de arritmia, pois, possibilitou seu diagnostico em um ecg, ficando sua
prevalência verdadeira desconhecida. Dados sugerem que fa assintomática poderia trazer um prog-
nóstico menos favorável, devido ao risco de eventos tromboembólicos, porém o tratamento da fa, sin-
tomática ou não, é o mesmo.
A extrassístole ventricular é uma ocorrência normal na maioria dos indivíduos, sendo vista em exa-
mes complementares, como monitoramento holter 24 hs. Geralmente se originam em diferentes lo-
cais nos ventrículos direito e esquerdo. As extrassístoles ventriculares frequentes podem ser um mar-
cador de substrato cardíaco anormal, podendo ser resultados de alterações elétricas, isquêmicas ou
estruturais. Alguns fatores podem ser citados como pior prognóstico, como:
Polimorfismo;
As extrassístoles frequentes são definidas como 10-15% do número total de batimentos em 24 hs,
podem prejudicar a função ventricular esquerda – cardiomiopatia induzida por extrassístoles ventricu-
lares -, podendo ser reversível com tratamento médico ou ablação por cateter juntamente com terapia
padrão da insuficiência cardíaca (ic).
A taquicardia ventricular não sustentada por definição são três ou mais batimentos consecutivos com
uma frequência cardíaca maior que 100 bpm, que ultrapasse 30 segundos. Em paciente assintomá-
tico sua prevalência varia de 0,7% a 10%. A taquicardia ventricular não sustentada pode ser assinto-
mática, a taquicardia ventricular sustentada é mais sintomática, exceto naquelas com a frequência
cardíaca mais baixo – menor 150 bpm, podendo ser assintomática, tornando-se sintomáticas quando
iniciam sinais de insuficiência cardíaca. Existem algumas definições de taquicardia ventricular, estão
no quadro 2.
A investigação tem como objetivo tentar identificar uma desordem no sistema elétrico cardíaco e des-
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cartar doença cardíaca subjacente, como principalmente doenças coronarianas. Alguns exames po-
dem ser usados para essa investigação, como ecg de 12 derivações, holter 24 hs, ecocardiograma,
teste laboratorial, teste de estresse com ou sem exercícios, dentre outros.
O cuidado com pacientes com arritmias ventriculares assintomáticos depende da doença cardíaca
estrutural, sendo que o prognóstico geralmente é benigno naqueles sem doença estrutural. As causas
de cardiomiopatia induzida por taquicardia podem ser divididas em dois tipos:
Supraventriculares
Fa
Flutter
Taquicardia atrial
Taquicardia reentrante
Marcapasso:
Nenhuma outra causa de cardiomiopatia (infarto do miocárdio, hipertensão, uso de álcool ou drogas,
estresse etc;
Ausência de aumento importante nas dimensões do ve (dimensão diastólica final do ve <6,5 cm);
Declínio rápido da fejve após recorrência de taquicardia em um paciente com função ventricular es-
querda recuperada após controle prévio de taquicardia.
Na avaliação do paciente com insuficiência cardíaca, alguns exames complementares são necessá-
rios, como por exemplo: O eletrocardiograma basal para avaliar o ritmo cardíaco da etiologia da taqui-
cardia,
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Ecocardiograma avaliar a estrutura cardíaca e parte funcional assim como anormalidades valvares e
pericárdicas,
Ressonância magnética para avaliar área de fibrose pensando em miocardite e doenças do miocár-
dio.
O tratamento das taquicardiomiopatia visa diminuição da frequência cardíaca ou reduzir das extras-
sístoles, alivio dos sintomas e prevenção da hospitalização e melhoria de sobrevida. Quando apre-
senta uma ic com fejve reduzida são usados tratamento para insuficiência cardíaca (ieca, beta-blo-
queador e antagonista do receptor de aldosterona).
Os pacientes assintomáticos muitas vezes têm a impressão que sua arritmia é menos grave, com isso
dificulta o tratamento e muitas vezes o poupa de eventos. Existem vários dispositivos que ajudam no
monitoramento do ritmo cardíaco, com isso facilitando episódios de arritmias potencialmente perigo-
sas, fazendo com que se faça o diagnóstico e inicie o tratamento adequado precocemente.
O coração funciona como uma bomba, distribuído o sangue para o corpo humano. O funcionamento
dessa bomba é percebido por meio da frequência e do ritmo do coração que variam ao longo de um
dia conforme a necessidade de oxigênio do organismo. Quando há alterações na frequência e no
ritmo cardíaco, é constatada uma arritmia cardíaca. O coração pode apresentar um batimento muito
rápido (taquicardia), muito lento (braquicardia) ou irregular.
Sintomas e Exames
Os sintomas mais comuns são palpitações ou "batedeiras", desmaios e tonturas. Há casos que po-
dem apresentar confusão mental, fraqueza, pressão baixa e dor no peito. As arritmias podem ou não
apresentar sintomas e, em casos mais graves, pode ocorrer parada cardiorrespiratória que leva à
morte súbita. Pacientes que já apresentam histórico de problemas cardíacos como infarto, insuficiên-
cia cardíaca ou que já tenha passado por algum procedimento cirúrgico cardíaco tendem a apresen-
tar um risco maior por isso o acompanhamento médico é muito importante.
Principais causas
Hipertensão, diabetes, colesterol alterado, tabagismo, e sedentarismo são alguns dos fatores de risco
para as arritmias. Distúrbios do sono como ronco e apneia obstrutiva também são fatores de risco
para o desenvolvimento da doença. Consumo de álcool e/ ou energéticos podem induzir a uma arrit-
mia, esse último tem alto nível de cafeína na sua composição. Vale ressaltar que o consumo de pe-
quenas doses de cafeína não causa arritmia, mas podem aumentar a frequência cardíaca em torno
de 5 a 10 batimentos por minuto. A combinação dessa substância com o álcool pode potencializar o
distúrbio.
Quem determinará qual o melhor tratamento para o paciente é o médico especialista. As opções tera-
pêuticas dependerão da condição do paciente e podem ou não envolver tratamentos medicamento-
sos ou intervencionistas como ablação (espécie de cateterismo), implante de marca-passo e implante
de desfibrilador interno além, é claro, da prevenção. Assim como outras doenças do coração, a ade-
são aos hábitos saudáveis e alimentação balanceada podem ajudar na prevenção de arritmias. Exa-
mes anuais preventivos também fazem parte desse processo.
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ARRITMIA CARDÍACA
Complicações
Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar parada cardí-
aca, que ocorre quando o coração para de funcionar. Nessa condição, ele deixa de exercer a função
de bomba, inviabilizando a circulação do sangue pelo organismo levando à morte.
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