Infecção Hospitalar Importãncia Global No Contexto Saúde
Infecção Hospitalar Importãncia Global No Contexto Saúde
Infecção Hospitalar Importãncia Global No Contexto Saúde
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2 O QUE É INFECÇÃO.................................................................................. 5
2
6.2 Isolamentos ........................................................................................ 31
10 ORIENTAÇÕES AO PACIENTE............................................................ 47
3
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 O QUE É INFECÇÃO
Fonte:criesaude.com
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As infecções hospitalares de origem exógena geralmente são transmitidas
pelas mãos dos profissionais de saúde, materiais ou outras pessoas que entrem em
contato com o paciente e até o próprio paciente pode se contaminar. Este tipo de
infecção chamamos de infecção cruzada dentro dos serviços de saúde.
Microrganismos Multirresistentes
São microrganismos resistentes a diferentes classes de antimicrobianos
(antibióticos, antivirais, antifúngicos) testados em exames microbiológicos nos
laboratórios. Os fatores que levam o microrganismo a se tornar multirresistente, é a
grande capacidade de adaptação dos microrganismos às adversidades do meio
ambiente, a capacidade de transferir essas informações de como se adaptar a outros
microrganismos e a seleção natural (causado pelo uso de antimicrobianos,
racionalmente ou não) que eliminam os microrganismos sensíveis, deixando os
primariamente resistentes presentes na população.
3 AS INFECÇÕES HOSPITALARES
Fonte: ipog.edu.br
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determinação do perfil endêmico das instituições, a identificação de eventos
inesperados (surtos) e o direcionamento das ações de prevenção e controle. A
monitorização das IH é um fator de segurança para o paciente.
Os procedimentos cada vez mais invasivos, o uso indiscriminado e a resistência
aos antimicrobianos são fatores que apontam as infecções hospitalares como um
grave problema de saúde pública. No Brasil, sua prevalência exata de um modo geral
ainda é desconhecida, mas demonstra a necessidade de medidas mais eficazes para
a redução dessas no país.
A infecção hospitalar há muito tempo tem sido motivo de preocupação entre os
órgãos governamentais e, embora a sua regulamentação tenha ocorrido na década
de 80, a problemática no país continua ainda sendo negligenciada. Neste contexto,
com base nas práticas vivenciadas como profissional de saúde em diferentes
instituições hospitalares, observa-se aspectos do cotidiano dos profissionais de saúde
e dos usuários que se relacionam com a problemática das infecções hospitalares.
Estas constituem grande risco à saúde dos pacientes internados em clínicas e
hospitais, por isso, sua prevenção e controle envolvem não só medidas de
qualificação da assistência hospitalar, mas também de vigilância sanitária, tomadas
no âmbito do Estado, do Município e de cada hospital, pois o Sistema Único de Saúde
que tem por escopo a assistência às pessoas por meio de atividades de promoção,
proteção e recuperação da saúde, com a ação integrada de ações assistenciais e
preventivas.
Os órgãos estaduais de saúde no exercício da atividade fiscalizatória devem
observar a adoção, pela instituição prestadora de serviços, de formas de proteção
capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, clientes e pacientes. As
dificuldades para uma definição de infecção hospitalar adequada aos tempos
modernos e as polêmicas sobre os indicadores que devem ser considerados e o
modelo de intervenção para o seu controle, tornam obrigatório a implementação da
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e de manutenção de um Programa de
Controle de Infecções Hospitalares em todas unidades hospitalares.
O programa de controle de infecções hospitalares, é definido como o conjunto
de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente com vistas à redução máxima
possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares, que não são apenas
aquelas que ocorrem durante as internações, mas qualquer infecção adquirida após
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a internação de um paciente em hospital e que se manifeste durante a internação ou
mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a hospitalização.
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f) A responsabilidade para a constituição, a implementação e o fornecimento de
adequada estrutura da CCIH é da autoridade máxima da instituição, que deve
inclusive aprovar e fazer respeitar o regimento interno da comissão, garantir a
participação do seu Presidente nos órgãos colegiados deliberativos e formuladores de
política da instituição, propiciar o efetivo cumprimento de suas determinações,
fomentar a educação e o treinamento de todo o pessoal hospitalar, bem como informar
as autoridades estadual e municipal a respeito,
g) As Coordenações Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal de Controle
de Infecção Hospitalar planejam e executam as políticas públicas desta área, que
devem ser respeitadas pelos responsáveis.
Ao receber o relatório do Conselho Regional de Medicina com a descrição de
irregularidades na prevenção e no controle das infecções de determinado hospital, em
desrespeito ao regime jurídico estabelecido pela legislação, o Ministério Público
deverá instaurar inquérito civil para a devida apuração, objetivando a expedição de
recomendação aos responsáveis ou a formalização de Termo de Ajustamento de
Conduta para a correção dos problemas; não cumprida a recomendação ou
impossível o ajuste, o órgão ministerial proporá ação civil pública, sem prejuízo do
reconhecimento das infrações sanitárias previstas e da aplicação de sanções de
natureza penal ou mesmo civil.
Não são consideradas infecções hospitalares: Infecção associada à
complicação ou extensão de infecção já presente na internação, a não ser que exista
um novo patógeno ou sintomas que sugiram fortemente a aquisição de nova infecção.
Define-se Internação Hospitalar: Pacientes que são admitidos para ocupar um
leito hospitalar por um período igual ou maior que 24 horas.
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Vigilância por setores: É realizada em serviços ou especialidades na qual a
infecção hospitalar tem grande importância, seja na frequência com que ocorre, seja
na gravidade particular das suas consequências. As áreas mais importantes neste
aspecto são: berçários; unidades de terapia intensiva (UTI) tanto de adultos como
pediátricas; unidades de cuidados de pacientes imunodeprimidos e unidades de
diálise.
Vigilância por objetivos: Visa abordar situações de risco específicas,
independentemente do serviço ou especialidade nos quais ocorrem. Dois exemplos
podem ser citados: a vigilância da infecção de sítio cirúrgico e a vigilância das
infecções relacionadas a acesso vascular central e outros procedimentos invasivos.
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2: Em situações de maior gravidade dos doentes, como nas UTIs, o médico pode
diagnosticar uma infecção, para adotar um procedimento terapêutico, em pacientes
com dados insuficientes pelos critérios mais rígidos da CCIH. Cabe lembrar,
entretanto, que o risco justifica o diagnóstico impreciso, pois o estabelecimento
precoce de antibioticoterapia pode ajudar no tratamento imediato do paciente, em
algumas situações.
A definição de uma doença ou agravo, do ponto de vista da vigilância, pode se
modificar ao longo de um período, em função das alterações na epidemiologia da
doença, ou da intenção de ampliar ou reduzir os parâmetros de ingresso de casos no
sistema, aumentando ou diminuindo a sua sensibilidade e especificidade, de acordo
com etapas e metas de um programa de intervenção.
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Unidades de terapia intensiva
As UTIs são unidades onde as infecções hospitalares são frequentes e
oferecem alto risco para os pacientes, com presença constante de microrganismos
resistentes. Por isso, a presença do PCIH nas UTIs deve ser ativa e contínua.
Estas infecções estão diretamente relacionadas à gravidade da doença de
base, à realização de procedimentos invasivos, ao tempo de permanência de
dispositivos tais como: cauterização vascular, tempo de sondagem urinária e tempo
de ventilação mecânica.
Infecções de sítio cirúrgico
É necessário estar consciente de que as taxas de infecção de sítio cirúrgico
(ISC) são as mais complexas, de obtenção mais trabalhosa e de interpretação mais
difícil. Não foi possível desenvolver, até o presente momento, alguma taxa para
comparação inter-hospitalar de ISC que seja satisfatória. Todos os referenciais
obtidos devem ser observados com muito critério. Cada procedimento cirúrgico
específico apresenta diferentes riscos intrínsecos para o desenvolvimento de
infecção, sejam fatores inerentes às doenças subjacentes ou à complexidade do
procedimento realizado.
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precisão das taxas. Vale lembrar que a obtenção sistemática de taxas de infecção
hospitalar pós-alta é trabalhosa e de resultados insatisfatórios.
4.6 Diferenças
5 MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA
Fonte: euroamerica.net
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Todo profissional que trabalha com substâncias químicas de risco, com material
biológico que esteja sujeito a radiações, ou que manipule material perfuro-cortante ou,
ainda, equipamentos com bases de funcionamento físico, deve estar atento as normas
de biossegurança. Não fazer uso de drogas que afetem o raciocínio, autocontrole e
comportamento, ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos
operacionais padrão do setor, agir com tranquilidade e sem pressa, prevenir-se de
eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua necessidade, os equipamentos de
proteção individual e coletivo (jaleco, avental, óculos, protetor facial, cabelos presos,
luvas, botas, máscara, avental de chumbo, câmara de exaustão, cabina de segurança
biológica e química), são imprescindíveis para uma adequada segurança.
Nos setores de maior trânsito e fluxo de pessoas, as sinalizações gerais das
áreas restritas e permitidas devem ser frequentes e devem estar visíveis. As referidas
sinalizações devem ser expressas, também, em "braile" para os deficientes visuais,
ou com indicação simbólica ou monitor para os analfabetos.
Os hospitais clássicos e convencionais, cuja função característica essencial e
básica de estabelecimento de saúde está relacionada diretamente ou intimamente
com o diagnóstico, tratamento e cura, devem ter uma estrutura física desenhada com
base nas Normas do Ministério da Saúde. Os projetos dos hospitais modernos devem
incluir o tipo e o modelo de hospital desejado, população a ser atendida, atividades a
serem exercidas, capacidade e finalidade. As áreas devem estar bem definidas e o
fluxo de pacientes (internos ou externos), visitantes e acompanhantes deve ser
controlado totalmente pelo sistema de vigilância e recepção. Este sistema constará
de uma administração e uma secretaria eficientes, informatizadas e atualizadas, com
treinamento em contenção emocional. As atividades e o controle devem ser
monitorados e discutidos continuamente, para melhora da recepção ao paciente que
chega desorientado e necessitado de informação, condução, contenção e boa
acolhida.
As diversas áreas devem ser separadas e vigiadas por profissionais treinados
em primeiros-socorros. A assepsia das instalações gerais abertas ao público, e as
específicas e restritas, deve ser rigorosa segundo determinação da Vigilância
Sanitária. As habitações e todos os setores clínicos devem ser separados e o controle
de resíduo de descarte deve ser rigoroso.
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Todo o material deve ser esterilizado antes de ser liberado como lixo ou
incinerado em cada turno, evitando a saída de germes do local, e diminuindo o risco
de contaminação e complicação com infecção hospitalar. A preparação de
componentes que fazem parte de manipulação de nutrientes utilizados para
administração parenteral deve seguir as normas de assepsia e controle de qualidade
da água e das drogas. Deve obedecer também a normas de esterilidade com
utilização de métodos e equipamentos adequados, manipulados de forma correta.
Tais componentes podem trazer riscos para o meio ambiente e para aqueles
que entram em contato com esses resíduos, principalmente quando o
descarte destes não é realizado de forma adequada. A falta de informação e
treinamento dos profissionais nas unidades geradoras de resíduos
hospitalares, quanto da segregação incorreta de tais resíduos, é um grande
problema, pois implica na potencialização de riscos direto à saúde de
diversos profissionais e pacientes daquela unidade, e quando deslocados
para o ambiente externo, podem causar problemas ambientais e torna-se
também fator exponencial de risco à saúde da população residente próxima
à área de destinação final dos resíduos. (FIORILLO, 2003 apud POZZETTI,
2017, p.198).
Na entrada e na saída do hospital deve haver pias largas, para assepsia, com
sinalização, visível e acessível. O profissional deve ter consciência da necessidade
de mudança de roupa na saída do trabalho e da assepsia pelo menos das mãos. Os
cabelos devem estar amarrados e, ao ingressar em casa, o profissional deve deixar a
vestimenta e acessórios em local separado para limpeza antes de serem guardados
com os outros utensílios.
Área Crítica: Oferece risco potencial para aquisição de infecção seja pelos
procedimentos invasivos realizados, ou pela presença de pacientes susceptíveis às
infecções. Ex.: Centro Cirúrgico e Obstétrico, Berçário, UTI, Hemodiálise, Laboratório,
CME, Banco de Sangue, área suja de lavanderia.
Área Semicrítica: Possui menor risco de infecção, são ocupadas por pacientes
que não exigem cuidados intensivos ou de isolamento. Ex.: Enfermarias,
Apartamentos e Ambulatórios.
Área não crítica: Todas as áreas não ocupadas por pacientes e aquelas
destinadas a exames de pacientes. Ex.: Escritórios, Almoxarifado, Setor de Radiologia
e Consultórios.
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5.2 Desinfecção hospitalar
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baixo nível: tempo de exposição de 30 minutos, na concentração indicada pelo
fabricante.
Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo (Hipoclorito de
sódio/cálcio/lítio): Promove desinfecção de nível médio, inibição de reação
enzimática básica da célula, desnaturação de proteína e inativação de ácidos
nucléico. Tem ação virulicida, bactericida, micro bactericida e esporicida para um
grande número de esporos. Concentração de uso: 0,02 a 1%, dependendo da
indicação de uso; indicado para desinfecção de lactários, cozinhas, depósitos de
água, material de inaloterapia e oxigenoterapia na concentração de 0,02% e tempo
de contato de 60 min.
Solução de Iodo: Ação bactericida, tuberculicida, fungicida, virulicida, não-
esporicida; indicado na desinfecção de nível intermediário em ampolas de vidro,
estetoscópio, otoscópio, superfícies externas de equipamentos, partes metálicas de
incubadora.
Glutaraldeído: Promove desinfecção de alto nível, altera o DNA, RNA e
síntese protéica. Ação bactericida, fungicida, micro bactericida e esporicida. Indicado
para limpeza de endoscópios de fibra ótica de alto risco, artigos não-descartáveis,
metálicos ou corrosivos por hipoclorito; instrumental termo sensível; equipamentos de
aspiração. Recomendações: materiais demasiadamente porosos como os de látex
podem reter o glutaraldeído, caso não haja bom enxágue. Apresenta atividade
germicida em presença de matéria orgânica, entretanto, materiais colocados no
glutaraldeído sem limpeza prévia apresentam impregnação de sangue e secreções
pela formação de precipitados, dificultando a limpeza de maneira especial. O produto
deve ser manipulado em local arejado e com uso de EPI.
Artigos críticos: São aqueles que entram em contato com tecidos estéreis ou
com o sistema vascular e devem ser esterilizados para uso, pois possuem alto risco
de causar infecção.
Artigos semicríticos: São aqueles destinados ao contato com a pele não
intacta ou com mucosas íntegras. Ex.: equipamentos respiratórios e de anestesia,
endoscopia, etc. Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização.
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Artigos não críticos: São artigos destinados ao contato com a pele íntegra do
paciente. Ex.: comadres, cubas, aparelhos de pressão, entre outros. Requerem
limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível. Deve-se atentar para o risco de
transmissão secundária por parte dos profissionais que lidam com o artigo e entrem
em contato com o paciente.
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Mapa de risco: É a expressão gráfica de distribuição dos riscos envolvidos em um
processo de trabalho realizado em um ponto específico. Tais riscos/fatores têm origem
nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos,
instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho
(arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de
trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)
Análise de risco: É a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações
destinadas à prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que
possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e ao ambiente.
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trabalhador, pacientes e meio ambiente, de modo que este risco seja minimizado ou
eliminado. O termo “contenção” é usado para descrever os métodos de segurança
utilizados na manipulação de materiais infecciosos ou causadores de riscos em meio
laboratorial, onde estão sendo manejados ou mantidos.
O objetivo da contenção é reduzir ou eliminar a exposição da equipe de um
laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente em geral aos agentes
potencialmente perigosos. As contenções de riscos representam-se como a base da
biossegurança e são ditas primárias ou secundárias.
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físicas primarias (cabines de segurança biológica e EPI) e secundárias (desenho e
organização do laboratório).
Nível de Biossegurança 3: Destinado aos trabalhos com microrganismos de
classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de
microrganismos da classe de risco 2. São requeridos, além dos itens do nível de
biossegurança 2, o desenho e a construção laboratorial especial. Deve ser rígida a
operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos. Além disso o
pessoal técnico deve receber treinamento específico.
Nível de Biossegurança 4: É o laboratório de contenção máxima, destinado a
manipulação de microrganismos de classe de risco 4, onde há o mais alto nível de
contenção, representando uma unidade geográfica e funcionalmente independente de
outras áreas. Esses laboratórios além de requerer requisitos físicos e operacionais
dos níveis de contenção 1, 2 e 3, também pedem barreiras de contenção (instalações,
desenho dos equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de
biossegurança.
Sabendo analisar o risco biológico ao qual se está exposto, pode-se decidir em
qual nível de biossegurança o agente infeccioso se encaixa, quais os equipamentos
de segurança utilizar (EPI e EPC) e dessa forma, pode-se proteger o profissional, a
comunidade e o meio ambiente ao risco exposto. Há ainda os manuais de
Biossegurança, que são de responsabilidade de comissões formadas, que preparam
normas dentro da legislação vigente, com revisões quando necessárias.
São alguns setores envolvidos com o desenvolvimento de manuais de
biossegurança: CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), comissão
criada por funcionários de todos os níveis. SESMT (Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) e PCMSO (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional) sob responsabilidade de um médico do trabalho. O
SESMT protege a integridade do trabalhador e promove sua saúde. PPRA (Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais) está sob responsabilidade direta da Comissão
de Biossegurança, avaliando os riscos biológicos e o local de trabalho.
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lesões ou doenças, mas que apresentavam potencial para isso, bem como a
ocorrência de eventos inesperados e indesejáveis, com o objetivo de que
estas situações não ocorram novamente. (ASFAHL 2005, apud BAKKEA,
2009, p. 2).
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acompanhamento e a ausência de outros determinantes de risco para o contágio com
o agente.
Com relação aos riscos pós-exposição de material biológico com HIV, é
imprescindível que o profissional tenha consciência do tamanho da profundidade da
lesão, se existe sangue visível no dispositivo do acidente e se este dispositivo foi
previamente colocado em leito intravascular (agulhas). Assim, ciente Fonte com alto
título de HIV, é preciso verificar se existiu a exposição do material em mucosa, se a
pele também teve algum tipo de contato com o material, pois assim o risco será
aumentado também se houver um contato prolongado, áreas extensas, perdas de
integridade da pele e alto título viral inoculante.
Sobre o risco de pós-exposição ao material biológico pelo contato com HVB,
caso entre 6 a 40% dos casos, apresenta-se como agente efetivo de transmissão de
doenças, originadas após o contato com material biológico. Com relação ao risco de
pós-exposição ao material biológico HVC, existe risco de 3 a 10% dos casos por
possuir cerca de 10 vezes mais possibilidades de complicação que o HBV. Cerca de
30 a 70% dos infectados por esse vírus podem evoluir para a cronicidade. Os
principais cuidados locais, em casos de exposição ao HIV, HVB e HCV:
• O cuidado com os locais expostos deve ser imediato;
• Lavar a área exaustivamente com água e sabão, em caso de exposição percutânea,
e colocar solução antisséptica (álcool a 70%, PVP-1 ou clorohexidina);
• Lavar exaustivamente com água ou solução fisiológica, após exposição em
mucosas;
• No caso de ingestão, provocar o vômito;
• Realizar curativo se necessário;
• Comunicar à chefia imediata.
Nesse caso, é imprescindível a necessidade de evitar acidentes com materiais
perfuro cortantes com o manuseio adequado dos equipamentos, máquinas e demais
elementos utilizados, acondicionamento adequado em recipientes próprios e,
conforme já citado antes, não deixar ultrapassar 2/3 de sua capacidade de utilização,
bem como determinar normas e procedimentos a serem seguidos, não esquecendo
as Normas Reguladoras (NRs) existentes para cada caso.
Para chamar a atenção das pessoas que frequentam ou que trabalhem nos
estabelecimentos de saúde, é importante que haja uma sistemática de identificação
27
dos riscos existentes em cada setor ou unidade do estabelecimento. Por isso, de
acordo com as necessidades e a gravidade dos riscos existentes, é necessária a
presença de material informativo e de divulgação, como cartazes, folhetos, adesivos,
entre outros, que transmitam e que sejam tomados cuidados preventivos ante o risco
presente.
Assim, símbolos identificados de substâncias, cores diferenciadas, etiquetas
adequadas, textos alusivos, que indiquem os riscos e as atitudes adequadas a tomar,
devem fazer parte do ambiente do estabelecimento de saúde.
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da instituição como ocorre com os processos da qualidade; aplicar de forma planejada
as ferramentas da qualidade para a avaliação e correção do sistema de
biossegurança.
Fatores de importância na percepção das avaliações de riscos são expostos
para evitar infecções nos profissionais do hospital. Portanto, existe a necessidade de
avaliação de cada um dos riscos, com intuito de eliminá-los, ou minimizar seus efeitos.
Acidentes são eventos definidos ou sequência de eventos fortuitos e não
planejados que dão origem a uma consequência específica e indesejada, em termos
de danos humanos, materiais ou ambientais. Existem ações preventivas nos hospitais
para a prevenção de acidentes, tais como: mapeamento de pontos que representem
riscos, assinalando os mais críticos; ter estabelecido criação de Procedimentos
Operacionais Padrão (Pops).
É através da legislação existente que se pode verificar as possibilidades de
defesa e promoção da saúde do trabalhador. A legislação pode ser classificada de
acordo com a área pertinente para a sua aplicação. As formas atuais e as vias de
regulamentação de saúde do trabalhador, em especial, destacam-se o PCMSO, que
atua em caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à
saúde, inclusive de natureza subclínica, doenças profissionais ou danos irreversíveis
à saúde dos trabalhadores. Nesse caso, relembra-se a NR – 5 que trata da Comissão
Interna de Prevenção de Acidente - CIPA.
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6 ISOLAMENTOS HOSPITALARES
Fonte: ccih.med.br
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c) Meios de transmissão: Os microrganismos são transmitidos no hospital por
vários meios, como contato, gotículas, pelo ar, por meio de um veículo comum
ou por vetores.
O Contato é o mais frequente e importante meio de transmissão de infecções
hospitalares, ocorre através das mãos dos profissionais que não são lavadas ou
desinfetadas entre um paciente e outro, através das luvas que não são trocadas entre
um paciente e outro. Pode ocorrer pelo contato de um paciente com outro e também
através de instrumentos contaminados.
As gotículas embora seja uma forma de contato, pela sua peculiaridade é
tratada separadamente. A geração de gotículas pela pessoa que é a fonte ocorre
durante a tosse, espirro, aspiração de secreções, realização de procedimentos (como
broncoscopia) e mesmo pela conversação habitual. Quando estas partículas são
depositadas na conjuntiva, mucosa nasal ou na boca do hospedeiro susceptível,
ocorre a transmissão do agente. As partículas podem atingir uma distância de 1 metro.
Essa forma de transmissão não é aérea porque as gotículas não permanecem
suspensas no ar.
A forma aérea se dá na transmissão aérea, que ocorre quando os
microrganismos estão em pequenas partículas suspensas no ar (=5 µm) ou gotículas
evaporadas que permanecem suspensas no ar por longo tempo ou em partículas de
“fumaça”; os microrganismos carregados desta forma são disseminados por correntes
de ar e podem ser inalados por hospedeiros susceptíveis, mesmo a longas distâncias.
Para a prevenção da transmissão aérea é recomendado, além do uso de
máscaras, que os quartos sejam equipados com um sistema de ventilação especial,
pressão negativa e filtro, evitando a saída de correntes de ar quando a porta é aberta.
Veículo comum: Ocorre quando os microrganismos são transmitidos por
veículo comum como alimentos, água, medicamentos ou mesmo equipamentos.
Vetores: Ocorre quando vetores como moscas, mosquitos, transmitem
microrganismos. Para a prevenção de infecções adquiridas no hospital, este meio de
transmissão não é considerado importante.
6.2 Isolamentos
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I – Fundamentos para isolamentos hospitalares:
Lavagem das mãos: É a medida mais importante de evitar a transmissão de
microrganismos de um paciente para outro, as mãos devem ser lavadas antes e após
contato com pacientes e após contato com sangue, secreções e excreções e
equipamentos ou artigos contaminados, devem ser lavadas imediatamente após a
retirada das luvas (as mãos podem ser contaminadas por furos nas luvas ou durante
a remoção destas).
A lavagem das mãos deve ser feita com sabão comum ou desinfetada com
álcool glicerinado (álcool 70% + glicerina 1 a 2%), antes de procedimentos invasivos
deve ser feita com sabão contendo antisséptico.
Uso de luvas: As luvas são utilizadas por 3 razões:
a) Proteção individual: É obrigatório ao contato com sangue e líquidos corporais e ao
contato com mucosas e pele não íntegra de todos os pacientes e também na
venopunção e demais procedimentos de acesso vascular.
b) Reduzir a possibilidade de que microrganismos das mãos contaminem campo
operatório, mucosas ou pele não intacta (deve ser calçada imediatamente antes do
contato),
c) Reduzir a possibilidade de transmissão de microrganismo de um paciente ou fômite
para outro, as luvas devem ser trocadas entre um paciente e outro.
O uso das luvas não substitui a lavagem das mãos e a falta de troca das luvas
entre um paciente e outro pode disseminar microrganismos no hospital.
Acomodações dos pacientes: O quarto privativo é importante para prevenir a
transmissão por contato quando o paciente tem hábitos higiênicos precários ou não
consegue compreender as medidas de controle, como crianças e indivíduos com
problemas mentais. Se possível, é recomendado quarto privativo para pacientes com
microrganismos altamente transmissíveis ou epidemiologicamente importantes.
Quando não for possível, deve-se escolher o companheiro de quarto,
preferencialmente infectado pelo mesmo microrganismo (coorte).
Quando não for possível estabelecer-se coorte, é ainda possível escolher
cuidadosamente outro companheiro, com menor risco, mas sempre sob supervisão
da CCIH. Quartos com ventilação especial e pressão negativa são recomendados
para pacientes que tem possibilidade de transmitir microrganismos por via aérea.
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Transporte: O paciente portador de microrganismos altamente transmissíveis
ou epidemiologicamente importantes deve deixar o quarto apenas em situações
essenciais ao seu tratamento. Deve ser usada barreira apropriada para cada paciente,
de acordo com a possibilidade de transmissão: colocar máscara no paciente com
possibilidade de geração de partículas infectantes e proteger com curativos
impermeáveis as secreções que possam contaminar o ambiente.
Tanto o paciente como os funcionários do local que o recebe devem ser
adequadamente informados sobre o tipo e necessidade das precauções. Pacientes
imunossuprimidos devem ter prioridade no atendimento, mas não é indicado o uso de
máscara.
Máscara, proteção ocular ou proteção facial: Devem ser utilizados na
realização de procedimentos de risco de contaminação de mucosas do nariz, boca e
olhos com sangue ou líquidos corporais. O uso de máscaras para isolamentos por
pacientes com tuberculose abaixo especificado.
Aventais, perneiras, sapatos e propés: São utilizados para proteção
individual, nas situações onde há risco de contaminação com sangue e líquidos
corporais. Caso sejam usados aventais em quartos com precauções de transmissão
por contato, devem ficar dentro do quarto.
Equipamentos e artigos: Materiais perfuro-cortantes depois de utilizados
devem ser transportados ou descartados com cuidado para prevenir acidentes e
transferência de microrganismos para o ambiente ou outros pacientes, equipamentos
utilizados em precauções de contato devem ser desinfetados após o uso (ex:
estetoscópios, termômetros, esfigmomanômetros).
Roupas/lavanderia: O risco de transmissão de microrganismos é desprezível
se as roupas forem manipuladas, transportadas e lavadas de maneira a evitar a
transferência de microrganismos para pacientes/funcionários ou ambiente.
Pratos, talheres e copos: A combinação de calor e detergente é suficiente
para descontaminação dos utensílios, não sendo necessária a separação para
pacientes isolados.
Limpeza de rotina e terminal: A limpeza dos equipamentos do ambiente do
paciente em precauções especiais deve ser determinada de acordo com a
possibilidade de contaminação.
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II - Precauções universais ou precauções padrão: As precauções universais
ou precauções padrão com sangue e líquidos corporais são normatizadas para serem
utilizadas em todos os pacientes, independentemente dos fatores de risco ou da
doença de base. Compreende a lavagem correta das mãos, uso de luvas, aventais,
máscaras ou proteção facial para evitar o contato do profissional com materiais do
paciente, como sangue, líquidos corporais, secreções e excretas (exceto suor), pele
não intacta e mucosas.
III – Precauções para transmissão aérea: Devem ser usadas, juntamente com
precauções padrão, para pacientes portadores de doenças transmitidas pelo ar. É
recomendado quarto privativo e, se possível, com ventilação especial; as portas e
janelas devem permanecer fechadas; é necessário uso de máscara N95 ao entrar no
quarto; pacientes com a mesma doença podem dividir o mesmo quarto.
São incluídas:
Tuberculose pulmonar e laríngea: Uso de máscaras com filtro especial (N95). Nos
casos suspeitos deve-se aguardar resultado da baciloscopia; se negativa, suspender
precauções. Manter precauções até 3 baciloscopias negativas colhidas em dias
diferentes.
Todo paciente que estiver em uso de esquema terapêutico diferente do habitual
(Pirazinamida/Izoniazida/Rifampicina) não poderá dividir o quarto com nenhum outro
paciente e deverá manter precauções durante todo o período de internação,
independentemente da baciloscopia.
35
7 ISOLAMENTOS HOSPITALARES: ORGANIZAÇÃO E ROTINAS TÉCNICAS E
OPERACIONAIS
36
no serviço de medicina do trabalho, para avaliação específica com teste de
baciloscopia e exames complementares.
Berçário
Os recém-nascidos com infecção raramente necessitam de um quarto especial
para isolamento, pois apresentam baixa capacidade de dispersão de microrganismos,
sendo a transmissão controlada através da lavagem das mãos e pela implantação das
precauções-padrão (luvas e avental, quando necessário).
Para as doenças transmitidas por via aérea, quando são envolvidas apenas as
gotículas respiratórias, a incubadora fornece barreira adequada, se mantidas as
precauções-padrão associadas. Um ambiente isolado é necessário apenas para
patologias transmitidas por aerossóis.
Fonte: tecnica.geracaoweb.com.br
38
incapacidade ou complicações graves. Representa situações como choque, parada
cardíaca e respiratória, hemorragia, traumatismo crânio-encefálico.
Já a urgência significa um processo agudo clínico ou cirúrgico, sem risco de
vida iminente. Nesse caso há risco de evolução para complicações mais graves ou
mesmo fatais, porém, não existe um risco iminente de vida. Representa situações
como fraturas, feridas lacero-contusas sem grandes hemorragias, asma brônquica,
transtornos psiquiátricos.
Em tese são situações, ou problemas de saúde, que designa como sendo de
rotina por não apresentarem riscos de vida. Como muitos desses problemas,
considerados de rotina, implicam sofrimentos ou preocupações nos pacientes, criam-
se situações específicas que não deveriam aguardar uma consulta agendada. É o
caso de uma criança com vômito ou febre superior a 38,5 °C a requerer algum
cuidado, ainda que não seja de urgência/emergência. Nestas e em outras situações
similares justificaria o serviço denominado de pronto-atendimento. Neste serviço,
podem ser atendidas situações que não deveriam aguardar consulta marcada e, até
mesmo, atendimento de urgência mais simples como suturas, nebulizações, fazendo
o acolhimento e triagem exigida para cada caso.
39
outro. Portanto, dependendo do quadro geral de saúde e do contexto nos quais se
inscreve, uma fratura como também uma asma brônquica podem vir a ser
consideradas, sob a perspectiva das definições, não como urgências mas como
emergências.
A urgência e a emergência não são definidas como estados, mas como
processos que se originam em pontos diferentes de um mesmo continuum, cujas
extremidades opostas são, de um lado, a total ausência de risco de vida, que
corresponde aos casos ditos de rotina e, do outro, a existência de um risco de vida
máximo, que corresponde aos casos ditos de emergência.
Entre os dois, em um lugar indefinido, intermediário, fica a urgência e os casos
assim considerados. A urgência aparece, desse modo, como uma questão de graus
ou de níveis. Acompanhando essa gradação da urgência, três subfatores são levados
em consideração: Tempo, necessidade de agir e gravidade; sendo os três
intimamente ligados.
Em outros termos, quanto maior é a gravidade, ou seja, maior é a iminência e
a importância do risco de vida, maior é a necessidade de uma ação terapêutica e
menor é o tempo para realizá-la. Mais curto é o tempo, maior é a urgência. Assim,
encontram-se combinados no continuum, os critérios que o dicionário indica nas duas
definições. A caracterização considera duas grandes dimensões do tempo. A primeira
diz respeito à velocidade, à rapidez (o fator tempo). A segunda sugere o momento
oportuno para agir, e pressupõe uma escolha (fator necessidade de agir): na
emergência o tratamento tem de ser imediato, já na urgência não há necessidade de
agir tão rápido.
Uma diz respeito à dimensão quantitativa do tempo. A outra remete à dimensão
qualitativa, pois a maior ou menor rapidez da ação é o resultado de uma escolha
(ligada à apreciação do grau de urgência) que se inscreve em uma ordem de
prioridade.
Como existe necessariamente um prazo antes da execução, é preciso decidir
o que é tolerável. Seguindo a lógica do continuum, pode-se considerar que a morte
representa por excelência o grau nulo da urgência: de fato, quando ocorre não há
mais risco de vida e, por consequência, nada mais para fazer. Agora, exceto nesse
caso bem claro e talvez também naqueles que se encontram nas extremidades do
continuum, o critério risco de vida é, em si, bastante nebuloso.
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Apesar de salientar que os estados/situações de saúde que devem ser
considerados como urgência ou emergência são os que representam uma ameaça
para a vida, se nada for feito mais ou menos rapidamente, ele não deixa de ficar
indefinido no que diz respeito à sua avaliação e, sobretudo, à avaliação do grau de
ameaça que representa para a vida.
Entre as duas extremidades do continuum, encontra-se um grande número de
casos, mais ou menos de emergência, mais ou menos urgentes, mais ou menos de
rotina. Incorporando a dimensão do tempo, o continuum é dinâmico. E sua dimensão
diacrônica acaba tornando a caracterização ainda mais imprecisa, apesar de não
apresentar risco de vida iminente, um caso é considerado como sendo urgente
justamente por um risco de complicações mais graves ou mesmo fatais. Então, a
distinção se torna muito sutil e a urgência pode vir a se tornar uma emergência a
qualquer momento.
Deve ser entendido como uma atribuição da área da saúde, sendo vinculado a
uma Central de Regulação, com equipe e frota de veículos compatíveis com as
necessidades de saúde da população de um município ou uma região, podendo,
portanto, extrapolar os limites municipais. Esta região de cobertura deve ser
previamente definida, considerando-se aspectos demográficos, populacionais,
territoriais, indicadores de saúde, oferta de serviços e fluxos habitualmente utilizados
pela clientela. O serviço deve contar com a retaguarda da rede de serviços de saúde,
devidamente regulada, disponibilizada conforme critérios de hierarquização e
regionalização formalmente pactuados entre os gestores do sistema loco-regional.
Para um adequado atendimento pré-hospitalar móvel o mesmo deve estar
vinculado a uma Central de Regulação de Urgências e Emergências. A central deve
ser de fácil acesso ao público, por via telefônica, em sistema gratuito (192 como
número nacional de urgências médicas ou outro número exclusivo da saúde, se o 192
não for tecnicamente possível), onde o médico regulador, após julgar cada caso,
define a resposta mais adequada, seja um conselho médico, o envio de uma equipe
de atendimento ao local da ocorrência ou ainda o acionamento de múltiplos meios.
41
O número de acesso da saúde para socorros de urgência deve ser amplamente
divulgado junto à comunidade. Todos os pedidos de socorro médico que derem
entrada por meio de outras centrais, como a da polícia militar (190), do corpo de
bombeiros (193) e quaisquer outras existentes, devem ser, imediatamente
retransmitidos à Central de Regulação por intermédio do sistema de comunicação,
para que possam ser adequadamente regulados e atendidos.
O atendimento no local é monitorado via rádio pelo médico regulador que
orienta a equipe de intervenção quanto aos procedimentos necessários à condução
do caso. Deve existir uma rede de comunicação entre a Central, as ambulâncias e
todos os serviços que recebem os pacientes.
Os serviços de segurança e salvamento, sempre que houver demanda de
atendimento de eventos com vítimas ou doentes, devem orientar-se pela decisão do
médico regulador de urgências. Podem ser estabelecidos protocolos de despacho
imediato de seus recursos de atenção às urgências em situações excepcionais, mas,
em nenhum caso, estes despachos podem ser feitos sem comunicação simultânea
com o regulador e transferência do chamado de socorro para exercício da regulação
médica.
Equipe Profissional
Os serviços de atendimento pré-hospitalar móvel devem contar com equipe de
profissionais oriundos da área da saúde e não oriundos da área da saúde.
Considerando-se que as urgências não se constituem em especialidade médica ou de
enfermagem e que nos cursos de graduação a atenção dada à área ainda é bastante
insuficiente, entende-se que os profissionais que venham a atuar nos Serviços de
Atendimento Pré-hospitalar Móvel (oriundos e não oriundos da área de saúde) devam
ser habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgências, cuja criação é indicada pelo
presente Regulamento e cumpram o conteúdo curricular mínimo nele proposto.
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vigentes, com a finalidade de estabelecer uma organização para garantir a segurança
em todas as áreas do mesmo.
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Por esse motivo, todos os profissionais de saúde devem promover um ambiente
seguro para todos.
Entre a sociedade em geral e os profissionais de saúde é natural ter um ponto
de vista limitado a respeito do significado do termo saúde, sendo definido como sendo
o oposto da doença. A maioria da população crê que a saúde, doenças e infecções
são fenômenos “dicotômicos” e andam na maioria das vezes juntas. É bem verdade
que os homens em geral não vivem uma vida saudável ou totalmente doente, sendo
possível identificar níveis distintos de saúde, que dependendo do momento em que
se encontram, predominará a saúde ou a doença.
As variações que um sujeito pode sofrer dependem, inclusive, da combinação
dos fatores em determinado período, momento ou mesmo ocasião, que podem
influenciar no estado de saúde ou doença do sujeito em níveis distintos, não podendo
dizer com exatidão em que momento este estará doente ou saudável.
A VIII Conferência Nacional de Saúde (1988) ampliou significativamente o
conceito, incluindo nele não só as condições de vida mas também direitos ligados ao
acesso universal e igualitário a ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação da saúde e exigências ligadas a uma política nacional de saúde.
Frente a esse contexto, pode-se dizer que a saúde é vista como um resultado
da inter-relação que há entre as variáveis que são consideradas como determinantes
para indicar o estado de saúde. O entendimento sobre a complexidade do tema é
propiciado pela multideterminação e multifatorialidade que podem existir nos eventos
ligados à saúde de cada homem.
As doenças, as infecções e a saúde não surgem como elementos estáticos,
isolados ou dicotômicos, mas, na verdade, são classificados como resultado da
combinação de diversos fatores que podem indicar como o organismo se encontra e
qual o nível de saúde ou doença naquele momento. Nesse sentido, as infecções
podem ser causadas pela microbiota do próprio paciente ou por micro-organismos
encontrados no ambiente em que ele vivia.
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atividades, ficando a cargo deste, a vigilância sobre as infecções hospitalares,
estando também expostos ao risco de adoecimento. (MARTINS, 1989 apud
TURRINI, 2000, p. 175).
10 ORIENTAÇÕES AO PACIENTE
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11 RECOMENDAÇÕES PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE EXPOSTOS A
AGENTES BIOLÓGICOS
Fonte: souzamattos.com.br
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de trabalho, abrangendo a assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho
ou portador de doença profissional e do trabalho.
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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elétricas, equipamentos de proteção individual, equipamentos de proteção coletiva,
vias de escapes e periferia das instalações externas, sistemas de iluminação de
emergências, centrais de fornecimento de energia, centrais de fornecimento de gases,
escadas e acessos, locais de guarda de inflamáveis, sistema de proteção a descargas
atmosféricas, sistemas hidráulicos, locais de guarda de resíduos, possíveis áreas para
descontaminação, caixa de primeiros socorros, ter listado em locais visíveis telefones
de emergência, ter sempre EPI adequado a seus usuários, possuir inventários de todo
material perigoso do hospitalar, ter a segurança do hospital orientada para
emergências que ocorram fora do expediente e principalmente orientação e educação
do profissional, paciente e acompanhante.
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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
51
BRASIL. Protocolo do acolhimento com classificação de risco em obstetrícia e
principais urgências obstétricas. Belo Horizonte. 2010.
52
JACQUEMOT, A. G. Definições de urgência e emergência critérios e limitações
Urgências e emergências em saúde: perspectivas de profissionais e usuários. Rio de
Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2005.
SILVA, J. L. L., MACHADO, A., COSTA, F. dos S., ABREU, L. T. de A., TAVEIRA, R.
P. C., DINIZ, M. I. G. Conhecendo as técnicas de higienização das mãos descritas
na literatura: refletindo sobre os pontos críticos. Revista Brasileira de Pesquisa
em Saúde, Rio de Janeiro, 2012.
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14 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS
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